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COLÉGIO ESPAÇO DOS AMIGUINHOS
PROJETO CURRICULAR DA SALA VERDE
CRECHE
“Contar e recontar…
para encantar!
SALA VERDE – 2 ANOS
ANO LETIVO 2012/2013
EDUCADORA DE INFÂNCIA: Ana Nascimento
AUXILIAR DE AÇÃO EDUCATIVA: Sofia Cravo
PROJETO CURRICULAR DE SALA
EDUCADORA DE INFÂNCIA: ANA NASCIMENTO1
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………..…….... 4
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO CURRICULAR DE SALA ………………………... 5
3. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA CRIANÇA DOS 24 AOS 36 MESES…………………. ...7
3.1 - Características da criança de 1/2 anos de idade ………………………….
…….8
4. CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO DE CRIANÇAS
4.1. Ao Nível da Estrutura………………………………………………………12
4.2. Ao Nível da Dinâmica ……………………………………………………..13
5. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DOS MATERIAIS……………………………………….18
6. ORGANIZAÇÃO DA ROTINA DIÁRIA……………………………………...................... 19
7. INTERVENÇÃO EDUCATIVA
7.1. Princípios Metodológicos…………………………………………………...20
7.2. Objetivos Gerais……………………………………………………………21
7.3. Competências………………………………………………………………..22
7.4. Estratégias……………………………………………………………………25
7.5. Avaliação…………………………………………………………………….27
8. PLANO ANUAL DE ATIVIDADES ……………………………………………………..29
9. METODOLOGIA DE DIVULGAÇÃO DO PROJETO CURRICULAR DE
SALA…………………………………………………………….……………………..36
10. TRABALHO COM AS FAMÍLIAS…………………………………………………………37
11. TRABALHO DE EQUIPA………………………………………………………………..39
12. CONCLUSÃO ………………………………………………………………………….40
BIBLIOGRAFIA……..…………………………………………………………………..41
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“projeto não é apenas intenção, é também ação, ação essa que deve trazer um valor
acrescentado ao presente, a concretizar no futuro”.
(Rogiers, 1997: 176-178)
“O projeto do educador é um projeto educativo/pedagógico que diz respeito ao grupo e
contempla as opções e intenções educativas do educador e as formas como prevê
orientar as oportunidades de desenvolvimento e aprendizagem de um grupo.”
(Ministério da Educação, 2009, p. 44)
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1. INTRODUÇÃO
O Projeto Curricular da sala verde, é destinado ao segundo ano de vida, da
valência creche. Este projeto torna-se uma forma de organização, uma planificação do
tempo e dos conteúdos que têm como objetivo promover a aprendizagem.
Para as crianças desta faixa etária, esta é a oportunidade de presenciar
diversas experiências, de interagir num ambiente de grupo, onde a aprendizagem pela
ação é feita num cenário de partilha e confiança. Este momento é rico na aquisição de
novas e positivas experiências cognitivas, afetivas, sociais e emocionais, sendo de
uma importância fundamental para todo o desenvolvimento sócio – afetivo das
crianças. Posto isto, e tendo em consideração que cada criança é construtora do seu
próprio desenvolvimento, transformando e ampliando as suas aprendizagens, o
objetivo principal desencadeará naquilo que ela já sabe, nos seus interesses e
motivações, para que, a partir deles, possa adquirir novos conhecimentos através de
experiências práticas.
A elaboração deste projeto baseou-se na caracterização geral das crianças
com idades compreendidas entre os 24 e os 36 meses, na caracterização do grupo de
crianças da sala verde, na organização do espaço físico da sala, dos materiais e na
respetiva rotina diária do grupo de crianças.
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO CURRICULAR DE SALA
No corrente ano letivo 2012/2013, o tema do Projeto curricular da sala verde,
da valência de Creche denominando-se: “Contar e recontar…para encantar!
Tendo consciência que o Projeto Curricular de sala é um documento que deve
vir integrado no Projeto Educativo, tive a preocupação de fazer uma articulação,
relativamente aos objetivos que este se propõe atingir, e da mesma forma adequá-los
à respetiva faixa etária.
A elaboração de um Projeto Curricular de sala surge como necessidade, de
organizar, planear, refletir e avaliar o seu trabalho, segundo valores e princípios que
norteiam a sua ação educativa, tendo em conta as características, os interesses, as
potencialidades e as necessidades do grupo a que se destina, bem como o ambiente
educativo em que se vai desenvolver.
Este projeto corresponde a uma opção pedagógica consciente, aberto e
flexível, na medida em que, estando o grupo e o meio em constante mutação e
desenvolvimento, será adaptado sempre que seja pertinente fazê-lo.
Neste âmbito, foram definidos os seguintes objetivos gerais a concretizar no
decorrer deste ano letivo:
• Proporcionar o bem-estar e o desenvolvimento integral das crianças num clima
de segurança afetiva, durante o afastamento parcial do seu meio familiar;
• Encorajar a individualização de cada criança respeitando os seus tempos, os
seus ritmos, potenciando o seu desenvolvimento;
• Oferecer diferentes tempos de atividades bem estruturadas e organizadas, de
expressão criativa e oral, dos conteúdos, de abertura ao imaginário,
respeitando as suas fantasias, procurando dar sentido à sua livre expressão;
• Proporcionar à criança um contacto com o meio que a rodeia para que seja
conhecedora e participante no processo de socialização.
O tema do projeto educativo será abordado ao nível das expressões e do
conhecimento do mundo.
Através da elaboração deste documento, pretendo dar a conhecer algumas das
propostas que irão ser abordadas ao longo deste ano letivo, tendo como base o
respeito individual de cada criança, a sua integração no grupo e um grande
envolvimento por parte das famílias. Todo o clima de ensino - aprendizagem será
vivido e partilhado com bastante afeto, numa relação de confiança, respeito,
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entreajuda e reforço da autoestima, na busca da autonomia e onde todos iremos
aprender.
Na Educação Infantil a linguagem dos contos, das canções, das poesias, do
teatro é considerada fundamental para o desenvolvimento das crianças, considerando
que esta pode compreender o mundo à sua volta, as relações sociais que regem a sua
vida, cumprindo essa tarefa pela ação da magia, do encantamento.
Para que o Projeto Curricular tenha sucesso, é fundamental a colaboração de
todos os educadores da criança – família e equipa educativa – e que a criança se sinta
segura, motivada e estimulada.
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3. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA CRIANÇA DOS 12 AOS 24 MESES
O período de desenvolvimento que decorre desde o nascimento aos três anos
de idade é designado por primeira infância sendo, nesta fase, que a criança se
estrutura como ser humano e faz muitas aquisições, num curto espaço de tempo.
Aos dois anos a criança age e interage pois tem agora um melhor controlo
sobre ele. Começa a adquirir noções de lateralidade e tudo quanto implica movimento
lhe desperta muito interesse. Começa a conseguir conquistar o espaço e apropriar-se
dele de uma forma interventiva.
A realidade está agora a organizar-se com alguma coerência oferecendo
estabilidade à criança. O jogo simbólico está mais completo e a criança tem grande
prazer com o faz-de-conta e as dramatizações.
Aos dois anos inicia-se uma consciencialização do EU e a utilização desta
palavra ao falar de si. Do ponto de vista afetivo a criança apresenta emoções mais
inconstantes, com alterações de humor “injustificadas” e começa a saber diferenciar
bem as emoções positivas das negativas.
O outro toma agora um lugar mais significativo, por aquilo que faz. Interage e
brinca com ele, dando e obedecendo a ordens.
No que respeita a Linguagem, inicia-se a construção frásica, primeiro pelo
verbo (ação), depois pelo substantivo (nome) e só depois os adjetivos. A criança
descobre que as coisas têm nome e nesta fase aumenta, excecionalmente, o seu
vocabulário. Surge o questionamento (quê/porquê) que lhe dá muita informação e
reforça o vocabulário. Tem muito prazer com canções e lenga-lengas. O ritmo ajuda-a
na descoberta da palavra. É fundamental criar oportunidades e situações que levem a
criança a falar e a questionar. As experiências suscitam a verbalização com a ação,
desenvolvendo o pensamento e, claro, a linguagem.
A criança com dois anos sente-se muito bem à frente de um espelho. Este é
peça fundamental na construção da imagem do seu corpo. Adora jogos de imitação
que lhe proporcionam a conquista do outro e consequentemente a descoberta do Eu.
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Aos dois anos as relações de causalidade vão sendo cada vez mais objetivas e
os seus ensaios mais frequentes. Intensificam-se as experiências para fazer mais
descobertas. A criança cria e aceita rotinas embora procure sempre novos desafios.
Inicia-se a construção do espaço e do tempo, embora ainda não os relacione.
As rotinas permitem-lhe a segurança de saber o que aconteceu antes e depois, ajuda-
a a conhecer o meio e a conhecer-se, descobrindo o que ela é e o que ela pode. Além
da segurança, a rotina dá-lhe autocontrole.
Com dois anos a alegria começa a ter uma expressão social, mais abrangente
que o sorriso. As “birras” continuam a ser frequentes, normais e ainda muito
importantes. A criança começa uma aprendizagem da frustração.
A fase dos dois anos é, como se vê, muito rica, repleta de aquisições
fundamentais para o desenvolvimento integral da criança. Cabe à equipa pedagógica
em colaboração com as famílias dar oportunidade à criança e apoiá-la nas escolhas
em prol de um crescimento harmonioso.
• Características da criança de 1/2 anos de idade
Organização Psicomotora
Esquema Corporal:
- Nomeia as principais partes do corpo em si e nos outros;- Tem uma noção integrada do seu corpo;- Já sabe que o seu corpo é um todo;- Reconhece-se no espelho e na fotografia;
Lateralidade:
- Na ação nota-se que já há uma mão que faz e outra que ajuda, mas não favorece nenhuma das mãos, tanto pode ser a direita como a esquerda;
- Vai havendo progressivamente uma predominância na lateralidade;Coordenação Motora:
- Consolida a corrida (domina a corrida);- Grande necessidade de movimentos;- Sobe e desce escadas sem alternar os pés;- Dificuldade em saltar a pés juntos;- Algumas começam a saber pedalar;- Início da coordenação da motricidade fina;
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Desenvolvimento Intelectual
(Início do período pré-operatório - Piaget)
Características Gerais
- Capacidade de simbolizar;- Aparecimento do jogo simbólico; - Aprendizagem, (exploração sensorial, repetição, movimento, imitação, afetividade);- Períodos de atenção e concentração muito curtos (2 a 4 minutos em média, 5 a 8 minutos
no máximo);- Maior interesse pela experimentação que pela criação;
Estrutura do Espaço
- Acontece a partir do corpo e do movimento que a criança tem;- O corpo é o ponto de referência, tudo se estrutura através do seu corpo e do seu
movimento;- Já reconhece alguns termos em relação ao espaço: dentro/fora, cima/baixo, no entanto
não utiliza corretamente os vocábulos: troca-os, baralha-os, mas já os entende;Estruturação do tempo
- É através da própria criança, das suas experiências, do seu corpo;- Vai sendo desenvolvida a partir de experiências do dia a dia da criança, tomando como
ponto de referência esse mesmo dia a dia;- Existe também um desfasamento entre a compreensão e a verbalização, ou seja,
compreende mais do que verbaliza;Perceção visual
- A capacidade de observação é sincrética, ou seja, ao ver uma imagem a criança escolhe um pormenor que lhe diga respeito, mas não é visto como um pormenor, é global;
- Não consegue distinguir o pormenor do todo, nem que é o conjunto dos pormenores que fazem o todo;
- Dificuldade em distinguir imagens semelhantes;Perceção Auditiva
- Dificuldade em distinguir sons semelhantes;- Identifica alguns sons de animais que sejam familiares e gostam de os imitar, (o cão, o
gato, o pato, entre outros);- Consegue identificar sons que sejam familiares, (ambulância, comboio, carro);
Linguagem
- Muito interesse pela linguagem: brincam com as palavras;- Fase de grande enriquecimento da linguagem gestual;- Gostam da linguagem falada e cantada;- É a primeira linguagem “abebézada”, vocabulário pouco enriquecido;- Usa palavras sem as entender;- Compreende mais do que verbaliza.
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Comportamento Geral Social e afetivo
- Egocentrismo, a criança está centrada em si mesma, apresenta incapacidade de se colocar no lugar do outro;
- Consolidação do controlo dos esfíncteres,- Jogo paralelo (brincam ao lado de...); - Não existe a noção de grupo;- Necessidade do adulto e de segurança transmitida através deste;- Precisa de muito apoio e disponibilidade do adulto;- Necessidade de afeto, (mimo, calma, apoio individual, respeito pelo egocentrismo da
criança, de ser valorizada pelo que é e pelo que faz);- Fase de muita agressividade, (luta pela posse dos objetos); - Fase da descoberta do “Eu”, (fase de afirmação, fase do “não”, negativismo, a criança
afirma-se porque nega, não é teimosa mas tem necessidade de afirmação);- Não distingue o real da fantasia.
As crianças de 1/2 anos gostam de...
- Jogos com o corpo;- Se observar ao espelho;- Movimento livre: correr, saltar, rolar, subir/descer, puxar/empurrar, baloiçar, escorregar,
dançar, bater palmas, marchar;- Andar de triciclo e carrinhos com e sem pedais;- Imitar animais;- Cantigas pequenas, reais, com gestos, repetidas;- Fazer rodas;- Explorar tudo o que as rodeia (mexer, pôr/tirar, deixar cair e apanhar, rasgar, apertar,
torcer, espalhar, morder, cheirar, rebolar, amassar, entre outros);- Ver livros com imagens familiares;- Objetos que transmitam segurança (transitivos, pode ser uma fralda, um lenço, um boneco,
a chucha, entre outros);- Mimo, colo, festas, carinho;- Brincar sozinhas, ao lado de...;- Fazer recados, levar e buscar coisas;- Estar à janela;- Histórias curtas, adaptadas à sua vida real;- De lenga-lengas;- Que o adulto brinque com elas e entre no seu mundo da fantasia;- Tocar instrumentos de música;- Jogar à bola, às escondidas;- Desenhar, riscar, garatujar;- Massa de cor- Digitinta;- Pintura com as mãos, pés, pincéis grossos;- Barro.
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4 - CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO DE CRIANÇAS
4.1. Ao Nível da Estrutura
Nome Data de NascimentoCatarina Filipa Marmelo Martinho 26/12/2010
David dos Santos Gomes de Almeida 22/12/2010Henrique Cordeiro Ferreira Rosa 02/8/2010
Joana Margarida Gabriel Rita 12/01/2011Lara da Silva Cardador 18/02/2011Leonor Teixeira Adão 21/07/2010
Leonor Gomes dos Santos Ferreira Rodrigues 22/6/2010Madalena Dinis Nunes Pinheiro 23/10/2010
Maria Teixeira Martinho 20/10/2010
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Marta Almeida Teixeira Caetano Dias 22/12/2010Martim Gonçalves Agostinho 25/11/2010
Matilde Bento Rodrigues 12/09/2010Matilde Borges de Vasconcelos 19/4/2010
Rafael Costa da Silva Lopes 27/05/2010Raphael Henriques Leite Armando 26/09/2010
Ricardo Costa da Silva Lopes 27/5/2010Sofia Isabel Marmelo Martinho 26/12/2010
Tabela - Caracterização do grupo de crianças ao nível da estrutura
O grupo é constituído por 17 crianças, com idades compreendidas1 entre os 19
meses e os 26 meses, sendo 6 do género masculino e 11 do género feminino. Duas
crianças do sexo feminino e duas crianças do sexo masculino são gémeos.
Uma criança da sala apresenta diagnóstico de autismo, que é uma disfunção
global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação
do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento
(responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas
respostas).
Frequentaram o berçário desta instituição educativa 12 crianças deste grupo,
no ano passado, sendo que as auxiliares tiveram o cuidado de transmitir informações
aos adultos agora responsáveis pelo grupo, para promover a transição das crianças
para esta sala.
4.2. Ao Nível da Dinâmica
A adaptação do grupo tem sido bastante positiva, quer em relação aos adultos
da sala, às outras crianças, ao espaço físico e às rotinas diárias, estando esta
integração a decorrer dentro da normalidade.
Este grupo transitou para uma sala diferente, a sala verde, as crianças sentem-
se seguras na sua adaptação.
Neste momento, o grupo demonstra estabelecer uma relação de proximidade e
sentido de confiança e segurança com os dois adultos da sala (educadora e auxiliar).
Com os pares, a relação também é muito positiva, na medida em que já
existiam laços de proximidade entre as crianças.
O grupo já demonstra noção de que há rotinas e hábitos na sala e começam a
ser interiorizados, como o sentar no tapete para reunir todo o grupo, a realização de
tarefas diárias nomeadamente o mapa das presenças, o mapa do responsável, o
11 Idades no final de setembro de 2011
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mapa do tempo, as histórias, as canções. A higiene antes das refeições, a organização
do “comboio” para nos dirigirmos a outro espaço físico. Também já se mantêm algum
tempo atento nas atividades individuais e orientadas.
Relativamente às rotinas, diariamente utilizo canções (está na hora, está na
hora de ir almoçar…de ir dormir… de fazer comboio… de arrumar…) , que indicam em
que atividade as crianças estão ou a mudança para a seguinte. Com isto, é possível
constatar que as crianças já demonstram conhecer aquilo que fazem em cada
momento do seu dia, bem como qual o momento que segue.
A sequência da rotina diária e a compreensão têm vindo a ser interiorizadas
gradualmente.
A grande maioria do grupo demonstra autonomia e muita curiosidade na
exploração dos materiais que estão ao seu alcance.
Verifica-se ser um grupo interessado, com crianças muito curiosas,
principalmente a tudo o que seja assumido por elas como uma novidade, atentas,
manifestando grande interesse por canções mimadas, histórias e atividades de dança
e movimento.
As relações positivas de afetividade entre crianças têm vindo a aumentar,
devido ao estímulo do adulto. Gostam de imitar as “graças” dos amigos, gostam
brincar com os pares, em comunicar entre eles, embora a partilha de brinquedos ainda
seja muito difícil, gerando muitas vezes conflitos.
É notável, em algumas crianças, a evolução da linguagem e o interesse em
interagir verbalmente e pronunciar palavras, tentando evocar pelo nome dos amigos e
dos objetos. O grupo apresenta uma capacidade crescente para comunicar ou em
usar a linguagem oral, sendo capaz de compreender pedidos ou ordens simples que
impliquem uma determinada tarefa. Ao nível da expressão oral, existe alguma
discrepância entre o grupo, as crianças mais novas, encontram-se na fase da
holofrase, ou seja, de uma única palavra, enquanto que as crianças mais velhas já
produzem pequenas frases relacionados com o seu meio envolvente, com as suas
necessidades e gosto. Todos os dias surgem muitas palavras novas no vocabulário
deste grupo.
No que diz respeito à autonomia pessoal, a maioria das crianças colabora com
o adulto ao vestir e despir as peças de roupa. Algumas delas já tentam abrir a torneira
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e colocam as mãos debaixo de água para lavar. Nos momentos de refeição, apenas
algumas crianças necessitam do auxílio dos adultos.
Relativamente ao controlo dos esfíncteres, neste momento quase todas as
crianças vão à sanita, contudo nenhuma criança controla ainda os esfíncteres.
5 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DOS MATERIAIS
“Tudo o que a criança faz/aprende sucede num ambiente, num espaço cujas
características afetam a conduta ou aprendizagem.” Segundo Zabalza, M. (1987)
O espaço é um contexto de aprendizagem e de significados, onde a sua
organização, disposição, aparência, funcionalidade e beleza determinam as atividades
a realizar. Neste sentido, durante a organização da sala tive em conta as
características, necessidades e interesses das crianças desta faixa etária, criando um
espaço acolhedor e agradável, para lhes transmitir segurança e estabilidade; um
espaço amplo e livre de obstáculos onde possam desenvolver as suas capacidades
motoras e descobrir, explorar e manipular os diversos objetos, desenvolvendo a sua
autonomia. É nosso objetivo colocar ao seu alcance materiais didáticos adequados e
diversificados, para as crianças manipularem e explorarem. Existe a preocupação de
renovar e aumentar a complexidade destes materiais, para que estes sejam
desafiantes para as crianças e lhes proporcionem a aquisição de novas competências.
Assim sendo, a sala apresenta uma boa iluminação de luz natural. O chão e as
paredes são apropriados, atendendo à sua temperatura, higiene e segurança. Os
móveis são adequados à faixa etária das crianças, permitindo o acesso fácil por parte
destas, aos materiais que lhes estão disponíveis.
O processo de aprendizagem implica também que as crianças compreendam
como o espaço está organizado e como pode ser utilizado. O conhecimento do
espaço, dos materiais e das atividades possíveis é também condição de autonomia da
criança e do grupo. Assim sendo, se ao chegarem à sala e encontrarem os móveis e
os materiais arrumados de forma agradável, bem organizados e convidativos, as
crianças sentem-se motivadas, sabem escolher o que desejam e colaboram com a
organização geral.
Para que as atividades diversificadas aconteçam num clima harmonioso e de
forma organizada, é desejável que na sala se encontrem algumas “áreas”, espaços
lúdicos que convidem à brincadeira livre e à realização de atividades orientadas. Desta
forma a sala de atividades, será organizada em seis áreas: área da casinha, área da
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biblioteca, área das construções e dos jogos, área da garagem, área do faz de conta,
área da expressão plástica e área do acolhimento.
A área da casinha, ocupa um espaço de eleição das crianças, aqui pode-se
encontrar uma cozinha com utensílios relativos a uma cozinha (pratos, copos,
frigideira, fruta, … etc.), bebés. Aqui as crianças têm a oportunidade de experimentar e
recriar situações que vivem no seu dia a dia (fora do colégio).
Todas estas brincadeiras permitem desenvolver o raciocínio, o faz-de-conta, a
sensibilidade, a linguagem, a imaginação, das crianças.
A área da Leitura, é constituída por uma caixa de livros ilustrados, é nesta
área que as crianças observam e estimulam a leitura com base na memória e nas
pistas visuais contidas nas imagens. É também neste espaço que as crianças fazem
uso da imaginação inventando as suas próprias histórias.
A área das construções e dos jogos, possui materiais de construção,
materiais de separar e encaixar. Nesta área, as crianças podem resolver problemas
espaciais, de seriação e comparação permitindo a socialização.
A área da garagem delimitada por um tapete, é composta por vários carros,
aviões, barcos, comboios e aqui as crianças podem brincar livremente usando a sua
imaginação.
A área do faz de conta situa-se num espaço com espelho, para que as
crianças possam ver a sua “personagem”. Esta área é composta por vários adereços
(lenços, chapéus, cachecóis, perucas, roupa, etc. ….), que as crianças podem explorar
livremente e conjugar da forma que desejarem e assim desenvolver a sua imaginação.
A área do acolhimento delimitada por um tapete, onde existem almofadas.
Neste espaço há momentos de debate, de conversa, de informação e de realização de
tarefas. Aqui também cantamos, dançamos, dramatizamos e escutamos.
Por último a área da expressão plástica, tem disponível papel, lápis de cera e
de cores, canetas de feltro, materiais de pintura, colagem, desenho e recorte. Esta
área permite momentos de atividade de exploração livre e atividades orientadas.
Promovendo momentos de libertação de tensão.
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Em cada área o material existente é adequado à idade da criança, promovendo
o seu desenvolvimento motor e cognitivo. Estas áreas, ao longo do ano letivo, poderão
sofrer algumas alterações, ou mesmo surgir novas áreas, consoante as necessidades
e os interesses do grupo.
Segundo Hohmann e Weikart “Definir áreas de interesse é uma maneira
concreta de aumentar as capacidades de iniciativa, autonomia e estabelecimento de
relações sociais das crianças.” (Hohmann & Weikart, 2007, p. 165).
Nas paredes existem placards onde estão afixados instrumentos de regulação
do grupo, nomeadamente o mapa das presenças, dos aniversários, o mapa do tempo,
e onde, ao longo do ano letivo, serão afixados trabalhos realizados pelas crianças.
Para além disso, existe, na porta da sala, uma área destinada a informar os familiares
sobre o controlo da higiene, a alimentação e o sono de cada criança, e, ainda outras
informações relativamente ao trabalho a desenvolver na sala, nomeadamente a
planificação semanal e a rotina diária do grupo.
Importa ainda salientar que a sala tem acesso direto a uma varanda exterior,
onde as crianças podem usufruir de um amplo espaço para brincar.
Quando as condições meteorológicas o permitem, dirigimo-nos ao piso 2, para
que as crianças possam usufruir de um equipamento lúdico, sendo exemplo disso os
escorregas, os triciclos e as casas.
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6 - ORGANIZAÇÃO DA ROTINA DIÁRIA
As situações de rotina constituem momentos privilegiados de interação adulto/criança,
durante as quais o adulto pode conversar com a criança, criar, jogar, falar, sorrir,
cantar, contar estabelecendo uma relação afetuosa com cada criança, uma vez que
cada uma delas é única e tem necessidades diferentes.
As rotinas são flexíveis e momentos de trocas intensas e de aprendizagens
significativas, em que se promove a independência e a autonomia da criança.
“Um horário diário consistente proporciona às crianças um sentido de continuidade e
de controlo.” (Post & Hohmann, 2007, p. 195).
"(...) as rotinas na Creche funcionam como elementos globalizadores, em torno
dos quais se deve articular a ação educativa da creche." (Marchão, 1998:11, in
CEI nº48)
Quando uma rotina diária é consistente, a criança consegue antecipar o que se
passará a seguir e dá-lhe um grande sentido de controlo sobre aquilo que faz em cada
momento do seu dia. Através desta aquisição de noção de tempo, a criança sente-se
cada vez mais segura e confiante.
Neste sentido, foi criada uma rotina diária consistente para o grupo, organizada de
modo a responder às necessidades básicas das crianças, bem como a proporcionar
momentos lúdicos e atividades educativas. Considero importante relevar que, durante
os vários os momentos da rotina, é respeitado o ritmo e o temperamento de cada
criança.
ROTINAS SALA VERDE
PROJETO CURRICULAR DE SALA
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6h30m – 9h00m Acolhimento9h00m Higiene9h30m Início das atividades orientadas de grupo e individuais
(de acordo com a planificação semanal afixada na porta
da sala) 10h30 Arrumação e Higiene
11h00m Almoço12h00m Higiene12h15 Repouso
14h45m Higiene15h00m Lanche15h45m Higiene16h15m Atividades orientadas de grupo ou individuais 18h00m Reforço18h30m Prolongamento do horário e atividades livres
Tabela - Quadro alusivo ao dia tipo na sala azul
7 INTERVENÇÃO EDUCATIVA
7.1 . - Metodologia de trabalho
Tendo em conta a faixa etária do grupo, bem como as suas características,
interesses e necessidades, irei privilegiar, ao longo deste ano letivo, uma metodologia
baseada em alguns princípios:
Dado que cada criança é única, pretendo respeitar o ritmo, o
temperamento, as potencialidades e as limitações de cada uma, para que vão
formando o seu caráter de uma forma mais equilibrada possível;
Uma vez que a criança descobre e conquista o mundo que a rodeia
através da sua própria ação, pretendo proporcionar-lhes inúmeras e diversificadas
experiências que possam levar a cabo e com iniciativas próprias, para que aprendam
com os seus erros, que não devem ser considerados como fracassos pelos adultos;
Estabelecer relações fidedignas com cada criança, proporcionando-lhes
um ambiente onde se sintam seguras, confortáveis, felizes, amadas e acarinhadas, de
forma a irem avançando no seu desenvolvimento motivadas e confiantes;
Potenciar o trabalho cooperativo e favorecer o trabalho em grupo,
promovendo a criação de relações entre as crianças e entre crianças e adultos,
estabelecendo algumas regras, claras e exequíveis para esta idade, a fim de facilitar a
convivência;
Uma vez que cada criança é construtora do seu desenvolvimento, transformando e
ampliando as aprendizagens que já adquiriu, pretendo partir do que as crianças já
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sabem, dos seus interesses e motivações, bem como ajudar a expressarem, verbal e
corporalmente, o que já sabem e o que estão a fazer.
A minha preocupação traduz-se no apetrechamento das salas e adequação dos
espaços; pelo facultar de experiências chave significativas adequadas aos diferentes
estádios de desenvolvimento.
Nesta projeto, irei seguir alguns métodos de trabalho, relativos às linhas orientadoras
do modelo High-Scope, cujos princípios básicos são a aprendizagem pela ação
através de alguns instrumentos de trabalho utilizados, nomeadamente quadro das
presenças, quadro de tempo, quadro do responsável; a divisão dos espaços, com a
designação de áreas. O modelo do MEM- movimento da escola moderna que tem
como linha orientadora a gestão democrática da vida em grupo, assim como pelos
projetos a desenvolver com o grupo de crianças (Pedagogia de Projeto).
Pretenderei paralelamente adotar uma linha pedagógica tendo por base o
construtivismo numa perspetiva de Educação para a diversidade. Defendendo a
importância da formação contínua e o rigor científico, assim como a partilha de
diferentes ideias e saberes de forma a criar um currículo que fundamente a minha
ação e que vá de encontro às necessidades das crianças, colocando ênfase no
desenvolvimento de competências essenciais de forma equilibrada.
As atividades pedagógicas do projeto curricular de sala, serão desenvolvidas a
nível de todas as áreas, incluindo diferentes tipos de aprendizagem. Pretendo
desenvolver o conhecimento de diversos contos, rimas, lengalengas, trava-línguas e
canções infantis, indo, desta forma, ao encontro do projeto educativo do Colégio:
“ Quem conta um conto… ”.
No entanto, não é de subestimar os vários momentos/rotinas vividos pelas
crianças dentro da sala, que se revelam, também, como aprendizagens significativas
aos mais vários níveis.
Tudo isto se interliga e assenta nas diferentes áreas de conteúdo, que se
perspetivam ser um estímulo ao desenvolvimento global das crianças, sendo elas: a
área da Formação Pessoal e Social, a área da Expressão e Comunicação, no domínio
da Expressão Motora, da Expressão Plástica, da Expressão Musical e da Expressão
PROJETO CURRICULAR DE SALA
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Dramática, no domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita e, ainda, no domínio
da Matemática, e a área do Conhecimento do Mundo.
7.2. Objetivos Gerais
• Criar condições significativas que contribuam para o desenvolvimento
global das crianças;
• Satisfazer as necessidades básicas de cada criança, nomeadamente de
alimentação, sono e higiene, visando o seu bem-estar;
• Levar a criança a desenvolver sentimentos de respeito e amizade pelo
outro, fomentando a partilha e o convívio;
• Desenvolver a expressão e comunicação através de linguagens
múltiplas;
• Permitir a exploração natural e direta da criança sobre o mundo que a
rodeia;
• Valorizar e desenvolver aprendizagens que permitam reforçar e
aumentar o nível de autonomia de cada criança;
• Estabelecer uma relação afetiva com cada criança, permitindo um
desenvolvimento global e harmonioso das suas capacidades;
• Ajudar a criança a encontrar o seu equilíbrio e a sua estabilidade
respeitando a individualidade de cada uma e o seu próprio ritmo;
• Proceder à despistagem de inadaptações, necessidades especiais ou
precocidades da criança e promover o seu encaminhamento;
• Estabelecer com as famílias uma relação de respeito e confiança, que
possa proporcionar à criança um crescimento harmonioso;
• Atender aos interesses e necessidades de cada criança e da sua
família;
• Criar condições para a criança conhecer diversos contos;
• Promover a leitura em contexto familiar ;
• Promover a leitura em contexto de sala;
• Proporcionar o contacto com diferentes formas de texto escrito;
• Proporcionar liberdade para expressar sentimentos;
• Realizar atividades que permitam observar e explorar diversos contos;
• Fazer valorizar o respeito pelos materiais existentes na sala;
• Estimular o gosto pelos livros ;
COLÉGIO ESPAÇO DOS AMIGUINHOS
• Favorecer a reflexão partilhada de acordo com a moral dos contos;
• Proporcionar a narração coletiva e a dramatização dos contos;
• Contribuir para a interiorização de valores que promovam a cidadania;
• Desenvolver a imaginação através da criação de histórias, contos, poemas…
• Identificar personagens de contos : reis, magos, fadas, bruxas, duendes,
anões, gigantes, etc.
• proporcionar o contato com as histórias através de diferentes recursos : livro, de fantoches, do DVD, internet…
7.3. Competências
Formação Pessoal e Social
• Adaptar-se progressivamente à vida da escola, ao grupo e adultos;
• Adquirir progressiva autonomia nas rotinas e atividades quotidianas,
colaborando com o adulto (brincadeira, atividades individuais e de grupo, refeições,
sono e higiene);
• Envolver-se com agrado nas várias atividades;
• Vivenciar os tempos de alimentação, sono e higiene com prazer;
• Conviver e respeitar os seus pares;
• Manifestar gestos de afeto para com os outros;
• Adotar atitudes positivas perante demonstrações de afeto de adultos e
crianças;
• Exteriorizar sentimentos, emoções, desejos e preferências;
• Tolerar progressivamente tempos de espera;
• Aumentar progressivamente o seu tempo de atenção/concentração;
• Cumprir pequenas ordens;
• Conhecer e respeitar as regras e comportamentos sociais à mesa;
• Adquirir progressiva autonomia durante as refeições;
• Aguardar a vez de se levantar e arrumar a cadeira;
• Colaborar no vestir e despir algumas peças de vestuário;
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• Manifestar progressivamente as suas necessidades básicas de
alimentação, sono e higiene;
• Dizer o nome de outras crianças e adultos com os quais se relaciona;
• Utilizar os brinquedos/ livros sem os estragar e arrumá-los sempre que
é pedido;
• Saber manusear os livros.
Conhecimento do Mundo
• Identificar os adultos e os colegas da sala;
• Conhecer e explorar os espaços da sala e tirar partido destes;
• Descobrir, observar e explorar os objetos do seu meio;
• Demonstrar curiosidade pelo conhecimento de elementos do quotidiano;
• Descobrir cheiros;
• Expressar curiosidade em relação aos livros;
• Demonstrar interesse pelo reconhecimento de diversos contos;
Expressão e Comunicação
→ Linguagem Oral e Escrita
• Compreender mensagens simples;
• Utilizar de forma progressiva e correta, a linguagem oral e gestual para
comunicar;
• Escutar histórias e lengalengas;
• Reproduzir alguns nomes e palavras através de conversas, imagens e
realidade;
• Nomear partes do corpo, objetos, elementos do quotidiano;
• Familiarizar-se com a linguagem escrita através de histórias, imagens,
nomes;
• Reproduzir palavras associadas aos contos, canções, poesias, lenga-
lengas ;
• Reproduzir algumas palavras das canções escutadas na sala.
→ Matemática
COLÉGIO ESPAÇO DOS AMIGUINHOS
• Utilizar algumas possibilidades da lógica matemática relativamente a
objetos, pessoas e situações do meio (cima/baixo; à frente/atrás; grande/pequeno;
um/muitos);
• Explorar diferentes materiais, formas, tamanhos, texturas e cores;
• Distinguir as cores básicas e nomeá-las;
• Associar as cores primárias a determinados objetos, animais, alimentos
e elementos da natureza;
• Ordenar, encaixar, empilhar;
• Fazer conjuntos de instrumentos musicais de tamanhos grandes e
pequenos.
→ Expressão Plástica
• Contactar e familiarizar-se com diferentes técnicas e materiais de
expressão plástica;
• Manifestar prazer nas atividades plásticas;
• Realizar pequenas “obras de arte”, nomeadamente fantoches sobre os
diversos contos abordados.
→ Expressão Musical, Motora e Dramática
• Escutar diversos contos;
• Ilustrar, pintar, decorar diversas histórias;
• Reproduzir o nome das personagens e de determinados conceitos dos
contos;
• Manifestar interesse em descobrir e produzir sons;
• Construir fantoches para o Baú das histórias;
• Dançar, movimentar-se ao som de música;
• Escutar e discriminar o som dos instrumentos musicais;
• Escutar diversas canções;
• Acompanhar com palmas/gestos pequenas canções;
• Adquirir progressivamente a coordenação e o controlo do próprio corpo
(motricidade fina e grossa);
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• Explorar as suas atividades motoras (subir, descer, correr, trepar);
• Sentir prazer e gosto em explorar o próprio corpo;
• Imitar ações/gestos.
• Escutar diferentes formas de contos através, dvd, cd, livros 3
dimensões…
7.4. Estratégias
Formação Pessoal e Social
• Incentivar à participação direta das crianças nas várias rotinas,
atividades e brincadeiras;
• Adotar uma postura positiva, firme e segura perante as crianças,
exemplificando o que pode ou não fazer e como fazer;
• Transmitir regras socialmente aceites de forma clara e exemplificativa;
• Utilizar o diálogo e os afetos como forma de comunicação normal e em
situações de tensão por parte da criança;
• Elogiar sempre a criança em situações positivas;
• Promover atividades/situações em grupo, tirando o maior partido desses
momentos;
• Solicitar o envolvimento/participação das famílias na realização de
atividades dentro ou fora da sala.
Conhecimento do Mundo
• Observação e exploração direta de diversos materiais, objetos,
alimentos;
• Apresentar imagens de diversos contos;
• Desenvolver a linguagem de acordo com imagens dos diversos contos;
• Ler histórias que abordem diferentes valores;
• Conversar sobre as canções, contos, poesias escutadas na sala;
Expressão e Comunicação
→ Linguagem Oral e Escrita
• Leitura/conto de histórias, lengalengas e canções;
COLÉGIO ESPAÇO DOS AMIGUINHOS
• Visionamento de imagens;
• Conversas individuais e/ou em grupo;
• Brincadeiras dirigidas;
• Contacto/exploração com livros;
• Leitura/conto de histórias que abordem diferentes temáticas;
• Conversas sobre as canções escutadas na sala;
• Escutar contos e músicas gravadas com sons diversos.
→ Matemática
• Materiais, objetos, alimentos que correspondam às cores básicas;
• Jogos orientados com noções matemáticas;
• Exploração direta de jogos de encaixe e de empilhamento.
→ Expressão Plástica
• Pinturas com diferentes técnicas;
• Construções tridimensionais;
• Modelagem, rasgagem, colagem, desenho;
• Impressões de partes do corpo, alimentos e animais.
→ Expressão Musical, Motora e Dramática
• Sessões de movimento;
• Escutar diferentes tipos de contos e de música;
• Reproduzir sons com o próprio corpo e com objetos exteriores;
• Ouvir músicas gravadas com sons diversos;
• Utilizar o corpo para mimar canções e lengalengas;
• Realizar jogos de imitação.
7.5. Avaliação
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“Avaliar o processo e os efeitos, implica tomar consciência da ação para
adequar o processo educativo às necessidades das crianças e do grupo e
à sua evolução.” (Ministério da Educação, 2009, p. 27)
Neste sentido, é basilar avaliar as propostas realizadas, quanto à sua
intencionalidade pedagógica, na medida em que permite regular as aprendizagens. É
ilustrativa daquilo que num determinado momento a criança é capaz de realizar e
representa a diversidade de tarefas desenvolvidas.
Em cada projeto, a avaliação deve estar presente e envolver todos os que o
integram, apoiando todo o processo educativo.
Durante a realização deste projeto, os contextos e as formas de avaliação
serão diversificados, partindo do quotidiano da sala:
• Análise dos critérios de avaliação delineados, anteriormente, durante a
planificação das propostas;
• Avaliação do educador, formulando um juízo globalizante das
competências, segundo as áreas de conteúdo;
• Reflexão da observação atenta da criança durante a realização das
propostas, ou seja, à forma como agia e reagia, às suas atitudes, os seus
comentários, as suas motivações e interesses ou, por outro lado, desmotivações ou
desinteresses;
• Momentos de interação entre educador e criança;
• Análise dos trabalhos produzidos pela criança;
• Análise do livro de projeto, representativo do tema abordado e de
experiências realizadas;
• Reuniões pedagógicas de equipa.
Por fim, emerge a necessidade de informar todos os encarregados de
educação que no final do primeiro trimestre, bem como no final do ano letivo, será
entregue uma grelha de observação, o percurso de cada criança, encarando cada uma
como um ser uno, dotado de interesses e necessidades fortemente demarcadas, e em
conformidade com o que é esperado que aconteça nestas idades.
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8. PLANO ANUAL DE ATIVIDADES
MÊS: setembro de 2012
Processo de adaptação:
• Adaptação à nova sala de atividades, novas rotinas, ao grupo de crianças e
aos adultos responsáveis pela supervisão do mesmo;
• Explorar os novos espaços físicos e os materiais existentes na sala;
• Fomentar a criação de uma relação harmoniosa entre criança - criança e
criança – adulto, pautada pela empatia, pelo respeito e pela confiança.
• Aprender a respeitar e a cuidar dos equipamentos e materiais disponíveis
• Introdução dos novos instrumentos de trabalho
• Introdução das regras da sala
Estação do ano – outono:
• Conhecer algumas características da estação do ano;
• Canções alusivas ao outono;
• Explorar histórias relacionadas com esta temática;
• Conhecer as cores relativas ao outono.
• Explorar, sensorialmente, materiais próprios desta estação do ano;
• Realizar atividades no âmbito da expressão plástica com elementos da
natureza típicos do outono;
• Elaboração de uma árvore alusiva ao outono.
As Cores
• Consciencializar as crianças das cores primárias
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• Realizar atividades plásticas alusivas ao tema
• Realizar jogos alusivos ao tema
MÊS: outubro de 2012
Dia Mundial do Animal (4/10/2012)
• Conversar sobre o animal favorito da criança;
• Ilustrar o desenho através da exploração de uma técnica de expressão plástica
Animais:
• Explorar histórias, contos sobre os animais;
• Conhecer algumas características físicas dos animais;
• Construção e decoração de móbiles;
• Canções mimadas sobre o tema;
• Associar o som ao respetivo animal;
• Promover a capacidade de fazer correspondências: Associar a imagem
do animal à respetiva forma (contorno do corpo) através de jogos de
encaixe.
Dia Mundial da alimentação
• Explorar histórias, contos sobre os animais;
• Conhecer algumas características físicas dos animais;
• Construção e decoração de móbiles;
• Canções mimadas sobre o tema;
Halloween:
• Realizar atividades plásticas relacionadas com o tema;
• Promover a imaginação e a criatividade.
COLÉGIO ESPAÇO DOS AMIGUINHOS
MÊS: novembro de 2012
São Martinho:
• Leitura de um conto infantil sobre a lenda de São Martinho;
• Canções, contos, poesias alusivas à temática;
• Realização de atividades de expressão plástica relacionadas com o São
Martinho.
Frutos:
• Conhecer e identificar alguns frutos;
• Explorar, através de algumas técnicas de expressão plástica, as
características dos frutos (tais como a forma e a cor);
• Explorar, através da perceção táctil, a textura dos frutos.
Família:
• Valorizar os laços familiares;
• Envolver as famílias na decoração da sala de atividades.
•
Os transportes:
• Realizar atividades plásticas relacionadas com o tema
• Conhecer e identificar diferentes transportes
Dia dos Direitos Internacionais da Criança (Dia Nacional do Pijama) 20 novembro
• Sensibilizar para os direitos das crianças
Uma história só para nós
MÊS: dezembro de 2011
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Natal:
• Vivenciar uma data festiva e valorizar o seu aspeto cultural – Natal.
• Conhecer algumas tradições do natal;
• Construir uma árvore de Natal (tridimensional) para a sala;
• Realizar os presentes de Natal;
• Construir móbiles alusivos à época;
• Explorar canções relacionadas com o Natal;
• Promover a interação entre a Instituição Escolar e Familiar;
• Preparar e participar na festa de Natal.
Uma história só para nós
MÊS: janeiro de 2013
Dia dos Reis:
• Elaborar atividades de expressão plástica sobre a data festiva;
• Explorar canções sobre o tema;
• Vivenciar o Dia de Reis.
Estação do ano - inverno:
• Conhecer algumas características desta estação do ano;
• Canções relacionadas com o tema;
• Realizar atividades de expressão plástica sobre o inverno;
• Explorar histórias relacionadas com a temática.
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• Explorar sensorialmente materiais próprios desta estação do ano;
• Realizar atividades diversas com elementos da natureza típicos do inverno.
Vestuário:
• Conhecer, identificar e enquadrar diferentes peças de vestuário;
• Realizar atividades plásticas relacionadas com o tema
MÊS: fevereiro de 2012
Dia da a mizade (14/2/2012):
• Realizar atividades no âmbito da expressão plástica relacionadas com o dia
• Promover a exteriorização de sentimentos positivos para com os colegas de
sala;
• Criar a área dos sentimentos e expressões na sala, através da realização de
atividades de expressão plástica referentes a diversos
sentimentos/expressões.
Corpo Humano:
• Conhecer e identificar os principais segmentos do esquema corporal;
• Escutar e aprender com canções sobre o corpo humano;
• Associar o nome a uma determinada parte do corpo humano;
• Realizar atividades de expressão plásticas sobre a imagem corporal, no seu
todo;
• Explorar histórias relacionadas com o tema
MÊS: março de 2013
Carnaval- festa de máscaras
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• Expandir a diversidade de experiências: Vivenciar uma data festiva e valorizar
o seu aspeto lúdico – Carnaval;
• Proporcionar a diversidade de maneiras de utilizar e de sentir o próprio corpo;
• Promover o culto do faz-de-conta.
Dia do Pai:
• Explorar histórias sobre a figura paterna;
• Promover a relação entre a escola e a família;
• Elaborar o presente para oferecer no dia do pai.
MÊS: abril de 2013
Estação do ano - primavera:
• Conhecer algumas características desta estação do ano;
• Explorar histórias sobre a primavera;
• Canções relacionadas com a temática;
• Realizar atividades de expressão plástica sobre a primavera;
• Conhecer algumas características desta estação do ano;
• Explorar, sensorialmente, materiais características da natureza nesta estação.
Dia da árvore / Dia mundial da Poesia
Páscoa:
• Canções relacionadas com a época festiva;
• Realizar atividades de expressão plástica sobre a Páscoa;
• Vivenciar uma data festiva e valorizar o seu aspeto cultural – Páscoa.
COLÉGIO ESPAÇO DOS AMIGUINHOS
Dia mundial do teatro
Uma história só para nós
MÊS: maio de 2013
Dia da Mãe:
• Explorar histórias sobre a figura materna;
• Promover os laços familiares;
• Fortalecer a relação entre a escola – família;
• Elaborar o presente para oferecer no dia da mãe.
Dia Mundial da Família (15/5/2012):
• Construir uma lembrança, através da realização de atividades de expressão
plástica, para que cada criança possa presentear a sua família.
MÊS: junho de 2013
Dia Mundial da Criança (1/6/2012):
• Promover a relação entre as várias crianças da Creche;
• Vivenciar a data, tornando-a num dia marcadamente significativo para o grupo
de crianças.
Estação do ano - verão:
• Explorar histórias relacionadas com esta estação do ano;
• Canções relacionadas com o tema;
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• Conhecer algumas características desta estação do ano;
• Realizar atividades de expressão plásticas alusivas ao verão;
• Realizar atividades diversas com elementos da natureza característicos desta
estação do ano.
COLÉGIO ESPAÇO DOS AMIGUINHOS
9. Metodologia de Divulgação do Projeto Curricular de sala
“O educador de infância tem também o importante papel de ajudar as crianças a
avaliar e valorizar o trabalho umas das outras.” (Katz & Chard, 2009, p. 119)
A divulgação é uma forma de valorizar o trabalho realizado pelas crianças. Neste
âmbito, como forma de divulgação do que vai sendo realizado ao longo do ano letivo,
existem algumas estratégias, tais como:
• Informação no placard do corredor da valência de Creche;
• Exposição dos trabalhos das crianças nos placards da sala de atividades;
• Livro de projeto da sala;
• Conversas informais (periódicas) com os familiares das crianças;
• Reuniões pedagógicas de equipa.
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10. TRABALHO COM AS FAMÍLIAS
“A família e a instituição de educação pré-escolar são dois contextos sociais
que contribuem para a educação da mesma criança; importa por isso, que haja uma
relação entres estes dois sistemas.” (Ministério da Educação, 2009, p. 43).
A família é, sem dúvida, o primeiro e principal educador da criança e é no seu
seio familiar que esta faz uma série de aquisições. Aprende a comunicar, desenvolve
aptidões físicas, assimila conhecimentos e valores da sua cultura. Estas
aprendizagens refletir-se-ão na adaptação de cada criança ao grupo e na
consolidação de condutas sociais diárias. Tal como refere Post & Hohmann (2007)
“Pais e educadores podem fortalecer a confiança e o respeito que têm uns pelos
outros e progredir em conjunto na sua capacidade de proporcionar cuidados e
educação infantil às crianças.” (p. 352).
É fundamental que o educador tenha um conhecimento aprofundado do meio
familiar de cada criança, para que possa intervir, com cada uma delas, com
intencionalidade educativa. Para que tal aconteça, é necessário que a escola e a
família mantenham uma relação de parceria no que respeita à educação das crianças.
Esta relação entre a escola e a família, para além de auxiliar o educador na sua
intervenção com cada criança, fará com que os pais/famílias, ao sentirem que a sua
presença é valorizada e incentivada, estejam mais disponíveis e despertos para o
desenvolvimento escolar dos seus filhos, bem como, se sintam seguros e integrados
na comunidade educativa.
Conformemente, pretendo criar estratégias para que se estabeleça um clima de
comunicação, partilha e interação entre a escola e cada família, nomeadamente
através de um contacto diário, para que ocorra a troca de informações sobre aspetos
mais significativos do dia ou para falar de uma forma tranquila dos aspetos pessoais
relativos ao comportamento, atitudes e evoluções da criança; uma reunião de pais, na
qual serão tratados aspetos gerais onde estes têm a oportunidade de esclarecer
dúvidas com a equipa da sala; afixar trabalhos realizados pelas crianças, de forma a
dar a conhecer o que tem sido realizado; e, ainda, solicitar a participação ativa dos
pais/famílias em atividades realizadas na sala ou solicitando que realizem pequenos
trabalhos em conjunto com as crianças, em casa, de forma a fomentar a relação pais-
filhos.
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11. TRABALHO DE EQUIPA
“Quando os adultos trabalham em conjunto para estabelecer e manter
contextos de aprendizagem ativa para as crianças (…) descobrem que podem prestar
às crianças de quem cuidam um serviço educativo com uma abordagem consistente,
porque definem juntos os objetivos e planeiam em conjunto quais as estratégias para
os concretizar.” (Hohmann & Weikart, 2007, pp.131-132).
Tal como é referido na citação acima, o trabalho de equipa tem um papel
fundamental na educação das crianças. Neste sentido, é muito importante que se
estabeleça uma boa relação e um clima de apoio e partilha entre a equipa educativa.
Estabelecer uma relação de confiança, empatia, cooperação, afeto, respeito e
partilha entre todos, proporcionará ao grupo de crianças um desenvolvimento positivo
e harmonioso, na medida em que, a relação que se estabelece entre adultos é
refletida na relação entre crianças. “As relações emocionais afetivas são as bases
primárias mais importantes para o desenvolvimento intelectual e social.” (Brazelton &
Greenspan, 2006, p. 28).
De forma a estabelecer um clima de partilha e cooperação, é importante
realizar reuniões regulares entre educadores e entre educadores e auxiliares, sendo
este um meio importante de formação profissional com efeitos na educação das
crianças. Em conjunto, podem conversar e resolver problemas, criar sentimentos de
aceitação e confiança que são transmitidos às crianças, conceber novas ideias e
estratégias, ensinando e aprendendo uns com os outros.
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EDUCADORA DE INFÂNCIA: ANA NASCIMENTO37
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12. CONCLUSÃO
O segundo ano de vida é fundamental para o desenvolvimento íntegro da
criança, pois é a partir desta idade que se desenvolvem os processos metacognitivos.
Deste modo, é de extrema importância que a Creche e a família mantenham uma boa
relação, pautada pela partilha de informações, respeito e confiança, visto serem os
dois meios sócio – afetivos mais próximos da criança, contribuindo assim, de uma
forma mais positiva e articulada para o seu crescimento saudável e,
consequentemente, para o seu sucesso no processo educativo.
A relação escola - família deve assentar numa plataforma de lealdade e de
confiança mútua, em que ambas devem ser um verdadeiro exemplo para a criança
dos valores mais nobres, sobretudo na defesa da verdade, honestidade, solidariedade
e cumplicidade. Tanto a família como a Creche possuem papéis muito bem definidos e
não se devem confundir nem substituir uma à outra. “A família e a instituição de
educação são dois contextos sociais que contribuem para a educação da mesma
criança; importa por isso, que haja uma relação entre estes dois sistemas.” (Ministério
da Educação, 2009, p. 43).
No decorrer do presente ano letivo, pretender-se-á atingir os objetivos
propostos que foram referenciados ao longo deste documento, através das
atividades/estratégias planeadas.
Este projeto corresponde a uma das várias intencionalidades pedagógicas que
a equipa educativa de sala se propôs a efetivar, e apenas será possível com o apoio
de todos os intervenientes educativos que rodeiam a criança, sendo que estes devem
ser capazes de coordenar as suas opções e concretizar os seus objetivos, através da
partilha e reflexão diária das suas ideias, opiniões e necessidades, encarando sempre
o bem-estar da criança como a principal responsabilidade.
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EDUCADORA DE INFÂNCIA: ANA NASCIMENTO38
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BIBLIOGRAFIA
Brazelton, T. & Greenspan, S. (2006). A Criança e o seu Mundo. Lisboa: Editorial Presença.
Gordon, E. (2008). Teoria de Aprendizagem Musical para Recém-nascidos e Crianças
em Idade Pré-escolar. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Hohmann, M. & Weikart, D. P. (2007). Educar a Criança. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian.
Katz, L., & Chard, C. (2009). A Abordagem por Projetos na Educação de Infância.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Post, J. & Hohmann, M. (2007). Educação de Bebés em Infantários – Cuidados e
primeiras Aprendizagens. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Silva, M. Isabel & Núcleo de Educação Pré-Escolar. (2009). Orientações Curriculares
para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação – Departamento da
Educação Básica.
Zabalza, M. A. (1987). Didática do Ensino Infantil. Lisboa: Asa.
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