contabilidade de custos - bernardo creimer cherman

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Bernardo Creimer Cherman Contabilidade de Custos Teoria e mais de 290 questões de concursos resolvidas CÉy €ditora Ferreira Rio de Janeiro 2010

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Page 1: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de CustosTeoria e mais de 290 questões de

concursos resolvidas

CÉy €ditora Ferreira

Rio de Janeiro 2010

Page 2: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Copyright © Editora Ferreira Ltda., 2008-2010

1.ed. 2008; 2. ed. 2010

CapaDiniz Comes dos Santos

Diagramação Marcela Liana Antunes

Revisão Fernanda Machtyngier

Esta edição foi produzida em novembro de 2009, no Rio de Janeiro, com as famílias tipográficas Syntax (9/10,8) e Minion Pro (12/14), e impressa nos papéis

Chenming 70g/m2 e Ningbo 250g/m2 na gráfica Vozes.

C1P-BRASIL, CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

49c:d.

Cherman, Bernardo Creimer, 1956-Contabilidade de custos : teoria e mais de 290 questões de concursos resoividas / Bernardo Creimer Cherman. - 2.ed. - Rio de Janeiro : Ed. Ferreira, 2009.248p.

Inclui bibliografia ISBN 978-85-7842-104-5

1. Contabilidade de custo. i. Título.

-5744.CDD: 657.42 CDU: 657.4

.11.09 10.11.09 016109

Editora Ferreira contato@edítoraferrei ra. com .br

www.editoraferreira.com.br

TODOS OS DiREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução totai ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor

(Lei n° 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

• Depósito iegal na Biblioteca Nacionaí conforme Decreto n° 1.825, de 20 de dezembro de 1907.

Page 3: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Aos meus filhos Christiane e Rafael, pelo apoio e carinho.

Page 4: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Nesta segunda edição foram incluídos mais exercícios, dos anos de 2008 e 2009. Agora, são quase 300 exercícios de concursos, todos resolvidos e comen­tados. Não houve mudanças significativas na parte teórica.

Este livro atende à demanda de Contabilidade de Custos na área de con­cursos públicos e, adicionalmente, pode ser usado como material complementar para aqueles que estudam Contabilidade em nível de graduação.

Procurando dar à obra o caráter mais didático possível, considerando os mais recentes editais, a matéria foi dividida em capítulos e ao final de cada um deles, exercícios propostos de concursos, devidamente resolvidos. Os comentários dos exercícios são simples e diretos, apresentando os fatos que comprovam, ou não (são apresentadas questões para as quais, em princípio, caberiam recurso), o gabarito apresentado. As provas abrangem questões das principais bancas examinadoras do país, como Esaf, Cespe-UnB, Vunesp, FCC (Fundação Carlos Chagas) e outras.

A maior preocupação foi fornecer ao aluno material que facilite a assi­milação dos conceitos exigidos em concursos públicos com o mínimo de difi­culdade, através da simplicidade dos textos, da objetividade dos comentários e, especialmente, dos numerosos exercícios resolvidos, mais que suficientes para o entendimento da matéria e objetivo das respectivas bancas examinadoras.

Espero oferecer, com este trabalho, uma modesta contribuição na divul­gação de Contabilidade de Custos, não apenas para concursos públicos como também no exercício profissional.

Bernardo Creimer Cherman

V

Page 5: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 1: Conceitos introdutórios

1.2. Objetivo.................................................................................................................... 11.3. Finalidade................................................................................................................. 11.4. Informações...........................................................................................................1

1.5.1. Bens fixos ................................ ...........................................................................21.5.2. Bens de venda....................................................................................................21.5.3. Bens numerários...............................................................................................31.5.4. Bens de renda....................................................................................................3

1.6. Terminologia............................................................................................................. 31.6.1. Gastos ............ ............... *................ ................................................................. 31.6.2. Investimentos .....................................................................*............................31.6.3. Custos.................................................................................................-............. 41.6.4. Despesas..............................................................................................................41.6.5. Desembolso........................................................................................................41.6.6. P e rd a ................. ................... ............................................................................ 4

1.7. Custo de Oportunidade, Custo Imputado, Custo Perdido.............................. 5Exercício de fixação........................ .................................................................................9Gabarito do exercício de fixação.................... .......................................................... 9Questões de provas.....................................................................................................10Comentários....................... .............................................................................................15

Capítulo 2: Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

2.1. Elementos formadores dos custos................................................................... 212.1.1. Material direto............................................................................................. 21

2.1.1.1. Características....................................................................................... 212.1.1.2. Material estocado................................................................................. 212.1.1.3. Perda de materiais................................................................................22

2.1.2. Mão de obra direta..................................................................................... 222.1.2.1. Tempo não produtivo e tempo produtivo........................................ 23

2.1.3. Custos indiretos..............................................................................................232.1.3.1. Material indireto......................................................................................232.1.3.2. Mão de obra indireta......................................................................... 242.1.3.3. Outros gastos indiretos..........................................................................24

VI i

Page 6: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

2.2. Classificação dos custos................................................................................... 252.2.1. Quanto à época de apuração.......................................................................25

2.2.1.1. Custos históricos................................................................................ 252.2.1.2. Custos pré-determinados.................................................................... 25

2.2.2. Quanto à formação ou natureza................................................................ 252.2.2.1. Custos variáveis......................................................................................252.2.2.2. Custos fixos.............................................................................................262.2.2.3. Custos semifixos..................................................................................... 282.2.2.4. Custos semivariáveis.............................................................................. 28

2.2.3. Quanto à alocação ou apuração dos custos............................................ 292.2.3.1. Custos diretos......................................................................................... 292.2.3.2. Custos indiretos..... ................................................................................29

2.2.4. Quanto ao produto....................................................................................... 302.2.4.1. Custos primários................................................................................... 302.2.4.2. Custos de transformação...................................................................... 302.2.4.3. Custos de produção ou de fabricação................................................31

2.3. Despesas - Classificação......................................................................................31Questões de provas..................................................................................................... 34Comentários.................................................................................................................. 42

Capítulo 3: Sistemas de apropriação de custos

3.1. Custeio por absorção........................................................................................... 513.2. Custeio variável ou direto............... ................................................................... 513.3. ABC - Activity Based Costing............................................................................ 523.4. RKW - Reichkuratorium fu r Wirtschjtlichtkeit.............................................523.5. Custeio padrão........................................................................................................ 52Questões de provas......................................................................................................53Comentários................................................................. ................................................57

Capítulo 4: Custeio por absorção: apuração do custo dos produtosvendidos, custo dos produtos acabados e custo de produção

4.1. Apuração do C PV ........................................... .................................................... 614.2. Apuração do CPA e C P .......................................................................................62Questões de provas.....................................................................................................67Comentários.................................................................................................................78

Capítulo 5: Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

5.1. Critérios de rateio............................................... ................................................875.2. Departamentalização...........................................................................................88

5.2.1. Centro de Custos..........................................................................................88

VIII

Page 7: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

5.2.2. Objetivo da departamentalização.... .........................................................895.2.3. Tipos de departamentos....................................... ......................................89

5.2.3.1. Departamentos produtivos .........................................................................895.2.3.2. Departamentos de serviços..................................................................89

Questões de provas...................................................................................................... 90Comentários.................................................................. ............................................... 95

Capítulo 6: Custeio por absorção: sistema de acumulação de custos, produção conjunta, co-produtos, subprodutos, sucatas e aspectos fiscais na avaliação dos estoques

6.1. Sistema de acumulação de custos.................................................................. 996.1.1. Produção por ordem ou encomenda....................................................... 996.1.2. Produção contínua, em série ou por processo....................................100

6.2 Produção conjunta, co-produto, sub-produto, sucata...............................1016.2.1 Produção conjunta................................................................................... 1016.2.2. Co-produto................................................................................................1016.2.3. Subprodutos............................................................................................. 1026.2.4. Sucata.........................................................................................................103

6.3. Aspectos fiscais na avaliação de estoques.................................................. 103Questões de provas..................................................................................................105Comentários..................................... ....................................................................... 113

Capítulo 7; Custeio por absorção: produção equivalente

7.1. Produção equivalente - geral........................................................................1197.1.1. Produção equivalente quando há estoque inicial de produtos

em elaboração......................................................................... ................1207.1.1.1. Custo médio...................................................................................... 1217.1.1.2. P.E.P.S...................................................................................................121

7.2. Produção equivalente - tratamento por insumo.......................................122Questões de provas.................................................................................................... 124Comentários................................................................................................................128

Capítulo 8: Custeio variável: diferenças entre custeio variável e custeio por absorção. Ponto de equilíbrio contábil

8.1. Diferenças entre custeio variável e por absorção..........................................1338.2. Quadro com diferenças entre custeio por absorção e variável.................. 1388.3. Ponto de equilíbrio contábil.... ........................................................................138Questões de provas................................................................................................142Comentários............................................................................................................... 154

IX

Page 8: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 9: Custeio variável: margem de segurança, ponto de equilíbrio econômico, ponto de equilíbrio financeiro, limitações na capacidade de produção, relação custo, volume e lucro

9.1. Margem de segurança.................................................................................... 1679.2. Ponto de equilíbrio econômico.....................................................................1689.3. Ponto de equilíbrio financeiro....................................................................... 1689.4. Limitações na capacidade de produção.......................................................1709.5. Relação custo, volume e lucro........ .............................................................. 172

9.5.1. Alteração nos custos e despesas fixos...................................................1729.5.2. Alteração nos custos e despesas variáveis........................................... 1739.5.3. Alteração no preço de venda.................................................................. 174

Questões de provas................................................................................................ 175Comentários.............................................................................................................183

Capítulo 10: ABC: custeio baseado em atividades

10.1. Identificar as atividades relevantes........................................................... 19710.2. Atribuição de custos às atividades..............................................................19710.3. Identificar e selecionar os direcionadores de custos............................... 198Questões de provas.................................................................................................201Comentários............................................................................................................205

Capítulo 11: RKW

11.1. Geral................................................................................................................ 209Questões de provas.............................................................................. .................210Comentários............................................................................................................211

Capítulo 12: Custo padrão

12.1. Custo padrão ideal........................................................................................ 21312.2. Custo padrão estimado................................................................................ 21312.3. Custo padrão corrente............................................................ ...................... 21312.4. Custo real........................................................................................................214Questões de provas.................................................................................................217Comentários............................................................................... ............................ 223

Bibliografia.................................................................................................................233

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Page 9: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 1

Conceitos introdutórios

1.1. Conceito

Contabilidade de Custos é o conjunto de registros especiais utilizados para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos/serviços.

Segundo George Leone:“Ramo da função financeira que acumula* organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos estoques, dos serviços, dos componentes de organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição, para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o adminis­trador no processo de tomada de decisões e de planejamento”.

1.2. Objetivo

O objetivo primordial da contabilidade de custos é a apuração dos custos dos produtos vendidos.

1.3. Finalidade

De acordo com a definição, podemos citar:♦ Avaliação dos estoques;♦ Apuração dos resultados;♦ Controle das atividades produtivas;♦ Tomada de decisão.

1.4. Informações

As principais informações são:♦ Determinação dos custos de qualquer natureza;♦ Determinação dos gastos nas diversas áreas;♦ Controle das operações;♦ Levantamento de custos, desperdícios, danificações, tempos ociosos etc.;♦ Orçamentos etc.

Page 10: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

1.5. Bens

Bem é um elemento que pode satisfazer uma necessidade humana e que é suscetível de avaliação econômica.

Há várias classificações de bens, tais como:♦ Bens Móveis: aqueles que podem ser removidos

Ex: veículos, dinheiro, móveis, máquinas etc.♦ Bens Imóveis: não podem ser removidos

Ex: edifícios, terrenos etc♦ Bens Tangíveis: os que constituem uma realidade física

Ex: veículos, imóveis etc.♦ Bens Intangíveis: não constituem uma realidade física

Ex: nome comercial, fórmulas de produção, ponto comercial etc.

Existem outras classificações de bens. Para efeito de contabilidade de custos, as principais classificações são:

1.5.1. Bens fixos

Bens de caráter permanente ou quase permanente e que constituem os meios de produção da empresa. Em economia são chamados bens de capital.

Exemplo:♦ Imóveis;♦ Veículos;♦ Máquinas;♦ Instalações.

1.5.2. Bens de venda

São os bens destinados à venda e constituem o objeto da empresa. Nas empresas industriais são constituídos por:

♦ Matéria-prima;♦ Produtos em elaboração;♦ Produtos acabados.

Alguns autores consideram a matéria-prima como bens circulantes, já que o objetivo dela não é a venda, e sim fazer parte do produto acabado.

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Page 11: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Conceitos introdutórios

1.5.3. Bens numerários

Constituem o disponível da empresa, como:♦ Caixa;♦ Bancos;♦ Aplicações de liquidez imediata.

1.5.4. Bens de renda

São aqueles adquiridos com a finalidade de produzir renda e que não estão ligados ao objeto da empresa.

Exemplos:♦ Participações societárias permanentes;♦ Aplicações financeiras a longo prazo;♦ Imóveis para alugar.

1.6. Terminologia

Não existe uma padronização legal ou concordância entre os diversos autores, porém os termos mais empregados são:

1.6.1. Gastos

Termo abrangente e definido como “sacrifícios com que arca a entidade, visando à obtenção de bens ou serviços mediante a entrega ou promessa de en­trega de parte de seu ativo, sendo esses ativos representados normalmente em dinheiro”.

O gasto pode ser um investimento, custo ou despesa.

1.6.2. Investimentos

São “gastos ativados (classificados no ativo) em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos”.

Assim, qualquer gasto realizado cujo bem é ativado será um investimento. Exemplo:♦ Móveis e utensílios;♦ Veículos;♦ Imóveis etc.

3 Capítulo 1

Page 12: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

1.6.3. Custos

São “gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços” Os custos são gastos ligados à produção.

Exemplos:♦ Salários do pessoal da produção;♦ Matéria-prima utilizada na produção;♦ Manutenção das máquinas de produção;♦ Depreciação dos equipamentos de produção;♦ Aluguel da fábrica etc.

1.6.4. Despesas

São “gastos consumidos, direta ou indiretamente, na obtenção de receitas”. Um dos maiores problemas dos estudantes, em geral, é a distinção entre

custo e despesa. Do ponto de vista didático, todos os gastos realizados na fabri­cação do produto, isto é, “dentro da fábrica” são custos. O resto é despesa.

Assim, os gastos com pessoal da administração, gastos relativos à venda, depreciação de bens da área comercial ou administrativa são despesas. Os gastos com mão de obra da fábrica, depreciação de equipamentos da fábrica, manutenção (da fábrica), seguro da fábrica etc. são custos.

1.6.5. Desembolso

É o pagamento do bem ou serviço adquirido. Pode ocorrer antes, durante ou depois da aquisição.

Assim, se comprarmos um bem à vista, o desembolso se dá durante a aquisição deste bem.

Se comprarmos um bem a prazo, o desembolso se dará depois da aquisição. Se adiantarmos o dinheiro para posterior recebimento do bem, o desem­

bolso ocorre antes do recebimento deste bem.

1.6.6. Perda

É o consumo involuntário ou anormal de um bem ou serviço. As perdas decorrentes de fatores externos podem se transformar em despesas (perdas do período), e as de fatores decorrentes da atividade produtiva; em custos, como veremos adiante.

Exemplos:♦ Perda de matéria-prima no processo produtivo;♦ Incêndio;♦ Greves etc.

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Page 13: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Conceitos introdutórios

Exemplos:♦ Na compra de uma máquina de calcular, teremos um investimento. Se a máquina

for utilizada na fábrica, sua perda de valor (depredação) será registrada como custo. Se for utilizada na administração, sua perda de valor será despesa.

♦ O gasto com energia elétrica de uma fábrica é registrado diretamente como custo da administração; como despesas (não passa pela fase de investimento).

♦ As matérias-primas, quando adquiridas, são investimentos (serão classificadas no ativo); quando usadas na produção, são custos. Depois de pronto, o pro­duto acabado será estocado, logo será investimento e depois de vendido, será despesa.

Graficamente teríamos:

Investimento Custo Investimento Despesa

<> A terminologia geralmente usada “custo dos produtos vendidos” não está tecnicamente correta. Deveríamos usar despesa dos produtos vendidos, já que os gastos relativos à venda são despesas e não custos.

♦ Os encargos financeiros relativos a compra de matéria-prima são des­pesas.

* As perdas normais durante o processo produtivo são custos.

1.7. Custo de Oportunidade, Custo Imputado, Custo Perdido

Custo de Oportunidade

É um conceito mais econômico que contábil. Representa quanto a empre­sa deixa de ganhar com juros financeiros (ativos não contábeis), imobilizandoo capital em estrutura - Ativos não-financeiros (máquinas, equipamento etc.). Quanto maior o juro no país, maior o Custo de Oportunidade.

Basicamente representa o quanto a empresa sacrificou em termos de remu­neração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de em outra.

Exemplo:Suponha que uma empresa tenha aplicado em seu imobilizado R$1.000.000,

e o resultado do período seja de R$100.000. Se o juro do mercado financeiro é de 6%, o custo de oportunidade é de R$ 60.000.

5 Capítulo 1

Page 14: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Desta forma, considerando o custo de oportunidade, o resultado do perío­do é de R$40.000 (este é o valor que a empresa conseguiu a mais do que daria o mercado financeiro).

Custo Imputado

É o valor apropriado para efeitos internos ao produto, mas não contabilizado como custo. Ex: Custo de Oportunidade.

Custos Perdidos (Sunk Cost)

Diante da escolha entre alternativas de ação, o gestor de uma empresa utiliza os custos relevantes para as decisões não rotineiras. Os custos relevantes correspondem aos futuros custos esperados das alternativas disponíveis. A regra desse processo decisório indica que os custos relevantes devem ser comparados com as receitas futuras esperadas para determinar a melhor opção para a empresa. Nas decisões da empresa, os denominados custos perdidos (sunk cost) não são considerados relevantes. Uma vez que o custo é perdido, o mesmo não tem efeito para decisões futuras e não deve ter um papel em escolhas racionais.

Os custos perdidos são os que já foram incorridos. Considere uma situa­ção de um investimento já realizado de 100 milhões de reais num projeto, sendo necessários mais 50 milhões para finalizá-lo. Uma nova tecnologia permite fazer um projeto similar por 20 milhões, com as mesmas características do original. A decisão óbvia é abandonar o projeto original, perdendo os 100 milhões investidos originalmente. Nessa situação, esse valor já investido é considerado perdido e não interfere no processo decisório, devendo, por isso, ser desconsiderado na análise.

Podemos definir custos perdidos como valores já gastos no período passado, e que, mesmo que ainda não contabilizados totalmente como custos, o serão no futuro, por isso são irrelevantes para efeito de decisão, exceto se influir no fluxo de caixa.

Exemplo Prático:

São dadas as seguintes informações (em R$)

Compra de Matéria-prima..................................................................... 10.000Matéria-prima utilizada na produção.................................................. 6.000Salários e encargos - Mão de obra da produção....................................15.000Salários e encargos - Mão de obra da administração........................... 10.000Manutenção dos equipamentos da produção................................... 12.000Depreciação das máquinas da produção.............................................11.000Depreciação das máquinas da administração......................................4.000Seguros incorridos da área industrial..................................................4.000Seguros incorridos da área administrativa............................................ 2.000

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Page 15: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Conceitos introdutórios

Energia elétrica consumida no escritório de venda.................................500Energia elétrica consumida na fábrica....................................................2.000Comissão de vendedores....................................................................... 1.000Limpeza do prédio da administração.....................................................500Limpeza da fábrica............................................................................... 1.500Aluguel da fábrica..................................................................................6.500Aluguel do escritório de venda.............................................................. 2.000Aluguel da área administrativa.......................................................... 2.000Vendas do período............................................................................... 60.000Produção do período.........................- .......... ..... ........ .............500 unidadesQuantidade vendida ............................................................... 300 unidades

Pede-se:a) Os custos totais do período;b) O custo por unidade produzida;c) O resultado industrial (Lucro Bruto);d) O resultado do exercício (Lucro Líquido);e) O estoque final de produtos acabados.

Resolução

a) Os custos do período são:

Matéria-prima utilizada *........................................................................ 6.000Salários e Encargos ~ mão de obra da produção............................. 15.000Manutenção da produção....................................................................... 12.000Depreciação, máquinas da produção...................................................11.000Seguros - área industrial............................................................................4.000Energia elétrica - fábrica........................................................................ 2.000Limpeza da fábrica............................................................................... 1.500Aluguel da fábrica................................................................................... 6.500

TOTAL......................................................................................................58.000

b) O custo por unidade produzida é:

58.000 = R$116,00 500

c) O custo dos produtos vendidos (C.P.V.) é:

300 x 116 = 34.800

Logo, o Lucro Bruto é de (Vendas - C.P.V):

60.000 - 34.800 = 25.200

7 Capítulo 1

Page 16: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

d) Para calcularmos o lucro líquido, devemos inicialmente calcular o totaldas despesas:

Salários e Encargos - Administração.................................................... 10.000Depreciação - Máquinas da Administração......................................... 4.000Seguros - Área Administrativa...............................................................2.000Energia Elétrica - Escritório de Vendas................ ....................................500Comissão de Vendedores..........................................................................1.000Limpeza da Administração.................................... ....................................500Aluguel - Escritório de Vendas...............................................................2.000Aluguel - Área Administrativa................................................................2.000TOTAL............................................................................... .................... 22.000

A D.R.E. ficaria:

Vendas.......................................................................................................60.000(-) C.P.V............................................................................... ...............- (34.800)(=) Resultado Industrial........................................................ .................25.200(-) Despesas Comerciais e Administrativas..................................... (22.000)(=) Lucro Líquido......................................................................................................... 3.200

e) O estoque final de produtos acabados é calculado multiplicando-se a quantidade de produtos acabados em estoque pelo custo unitário.

200 x 116 = R$23.200

Veja demonstração abaixo:

Estoque Inicial de Matéria-prima.......................................................... Zero(+) Compras.............................................................................................. 10.000(-) Estoque final de Matéria-prima..................................................... (4.000){-) Matéria-prima utilizada na Produção................. ..............................6.000

ou graficamente (razonete):

Matéria-prima10.000 6.0004.000

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Page 17: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Conceitos introdutórios

m m m Ê S is ip m

Verificar se é Custo (C), Despesa (D), Investimento (I) Perda (P) e se houve ou não Desembolso (Db)

1 - Compra à vista de um computador2 - Compra a prazo de matéria-prima3 - Transferência de matéria-prima do almoxarifado para a produção4 - Pagamento de prêmio de seguro cobrindo a fábrica e os imóveis da admi­

nistração5 ~ Apropriação do seguro da fábrica6 - Apropriação do seguro da administração7 - Pagamento de energia elétrica da fábrica8 - Pagamento de energia elétrica do escritório de vendas9 - Apropriação dos gastos de mão de obra do pessoal de vendas10 - Apropriação dos gastos de mão de obra do pessoal da produção11 - Pagamento de encargos financeiros relativo à compra de matéria-prima12 - Pagamento de taxas sobre talões de cheque de bandos13 - Apropriação à produção de honorários da diretoria industrial14 - Despesas à vista com refeição do pessoal da fábrica15 ~ Despesas à vista com refeições do pessoal de vendas16 - Depreciação de móveis e utensílios da área comercial17 - Depreciação de móveis e utensílios da área industrial18 - Pagamento de frete/carreto sobre matérias-primas adquiridas19 - Pagamento de frete/carreto sobre produtos vendidos pela fábrica20 ~ Danificação de matéria-prima em função de incêndio21 - Gasto pago com mão de obra da fábrica em período de greve22 ~ Embalagem efetuada em produto no decorrer do processo produtivo23 - Embalagem especial em produto após o processo produtivo

í 'V. •

1. I, Db 9. D 17. C2. I 10. C 18. I, Db3. C 11. D,Db 19. D, Db4. I, Db 12. D, Db 20. P5. C 13. C 21. RDb6. D 14. C, Db 22. C7. C Db 15. D, Db 23. D8. D, Db 16. D

9 Capítulo 1

Page 18: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

w sm m rn m M ím íÊ m m sm m M B m m Ê sm

01) (AFRF/Esaf) As despesas financeiras da empresa, inclusive as correções monetárias de empréstimos contratados, têm as características de:a) Serem incorporadas aos custos totais de fabricação dos produtos.b) Serem incorporadas aos custos básicos de fabricação dos produtos.c) Serem classificadas como despesas não operacionais da empresa.d) Não serem incluídas nos custos de fabricação dos produtos.

02) (AFRF/Esaf) Via de regra, as perdas anormais de matéria-prima no processo do produto:a) Fazem parte do custo do produto elaborado.b) São debilitadas contra a venda de sucatas.c) São debitadas contra a venda de subprodutos.d) São tratadas como perda do período.

03) (AFRF/Esaf) Produtos Acabados em Estoques são:a) Custos das Mercadorias Vendidas;b) Ativos;c) Gastos Gerais de Fabricação;d) Custos de Transformação.

04) (AFRF/Esaf) Assinale a alternativa que contenha contas representativas de bens fixos e bens de vendas de uma empresa industrial:a) Adiantamento a Fornecedores

Credores por financiamento de equipamentos;b) Contratos de aluguel de veículos

Manutenção reparos;c) Títulos de Capitalização

Mercadorias recebidas em consignação;d) Máquinas e equipamentos

Estoques de produtos para venda;e) Imóveis para venda

Investimentos em coligadas.

05) (AFRF/Esaf) Na escrituração contábil de uma empresa industrial, os valores dos encargos das depreciações dos equipamentos de produção e das máquinas do escritório da administração geral devem ser registradosa) a débito das contas Encargos de Depreciação de Equipamentos e Encargos de

Depreciação de Móveis e Utensílios, devendo o saldo da primeira integrar o custo dos produtos de fabricação própria da empresa;

b) a débito das contas Encargos de Depreciação de Equipamentos e Encargos de Depreciação de Móveis e Utensílios, que terão seus saldos transferidos, dire­tamente, para resultado do Exercício na data do balanço;

Bernardo Cherman 10

Page 19: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Conceitos introdutórios

c) a débito da conta Encargos de Depreciação, que terá seu saldo transferido, di­retamente, para Resultado do Exercício na data do balanço;

d) a débito da conta Depreciação Acumulada de Equipamentos e Depreciação Acumulada de Móveis a Utensílios, devendo o saldo da primeira integrar o custo dos produtos de fabricação própria da empresa;

e) a débito das contas Depreciação Acumulada de Equipamentos e Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios, que teria seus saldos transferidos, direta­mente, para Resultado do Exercício na data do balanço.

06) (AFRF/Esaf) Um apartamento, adquirido e alugado por uma empresa industrial, ébem:a) do ativo diferido;b) fixo;c) numerado;d) de renda;e) de venda.

07) (AFRF/Esaf) Máquina destinada à produção do calçado e, para indústrias calça- distas, um bem:a) de renda, produzindo bens de venda;b) fixo, produzindo bens de renda;c) fixo, porque é utilizado mais tempo que o bem de renda;d) fixo de renda;e) fixo, produzindo bens de venda.

08) (AFRF/Esaf) O estoque de produtos em elaboração é composto de bens:a) de venda, porque, após acabados, serão vendidos;b) de renda, porque, após acabados, sua venda resultará em renda;c) semi-fixos, porque, enquanto sua estocagem é de menor giro, a de produtos

acabados gira menos lentamente;d) de renda;e) de reposição automática, porque não podem ser vendidos, mas devem ser re­

novados para se incorporarem aos custos diretos.

09) (AFRF/Esaf) As contas de Matérias-Primas e Materiais Indiretos de Fabricação (ou Custos Indiretos), como componentes do custo, ligam-se a fatos cuja ordem de formação ou constituição, como eventos patrimoniais em uma indústria, é seqüencial. Qual das seqüências, no processo produtivo, pode-se considerar como natural ou lógica?a) Compra - armazenagem - produção - armazenagemb) Compra - produção - venda - armazenagemc) Armazenagem ~ compra - venda - produçãod) Compra - armazenagem - venda - produçãoe) Armazenagem - produção - compra - venda

11 Capítulo 1

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Contabilidade de Custos

10) (AFRF/Esaf) Uma empresa industrial transferiu produtos semi-elaborados do seu estabelecimento central para a sua outra fábrica em outra cidade. O transporte custou $30.000,00, e os produtos semi-elaborados foram transferidos ao seu custo total de $270.000,00.O estabelecimento central cumpre sua etapa de produção com semi-elaborados e elaborados. A fábrica da outra cidade inicia a sua produção com os semi-elaborados que recebe da central. Nesse caso, no estabelecimento da outra cidade recebedora, por quais valores e em que contas se apropriam tais fatos?a) Produtos Semi-Elaborados 270,000,00 e Despesas Gerais de Produção

30.000,00.b) Matérias-Primas 300.000,00.c) Produtos Semi-Elaborados 300.000,00.d) Despesas Gerais de Produção 300.000,00.e) Produtos Semi-EIaborados 270.000,00 e Transportes 30.000,00.

11) (Fiscal ICMS/Vunesp) Os encargos financeiros incorridos por uma entidade nas aquisições de bens a prazo são tratados como:a) Perdas;b) Despesas;c) Custos;d) Imobilizado;e) Estoques.

12) (Fiscal ICMS/Vunesp) O gasto do Departamento de Faturamento, a depreciação das máquinas de produção, a compra de matéria-prima e o tempo do pessoal em greve (remunerada) são, respectivamente:a) Despesa, perda, ativo, custo.b) Despesa, ativo, perda, custo.c) Despesa, custo, ativo, perda.d) Despesa, custo, perda, ativo.e) Despesa, ativo, custo, perda.

13) (INSS/Cespe-UnB/97) Os encargos financeiros, apurados segundo o regime de competência, decorrentes de financiamentos para aquisição de matérias-primas, devem ser apropriados:1 - Diretamente aos custos de produção, agregando-se da matéria-prima corres­

pondente.2 - Como custo de produção, agregando-se custos indiretos de fabricação, devendo

ser, posteriormente, rateados aos produtos.3 - Com despesa antecipada no ativo circulante, independentemente de terem

sido pagos ou não.4 - Como despesas de exercícios futuros, até que os respectivos produtos acabados

sejam vendidos.5 - Como ativo diferido, para amortização em cinco exercícios sociais.

Bernardo Cherman 12

Page 21: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Conceitos introdutórios

14) (AFC/Esaf/2002) O garoto Francisco de Assis largou o emprego para fazer um cur- sinho de treinamento durante 60 dias corridos. A mensalidade será de R$130,00, mais apostilas de R$35,00 e condução e alimentação de R$ 3,00 diários. O salário de Francisco no emprego abandonado era de R$180,00 mensais, com encargos de previdência de 11%.Analisando-se gerencialmente a atitude de Francisco, com base exclusiva nos dados fornecidos, verifica-se que nesses dois meses haverá:a) custo econômico de R$874,60;b) custo econômico de R$795,40;c) despesa efetiva de R$835,00;d) custo de oportunidade de R$475,00;e) custo de oportunidade de R$360,00.

15) (MPOG/Esaf/2005) Em uma empresa prestadora de serviços de consultoria e planejamento organizacional, são identificados como custos diretos dos serviços prestados:a) Os salários dos consultores envolvidos nos serviços contratados e as despesas

de viagens para atendimento de clientes.b) O consumo mensal de material de escritório e os salários pagos aos funcionários

do escritório central.c) As despesas de viagens para atendimento de clientes e os gastos de telefonia do

escritório central.d) Os gastos de deslocamento para atendimento de clientes e o gasto com elabo­

ração e manutenção do site da empresa.e) O aluguel do prédio do escritório central da empresa e os gastos de deslocamento

para atendimento de clientes.

Julgue os itens 16 a 18 (Cespe-UnB):

16) (Petrobras/2007) De acordo com as práticas adotadas pela contabilidade financeira no Brasil, os encargos de depreciação relativos aos bens utilizados na produção compõem o custo dos produtos, transitando pelo ativo antes de se converterem em despesa.

17) (PF/2002) O custo de processamento de dados de uma indústria de calçados deve ser considerado como um custo de fabricação.

18) (Petrobras/2004) O custo de oportunidade é um custo verdadeiro, no sentido de representar quanto está sendo o sacrifício da empresa ao optar por investir em determinado empreendimento em detrimento de outro. Apesar de não ser conta- bilizável, esse tipo de custo obrigatoriamente tem de ser considerado nas análises para a tomada de decisões.

13 Capítulo 1

Page 22: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

19) (Imbel/Coseac/2008) O sacrifício financeiro, presente ou futuro, para a obtenção de um produto ou prestação de serviço denomina-se:a) gasto.b) investimento.c) custo.d) despesa.e) desembolso.

20) (lmbel/Coseac/2008) Um gasto fortuito, ocasional, denomina-se:a) investimento.b) despesa pré-operacional.c) desembolso.d) custo.e) perda.

21) (Imbel/Coseac/2008) O conjunto ordenado de atividades de acompanhamento, classificação, apropriação, análise e registro contábil de todos os gastos consumidos direta ou indiretamente no processo operacional denomina-se:a) despesas.b) matéria-prima.c) custos.d) mão de obra direta e indireta.e) produtos em elaboração.

22) (Analista de Custos/UFF/2008) Analise as afirmações abaixo:I - A diferença fundamental entre o custo dos produtos das empresas comerciais

e o custo dos produtos nas empresas industriais é que as empresas comerciais têm só um insumo para o custo das mercadorias para revenda, enquanto as empresas industriais têm um processo de obtenção dos produtos.

II - Para fins gerenciais, é dispensável o conhecimento do custo de cada produtoe industriais têm de utilizar vários insumos para o serviço separadamente, em termos unitários. O que realmente importa na' tomada de decisão é o preço de venda dos produtos em questão.

III - A despesa é um gasto incorrido em um determinado período e lançadocontabilmente nesse mesmo período, para fins de apuração de resultado periódico da empresa.

IV - Num ambiente de concorrência perfeita, a economia nos ensina que o preçoé dado pelo mercado; não haveria, então, por que se falar em formar preços de venda pelo custo. Contudo, a prática dos negócios vê o assunto de forma mais ampla. Mesmo aceitando que o mercado possa estabelecer os preços, o

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Page 23: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

custo unitário é elemento fundamental para parametrizar todas as decisões de fabricar ou não o produto, bem como é a informação básica para ofertar

. o produto no mercado.

Podemos dizer que são verdadeiras as afirmações:

a) I, II, III e IV.b) I e III.c) I, III e IV.d) II, III e IV.e) III e IV.

23) (Simulado/2008) Podemos definir custos perdidos como valores já gastos no período passado, e que, mesmo que ainda não contabilizados totalmente como custos, o serão no futuro, por isso são irrelevantes para efeito de decisão exceto se influir no fluxo de caixa. O custo imputado é o valor apropriado para efeitos internos ao produto, mas não contabilizado como custo. Como exemplo de custo imputado podemos citar o Custo de Oportunidade.

| Comentários t 1

Questão 1

As despesas financeiras são sempre classificadas como despesas, e nunca serão incorporadas ao custo de produção.

Resposta: D

Questão 2

As perdas anormais de matéria-prima são tratadas como perda do período (involuntários).

Resposta: D

Questão 3

O Estoque de Produtos Acabados são Investimentos, isto é, Ativos.

Resposta: B

Conceitos introdutórios

I

Page 24: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 4

Alternativa a: Adiantamento a Fornecedores é conta do ativo, representativa de direito. Credores por financiamento é conta de passivo. Alternativa errada.

Alternativa b: Contrato de aluguel é um ato administrativo, não sendo, normalmente, contabilizado» Na contabilidade pública, é contabilizado em contas de compensação.

Manutenção e Reparos é conta de resultado. Afirmativa errada.Alternativa a Títulos de capitalização é conta de ativo. Estoque de Produtos

para Venda são bens de Venda. Afirmativa errada.Alternativa d: Afirmativa correta.Alternativa e: Imóveis para venda é conta do ativo. Investimento em coli­

gadas, conta do ativo permanente - investimentos.

Resposta: D

Questão 5

O encargo de depreciação dos equipamentos de produção deve ser regis­trado a débito Encargo de Depreciação de Equipamento, conta que integra o custo do produto (preferível utilizar outra notação: Custo de Depreciação). Os encargos de depreciação de móveis e utensílios são despesas, não integrando o custo do produto.

Resposta: A

Questão 6

O apartamento, se está alugado, representa um bem de renda. Não é con­siderado um bem fixo, porque não constitui meios de produção da empresa (não é usado para a fabricação do produto).

Resposta: D

Questão 7

Como a máquina é usada na fabricação do calçado, é um bem fixo, pro­duzindo bens de venda.

Resposta: E

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Page 25: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Questão 8

O estoque de produtos em elaboração é um bem de venda (depois de aca­bados serão vendidos). Questão dada de presente.

Resposta: A

Questão 9

Questão resolvida com bom-senso. Inicialmente compram-se as matérias- primas e armazenam-nas até serem requisitadas pela produção. Após passarem pelo processo produtivo, elas são armazenadas em estoques de Produtos Acabados

Resposta: A

Questão 10

Observe que o custo do transporte é parte do processo produtivo, logo, a fábri­ca da outra cidade vai incorporar este custo ao custo dos produtos semi-elaborados.

Resposta: B

Questão 11

Encargos Financeiros são sempre tratados como despesas, independente do bem ou direito a ser comprado.

Resposta: B

Questão 12

O gasto com o departamento de faturamento é uma despesa, já que não tem relação alguma com a produção. A depreciação das máquinas de produção é um custo apropriado ao produto em fabricação. O tempo do pessoal em greve remunerada é uma perda.

Resposta: C

Questão 13

Os encargos financeiros são sempre tratados como despesas. Não são tratados como custos, despesa antecipada, despesas de exercícios futuros ou ativo diferido.

Resposta: Todas as afirmativas estão erradas.

Conceitos introdutórios

17 Capítulo 1

Page 26: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 14

O custo de oportunidade, de uma maneira simplificada, é quanto se deixa de ganhar na troca de um empreendimento para outro.

Custo do cursinho: 260 (2 meses) + 35 (apostilas) + 180 (3 x 60) = 475,00.No emprego, Francisco deixou de receber (em 2 meses) 360,00 (2 x 180),

que é o custo de oportunidade (Francisco está deixando de ganhar R$360,00).

Resposta: E

Questão 15

Observe que não se trata de uma empresa industrial; é uma empresa pres­tadora de serviços utilizando a notação da Contabilidade de Custos. Os custos diretos são aqueles medidos de forma objetiva, ligados diretamente à produção, no caso, à prestação de serviços. Considerando a notação de custos diretos, obser­vamos que gastos ligados ao escritório central e gastos ligados ao site da empresa são considerados despesas, já que não estão ligados diretamente à prestação de serviços. Assim, são considerados custos o salário dos consultores e suas despesas de viagens para atendimento a clientes.

Resposta: A

Questão 16

Afirmativa correta. A depreciação das máquinas e equipamentos utilizados na produção compõe o custo dos bens produzidos. Estes valores transitam pelo ativo, inicialmente como o custo das máquinas e equipamentos.

Questão 17

Afirmativa errada. O custo de processamento de dados deve ser considerado uma despesa, não sendo tratado como custo.

Questão 18

A afirmativa está correta. A definição de custo de oportunidade está per­feita, inclusive quando afirma que o custo não é contabilizado. Deve ser levado em consideração nas tomadas de decisão (apesar da palavra “obrigatoriamente”).

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Page 27: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Conceitos introdutórios

Questão 19

É a definição de gasto dada na apostila.

Resposta: A

Questão 20

O gasto fortuito é o gasto inesperado, anormal.

Resposta: E

Questão 21

É a definição de custos, que além de apurar os custos, avalia estoques, registra e acompanha gastos ligados ao processo operacional (produtivo).

Resposta: C

Questão 22

Afirmativa I: Correta. As empresas comerciais têm apenas um insumo, que é o próprio produto. Assim, se uma empresa comercial compra televisão, seu insumo é a própria televisão pronta, que a empresa comercial compra para ser vendida. A empresa industrial tem vários insumos. Assim, se uma empresa industrial vende televisão, antes, deve fabricá-la através de vários insumos (chips, tubo, mão de obra etc).

Afirmativa II: Errada. Afirmativa absurda. Sem o conhecimento do custo do produto, não se pode avaliar nada, nem tampouco apurar o lucro.

Afirmativa III: Correta. A despesa é um gasto lançado no período de sua ocorrência (fato gerador). Para apuração do resultado do período, o cálculo é feito com as despesas e receitas do período.

Afirmativa IV: Correta. Em um ambiente de concorrência perfeita o pre­ço de venda é determinado pelo mercado. Ê um princípio básico da economia. Nesse diapasão, torna-se necessário, para determinar o preço de venda, verificar se compensa fabricá-lo. Não há sentido em produzir um bem cujo custo é de R$100,00, se o mercado oferece no máximo R$60,00.

Resposta: C

19 Capítulo 1

Page 28: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 23

Certo. Os custos perdidos são os custos que já foram incorridos. O custo de oportunidade representa o quanto a empresa sacrificou em termos de remu­neração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de em outra. É o valor apropriado para efeitos internos ao produto, mas não contabilizado como custo. Ex: Custo de Oportunidade.

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Page 29: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 2

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

2.1. Elementos formadores dos custos

São três os elementos formadores dos custos: o Material direto - M.D. - Matéria-prima - M.P.♦ Mão de obra direta - M.O.D.♦ Gastos gerais de fabricação - G.G.F., ou custos indiretos

2.1.1. Material direto

São aqueles empregados diretamente na produção (essenciais).Exemplos:♦ Borracha na produção de pneus♦ Madeira para fabricação de móveis♦ Celulose para fabricação de papel etc.

2.L1.1. Características

♦ Utilização direta do material no produto;♦ Mensuração objetiva do material utilizado no produto.

2.1.1.2. Material estocado

Nas empresas comerciais, os gastos com armazenagem são tratados como despesas, já que essas empresas precisam de um tempo para vendê-las. Assim, as coloca em mostraários e depósitos até a venda.

As empresas industriais não consideram os gastos com armazenagem como despesas, e sim como acréscimo ao valor dos itens estocados. A indústria também pode ratear esses gastos diretamente ao produto ao invés de acrescentar estes gas­tos aos produtos. A mesma coisa ocorre com gastos de recepção, manuseio etc.

21

Page 30: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

De acordo com a Lei n° 6404/76, os estoques de mercadorias, produtos e matérias-primas devem ser avaliados peio custo de aquisição ou produção, dedu­zido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior.

2.I.I.3. Perda de materiais

As perdas normais são inerentes ao processo produtivo e já fazem parte do custo do produto elaborado. Por exemplo, se são entregues à produção 1.000 Kg de matéria-prima, mas são aproveitados 800Kg em condições normais, o custo do material perdido fará parte do custo do produto fabricado. É apropriado o custo de 1.000 Kg.

As perdas anormais sofrem tratamento diferente. Por serem involuntárias, deixam de fazer parte do Custo de Produção e são tratadas como Perdas do Perío­do, não incorporando aos produtos. No exemplo anterior, se os 200 Kg perdidos fossem por um problema anormal, por exemplo um incêndio, seriam subtraídos do Custo de Produção, e os bens elaborados arcariam com o custo de 800 Kg.

2.1.2. Mão de obra direta

Representa o trabalho aplicado diretamente sobre os produtos e gastos derivados da relação empregatícia.

Características:♦ Trabalho humano na produção de bens e serviços;♦ Identificação direta com o produto;♦ Mensuração objetiva.

Observações:♦ Tecnicamente existe uma diferença entre o custo da mão de obra e

salário (folha de pagamento). O salário é definido considerando-se 44 horas semanais. Já o custo da mão de obra é o tempo efetivamente gas­to do operador, por exemplo, com a máquina. Em empresas com uma organização definida, surge a figura do apontador, que faz esta medição de tempo: o apontador não considera como custo o tempo ocioso do trabalhador (exemplo: telefonemas, saídas temporárias do serviço por qualquer motivo etc.)

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Page 31: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

♦ Pela definição de mão de obra, integram o seu custo os gastos derivados da relação empregatícia, tais como:£>INSS>FGTS> Férias> 13° Salário> Aviso Prévio etc.

2.1.2.1, Tempo não produtivo e tempo produtivo

Se a mão de obra direta, por tempo ocioso, por falta de produção ou ava­rias, estiver sendo utilizada em outra função, como limpeza, manutenção etc., deverá ser reclassificada conforme o serviço (ex: despesa de limpeza), saindo da mão de obra direta.

Caso a ociosidade seja normal, acumula-se esse tempo como Tempo Im­produtivo dentro dos custos indiretos para rateio.

2.1.3. Custos indiretos

São formados por elementos que não se identificam com nenhum produto em particular, isto é, estes custos não podem ser apropriados diretamente ao produto.

Características.*♦ Não são passíveis de mensuração objetiva.♦ São adotados critérios de rateio para apropriação destes custos ao pro­

duto.

Composição dos Custos Indiretos:♦ Material indireto;♦ Mão de obra indireta;♦ Outros gastos indiretos.

2.1.3.1. Material indireto

Empregado nas atividades auxiliares da produção, cujo custo não possa ser apropriado objetivamente a um determinado produto.

Exemplos:♦ Material de limpeza da fábrica;♦ Material utilizado pela manutenção;♦ Combustível;♦ Lubrificantes etc.

23 Capítulo 2

Page 32: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Observe que se dentro de uma fábrica são produzidos três produtos dife­rentes, os materiais acima serão rateados entre os três produtos.

Caso a empresa esteja organizada de tai forma que possa determinar com exatidão a quantidade de combustível) por exemplo, utilizada na fabricação de cada um dos três produtos, este custo seria considerado direto.

2.L3.2. Mão de obra indireta

Trabalho realizado no setor de fabricação não pertinente especificamente a nenhum produto.

Exemplos:♦ Trabalho de almoxarife;♦ Trabalho do vigia da fábrica;♦ Trabalho do faxineiro etc.

2X 3.3 . Outros gastos indiretos

Dizem respeito à existência do setor produtivo.

Exemplo:♦ Água;♦ Luz;♦ Telefone;♦ Aluguel;♦ Impostos prediais;♦ Seguros etc.

O esquema abaixo permite uma melhor visualização dos elementos for­madores do custo.

Material Direto

Custo Mão de obraDireta

Custos Indiretos

Material Indireto

Mão de obra Indireta

Outros Gastos Indiretos

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Page 33: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

2.2. Classificação dos custos

A classificação dos custos é bastante grande, de acordo com os vários auto­res. Citaremos aqui as principais classificações para efeito de concurso público.

2.2.1. Quanto à época de apuração

2.2.1.1. Custos históricos

É o custo apurado em um período considerado.

2.2.1.2. Custos pré-determinados

É o custo calculado antes do período considerado. É utilizado principalmen­te para orçamentos e custo-padrão (que será visto posteriormente). Na apuração do custo pré-determinado, leva-se em consideração o custo histórico.

2.2.2. Quanto à formação ou natureza

2.2.2.1. Custos variáveis

É aquele cujo valor total aumenta ou diminui na mesma proporção do aumento ou diminuição da produção. O valor do custo variável mantém uma relação direta com a produção.

Ex: Matérias-primas, materiais direitos e mão de obra direta.

Gráfico Custo variável

1 2 3 Produção

Observe que o custo total aumenta com o aumento de produção em pro­porção direta. Se produzirmos uma unidade, o custo variável será de R$5,00, se produzirmos duas unidades o custo será de R$10,00, e assim sucessivamente.

25 Capítulo 2

Page 34: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Características:

♦ O custo total variável aumenta ou diminui em proporção direta ao vo­lume de produção.

♦ O custo por unidade produzida é constante independente da quantidade produzida.Podemos facilmente verificar esta característica pelo gráfico. Se pro­duzirmos uma unidade o custo unitário é de R$5,00; se produzirmos duas unidades, o custo variável total é de R$10,00; o custo unitário é de10 + 2 = R$5,00

Para três unidades = 15-5-3 = R$5,00.

2.2.2.2. Custos íixos

São aqueles que não alteram com a variação da quantidade produzida. São os mesmos, independente do volume de produção.

Ex: Aluguel da fábrica, seguros, imposto predial etc.

Gráfico Custo fixo

60

1 2 3 Produção

Para a produção de uma unidade, o custo fixo é de 60, para duas unidades, o custo fixo continua 60, e assim sucessivamente.

Características♦ O valor do custo total fixo é constante, independente do volume de

produção.♦ O custo por unidade produzida diminui à medida que a produção au­

menta.

Há uma relação inversa entre o custo unitário fixo e a produção.Se produzirmos uma unidade, o custo unitário fixo é de R$60. Se produ­

zirmos duas unidades, o custo unitário fixo é de 60 h- 2 = R$30.Para a produção de três unidades = 60 h- 3 = R$20.

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Page 35: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

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Graficamente teríamos:

Custo

O custo fixo unitário é a relação entre o custo fixo total e a quantidade produzida.

O custo variável unitário é a relação entre o custo variável total e a quan­tidade produzida.

Assim teríamos:

Custo Fixo Unitário (C.F.U.) - Custo Fixo (C.F.)Quantidade (Q)

Custo Variável Unitário (C.V.U.) = Custo Variável (C.V.)Quantidade (Q)

O custo unitário total (também conhecido como custo médio) pode ser calculado da seguinte forma:

Custo Médio = CF + CVQ

CF + CVQ Q

Custo Médio = CFU + CVU

Existe uma relação inversa entre o custo médio e a produção.

27 Capítulo 2

Page 36: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Podemos resumir isto da seguinte forma:

Custo Unitário Variável: Ê fixo com a produção.Custo Unitário Fixo: Variável com a produção (proporção inversa).Custo Total Variável: Variável com a produção (proporção direta).Custo Fixo Total: Fixo com a produção.Custo Médio: Variável com a produção (proporção inversa).

2.2.2.3. Custos semifixos

São aqueles que permanecem fixos até determinado volume de produção, mas que alteram quando atingem o limite deste intervalo. Quando se ajustam à nova situação, voltam a permanecer fixos.

Exemplo: Custos de manutenção que aumentam com o aumento da produ­ção e se mantêm em um determinado patamar por um determinado período.

Graficamente:

Custo

Produção

2.2.2.4. Custos semivariáveis

Permanecem fixos até determinado volume de produção, a partir do qual se tornam variáveis.

Exemplo: Energia elétrica, cujo custo é fixo até um determinado consumo mínimo. Atingido este limite, o custo se torna variável.

Graficamente:

Bernardo Cherman 28

Page 37: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

2.2.3. Quanto à alocação ou apuração dos custos

2.2.3.I. Custos diretos

São aqueles aplicados diretamente ao produto.

Exemplos:

♦ Matéria-Prima (M.P.): Pode ser apropriada diretamente a cada produto fabricado (passível de mensuração específica por produto).

♦ Mão de obra Direta (M.O.D.): Trabalho utilizado diretamente na pro­dução.

♦ Material de Embalagem.♦ Energia Elétrica: Se for possível mensurar o consumo na produção de

cada produto; se não for, medir o consumo seria tratada como custo indireto.

De uma maneira geral:

C.D. = M.P. + M.O.D. + M.E.

2.23.2. Custos mdiretos

Como visto anteriormente, são aqueles que não podem ser apropriados diretamente a um produto particular.

Exemplos:♦ Depreciação de equipamentos;♦ Salário de supervisores;♦ Salário de gerente de produção;♦ Aluguel;♦ Limpeza etc.

De uma maneira geral:

C.I. = M.O.I + M.I. + Outros Gastos Indiretos

C.I. = Custo Indireto M.O.I = Mão de obra Indireta M.I = Material Indireto

29 Capítulo 2

Page 38: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

2.2.4. Quanto ao produto

2.2.4.I. Custos primários

É definido como:

C.P. = M.P. + M.OJD.C.P. = Custo Primário M.P. = Matéria-prima M.O.D. = Mão de obra Direta

2.2.4.2. Custos de transformação

É definido como:

Custo de Transformação ~ M.O.D. + C.I. (G.G.F.)

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Page 39: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

2.2.4.3. Custos de produção ou de fabricação

Custo de Produção = M.D. + Custo de Transformação, ou Custo de Produção = M.D. + M.O.D. + C.I.

O esquema a seguir permite melhor visualização do exposto:

Classificação dos custos

2.3. Despesas - Classificação

As despesas também podem ser classificadas em fixas e variáveis. Assim, o salário do vendedor, por exemplo, é fixo e a comissão é variável.

As principais despesas são as administrativas, comerciais, financeiras e tributárias.

31 Capítulo 2

Page 40: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Exemplo 1:A Cia. Industrial Patife importou determinada matéria-prima por

R$40.000. Sobre a importação incidiram os seguintes elementos: (em R$)Imposto de Importação.......................................................................... 6.000IP I.............................................................................................................. 2.000ICMS.......................................................................................................... 7.000Frete e Seguro sobre a compra............................................................... 1.000

Calcular o valor da matéria-prima.

Resolução

Valor da Aquisição..................................................................................40.000(+) Imposto de Importação.................................... .■..............................6.000(+) IP I.......................................................................................................... 2.000(+) ICMS......................................................................................................7.000(+) Frete e Seguro................................. ..................................................... 1.000(-) Impostos Recuperáveis: IC M S.................. .................................... (7.000)IPI.............................................................................................................. (2.000)(=) Valor da Matéria Prima...................................................................... 47.000

Lançamento Efetuado:Matéria-prima..........................................................................................47.000ICMS a recuperar.......................................................................................7.000IPI a recuperar..........................................................................................2.000a bancos.................................................................................................... 56.000

Exemplo 2:São dadas as seguintes informações:Matéria-prima utilizada na produção.................................................. 6.000Salários e encargos - M.O. da Produção................. ............................. 15.000Salários e encargos - M.O. da Administração.................................... 10.000Manutenção dos equipamentos da produção......................................12.000Depreciação de máquinas da produção............................................. 11.000Depreciação de equipamentos da administração.................................4.000Seguros incorridos na área industrial.....................................................4.000Seguros incorridos na área administrativa........................................... 2.000Energia elétrica consumida - Escritório de Vendas.................................500Energia elétrica consumida - Fábrica.................................................... 2.000Comissão de vendedores.........................................................................10.000Limpeza do prédio da administração....................................................... 500

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Limpeza da fábrica....................................................................... ..........1.500Aluguel da fábrica..................................................................................... 6.500Aluguel do escritório de vendas..............................................................2.000Aluguel do prédio da administração..................................................... 2.000ICMS sobre vendas........... ....................................................................... 3.000

Com os dados acima, calcular:a) Custo diretob) Custo indiretoc) Custo primáriod) Custo de transformaçãoe) Custo de produçãof) Despesas fixasg) Despesas variáveish) Custos fixosi) Custos variáveis

Resolução

a) Custo direto = M.D. + M.O.D. (Neste caso, já que não há material de embalagem)

CD = 6.000 + 15.000 = 21.000

b) Custos indiretos:Manutenção da produção....................................................................... 12.000Depreciação - Máq. da produção............................................................11.000Seguros - Área Industrial..........................................................................4.000Energia elétrica - Fábrica............................................................................2.000Limpeza - Fábrica.......................................................................................1.500Aluguel - Fábrica......................................................................................6.500TOTAL...................................................................................................... 37.000

c) Custo Primário: Neste caso é igual ao custo direto: 21.000

d) Custo de Transformação:= M.O.D. + C.I. (G.G.F.)= 15.000 + 37.000 = 52.000

e) Custo de Produção:= Mat. Direto + Custo de Transformação = 6.000 + 52.000 = 58.000

33 Capítulo 2

Page 42: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

f) Despesas Fixas:Salários e encargos - Administração....................................................10.000Depreciação - Equipamentos administrativos.....................................4.000Seguro - Área administrativa.................................................................2.000Energia Elétrica - Escritório de vendas.....................................................500Limpeza Administração.................. ......................... ...................................500Aluguel - Escritório de vendas...............................................................2.000Aluguel - Área da administração.......................................................... 2.000TOTAL...................................................................................................... 21.000

Contabilidade de Custos

g) Despesas Variáveis:Comissão de vendedores.................... ......................................................1.000ICMS s/ vendas......................................................................................... 3.000TOTAL ........................................................................................................ 4.000

h) Custos Fixos:Manutenção da produção...................................................................... 12.000Depreciação - Máquinas da produção.................................................. 11.000Seguros - Área Industrial........................................................................ 4.000Energia Elétrica - Fábrica.................. ....................................................2.000Limpeza da fábrica....................... ........................ ................................. 1.500Aluguel da fábrica.................................................................................... 6.500TOTAL.......................................................................................................37.000

i) Custos Variáveis:Matéria-prima.................................................. ...................................... 6.000Mão de obra - Produção.......................................................... ..............15.000TOTAL............................................................................ ........................ .21.000

01) (AFRF/Esaf) Entende-se como mão de obra indireta, na contabilidade de custos, aquela:a) Que diz respeito ao pessoal que trabalha e atua estritamente ligado ao produto

que está sendo fabricado.b) Responsável pelas vendas dos produtos fabricados.

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Page 43: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

c) Relativa à manutenção, prevenção de acidentes, supervisão e programação a controle da produção.

d) Relativa à administração dos escritórios, contabilidade geral e apoio à Diretoria.

02) (AFRF/Esaf) Assinale a afirmativa correta:a) Matéria-prima e embalagens são custos diretos, porque podem ser apropriados

perfeitamente aos diversos produtos que são fabricados.b) Materiais de consumo são custos diretos pelas mesmas razões apontadas para

matéria-prima e embalagens.c) Depreciação das máquinas é uma despesa direta, em geral, porque se relaciona

com a mão de obra direta aplicada.d) O aluguel do prédio fabril não é item apropriável pela Contabilidade de Custos.

03) (AFRF/Esaf) Os dados abaixo se referem à folha do pagamento de uma empresa industrialMão de obra direta $100.000,00Mão de obra indireta $45.000,00Salários do pessoal de venda $40.000,00Salários do pessoal da administração $30.000,00

Seguro dos trabalhadores na produção:♦ Mão de obra direta $5.000,00♦ Mão de obra indireta $2.500,00

Contribuição providenciária a cargo do empregador:

♦ Mão de obra direta $13.000,00♦ Mão de obra indireta $6.000,00♦ Pessoal de vendas $1.500,00♦ Pessoal de administração $1.000,00♦ Imposto de renda retido na fonte $5.000,00♦ Contribuição previdenciária a cargo dos

empregados $7.500,00. Os gastos gerais de fabricação (ou custos gerais de produção) da empresa, com base

nos valores a que se refere a folha do pagamento reproduzida acima, foi de :a) $45.000,00b) $43.500,00c) $39.500,00d) $8.500,00e) $53.500,00

35 Capítulo 2

Page 44: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

04) (AFRF/Esaf) Uma empresa, para fabricar 1.000 unidades mensais de um determi­nado produto, realiza os seguintes gastos:

Se a empresa produzir 1.200 unidades desse produto por mês, com as mesmas instalações e com a mesma mão de obra, o custo, por unidade produzida, corres­ponderá a:a) $900,00b) $833,33c) $1.000,00d) $966,66e) $950,00

05) (AFRF/Esaf) Em relação a custos, é correto afirmar que:a) Os custos fixos totais mantêm-se estáveis, independentemente do volume da

atividade fabril.b) Os custos variáveis de produção crescem proporcionalmente à quantidade

produzida, em razão inversa.c) Os custos fixos unitários decrescem na razão direta da quantidade produzida.d) Os custos variáveis unitários crescem ou decrescem, em conformidade com a

quantidade produzida.e) O custo industrial unitário, pela diluição dos custos fixos, tende a afastar-se

do custo variável unitário, à medida que o volume da produção aumenta.

06) (AFRF/Esaf) Uma empresa restringiu a sua linha de produção a um único produto.Sendo assim, a energia elétrica gasta na sua fábrica será considerada:a) Custo indireto variável;b) Custo indireto fixo;c) Custo direto fixo;d) Custo direto variável;e) Despesa operacional.

07) (AFRF/Esaf) Empresa industrial que fabrica, unicamente, malas de couro calcula seu preço de venda adicionando ao custo total de produção o valor de uma remu­neração equivalente a 15% do capital próprio empregado.

Sabendo-se que:♦ Custo total $135.000,00♦ Unidades produzidas $30.000,00♦ Capital próprio empregado $125.000,00

♦ Matéria-prima♦ Mão de obra direta♦ Mão de obra indireta♦ Custos fixos

$400.000,00$300.000,00$100.000,00$200.000,00

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Elementos formadores dos custos e ciassificaçao dos custos

Podemos afirmar que o preço de venda é de:

a) $4.7917b) $1.3000c) $5.1250d) $9.9667e) $4.8375

08) (AFC/Esafl2002) Na relação de custos abaixo estão incluídos todos os gastos gerais de fabricação do segundo trimestre de 2002, ocorridos na empresa Comércio & Indústria Ltda.Seguro contra incêndio incorrido R$2.100,00Imposto predial R$2.400,00Iluminação do prédio R$2.100,00Depreciação do edifício R$2.400,00Mão de obra direta R$2.400,00Mão de obra indireta R$2.100,00Encargos sociais do período 0,00

Com base nas informações acima, pode-se dizer que o valor dos gastos gerais de fabricação debitado na conta Produtos em Processo foi de

a) R$9.000,00b) R$9.900,00c) R$11.100,00d) R$12.000,00e) R$13.500,00

09) (FTE/Esaf/2004) Está correta a seguinte afirmativa:a) Os custos variáveis unitários diminuem quando aumenta a produção.b) Os custos fixos unitários diminuem na mesma proporção da redução da pro­

dução.c) Os custos fixos totais decrescem na mesma proporção em que o volume pro­

duzido diminui.d) Os custos fixos unitários variam em proporção inversa às variações do volume

produzido.e) Os custos variáveis unitários crescem na mesma proporção em que o volume

produzido aumenta.

37 Capítuio.2

Page 46: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

10) (FTE/Esaf/2004) Considere os gastos abaixo, efetuados peta Empresa Industrial Alfa em determinado período:Comissões sobre venda $600.000,00Mão de obra direta $7.200.000,00Encargos de depreciação - Máquinas da produção $1.600.000,00Matéria-prima consumida $12.400.000,00Salários dos supervisores $3.200.000,00Publicidade $2.400.000,00Energia elétrica consumida pela fábrica $2.900.000,00

Os custos de transformação e os custos primários da empresa no período foram, respectivamente:

a) $3.000.000,00 e $20.100.000,00b) $12.000.000,00 e $19.600.000,00c) $12.000.000,00 e $22.500.000,00d) $14.900.000,00 e $12.400.000,00e) $14.900.000,00 e $19.600.000,00

As questões de números 11,12 e 13 devem ser resolvidas com base nestes gastos da Empresa Industrial Delta:

Encargos com depreciação de móveis e utensílios $80.000,00Mão de obra indireta $160.000,00Matéria-prima consumida $540.000,00Gastos gerais de fabricação $120.000,00Encargos com depreciação de máquinas deprodução $140.000,00Aluguel do escritório de vendas $60.000,00Salários dos vendedores $20.000,00ICM sobre vendas $600.000,00Mão de obra direta $220.000,00Material de embalagem utilizado na produção $40.000,00Comissão s/ vendas $300.000,00

Contabilidade de Custos

11) (FTE/Esaf/2002) Os custos diretos da Delta no período totalizaram:a) $540.000,00b) $760.000,00

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Page 47: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

c) $800.000,00d) $940.000,00e) $960.000,00

12) (FTE/Esaf/2002) O valor dos custos indiretos da Delta foi:a) $280.000,00b) $420.000,00c) $460.000,00d) $500.000,00e) $540.000,00

13) (FTE/Esaf/2002) As despesas fixas e variáveis da Delta no período foram, respec­tivamente:a) $100.000,00 e $960.000,00b) $140.000,00 e $920.000,00c) $160.000,00 e $940.000,00d) $160.000,00 e $900.000,00e) $300.000,00 e $900.000,00

14) (FTE/Esaf/MG/2005) A empresa Atualíssima é totalmente automatizada, usando tecnologia de computação de última geração em seu processo produtivo, necessitan­do por essa razão manter um Departamento de Manutenção de microcomputação que apresenta sistematicamente uma ociosidade de utilização de aproximadamente 25% por mês, mas justificada como imprescindível, pela Diretoria de Produção, segundo os relatórios apresentados em reunião de diretoria. Nessa mesma reunião, o Diretor Administrativo informa que a manutenção e conserto dos microcompu­tadores de seu departamento vêm sendo realizados, até então, por uma empresa terceirizada, o que implica em um desembolso médio anual de $800.000,00. Tendo em vista a política de contenção de gastos aprovada,solicita que esse serviço seja realizado pelo Departamento de Produção utilizando a ociosidade de tempo re­latada, tendo em vista que é plenamente viável a medição de todos os gastos que vierem a ser efetuados. Além disso, poder-se-ia aproveitar pelo menos parte da ociosidade do Departamento de Manutenção de microcomputação. Nesse caso os gastos efetuados com a manutenção solicitada pela diretoria administrativa deveriam ser tratados como:a) Custo de Produçãob) Despesa de Manutençãoc) Receita Eventuald) Recuperação de Custoe) Custo Primário

39 Capítulo 2

Page 48: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

15) (MPOG/Esaf/2005) Os custos que se tornam progressivamente menores em termos unitários à medida que a quantidade de bens e serviços produzidos aumenta são denominados de custos:a) variáveisb) diretosc) indiretosd) fixose) primários

16) (AFC/Esaf/2002) A fábrica de sorvetes Spuma, iniciando o período produtivo, adquiriu materiais no valor de R$10.000,00, registrou as despesas de mão de obra direta àbase de 60% dos materiais consumidos, aplicou custos indiretos estimados em R$6.000,00 e realizou despesas de R$3.000,00 com vendas.No período, a fábrica vendeu 70% da produção, na qual usou 90% dos materiais comprados. Sabendo-se que toda a produção iniciada foi concluída, podemos dizer quea) o custo de transformação foi de R$12.000,00.b) o custo por absorção foi de R$14.280,00.c) o custo primário foi de R$14.400,00.d) o custo do produto vendido foi de R$17.280,00.e) o custo total do período foi de R$20.400,00.

Questões 17 a 26 - Cespe-UnB

17) (PF/2002) Os estoques de mercadorias, produtos e matérias-primas devem ser ava­liados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior.

18) (PF/2002) A energia elétrica consumida pelos pontos de luz da fábrica normalmente é considerada como um custo direto.

19) (PF/2002) Utilizar melhor a capacidade instalada ou reduzir a ociosidade significa reduzir o custo fixo por produto (unitário).

20) (FTE/2002) Aluguel e depreciação pelo método linear são dois exemplos de custos indiretos, inciuídos nos gastos gerais de fabricação, para apropriação aos produtos por meio e critério de rateio.

21) (Peirobras/2007) O gasto com energia pode ser caracterizado como um custo va­riável em uma indústria, e sua base de volume definida como o tempo de funcio­namento das máquinas e equipamentos de produção. A parcela que corresponde ao consumo mínimo, entretanto, é tratada como custo fixo.

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Elementos formadores dos custos e ciassificaçao dos custos

22) (Petrobras/2007) O custo fixo, quando considerado em seus totais, não varia com o volume de uma atividade constituída como medida de referência. Quando, en­tretanto, for considerado em base unitária, será um custo variável.

23) (Petrobras/2007) A remuneração do pessoal incumbido da manutenção e vigilân­cia da fábrica constitui custo direto quando envolve mão de obra assalariada e é exclusiva da área de produção.

24) (Petrobras/2007) Os custos indiretos devem ser rateados entre os produtos, mediante processo de alocação que costuma conter alguma dose de subjetivísmo e até de arbitrariedade. Quando a indústria opera em prédio próprio, o valor do aluguel deve ser imputado contabilmente em função da área ocupada por cada setor.

25) (Petrobras/2004) Ao valor dos estoques, bem como ao dos demais ativos, devem ser incorporados todos os gastos incorridos para colocá-los em condições de venda, consumo ou uso nas atividades operacionais da empresa, tais como transporte, seguros, armazenagem e impostos de importação.

26) (Petrobras/2004) Tanto nas empresas comerciais como nas industriais os gastos com armazenagem de itens comprados dos fornecedores — mercadorias e matérias- primas ~ são tratados como custos e adicionados ao valor pago por esses bens.

27) (FCC/2006) Na terminologia de custos, são custos de conversão ou de transfor­mação:(A) mão de obra direta e indireta.(B) mão de obra direta e materiais diretos.(C) mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.(D) matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.(E) custos primários e custos de fabricação fixos.

28) (MPOG/2006) Assinale abaixo a opção que contém uma assertiva incorreta.a) A matéria-prima classificada como custo direto corresponde aos materiais cujo

consumo podemos quantificar no produto. Se não for possível a identificação da quantidade aplicada no produto, passa a ser um elemento de custo indireto.

b) Custos semi-variáveis são aqueles que possuem em seu valor uma parcela fixa e outra variável. Isto é, têm um comportamento de custo fixo até certo momento e depois se comportam como custo variável.

c) Custos semi-fixos são aqueles elementos de custos classificados de fixos que se alteram em decorrência de uma mudança na capacidade de produção instalada.

d) Custo total é a somatória dos custos fixos e variáveis, sendo que os custos semi- fixos e semivariáveis têm o mesmo significado.

e) A mão de obra direta compreende os funcionários que atuam diretamente no produto e cujo tempo gasto pode ser identificado, isto é, apontado no produto.

41 Capítulo 2

Page 50: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

29) (FCC/2006) Na terminologia de custos, são custos de conversão ou de transfor­mação:a) mão de obra direta e indireta.b) mão de obra direta e materiais diretos.c) mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.d) matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.e) custos primários e custos de fabricação fixos.

30) (Imbel/Coseac/2008) A soma do Custo Primário com os gastos indiretos de fabri­cação totais, chamamos de:a) custo total.b) custo fixo.c) custo fabril.d) custo terciário.e) custo variável.

31) (Imbel/Coseac/2008) Entre as opções a seguir, a que apresenta exemplo de custo variável é:a) aluguel do prédio.b) seguro da fábrica.c) salário do vigia da fábrica.d) energia elétrica.e) salário do supervisor da fábrica.

32) (Termoaçu/Cesgranrio/2008) Determinada indústria está operando abaixo de sua capacidade de produção, ou seja, quanto mais fabrica um determinado produto* mais seu custo unitário total é reduzido. Tal fato ocorre em relação ao custo:a) fixo.b) direto.c) primário.d) variável.e) por absorção.

33) (FGV TC PA 2008). Determinada empresa industrial é mono produtora. Nos mesesde outubro e novembro passados, apurou o seguinte:

Outubro NovembroProdução (em unidades) 3.000 3.500

Custo Total de Fabricação ($) 21.000,00 24.000,00

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Sabe-se que:I. a empresa apura o custo total de fabricação pelo custeio por absorção;II. a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo

método PEPS;III. não houve variação de preços no período.

O custo total (CT) é:

a) CT = $ 21.000,00 ou $ 24.000,00.b) CT = $ 3.000,00 + $ 6,00/unidade.c) CT = $ 7,00/unidade.d) CT = $ 6,86/unidade.e) CT = $ 18.000,00 + $ 1,00/unidade.

• ' * ' " ___' \ 1

Questão 1

A mão de obra indireta é aquela que não pode ser apropriada diretamente ao produto. Seu valor é> portanto, rateado. Ex: salário do pessoal de manutenção, salário do vigia da fábrica etc.

Resposta: C

Questão 2

Alternativa a: Correta. A matéria-prima e embalagens são custos diretos.Alternativa b: Errada. Material de consumo é custo indireto.Alternativa c: Errada. Depreciação é custo indireto.Alternativa d: Errada. O aluguel do prédio fabril é custo indireto.

Resposta: A

Questão 3

Basta separarmos os custos indiretos (ou custos gerais de produção ou gastos gerais de fabricação), no caso os gastos relativos à mão de obra indireta:

45.000 + 2.500 + 6.000 = 53.500Observe que a contribuição previdenciária a cargo dos empregados não é

apropriada como custo, pois não são gastos da empresa.

Resposta: E

Questão 4

A questão informa que para a produção de 1.200 unidades a empresa continua com a mesma mão de obra (direta e indireta). Os custos fixos são os

43 Capítuio 2

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Contabilidade de Custos

mesmos independentes da produção. Logo, somente a matéria-prima varia para480.000 (400.000 + 20% x 400.000). Assim teremos:

Matéria-prima 480.000Mão de obra direta 300.000Mão de obra indireta 100.000Custos fixos 200.000Total L080.0W

Logo, o custo unitário é de 1.080.000/1.200 = 900,00

Resposta: A

Questão 5

Alternativa a: Correta. Os custos totais fixos são estáveis independente­mente da produção.

Alternativa b: Incorreta. Os custos variáveis da produção crescem propor­cionalmente à quantidade produzida, era razão direta. Significa dizer que quando a quantidade produzida aumenta, os custos variáveis também aumentam. Quando a produção diminui, os custos variáveis também diminuem.

Alternativa c: Incorreta. Os custos fixos unitários decrescem na razão inversa da quantidade produzida. Quando a produção aumenta, os custos fixos unitários diminuem. Quando a produção diminui, os custos fixos unitários aumentam.

Alternativa d: Incorreta. Os custos variáveis unitários são constantes (fi­xos).

Alternativa e: Incorreta. O custo industrial unitário tende a aproximar-se dos custos variáveis unitários quando a produção aumenta.

Resposta: A

Questão 6

Quando uma empresa fabrica apenas um produto, todos os seus custos são diretos. Assim, a energia elétrica seria considerada um custo direto variável.

Resposta: D

Questão 7

A questão não é de contabilidade de custos, e sim de matemática:135.000 + (15% x 125.000) = 153.750153.750/30.000 = 5,125

Resposta: C

Bernardo Cherman 44

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Questão 8

Neste problema, basta separarmos os custos indiretos:Seguro contra incêndio 2.100Imposto predial 2.400Iluminação do prédio 2.100Depreciação do edifício 2.400Mão de obra indireta 2.100Total 11.100

Observação: Mão de obra direta é custo direto.

Resposta: C

Questão 9

Alternativa a: Incorreta. Os custos variáveis unitários são constantes. Alternativa b: Incorreta. Os custos fixos unitários diminuem na mesma pro­

porção do aumento da produção. São variáveis inversamente proporcionais.Alternativa c: Incorreta. Os custos fixos totais aumentam quando a pro­

dução aumenta.Alternativa d: Correta.Alternativa e: Incorreta. Os custos variáveis unitários são constantes.

Resposta: D

Questão 10

Custo de Transformação = Mão de obra Direta + Custos Indiretos Custo de Transformação = 7.200.000 + 1.600.000 + 3.200.000 + 2.900.000 =

= 14.900.000Custo Primário - Matéria-prima + Mão de obra Direta Custo Primário = 12.400.000 + 7.200.000 = 19.600.000 Observação: Comissões sobre vendas e publicidade são despesas.

Resposta: E

Nas questões 11,12 e 13, basta separarmos os custos e despesas, conforme tabela abaixo (valores totais na última linha):

Custos Diretos Custos Indiretos Despesas Fixas Despesas Variáveis540.000 160.000 80.000 300.000220.000 120.000 60.000 600.00040.000 140.000 20.000800.000 420.000 160.000 900.000

45 Capítulo 2

Page 54: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 11

Resposta: C

Questão 12

Resposta: B

Questão 13

Resposta: D

Questão 14

Trata-se de uma despesa, já que os gastos foram feitos no Departamento Administrativo.

Resposta: B

Questão 15

Os custos fixos não alteram com o aumento ou diminuição da produção. São exemplos de custos fixos aluguel, IPTU etc. Já os custos fixos unitários di­minuem quando a produção aumenta, ou, ao contrário, aumentam quando a produção diminui. Os custos fixos unitários são inversamente proporcionais à quantidade produzida.

Resposta: D

Questão 16

Outra questão que é mais bem visualizada através de razonetes. Analisemos cada um dos elementos dados:

Materiais: Adquiriu 10.000 e utilizou 90%, isto é, 9.000.Mão de obra Direta: Corresponde a 60% do material utilizado. Logo:9.000 X 60% = 5.400,Custos Indiretos: Foram totalmente apropriados.Despesas: não é item da contabilidade de custos (custeio por absorção). Foi

dado para confundir.

O custo primário, por definição, é o Material Direto somado com a mão de obra direta:

CP = 9.000 + 5.400 = 14.400.Na letra “a” o custo de transformação é a soma da mão de obra direta com

os custos indiretos. No caso: 5.400 + 6.000 = 11.400.O custo de produção foi de: 9.000 + 5.400 + 6.000 = 20.400.O custo do produto vendido foi de 20.400 X 70% = 14.280.

Bernardo Cherman 46

Page 55: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Observe que a questão tem duas respostas: custo primário, letra “c”, que é o que consta do gabarito oficial, e letra V ’, o custo total do período, que pode ser definido como o total de custos incorridos em uma fábrica em um determinado período. Questão passível de recurso.

Respostas: C e E.

Questão 17

Afirmativa correta. A avaliação dos elementos do ativo segue sempre o jargão “custo ou mercado, dos dois o menor”.

Questão 18

Afirmativa errada. Os custos de energia elétrica são normalmente tratados como custos indiretos e devem ser rateados aos produtos. A energia elétrica pode ser tratada como custo direto somente se houver forma objetiva de mensuração (ex: um medidor para cada produto fabricado).

Questão 19

Afirmativa correta. O custo fixo unitário diminui com o aumento da produ­ção. Claro que se a empresa reduzir a ociosidade ou utilizar melhor a capacidade instalada acarretará um aumento de produção, diminuindo o custo fixo unitário.

Questão 20

Afirmativa correta. Aluguel e depreciação são custos indiretos. Devem ser rateados aos produtos segundo critérios de rateio, geralmente predefinidos.

Questão 21

Afirmativa correta. A energia elétrica pode ser tratada como um custo va­riável. Teoricamente, quanto mais se produz, mais energia elétrica é consumida, entretanto, assim como nas contas de telefone, há uma parcela a ser paga mesmo que o consumo seja nulo. Esta parcela pode ser tratada como custo fixó.

Questão 22

Afirmativa correta. O custo fixo total não varia independente da quantidade produzida. Como exemplo, podemos citar o aluguel, cujo custo fixo independe do quanto a empresa produz. Se produzir 1 bilhão de unidades ou zero, o alu­guel é o mesmo. Já o custo fixo unitário diminui na medida em que a produção aumenta: se o valor do aluguel é R$900,00 e a produção é de 1 unidade, todo este

47 Capítulo 2

Page 56: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

valor é transferido ao custo desta unidade. Se a produção é de 2 unidades, cada uma receberá R$450,00, e assim sucessivamente. Logo, o custo fixo unitário tem uma relação inversa com a quantidade produzida.

Questão 23

Afirmativa errada. A remuneração do pessoal da manutenção e vigilância é distribuída entre os custos dos diversos produtos por sistema de rateio. Logo, é um custo indireto.

Questão 24

A primeira afirmativa está correta. O rateio dos custos indiretos leva a uma dose alta de subjetivismo e até mesmo de arbitrariedade em alguns casos. O mesmo acontece com o valor do aluguel do prédio. Seu valor pode ser rateado em função da área ocupada ou outro critério qualquer, por exemplo, em função dos custos diretos ou em função da produção.

Afirmativa errada.

Questão 25

Afirmativa correta. Ao valor dos estoques devem ser adicionados todos os custos incorridos para colocá-lo em uso ou venda.

Questão 26

Os gastos com armazenagem, por exemplo, em mostruários, em empresas comerciais, são tratados como despesas. A estocagem de matérias-primas é tratada como custos (acréscimo ao valor dos itens estocados).

Afirmativa errada.

Questão 27

Por definição, o custo de transformação é a soma da mão de obra direta com os gastos gerais de fabricação (custos indiretos). Indica quanto a empresa gasta para transformar a matéria prima em produto acabado.

Resposta: C

Questão 28

A alternativa incorreta é a D. O custo total corresponde ao somatório dos custos fixos e variáveis, entretanto custos semi-fixos e semi-variáveis têm signi­ficados distintos. As definições encontram-se nas alternativas B e C da questão.

Resposta: D

Bernardo Cherman 48

Page 57: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Questão 29

O custo de transformação é o somatório de todos os custos incorridos para “transformar” a matéria-prima em produto pronto. No caso, é o somatório da mão de obra direta e custos indiretos.

Resposta: C

Questão 30

A soma do custo primário com os custos indiretos é definida como custo de fabricação, ou produção, ou, nos termos da alternativa, custos fabris.

Resposta: C

Questão 31

Os custos variáveis são aqueles que variam com a produção. Dentre as alternativas dadas, o único custo variável é a energia elétrica (regra, quando aumenta a produção, aumenta o consumo de energia elétrica).

Resposta: D

Questão 32

O custo fixo é aquele que é fixo (constante) independente da quantidade produzida. O custo fixo unitário diminui quando a produção aumenta.

Resposta: A

Questão 33

A questão é mais de matemática do que de Contabilidade de Custos. Re­solve-se através de duas equações e duas incógnitas. As equações envolvidas são:

CT = CV + CF. Logo, CT = (CU. QT) + CF, onde:CT = Custo Total.CU = Custo Unitário.QT = Quantidade Total.CF = Custo Fixo.

Aplicando a equação no mês de outubro:2.100 = 300CU + CF, logo, CF = 2.100 - 3.000CU.No mês de novembro:24.000 = 3.500CU + CF, logo, CF = 24.000 - 3.500CU.

49 Capítulo 2

Page 58: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Substituindo:21.000 - 3.000CU = 24.000 - 3.500CU CU = 6Substituindo o CU em uma das duas equações, encontramos: CF = 3.000

Como CT = CV + CF, temos:CT = 6QT + 3.000 Resposta: B

Bernardo Cherman 50

Page 59: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 3

Sistemas de apropriação de custos

Apropriar custo significa o modo como os custos serão atribuídos aos produtos.

Trataremos aqui das seguintes formas:♦ Custeio por absorção♦ Custeio variável ou direto♦ ABC♦ RKW♦ Custo padrão

3.1. Custeio por absorção

É um método de custeio em que são apropriados aos produtos fabricados todos os custos incorridos, sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis.

O importante nesse método é a separação entre custos e despesas, já que as despesas serão todas lançadas ao resultado, enquanto os custos, atribuídos aos produtos. Os custos indiretos são rateados entre os produtos; e os custos dos produtos acabados e produtos em elaboração que não tenham sido vendidos estarão ativados.

É o sistema de custeio aceito pela legislação e que obedece aos princípios da realização da receita, confrontação e competência.

♦ Princípio da Realização da Receita: ocorre a realização da Receita quando há transferência do bem ou serviço.

♦ Princípio da Confrontação: as despesas devem ser reconhecidas à medida que são realizadas as receitas que ajudaram a gerar.

♦ Princípio da Competência: as receitas e despesas devem ser reconhecidas quando .ocorrer o “fato gerador”.

3.2. Custeio variável ou direto

Aloca aos produtos somente os custos variáveis.Os custos fixos são considerados despesas já que vão ocorrer independente

do volume de produção. A demonstração do resultado assume a seguinte forma quando da utilização do custeio variável:

Vendas:(-) Deduções de Vendas (-) Vendas Líquidas

51

Page 60: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

(-) Custo dos Produtos Vendidos{-) Margem de Contribuição (Lucro Bruto Marginal)(-) Custos e Despesas Fixos(=) Lucro Líquido

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3.3. ABC - Activity Based Costing

Direciona os custos indiretos aos produtos por atividade (não por depar­tamentos ou centros de custos). Para cada atividade teremos um direcionador de custo, diminuindo as distorções causadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos do custeio por absorção.

Este sistema, em regra, não é aceito pela legislação, pois considera as despe­sas para a avaliação de estoques. Seu maior benefício é para fins gerenciais, mas nada impede que se utilize o rateio somente dos custos indiretos pelo sistema ABC utilizando-se o custeio por absorção (nesse caso é aceito pela legislação).

3.4. RKW - Reichskuratorium fu r Wirtschafttichtkeit

Consiste em ratear custos e despesas (comerciais, administrativas, finan­ceiras etc.) aos produtos. Inicialmente os gastos são transferidos aos centros de custos e depois aos produtos. Não é aceito pela legislação, pois considera as despesas para avaliação de estoques.

3.5. Custeio padrão

Os custos são apropriados aos produtos não pelo seu valor efetivo, mas por uma estimativa.

Pode ser utilizado tanto se a empresa adotar o custeio por absorção ou o variável. Geralmente não é contabilizado.

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Bernardo Cherman 52

Page 61: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Sistemas de apropriação de custos

01) (Esaf) O sistema de custeio RKWa) apropria ao produto todos os custos e despesas.b) é aceito pela legislação vigente.c) os custos fixos, assim como no custeio variável, são tratados como despesas.d) as despesas fixas ou variáveis, assim como no custeio por absorção, são apro­

priadas ao custo do produto.e) não adota critérios de rateio.

02) (Esaf) O sistema de custeio ABCa) não adota critérios de rateio.b) apropria aos produtos os custos por departamentalização.c) assim como no sistema de custeio variável, a ênfase é na atividade.d) elimina totalmente a arbitrariedade do rateio dos custos indiretos.e) pode ser aceito pela legislação vigente se somente os custos indiretos forem

alocados aos produtos por atividade.

03) (AFRF/Esaf) É correto afirmar que:a) O método de custeio variável agrega os custos fixos ao custo de produção pelo

emprego de critérios variáveis de rateio.b) O método de custeio por absorção leva em conta, na apuração do custo de

produção, todos os custos incorridos no período.c) O método de custeio por absorção exige que a avaliação dos estoques seja feita

pelo critério do custo médio ponderado.d) Para efeito de apuração de resultados industriais é indiferente qual o método

de custeio adotado, seja o variável ou por absorção.e) A diferença fundamental entre o custeio variável e o custeio por absorção é

que este admite a avaliação dos estoques por método diferente do custo médio ponderado, ao contrário do custeio variável.

04) (Vunesp/2002) Por Custo Padrão, entendem-se:a) Todos os gastos aplicados na obtenção de produtos para serem comercializados

e/ou consumidos na produção.b) Todos os gastos que uma empresa aplicou na obtenção de um padrão de con­

tabilidade de custos.c) Os custos totais de fabricação incorridos em um determinado mês.d) Os custos determinados previamente, baseados em cálculos analíticos sobre

os processos produtivos, incluindo os estudos do tempo e dos movimentos relativos a cada operação.

e) Os custos calculados e contabilizados de acordo com o critério de custeio por absorção.

53 Capítulo 3

Page 62: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

05) (Vunesp/2002) Analise as afirmativas abaixo:1 - 0 sistema de apropriação de custos denominado custeio por absorção apropria

tão-somente os custos indiretos de fabricação dos produtos elaborados.II - 0 sistema denominado custeio variável apropria todos os custos de produção

aos produtos elaborados.III - O sistema de apropriação de custos denominado custeio padrão apropria

somente os custos fixos da produção aos produtos elaborados.IV - O sistema de apropriação de custos denominados custeio por absorção apro­

pria todos os custos de produção aos produtos elaborados.V - O sistema denominado custeio baseado em atividades apropria somente os

custos diretos aos produtos elaborados.

Pode-se afirmar que está correta apenas:

a) IIb) IIIc) IVd) Ie) V

06) (INSS/Cespe-UnB/1998) Julgue os seguintes conceitos, aplicáveis à área de custos.a) Gasto é o sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um

produto ou serviço qualquer, sacrifício este representado por entrega ou pro­messa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).

b) Custeio por absorção é o método que consiste na apropriação de todos os custos- de produção aos bens elaborados, e somente os de produção.

c) Custo indireto de fabricação é o custo que não depende de critério de rateio ou outro estimativo para sua apropriação ao custo do produto.

d) Todos os custos diretos são custos primários.e) O RKW é o método de alocação de custos aos produtos, o qual considera todos os

custos, diretos e indiretos, e as despesas, exceto as de vendas e as financeiras.

07) (FTE/MG/2005) Assinale a opção que contém procedimento, utilizado-no trata­mento de custos, conflitante com princípios/ normas/ convenções contábeis.a) custeio variávelb) custeio por absorçãoc) custo benefíciod) consistênciae) materialidade

Bernardo Cherman 54

Page 63: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Sistemas de apropriação de custos

08) (Contador/T0/2005) O método de custeio que consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados é denominado custeio:a) RKWb) Reposiçãoc) Diretod) Absorçãoe) ABC

Questões 9 a 18- Cespe

09) (PF/2002) No sistema de custeio RKW, os custos de depreciação de equipamentos e outros bens de produção devem ser apropriados aos produtos.

10) (SGAJ2008) A legislação do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro impede a adoção do custeio variável para a determinação do custo unitário dos produtos.

11) (PRW/2008) Ao utilizar o custeio baseado em atividades, há a necessidade de atribuição de indicadores de custo para a alocação dos custos indiretos de fabri­cação.

12) (FTE/2Ô02) O sistema de custeio por absorção é utilizado, principalmente, para atender às necessidades gerenciais; o custeio direto ou variável, para preparar o custo de estoques e de produtos vendidos das demonstrações contábeis oficiais objeto de divulgação.

13) (Petrobras/2007) Quando se adota o critério do custeio variável, todos os custos e despesas de fabricação e comercialização são alocados aos produtos, o que é compatível com as exigências da legislação tributária.

14) (PF/2002) No sistema de custeio RKW, os custos de depreciação de equipamentos e outros bens de produção devem ser apropriados aos produtos.

Há diversas classificações possíveis para custos. Entre as mais relevantes, de acordo com sua função administrativa, estão

♦ custos de fabricação (produção) — vinculados ao processo produtivo —, que podem ser divididos em material direto, mão de obra direta e custos indiretos;

♦ custos não-vinculados à fabricação (administrativos) — decorrentes das atividades de apoio —, que podem ser as despesas de vendas (despesas as­sociadas à obtenção de vendas e à entrega do produto) ou despesas gerais e. administrativas.

55 Capítulo 3

Page 64: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Acerca do assunto objeto do texto apresentado, julgue os itens a seguir.

15) (PF/2002) O sistema de custeio direto ou variável considera, no custo dos produtos e serviços, os custos diretos e indiretos, fixos e variáveis.

16) (PF/2002) O sistema de custeio por absorção considera, no custo dos produtos e serviços, os custos de fabricação e os administrativos.

17) (Petrobras/2004) No custeio variável, sob a alegação de que ocorrerão independen­temente do volume de produção da empresa, os custos fixos recebem o mesmo tratamento das despesas, ou seja, são contabilizados diretamente a débito de conta de resultado.

18) (Petrobras/2004) No custeio pleno ou por absorção, todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, são apropriados à produção do período. Entretanto, os gastos não-fabris — despesas — são contabilizados diretamente contra o resultado do período.

19) (TRE-MS/FCC/2007) A empresa Alfa manufatura calçados, sendo que o processo produtivo se inicia com a compra do couro em peles e termina com a confecção final dos calçados. A empresa iniciou suas atividades em 01.01.2006. Em 31.12.2006 todos os custos de mão de obra direta e custos indiretos de fabricação referentes ao exercício de 2006 haviam sido apropriados ao resultado do exercício.

Na contagem física dos inventários constatou-se que um quinto de toda a produção de calçados do exercício não havia sido vendida. De acordo com estas informações, podemos afirmar que a empresa Alfa nas suas demonstrações contábeis NÃO observou o Princípio Fundamental de Contabilidade - Resolução CFC n° 750

(A) Entidade.(B) Oportunidade.(C) Competência.(D) Atualização Monetária.(E) Prudência.

20) (PRW/Cespe-UnB/2008) A adoção do custeio variável, em detrimento do custeio por absorção, deverá ser precedida de comunicação à secretaria da Receita Federal e também à secretaria de Fazenda do Estado.

21) (SGA/Cespe-UnB/2008) O custeio por absorção não incorpora o montante dos cus­tos indiretos ao custo unitário dos produtos. Desse modo, o valor da mercadoria produzida só incorpora os custos diretos, fixos ou variáveis.

Bernardo Cherman 56

Page 65: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Sistemas de apropriação de custos

Questão 1

O sistema de custeio RKW apropria ao produto todos os custos e despesas. Não há uma distinção entre eles.

Resposta: A

Questão 2

0 sistema ABC pode ser aceito pela legislação vigente se os custos indiretos forem alocados aos produtos por atividade. Normalmente esse critério aloca aos produtos os custos e despesas. Por isso não é aceito pela legislação.

Resposta: E

Questão 3

Alternativa a: Errada. O método de custeio variável não agrega os custos fixos ao custo de produção. Os custos fixos são tratados como despesas.

Alternativa b: Certa. O método de custeio por absorção agrega todos os custos de produção do período aos produtos.

Alternativa c: Errada. Não há relação entre o método de avaliação de es­toques e o sistema de alocação de custos.

Alternativa d: Errada. A apuração do resultado varia conforme o método utilizado.

Alternativa e: Errada. Vide comentário da alternativa c.

Resposta: B

Questão 4

Custo padrão é uma estimativa de custo. São determinados, regra geral, antes do início do processo produtivo.

Resposta: D

Questão 5

1 - Errada. O custeio por absorção apropria todos os custos do período (diretos ou indiretos) aos produtos.

II - Errada. O custeio variável apropria somente os custos variáveis aos produtos. Os custos fixos são tratados como despesas.

III - Errada. O custeio padrão é uma estimativa de custos.IV - Certo. Vide comentários de I.

57 Capítulo 3

Page 66: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

V - O custeio baseado em atividades apropria os custos e despesas aos produtos.

Resposta: C

Questão 6

Alternativa a: Certo. A definição dada é a de gasto (vide capítulo I). • Alternativa b: Certo. O custeio por absorção apropria todos os custos do

período (diretos ou indiretos) aos produtos.Alternativa c: Errada. O custo indireto é aquele que não se identifica com

nenhum produto em particular. Por isso são rateados.Alternativa d: Errada. Ver capítulo II. Podemos dizer que todos os custos

primários são diretos, mas nem todo custo direto é primário.Alternativa e: Errada. Não existe a exceção dada. As despesas de vendas e

financeiras também são alocadas aos produtos.

Questão 7

O sistema de custeio que conflita com os princípios, normas e convenções contábeis é o do custeio variável ou direto, já que fere os princípios da realização da receita, confrontação e competência.

Resposta: A

Questão 8

O método que apropria todos os custos de produção aos produtos é o custeio por absorção.

Resposta: D

Questão 9

Afirmativa correta. No sistema RKW todos os custos e despesas são apro­priados aos custos dos produtos.

Questão 10

Afirmativa correta. A legislação do imposto de renda admite somente o sistema de custeio por absorção como método de custeio.

Questão 11

Afirmativa correta. No sistema ABC os custos indiretos são atribuídos aos produtos por atividade através dos direcionadores (indicadores) de custos.

Bernardo Cherman 58

Page 67: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Sistemas de apropriação de custos

Alternativa errada. O sistema de custeio por absorção é utilizado para aten­der à legislação fiscal, pois atende aos princípios fundamentais da contabilidade, especialmente o princípio da competência dos exercícios. O custeio direto ou variável é utilizado para fins gerenciais.

Questão 13

Afirmativa errada. A característica principal do custeio variável é que os custos fixos são considerados despesa independente da produção. Compõem o custo do produto somente os custos variáveis. Este procedimento não coaduna com o princípio da competência ou com a legislação tributária. Para efeito tri­butário, o único método de custeio aceito é o custeio por absorção.

Questão 14

Afirmativa correta. No sistema RKW, todos os custos e despesas são apro­priados aos custos dos produtos.

Questão 15

Afirmativa errada. No sistema de custeio variável, são apropriados aos pro­dutos somente os custos variáveis. Os custos fixos são tratados como despesas.

Questão 16

Afirmativa errada. No sistema de custeio por absorção, os gastos adminis­trativos são considerados despesas.

Questão 17

Afirmativa correta. No custeio variável, os custos fixos são lançados dire­tamente a resultado.

Questão 18

Afirmativa correta. Ê a base do custeio por absorção. A primeira fase nes­se tipo de custeio é a separação entre custos e despesas. Os custos são lançados diretamente ao produto e as despesas ao resultado.

Questão 12

59 Capítulo 3

Page 68: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 19

De acordo com o princípio da competência, o reconhecimento de despesas e receitas deve ser feito na medida em que vão ocorrendo os fatos geradores. O fato gerador, no caso, é a venda efetiva do calçado. Se restar um quinto da produ­ção no estoque, esse valor deverá ser ativado, e não lançado a resultado. O valor que deverá ser lançado a resultado são quatro quintos do custo, e não o total. O procedimento contraria o Princípio da Competência.

Resposta: C

Questão 20

Afirmativa errada. A adoção do custeio variável tem finalidade gerencial. É proibido o uso deste sistema para fins tributários.

Questão 21

Afirmativa errada. O custeio por absorção incorpora ao produto todos os custos, diretos ou indiretos.

Bernardo Cherman 60

Page 69: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capitulo 4

Custeio por absorção: apuração do custo dos produtos vendidos, custo dos produtos acabados e custo de produção

Como visto anteriormente, este método leva em consideração, na apuração do resultado, todos os custos de produção.

A apuração do custo do produto vendido pode ser calculado através do esquema abaixo:

4.1. Apuração do CPV

Estoque Inicial de Material Direto (E.I.M.D.)(+} Compras de Material Direto (C.M.D.)(-) Estoque Final de Material Direto (E.F.M.D.)(=) Material Direto Consumido (+) Mão de obra Direta (M.O.D.)(+) Gastos Gerais de Fabricação (G.G.F.)(=) Custo de Produção do Período(+) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (E.LP.E.)(-) Estoque Final de Produtos em Elaboração (E.F.P.E.)(=) Custo de Produção Acabada(+) Estoque Inicial de Produtos Acabados (E.I.P.A.)(-) Estoque Final de Produtos Acabados (E.F.P.A.)(-) Custo dos Produtos Vendidos (C.P.V.)

A apuração do resultado segue o mesmo modelo visto na contabilidadegeral:

Apuração do Resultado

Vendas Brutas(-) Deduções de Vendas(=) Vendas Líquidas(-) Custo dos Produtos Vendidos(=) Resultado Industrial (Lucro Bruto)(+) Receitas Operacionais (-) Despesas Operacionais (-) Lucro Operacional (+) Receitas não-Operacionais (-) Despesas não-Operacionais (±) Saldo da Correção Monetária

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Page 70: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

(=) Resultado antes dos Impostos e Participações(-) Participações(~) Contribuição Social(-) Imposto de Renda(-) Lucro Líquido do Exercício

4.2. Apuração do CPA (Custo do Produto Acabado) e CP (Custo de Produção)

A apuração dos custos pode ser feita com a utilização direta de razonetes, o que facilita a visualização da alocação dos custos e dos lançamentos.

Inicialmente -abre-se a contâ matéria-prima (ou materiais diretos), e com as compras do período e o saldo final credita-se à conta debitando-se na conta produtos em elaboração. A conta mão de obra direta é encerrada em contrapartida com a conta produtos em elaboração.

Todos os gastos gerais de fabricação (custos indiretos) são debitados em conta própria e encerrados ao fim do período, A contrapartida é produtos em elaboração.

Encerrada a conta produtos em elaboração, o valor creditado é transpor­tado à conta produtos acabados. O valor creditado em produtos acabados é o valor do C.P.V.

Graficamente teríamos

Bernardo Cherman 62

Page 71: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

O valor (T) é o custo de fabricação oü o custo de produção do período. Como visto anteriormente,

O valor (2) é o custo do produto acabado.

O valor (3) é 0 custo do produto vendido.

Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Exemplo 1:

Dados da Cia, Suicídio em Massa (em R$)Estoque Inicial de Material Direto ...... *................................................. 500Estoque Final de Material Direto.............................................................. 300Compra de Materiais Diretos...................................................................600Estoque Inicial de Produtos em Elaboração............................ ............... 300Estoque Final de Produtos em Elaboração........................ ..w ............ .................. 600Gastos Gerais de Fabricação............................ ..........................................500Mão de Obra Direta Aplicada............................................ .................. . 400Estoque Inicial de Produtos Acabados................................. .................... 100Estoque Final de Produtos Acabados............................... . 200Vendas do Período................................................................ ................ . 1.600

Pede-se:a) Custo diretob) Custo de produção do períodoc) Custo dos produtos acabadosd) Custo dos produtos vendidose) Resultado industrialf) Contabilizar as operações pertinentes

Resolução

Primeiramente vamos “armar” o problema abrindo os razonetes necessá­rios, os saldos iniciais (S.I.) e os saldos finais (S.F.). Feito isso, transportamos os valores entre os razonetes, como vimos no esquema gráfico.

63 Capítulo 4

Page 72: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Mat. Direto

a) Custo Direto = Mat. Direto + M.O.D.= 800 + 400 = 1.200

b) O custo de produção do período é o somatório dos valores debitados na conta produtos em elaboração. O saldo inicial desta conta não entra no cálculo, pois se refere ao período passado.

Custo de produção do período = 800 + 500 + 400 = 1.700(M.D.) (G.G.F.) (M.O.D.)

c) Custo dos produtos acabados: é o valor creditado na conta produtos em elaboração, isto é, 1.400

d) Custo dos produtos vendidos: é o valor creditado na conta produtos acabados -1.300.

e) Resultado Industrial = V - C.P.V. - 1600 - 1300 = 300

f) Produtos em Elaboração....................................................................1.700a Material Direto........................................................................................ 800a G.G.F............................................................................................................ 500a M.O.D................................................................. .........................................400

Bernardo Cherman 64

Page 73: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Produto Acabadoa Produtos em Elaboração.................................................... .....................1.400

Custos dos Produtos Vendidosa Produtos Acabados........................................................... ....................1.300

Caixa (ou Clientes)a Vendas.......................................................................... ............................ 1.600

Observe que o custo dos produtos vendidos poderia ser calculado através do esquema dado inicialmente:

E.I.M.D............................................................................................................500(+) C.M.D.......................................................................................... .............600(-) E.F.M.D............................................................................................... (300)(=) Material Direto Consumido................................................................800(+) M.O.D.......................................................................................................400(+) G.GJF................... ............. .......... ............................................................ .500(=) Custo de Produção do Período........................................................1.700(+) E.I.PJE.......................................................................................................300(-) E.F.P.E.................................................................................................. (600)(=) Custo da Produção Acabada............................................................ 1.400(+) EXP.A.............. ......................................................................................... 100(-) E.F.P.A.....................................................................................................(200)(=) Custo dos Produtos Vendidos............................................................. 1.300

Exemplo 2

São dadas as seguintes informações da Cia. Sonegadora:

Compra de Matéria-prima..................................................................... 10.000Matéria-prima utilizada na Produção................ ...................................6.000Saldo Final de Matéria-prima.................................................................7.000Saldo Inicial Produtos em Elaboração................................................. 10.000Saldo Final Produtos em Elaboração................................................... 40.000Saldo Inicial Produtos Acabados.......................................................... 12.000Salários e Encargos - M.O. da Produção.................. .......................... 15.000Salários e Encargos - M.O. da Administração.................................... 10.000Saldo Final de Produtos Acabados..........................................................ZeroManutenção - Máquinas da Produção.................................................12.000Depreciação - Máquinas da Produção................................................. 11.000Depreciação - Equipamentos da Administração.................................4.000Seguros incorridos na Área Industrial..................................................4.000Seguros incorridos na Área Administrativa.........................................2.000

65 Capítuio 4

Page 74: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Energia Elétrica consumida - Escritório de Vendas............................... 500Energia Elétrica consumida - na Fábrica.............................................. 2.000Comissão de Vendedores...................................................................... 1.000Limpeza - Prédio Administração..............................................................500Limpeza - Prédio da Fábrica..................................................................1.500Aluguel da Fábrica................................................................................. 6.500Aluguel - Escritório de Vendas............................................................... 2.000Aluguel - Prédio da Administração......................... ..... ........................2.000

Pede-se:a) Estoque Inicial de Matérias-primasb) Custo de Fabricaçãoc) Custo da Produção Acabadad) Custo dos Produtos Vendidos

Resolução

Contabilidade de Custos

M.P.E.I 6.000 (1)

10.0007.000

M .O15.000 15.000(2)

Produto em Elaboração10.000 28.000

(1) 6.000(2) 15.000(3) 37.000

40.000

Produto Acabado12.000 40.00028.000

Zero

G. G. F.12.00011.0004.0002.0001.5006.500

37.000 37.000 (3)

a) E.I + 10.000 - 6.000 = 7.000 -> E.I. = 3.000b) Custo de Fabricação = 58.000c) Custo da Produção Acabada = 28.000d) Custo dos Produtos Vendidos = 40.000

Bernardo Cherman 66

Page 75: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

24.000...400... 400....200

... 520

Para responder às questões de 01 a 06, observe o seguinte:

Dados da Empresa Rumo Certo no período:

(Em Reais)Matérias-primas Compradas............................................................Depreciação do Equipamento de Produção......................................Despesas de Entrega..........................................................................Depreciação de Equipamentos do Entrega.......................................Despesas Financeiras........................................................................Éstoque Final de Matérias-primas........................................................... 10.000Mão de Obra Direta .................................................................................12.000Materiais Consumidos na Fábrica (indiretos).............................................8.000Despesas Administrativas........................................................................ 3.600Despesas de Materiais de Escritório.............................................................. 480Mão de Obra Indireta.................................................................................6.000Vendas .......................................................................................................31.000Estoque Final de Produtos Acabados.........................................................16.160Não há outros estoques

01) (AFRF/Esaf) A partir dos dados da Empresa Rumo Certo Ltda., constatamos que:a) O Lucro Bruto Operacional é de $3.380,00.b) O Lucro Líquido Operacional e de $1.560,00.c) O Custo dos Produtos Vendidos é de $15.000,00.d) O Custo Total da Produção do Período é de $20.000,00.

02) (AFRF/Esaf) O total de Custos Indiretos da Empresa Rumo Certo Ltda. é dea) $14.400,00.b) $14.000,00.c) $6.400,00.d) $3.400,00.

67 Capítulo 4

Page 76: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

03) (AFRF/Esaf) A Conta Produtos em Andamento da Empresa Rumo Ltda. acumulará um total (antes de ser encerrada) de:a) $40.000,00.b) $48.400,00.c) $48.000,00.d) $40.400,00.

04) (AFRF/Esaf) Os Custos Diretos da Empresa Rumo Certo Ltda. são:a) $38.400,00.b) $32.000,00.c) $28.000,00.d) $26.000,00.

05) (AFRF/Esaf) O Lucro Operacional da Empresa Rumo Certo Ltda., antes das Des­pesas Financeiras, é de:a) $2.080,00.b) $3.080,00.c) $4.080,00.d) $5.080,00.

06) (AFRF/Esaf) Admitindo-se que a Empresa Rumo Certo Ltda. produziu 20.200 unidades, o Custo Unitário será de:a) $1,00.b) $2,00.c) $3,00.d) $4,00.

Considere os seguintes dados para responder às questões 7 a 10:

I - ESTOQUESFinal($)

MateriaisProdutos em fabricação Produtos acabados

188,00520.00237.00

327.00327.005.00

II - OUTRAS INFORMAÇÕES

Requisição de materiais para fabricação $330,00Produção do período Lucro bruto nas vendas

$800,00$1.468,00

Bernardo Cherman 68

Page 77: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

07) (AFRF/Esaf) O valor líquido das compras de material foi de:a) $3,00.b) $799,00.c) $796,00.d) $657,00.e) $469,00.

08) (AFRF/Esaf) O valor total debitado no período à conta Produtos em Fabricação foi de:a) $277,00.b) $607,00.c) $1.127,00.d) $657,00.e) $330,00.

09) (AFRF/Esaf) Considerando que os gastos com mão de obra direta totalizaram $69,00, o total dos Gastos Gerais de Fabricação debitado no período foi de:a) $261,00.b) $258,00.c) $208,00.d) $327.00.e) $277,00.

10) (AFRF) O valor das vendas líquidas totalizadas no período foi de:a) $2.268,00.b) $1.505,00.c) $1.832,00.d) $2.505,00.e) $2.500,00.

11) (MPOG/Esaf/2002) A receita líquida de uma empresa fabril, em certo período, tota­lizou $100.000,00; as despesas operacionais, $30.000,00; e a provisão para o imposto de renda, $25.000,00.0 lucro bruto da venda de seus produtos foi do $40.000,00. Sabendo-se que o custo dos produtos fabricados no aludido período foi do $55.000,00 e que o saldo inicial da conta “Produtos Acabados” foi de $25.000,00, assinale, com base nesses dados fornecidos, ao saldo final da conta “Produtos Acabados”:a) $60.000,00.b) $80.000,00.c) $25.000,00.d) $55.000,00.e) $20.000,00.

69 Capítulo 4

Page 78: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

12) (AFRF/Esaf) Numa determinada empresa industrial, o fluxo de matérias-primas durante o ano foi o seguinte:

I) Saldo inicial:Item 1 - 5.000 unidades a $1,00 cada uma Item 2 - 8.000 unidades a $0,75 cada uma Item 3 - 4.000 unidades a $2,75 cada uma

II) Compras:Item 1 - 12.000 unidades a $1,00 cada uma Item 2 - 6.000 unidades a $2,75 cada uma

III) Entrega a produção:Item 1 - 3.500 unidades Item 2 - 2.000 unidades Item 3 - 3.000 unidades

IV) Matérias-primas defeituosas, devolvidas aos fornecedores:Item 1 - 200 unidades

V) Matérias-primas excedentes, devolvidas ao almoxarifado pela fábrica:Item 2 - 50 unidades

Efetuadas essas operações, a salda da conta “matérias-primas” na escrituração da referida empresa era de:

a) $37.287,50b) $37.087,50c) $37.012,50d) $22.000,00e) $15.087,50

13) (AFRF/Esaf) Uma empresa fabril faz os seguintes gastos percentuais na sua pro­dução:♦ Matéria-prima 50%♦ Mão de obra 40%♦ Gastos gerais de fabricação 10%

Sabendo-se que:

I) cada unidade produzida é vendida a $1,00;II) a empresa fez aumento de 30% no salário de seus trabalhadores diretamente ligados à produção;III) os demais elementos dos custos e o quantitativo da produção nãó foram al­terados.

Conclui-se que a empresa, para manter a margem do lucro que vinha obtendo anteriormente ao aumento salarial, terá de vender cada unidade produzida por:

Bernardo Cherman 70

Page 79: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorçao: apuração do CPV, CPA e CP

a) $1,30.b) $1,20.c) $1,12.d) $1,40.e) $1,30.

14) (AFRF/Esaf) Os inventários de produtos e os saldos de contas de um balancete, em uma empresa industrial, evidenciam os seguintes valores no fim do exercício:

O estoque íinal de produtos acabados é:a) $105.000,00b) $75.000,00c) $65.000,00d) $60.000,00e) $15.000,00

15) (MPOG/Esaf/2002) A Empresa Industrial Beta apresentou os dados abaixo no início e no final de determinado período:

Conta Saldo Inicial Saldo FinalProdutos em elaboração $700.000,00 $680.000,00Produtos acabados $1.250.000,00 $1.400.000,00

Foram contabilizados no período os seguintes gastos:Requisição de matérias-primas $850.000,00 Mão de obra direta $150.000,00Impostos sobre as vendas $1.200.000,00Gastos gerais de fabricação $500.000,

O valór dos produtos acabados e o custo dos produtos vendidos no período foram, respectivamente:

a) $1.020.000,00 e $870.000,00b) $1.520.000,00 e $1.370.000,00c) $1.370.000,00 e $1.220.000,00d) $2.720.000,00 e $2.570.000,00e) $2.770.000,00 e $2.200.000,00

♦ Estoque inicial de produtos acabados♦ Estoque inicial de produtos em elaboração♦ Estoque final de produtos em elaboração♦ Material direto utilizado♦ Mão de obra direta alocada♦ Custos gerais de fabricação aplicados♦ Custos dos produtos vendidos

40.000.0015.000.0010.000.00 25 -000,00 18.000,0017.000.0090.000.00

Capítulo 4

Page 80: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

16) (AFC/Esaf/2002) A firma Indústria 8c Comércio de Coisas forneceu ao Contador as seguintes informações sobre um de seus processos de fabricação:

Estoque inicial de materiais R$2.000,00Estoque inicial de produtos em processo R$0,00Estoque inicial de produtos acabados R$4.500,00Compras de materiais R$2.000,00Mão de obra direta R$5.000,00Custos indiretos de fabricação 70% da mão de obra diretaICMS sobre compras e vendas 15%IPI sobre a produção alíquota zeroPreço unitário de venda R$80,00Estoque final de materiais R$1.400,00Estoque inicial de produtos acabados 75 unidadesProdução completada 150 unidadesProdução iniciada 200 unidadesFase atual de produção 60%Produção vendida 100 unidades

Fazendo-se os cálculos corretos atinentes à produção acima exemplificada pode­mos dizer que

a) a margem de lucro sobre o preço líquido foi de 10%.b) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$1.400,00.c) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$8.000,00.d) o custo dos produtos vendidos foi de R$6.000,00.e) o custo dos produtos vendidos foi de R$7.200,00.

17) (AFC/Esaf/2002) A industrial Zinha Ltda. adquiriu matérias-primas para serem utili­zadas na fabricação de seus produtos no mês de agosto, exigindo entrega em domidlio, mesmo que onerosa. A nota fiscal dessa compra espelhou os seguintes dados: Quantidade 500 unidadesPreço unitário R$8,00IPI 10%ICMS 17%Despesas acessórias/fretes R$240,00No mês de agosto a empresa utilizou 60% desse material na produção. Os fretes não sofreram tributação. Com base nas informações fornecidas e sabendo-se que a empresa é contribuinte tanto do IPI como do ICMS, assinale o lançamento cor­reto para contabilizar a apropriação de matéria-prima ao produto (desconsiderar históricos).a) Produtos em Processo

a Matéria-Prima R$1.896,00b) Produtos Acabados

a Matéria-Prima R$1.896,00

Bernardo Cherman 72

Page 81: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: apuraçao do CPV, CPA e CP

c) Produtos em Processoa Matéria-Prima R$2.376,00

d) Produtos em Processoa Matéria-Prima R$2.136,00

e) Produtos Acabadosa Matéria-Prima R$2.136,00

18) (INSS/Esaf) Uma empresa industrial apresentou os seguintes dados relativos a um período anual de produção:

Diante dos dados acima, verificamos que o custo dos produtos de fabricação pró­pria vendidos importa em:a) $4.650.000.b) $4.700.000.c) $4.750.000.d) $4.800.000.e) $6.450.000.

19) (INSS/Esaf) Uma empresa fabricante de refrigerantes descartáveis incorreu nos seguintes gastos mensais para a produção e venda de 10.000.000 de unidades:

Impostos sobre vendas $120.000.000,00.Matéria-prima consumida $80.000.000,00.Mão de obra indireta $20.000.000,00.Material de embalagem $60.000.000,00.-Outros custos fixos $40.000.000,00.Mão de obra direta $30.000.000,00.Gastos com distribuição do produto $20.000.000,00.

Outros Custos IndiretosEstoque Final de Produtos AcabadosCusto do Pessoal Aplicado na ProduçãoEstoque Inicial de InsumosEncargos SociaisArrendamento MercantilEstoque Inicial de Produtos em ElaboraçãoEstoque Final de InsumosCompras de InsumosEstoque Inicial de Produtos AcabadosManutenção e Reparos de Bens Aplicados na ProduçãoEstoque Final de Produtos em Elaboração

$50.000$400.000$2.000.000$100.000$1.000.000$600.000$300.000$200.000$900.000$500.000$150.000$250.000

73 Capítulo 4

Page 82: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Se fosse obrigado a reduzir em 20% sua produção no mês seguinte, o custo unitário neste período seria:

a) $18,50b) $21,25c) $24,50d) $25,25e) $28,75

Com os dados abaixo analise as questões 20 a 22 (Cespe-UnB).Mão de Obra Direta 25.000Aquisições de Matéria-Prima 35.000Custos Indiretos 28.000Estoque Inicial de Matéria-Prima 13.000Estoque Final de Matéria-Prima 16.000Estoque Inicial de Produtos em Elaboração 27.000Estoque Final de Produtos em Elaboração 33.000Estoque Inicial de Produtos Prontos 43.000Estoque Final de Produtos Prontos 41.000Vendas de Produtos 105.000

Considerando a tabela acima, que apresenta os saldos contábeis da área de produção de uma empresa industrial, julgue os seguintes itens.

20) (Petrobras/2007) O valor a ser transferido à conta de custo da produção do período é de R$88.000,00.

21) (Petrobras/2007) O valor registrado como custo da produção acabada corresponde ao custo da produção do período deduzido da variação entre os estoques inicial e final de produtos em elaboração.

22) (Petrobras/2007) Caso tenha sido apurado o valor de R$81.000,00 como custo dos produtos vendidos, o lucro bruto terá sido de R$22.000,00.

23) (FCC/2007) Considere os dados a seguir:

Estoque inicial de materiais diretos 60.000,00Estoque final de produtos em elaboração 68.000,00Compras de materiais diretos 160.000,00Estoque inicial de produtos acabados 20.000,00Mão de obra direta 15.000,00Estoque final de produtos acabados 16.000,00

Bernardo Cherman 74

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Custos indiretos de fabricação 53.000,00Estoque final de materiais diretos 77.000,00Estoque inicial de produtos em elaboração 42.000,00Despesas administrativas 22.000,00Despesas com vendas 18.000,00Despesas financeiras líquidas 4.000,00

Considerando apenas essas informações, extraídas da contabilidade da Cia. Rio Negro, o custo dos produtos vendidos» no período, correspondeu a, em R$:a) 145.000,00b) 167.000,00c) 185.000,00d) 189.000,00e) 211.000,00

24) (INSS/Esaf) À fábrica de Móveis Delta Ltda. tem os seguintes elementos de custode fabricação:Força Motriz $6.000Madeira $100.000Lixa $2.000Cola $8.000Depreciação do equipamento $11.000Parafusos $10.000Verniz $5.000Salário dos operários $100.000Contribuição para o IAPAS sobre os salários dos operários $23.000Salário do supervisor (supervisiona a fabricação de diversos produtos) $20.000Contribuição para o IAPAS sobre o salário do supervisor $4.000Seguro das instalações fabris $7.000

Isto posto, pede-se o valor do Material Direto (MD), da Mão de Obra Direta (MOD) e do Custo Indireto de Fabricação (CIF):

a) MD = 110.000, MOD = 123.000 e CIF = 63.000b) MD = 100.000, MOD = 147.000 e CIF = 49.000c) MD = 125.000, MOD = 124.000 e CIF - 47.000d) MD = 107.000, MOD = 120.000 e CIF = 69.000e) MD = 123.000, MOD = 27.000 e CIF = 146.000

75 Capítulo 4

Page 84: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

25) (.MPQG/Esaf/2003) A fábrica de pentes Karekeskovas Ltda., ao fim do exercíciosocial, apresentava as seguintes contas e saldos respectivos.

Contas SaldosReceitas de Vendas 5.300,00Compras de Materiais 1.500,00Duplicatas a Receber 1.100,00Duplicatas a Pagar 500,00Produtos Acabados 380,00Produtos em Fabricação 490,00Matérias-Primas 330,00Capital Social 3.000,00Lucros Acumulados 1.200,00Comissões de Vendedores 800,00Mão de Obra Direta 960,00Despesas Indiretas de Fábrica 700,00Pessoal de Escritório 1.700,00Depreciação Acumulada 450,00Dividendos Distribuídos 400,00Material de Consumo 190,00Máquinas e Equipamentos 1.500,00Bancos Conta Movimento 180,00Móveis e Utensílios 920,00

Observações:1. A taxa predeterminada de apropriação das despesas indiretas foi de

matéria-prima utilizada;2. A taxa predeterminada de apropriação da mão de obra direta foi de

matéria-prima utilizada;3. As compras e vendas não estão sendo tributadas;4. Ao fim do período os inventários físicos confirmaram a existência dos seguintes

estoques:

Produtos Acabados 380,00Produtos em Fabricação 450,00Matérias-Primas 630,00

Com base nos valores acima indicados, utilizando-se o método de custeio por absorção, processado por custeamento normal, pode-se dizer que, no período exemplificado, o custo do produto acabado foi dea) R$2.900,00b) R$2.920,00c) R$3.300,00d) R$3.350,00e) R$3.370,00

60% da

80% da

Bernardo Cherman 76

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

26) (ES/Esaf/2005) Uma empresa apresentou, em sua contabilidade em 32.01.2004, os seguintes dados:Aluguel de Fábrica R$ 50.000,00Compra de Matéria-Prima R$ 110.000,00Consumo de Matéria-Prima R$ 90.000,00Custos Diversos R$ 80.000,00Despesas Administrativas R$ 120.000,00Despesas de Vendas R$ 80.000,00Mão de Obra da Fábrica R$ 80.000,00

No mês de fevereiro de2004, foram fabricadas 750 unidades do produto e vendidas 480 unidades por R$650,00 cada uma. O saldo de Estoques de Produtos Acabados e o Custo dos Produtos Vendidos foram, respectivamente:a) R$108.000,00 e R$192.000,00b) R$147.600,00 e R$262.400,00c) R$192.000,00 e R$108.000,00d) R$238.000,00 e R$162.000,00e) R$147.600,00 e R$162.000,00

27) (FCC/2007) Considere os dados a seguir:Estoque inicial de materiais diretos 60.000,00Estoque final de produtos em elaboração 68.000,00Compras de materiais diretos 160.000,00Estoque inicial de produtos acabados 20.000,00Mão de obra direta 15.000,00Estoque final de produtos acabados 16.000,00Custos indiretos de fabricação 53.000,00Estoque final de materiais diretos 77.000,00Estoque inicial de produtos em elaboração 42.000,00Despesas administrativas 22.000,00Despesas com vendas 18.000,00Despesas financeiras líquidas 4.000,00

Considerando apenas essas informações, extraídas da contabilidade da Cia. Rio Negro, o Custo dos Produtos Vendidos, no período, correspondeu a, em R$:a) 145.000,00b) 167.000,00c) 185.000,00d) 189.000,00e) 211.000,00

77 Capítulo 4

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Contabilidade de Custos

Questão X

A matéria-prima utilizada na produção é de 14.000 (24.000 - 10.000).O custo de produção (que no caso é o custo do produto acabado, CPA) foi

de: 14.000 (MP) + 400 (Depreciação) + 12.000 (MOD) + 6.000 (MOI) + 8.000 (Materiais) = 40.400 (Este é o saldo da conta Produtos em Andamento antes de ser encerrada - Questão 3).

O Custo do Produto Vendido é de 24.240 (CPA - EF de Produtos Acabados = 40.400 - 16.160).

A DRE ficaria:

Vendas 31.000(-) CPV (24.240)(=) Lucro Bruto 6.760(-) Despesas de Entrega (400)(-) Depreciação Equipamento de Entrega (200)(-) Despesas Financeiras (520)(-) Despesas Administrativas (3.600)(-) Despesas Material de Escritório (480)(-) Lucro Líquido 1.560

Resposta: B

Questão 2

Basta separarmos os Custos Indiretos:400 (Depreciação) + 8.000 (Materiais) + 6.000 (MOI) = 14.400.

Resposta: A

Questão 3

Ver questão 1.

Resposta: D

Questão 4

Custos Diretos = Matéria-Prima + MOD = 14.000 + 12.000 = 26.000.

Resposta: D

Bérhardo 'Chérrhán 78

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Questão 5

Basta somarmos ao lucro líquido as despesas financeiras:1.560 + 520 = 2.080.

Resposta: A

Questão 6

O custo unitário é calculado dividindo-se o CPA pela quantidade pro­duzida:

40.400/20.200 ~ 2,00.

- Resposta: B

Questão 7

Podemos visualizar melhor o problema por razonete:

188 + C - 330 = 327 C = 469 Resposta: E

Questão 8

Colocando os valores em razonetes:

Produtos em Elaboração

52 800 520 + X ~ 800 = 327--------------- 1 ---------------- X = 607

327 Resposta: B

Questão 9

O valor calculado na questão anterior (607) é o somatório de materiais, mão de obra direta e gastos gerais de fabricação (GGP) no período. Assim temos:

607 = 330 + 69 + GGF Logo, GGF = 208

Resposta: C

Material188 330

C327

79 Capítulo 4

Page 88: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 10

L B - V - C P V 1.468 = V - 1.032V - 2.500

O CPV é calculado através do razonete Produtos Acabados: Saldo Inicial + CPA - Estoque final = CPV.

237 + 800 - 5 = 1.032

Resposta: E

Questão 11

Inicialmente temos de calcular o CPV:LB - V - CPV. 40.000 = 100.000 - CPV CPV = 60.000

O razonete Produtos Acabados ficaria:

Produtos Acabados25.000 60.00055.00020.000

Resposta: E

Questão 12

Abrindo os razonetes:

I II III5.000 3.500 6.000 1.500 11.000 8.250

12.000 300 16.50013.300 37,5 2.750

21.037,5

13.300 + 21.037,5 + 2.750 = 37.087,5

Resposta: B

Bernardo Cherman 80

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Questão 13

O quadro abaixo nos dá o aumento do preço de venda de cada unidade produzida:

Itens Antes DepoisMatéria-Prima 0,50 0,50Mão de Obra 0,40 0,52

GGF 0,10 0,10Total 1,00 1,12

Resposta: C

Questão 14

O custo de produção do período é de:15.000 + 25.000 + 18.000 + 17.000 = 75.000

Como o estoque final de Produtos em Elaboração é de 10.000, o Custo de Produção Acabada é de 65.000. Desta forma, o Estoque Inicial de Produtos Acabados somado ao Custo de Produção do Período, diminuído dos Custo dos Produtos Vendidos nos dá o Estoque final de Produtos Acabados:

40.000 + 65.000 - 90.000 = 15.000.

Visualizando por razonetes (valores multiplicados por 1000):

Produtos em Elaboração Produtos Acabados15 65 —-------40 9025 6518 151710

Resposta: E

Questão 15

Colocando os valores em razonetes (x 1.000):

Produtos em Elaboração Produtos Acabados700 1.520 -------850150500680

1.250 1.370------ -** 1.520

1.400

Resposta: B

81 Capítulo 4

Page 90: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 16

Questão cheia de dados, que, para melhor visualização, devem ser lançados em razonetes. Entretanto, para resolução do problema precisamos de pouquís­simos destes dados. Observe que a questão nos dá o estoque inicial de produtos acabado (R$ 4.500) e o estoque inicial de produtos acabados (75 unidades). Com isto, temos o custo unitário de R$60,00 (4.500/75). Como a produção vendida foi de 100 unidades, o custo de produtos vendidos é de R$6.000 (60 X 100).

Resposta: D

Questão 17

Como foram compradas 500 unidades ao preço unitário de R$8,00, o custo total foi de R$4.000 (500 X 8). Assim temos:

Preço 4.000(-) ICMS (4.000 X 17%) (680)(=) Custo da MP antes do frete 3.320(+) Frete 240(=) Custo da MP 3.560(x) % utilizada na produção 60%(=) Valor apropriado 2.136

Observações1. Normalmente o frete é somado ao custo da matéria-prima, compondo a base

de cálculo dos tributos, porém o problema afirma que os fretes não sofreram tributação.

2. O IPI não está “embutido” nos R$4.000. Assim, o valor não entra no cálculo.

Resposta: D

Questão 18

Colocando os valores em razonetes:

Insumos_____ Produtos em Elaboração Produtos Acabados100 800 300 4.650 500900 800 4.650200 2000 400

100060015050

Resposta: C 250

Bernardo Cherman 82

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Questão 19

Valores x 1.000

10.000 unidades 8.000 unidadesMatéria-Prima 80 64Mão de Obra Indireta 20 20Material de Embalagem 60 48Custo ftxo 40 40Mão de obra Direta 30 24Total 196

Custo unitário: 196/8 = 24,5

Resposta: C

Questão 20

Inicialmente vamos calcular o valor da matéria-prima transferido à conta custo de produção:

Estoque Inicial de Matéria-Prima 13.000(+) Aquisições de Matéria-Prima 35.000(-) Estoque Final de Matéria-Prima 16.000(=) Matéria-Prima Transferida à Produção 32.000

Logo, o total de valores transferidos à produção (custo de produção do período) corresponde ao somatório da matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos:

Matéria-Prima 32.000(+)Mão de Obra Direta 25.000(+) Custos Indiretos 28.000(=) Custo de Produção do Período 85.000

Afirmativa errada

Questão 21

Pode-se calcular o valor do custo de produção acabada da seguinte forma:

Estoque Inicial de Produtos em Elaboração 27.000(+) Custo de Produção do Período 85.000(-) Estoque Final de Produtos em Elaboração 33.000(-} Custo da Produção Acabada 79.000

Afirmativa correta

83 Capítulo 4

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Contabilidade de Custos

Questão 22

O cálculo do lucro bruto é dado pela diferença entre Vendas e Custo dos Produtos Vendidos (CPV):

LB = V - CPV = 105.000 - 81.000 = 24.000.

Observação: O valor do Custo dos Produtos Vendidos poderia ser calculado como se segue:

Estoque Inicial de Produtos Prontos 43.000(+) Custo da Produção Acabada 79.000(-) Estoque Final de Produtos Prontos 41.000(=) Custo dos Produtos Vendidos 81.000

Afirmativa errada.

Questão 23

Questão mais simples de visualizar colocando os valores em razonetes.

Estoque inicial de material direto 60.000(+) Compras de material direto 160.000(-) Estoque final de material direto (77.000)(=) Material direto consumido 143.000(+) Mão de obra direta 15.000(+) Custos indiretos de fabricação 53.000(=) Custo de produção do período 211.000(+) Estoque inicial de produtos em elaboração 42.000(-) Estoque final de produtos em elaboração (68.000)(=0 Custo da produção acabada 185.000(+) Estoque inicial de produtos acabados 20.000(-) Estoque final de produtos acabados (16.000)(=) Custo dos produtos vendidos 189.000

Resposta: D

Questão 24

MD = 100.000 (madeira) + 10.000 (prego) - 110.000

Obs.: O examinador considerou prego como material direto, mas deveria ser classificado como custo indireto de fabricação.

MOD = 100.000 (Salário Operadores) + 23.000 (IAPAS) = 123.000

Bernardo Cherman 84

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Custeio por absorção: apuraçao do CPV, CPA e CP

CIF = 6.000 + 2.000 + 8.000 + 5.000 + 20.000 + 4.000 + 7.000 + 11.000 =63.000

Resposta: A

Questão 25

De acordo com os dados:MOD = 0,8 MP960 = 0,8 MP. Logo, MP = 960/0,8 = 1.200

Despesas Indiretas (Dl) = 0,6 MP Dl = 0,6 x 1.200. Logo, MP = 720Colocando os valores calculados e dados do problema em razonetes:

Produtos em Fabricação Produtos Acabados490 2.920 380960 2.920

1.200 380720450

Resposta: B

Questão 26

Total dos custos: 50.000 + 90.000 + 80.000 + 80.000 = 300.000 Custo unitário = 300.000/750 = 400Saldo final de Produtos Acabados (unidades) - 750 - 480 = 270 unidades Saldo Final de Produtos Acabados (valor) = 400 x 270 = 108.000.CPV = 480 x 400 - 192.000

Resposta: A

Questão 27

Questão mais simples de visualizar colocando os valores em razonetes.

Estoque inicial de material direto 60.000(+) Compras de material direto 160.000(-) Estoque final de material direto (77.000)(=) Material direto consumido 143.000(+) Mão de obra direta 15.000(+) Custos indiretos de fabricação 53.000(=) Custo de produção do período 211.000

85 Capítulo 4

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Contabilidade de Custos

(+) Estoque iniciai de produtos em elaboração 42.000(-) Estoque final de produtos em elaboração (68.000)(=) Custo da produção acabada 185.000(+) Estoque inicial de produtos acabados 20.000(-) Estoque final de produtos acabados (16.000)(=) Custo dos produtos vendidos 189.000

Resposta: D

Bernardo Cherman 86

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Capítulo 5

Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

5.1. Critérios de rateio

Critério de rateio é o artifício usado pela contabilidade para distribuir os custos, não identificáveis diretamente, aos diversos produtos.

Imaginemos uma fábrica que produz três produtos diferentes. Os custos diretos são facilmente identificáveis já que estão ligados diretamente aos produtos. Já os custos indiretos (ex.: um supervisor que trabalha com os três produtos ao mesmo tempo ou o salário do vigia da fábrica), não podem ser alocados direta­mente. Por isso utilizamos o rateio e determinamos um critério de distribuição de custos. O grande problema é que não existe uma regra que determine o cri­tério a ser utilizado. Por exemplo, o custo de depreciação das máquinas pode ser distribuído baseado no número de unidades produzidas ou nos custos das máquinas ou horas de uso das máquinas. Dependendo do critério utilizado, po­demos encontrar grandes diferenças de custos. O rateio é calculado utilizando-se regra de três simples.

Exemplo:

Uma indústria produz dois produtos: A e B.O custo direto de A é de R$10.000 e de B é de R$6.000. O total dos custos

indiretos é de R$5.000.

Vamos supor ainda os seguintes dados:

Produto Horas/Máquina Horas/M. O. D.A 200 1.000B 600 200

Total 800 1.200

Calcular:

a) O custo dos produtos A e B utilizando as horas/máquina como critério de rateio.

b) O custo dos produtos A e B utilizando as horas de mão de obra direta como critério de rateio.

87

Page 96: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Resolução

a) 800 - 100%200 - X = 25% x 5.000 = 1.250

800 - 100%600 - X = 75% x 5.000 = 3.750

Por este critério, A recebe 1.250 de custos indiretos e B, 3.750. Logo:

Custo de A = Custo direto + Custo indireto = 10.000 + 1.250 = 11.250

Custo de B = 6.000 + 3.750 = 9.750

b) 1.200- 100%1.000 - X = 83,3% x 5.000 = 4.166,7

1.200 - 100%

200 - X = 16,6% x 5.000 = 833,3

Logo:

Custo de A = 10.000 + 4.166,7 = 14.1667 Custo de B = 6.000 + 833,3 = 6.8333

Observe que neste problema as diferenças são significativas em função do critério utilizado. Isto não ocorre quando utilizamos o sistema de custeio vari­ável, já que os custos fixos, geralmente indiretos, são considerados despesas. As diferenças entre os tipos de custeio serão vistos posteriormente.

5.2. Departamentalização

A departamentalização consiste em dividir a empresa em partes chamadas departamentos, que normalmente são representados em um organograma.

Segundo Eliseu Martins, “o Departamento é a unidade mínima adminis­trativa constituída, na maioria dos casos, por homens e máquinas desenvolvendo atividades homogêneas”. Sempre existe um responsável pelo departamento.

5.2.1. Centro de Custos

Centro de custos é a unidade mínima de acumulação de custos, ou seja, no centro de custos são acumulados custos para posterior alocação aos produtos.

Bernardo Cherman 88

Page 97: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

Um centro de custos pode coincidir com um departamento ou com mais de um departamento, ou ainda pode existir mais de um centro de custos em um departamento. Assim, por exemplo, se o departamento de produção é composto de três máquinas, tais como perfuradeira, torno e fresadora, teremos três centros de custos.

5.2.2. Objetivo da departamentalização

O objetivo, para efeito de contabilidade de custos, é diminuir a arbitrarieda­de dos critérios de rateio, já que os custos primeiro passam pelos departamentos e depois são atribuídos aos produtos. Com isso teremos um melhor controle de custos.

5.2.3. Tipos de departamentos

Existem dois grandes grupos:

5.2.3.1. Departamentos produtivos

São aqueles que trabalham diretamente com o produto.

Exemplos: o Usinagem♦ Acabamento «• Pintura♦ Refinaria etc.

5.2.3.2. Departamentos de serviços

São aqueles que não atuam diretamente no produto. Geralmente os produtos não passam por eles. Basicamente sua função é prestar serviços aos departamentos de produção.

Exemplos:«■ Manutenção♦ Limpeza♦ Controle de Qualidade etc.

Como os produtos não passam pelos Departamentos de Serviços, estes repassam seus custos aos departamentos produtivos, e depois os custos destes departamentos são apropriados aos produtos.

89 Capítulo 5

Page 98: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Exemplo:

O controle de qualidade (departamentos de serviços) trabalhou 1.800 ho­ras e seus gastos foram de 1.530.000. As horas trabalhadas nos departamentos produtivos foram:

Corte..................................... 600 hMontagem............................ 1.200 h

Calcular o valor a ser rateado aos departamentos produtivos.

Resolução

O custo de 1 hora de manutenção foi = 1.530.000 = 8501.800

Corte: 600 h x 850 = R$510.000 Montagem: 1.200 h x 850 = R$1.020.000

| Questões de provas . . §

01) (AFRF/Esaf) Na Contabilidade de Custos por Absorção de uma empresa X, os custos de manutenção são rateados para os Centros de Custos de Produção, Al- moxarifado e Controle de Qualidade, proporcionalmente às horas trabalhadas para esses centros: 70 horas para Produção, 20 horas para o Almoxarifado e 30 horas para o Controle de Qualidade. O total de gastos de Manutenção atinge o total de $5.500.000,00 no período em apuração. Pode-se indicar que a parcela da manutenção mandada para o Centro de Controle de Qualidade foi de:a) $916.667,00b) $1.375.000,00c) $2.750.000,00d) $3.308.000,00

02) (AFRF/Esaf) Os custos indiretos a ratear, em determinada indústria, sobre 2 pro­dutos A e B fabricados, totalizam $3.900.000,00. O rateio é realizado com base nas horas-máquinas (h.m trabalhadas para cada produto, de forma linear 1.200 h.m. para A e 2.400 h.m. para B. Caso sejam produzidas 1.000 unidades do produto A e seu custo direto unitário seja $2.500,00 por peça, então o custo unitário total obtido para A será de:a) $3.800,00b) $1.300,00

Bernardo Cherman 90

Page 99: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

c) $4.100,00d) $2.600,00

03) (AFRF/Esaf) Uma empresa industrial, que apura seus custos através dos departa­mentos A, B e C, apropria o valor das despesas com consumo de energia elétrica levando-se em conta que:♦ departamento A opera com 5 máquinas;♦ departamento B opera com o dobro de máquinas em relação ao departamento A;♦ as máquinas são iguais entre si e registraram o mesmo consumo no período.

Sabendo-se que as despesas de energia elétrica, no período, foram de $150.000,00,■ a contabilidade industrial apropriou:

a) $50.000,00 em A, $75.000,00 em B e $25.000,00 em Cb) $150.000,00 em A e $150.000,00 em Bc) $50.000,00 em A e $150.000,00 em Bd) $75.000,00 em A e $75.000,00 em Be) $50.000,00 em A e $100.000,00 em B

04) (AFRF/Esaf) Uma empresa industrial apura custos por setores de produção ou de­partamentos. Possui três setores, que classifica como A, B, C. O seu imobilizado técnico tem os seguintes valores:

♦ Máquinas $10.000.000,00♦ Equipamentos $5.000.000,00

A utilização do imobilizado é a seguinte, em condições normais de 1 turno:

♦ O setor A utiliza 10%Máquinas ♦ O setor B utiliza 30%

♦ O setor C utiliza 60%

Equipamentos ♦ Só o setor C utiliza-os

Cumprindo sua função de produzir, só o setor A trabalha em dois turnos de 8 horas, cada um. Quais os valores de rateio das DEPRECIAÇÕES, por setor, sabendo-se que para as máquinas a taxa normal é de 10% e para os equipamentos é de 15%?

a) A - 150.000,00, B - 450.000,00 C - 900.000,00b) A - 200.000;00, B - 300.000,00, C -1.350.000,00c) A - 200.000,00, B - 150.000,00 C - 900.000,00d) A - 100.000,00, B - 300.000,00, C - 1.350.000,00e) A - 200.000,00, B - 300.000,00, C - 900.000,00

91 Capítulo 5

Page 100: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

05) (INSS/Esaf) A indústria de Bebidas OMEGA Ltda. trabalha com custos indiretos de fabricação reais. O custo de produção é sempre calculado após o final do mês, depois de apurados todos os custos. As informações abaixo dizem respeito ao mês de dezembro de 1984.

Custos indiretos de fabricação AluguelMateriais Indiretos Mão de Obra Indireta SegurosEnergia ElétricaDepreciação das Máquinas Industriais TOTAL

Outras informações

Produtos VolumeProduzido

Matéria-Prima Consumida ($)

Mão de Obra Direta ($)

Horas de MOD Trabalhadas

Cerveja 20.000 3.000.000 3.000.000 800 horasRefrigerantes 10.000 1.000.000 3.000.000 700 horasTotal 30.000 4.000.000 6.000.000 1.5000 horas

Com base nos dados acima, pede-se o valor dos custos indiretos de fabricação rateados, usando-se o custo primário como critério de rateio.a) $10.000.000 e $10.000.000b) $10.656.667 e $9.333.333c) $12.000.000 e $8.000.000d) $13.333.333 e $6.666.667e) $15.000.000 e $5.000.000

06) (MPOG/Esaf/2003) Abaixo são apresentados os dados do processo fabril de Colchase Edredons da fábrica Edreds Ltda., no exercício de 2003.Despesas indiretas de fábrica rateadas R$1.800,00Custo dos produtos vendidos R$4.000,00Despesas indiretas de fábrica efetivas R$2.000,00Estoque de materiais diretos R$400,00Estoque de produtos acabados R$1.400,00Estoque de produtos em elaboração R$800,00Custo dos produtos acabados R$3.800,00

$3.000.0002.500.0005.000.000

1.500.000500.0007.500.000 20 .000.000

Bernardo Cherman 92

Page 101: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

Materiais diretos requisitados para produção R$1.700,00Materiais diretos comprados no período R$1.900,00

Observações:1. As despesas indiretas de fábrica foram rateadas e alocadas à produção pela

taxa de 180% do custo da mão de obra direta;2. As vendas brutas alcançaram R$7.000,00, com incidência de 20% de ICMS;3. As compras estão isentas de tributação.

Se o método de alocação de custos ao produto for o “custeamento normal”, pode-se afirmar que a única opção que responde corretamente à questão é a seguinte:a) O valor do estoque final de produtos acabados é R$1.000,00.b) O valor do estoque final de produtos acabados é R$1.244,78.c) O valor do estoque final de produtos em processo é R$1.700,00.d) O valor do lucro bruto do período é R$1.400,00.e) O valor do custo fabril do período é R$5.200,00.

07) (AFC/Esaf/2002) A empresa Fabricante S/A produz os itens Alfa, Beta e Delta. O custo a ratear entre os três produtos totaliza R$36.000,00. O rateio é baseado nas horas-máquina (hm) trabalhadas para cada um deles.Com o consumo de 120,240 e 360 hm para cada tipo de produto, respectivamente, foi concluída a produção de 300 unidades, em quantidades rigorosamente iguais de Alfa, Beta e Delta.O custo direto unitário também foi ò mesmo para cada tipo de produto, ou seja, R$250,00.Com base nessas informações, pode-se afirmar quea) o custo unitário de Delta foi de R$250,00.b) o custo unitário de Alfa foi de R$310,00.c) o custo unitário de cada um dos três produtos foi de R$370,00.d) o custo unitário de Beta foi de R$430,00.e) o custo total do período foi de R$36.000,00.

08) (CFO/2005) A Cia. “Custo Certo” calcula o custo de produção dos seus produtos A, B e C no final de cada período. Com base na Contabilidade de Custos da Empresa, chegou-se ao seguinte Mapa de Custos em um dado período:

Produto Unidades Matéria-Prima Consumida (R$)

Mão de Obra Direta (R$)

HorasTrabalhadas

A 20.000 1.600.000,00 2.740.000,00 3.000B 18.000 1.200.000,00 2.860.000,00 2.800C 22.000 4.000.000,00 1.600.000,00 3.200Total 60.000 6.800.000,00 7.200.000,00 9.000

93 Capítulo 5

Page 102: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Sabe-se ainda que o Total de Custos Indiretos de Fabricação do período foi de R$7.000.000,00 e que a empresa utiliza como critério de rateio o Total dos Custos Diretos. Com base nessas informações, pode-se afirmar que o Custo de Produção dos produtos A, B e C é, respectivamente, de:

a) R$6.510.000,00; R$6.090.000,00 e R$8.400.000,00.b) R$6.800.000,00; R$7.200.000,00 e R$7.600.000,00.c) R$6.510.000,00; R$6.780.000,00 e R$8.040.000,00.d) R$4.500.000,00; R$5.060.000,00 e R$7.600.000,00.e) R$4.500.000,00; R$7.200.000,00 e R$9.000.000,00.

09) (Auditor/CE/Esaf/2006) A Cia. Boa Vista fabrica e vende os produtos A e B. Du­rante um determinado mês, o departamento fabril reporta para a contabilidade o seguinte relatório da produção:

Custos Produto A Produto B Valor TotalMatéria-Prima 1.600.000 2.000.000 3.600.000Mão de Obra Direta 1.200.000 800.000 2.000.000Unidades produzidas no Período 10.000 u 8.000 u 18.000 uCIF - Custos Indiretos de Produção 5.000.000

Se a empresa distribui os CIF com base nos custos diretos de produção, os custos unitários dos produtos “AM e “B” são, respectivamente:

a) R$675,25 e R$705,00b) R$670,50 e R$675,25c) R$662,50 e R$570,50d) R$545,25 e R$530,00e) R$530,00 e R$662,50

Julgue os itens 10 e 11 (Cespe-UnB)

10) (2005) Um produto que receba mais custo de mão de obra direta que outro em um mesmo processo deverá, obrigatoriamente, receber proporção maior de gastos indiretos de fabricação.

11) (2005) O custo departamental é relevante para a qualidade do rateio de gastos indiretos de fabricação de produtos diversos, quando se tratar de uma indústria com mais de um processo de fabricação.

12) (Fiscal-ES/Cespe-UnB/2009) Em um departamento que produza um bem para o mercado interno e o mesmo bem, com características diferentes, para exportação, a remuneração do gerente constituirá custo direto em relação a cada tipo desse bem, e indireto em relação ao departamento.

Bernardo Cherman 94

Page 103: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

Questão 1

5.500.000X

,120 h 30 h X = 1.375.000

Resposta: B

Questão 2

Questão simples de rateio.

3.900.000................ 3.600 hm3.900.000x ................ 1.200 hmx

1.300.000/1.000 = 1.300 (custo indireto unitário de A)Custo total unitário = Custo Direto + Custo Indireto =■

1.300 + 2.500 = 3.800

Resposta: A

Questão 3

Há varias formas de resolver o problema, já que a maioria dos problemas de contabilidade de rateio não passa de uma proporção simples.

No caso em particular, é fácil perceber que um departamento recebeu o dobro de custos do outro. Assim:

150.000/3 ~ 50.000 (A)50.000 x 2 = 100.000 (B)

Não há custo indireto para o departamento C.

Resposta: E

Questão 4

Setor C: 5.000.000 x 15% = 750.0001.000.000 x 60% = 600.000

Total Setor C 1.350.000

Setor A: 1.000.000 x 10% = 100.000 x 2 = 200.000

Setor B: 1.000.000 x 30% = 300.000

Resposta: B

95 Capítulo 5

Page 104: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 5

20.000 x 60% = 12.000 (cerveja).20.000 x 40% = 8.000 (refrigerante).

Resposta: C

Questão 6

Inicialmente vamos calcular a mão de obra direta:Dl = 1,8 MOD1.800 = 1,8 MOD. Logo, MOD = 1.000

Colocando os valores em razonetes:

Produto em Elaboração Produto em Elaboração800 3.800 1.400

1.700 3.8001.000 1.2002.0001.700

DREVendas........................................7.000(-) ICMS ..................................(1.400)(=) Vendas Líquidas................. 5.600(-) CPV.................................... (4.000)H L B ..........................................1.600

Custo de Fabricação do Período - 1.700 + 1.000 + 2000 - 4.700

Como demonstrado, o estoque final de produtos acabados é de 1.200, o valor do lucro bruto é de 1.600 e o custo fabril é de 4.700.

Resposta: C

Questão 7

O custo da hora/máquina é de R$ 50,00 (36.000/720)Custo Indireto: De Alfa - 6.000 (50 X 120)

De Beta =12.000 (50X240)De Delta = 18.000 (50 X 360)

O custo total unitário (CTU) = Custo Direto + Custo Indireto.No problema, foram produzidas 100 unidades de cada produto. O custo

unitário indireto de Alfa é de 60,00 (6.000/100); de Beta, 120,00 (12.000/100); e de Delta, 180,00 (18.000/100). Logo:

Bernardo Cherman 96

Page 105: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

CTU de Alfa: 60,00 + 250,00 = 310,00CTU de Beta: 120,00 + 250,00 = 370,00 CTU de Delta: 180,00 + 250,00 = 430,00

Resposta: B

Questão 8

CD A = 1.600.000 + 2.740.000 = 4.340.000 CD B = 1.200.000 + 2.860.000 = 4.060.000 CD C - 4.000.000 + 1.600.000 = 5.600.000

4.340 + 4.060 + 5.600 = 14.000

Cl A = 4340/14.000 x 7.000.000 = 2.170.000 CIB = 4.060/14.000 x 7.000.000 = 2.030.000 Cl C = 5.600/14.000 x 7.000.000 = 2.800.000

CT A = 4.340.000 + 2.170.000 = 6.510.000 CTB = 4.060.000 + 2.030.000 = 6.090.000 CT C = 5.600.000 + 2.800.000 = 8.400.000Resposta: A

Questão 9

CD A = 1.600.000 + 1.200.000 = 2.800.000 CD B = 2.000.000 + 800.000 = 2.800.000

CTA = 2.800.000 + 2.500.000 = 5.300.000 Custo Unitário A - 5,300.000/10.000 = 530

CTB = 2.800.000 + 2.500.000 = 5.300.000 Custo Unitário B = 5.300.000/8,000 = 662,5Resposta: E

Questão 10

Afirmativa errada. Não há uma relação direta entre o custo de mão deobra e o critério de rateio adotado para os custos indiretos. Os custos indiretospodem ser rateados em função de qualquer outra variável (ex: custos primários, área ocupada, energia elétrica etc.).

Questão 11

Afirmativa correta. Os departamentos, para efeito de contabilidade de cus­tos, diminuem a arbitrariedade dos critérios de rateio, já que cada departamento tem um controle melhor de seus custos e onde foram aplicados.

97 Capítulo 5

Page 106: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 12

Afirmativa errada. A remuneração do gerente (de produção) será custo direto. A departamentalização, para efeito de contabilidade de custos, é diminuir a arbitrariedade dos custos indiretos que são rateados, não alterando a natureza do custo direto.

Bernardo Cherman 98

Page 107: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 6

Custeio por absorção: sistema de acumulação de custos, produção conjunta, co-produtos, subprodutos, sucatas e

aspectos fiscais na avaliação de estoques

6.1. Sistema de acumulação de custos

Existem dois sistemas:♦ Produção por ordem ou por encomenda♦ Produção contínua ou em série ou por processo

6.1.1. Produção por ordem ou por encomenda

Ê um sistema de acumulação de custos utilizado quando a empresa fabrica produtos a partir de encomendas específicas de cada cliente.

Exemplo: fabricantes de piscinas, indústria naval, aviões, equipamentos, construção civil etc.

Características♦ Os custos são acumulados em um formulário separado, isto é, um for­

mulário para cada ordem. Há uma conta específica para cada ordem.♦ Os custos somente cessarão de ser acumulados na ordem no momento em

que estiverem prontos, independente do término do exercício social.♦ A determinação do custo de produção é simples: basta somar os custos

acumulados na ordem.♦ A fabricação tem início após a emissão da ordem.♦ Os custos indiretos são rateados por departamentos e daí às ordens.

Danificações♦ Se há danificação de matéria-prima, seu custo pode ser apropriado à or­

dem que está sendo elaborada, ou ser considerado como custo indireto para rateio entre as diversas ordens.

99

Page 108: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabiiidade de Custos

♦ Se houver danificações de ordens inteiras ou em estado avançado de fabri­cação, o procedimento mais correto é lançá-las como perda (resultado).

Exemplo:

A Cia. Pernas Pernósticas recebeu, em 08/10/X0, uma encomenda de 3 equi­pamentos de uma indústria de mineração. A ordem de produção 061 foi emitida em 15/11/X0, e no decorrer de dezembro foram registrados os seguintes custos:

Material Direto............................................80.000Mão de Obra Direta.................................... 60.000Custos Indiretos..........................................50.000

O saldo da conta ficaria (em 31/12/XO):

Em 31/12/XO, o saldo de 190.000 figurará no ativo na conta Produtos em Elaboração.

No mês de janeiro foram registrados os seguintes custos:

Apropriados estes custos, o equipamento fica pronto e a OP 061 ficará com um saldo de 250.000.

Se os equipamentos forem imediatamente entregues, a conta será encerrada tendo como contrapartida a conta C.P.V. Se não for entregue, a contrapartida será Produtos Acabados.

6.1.2. Produção contínua, em série ou por processo

Ocorre quando a empresa fabrica um único produto (ou uma linha de produtos) em grande quantidade (em série).

Características

♦ Como a produção é contínua, geralmente as contas nunca se encerram.♦ A apuração de custos é feita por períodos.♦ Há uma padronização do produto e do processo.

OP 06180.00060.00050.000

Material Direto.......Mão de Obra Direta Custos Indiretos.....

30.00010.000 20.000

Bernardo Cherman 100

Page 109: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção

♦ Cada unidade produzida recebe a mesma quantidade de recursos pro­dutivos.

♦ Tanto no sistema por ordem quanto por processo» os custos indiretos podem ser rateados com ou sem Departamentalização.

♦ Os procedimentos para determinação de custos são os mesmos vistos no capítulo anterior.

Encerram-se os Custos Materiais Diretos, Mão de Obra Direta e Custos Indiretos» debitando-se na Conta Produtos em Elaboração. À medida que os produtos vão ficando prontos, credita-se em Produtos em Elaboração, debitando- o em Produtos Acabados. Quando os produtos são vendidos, a conta Produtos Acabados é creditada tendo como contrapartida o custo dos produtos vendidos.

6.2. Produção conjunta, co-produto, subproduto e sucata

6.2.1. Produção conjunta

A produção conjunta ocorre quando mais de um produto surge a partir da mesma matéria-prima. É o caso, por exemplo, do frigorífico, pois do boi abatido (matéria-prima), surgem os diferentes tipos de carne (co-produtos): filé, alcatra, patinho etc.

Do carvão, por exemplo, surgem os co-produtos coque, alcatrão, sulfato de amônia etc.

Do petróleo, a gasolina, óleo, graxas etc.O ponto antes da “separação” dos co-produtos é chamado ponto de cisão.

Graficamente teríamos:

6.2.2. Co-produto

Os co-produtos ou produtos conjuntos, como citado anteriormente, são os próprios produtos principais, logo seu faturamento é significativo para a empresa.

101 Capítulo 6

Page 110: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Atribuição de Custos

Os custos incorridos em uma produção conjunta são chamados custos conjuntos.

Após o ponto de cisão, se os custos puderem ser separados, os valores correspondentes serão atribuídos aos co-produtos.

A atribuição dos custos que não podem ser separados é feita por rateio. É importante ressaltar que o rateio é quase arbitrário, já que não há um parâmetro de distribuição razoável dos custos ocorridos antes do ponto de cisão. Por isso há vários métodos para atribuir os custos conjuntos aos co-produtos, como por exemplo o valor das vendas, volume produzido, igualdade do lucro bruto etc. (todos arbitrários).

O mais utilizado é o método do valor das vendas. Esse método consiste em atribuir maiores custos aos produtos com maior valor de venda.

Exemplo:

A Cia. Fúnebre apresentou, para um determinado período, custos conjuntos no valor de R$5.000, correspondentes aos co-produtos A e B.

O valor total das vendas do produto A é de R$15.000 e do produto B, R$ 25.000.

Atribuir os custos conjuntos aos co-produtos utilizando o método do valor de mercado (valor das vendas).

Resolução

40.000 — 100%15.000 — X = 37,5% x 5.000 = 1.875

40.000 — 100%2 5 .0 0 0 - X = 62.5% x 5.000 = 3.125

6.2.3. Subprodutos

Os subprodutos têm as seguintes características:

♦ Surgem de forma natural no processo produtivo.♦ Sua comercialização é estável (têm venda certa).♦ Seu faturamento é insignificante em relação aos produtos principais.

Como exemplo de subprodutos temos os ossos e chifres em um frigorífico, ou a glicerina na fabricação de sabão, serragem nas madeireiras, limalhas etc.

Segundo alguns autores, não compensa atribuir custos aos subprodutos. Sua receita pode ser lançada em:

♦ Outras receitas operacionais;

Bernardo Cherman 102

Page 111: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção

♦ Receita adicional de vendas;♦ Receita apresentada como dedução dos custos das vendas;♦ Redução do custo de produção (procedimento mais recomendável e,

geralmente, utilizado em provas de concursos etc).

Outros autores atribuem uma estimativa de custo aos seus subprodutos, cha­mado Valor Líquido de Realização (este valor é reduzido do Custo de Produção), o qual é calculado da seguinte forma:

Valor Estimado da Venda do Produto:(-) Despesas necessárias para venda (comissões, fretes etc.)(-) Custo de Processamento para colocar o subproduto em condições de

venda(-) Valor Líquido de Realização

Ex: Supondo que o custo de produção de um período seja de $20.000, e surgem 100 Kg de subprodutos, que são vendidos a $2.000, o custo de produção seria de $18.000. Observe que o estoque de subproduto é avaliado pelo preço de venda.

6.2.4. Sucata

Também chamada de resíduo, é sobra da produção, de produtos com defeito ou imprestáveis. Não tem mercado garantido, não recebe custos e não aparece como estoque.

As sucatas são contabilizadas como Outras Receitas Operacionais.

6.3. Aspectos fiscais na avaliação de estoques

A receita federal define sistema de contabilidade de custo integrado e co­ordenado com o restante da escrituração como aquele que cumulativamente:

♦ Seja apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria- prima, mão de obra direta e custos gerais de fabricação).

♦ Permita a determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos es­toques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados.

♦ Seja apoiado em livros auxiliares, ou fichas, ou formulários contínuos, ou mapas e apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal.

103 Capítulo 6

Page 112: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

♦ Permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do perío­do-base de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos.

♦ Se a empresa não possuir sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração, a legislação fiscal impõe critérios para avaliação dos estoques de produtos em elaboração e produtos prontos.

♦ Para materiais em processamento (produtos em elaboração), uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no período-base ou 80% do valor dos produtos acabados, determinado de acordo com o item seguinte:

♦ Para produtos acabados, 70% do maior preço de venda no período-base.

Outro aspecto fiscal referente ao imposto de renda estabelece que, para as empresas que tenham contabilidade de custos integrados e coordenados com o restante da escrituração, o valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o custo médio ou dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente.

Isso significa que a receita federal não aceita o critério U.E.P.S., já que em economias inflacionárias resulta em diminuição do resultado e consequentemente um menor imposto de renda a pagar.

Mais um aspecto fiscal a ser considerado é sobre a subavaliação ou super- avaliação dos estoques.

Quando superavaliamos ou subavaliamos estoques (matéria-prima, produ­tos em elaboração ou produtos acabados), devido a erro na contagem física, por exemplo, o resultado da empresa ficará subavalíado ou superavaliado. Nos casos em que o resultado fica, subavaliado a legislação prevê pagamento de multas e juros de mora.

De acordo com a fórmula:C.P.V. = E.I. + C - E.F. Logo, concluímos que:

Estoques Iniciais Superavaliados -> aumentam o C.P.V. e diminuem o resultadoEstoques Iniciais Subavaliados -)► diminuem o C.P.V. e aumentam o resultadoEstoques Finais Superavaliados -» diminuem o C.P.V. e aumentam o resultadoEstoques Finais Subavaliados -* aumentam o C.P.V e diminuem o resultado

Bernardo Cherman 104

Page 113: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção

01) (AFRF/Esaf) Assinale a alternativa certa:a) Subprodutos e resíduos não são incluídos no Plano de Contas, porque se tratam,

geralmente, de valores baixos.b) Subprodutos e resíduos são produtos secundários dos quais a empresa, normal­

mente, obtém receitas através da sua comercialização.c) Os resíduos não devem aparecer, no final do período, no grupo “Estoque”, pois

seu valor é irrelevante.d) Os subprodutos devem aparecer como Receita Bruta Operacional para a apu­

ração do Lucro Bruto Operacional

02) (AFRF/Esaf) Entende-se como Despesas Pós-Fabricação:a) Despesas administrativas, com vendas e financeiras.b) Apenas despesas de fretes e seguros para entrega de mercadorias.c) Apenas despesas de fretes, seguros e impostos na distribuição do produto.d) Apenas perdas a avarias na estocagem e distribuição do produto acabado.

03) (AFRF/Esaf) O esquema ou fluxo básico de atividades de um Sistema de Contabi­lidade de Custos é, pela ordem:a) Apropriação dos Custos Indiretos e Diretos aos Produtos - Apuração de Re­

sultados.b) Separando entre Custos a Despesas - Apropriação dos Custos Diretos a cada

Produto - Rateio dos Custos indiretos para alocação a cada produto.c) Apuração dos Custos Indiretos - Apuração das Margens dos Produtos - Apu­

ração dos Custos Diretos.d) Apuração dos Custos a Receitas dos Produtos - Apuração de Margens a Resul­

tados Unitários - Apuração de Resultados Finais.

04) (INSS/Esaf) Foram anotados os seguintes dados na execução de uma encomenda:♦ Matéria-Prima requisitada $1.800.000,00;♦ Mão de Obra Direta 50 horas a $20.000,00 a hora;* Encargos Sociais 20% da mão de obra;* Gastos Gerais de Produção: estimados em 25% da mão de obra. Sabendo-se que os Gastos Gerais de produção incorridos no período, relativos à encomenda, somam $275.000,00, podemos afirmar que os gastos com a execução da encomenda totalizaram:

a) $3.025.000,00b) $3.050.000,00c) $3.075.000,00d) $3.250.000,00e) $3.275.000,00

105 Capítulo 6

Page 114: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

05) (AFRF/Esaf) Considere as seguintes informações:

1) Ordens de Produção existentes em 01/03/94

Ordem n° Matéria-Prima Mão de obra Direta

Gastos Gerais de Produção

94.140 20.000,00 15.000,00 4.500,0094.145 9.000,00 14.000,00 4.200,0094.146 2.000,00 1.000,00 300,00

2) Os gastos de março de 1994 foram:

Ordem n° Matéria-Prima

Mão de obra Direta

94.14094.14594.14694.14794.148

6.000,005.000.003.000.00

10.000,008.000.00

3.000.007.000.002.000.00 2.000,00 6.000,00

20.000,00

3) Os gastos gerais de produção, no mês, foram de $6.000,00, e foram apro­priados proporcionalmente aos gastos com mão de obra direta;

4) As ordens de produção 94.145, 94.146 e 94.148 foram completadas e en­tregues durante o mês.

Na apuração de resultados, em 31/03/94, foi levado a custo de produtos vendidoso valor de:

a) $52.000,00b) $58.000,00c) $66.000,00d) $70.800,00e) $82.500,00

06) (AFRF/Esaf) Uma indústria alimentícia produziu 10 caixas de determinado produto, com os seguintes custos totais:Matéria-Prima $5.00Mão de Obra Direta $3.00Gastos Gerais de Produção $2.00

Bernardo Chemnan 106

Page 115: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção

No entanto, 2 caixas do produto que estava estocado no depósito tornaram-se impróprias para o consumo e tiveram de ser destruídas. Sabendo-se que foram vendidas 4 caixas do produto, ao preço unitário de $2,50, podemos afirmar que o lucro bruto e o estoque final foram, respectivamente, de:Nota: Desconsidere a incidência de IPI e do ICMS.a) $5,00 e $5,00b) $6,00 e $6,00c) $2,50 e $5,00d) $4,00 e $4,00e) $6,00 e $4,00

07) (Esaf) A Cia. Beta tinha, em seus registros contábeis, os seguintes inventários: Matérias-Primas: $30.000, Produtos em Elaboração: $50.000 (Ordem de Pro­dução 05: $10.000, Ordem de Produção 06: $25.000 e Ordem de Produção 07: $15.000) e Produtos Acabados $40.000 cujos saldos iá estão expurgados de IPI e ICM.

Outras informações:♦ Compra matérias-primas a prazo no valor de $20.000, mais IPI, à alíquota de

10% ICM em destaque, $3.400.♦ À empresa escritura o direito do creditar-se dos impostos em contas do ativo.♦ A fábrica requisita do almoxarifado matéria-prima para as seguintes Ordens de

Produção OP n° 05: $10.000; OP n° 06, $8.000; e OP n° 07, $2.000.♦ Registra nas ordens de produção os salários dos operários diretos, nos seguintes

valores: OP n° 05, $50.000; OP n° 06, $25.000; e OP n° 07, $25.000.♦ Debita a cada Ordem de Produção os custos indiretos de fabricação na base de

100% do custo direto de fabricação.♦ A Ordem de Produção n° 05 é terminada e os produtos elaborados são transfe­

ridos para o depósito de produtos acabados.

Pede-se o valor da Ordem de Produção n2 05, no momento de transferência parao estoque de produtos acabados.

a) $90.000b) $110.000c) $120.000d) $130.000e) $140.000

107 Capítulo 6

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Contabilidade de Custos

08) (INSS/Esaf) No Balancete de Verificação, a Cia. OMICRO, que usa matérias-primas e produz bens isentos de ICM e IPI, apresenta os seguintes dados:

Estoque de Matérias-Primas $20.000Estoque de Produtos Acabados (OP na 04) $20.000

Estoque de Produtos em Elaboração, assim a Dresentado:

Ordens de Produção

Matérias-Primas

Mão de Obra Direta

Gastos Gerais de

FabricaçãoTotal

N° 05 10.000 5.000 2.500 17.500N° 06 3.000 6.000 3.000 12.000

Dados do atual período:Compra de matérias-primas a prazo no valor de $60.000

Matérias-primas requisitadas:OP n° 06 - $6.000, OP n° 07 - $8.000, OP n° 08 - $4.000, OP n° 09 - $7.000 e OP n° 10 - $3.000Gastos Gerais de Fabricação Real: $2.000

Folha de Pagamento de Mão de Obra Direta:OP n° 05 - $8.000, OP n° 06 - $6.000, OP n° 07 - $6.000OP n° 08 - $3.000 e OP n° 09 $3.000, e mão de obra indireta $4.000.

Gastos Gerais de Fabricação apropriados: 50% da mão de obra direta.A OP n° 05 foi completada e transferida para produtos acabados.

Foi vendido o restante da OP n° 04 pelo dobro do custo, e parte da OP n° 05 por40.000 a custo de $28.000.Pede-se calcular a valor do inventário final de produtos acabados:a) $500b) $1.000c) $1.500d) $2.000e) $2.500

09) (Contador/Exame Suficiência/2004) Em determinado período, foram produzidas 5.400 unidades, das quais 400 unidades foram consideradas subprodutos, que foram vendidos pelo valor líquido de R$64.000,00, incluídas as despesas diretas com vendas. Sabendo-se que os custos de fabricação do período importaram em R$616.000,00, o custo de cada unidade perfeita foi de (em R$):a) 102,22

8emardo Cherman 108

Page 117: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção

b) 110,40c) 114,07d) 123,20e) 125,32

10) (MPU/Esaf/2005) Quando determinada indústria programa sua atividade pro­dutiva com características estabelecidas pelos próprios clientes, utiliza o tipo de produção(A) por direcionadores de custos.(B) por meio de rastreamento.(C) por ordem.(D) conjunta.(E) contínua.

11) (INSS/Esaf/2002) A empresa Tarefeoir Ltda. fabrica seu principal produto por en­comendas antecipadas. Nesse tipo de atividade, os custos são acumulados numa conta específica para cada ordem de produção (ou encomenda). A apuração só ocorre quando do encerramento de cada ordem.Em 31.01.01, estavam em andamento as seguintes ordens de produção:

Ordem Produto Mat. Prima M. Obra CIF Total001 R$30.000,00 R$12.000,00 R$20.000,00 R$62.000,00002 R$100.000,00 R$40.000,00 R$50.000,00 R$190,000,00

Em fevereiro de 2001, os gastos com matéria-prima e mão de obra foram de:

Ordem de Produção Matéria-Prima Mão de obra001 R$45.000,00 R$28.800,00002 R$135.000,00 R$50.400,00003 R$297.000,00 R$64.800,00Total R$477.000,00 R$144.000,00

Os custos indiretos de fabricação no mês de fevereiro de 2001 totalizaram R$225.000,00 e foram apropriados proporcionalmente aos custos com a mão de obra.Sabendo-se que as Ordens 001 e 002 foram concluídas em fevereiro e foram fa­turadas aos clientes por R$350.000,00 e R$580.000,00, respectivamente, e que os produtos são isentos de tributação, pode-se afirmar, com certeza, que as referidas ordens geraram, respectivamente, Lucro Bruto no valor de:a) R$150.200,00 e R$130.350,00b) R$174.500,00 e R$140.300,00c) R$190.000,00 e R$173.800,00d) R$184.250,00 e R$148.300,00e) R$169.200,00 e R$125.850,00

109 Capítuio 6

Page 118: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

12) (ES/Esaf/2004) Numa ordem de produção, utilizaram-se R$310.000,00 de mão de obra direta e R$430.000,00 de matéria-prima. Os custos gerais de produção foram aplicados a uma taxa de 16% sobre os custos diretos básicos. O custo da ordem de produção é de:a) R$621,600,00b) R$740.000,00c) R$808.800,00d) R$858.400,00e) R$909.350,00

13) (CFO/Exame de Suficiência/2004) A Indústria Alimentícia Saborosa iniciou suas operações em Io de abril de 2003. Recebeu pedido de clientes para a fabricação dos salgados dos tipos A, B e C. Para isso, abriu as ordens de produção OP1, OP2 e OP3. As transações relativas à fabricação durante o mês de abril foram as seguintes: Transações:♦ Compra de matéria-prima e materiais indiretos - R$50.000,00.♦ Pagamento de Despesas indiretas de fabricação - R$9.800,00.♦ Materiais diretos requisitados para as OPs:

OP1 - R$14.500,00.OP2 - R$18.300,00.OP3 - R$11.600,00.

♦ Materiais indiretos requisitados para a fábrica - R$2.000,00.♦ A folha de pagamento do pessoal da produção foi de R$30.000,00.♦ Débitos às OPs pela mão de obra direta:

OP1 - R$8.000,00.OP2 - R$7.000,00.OP3 - R$10.000,00.

♦ Débito pela mão de obra indireta - R$ 5.000,00.♦ As DIF são debitadas às OP5s na base de 35% do valor dos materiais diretos de

cada uma delas.♦ A OP1 e a OP3 foram completadas e os produtos foram transferidos para o de­

pósito de produtos acabados.

Com base nos dados acima, pode-se afirmar que os inventários de produtos aca­bados correspondem a:

a) R$31.705,00b) R$35.235,00c) R$53.235,00d) R$75.000,00e) R$84.940,00

Bernardo Cherman 110

Page 119: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção

14) (CFO/Exame de Suficiência/2004) Com base nos dados acima» pode-se afirmar queos Custos Indiretos de Fabricação - CIF - foram:a) superestimados em R$2.520,00.b) subestimados em R$1.260,00.c) subestimados em R$740,00.d) superestimados em R$3.740,00.e) subestimados em R$840,00.

(Cespe- Unb/2001) Julgue os itens a seguir, relacionados a custos por ordens e por processo contínuo» apropriação de custos diretos e indiretos e critérios de avaliação de estoques de produtos em processo e acabados.

15) As refinarias de petróleo e as indústrias de produtos químicos e de cimento são tipicamente atividades que utilizam o sistema de custos por ordens.

16) Os custos diretos ou variáveis são normalmente alocados aos produtos com base em medições objetivas, enquanto os custos indiretos dependem de critérios de rateios, normalmente sujeitos a críticas e contestações.

17) Em períodos inflacionários, o uso do método UEPS — último a entrar é o pri­meiro a sair — leva a uma superavaliação dos estoques de final de período e a um aumento de valor do resultado, em relação ao método PEPS — primeiro a entrar é o primeiro a sair.

18) É possível acontecer a danificação de uma ordem de produção em estado avan­çado de fabricação. Nesse caso, do ponto de vista contábil, o procedimento mais correto é a baixa direta desse custo para perda do período em que o fato ocorre, sem a acumulação aos novos custos de elaboração da ordem. Do ponto de vista administrativo, interessa, todavia, um relatório em que seja deduzido esse montante perdido do resultado obtido na encomenda ou ordem.

(Cespe-UnB/2000) Acerca de produção por ordem e produção contínua, julgue os itens a seguir.

19) As empresas de telefonia, de energia elétrica e petroquímica, nas suas atividades operacionais de prestação de serviço ou industriais, são clássicos exemplos de produção por ordem.

20) Tanto na produção por ordem como na produção contínua os custos indiretos são acumulados nos diversos departamentos para depois serem alocados aos produtos.

111 Capítulo 6

Page 120: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

21) Havendo danifkação e perda de uma ordem de produção inteira ou em estado adiantado de produção, de valor relevante, o tratamento contábil mais adequado é a baixa direta para perda do período.

22) As perdas normais dos processos produtivos devem se separadas contabíknente, para apropriação como retificação das receitas em cada período, permitindo uma avaliação mais adequada dos resultados pela gerência.

23) (Petrobras/2004) O regulamento do imposto de renda estabelece que, para as em­presas que tenham sistemas de custos integrados e coordenados com o restante da escrituração, o valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o custo médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos nas datas mais antigas.

24) (MPOG/Esaf/2006) É conveniente e adequado que as empresas mantenham um sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração, que permita a apuração de todos os custos e despesas relacionadas com o processo de fabricação para, com base neles, apurar o custo dos materiais em processamento, dos produtos acabados e dos produtos vendidos.A empresa que não mantenha esse sistema de custos deverá avaliar seus estoques ao custo das últimas entradas, no caso de mercadorias para revenda.Todavia, quando se tratar dos estoques vinculados à sua própria fabricação, a empresa deverá avaliar os estoques de:a) produtos em processo, por 70% do maior preço de venda.b) produtos acabados, por 80% do maior preço de venda.c) produtos acabados, por uma vez e meia o custo da matéria-prima.d) produtos em processo, por 80% do custo do produto acabado.e) produtos acabados, por 56% do maior preço de venda.

25) (UFF/Imbel/2008) Analise as afirmações abaixo quanto à sua veracidade.1. Sucatas são itens cuja venda é esporádica e realizada por valor não previsível na

data em que surgem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também não têm sua eventual receita considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais.

2. Subprodutos são itens cuja venda é esporádica e realizada por vaior não previsível na data em que surgem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também têm sua receita considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais.

Bernardo Cherman 112

Page 121: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção

3. Sucatas são itens cuja venda é realizada por valor não previsível na data em que surgem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também têm sua eventual receita considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais.

4. Subprodutos e Sucatas são itens cuja venda é esporádica e realizada por valor não previsível na data em que surgem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também têm sua eventual receita considerada como aumento dos custos de produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais.

5. Sucatas são itens cuja venda é realizada por valor previsível na data em que sur­gem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também não têm sua eventual receita não considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que não existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita con­siderada como Outras Receitas Não Operacionais.

É verdadeira a afirmação:a)Lb) IIc) III.d) IV.e) V

Questão 1

Alternativa a: Não há estoque de resíduos, mas geralmente há estoque de subprodutos, integrando o Plano de Contas. Afirmativa errada.

Alternativa b: Subprodutos aparecem de forma normal na produção e su­catas, de forma não esperada. A venda de resíduos é esporádica, logo, a empresa não obtém normalmente receita com sua comercialização. Afirmativa errada.

Alternativa c: Não há estoque de resíduos. Afirmativa correta.Alternativa d: O valor do subproduto, geralmente, é diminuído do custo

de produção do período. Afirmativa errada.

Resposta: C

113 Capítulo 6

Page 122: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 2

As despesas pós-fabricação são aquelas destinadas a colocar os produtos à venda: fretes e seguros. Tratadas como despesas operacionais.

Resposta: B

Questão 3

No custeio por absorção, como vimos anteriormente, a primeira providên­cia é separar custos de despesas. Após essa fase, separamos os custos diretos e indiretos. Os custos diretos são apropriados aos produtos, e os custos indiretos, rateados.

Resposta: B

Questão 4

Mão de Obra Alocada = 50 x 20.000 = 1.000.000.Encargos Sociais = 20% x 1.000.000 = 200.000.Gastos Gerais de Fabricação = 25% x 1.000.000 = 250.000.Logo, os gastos com a execução da encomenda somaram:1.800.000 (MP) + 1.000.000 (MO) + 200.000 (ES) + 250.000 (GGF) =

3.275.000.

Resposta: E

Questão 5

Devemos levar em consideração somente as ordens que foram entregues. Seus custos foram:

OP 94.145: 9.000 + 14.000 + 4.200 + 5.000 + 7.000 = 39.200 OP 94.146:2.000 + 1.000 + 300 + 3.000 + 2.000 = 8.300 OP 94.148:8.000 + 6.000 = 14.000

O valor a ser rateado é de 4.500:15.000/20.000 - 75%75% x 6.000 = 4.500 Somando os valores:39.200 + 8.300 + 14.000 + 4.500 = 66.000 Resposta: C

Questão 6

Como a perda é anormal (ver capítulo 2), seus custos não integram o custo dos produtos, sendo tratados na DRE como perda. Logo:

Bernardo Cherman 114

Page 123: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção

Custo unitário = 10/10 = 1,00Venda = 4 x 2,5 = 10,00LB = 10 - 4 = 6Estoque Final =10 - 4 - 2 = 4

Resposta: E

Questão 7

Como a questão pede apenas o valor da Ordem de Produção 5, as outras ordens são desconsideradas na resolução. Assim, na OP 5 teremos os seguintes valores debitados:

10.000 (EI) + 10.000 (MP) + 50.000 (MOD) + 60.000 (Cl) = 130.000

Resposta: D

Questão 8

A questão pede o estoque final de produtos acabados. O estoque é constituí­do apenas pela parte não vendida da operação 5. As operações 6 a 10 não foram transferidas para Produtos Acabados e a operação 4 foi vendida.

A operação 5 tem os seguintes valores:17.500 (Saldo Inicial) + 8.000 (MOD) + 4.000 (GGF) = 29.50029.500 - 28.000 (CPV) = 1.500Observações:A operação 5 não tem matéria-prima.GGF foi de 2.000, porém a questão diz que só foram apropriados como

GGF 50% da MOD.

Resposta: C

Questão 9

O custo de cada unidade perfeita é calculado considerando o valor vendido do subproduto como parte subtrativa do custo das unidades perfeitas. Assim:

(616.000 - 64.000)/5.000 = 110,40

Resposta: B

Questão 10

Quando a empresa inicia a produção somente quando os clientes solicitam, está utilizando a produção por ordem.

Resposta: C

115 Capítulo 6

Page 124: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 11

Inicialmente vamos ratear os custos indiretos por regra de três simples:144.00 0 --------------100%28.800 ----------- X = 20% x 255.000 = 45.000

144.000 — ------------100%50.400---------- - X = 35% x 225.000 = 78.750

A Ordem 001 terá um saldo final de: 62.000 + 45.000 + 28.800 + 45.000 = 180.800

A Ordem 002 terá um saldo final de: 190.000 + 135.000 •+ 50.400 + 78.750 = 454.150

Assim, o Lucro Bruto seria:Ordem 1: 350.000 - 180.800 = 169.200 Ordem 2: 580.000 - 454.150 = 125.850 Resposta: E

Questão 12

Inicialmente calculamos o custo direto, e sobre o valor encontrado calculamos 16% referentes aos custos gerais de produção.

CD = 310.000 + 430.000 = 740.000740.000 x 16% = 118.400740.000 + 118.400 = 858.400 Resposta: D

Questão 13

Inicialmente vamos calcular as DIF (35% dos MD):14.500 x 0,35 = 5.075 18.300 x 0,35 = 6.40511.600 x 0,35 = 4.060 (total: 15.540)

OP 1: 4.500 + 8.000 + 5.075 = 27.575 OP 2: 18.300 + 7.000 + 6.405 = 31.705 OP 3: 11.600 + 10.000 + 4.060 = 25.660

Como foram terminadas apenas as ordens 1 e 3: 27.575 + 25.660 = 53.235

Resposta: C

Bernardo Cherman 116

Page 125: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção

Somando as DIFs calculadas no exercício 08, foi apropriado, como visto, o valor de (OP1 = 5.075 + OP2 = 6.405 + OP3 = 4.060) 15.540.

O exercício, no entanto, diz que foram realizadas as seguintes DIFs:♦ Pagamento de Despesas indiretas de fabricação - R$9.800,00.♦ Materiais indiretos requisitados para a fábrica - R$2.000,00.♦ Débito pela mão de obra indireta - R$5.000,00.Somando temos $16.800 de total.Logo, se diminuirmos a apropriação das DIFs com o que de fato ocorreu,

teremos:15.540 (Apropriação) - 16.800 (Ocorrido) = - 1.260.

Assim, os custos apropriados estão subestimados em $1.260.

Resposta: B

Questão 15

Afirmativa errada. As refinarias de petróleo e as indústrias de produtos químicos e cimento utilizam o sistema de custos por processo.

Questão 16

Afirmativa correta. Os custos variáveis são de mensuração objetiva, aloca­dos diretamente ao produto. Os custos indiretos são rateados, às vezes, de forma arbitrária.

Questão 17

Afirmativa errada. Em períodos inflacionários, o uso do UEPS leva a uma subavaliação dos estoques finais e uma diminuição do resultado do exercício em relação ao PEPS.

Questão 18

Afirmativa correta. A danificação de uma ordem de produção em estado avançado é lançar seu valor como perda, não influenciando os custos dos pro­dutos do período.

Questão 19

Afirmativa errada. Tais empresas utilizam a produção contínua (não param de produzir).

Questão 14

117 Capítulo 6

Page 126: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 20

Afirmativa correta. Os custos indiretos são alocados aos produtos, por rateio, tanto na produção por ordem quanto na produção contínua.

Questão 21

Afirmativa correta. A danificação de uma ordem em estado adiantado ou pronto é tratada como perda do período. Se a danificação ocorrer no início de sua produção, é tratada como custo indireto.

Questão 22

As perdas normais dos processos produtivos são tratadas como subpro­dutos.

Questão 23

Afirmativa errada. O regulamento do imposto de renda estabelece que, para as empresas que tenham contabilidade de custos integrados e coordenados com o restante da escrituração, o valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o custo médio ou dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente.

Questão 24

Se a empresa não possui sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração, a legislação fiscal impõe critérios para avaliação dos estoques de produtos em elaboração e produtos prontos. Para materiais em processamento (produtos em elaboração), uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no período-base ou 80% do valor dos produtos acabados, determinado de acordo com o item seguinte: para produtos acabados, 70% do maior preço de venda no período-base.

Resposta: D

Questão 25

As principais características da sucata é que não há estoque, não tem ven­da garantida, não recebe custos e sua venda é considerada outras como receitas operacionais.

Resposta: A

Bernardo Cherman 118

Page 127: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 7

Custeio por absorção: produção equivalente

7.1. Produção equivalente - geral

Quando a produção é por processo (não há sentido em se falar em produção equivalente quando a produção é por ordem), ao final de um período a conta Produto em Elaboração apresentará um determinado saldo já que alguns produtos não estarão totalmente acabados. Por isso, é necessário saber quanto eqüivale a quantidade de peças em processo em termos de quantidade acabada.

Exemplo:A Cia. Enterrada apresentou os seguintes dados no mês de julho:Estoque Inicial de Produtos em Elaboração e Acabados....................... ZeroMaterial Direto.................................................................................... 160.000Mão de Obra Direta............................................................................. 100.800Custos Indiretos de Fabricação........................................................... 139.200Total......................................................................................................... 400.000

Dados Adicionais:♦ 1.000 unidades de X foram iniciadas no período♦ 600 unidades foram totalmente acabadas♦ 400 unidades estão 50% acabadas♦ Foram vendidos 80% dos produtos acabados

Calcular o saldo final de produtos em elaboração e produtos acabados.

ResoluçãoO problema principal, aqui, é saber qual foi o valor creditado na conta

Produtos em Elaboração.Em um primeiro momento poderíamos achar o custo médio (custo unitá­

rio) dividindo-se 400.000 por 1.000, o que nos daria um preço unitário de 400. Mas ao fazermos isto, estaremos, atribuindo às peças 50% acabadas o mesmo custo de uma unidade totalmente (100%) acabada. O procedimento correto é calcular a produção equivalente:

600 unid. x 100% prontas = 600 unid. prontas400 unid. x 50% prontas = 200 unid. prontasProdução Equivalente - 800 unid.

119

Page 128: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Custo Unit. = Custo de produção do período Produção Equivalente

Custo Unit. = 400.000 = 500 800

Como 600 unidades foram terminadas, o custo da produção acabada é de 600 x 500 = 300.000.

O saldo de produtos em elaboração é de 200 x 500 - 100.000 O C.P.V. seria 80% x 300.000 = 240.000

Razonetes

Produtos Acabados160.000 300.000 300.000 240.000100.800139.200 60.000100.000

Os saldos finais são 100.000 e 60.000.

7.1.1. Produção equivalente quando há estoque inicial de produtos em elaboração

Quando há estoque inicial de produtos em elaboração procedente do perío­do anterior, a empresa terá de optar entre dois critérios: P.E.P.S. ou custo médio, para calcular o valor a ser debitado em produtos acabados.

Exemplo:

Considere os seguintes gastos no período da Cia. Caldeirão da Amargura:Material Direto................... ........................80.000Mão de Obra Direta......„...............................60.000Custos Indiretos............................................ 60.000

Dados Complementares:♦ O Estoque Inicial (período anterior) da conta Produtos em Elaboração é

de R$100.000, correspondendo a 100 unidades 50% acabadas.♦ Foi iniciada a fabricação de 500 unidades no período, sendo que 300

unidades foram totalmente acabadas e 200 estão 50% acabadas.♦ Metade da produção acabada foi vendida.♦ Desconsiderar casas decimais.

Calcular o saldo da conta produtos em elaboração pelo custo médio e pelo P.E.P.S.

Bernardo Cherman 120

Page 129: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: produção equivalente

Resolução

7.1.1.1. Custo médio

Por este critério, devemos somar o custo do período anterior com o custo do período.

Custo do período anterior..............................100.000(+) Custo do período........................................200.000TOTAL..............................................................300.000

No cálculo da produção equivalente, todas as peças do período anterior foram 100% acabadas, mais 300 unidades totalmente acabadas e as 200 restantes 50% acabadas. Logo:

100 unid. X 100% = 100 unid.300 unid. x 100% = 300 unid.200 unid. x 50% = 100 unid.Prod. Equivalente = 500

As 100 unidades do período anterior são consideradas 100% acabadas, já que o custo do período precedente foi somado ao custo do período.

Custo unitário = 300.000 = 600 500

Custo da produção acabada - 100 x 600 = 60.000300x600 = 180.000

Total = 240.000

Logo, o saldo de Produtos em Elaboração será:300.000 - 240.000 = 60.000

Razonete:

Produtos em Elaboração100.000 240.000200.000

60.000

7.I.I.2. P.E.P.S.

Neste critério, não somamos o custo do período anterior com o atual. Logo: Custo do período = 200.000

121 Capítulo 7

Page 130: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

No cálculo da produção equivalente, as 100 unidades do período anterior são consideradas 50% acabadas, pois o custo do período só ajudou a acabar a metade. Logo:

100 unid. x 50%= 50 unid.300 unid. x 100% = 300 unid.200 unid. x 50% = 100 unid.Prod. Equivalente = 450

O custo unitário será:

200.000 = 444 450

No cálculo do custo da produção acabada devemos considerar apenas aquilo que o custo do período “fez”. Assim:

Saldo do período anterior................................................................... 100.000(+) 300 x 444 (custo de 300 peças prontas)..................................... 133.200(+) 100 x Vi x 444 (100 peças 50% acabadas).................................... 22.200(=) Custo da produção acabada........................................................ 255.400

O saldo de produtos em elaboração será:: 300.000 - 255.400 = 44.600

Razonete:

Produtos em Elaboração100.000 255.400200.00044.600

7.1.2. Produção equivalente - tratamento por insumo

Exemplo:A Cia. Suicídio em Massa inicia a produção de 100.000 unidades do pro­

duto Z. Ao final do período são terminadas 76.000 unidades, restando 24.000 em fabricação. A matéria-prima é totalmente aplicada no início do processo produtivo. Cada unidade em processamento recebe 1/3 da mão de obra direta e 1/4 dos custos indiretos. Os custos do período são:

Matéria-Prima 1.000.000Mão de Obra Direta 1.260.000Custos Indiretos 2.050.000Total 4.310.000

Bernardo Cherman 122

Page 131: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: produção equivalente

Calcular o saldo final de Produto em Elaboração e o Custo da Produção Acabada.

ResoluçãoNeste caso, não há possibilidade de se trabalhar com um único equivalente

de produção para o cálculo do custo unitário. O cálculo da equivalente produção deve ser feita por insumo:

Matéria-Prima:Cada unidade, acabada ou não, recebe toda a matéria-prima. Logo, o equi­

valente de produção da matéria-prima é de:100.000 x 100% = 100.000 unidades.

Mão de Obra:Unidades Acabadas: 76.000 x 100% = 76.000 unidades Unidades em Processamento: 24.000 x 1/3 = 8.000 unidades Total = 84.000 unidades

Custos IndiretosUnidades Acabadas: 76.000 unidadesUnidades em Processamento: 24.000 x lÁ~ 6.000 unidadesTotal = 82.000 unidades

Cálculo do custo unitário no final do período:Matéria-prima: 1.000.000/100.000 = $10,00/u Mão de Obra Direta: 1.260.000/84.000 = $15,00/u Custos Indiretos: 2.050.000/82.000 = $25,00/u Total = $50,00/u

Logo, o custo da produção acabada é: 76.000 x 50 = $3.800.000.

O saldo final de produtos em elaboração é de:4.310.000 - 3.800.000 = 510.000.

Oura forma de calcular o saldo final de produtos em elaboração (mais complicado) é feito calculando quanto cada unidade terá recebido:

Matéria-Prima: $10,00 Mão de Obra: 1/3 x 15,00 = $5,00 Custos Indiretos: 1/4 x 25 = $6,25 Total = $21,25

24.000 x 21,25 = 510.000, que é o mesmo valor encontrado anteriormente.

123 Capítulo 7

Page 132: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

rovas

01) (Contador/Exame de Suficiência/2004) No mês de agosto de 2004, foi iniciada a produção de 1.700 unidades de um determinado produto. Ao final do mês, 1.400 unidades estavam totalmente concluídas e restaram 300 unidades em processo, as quais estavam 75% acabadas. O Custo Total de Produção do período foi de R$ 640.250,00.0 Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são, respectivamente (em R$):a) 527.264,71 e 112.985,29b) 551.600,00 e 88.650,00c) 555.512,00 e 84.738,00d) 640.250,00 e 0,00e) 720.000,00 e 0,00

02) (INSS/Esaf/2002) A Marcenaria Greenwood S/A está produzindo mesas. No fim de setembro a linha de produção mantinha 300 unidades inacabadas, em fase média de processamento de 30%. No referido mês, o custo unitário de fabricação alcançou R$2.500,00.No mês seguinte, outubro de 2002, a fábrica conseguiu concluir 2.100 unidades e iniciar outras 500 unidades, deixando-as em fase de processamento com 50% de execução. O custo total desse mês foi de R$5.763.000,00. Com base nestas informações e sabendo-se que a empresa utiliza o critério PEPS para avaliação de custos e estoques, é correto afirmar que os elementos abaixo têm os valores respectivamente indicados.

a) Produção Acabada de outubro R$4.590.000,00; Produção em Andamen­to de setembro R$750.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$657.500,00.

b) Produção Acabada de outubro R$5.350.500,00; Produção em Andamen­to de setembro R$225.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$637.500,00.

c) Produção Acabada de outubro R$5.125.500,00; Produção em Andamen­to de setembro R$450.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$687.500,00.

d) Produção Acabada de outubro R$4.815.000,00; Produção em Andamen­to de setembro R$350.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$727.500,00.

e) Produção Acabada de outubro R$5.500.350,00; Produção em Andamen­to de setembro R$325.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$673.500,00.

Bernardo Chenman 124

Page 133: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: produção equivalente

03) (AFRF/Esaf) O Balanço de 28/02/94 apresentou os seguintes dados:♦ Matérias-Primas 800.000,00♦ Produtos em Elaboração 300.000,00♦ Produtos Prontos 1.500.000,00

A empresa produz um único produto e os saldos de balanço representam 500 pe­ças, que estavam no estágio de elaboração equivalente a 50% do produto pronto, e 1.250 peças prontas.No mês de março de 1994, foram registrados os seguintes custos de produção:♦ Matérias-Primas 3.600.000,00♦ Mão de Obra Direta 7.200.000,00♦ Gastos Gerais de Produção 1.200.000,00

No período, foi concluída a produção de 6.000 peças, sendo 500 do estoque inicial, e foi iniciada a produção de 7.500 peças que estavam, em 31/03/94, no estágio de elaboração equivalente a 30% do produto pronto. A metade do estoque de produtos prontos foi vendida, em março de 1994, ao preço unitário de $2.500,00.Os estoques finais, em 31/03/94, de produtos em elaboração eram de:a) $3.375.000,00b) $3.675.000,00c) $5.437.500,00d) $10.800.000,00 e) $10.875.000,00

Com os dados abaixo, responda as questões 4 e 5 (CFO/2004).A Empresa Goif, que apura os seus custos por processo, apresentou os seguintes dados na sua contabilidade de custos, no mês de janeiro:♦ Inventário de produtos em processo em 31/12: zero♦ Custos debitados ao centro de custo em janeiro:Materiais Diretos R$256.080,00.MOD R$134.520,00.

Inventário de produtos acabados e de produtos em processo, em 31/01:Produtos acabados: 22.000 unidades.

Produtos em processo: 1.600 unidades, parcialmente prontas, no seguinte estágio de fabricação:Materiais Diretos 80%.MOD 50%.

♦ As Despesas Indiretas de Fabricação (DIF) são apropriadas a uma taxa de 150% da MOD.

125 Capítulo 7

Page 134: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

04) (CFO/Exame de Suficiência/2004) Com base nos dados acima, pode-se afirmar queo custo unitário dos produtos acabados corresponde a:a) R$ 25,00.b) R$25,10.c) R$25,45.d) R$26,00.e) R$26,90.

05) (CFO/Exame de Suficiência/2004) Com base nos dados adma, pode-se afirmar que o valor do estoque dos produtos em processo corresponde a:a) R$32.480,00.b) R$36.260,00.c) R$38.750,00.d) R$40.000,00.e) R$41.600,00.

Responda às questões 6 e 7 com base nos dados abaixo (ESAEX/2002).A Empresa Custo Rápido apresentou os seguintes dados na sua Contabilidade de Custos:

a) Não existe inventário de produtos em processo em 31/01.b) Custos debitados ao centro de custo em fevereiro

♦ Materiais Diretos - R$240.000,00♦ Mão de obra Direta - R$9.000,00

c) Inventário de produtos em processo, em 28/02, consistia de 3.000 unidades parcialmente prontas, no seguinte estágio de fabricação:♦ Materiais Diretos - 80%♦ Mão de obra Direta - 50%

d) 27.000 unidades foram completadas e transferidas para o próximo centro produtivo.

e) As despesas indiretas de fabricação DIF são apropriadas a uma taxa de 100%de materiais diretos.

06) (ESAEX/2002) Com base nos dados acima, a produção equivalente corresponde a:a) Materiais - 3.000, MOD - 3000 unidadesb) Materiais - 27.000, MOD - 2.7000 unidadesc) Materiais - 29.400, MOD - 28.500 unidadesd) Materiais - 28.500, MOD - 29.400 unidadese) Materiais - 30.000, MOD - 30.000 unidades

Bernardo Cherman 126

Page 135: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: produção equivalente

07) (ESAEX/2002) Com base nos dados da situação, o valor dos produtos em processocorresponde a:a) R$25.997,85b) R$39.657,36c) R$48.000,00d) R$224.100,00e) R$249.000,00

Instruções: Considere as informações abaixo para responder às questões de números 8 e 9 (FCC/2006).Uma empresa inicia suas operações no mês de março de 2006. No final do mês produ­ziu 12.100 unidades, sendo que 8.500 foram acabadas e 3.600 não foram acabadas. Os custos de matéria-prima foram R$3.200.450,00. Os custos de mão de obra direta foram R$749.920,00 e os custos indiretos de fabricação foram R$624.960,00. A produção não- acabada recebeu os seguintes custos: 100% da matéria-prima, 2/3 da mão de obra e 3/4 dos custos indiretos de fabricação.

08) Aplicando-se a técnica do equivalente de produção, o custo médio unitário do mês é:a) R$544,80b) R$455,20 .c) R$410,25d) R$389,10e) R$355,20

09) O valor total da produção em processo no final do mês será:a) R$1.125.432,00b) R$1.267.980,00c) R$1.380.444,00

■ d) R$1.400.760,00e) R$1.525.740,00

10) (CFO/Exame de Suficiência/2004) Na apuração de custos por processo, quando uma empresa deseja controlar o Custo Médio por Unidade e existem produtos em elaboração no final do período, deverá utilizar o(a)(s):a) Taxa Média do CIRb) Equivalente de Produção.c) Equivalência de Ordem Contínua.d) Direcionadores de Custos.e) Média dos Custos Diretos da Produção.

127 Capítulo 7

Page 136: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 1

Cálculo da Produção Equivalente:

1.400x100% 1.400(+) 300 x 75% 225(=) Produção Equivalente 1.625

Custo Unitário = 640.250/1.625 = 394

Custo dos Produtos Acabados = 1.400 X 394 = 551.600 Custo dos Produtos em Processo = 225 X 394 = 88.650

Resposta: B

Questão 2

Em setembro, a produção equivalente é de 300 x 30% = 90 Logo, a produção é de 90 x 2.500 = 225.000 (Observe que, na prova, se você

encontrasse este valor, a questão já estaria terminada. Só há uma alternativa com este valor: B)

No mês de outubro, a produção equivalente, considerando o métodoPEPS:

300 unidades x 70% = 210 unidades1.800 unidades x 100% = 1.800 unidades 500 unidades x 50% ~ 250 unidades Produção Equivalente = 2.260 unidades

Assim, o custo unitário é de 5.763.000/2.260 = 2.550 (custo do período dividido pela produção equivalente).

O custo do produto acabado seria calculado da seguinte forma:Saldo Anterior.................................... .225.000(+) 210x2550........................................535.500(+) 1.800 x 2.550............................... 4.590.000(=) Produção Acabada.................... 5.350.500

O saldo final de produtos em elaboração é de 500 X 50% = 250 X 2550 =637.500

Resposta: B

Bernardo Cherman 128

Page 137: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: produção equivalente

Observe que a questão não nos diz qual método devemos utilizar: PEPS ou Média. Vamos resolver pelos dois métodos:

Média:Pelo custo médio, o saldo anterior é somado aos custos do período atual: Custo do período = 300.000 + 3.600.000 + 7.200.000 + 1.200.000 =

12.300.000

Questão 3

Produção Equivalente:6.000x100% 6.000(+) 7.500x30% 2250(=) Produção equivalente 8.250

Custo Médio = 12.300.000/8.250 - 1490,9.Estoque Final = 2.250 x 1490,9 = 3.354.525.Como não há essa resposta, vamos calcular o estoque final pelo PEPS.

PEPS:Pelo PEPS o saldo anterior não é somado aos custos do período atual. Logo,

o custo de produção do período é de 12.000.000.

Produção Equivalente:

500x50% I 250(+) 5.500 x 100% 5.500(+) 7.500x30% 2250(=) Produção Equivalente | 8.000

Custo Médio = 12.000.000/8.000 = 1.500Estoque Final: 2.250 x 1.500 = 3.375.000

Resposta: A

Questão 4

Nesta questão devemos calcular a produção equivalente por item, já que o estágio de fabricação de cada um é diferente. A empresa iniciou a produção de 23.600 peças, terminou 22.000 e 1.600 ficaram em fabricação. O custo (ou despesa) indireto de fabricação é de 150% da MOD. Logo,

CIF = 150% x 134.520 = 201.780.O custo total de produção é de 592.380 (256.080 + 134.520 + 201.780).

129 Capítulo 7

Page 138: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Cálculo da Produção Equivalente:CIF: Os custos indiretos foram distribuídos proporcionalmente entre todos

os produtos igualmente, sejam os produtos acabados ou em fabricação. Logo, para o CIF a produção equivalente = 23.600 peças.

MOD: O custo da MOD foi distribuído proporcionalmente entre as 22.000 peças acabadas e 50% não acabadas. Logo, a produção equivalente é:

22.000 x 100% = 22.000(+) 1.600 x 50% = 800(=) Produção Equivalente = 22.800

MD:22.000x100% = 22.000 (+) 1.600 x 80% = 1.280 (=) Produção Equivalente = 23.280

Cálculo do Custo Unitário:CIF = 201.780/23.600 = 8,55

MOD = 134.520/22.800 = 5,90

MD = 256.080/23.280 = 11

Assim, o custo unitário é de 25,45 (8,55 + 5,90 + 11).

Resposta: C

Questão 5

De acordo com os cálculos feitos na questão anterior, o estoque final de produtos acabados é de 559.900 (22.000 x 25,45).

O estoque final de produtos em processo seria de 32.480 (592.380 - 559.900). Resposta: A

Questão 6

Material Direto ~ 27.000 unid. + 3.000 x 80% = 27.000 + 2.400 = 29.400 unid. Mão de obra = 27.000 unid. + 3.000 x 50% = 27.000 +1.500 = 28.500 unid.

Resposta: C

Bernardo Cherman 130

Page 139: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio por absorção: produção equivalente

Material Direto (MD):29.400 unidades custaram $240.000, ou seja, 1 unidade equivalente custou

$240.000/29.400 unidades = $8,1633.Custo da Prod. Parcial (MD) = 2.400 unidades (3.000 x 80%) x $8,1633 =

$19.591,92. .

Mão de obra (MO):28.500 unidades custaram $9.000, ou seja, 1 unidade equivalente custou

$9.000/28.500 unidades = $0,3157.Custo .da Prod. Parçial (MO) = 1.500 unidades (3.000 x 50%) x $0,3157 =

$473,55

DIF:100% do MD, ou seja, DIF = $19.591,92

Custo total da produção parcial = $19.591,92 (MD) + $19.591,92 (DIF) + $473,55 (MO)

Custo total da produção parcial = $39.657,39.

Resposta: B

Questão 8

O custo de produção do período foi:

Questão 7

Matéria-Prima 3.200.450(+) Mão de Obra Direta 749.920(+) Custos Indiretos 624.960(-) Custo de Produção 4.575.330

’ Cálculo da produção equivalente por item:

Matéria-Prima: 12.100 x 100% = 12.100

Mão de Obra Direta:

8.500 x 100% 8.500(+) 3.600x2/3 2.400(=) Total 10.900

131 Capítulo 7

Page 140: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Custos Indiretos

8.500 x 100% 8.500(+) 3.600x3/4 2.700(=) Total 11.200

Custo unitário por item:Matéria-Prima: 3.200.450/12.100 = 264,5

Mão de Obra Direta: 749.920/10.900 = 68,8

Custos Indiretos: 624.960/11.200 = 55,80

Custo Unitário = 264,5 + 68,8 + 55,80 = 389,10

Resposta: D

Questão 9

Valor dos Produtos Acabados = 8.500 x 389,10 = 3.307.350Valor dos Produtos em Elaboração = 4.575.330 - 3.307.350 ~ 1,267.980

Resposta: B

Questão 10

Quando existem produtos em processo no final do período e deseja-se conhecer o custo médio (custo unitário) de cada um, utiliza-se o equivalente produção.

Resposta: B

Bernardo Cherman 132

Page 141: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 8

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção. Ponto de equilíbrio contábil

8.1. Diferenças entre custeio variável e por absorção

O custeio variável (também conhecido como custeio direto ou marginal) tem como característica principal considerar os custos fixos, despesas.

Na apuração do custo de produção, leva em consideração apenas os custos variáveis.

Ao adotar esse procedimento, praticamente são eliminadas as distorções obtidas referentes a critérios de rateio, já que os custos indiretos geralmente são fixos (depreciação, seguro, aluguel etc.). No custeio variável todos esses custos são lançados integralmente na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) como despesas; enquanto no custeio por absorção são rateados gerando grandes diferenças no resultado dependendo da base utilizada para rateio.

Como explicado anteriormente, esse método é proibido pela legislação fiscal porque fere principalmente o princípio da competência.

Outra diferença de custeio variável em relação ao custeio por absorção está na DRE que denomina margem de contribuição (ou lucro bruto marginal) como a diferença entre as vendas líquidas e o somatório dos custos dos produtos vendidos e as despesas variáveis.

Como visto anteriormente, a DRE assume a seguinte forma:Vendas Brutas(-) Deduções de Vendas(=) Vendas Líquidas(~) Custos e Despesas Variáveis(=) Margem de Contribuição(~) Custos e Despesas Fixos(=) Lucro Líquido

Exemplos:

A Cia. Rabo Quente apresentou os seguintes dados (em R$):Custos Variáveis............................................................... 60.000Custos Fixos......................................................................40.000Despesas Variáveis............................................................10.000Despesas Fixas..................................................................20.000Produção: 5.000 unidades acabadas.

133

Page 142: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Estoque Inicial e Final de Produtos em Elaboração..............................ZeroEstoque Inicial de Produtos Acabados.....................................................ZeroVendas: 2.000 unidades a R$ 40,00 cada, totalizando..............$80.000

Calcular o lucro líquido utilizando o custeio por absorção e o custeiovariável.

Custeio por Absorção

O custo de produção do período seria:

Custos Variáveis..................................................................60.000(+) Custos Fixos...................................................... ......... 40.000(=) Custos de Produção....................................................100.000

Como o estoque final de produtos em elaboração é zero, o custo da pro­dução acabada é 100.000.

Custo unitário = Custo de Produção Quantidade produzida

= 100.000 =205.000

Como foram vendidas 2.000 unidades, o custo do produto vendido é2.000 x 20 = 40.000.

Razonetes:

Produtos em Elaboração Produtos Acabados60.000 100.000 100.000 40.00040.000

Demonstração do Resultado (DRE):Vendas...............................................................................80.000(-) C.P.V............................................................................ (40.000)(=) Resultado Industrial................................................... 40.000(-) Despesas Variáveis.................................................... (10.000)(-) Despesas Fixas...........................................................(20.000)(=) Lucro Líquido...............................................................10.000

Bernardo Cherman 134

Page 143: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Custeio Variável

O custo de produção do período é igual ao custo variável, isto é, 60.000, que é igual ao custo dos produtos acabados (Estoque Final de Produtos em Ela­boração é zero).

O custo unitário = 60.000 = 125.000

O custo dos produtos vendidos:

CPV - 2.000 x 12 = 24.000

_ Razonetes:

Produtos em Elaboração Produtos Acabados60.000 60.000 60.000 24.000

Demonstração do Resultado:Vendas.................................................................................. 80.000(-) C.P.V................................................................................ (24.000)(-) Despesas Variáveis.........................................................(10.000)(=) Margem de Contribuição...............................................46.000(-*) Custos Fixos................................................................... (40.000)(-) Despesas Fixas................................................................(20.000)(=) Prejuízo ..........................................................................(14.000)

O quadro abaixo demonstra as diferenças:

Item Absorção VariávelCusto de Produção = C.P.A. 100.000 60.000C.P.V. 40.000 24.000Estoque Final de Produtos Acabados 60.000 36.000Resultado do Exercício 10.000 (14.000)

♦ O custo de produção do custeio por absorção é maior em R$40.000 que o custo de produção do custeio variável. Esta diferença é igual ao valor dos custos fixos, que no custeio variável é lançado integralmente como despesa.

♦ O custo dos produtos vendidos é maior em R$16.000. Observe que o custo fixo unitário édeR$ 8,00 (40.000 5.000). Cada unidade produzida no custeio por absorção recebeu R$8,00 de custo fixo a mais que o custeio variável. Como foram vendidas 2.000 unidades; 2.000 x 8 = 16.000, que é a diferença.

1 3 5 Capítulo 8

Page 144: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

♦ O estoque final de produtos acabados é maior em R$24.000. Este valor corresponde aos custos fixos lançados nas unidades não vendidas. O estoque final é de 3.000 unidades (5.000 produzidas - 2.000 vendidas).3.000 x 8 = 24.000.

♦ A diferença no lucro líquido é de R$ 24.000 (10.000 - [14.000]), que é justamente a diferença entre os estoques finais de produtos acabados (60.000 - 36.000).

♦ O lucro líquido do custeio por absorção é maior que o do custeio variável. Isto sempre ocorre quando há produtos no estoque final. Caso o estoque final de Produtos em Elaboração e Produtos Acabados fosse zero, os lucros nos dois sistemas seriam iguais.

Vamos supor que a direção da Cia. Rabo Quente decida dobrar a produção da empresa. Assim, os custos variáveis dobrariam (de 60.000 para 120.000).

Os custos e despesas fixas não mudariam. Vamos assumir que as despe­sas variáveis não tenham variado, nem o volume de vendas. Os novos dados seriam:

Custos Variáveis.....................................................120.000Custos Fixos.......................................................... 40.000Despesas Variáveis................................................ 10.000Despesas Fixas....................................................... 20.000

Produção: 10.000 unidades acabadas.

Vendas: 2.000 unidades a R$40,00 cada, totalizando R$80.000.Estoque Inicial e Final de Produtos em Elaboração..............................ZeroEstoque Inicial de Produtos Acabados................ ............ ..................... ZeroCalcular o Resultado do Exercício pelo custeio por absorção e pelo custeio

variável.

Custeio por Absorção

O custo de produção seria:

Custos Variáveis....................................................120.000(+) Custos Fixos.................................................... 40.000(=) Custo de Produção.......................................... 160.000

Que é o valor do custo de produção acabada.

O custo unitário:

160.000 = 1610.000

Bernardo Chenman 136

Page 145: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

O custo de produto vendido:

16 x 2.000 = 32.000

Razonetes:

Produtos em Elaboração Produtos Acabados120.000 160.000 160.000 32.00040.000

A D.R.E. ficaria:

Vendas................................ .............................................. 80.000(-) C.P.V...................... .....................................................(32.000)(=) L.B...................................................................................48.000(-) Despesas Fixas.......................................................... (20.000)(-) Despesas Variáveis................. ..................................(10.000)(™) Lucro Líquido ......................................................... 18.000

Observe que apesar de não haver aumento de vendas, o lucro aumentou. Isso ocorreu por causa da diminuição dos custos fixos unitários descarregados nas unidades. Quando a produção era de 5.000 unidades, o custo fixo unitário era de R$8,00 (40.000 + 5.000). Com o aumento da produção para 10.000 unidades, o custo fixo unitário passou para R$ 4,00 (40.000 4-10.000); como a venda foi de 2.000 unidades, no primeiro caso teríamos 2.000 x 8 = 16.000 e no segundo caso, 2.000 x 4 = 8.000, que é justamente a diferença entre os lucros (16.000 - 8.000 = 8.000).

Custeio Variável

Essa distorção não existiria:

Custo de produção = CPA = 120.000

Custo unitário = 120.000 = 1210.000

CPV =12x2.000 = 24.000

Razonetes:

Produtos em Elaboração120.0001120.000

Produtos Acabados120.000 24.000

137 Capítulo 8

Page 146: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Logo:

1.000 Q - 600 Q - 120.000 = 0,25 x 1.000 Q 400 Q - 120.000 = 250 Q 150 Q = 120.000

Q = 800

d) Lucro = 0,25 x 1.000 Q = 250 Q Lucro = 250 x 800 = 200.000

01) (Simulado/2007) Uma empresa industrial apresentou $308.000 de custos fixos totais e $704.000 o valor total de custos variáveis, tendo produzido 8.800 unidades. Considerando a linearidade dos custos e ainda que a margem de contribuição unitária é de $ 140, podemos dizer que o preço de venda unitário e o ponto de equilíbrio são, respectivamente:a) $220 e 7.228 unidadesb) $225 e 2.200 unidadesc) $115 e 7.228 unidadesd) $115 e 2.200 unidadese) $220 e 2.200 unidades

02) (Simulado/2007) Uma companhia industrial de transformação apresenta os se­guintes custos de produção, para 3.300 unidades:♦ Custos Fixos Totais $244.200♦ Custo Variável Unitário $256

O preço unitário de venda é $550. Diante disso, podemos dizer que a margem de contribuição unitária e o ponto de equilíbrio, considerando a linearidade dos custos, são, respectivamente:

a) $220 e 330 unidadesb) $294 e entre 830 e 831 unidadesc) $74 e 444 unidadesd) $220 e 3.300 unidadese) $294 e entre 953 e 954 unidades

03) (Simulado/2007) Para a produção de 100.000 unidades são realizados custos va­riáveis totais de$1.500.000, sendo os custos fixos totais de $ 900.000 e o preço de venda de $25 por unidade. Informe o ponto de ruptura:a) 120.000 unidadesb) 60.000 unidades

8ernardo Cherman 142

Page 147: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

c) 90.000 unidadesd) 75.000 unidadese) 150.000 unidades

04) (Simulado/2007) Uma empresa industrial apresentou os seguintes elementos de resultado, relativo a um período de produção e vendas:♦ Vendas Totais $880.000♦ Custos Fixos $145.000♦ Custos Variáveis $180.000♦ Despesas Fixas $100.000♦ Despesas variáveis $50.000Logo, a margem de contribuição total é de:

a) $700.000b) $650.000c) $405.000d) $555.000e) $635.000

05) (Vunesp/2002) Dados de custos de uma empresa industrial:♦ Custo fixo total $1.440.000 / ano♦ Margem de contribuição $20 / unidade♦ Custo variável $30 / unidade

Portanto, a venda, em quantidades, por mês, no ponto de equilíbrio, será de:

a) 4.000 unidadesb) 2.400 unidadesc) 12.000 unidadesd) 6.000 unidadese) 6.400 unidades

06) (Vunesp/2002) Informações do custo e venda de uma empresa industrial:♦ Custos fixos $1.596.000 / mês♦ Custo variável $260 / unidade « Preço de venda $500 / unidades

Admitindo-se a validade da teoria de que os custos fixos são constantes, indepen­dentemente do volume de produção numa dada capacidade de produção, o ponto crítico será de:

a) 6.666 unidades e $3.333.000b) 13.300 unidades e $6.650.000c) 13.332 unidades e $6.666.000d) 6.650 unidades e $3.325.000e) 6.138 unidades e $3.069.000

143 Capítulo 8

Page 148: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

07) (Vunesp/2000) Supondo que uma empresa industrial mantivesse seu custo variável nas seguintes proporções em relação ao preço de venda:

Sabendo-se que a empresa necessita faturar $7.500.000 / mês para obtenção de lucro zero (Ponto de Equilíbrio), então podemos concluir que seus custos fixos no mês foram de:

a) $2.625.000b) $4.875.000c) $3.150.000d) $4.125.000e) $4.350.000

08) (Cespe-UnB/2003) Dados de uma empresa industrial:♦ Custos fixos $750.000♦ Custos variáveis 55% si as vendas

Sabendo-se que a empresa deseja um lucro de 15 % sobre as vendas, determinar o valor das vendas necessárias no caso:

a) $3.300.000b) $3.000.000c) $2.500.000d) $2750.000e) $1.833.333

A Cia. “BARRETOS” produziu 8.000 unidades de seu produto durante o período. Nesse período foram vendidas 6.000 dessas unidades, ao preço unitário de $10.

Ás informações relativas às operações do período são as seguintes:♦ Materiais Diretos $2 por unidade♦ Mão de Obra Direta $1 por unidade

Os Custos Indiretos de Fabricação Fixos correspondem a 60% do total dos Custos Indiretos de Fabricação (40% correspondem aos Custos Variáveis).

Os Custos e Despesas Fixos para o período foram os seguintes:♦ Aquecimento $1.000♦ Força $3.000♦ Manutenção $3.500♦ Depreciação dos Equipamentos $2.500♦ Aluguel da Fábrica $6.000

♦ Matéria-Prima♦ Mão de Obra Direta♦ Custos Indiretos variáveis♦ Despesas Variáveis

27%18%13%7%

Bernardo Cherman 144

Page 149: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

♦ Seguro da Fábrica♦ Mão de Obra Indireta♦ Reparos♦ Despesas com Vendas e Administrativas

$1.500$4.000$2.500$10.000

A empresa não possuía Estoque Inicial de Produtos.

Com base nos elementos acima, responda às questões 10 a 17

09) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Custo dos ProdutosVendidos apurado no período é de:a) $30.000b) $18.000c) $12.000d) $48.000

10) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Lucro Bruto apurado no período é de:a) $42.000b) $30.000c) $12.000d) $48.000

11) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o Resultado Líquido apuradono período foi:a) Prejuízo de $22.000b) Lucro Líquido de $2.000c) Lucro Líquido de $20.000d) Prejuízo de $4.000

12) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção» o valor do Estoque Final de Produtos apurado no período é de:a) $10.000b) $4.000c) $16.000d) $6.000

13) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o valor do Custo dos Produtos Vendidos apurado no período é de:a) $30.000b) $12.000c) $18.000d) $48.000

145 Capítulo 8

Page 150: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

A D. R. E. ficaria:

Vendas.................. ...................................................................................80.000(-) C.RV................................................................................................ (24.000)(-) Despesas Variáveis.......................................................................... (10.000)(=) Margem de Contribuição.............................................................. 46.000(-) Custos Fixos..................................................................................... (40.000)(-) Despesas Fixas.................................................................................. (20.000)(=) Lucro Líquido ..................................................................................(14.000)

O lucro líquido permanece o mesmo. Essa é uma das grandes vantagens do custeio variável, pois impede que o simples aumento de produção* sèm aumento das vendas, distorça o resultado do exercício.

8.2. Quadro com diferenças entre custeio por absorção e custeio variável

Custeio Variável Custeio por AbsorçãoClassifica os custos em fixos e variáveis

Classifica os custos em diretos e in­diretos

O lucro acompanha sempre as vendas

O lucro não acompanha as vendas

Critério administrativo, geren­cial e interno

Critério legal, fiscal e externo

8.3. Ponto de equilíbrio contábil

Uma empresa se encontra no ponto de equilíbrio contábil ou ponto crítico ou ponto de ruptura (Break even Point) quando apresenta um lucro contábil igual a zero. Nesse ponto, o total dos custos e despesas se iguala ao total das receitas.

A Demonstração do Resultado apresentaria a seguinte forma:Vendas(-) Deduções de Vendas (=) Vendas Líquidas (-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixos (=) Zero

Bernardo Cherman 138

Page 151: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Graficamente teríamos:

Ponto de Equilíbrio

Matematicamente, o ponto de equilíbrio pode ser calculado da seguinte forma:

MC = PV - CV MCU - PVU. - CVU

RT = C.T CT = CF + CV

R T -C F = CV

PU x Q.eq = CF + CVU x Q.eq.C.F. = PVU. x Q.eq. ~ CVU x Q.eq.C.F. = (PVU - CVU) Q.eq.

139 Capitulo 8

Page 152: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

—y

P.eq.

P.eq. = CF . x PVU ________ MCU

onde:

MC = Margem de ContribuiçãoPV = Preço de VendaCV = Custos e Despesas VariáveisMCU = Margem de Contribuição unitáxiaPVU - Preço de Venda unitárioRT = Receita TotalC T - Custos e Despesas TotaisCF = Custos e Despesas FixosCV = Custos e Despesas VariáveisQ.eq. - Quantidade no ponto de equilíbrioCVU = Custos e Despesas Variáveis

Exemplo:A Cia. Maracanã apresenta os seguintes saldos em seus livros contábeis e

registros auxiliares de custos:Custos e Despesas Fixos durante o ano (em R$):

Depreciação de Equipamentos............................................................18.000Mão de Obra Direta e Indireta............................................................70.000Impostos e Seguros da Fábrica................................................................. 7.000Despesas com Vendas...........................................................................25.000

Custos e Despesas Variáveis por unidade:

Material Direto............... ..............................................................................450Embalagem......................................... .......................................................... 105Comissão de Vendedores............................................................................... 30Outros Custos e Despesas.......................................................................... 15

Pede-se:

O.eq = C.F. = C.FPVU - CVU MCU

= Q.eq. xP.V.u.

Bernardo Cherman 140

Page 153: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

01) (ICMS) A quantidade de unidades que devem ser produzidas e vendidas por ano para se atingir o ponto de equilíbrio:a) 200b) 600c) 300d) 75

02) (ICMS) O valor da receita no ponto de equilíbrio:a) $300.000b) $600.000c) $200.000d) $120.000

03) (ICMS) A quantidade de unidades que a empresa deve produzir e vender durante o ano caso queira obter 25% de lucro sobre as receitas totais:a) 150b) 800c) 375d) 750

04) (ICMS) O lucro obtido de 25%:a) $200.000b) $62.500c) $93.750d) $187.500

Resolução

a) Total dos custos e despesas fixos: 120.000Total dos custos e despesas variáveis: 600/unidade

Q.eq. = CF______= 120.000 = 300 unidadesPVU - CVU 1.000 - 600

b) 300 unidades x 1.000 = 300.000

c) Nessa situação a D.R.E. ficaria

Vendas (Receitas Totais)............(-) Custos e Despesas Variáveis.(-) Custos e Despesas Fixos.......(=) Lucro.......................................

....... 1.000 x Q

...... (600 xQ)....... (120.000)0,25 x 1.000 Q

141 Capítulo 8

Page 154: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

07) (Vunesp/2000) Supondo que uma empresa industrial mantivesse seu custo variável nas seguintes proporções em relação ao preço de venda:

Sabendo-se que a empresa necessita faturar $7.500.000 / mês para obtenção de lucro zero (Ponto de Equilíbrio), então podemos concluir que seus custos fixos no mês foram de:

a) $2.625.000b) $4.875.000c) $3.150.000d) $4.125.000e) $4.350.000

08) (Cespe-UnB/2003) Dados de uma empresa industrial:♦ Custos fixos $750.000♦ Custos variáveis 55% s/ as vendas

Sabendo-se que a empresa deseja um lucro de 15 % sobre as vendas, determinar o valor das vendas necessárias no caso:a) $3.300.000b) $3.000.000c) $2.500.000d) $2750.000e) $1.833.333

A Cia. “BARRETOS” produziu 8.000 unidades de seu produto durante o período. Nesse período foram vendidas 6.000 dessas unidades, ao preço unitário de $10.

As informações relativas às operações do período são as seguintes:

. .♦ Materiais Diretos $2 por unidade♦ Mão de Obra Direta $1 por unidade

Os Custos Indiretos de Fabricação Fixos correspondem a 60% do total dos Custos Indiretos de Fabricação (40% correspondem aos Custos Variáveis).

Os Custos e Despesas Fixos para o período foram os seguintes:♦ Aquecimento $1.000♦ Força $3.000♦ Manutenção $3.500♦ Depreciação dos Equipamentos $2.500♦ Aluguel da Fábrica $6.000

♦ Matéria-Prima♦ Mão de Obra Direta♦ Custos Indiretos variáveis♦ Despesas Variáveis

27%18%13%7%

Bernardo Cherman 144

Page 155: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

♦ Seguro da Fábrica♦ Mão de Obra indireta♦ Reparos♦ Despesas com Vendas e Administrativas

$1.500$4.000$2.500$10.000

A empresa não possuía Estoque Inicial de Produtos.

Com base nos elementos acima, responda às questões 10 a 17

09) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Custo dos ProdutosVendidos apurado no período é de:a) $30.000b) $18.000c) $12.000d) $48.000

10) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Lucro Bruto apurado no período é de:a) $42.000b) $30.000c) $12.000d) $48.000

11) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o Resultado Líquido apuradono período foi:a) Prejuízo de $22.000b) Lucro Líquido de $2.000c) Lucro Líquido de $20.000d) Prejuízo de $4.000

12) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Estoque Final de Produtos apurado no período é de:a) $10.000b) $4.000c) $16.000d) $6.000

13) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o valor do Custo dos Produtos Vendidos apurado no período é de:a) $30.000b) $12.000c) $18.000d) $48.000

145 Capítulo 8

Page 156: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

14) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o valor do Lucro Bruto Marginal apurado no período é de:a) $54.000b) $12.000c) $2.000d) $30.000

15) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o Resultado Líquido apurado no período foi:a) Lucro Líquido de $44.000b) Prejuízo de $22.000c) Lucro Líquido de $38.000d) Prejuízo de $4.000

16) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o valor do Estoque Final de Pro­dutos apurado no período é de:a) $16.000b) $10.000c) $4.000d) $2.000

17) (Vunesp-SP) A Help Corporation S/A trabalha com três linhas de produtos: leite, manteiga e iogurte. A empresa é composta de três filiais industriais, em regiões dife­rentes do país; a sede central localiza-se em São Paulo e presta serviços para as três filiais. No ano de 1996, foram apresentadas ao contador as seguintes informações:Receitas em Reais

Filiais Leite Manteiga IogurteFilial 1 180.000,00 120.000,00 98.000,00Filial 2 1110.000,00 90.000,00 106.000,00Filial 3 |210.000,00 114.000,00 46.000,00

Custos e Despesas Variáveis (em R$)

Custos e Despesas Variáveis Leite Manteiga IogurteFilial 1 94.200,00 79.880,00 46.800,00Filial 2 60.200,00 62.800,00 83.700,00Filial 3 125.700,00 79.700,00 21.210,00

Custos e Despesas Fixos rateados na proporção das horas trabalhadas (em R$)

Custos e Despesas Fixos Leite Manteiga IogurteFilial 1 95.000,00 30.000,00 15.000,00Filial 2 15.000,00 10.000,00 11.000,00Filial 3 18.000,00 14.000,00 22.000,00

Bernardo Cherman 146

Page 157: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Custos e Despesas Fixos do escritório central rateado às filiais e aos produtos

Custos e Despesas (R$) Leite Manteiga IogurteFilial 1 86.800,00 12.280,00 7.800,00Filial 2 21.710,00 15.650,00 22.850,00Filial 3 19.250,00 18.680,00 13.180,00

Considerando as informações acima e o conceito de margem de contribuição, pode-se afirmar que o produto e a filial que mais contribuíram para a formação do resultado da empresa foram, respectivamente:a) manteiga e filial 3b) manteiga e filial 2c) iogurte e filial 3d) manteiga e filial 1e) leite e filial 1

18) (Vunesp/SP) A indústria Lua de Mel S/A, no ano de 1996, produziu e vendeu 15.000 unidades de vestidos de noiva ao preço unitário de $1.200,00. O custo unitário variável foi de $420,00, os custos fixos atingiram o montante de $8.500.000,00 em 1996. Para o ano de 1997, o preço será reajustado em 10%; estima-se que a quantidade a ser fabricada e vendida será a mesma, porém os custos variáveis terão reajuste de 32%; estima-se também que os custos fixos atingirão um montante de $9.150.000,00 em 1997. Considerando as informações dadas, pode-se dizer que, para a empresa atingir seu ponto de equilíbrio contábil no ano de 1997, a mesma terá de produzir e vender:a) 4.881,56 unidadesb) 6.931,81 unidadesc) 10.897,43 unidadesd) 11.951,41 unidadese) 16.504,32 unidades

19) (MPU/Esaf/2005) Determinada empresa do ramo de móveis apresenta um custo variável unitário de R$8,00, com o preço de venda unitário de R$12,00. Sabendo-se que seu custo fixo atingiu R$12.000,00, o ponto de equilíbrio será atingido com a venda de quantas unidades?a) 1.000b) 1.500c) 3.000d) 8.000e) 12.000

147 Capítulo 8

Page 158: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

20) (AFC/Esaf/2002) A Cia. Roupas de Festa coloca no mercado seu produto principal ao preço unitário de R$86,75, isento de IPI, mas com ICMS de 17%. O custo variável nessa produção alcança R$54,00.A Cia. está conseguindo vender 1.200 peças mensais, mas com isto não tem obtido lucros, apenas tem alcançado o ponto de equilíbrio.A firma acaba de obter uma redução de R$9,00 por unidade fabricada no custo da mão de obra direta, mas só conseguirá reduzir o preço de venda para R$79,52. Se esta empresa produzir e vender, no mesmo mês, duas mil unidades de seu pro­duto nas condições especificadas, podemos dizer que obterá um lucro bruto dea) R$2.400,00b) R$20.400,00c) R$21.600,00d) R$29.440,00e) R$42.000,00

21) (INSS/Esaf/2002) No segundo trimestre de 2002, a Indústria Esse de Produtos Fa­bris concluiu a produção de 600 unidades do item X2, tendo logrado vender 400 dessas unidades, ao preço unitário de R$120,00.No mesmo período foram coletadas as informações abaixo:♦ Custo Variável unitário R$20,00.♦ Total de Custos Fixos R$18.000,00.♦ Despesas variáveis de vendas de R$2,00 por unidade.♦ Inexistência de Estoque Inicial de Produtos no período.

Com base nas informações acima, feitas as devidas apurações, pode~se dizer que o Custo dos Produtos Vendidos; o Estoque Final de Produtos; e o Lucro Líquido do período, calculados, respectivamente, por meio do Custeio por Absorção e do Custeio Variável, alcançaram os seguintes valores:a) R$18.000,00; R$6.000,00; R$8.000,00; R$6.000,00; R$27.000,00; R$21.000,00.b) R$16.000,00; R$4.000,00; R$12.000,00; R$3.000,00; R$26.500,00; R$20.500,00.c) R$20.000,00; R$8.000,00; R$10.000,00; R$4.000,00; R$27.200,00; R$21.200,00.d) R$15.000,00; R$5.000,00; R$14.000,00; R$8.000,00; R$25.400,00; R$23.200,00.e) R$12.000,00; R$10.000,00; R$16.000,00; R$6.000,00; R$22.200,00; R$20.200,00.

22) (AFC/Esaf/2002) A Fábrica de Coisas de Plástico trabalhava sua produção com basenos seguintes dados:♦ Capacidade de produção: 10.000 unidades.♦ Vendas: 8.000 unidades.♦ Preço de Venda: R$100,00 por unidade.

Bernardo Cherman 148

Page 159: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Os custos incorridos na produção eram os seguintes:♦ Matéria-Prima: R$32,00 por unidade.♦ Mão de obra Direta: R$24,00 por unidade.♦ Custo indireto variável: R$8,00 por unidade.♦ Custo indireto fixo: R$80.000,00 por mês.

As despesas administrativas e de vendas são:♦ Fixas: R$120.000,00 por mês.♦ Variáveis: 3% da receita bruta.

A empresa trabalhava com estes indicadores quando recebeu uma proposta para fornecimento de 1.200 unidades durante os próximos 2 meses, ao preço unitário de R$70,00.A empresa convocou o Contador de Custos para decidir se poderia aceitar a pro­posta, mesmo sabendo que as despesas variáveis de vendas para esse pedido seriam de 5% da respectiva receita.Utilizando o conceito da margem de contribuição, pode-se concluir que

a) o pedido não deve ser aceito, pois o preço de venda da proposta é menor que o já praticado pela empresa.

b) o pedido não deve ser aceito, pois além de o preço de venda ser inferior ao já praticado pela empresa, o lucro diminuirá em função do aumento das despesas variáveis de 3% para 5%.

c) o pedido deve ser aceito, pois significará um aumento da ordem de R$1.000,00no lucro final da empresa.

d) o pedido deve ser aceito, pois significará um aumento da ordem de R$3.000,00 no lucro final da empresa.

e) o pedido deve ser aceito, pois significará um aumento da ordem de R$4.000,00no lucro final da empresa.

23) (MPOG/Esaf/2006) Assinale abaixo a opção que contém uma assertiva verdadeira.a) Custo fixo é o que independe do nível de atividade, mas que varia, em termos

unitários, na proporção inversa à variação da quantidade produzida.b) Custeio Direto é o sistema de custeamento que consiste em reconhecer como

custo dos produtos ou serviços vendidos somente os custos variáveis, enquanto os custos fixos seriam estocados na produção do período.

c) Custo variável é o que varia linearmente com o nível de atividade, sendo nuloou igual a zero no ponto de equilíbrio.

d) Custeio por Absorção é o sistema de custeamento cuja característica básica con­siste em separar os custos do período do custo do produto, no qual a avaliação recai apenas no custo dos produtos vendidos.

e) O ponto de equilíbrio corresponde ao nível mínimo de atividade da empresa em que suas receitas e os custos variáveis se equilibram.

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

149 Capítulo 8

Page 160: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

24) (MPOG/Esaf/2006) No mês de outubro de 2005, a produção do elemento “dei” foi de 800 unidades. Os custos incorridos nesse período foram R$120.000,00 fixos e R$200.000,00 variáveis. A capacidade instalada da firma permite o aumento da produção em até 50%. Ocorre que apesar de todo o esforço empreendido, a empre­sa conseguiu aumentá-la em apenas 40%. Por isso, o custo unitário da produção estabilizou-se em:a) R$400,00.b) R$357,14.c) R$350,00.d) R$328,57.e) R$285,71.

25) (MPOG/2006) A empresa Querresse Ltda. tem vendido seu produto Tuv ao preço unitário de R$5,00, embora esse item venha suportando custos variáveis unitários de R$4,20. Sabendo-se que os custos fixos de produção atingem R$20.000,00, pode- se dizer que a empresa alcança o ponto de equilíbrio quando produz:a) 2.174 unidades.b) 4.000 unidades.c) 4.762 unidades.d) 16.000 unidades.e) 25.000 unidades

Questões Cespe-UnB:

Dados da Empresa Z:Capacidade de produção (em unidades) 400.000 Nível de produção atual (em unidades) 350.000 Custo e despesas unitários variáveis (em R$) 2,80 Custo e despesa fixos totais (em R$) 320.000,00 Preço de venda (em R$) 4,20Com os dados da empresa Z, apresentados acima, julgue os itens que se seguem.

26) (FTE/2002) A margem de contribuição unitária para a empresa Z menor que R$ 1,30.

27) (FTE/2002) Para a empresa Z, o ponto de equilíbrio é alcançado com menos de230.000 unidades.

28) (FTE/2002) Caso a empresa Z apresente um crescimento de 20% nas suas vendas e de 10% nas suas despesas, deverá, certamente, apresentar lucro no período.

29) (FTE/2002) A empresa Z poderia vender as 50.000 unidades correspondentes à sua capacidade ociosa por R$3,00 e, ainda assim, aumentaria o seu resultado positivo.

Bernardo Cherman 150

Page 161: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

30) (Petrobras/2007) Quando se adota o critério do custeio variável, todos os custos e despesas de fabricação e comercialização são alocados aos produtos, o que é compatível com as exigências da legislação tributária.

31) (PF/2002) Determinada empresa intensiva em custos fixos, operando a 50% da capa­cidade instalada, que tenha um custo unitário de R$5,00 no conceito por absorção, não poderá aceitar encomenda para ocupar a capacidade ociosa por preço abaixo de R$5,00, sob pena de registrar prejuízo na operação.

32) (PF/2002) Conceitualmente, o ponto de equilíbrio de determinado produto é atin­gido quando a margem de contribuição total dele atinge os custos fixos.

Responda as questões 33 a 37 conforme os dados abaixo (Contador Paraná/2002) Considerando uma determinada indústria que produz e vende à vista 100.000 unidades por mês de um produto, com custo variável unitário de R$0,20 e custo fixo mensal de R$100.000, julgue os itens subsequentes.

33) (PR/2002) Se a referida indústria praticar um preço de venda de R$2,00 a unidade, líquido de tributos, seu ponto de equilíbrio da produção estará entre 50.000 e60.000 unidades por mês.

34) (PR/2002) A elevação do volume produzido e vendido, até o limite da capacidade instalada, em uma empresa que opera com margem de contribuição positiva, reduz sua lucratividade.

35) (PR/2002) Ao preço de venda unitário de R$1,50, líquido de tributos, a margem de contribuição unitária da indústria referida estaria abaixo de R$1,00.

36) (PR/2002) O custo fixo mensal pode ser visto como um custo de capacidade e os custos variáveis podem compreender matéria prima e mão de obra.

37) (PR/2002) Na situação considerada, caso a empresa aumente o volume mensal produzido, o custo fixo unitário tenderá a aumentar.

38) (FCC/2006) Uma empresa calcula os custos de seus produtos utilizando dois métodos: o método do custeio por absorção e o método do custeio variável. Os estoques iniciais eram “zero”, a produção do mês foi de 8.000 unidades totalmente acabadas e foram vendidas no mês 6.000 unidades. No fechamento do mês foram apurados os seguintes resultados líquidos finais: lucro de R$348.750,00 no custeio por absorção, e lucro de R$345.000,00 no custeio variável. Para atingir esses va­lores de resultado, a empresa manteve os custos variáveis correspondentes a 40% do preço de venda praticado. Desse modo, os valores correspondentes ao preço de venda unitário, aos custos variáveis unitários e aos custos fixos totais foram, respectivamente, em R$:(A) 100,00; 40,00; 15.000,00(B) 120,00; 48,00; 14.000,00(C) 130,00; 52,00; 12.000,00(D) 125,00; 50,00; 14.000,00(E) 150,00; 52,00; 17.000,00

151 Capítulo 8

Page 162: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

(TCU/2007) Responda às questões 39 a 41 com base nos dados abaixo.

Contabilidade de Custos

Estoque Inicial de Produtos em Elaboração 0Estoque Inicial de Produtos Acabados 0Receita Líquida 92.000Materiais Diretos Consumidos 16.320Mão de Obra Direta 9.800Depreciação dos equipamentos na área de produção 3.460Mão de obra indireta 6.600Energia elétrica consumida na área de produção 2.900Comissão de vendedores 920Outros custos indiretos 4.300Frete sobre Vendas 2.200Impostos sobre Vendas 18.000Estoque Final de Produtos Acabados 0Lucro Bruto 48.620

Considerando os dados referentes a uma empresa apresentados na tabela acima, julgue os itens a seguir.

39) (TCU/Cespe-UnB/2007) Considerando que a empresa utiliza o custeio por absor­ção, a couta estoque de produtos em elaboração apresentará, no final do período, saldo zero.

40) (TCU/Cespe-UnB/2007) Em ambos os métodos de custeio, absorção e variável, o lucro operacional, para esta empresa, apresenta o mesmo valor.

41) (TCU/Cespe-UnB/2007) Considerando que os custos e despesas variáveis totalizamR$32.140,00, então o valor da margem de contribuição evidenciada na demonstra­ção de resultado pelo método do custeio variável será de R$41.860,00.

Bernardo Cherman 152

Page 163: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Com relação ao gráfico acima, responda às questões 42 a 46.

42) (UFF/Imbel/2008) O Ponto A de interseção da curva de custo total com o eixo vertical representa:a) ponto de equilíbrio.b) custo fixo.c) equalização das receitas.d) custo mínimo de fechamento.e) custo das matérias-primas.

43) (UFF/Imbeí/2008) A área onde se encontra a letra B representa:a) a zona de alocação de recursos.b) a zona de equilíbrio.c) a zona de rentabilidade.d) a zona de margem de contribuição total negativa.e) nenhuma das respostas anteriores.

44) (UFF/Imbel/2008) Podemos afirmar que o ponto O, de interseção das duas retas, marcado como 60% representa;

a) o volume de produção de margem de contribuição de 60%.b) o volume de produção no qual o lucro é máximo.c) o volume de produção de custo mínimo.d) o volume de produção do ponto de equilíbrio, cujo lucro é nulo.e) o volume de produção de custos fixos nulos.

45) (UFF/Imbel/2008) O deslocamento que sofre a linha que representa o custo total no caso de um aumento no custo da matéria-prima é:a) uma rotação em torno do ponto A, tornando-se mais inclinada em relação ao

eixo de produção.b) uma rotação em torno do ponto A, tornando-se menos inclinada em relação

ao eixo de produção.c) uma paralela superior à reta de custo total existente, em que a distância em

relação à reta atual depende do montante relativo de aumento.d) uma paralela inferior à curva de custo total inicial.e) inalterado, em função do custo fixo permanecer sem modificação.

46) (UFF/Imbel/2008) Para que o ponto de interseção das retas se dê em um volume de produção mais próximo da origem, sendo o mercado de concorrência perfeita no qual o agente não altera os preços, torna-se necessário:a) aumento do capital de giro.b) redução da margem de contribuição total.c) redução da margem de contribuição unitária.d) aumento do ponto de equilíbrio.e) redução dos custos totais.

153 Capítulo 8

Page 164: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

47) (Fiscal~ES/Cespe~UnB/2009) Na comparação entre os sistemas de custeio direto e por absorção, a regra geral é que, sendo a quantidade produzida superior à vendi­da, as despesas, no período, tenderão a ser maiores com o custeio direto, e o lucro operacional, maior com o custeio por absorção.

Questão 1

Q = CF/MCU = 308.000/140 = 2.200 u.CVU = CV/Q = 704.000/8.800 = 80MCU = PVU - CVU140 = PVU - 80 PVU = 220

Resposta: E

Questão 2

MCU = PVU - CVU = 550 - 256 = 294 Q = 244.200/294 - 830,61

Resposta: B

Questão 3

CVU = 1.500.000/100.000 - 15,00MCU = PVU - CVUMCU ^ 25 - 15 = 10Q.eq. = 900.000/10 = 90.000 u.

Resposta: C

Questão 4

MC = PV - CV = 880 - (180 + 50) = 650

Resposta: B

Questão 5

CF mensal = 1.440.000/12 = 120.000 Q.eq. = 120.000/20 = 6.000 u.

Resposta: D

Bernardo Cherman 154

Page 165: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Questão 6

Q.eq. = 1.596.000/(500 - 260) = 6.650.P.eq. = Q.eq. x PVUP.eq. = 6.650 x 500 = 3.325.000

Resposta: D

Questão 7

27 + 18 + 13 + 7 = 65%35% x 7.500 = 2.625

Resposta: B

Questão 8

V - CV - CF ~ LucroV - 0,55V - 750.000 = 0,15V 0,3V = 750.000V = 2.500.000

Resposta: C

Questão 9

Devemos, inicialmente, calcular o Custo Unitário.

Os custos indiretos são de 24.000 (CF)Os custos variáveis são de 16.000, calculados através de regra de três:24.000 60%

CV _40% CV = 16.000

Assim, o custo de produção é de 24.000 (CF) + 24.000 (MD + MOD) +16.000 (CV) = 64.000.

O custo unitário = 64.000/8.000 = 8,00.Com o custo unitário, calculamos o CPV.CPV = 6.000x8 = 48.000

Resposta: C

Questão 10

L = V - CPV *= 60.000 - 48.000 = 12.000 (CPV = 6.000 x 8)

Resposta: C

155 Capítulo 8

Page 166: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 11

12.000 - 10.000 - 2.000

Resposta: B

Questão 12

2.000 x 8 = 16.000

Resposta: C

Questão 13

Pelo custeio variável, o custo de produção é de 40.000 (Custos Variáveis + MD + MOD).

Assim, o custo unitário é de 5,00 (40.000/8.000)O CPV = 6.000 x 5 = 30.000

Resposta: A

Questão 14

Elaborando a D.R.E.:

Vendas 60.000(-) CV (30.000)(=) Margem de Contribuição 30.000(-) CF (24.000)(-) Despesas Fixas (10.000)(=) Prejuízo Líquido (4.000)

Resposta: E

Questão 15

Valor calculado na questão anterior.

Resposta: D

Questão 16

CF = 2.000 x 5 = 10.000.

Resposta: B

Bernardo Cherman 156

Page 167: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Questão 17

O produto com a maior margem de contribuição é o que mais contribui para a formação do resultado. Devemos fazer o cálculo por filial e por produto.

Filial:Filial 1: MC = 398.000 - 220.880 = 177.120 Filial 2: MC = 306.000 - 206.700 = 99.300 Filial 3: MC = 370.000 - 226.610 = 143.390

Produto:Leite: MC = 500.000 - 280.000 = 219.900Manteiga MC = 324.000 - 222.380 = 101.620 Iogurte: MC = 250.000 - 151.710 = 98.290

Resposta: E

Questão 18

MCU = 1.320 ~ 554,4 = 765,6 Q = 9.150.000/765,6 = 11.951,41

Resposta: D

Questão 19

Aplicação direta de fórmula: Q = 12.000/(12 - 8) = 3.000

Resposta: C

Questão 20

Inicialmente vamos calcular os custos fixos (CF) e depois implementar a nova condição.

86,75 - 17% = 72,00 (PVU)CV = 54X1.200 = 64.800 MCU = 72 - 54 = 18 Q = CF/MCU1.200 = CF/18 CF = 21.600

Nova situação:A redução no preço de R$9,00 só pode se dar no custo variável, já que o

custo fixo não se modifica:

157 Capítulo 8

Page 168: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

CV = 54 - 9 = 45,00

CVT = 45 X 2.000 .90.000

(+) CF. ..21.600111.600(=)CT.

79,52 - 17% = 66,0066,00 X 2.000 = 132.000 (PVU)Lucro = 132.000 - 111.600 = 20.400

Resposta: B

Questão 21

Inicialmente vamos resolver a questão pelo método do custeio por absorção:

O Custo variável Unitário (CVU) é de 20,00. Logo, o Custo Variável total (CV):

CV = 20X 600 = 12.000O custo total é a soma do custo fixo com o custo variável: 12.000 + 18.000

= 30.000Logo, o custo unitário é: 30.000/600 = 50 Assim:Estoque Final (EF) = 50 X 200 = 10.000Custo do Produto Vendido (CPV) = 50 X 400 - 20.000

A D.R.E. ficaria:Vendas.................................. 48.000(-) CPV................................. (20.000)(=) Resultado Bruto............... 28.000(-) Despesas Variáveis.............. (800)(=) Lucro..................................27.200

Pelo Custeio Variável, os custos fixos são tratados como despesas. O custo de produção é o custo variável (12.000) O custo unitário é de R$20,00 (12.000/600)

CPV = 400X 20 = 8.000 EF = 200 X 20 = 4.000

A D.R.E. ficaria:Vendas.....................................................48.000(-) CPV.........................(-) Despesas Variáveis,

.(8.000).(800)

Bernardo Cherman 158

Page 169: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

(=) Margem de Contribuição.(-) Custos Fixos.......................(=) Lucro..................................

...39.200

.(18.000)

. ..21.200

Resposta: C

Questão 22

Basta calcularmos a Margem de Contribuição.A Receita Bruta de Vendas é de R$84.000 (1200 X 70)

Os custos e despesas variáveis:Matéria-Prima.......... ........................38.400 (32 X 1.200)Mão de Obra Direta........................ 28.800 (24 X 1.200)Custo Indireto Variável.....................9.600 (8 X 1.200)Total........................................................................ 76.800Às despesas variáveis são de 4.200 (5% x 84.000)

Assim, podemos calcular a Margem de Contribuição:Vendas.........................................................................84.000(-) Custos Variáveis................................................. (76.800)(~) Despesas Variáveis.............................................. (4.200)(=) Margem de Contribuição..................................... 3.000

Resposta: D

Questão 23

Alternativa a: Afirmativa correta. O custo fixo independe da quantidade produzida. O custo fixo unitário é inversamente proporcional à quantidade produzida.

Alternativa b: Afirmativa errada. A primeira afirmativa está correta, entre­tanto, os custos fixos não são estocados, e sim tratados como despesas.

Alternativa c: Afirmativa errada. No ponto de equilíbrio o lucro é igual a zero. O custo fixo apresentará determinado valor.

Alternativa d: Afirmativa errada. A característica básica do custeio por absorção é a separação entre custos e despesas. A afirmativa é absurda.

Alternativa e: Afirmativa errada. O ponto de equilíbrio corresponde ao nível de atividade em que a Margem de Contribuição (diferença entre vendas e custos variáveis) é igual aos custos fixos.

Resposta: A

159 Capítulo 8

Page 170: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 24

CVU = 200.000/800 = 250 A nova produção é de:Produção = 800 + (40% x 800) = 1.120 unidades CV = 250 x 1.120 = 280.000 CT = CF + CV = 120.000 + 280.000 = 400.000 CTU = 400.000/1.120 = 357,14

Resposta: B

Questão 25

Q.eq. = CF/MCU MCU = 5 - 4,2 = 0,8.Q.eq. = 20.000/0,8 = 25.000

Resposta: E

Questão 26

A MCU s PVU - CVU MCU = 4,20 - 2,80 = 1,4

Afirmativa errada

Questão 27

Q = CF/ MCUQ = 320.000/1,4 = 228.571 unidades.

Afirmativa certa.

Questão 28

Um crescimento de 20% nas vendas significa que a quantidade vendida vai para 420.000 unidades (350.000 x 20% = 70.000). A questão caberia recurso, já que a capacidade máxima de produção da empresa é de 400.000 unidades, conforme o enunciado

Com um crescimento de 10% nas despesas, o CVU vai para 3,08 e os custos fixos são 320.000 (não variam).

O Custo Variável (total) é de 1.293.600 (3,08 x 420.000).

Bernardo Cherman 160

Page 171: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

As vendas totais são de 1.764.000 (420.000 x 4,20). Assim, a D.R.E. ficaria:

Vendas 1.764.000(-) Custos e Despesas Variáveis (1.293.000)(=0 Margem de Contribuição 471.000(-) Custos e Despesas Fixos (320.000)(=) Lucro 151.000

Afirmativa Correta (com a ressalva para a capacidade máxima de produção).

Questão 29

Vamos calcular a situação inicial (venda de 350.000 unidades):Vendas = 4,20 x 350.000 = 1.470.000 CV = 2,80 x 350.000 = 980.000 A D.R.E. ficaria:

Vendas 1.470.000(-) Custos e Despesas Variáveis (980.000)(=) Margem de Contribuição 490.000(~) Custos e Despesas Fixos (320.000)(=) Lucro 170.000

Com o aumento da produção, os custos fixos unitários vão cair para 0,8 (320.000/400.000).

Assim, para a venda das 350.000 unidades, o custo fixo total é de:350.000 x 0,8 = 280.000

A D.R.E. para a venda destas 350.000 unidades é:

Vendas 1.470.000(-) Custos e Despesas Variáveis (980.000)(~) Margem de Contribuição 490.000(-) Custos e Despesas Fixos (280.000)(=) Lucro ' 210.000

Para a venda das 50.000 unidades restantes temos: Venda = 3 x 50.000 = 150.000 CV = 2,8 x 50.000 = 140.000

161 Capítulo 8

Page 172: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

CF = 0,8 x 50.000 = 40.000

Contabilidade de Custos

A D.R.E. para as 50.000 unidades restantes é:

Vendas 150.000(-) Custos e Despesas Variáveis (140.000)(=) Margem de Contribuição 10.000(-) Custos e Despesas Fixos (40.000)(=) Prejuízo (30.000)

Logo, no segundo caso teremos um lucro global de 180.000 (210.000 - 30.000), maior que a situação inicial (170.000).

Obs.: Poderíamos ter calculado o lucro global diretamente considerando as vendas de 400.000 unidades, chegando ao mesmo resultado

Vendas (1.470.000 +150.000) 1.620.000(-) Custos e Despesas Variáveis (2,8 x 400.000) (1.120.000)(=) Margem de Contribuição 500.000(-) Custos e Despesas Fixos (320.000)(=) Lucro 180.000

Afirmativa correta.

Questão 30

A característica principal do custeio variável é que os custos fixos são considerados despesa independente da produção. Compõem o custo do produto somente os custos variáveis. Este procedimento não coaduna com o princípio da competência ou com a legislação tributária. Para efeito tributário, o único método de custeio aceito é o custeio por absorção.

Afirmativa errada.

Questão 31

Afirmativa errada. O aumento da produção reduz o custo de fabricação devido à diluição dos custos fixos. Os custos fixos unitários diminuem com o aumento da produção. Entende-se por empresa intensiva em custos fixos aquela que contém custos fixos de valor elevado.

Bernardo Cherman 162

Page 173: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variáve! e por absorção

Questão 32

Afirmativa correta. A D.R.E. de uma empresa que utiliza o sistema de custeio variável é:

Vendas(-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixos (=) Lucro

Observe que caso a Margem de Contribuição se iguale aos custos e despesas fixos, o lucro é zero.

Questão 33

Q.eq. = CF/MCU onde MCU = PVU - CVU Q.eq. = 100.000/(2 - 0,2) = 55.555

Afirmativa correta.

Questão 34

A lucratividade é dada pela fórmula Lucro/Vendas. Aumentando-se o volume produzido e vendido até o limite máximo, mantendo-se constantes os demais fatores, a lucratividade alteraria.

Afirmativa errada.

Questão 35

MCU = 1,5 - 0,2 = 1,3.

Afirmativa errada.

Questão 36

Pode-se entender por custo de capacidade aquele que é invariável (custo fixo) com a capacidade de produção. A afirmativa está correta. A segunda afir­mativa também está correta. Matéria-prima e mão de obra são custos variáveis.

Afirmativa correta.

Questão 37

O custo fixo unitário diminui com o aumento da produção.

Afirmativa errada.

163 Capítulo 8

Page 174: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 38

A diferença no lucro líquido corresponde à diferença entre os estoques finais de produtos acabados.

EF absorção - EF variável = 3.750.Este valor corresponde aos custos fixos lançados nas unidades não vendidas. Não foram vendidas 2.000 unidades. Logo:CFU = 3.750/2.000 = 1,875 (custo fixo unitário).CF = 8.000x1,875 = 15.000.

CV = 0,4 V.Elaborando a D.R.E.,,podemos encontrar o preço de yenda e os custos

variáveis:

Vendas V(-) Custos Variáveis (CV) (0,4 V)(-) Custos Fixos (CF) 15.000(=) Lucro 345.000

Logo: V - 0,4 V - 15.000 = 345.0000,6V = 360.000V = 600.000Como foram vendidas 6.000 unidades, V = 600.000/6.000 = 100.Logo, CV = 0,4 x 100 = 40.Observe que a FCC foi generosa nesta questão. Sabendo-se que o custo

variável corresponde a 40% das vendas (dado no problema), a única opção em que o segundo valor corresponde a 40% do primeiro é a alternativa a.

Resposta: A

Questão 39

Inicialmente vamos calcular o custo dos produtos vendidos (CPV) pela fórmula:

LB = V - CPV48.620 = 92.000 - CPVPV = 43.380.O custo de produção pode ser assim calculado:

Bernardo Cherman 164

Page 175: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

(+) Materiais Diretos Consumidos 16.320(+) Mão de Obra Direta 9.800(+) Depreciação dos equipamentos na área de produção 3.460(+) Mão de obra Indireta 6.600(+) Energia elétrica consumida na área de produção 2.900(+) Outros custos indiretos 4.300(-) Custo de Produção do Período 43.380

O valor do custo de produção é o mesmo valor calculado acima. Logo, o saldo final de Produtos em Elaboração é nulo.

Afirmativa correta.

Questão 40

Nesta questão não é necessário fazer cálculos. Quando o estoque final é zero, o lucro operacional ou líquido no custeio por absorção ou custeio variável apresenta o mesmo valor.

Afirmativa correta.

Questão 41

Calculando a margem de Contribuição:

Vendas 92.000(-) Custos e Despesas Variáveis (32.140)(=) Margem de Contribuição 59.860

Afirmativa errada.

Questão 42

O ponto A representa o custo fixo. A visualização está mais clara no gráfico da parte teórica, pois na questão dada o examinador não desenhou a reta.

Resposta: B

Questão 43

A área B é a área de lucro, conforme explicado na parte teórica.

Resposta: C

165 Capítulo 8

Page 176: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 44

O ponto O é o ponto de equilíbrio onde o lucro é igual a zero.

Resposta: D

Questão 45

Um aumento no custo da matéria-prima fará com que a curva se torne mais inclinada (rotação no sentido anti-horário). A reta continua partindo do ponto A. Ela não se move (alternativa C). Para que isso ocorra (a reta mover), o custo fixo total deve aumentar ou diminuir.

Resposta: A

Questão 46

Para que o ponto de interseção das retas se dê mais próximo da origem, mantendo-se a receita, é necessário que os custos totais ou os custos fixos di­minuam.

Resposta: E

Questão 47

Afirmativa correta. Quando a quantidade produzida é superior à vendida, significa um aumento nos estoques finais do período. No custeio variável (ou direto) os custos e despesas fixos, independentes da venda dos produtos, são considerados despesas do período, logo, serão maiores no custeio direto. Com relação ao lucro, como demonstrado na parte teórica, será maior no custeio por absorção, proporcional ao estoque final (maior estoque final, maior lucro no custeio por absorção em relação ao custeio variável).

Bernardo Cherman 166

Page 177: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 9

Custeio variável: margem de segurança, ponto de equilíbrio econômico, ponto de equilíbrio

financeiro, limitações na capacidade de produção, relação custo, volume e lucro

9.1. Margem de segurança

A margem de segurança informa quão próximo ao ponto de equilíbrio a empresa está operando, isto é, quanto as vendas podem cair sem que a empresa opere com prejuízo.

A margem de segurança é dada pela fórmula:

M.S. = _________ % Lucro__________ ou% Margem de Contribuição

M.S. = LucroMargem de Contribuição

Exemplo:Dado s:Vendas...................................................................................................... 1.200(~) Custos e Despesas Variáveis................ ........................................... (700)(=) Margem de Contribuição................................................................. 500(-) Custos e Despesas Fixos................................................................... (400)(=) Lucro..................................................................................................... 100

Calcular a margem de segurança Resolução

Utilizando a Ia fórmula:

1.200 — 100%

500 — X = 41,67%

1.200 — 100%

100 — X = 8,33%

M.S. = 833 = 20%41,67

167

Page 178: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Utilizando a 2a fórmula:

M.S. = 100 = 20%500

Assim, a empresa pode perder 20% de suas vendas (20% x 1.200 = 240) sem que passe a operar no prejuízo.

9.2. Ponto de equilíbrio econômico

Uma empresa se encontra no ponto de equilíbrio econômico quando o lucro contábil representa um valor igual ao que a empresa iria apurar se aplicasseo seu patrimônio líquido no mercado financeiro. É o retorno mínimo desejado pela empresa.

Exemplo:

Uma empresa apresenta, ao final do período, um patrimônio líquido de100.000. O lucro líquido contábil apurado foi de 6.000.

Assim, se o mercado financeiro oferecesse uma remuneração de 6%, a em­presa estaria operando no ponto de equilíbrio econômico, pois 6% x 100.000 = = 6.000, que é o lucro do exercício.

Se a remuneração do mercado fosse 8%, por exemplo, a empresa estaria operando abaixo do ponto de equilíbrio econômico (e acima do ponto de equi­líbrio contábil). Nesse caso, é preferível a empresa aplicar no mercado financeiro a aplicar na produção.

9.3. Ponto de equilíbrio financeiro

Uma empresa está operando no ponto de equilíbrio financeiro quando apresenta as entradas de numerários exatamente iguais às saídas.

Assim, a variação das contas caixas/bancos em um determinado período é zero.

A importância do ponto de equilíbrio financeiro é mais a nível gerencial, ajudando a administração sobre investimentos, planejamento etc.

Bernardo Cherman 168

Page 179: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

Se considerarmos:

PEC = Ponto de Equilíbrio Contábil PEE = Ponto de Equilíbrio Econômico PEF = Ponto de Equilíbrio Financeiro

Podemos dizer, regra geral, que:

PEE > PEC > PEF

Exemplo:

Uma empresa tem a seguinte estrutura de custos:Custos Variáveis Unitários (CVU) - R$3.000/u.Custos Fixos (CF) = 2.000.000/ano.Preço de Venda Unitário (PVU) = R$4.000/u

1 - Calcular o ponto de equilíbrio contábil.

Q.eq. = CF/(PVU - CVU) = 2.000.000/1.000 = 2.000u/a.P.eq.= Q.eq. x PVU = 2.000 x 4.000 = R$8.000.000.

2 - Se o mercado financeiro rende juros de 10% ao ano e o Patrimônio Lí­quido da empresa é de R$5.000.000, calcular o ponto de equilíbrio econômico.

O lucro mínimo desejável nessa situação é de 10% x 5.000.000 = 500.000. Logo, o ponto de equilíbrio econômico seria calculado como se segue: Q.eq. Econômico = (CF + lucro desejável mínimo)/MCU Q.eq. Econômico = 2.500.000/1.000 = 2.500 u/a.PEqe. = 2.500 x 4.000 = 10.000.000/ano

3 - Se nos custos fixos houvesse uma depreciação no valor de 50.000 e uma amortização de 50.000, calcular ponto de equilíbrio financeiro.

Q.eq. Financeiro= (2.000.000 - 100.000)/1.000 = 1.900 u/a PEqf. = 1.900 x 4.000 = 7.600.000

Observe que nesse nível a empresa estará conseguindo se equilibrar finan­ceiramente, mas estará operando com prejuízo.

4 - Se o volume de vendas for de 2.200 unidades, calcular o resultado contábil, econômico e financeiro.

Considerando o resultado contábil, nessa situação, a empresa estará ope­

169 Capítulo 9

Page 180: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

rando com 200 unidades acima do ponto de equilíbrio contábil, logo o lucro será de 200 unidades multiplicadas pela margem de contribuição unitária.

Atenção: O lucro é sempre a quantidade produzida acima do ponto de equilíbrio multiplicado pela Margem de Contribuição Unitária.

Resultado Contábil: 200 x 1.000 = 200.000.Considerando o resultado econômico, a empresa estará operando com 500

unidades abaixo do ponto de equilíbrio econômico. Logo, terá um prejuízo:Resultado Econômico: 500 x 1.000 = (500.000)

Para o resultado financeiro, a empresa estará operando com 300 unidades acima do ponto de equilíbrio financeiro:

Resultado Financeiro: 300 x 1.000 = 300.000

9.4. Limitações na capacidade de produção

Se uma empresa produz vários produtos, o mais lucrativo é o que apresenta a maior Margem de Contribuição Unitária se não houver limitação na capacidade de produção.

São vários os tipos de limitações. Por exemplo:♦ Racionamento de energia elétrica: o que inviabiliza a produção;♦ Limitações físicas: a Companhia não tem mais como produzir ou arma­

zenar a produção;♦ Limitações impostas de ordem política etc.

Exemplo 1

A Cia Caixões e Colchões produz dois tipos de colchões com as seguintes características (supor que toda a produção é vendida)

Preço de Venda

CustoVariável

Total

Margem de Contribuição

Unitária (MCU)Produção

Modelo A 400,00 250,00 150,00 2.000 uModelo B 200,00 100,00 100,00 3.000 u

Observe que se não houver nenhuma limitação na capacidade produtiva, a Cia tenderá, sempre que possível, a forçar a venda do produto que oferece a maior Margem de Contribuição Unitária, no caso, o produto A.

Dados Técnicos: O Modelo A é formado por duas camadas de espuma e o Modelo B, por apenas uma.

Bernardo Cherman 170

Page 181: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

Suponhamos que por um problema mercadológico haja um problema sério para a obtenção de espuma e a Cia consiga uma quantidade insuficiente desta matéria-prima; somente o bastante para 1.000 camadas.

Pergunta-se: Para maximizar o lucro, vale a pena reduzir (ou interromper) a produção de qual modelo de colchão?

Resolução

Para responder, basta calcularmos a Margem de Contribuição. Com esta limitação produtiva, a Cia pode fabricar no máximo 500 unidades do modelo A, ou 1.000 unidades do modelo B. Assim teremos:

Margem de Contribuição do Modelo A = 500 u x 150 = 75.000.Margem de Contribuição do Modelo B = 1.000 u x 100 = 100.000.

Observe que com esta limitação é preferível para a Cia. produzir o Modelo B ao Modelo A (sem a limitação, seria o contrário).

Importante:O fator determinante, quando houver limitação de produção, é a relação

entre a Margem de Contribuição Unitária e o fator limitante. No nosso caso, o fator limitante é a camada de espuma. Assim, teremos:

Modelo A: 150 (MCU) / 2 (número de camadas) = 75Modelo B: 100 / 1 = 100

O Modelo B apresenta maior Margem de Contribuição Unitária por fator determinante. Logo, é o mais rentável.

Podemos dizer que:Se não houver limitação na capacidade produtiva, o produto que apresentar

a maior Margem de Contribuição Unitária será o mais rentável.Se houver limitação na capacidade produtiva, o produto que apresentar a

maior relação entre a Margem de Contribuição Unitária e o fator de limitação será o mais rentável.

Exemplo 2

A Cia Assassinato em Massa produz quatro modelos de bombas. São da­das a Margem de Contribuição Unitária e as horas-máquina para a produção de cada modelo.

171 Capítulo 9

Page 182: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Margem de Contribuição Unitária Horas-Máquina

Modelo A 6.000 30Modelo B 2.000 8Modelo C 2.990 13Modelo D 4.400 20

Com a previsão otimista de novas guerras no Oriente, a Empresa programa- se para um aumento drástico na produção.

Após o estudo, concluiu-se que a Cia precisaria de 100.000 horas-máquinas para atender à nova demanda. Entretanto, sua capacidade produtiva máxima é de 92.000 horas-máquina.

Com base nestes dados, qual dos modelos deverá ser desativado de modo que a Empresa maximize seus lucros?

Resolução

Devemos calcular a relação Margem de Contribuição Unitária por horas- máquina (que é o fator de limitação)

Modelo A: 6.000 / 30 = 200 Modelo B: 2.000 / 08 = 250 Modelo C: 2.990 / 13 = 230 Modelo D: 4.400 / 20 = 220

Verificamos, de acordo com os cálculos acima, que a Cia deveria desativar (ou diminuir a produção), inicialmente, a produção de A, a seguir, o modelo D, C, e em último lugar, o modelo B (que é o mais rentável dada a limitação). Observe que sem limitação o modelo mais rentável é o modelo A (a seguir D, C e B).

9.5. Relação custo volume e lucro

Nesta seção estudaremos o que ocorre com o ponto de equilíbrio ao va­riarmos os custos e despesas fixos, os custos variáveis e o preço de venda.

9.5.1. Alterações nos custos e despesas fixos

Suponhamos que uma empresa apresente os seguintes dados:PV = $1.500 CV = $1.000 CF = $600.000

Bernardo Cherman 172

Page 183: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

O Ponto de Equilíbrio é de:Q = 600.000/500 = 1.200 unidades ou 1.200 x 1.500 = $1.800.000

Se houver um aumento de 40% nos custos fixos (de 600.000 para 840.000), o novo ponto de equilíbrio seria:

Q = 840.000/500 = 1.680 ou 1.680 x 1.500 = $2.520.000

Observe que 1.200 + (40% x 1.200) = 1.680Assim, um aumento de 40% nos custos e despesas fixos acarretou um

aumento de 40% no ponto de equilíbrio.Podemos dizer que cada 1% de aumento nos custos e despesas fixos cor­

responde, sempre, a 1% de aumento no ponto de equilíbrio.Podemos escrever que:

PEf - PEi + PEi. y%

PEf = Ponto de Equilíbrio Final;PEi = Ponto de Equilíbrio Inicial.

Obviamente, se a empresa estiver operando com lucro, um aumento nos custos fixos acarretará uma diminuição do lucro. Se a empresa quiser continuar operando como o mesmo percentual dos lucros, deverá aumentar suas vendas neste mesmo percentual.

9.5.2. Alterações nos custos e despesas variáveis

Suponha uma empresa com os mesmos dados da empresa anterior:

PV = $1.500CV = $1.000CF = $600.000MCU = 500Q = 1.200 u.

Suponha um aumento de 40% nos custos variáveis (CV = 1.400)A nova margem de contribuição unitária (MCU) seria de 100 (1.500 -

1.400).Logo,Q = 600.000/100.Q = 6.000.

Ocorreu um aumento de 400% no ponto de equilíbrio!

173 Capítulo 9

Page 184: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

O novo ponto de Equilíbrio é igual ao anterior mais o quanto a Margem de Contribuição unitária anterior era percentualmente maior que a atual. Podemos escrever:

PEf = PEi. MCUi MCUf

PEf = Ponto de Equilíbrio FinalPEi = Ponto de Equilíbrio InicialMCUi = Margem de Contribuição Unitária InicialMCUf = Margem de Contribuição Unitária Final

No nosso caso:PEf = 1.200 . 500 = 6.000

100

9.5.3. Alteração no preço de venda

A alteração no ponto de equilíbrio, dada a alteração do preço de venda, terá a mesma relação dada no tópico anterior:

PEf = PEi. MCUi MCUf

No nosso exemplo, se houver um aumento de 20% no preço de venda (1.500 para 1.800), a nova margem de contribuição será de:

MCUf = 1.800 -1.000 = 800 Logo, o novo ponto de equilíbrio é de:

PEf = 1.200 . 500 = 750 800

Bernardo Cherman 174

Page 185: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

01) (Simulado/2008) Em uma empresa industrial cujo custo fixo é de $2.400.000, foram incorridos $6.000.000 de custos variáveis totais para a realização de vendas no valor de $9.000.000. Indique o ponto de equilíbrio dessa empresa:a) $7.200.000b) $3.000.000c) $6.000.000d) $6.600.000e) $8.400.000

(FTE-MG/Esaf/2005) Com base nas informações abaixo, resolva as questões de números2 a 4.

A Indústria de Ferro e Ferragem, fabricante do produto x, possuía a seguinte es­trutura de custos e despesas em 20x4:

Estrutura de Custos em R$Custos Fixos 12.000.000/ano Custos Variáveis 1.200/unidade

Estrutura de Despesas em R$Despesas Fixas 3.000.000/ano Despesas Variáveis 600/unidade

O mercado no qual atua valida o preço de venda de R$3.800/unidade, o que pro­porcionou a obtenção de uma receita total de R$39.900.000 em 20x4.

02) (FTE-MG/Esaf/2005) Conforme as informações dadas, pode-se afirmar quea) o lucro obtido pela empresa, no período de 20x4, foi na ordem de

R$ 11.299.000.b) para que a empresa não tivesse prejuízo em 20x4, deveria vender pelo menos

7.301 unidades.c) se a empresa vendesse 7.550 unidades, o resultado obtido seria nulo.d) no ano de 20x4 essa empresa teria equilíbrio no resultado se vendesse 7.800

unidades.e) a empresa vendeu 3.000 unidades acima de seu ponto de equilíbrio em 20x4.

03) (FTE-MG/Esaf/2005) O valor da margem de contribuição da empresa é:a) R$2.000b) R$2.500c) R$3.000d) R$3.500e) R$3.800

175 Capítulo 9

Page 186: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

04) (FTE-MG/Esaf/2005) Nas condições dos dados fornecidos, o percentual de margem de segurança é:a) 18,5%b) 20,7%c) 28,6%d) 36,8%e) 38>2%

05) (Contador/2004) Uma empresa fabrica três produtos: produto A, produto B e produto C> com os seguintes preços, custos diretos e consumo de matéria-prima

A mesma matéria-prima é utilizada na fabricação dos três produtos. Numa situação de restrição de quantidade de matéria-prima, para que a empresa tenha o maior lucro possível, os produtos que deverão ter suas produções e vendas priorizadas são:a) a, b, cb) b> c, ac) c, a, bd) b, a, ce) c, b, a

06) (TSE/Esaf/2006) Para planejar o volume adequado de produção de seu negócio, um pequeno empresário verificou que seus custos fixos eram de R$ 80.000,00, o custo unitário variável, R$120,00, e a unidade de seu produto era vendida a R$ 200,00. Para obter um lucro de R$20.000,00, esse pequeno empresário deverá produzir e vendera) 1.250 unidadesb) 1.000 unidadesc) 500 unidadesd) 400 unidadese) 600 unidades

07) (FTE/AC/Esaf/2006) No estudo do ponto de equilíbrio, é relevante analisar a margem de segurança. Considerando que uma indústria tenha uma capacidade instalada para a produção de 2.500 unidades de determinado produto, que o ponto de equi­

unitária:

Produto Preço Custos Diretos

A R$300,00 R$150,00B R$270,00 R$170,00C R$200,00 R$110,00

Matéria-primaconsumida

5 Kg 4 kg 2kg

Bernardo Cherman 176

Page 187: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

líbrio corresponda a 2.000 unidades e que a margem de contribuição unitária seja de R$100,00, assinale a opção correta.a) A margem de segurança da empresa é de 25% de sua capacidade de produção.b) A empresa apresenta uma margem de segurança de R$25,00 por unidade.c) A margem de segurança, em termos relativos, é de 20%.d) A empresa pode ter um lucro total de R$250.000,00 se utilizar toda a sua ca­

pacidade instalada.

08) (Esaex/2002) Para determinar a quantidade a ser produzida no ponto de equilí­brio, considere a hipótese de um bem cujo preço unitário de venda é R$60,00 e o custo unitário variável, R$20,00, sendo o custo fixo de R$120.000,00. Considere também que o lucro desejado seja de R$20.000,00. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta.a) A margem de contribuição unitária é de R$120.000,00.b) Para não haver lucro nem prejuízo, deverão ser produzidas e vendidas 2.000

unidades.c) A receita total no ponto de equilíbrio é de R$210.000,00.d) Para que seja alcançado o lucro desejado, deverão ser produzidas e vendidas

3.500 unidades.

09) (Esaex/2002) A Empresa Tempo Bom é fabricante de 3 modelos diferentes (W, K e Y) de barracas de camping, possui um minucioso controle de custos, e tem a sua produção limitada em função da quantidade de horas-máquinas. Observe no quadro abaixo a capacidade de produção da empresa, as margens de contribuição por hora de cada produto, o tempo de fabricação de cada produto e a pesquisa de mercado que apontou as quantidades que os consumidores estão dispostos a consumir.

Capacidade de produção da empresa em horas-máquina 12.900

ProdutosMargem de

Contribuição Unitária

Demanda Indicada na Pesquisa

Horas/unidade

Barraca W 340,00 1.500 2,00Barraca K 245,00 2.000 • 2,5Barraca Y 448,00 1.600 4,00

Qual a quantidade de cada barraca que deverá ser produzida pela empresa para que o lucro possa ser maximizado. Pelo Gabarito: (W=1500; K=1400 e Y-1600)

a) W-1500; K=1400 E Y-1600;b) W=750; K=2000 E Y-1600;c) W=1200; K=2000 E Y=1500;d) W=1500; K=1400 E Y-1225;e) W= 1200; K=2000 E Y=1500.

177 Capítulo 9

Page 188: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Dados (Auditor-ES/Cespe- UnB/2005)

Preço de venda unitário Custo variável unitário Tributos sobre lucro Tributos sobre receita Despesas fixas Custos fixos

R$520,00R$150,0024%

R$5.800,00R$8.500,00

13%

Capacidade produtiva 10.000 unidades

Considerando a tabela acima, julgue os itens seguintes, segundo as especificidades do custeio variável.

10) (ES/Cespe- UnB/2005) Na estrutura de custos apresentada, ao estabelecer um lucro esperado de R$ 50.000,00, a empresa terá de comercializar menos de 3% de sua capacidade produtiva total.

11) (ES/Cespe-UnB/2005) O ponto de equilíbrio contábil, considerando os tributos, proporcionará produção/venda inferior a 50 unidades.

12) (ES/Cespe-UnB/2005) A redução do imposto sobre o lucro, na ordem de 5%, pro­porcionará uma redução no ponto de equilíbrio contábil, na ordem de 3%,

13) (ES/Cespe-UnB/2005) O acréscimo nos custos variáveis, na ordem de 12%, pro­porcionará um acréscimo de 10% na quantidade a ser produzida/vendida para obtenção do ponto de equilíbrio.

14) (ES/Cespe-UnB/2005) O valor dos custos e despesas fixos será apropriado ao resul­tado na proporção da venda das mercadorias.

15) (ES/Cespe-UnB/2005) Ao se incrementar 20% no valor do preço de venda unitário, oponto de equilíbrio contábil sofrerá redução na quantidade a ser produzida/vendida.

(Analista-DF/Cespe-UnB/2005) Acerca da relação custo~volume~lucro> julgue os itens

16) Um acréscimo no preço de venda unitário proporcionará um acréscimo ao ponto de equilíbrio contábil. Tal situação ocorre porque as grandezas citadas são dire­tamente proporcionais.

17) Ao se estabelecer o ponto de equilíbrio, é possível simular as situações de acréscimo/ decréscimo dos insumos. Essa simulação é útil para o estabelecimento de metas e análise prospectiva.

a seguir.

Bernardo Cherman 178

Page 189: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

18) Um decréscimo de 20% nos custos indiretos proporcionará um acréscimo de 20% no ponto de equilíbrio contábil,

19) (DF/Cespe-UnB/2005) Considere que, ao se elaborar o gráfico da análise do pon­to de equilíbrio, constatou-se que o ponto de vendas estava abaixo do ponto de equilíbrio econômico e acima do ponto de equilíbrio contábil. Nessa situação, tal fato prova que a empresa está conseguindo vender o suficiente para cobrir seus custos indiretos de fabricação, mas não consegue cobrir o custo de oportunidade do capital empregado.

20) (DF/2005) Caso a empresa não utilize o intervalo de signiíicância, os valores ob­tidos no ponto de equilíbrio contábil serão equivalentes ao ponto de equilíbrio financeiro e econômico.

21) (Petrobras/Cespe-UnB/2004) Nas decisões de precificação de dentro para fora, o ponto de partida é o custo do bem ou serviço, apurado de acordo com um determi­nado critério de custeio, agregando-se a esse custo o markup, que consiste apenas em uma margem exatamente igual ao lucro desejado pelos administradores.

22) (Petrobras/Cespe- UnB/2004) Estruturas diferenciadas em termos de composição de custos e despesas, fixos e variáveis, provocam diferentes condições de resistências e oscilações nos volumes e preços de venda.

23) (Petrobras/Cespe-UnB/2004) Mesmo que a empresa tenha um mix composto por diversos e diferentes produtos, com margens de contribuição e(ou) percentuais de contribuição sobre o preço de venda distintos, sempre é possível calcular o ponto de equilíbrio global suficiente para cobrir os custos e despesas fixos individualizados de todos os produtos e da empresa como um todo.

24) (Petrobras/Cespe-UnB/2004) Nos dois tipos de custeio, variável ou por absorção,o resultado será sempre igual ao ponto de equilíbrio calculado em função das relações entre o custo e o volume.

25) (FCC/2006) Para um ponto de equilíbrio financeiro de 2.000 unidades serão ne­cessários, na seqüência, custos e despesas variáveis, custos e despesas fixas, preço unitário de venda, depreciação:(A) R$700,00 unitário; R$4.000.000,00; R$1.200,00 unitário; R$800.000,00.(B) R$725,00 unitário; R$2.500.000,00; R$1.500,00 unitário; R$950.000,00:(C) R$650,00 unitário; R$3.900.000,00; R$1.225,00 unitário; R$625.000,00.(D) R$600,00 unitário; R$2.600.000,00; R$1.350,00 unitário; R$750.000,00.(E) R$750,00 unitário; R$1.400.000,00; R$1.050,00 unitário; R$845.000,00.

179 Capítulo 9

Page 190: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

26) (MPOG/Esaf/2003) No exercício inicial, a Indústria Industrial S.A. sofreu prejuízo líquido de R$8.000,00, decorrente de receita líquida de R$80.000,00; despesas fixas de R$40.000»00; além das despesas variáveis.O gerente de produção acredita que um aumento de R$20.000,00 nas despesas de propaganda elevaria as vendas a ponto de se alcançar lucro. O plano foi aprovado pela Direção da empresa e posto em prática.Nesta hipótese, para conseguir um lucro líquido deR$ 4.000,00 a empresa deverá alcançar um volume de vendas no valor dea) R$92.000,00b) R$100.000,00c) R$112.000,00d) R$150.000,00e) R$160.000,00

(Petrobras/Cespe-UnB/2001)

Dados:

Capacidade de produção, em unidades, 500.000 Nível de produção atual: 300.000Custo unitário variável (mão de obra e matéria-prima): R$2,35 Custo fixo total mensal: R$300.000,00 Preço de venda líquido de tributos: R$4,00

Considerando os dados apresentados no quadro acima, referentes a uma empresa que tem um único produto em linha de produção, julgue os itens a seguir.

27) Aumentando a sua produção até o limite da capacidade instalada (500.000 uni­dades) e mantendo o preço atual, o lucro bruto da companhia seria elevado para um valor superior a R$520.000,00.

28) Caso as 200.000 unidades adicionais fossem vendidas a R$2,50, não haveria au­mento do lucro bruto da companhia, em relação à situação inicial.

29) O preço de venda de equilíbrio (lucro bruto igual a zero), utilizando a capacidade total, é igual a R$2,95.

30) O ponto de equilíbrio, ao preço de venda de R$4,00, está entre 200.000 e 220.000 unidades.

31) A Cia Veloz é uma indústria automobilística e alcança o ponto de equilíbrio com a venda de 12 automóveis, conforme os dados que se seguem:

Custo Fixo R$18.000,00Custo Variável Unitário R$1.500,00Preço de Venda R$3.000,00

Bernardo Cherman 180

Page 191: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

Uma redução de 20% no preço de venda representa um acréscimo no ponto de equilíbrio de:a) 2 automóveisb) 8 automóveisc) 10 automóveisd) 15 automóveise) 20 automóveis

32) (Fiscal-RJ/FGV/2008) Determinada empresa industrial produz e vende somente três produtos diferentes: A, B e C, os quais são normalmente vendidos por R$10,00; R$15,00 e R$20,00, respectivamente:Os custos variáveis unitários dos produtos A, B e C costumam ser R$6,00; R$8,00 e R$ 15,00, respectivamente.A empresa ainda incorre em custos fixos de R$400,00 por mês; despesas fixas administrativas e de vendas no valor de R$350,00 por mês; comissão variável aos vendedores de 3% da receita auferida.O gerente da produção constatou, com o responsável pelo almoxarifado, que a matéria-prima X, comum aos três produtos, está com o estoque muito baixo - só se dispõe de 700kg desse recurso. Constatou-se, ainda, que só se dispõe de 6Okg da matéria-prima Y.O gerente da produção sabe que cada unidade do produto A consome 2kg da matéria-prima X; que cada unidade do produto B consome 3kg da matéria-prima X e que cada unidade do produto C consome 5kg da matéria-prima X, além de 4kg da matéria-prima Y (que é exclusiva do produto C).O gerente de produção verificou com a equipe de vendas que a demanda mensal pelos produtos da empresa tem se mantido em 220 unidades do produto A, 100 unidades do produto B e 150 do produto C.O gerente de produção procurou a equipe de compras e verificou que não é viável adquirir mais matérias-primas até o âm deste mês.Sabe-se que no almoxarifado há 45 unidades da mercadoria A e 78 unidades da mercadoria C prontas para serem vendidas, embora não haja qualquer unidade da mercadoria B.Para se maximizar o resultado da empresa neste período, devem ser produzidas, ainda este mês, das mercadorias A, B e C, respectivamente:a) zero unidade, 100 unidades e 150 unidades.b) 175 unidades, 100 unidades e 10 unidades.c) 175 unidades, 300 unidades e 72 unidades.d) 200 unidades, 100 unidades e zero unidade.e) 220 unidades, 100 unidades e 150 unidades.

181 Capítulo 9

Page 192: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

33) (UFF/Imbel/2008) A empresa Geral Ltda. opera com a seguinte estrutura de des­pesas como porcentagens das vendas: ICMS da Venda, 18%; PIS/COFINS, 4,65%; Comissões, 2,50%; Despesas administrativas, 6%. A empresa deseja um LAIR de 20%. Nesse caso, o multiplicador de markup que deverá ser praticado é:a) 0,4885.b) 0,515.c) 2,0470829.d) 3,0470829.e) 104%.

Componente Valor (em R$)Custos Variáveis Unitários (CVU) 2,10Despesas Variáveis Unitárias (DVU) 1,70Custos Fixos Mensais (CF) 13.250,00Despesas Fixas ao Mês (incluindo R$8.000,00 de depreciação) 21.440,00Depreciação mensal fixa das máquinas 6.200,00Preço de Venda Unitário (PVU) 12,00

Considere que as informações da tabela acima digam respeito a uma empresa cuja capacidade de produção mensal é de 10.000 unidades. Considere também que o imposto sobre a receita é de 10% e que o imposto sobre o lucro é de 20%.Com respeito à situação apresentada, julgue os itens de 34 a 37, acerca da utilização do custeio variável para o gerenciamento de empresas.

34) (DF/Cespe-UnB/Trans/2008) O ponto de equilíbrio contábil mensal é superior a 5.950 unidades.

35) (DF/Cespe-UnB/Trans/2008) O ponto de equilíbrio financeiro mensal é superior a 6.020 unidades.

36) (DF/Cespe-UnB/Trans/2008) Com a produção e venda de 8.200 unidades, o lucro após impostos é de R$13.208,00.C

37) (DF/Cespe- UnB/Trans/2008) Caso a empresa resolva aumentar em 10% suas ativi­dades, além da produção máxima, mantendo a mesma estrutura de custos, o grau de alavancagem operacional será de 4,20.

38) (AnateVCespe- UnB/2009) Na análise de custo, volume e lucro, o ponto de equilíbrio varia de forma diretamente proporcional ao custo marginal de produção, se todas as demais variáveis permanecerem constantes.

Bernardo Cherman 182

Page 193: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

A D.R.E. da Cia seria:

Questão 1

Vendas 9.000.000(-) CV (6.000.000)(=) MC 3.000.000(-) CF (2.400.000)0=) Lucro 600.000

O ponto de equilíbrio é o ponto onde o lucro é zero. Assim, devemos cal­cular a margem de segurança que nos informa quanto, no caso, as vendas podem diminuir sem que a empresa opere com prejuízo.

MS = Lucro/MC = 600.000/3.000.000 = 20%Assim, 9.000.000 - (20% x 9.000.000) = 7.200.000.Obs.: Diminuir 600.000 (lucro) das vendas é um procedimento errado, já

que os custos variáveis são diretamente proporcionais à produção (uma dimi­nuição nas vendas acarreta diminuição nos custos variáveis).

Resposta: A

Questão 2

Inicialmente vamos calcular quantas unidades a Cia vendeu em um ano:39.900.000/3.800 = 10.500 unidades.

Com os outros dados calculamos o total dos custos e despesas fixos e variáveis:CVU = 1.200, logo, CV = 1.200 x 10.500 = 12.600.000Despesa variável unitária = 600Despesa variável = 600 x 10.500 = 6.300.000

Assim:CV + DV = 12.600.000 + 6.300.000 = 18.900.000CF + DF = 12.000.000 + 3.000.000

O ponto de equilíbrio é:

Q = CF + DF = 12.000.000 + 3.000.000 = 7.500 unidades MCU 3.800 - (1200 + 600)

183 Capítulo 9

Page 194: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Calculando o Lucro:

Vendas.................. ................—(~) Custos e Despesas Variáveis

.. 39.900.000 (18.900.000) .. 21.000.000 (15.000.000) .... 6.000.000

(=) Margem de Contribuição. (-) Custos e Despesas Fixos... (=) Lucro.................................

Comentários das alternativas:

a) O lucro obtido pela empresa é de 6.000.000. Alternativa errada.b) Para a empresa não ter prejuízo, ela deve vender pelo menos 7.500 uni-

dades, como calculado acima (Q). Alternativa errada.c) Para o resultado ser nulo, a empresa deve vender 7.500 unidades. Alter­

nativa errada.d) Como já comentado, para a empresa não ter prejuízo, ela deve vender

7.500 unidades, que é o ponto de equilíbrio, Alternativa errada.e) A empresa vendeu 3.000 unidades acima do seu ponto de equilíbrio

(10.500 - 7.500). Afirmativa correta.

Resposta: E

Questão 3

A questão pede a margem de contribuição. O valor da margem de con­tribuição é de 21.000.000, como vimos anteriormente. Pelos baixos valores apresentados nas alternativas, conclui-se que o examinador quer a margem de contribuição unitária:

21.000.000 = 2.00010.500

Resposta: A

Questão 4

A margem de segurança é dada pela fórmula: Lucro/Margem de Contri­buição. Logo:

6.000.000 = 0,2857 = 28,57%21.000.000

Resposta: C

Bernardo Cherman 184

Page 195: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

Os produtos que deverão ter suas produções priorizadas são os que apre­sentam a maior margem de contribuição dividido pelo fator limitante (no caso matéria-prima). Assim, teremos:

Mca = 300 - 150 = 150; 150/5 = 30 Mcb = 270 - 170 = 100; 100/4 - 25 Mcc = 200 — 110 — 90; 90/2 =45

Resposta: C

Questão 6

O ponto de equilíbrio é:

Q = CF/MCU = 80.000/(200 - 120) = 1.000 unidades.

Cada unidade vendida acima do ponto de equilíbrio nos dá um lucro cor­respondente à margem de contribuição unitária (MCU).

MCU = PVU - CVU = 200 -1 2 0 = 80. Como a empresa planeja obter um lucro de 20.000, deverão ser vendidas mais 250 unidades (20.000/80 = 250) acima do ponto de equilíbrio (1.000)

Resposta: A

Questão 7

MS = Lucro/MC• MC - 2.500 x 100 = 250.000

Lucro = 100 X 500 = 50.000 MS = 50.000/250.000 = 20%Observação: O lucro, na capacidade instalada, é de 50.000, como calcu­

lado acima.

Resposta: C

Questão 8

Alternativa a: MCU = (60 - 20) = 40. Alternativa errada.Alternativa b: Q.eq. - 120.000/40 - 3.000. Alternativa errada. Alternativa c: Receita = PVU x Q.eq. = 6 0 x 3.000 - 180.000. Alterna­

tiva errada.Alternativa d: 20.000/40 = 500 unidades acima do ponto de equilíbrio.

Questão 5

185 Capítulo 9

Page 196: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Logo, devem ser vendidas 3.500 unidades. Alternativa correta.

Resposta: D

Questão 9

Deve-se privilegiar o produto com maior margem de contribuição por hora/máquina, ou seja:

Io - Produto W, com $170 de margem por hora.2o - Produto Y, com $112 de margem por hora.3o - Produto K, com $98 de margem por hora.

Para se chegar ao número de barracas produzidas, devemos calcular o número de horas de produção de cada barraca:

Total de horas na produção de W = 1500 x 2 = 3.000 Total de horas na produção de y: 1.600 x 4 = 6.400 Total de horas gastas para a produção das barracas: 6.400 + 3.000 = 9.000 12.900 - 9.400 = 3.500 (número de horas que sobraram para a produção

de K). Logo, pode-se fabricar no máximo 1.400 barracas de K (3.500/2,5).

Resposta: A

Questão 10

Vamos calcular o lucro para uma venda de 300 unidades (3% x 10.000)V = 300 x 520 = 156.000 (preço de venda de 300 u)T = 156.000 x 13% = 20.280 (Tributos sobre a receita)VL = 156.000 - 20.280 = 135.720 (Vendas Líquidas)

Despesas fixas + Custos Fixos = 14.300CV = 150 x 300 = 45.000 (custo variável de 300 u)CT = 14.300 + 45.000 = 59.300 (Custo total de 300 u)

L = 135.720 - 59.300 = 76.420 (lucro antes do tributo sobre o lucro)L = 76.420 - (24% x 76.420) = 58.079,20

Afirmativa Correta

Questão 11

MCU = PVU -C V UPVU = 520 - (13% x 520). Logo, PVU = 452,4 (Preço de venda unitário

líquido).

Bernardo Cherman 186

Page 197: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

Logo, MCU = 452,4 - 150 = 302,4. (MCU antes do tributo sobre o lucro). MCU=302,4 - (24% x 302,4) = 230 (margem de contribuição unitária líquida). O ponto de equilíbrio é dado pela fórmula Q = CF/ MCU.Q = 14.300/230 = 62Obs.: A questão apresenta impropriedade, pois aplicar o tributo sobre o

iucro na MCU é procedimento condenável já que a MCU não representa o lucro.

Afirmativa Errada.

Questão 12

O tributo a ser aplicado sobre a MCU é agora de 19% (24% - 5%)MCU = 302,4 - (19% x 302,4) = 245

Q = 14.300/245 = 58.A redução foi de aproximadamente de 6,5% (4/62).

Afirmativa errada

Outra maneira de calcular é usando a fórmula: Qf = Qi x MCUi/MCUf Qf = 62 x 230/245 = 58.

Questão 13

CVU = 150 + (12% x 150) = 168 MCU = 452,4 - 168 = 284,4 284,4 - (24% x 284,4) = 216

Q = 14.300/216 = 66Logo, o acréscimo é, aproximadamente, 6% (4/62).

Afirmativa errada

Outra maneira de calcular é usar a fórmula dada acima.Qf = 62 x 230/216 = 66

Questão 14

No método do custeio variável, os custos e despesas fixos são apropriados ao resultado independente da venda, contrariando, especialmente, o princípio da competência. O método em que os custos e despesas fixos são apropriados ao resul­tado na proporção das vendas das mercadorias é o método do custeio por absorção.

Afirmativa errada

187 Capítulo 9

Page 198: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 15

A quantidade de equilíbrio é dada pela fórmula Q = CF/ MCU MCU = PVU - CVU. Assim, aumentado-se PVU a MCU aumenta e a

quantidade de equilíbrio diminui.

Afirmativa correta

Questão 16

Afirmativa errada. Um aumento no preço de venda acarreta uma dimi­nuição no ponto de equilíbrio contábil.

Questão 17

Afirmativa correta. Estabelecido o ponto de equilíbrio, através do estudo da relação custo-volume-lucro, podemos simular situações de modificação de qualquer uma destas variáveis.

Questão 18

Afirmativa incorreta. Um decréscimo de 20% nos custos indiretos (custos fi­xos) acarretará uma diminuição de 20% no ponto de equilíbrio (e não um aumento).

Questão 19

Afirmativa correta. Se a empresa opera acima do ponto de equilíbrio contábil, significa que ela está operando com lucro contábil. Nesse ponto, a empresa consegue cobrir seus custos e despesas fixas (custos indiretos) e ainda há uma “sobra” (lucro). Se este ponto estiver abaixo do ponto de equilíbrio fi­nanceiro, significa que a aplicação no mercado financeiro rende juros maiores que os lucros obtidos com a operação da empresa. Neste caso, não cobre o custo de oportunidade.

Questão 20

Afirmativa errada. Intervalo de significância, no caso, seria o alcance do ponto de equilíbrio econômico ao ponto de equilíbrio financeiro (o ponto de equilíbrio contábil estaria entre os dois). Caso a empresa utilize o intervalo de significância, o estudo abrange esta área. Os três pontos estariam dentro desse intervalo. Se a empresa não utiliza este método, os pontos de equilíbrio são sempre diferentes.

Bernardo Cherman 188

Page 199: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

Markup indica quanto do preço do produto está acima do seu custo de pro­dução. Representa a quantia efetivamente cobrada para obter o preço de venda. Também conhecido como margem de lucro. A afirmativa está errada porque no markup há outros fatores, como os impostos.

Questão 22

Afirmativa correta. No custeio variável temos o estudo da relação custo, volume e lucro, estudando o resultado de oscilação em qualquer uma destas variáveis.

Questão 23

Não é possível calcular ponto de equilíbrio global, já que os custos e despesas variáveis são diferenciados para cada produto. Outra limitação é em relação aos custos e despesas fixos comuns aos produtos.

Afirmativa errada

Questão 24

Afirmativa errada. A relação entre custo e volume pode ser estudada no custeio variável No custeio por absorção esta relação é distorcida em função da produção e do estoque final de produtos.

Questão 25

A fórmula para o cálculo do ponto de equilíbrio financeiro, no caso, é: Q.eq. = CF - Depreciação/(PVU ~ CVU)Nesta questão trabalhosa, devemos testar os valores dados nas opções até

chegarmos na alternativa em que a quantidade de equilíbrio seja igual a 2.000:

Alternativa a: Q = (4.000.000 - 800.000)/(1.200 - 700)Q = 3.199. Alternativa errada.

Alternativa b: Q = (2.500.000 - 950.000)/(1.500 - 725)Q - 2.000. Alternativa correta.

Com o mesmo raciocíniopode-se verificar que as outras alternativas estão erradas.

Resposta: B

Questão 21

189 Capítulo 9

Page 200: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 26

Uma empresa se encontra no ponto de equilíbrio contábil quando apresenta lucro contábil igual a zero. O examinador quer que o concursando pense da se­guinte forma: o ponto de equilíbrio é de 88.000 (80.000 + 8.000). Para se chegar a um lucro de 4.000, a empresa gastou 20.000 de propaganda. Desta forma, o volume de vendas deve ser tal que ultrapasse 24.000 (20.000 + 4.000). Assim, o volume de vendas deve ser: 88.000 + 24.000 = 112.000.

O raciocínio está errado. Na variação das vendas, há uma variação nos custos variáveis também.

De acordo com os dados, se as despesas fixas somam 40.000, para termos um prejuízo de 8.000, as despesas variáveis devem somar 48.000.

A D.R.E. atual é:

Vendas 80.000(-) Despesas Variáveis (48.000)(=) Margem de Contribuição 32.000(-) Despesas Fixas (40.000)(=) Prejuízo (8.000)

Considerando a despesa fixa com propaganda (20.000), a D.R.E. ficaria:

Vendas 80.000(-) Despesas Variáveis (48.000)(=) Margem de Contribuição (MC) 32.000(-) Despesas Fixas (60.000)(=) Prejuízo (28.000)

A margem de segurança (MS) informa quão próximo do ponto de equi­líbrio a empresa está operando, isto é, quanto as vendas podem cair para que a empresa não opere com prejuízo ou quanto as vendas devem subir para se chegar ao ponto de equilíbrio (ou algum outro ponto de lucro ou prejuízo).

No nosso problema, para que a empresa opere com lucro de 4.000, o valor do Prejuízo deve passar de (28.000) para um lucro de 4.000, isto é, o valor do prejuízo percorre 32.000.

Assim, MS = Resultado/MC = 32.000/32.000 = 100%.Desta forma, as vendas devem aumentar 100%. Como as vendas são de

80.000, passam a ser de 160.000.

Resposta: E

Bernardo Cherman 190

Page 201: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

Observe que apesar da questão nos dar a notação do custeio variável, as questões utilizam o sistema de custeio por absorção.

CV = 2,35 x 500.000 = 1.175.000V = 4 x 500.000 = 2.000.000

Questão 27

D.R.E.:Vendas 2.000.000(-) c v (1.175.000)(-) CF (300.000)(=) LB 525.000

Afirmativa correta

Questão 28

Situação Inicial (venda de 300.000 unidades).CV = 2,35 x 300.000 = 705.000 CF = 300.000 CT = 1.005.000V = 4 x 300.000 = 1.2000.000 Lucro = 195.000

Situação Final (venda de 300.000 unidades mais 200.000 unidades).Na venda das 300.000 unidades, teríamos (o custo fixo unitário alterou): CV = 2,35 x 300.000 = 705.000 CFu = 300.000/500.000 = 0,6 CF = 0,6 x 300.000 = 180.000 CT = 180.000 + 705.000 = 885.000V = 4 x 300.000 = 1.200.000Lucro = 1.200.000 - 885.000 = 315.000

Na venda das 200.000 unidades restantes:CV = 200.000 x 2,35 = 470.000 CF = 0,6 x 200.000 = 120.000 CT = 120.000 + 470.000 = 590.000 Vendas = 200.000 x 2,50 = 500.000 Prejuízo = 500.000 - 590.000 = (90.000)

Pela venda das 500.000 unidades temos um lucro de 315.000 - 90.000 =225.000.

191 Capítulo 9

Page 202: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Observe que mesmo vendendo as 200.000 unidades com prejuízo, o lucro total aumenta devido à diluição dos custos fixos.

Afirmativa errada

Questão 29

Para que o lucro bruto seja zero (utilizando a capacidade total de vendas da empresa, isto é, 500.000 unidades), as vendas devem cair para:

2.000.000 - 525.000 = 1.475.000 1.475.000/500.000 = 2,95

Alternativa, correta

Questão 30

Fazendo a D.R.E. para a nova situação:

Vendas 4Q(- ) c v (2,35Q)(-) CF (300.000)(-) Lucro Zero

Logo, 4Q - 2,35Q - 300.000 = 0 Q = 181.818

Afirmativa errada

Questão 31

Vamos aplicar a fórmula Peqf ~ Peqi x (MCUf/MCUi)

Peqi =12MCUi = 3.000 - 1.500 = 1.500.MCUf = 2.400 - 1.500 = 900.

Peqf = 12 x (1.500/900) = 20.Assim, o aumento foi de 8 unidades (20 - 12).

Resposta: B

Questão 32

Para maximizar o resultado, devemos a margem de contribuição unitária (MCU) pelo fator limitante, que no caso é a matéria-prima. Calculando as MCU:

Bernardo Cherman 192

Page 203: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

MCU A = 10 - 6 = 4MCU B - 15 - 8 - 7MCU C = 20 - 15 = 5

Calculando a MCU pelo fator limitante:

A: 4/2 = 2B: 7/3 = 2,33C: 5/5 = 1Assim, para maximizar o lucro deve ser priorizada a produção do produto

B, seguido do A e, finalmente, do C.Como não há em estoque o produto B e a demanda mensal deste produto

é de 100 unidades, a empresa deve produzir 100 unidades de B. 100 unidades de B consomem 300 kg da matéria-prima X. Sobram 400 kg em estoque.

Com relação ao produto A, a demanda é de 220 unidades. Como há 45 unidades em estoque, ela poderá produzir 175 unidades de A (220 - 45). Para esta produção é consumido 350 kg (175 x 2). Sobram 50 kg (400 - 350) da matéria- prima.

Finalmente, como há 78 unidades do produto C em estoque e como a de­manda é de 150, a produção máxima é de 72 unidades (150 - 78). Entretanto só podem ser produzidas no máximo 10 unidades de C (50/5), devido à limitação da matéria-prima X. Com relação à matéria-prima Y, a empresa poderia produzir até 15 unidades (60/4).

Resposta: B

Questão 33

O markup é quanto se deve aplicar ao CMV para se chegar ao preço de venda. Matematicamente:

CMV x markup - Venda

Supondo o preço de venda igual a R$100,00, teríamos:

Vendas 100(-).ICMS (18)(-) PIS e Cofins (4,65)(-) CMV CMV(-) Comissões (2,5)(-) Despesas (6,00)(=0 LAIR 20

193 Capítulo 9

Page 204: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Assim, teríamos: 68,65 - CMV = 20 CMV = 48,65 Aplicando na fórmula:48,85 x markup - 20 markup = 2,0470829.

Resposta: C

Questão 34

Afirmativa errada.Qeq = CF/MCU CF = 13.250 MCU = PVU- CVUCVU = custos variáveis + despesas variáveis - 2,10 + 1,70 - 3,80MCU = 12 - 3,8 = 8,2Qeq = 13.250/8,2 = 1.615 unidades.

Questão 35

Afirmativa errada.O ponto de equilíbrio financeiro é dado pela fórmula acima (Qeq = CF/

MCU) com a diferença que devemos retirar dos custos fixos as parcelas não financeiras. No caso, somente a depreciação. Assim:

Qeq = (13.250 - 6.200)/8,2 = 860 unidades.

Questão 36

Afirmativa errada, apesar de o gabarito apontar como correta.CV = 2,10x8.200 = 17.220 DV - 1,70 x 8.200 = 13.940 CF = 13.250Vendas = 12 x 8.200 - 98.400Impostos sobre vendas = 98.400 x 10% - 9.840.

Bernardo Cherman 194

Page 205: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custeio variável

O lucro é calculado como se segue:

Vendas 98.400(-) Impostos sobre vendas (9.840)(=) Vendas líquidas 88.560(-) c v (17.220)(-) DV (13.940)(=) MC 57.400(-) CF (13.250)(~) Despesas fixas (21.440)(=) Lucro antes do imposto 22.710(-) Imposto (20% x 22.710) (4.542)(=) Lucro 18.168

Questão 37

Afirmativa errada. No caso trata-se de uma situação hipotética, já que a empresa não pode produzir acima do limite máximo. O grau de alavancagem operacional é dado pela fórmula: (V - CDV)/(V - CDV) - CDF, onde:

V - VendasCDV = Custos e despesas variáveisCDF ~ Custos e despesas fixosCalculando os dados para uma produção de 10.000 unidades:CV = 2,10 x 10.000 = 21.000DV = 1,70 x 10.000 = 17.000CDV = CV + DV = 38.000CF = 13.250DF = 21.440CDF = CF + DF - 34.690V = 12 x 10.000 = 120.000

Aplicando na fórmula:

(120.000 - 38.000)/(120.000 - 38.000) - 34.690 = 1,73.Significa que a cada 1% de aumento de vendas há uma elevação no resultado

operacional de 1,73%.

195 Capítulo 9

Page 206: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Afirmativa correta. O custo marginal, de maneira simplificada, corresponde ao valor do aumento do custo quando uma unidade a mais está sendo produzida. Como vimos, ura aumento no custo ou despesas fixos ou variáveis acarreta um aumento no ponto de equilíbrio.

Questão 38

196

Page 207: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 10

ABC: custeio baseado em atividades

Como comentado anteriormente, o ABC (Activity Based Costing) procura reduzir a arbitrariedade do rateio dos custos indiretos.

Para aplicação do ABC, seguimos os seguintes passos:

10.1. Identificar as atividades relevantes

Um conjunto de tarefas é uma atividade. Assim, em cada departamento (vide departamentalização) são identificadas as atividades relevantes realizadas.

Uma atividade pode começar em ura departamento e terminar em outro (o que não é a regra). O importante é a atividade, não o departamento.

Exemplos:

Departamento AtividadeControle de Qualidade Inspecionar a produção

Calibrar equipamentos de inspeçãoPintura Pintar

EnvernizarAcabamento Acabar

EmbalarAlmoxarifado Receber materiais

Contabilizar (controle de estoque) Movimentar materiais

10.2. Atribuição de custos às atividades

Cada atividade deve ser custeada com todos os gastos necessários para desempenhá-la. Inclui, por exemplo, salários, aluguéis, viagens etc.

Ê possível obter o custo da atividade na razão geral da empresa ou através de estudos de engenharia.

O custo é atribuído à atividade através de:

Alocação Direta: quando há uma clara identificação entre o custo e a ati­vidade (ex: viagens, depreciação etc.).

197

Page 208: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Rastreamento: procura identificar, da melhor forma possível, a relação entre o custo e a atividade (Ex: aluguel cujo custo é alocado proporcionalmente à área; ou energia elétrica, com rastreamento com base nas horas-máquina).

Rateio: utilizado quando não há possibilidade de usar a alocação direta ou rastreamento. O rateio, como já visto, leva uma alta carga de arbitrariedade.

10.3. Identificar e selecionar os direcionadores de custo

De acordo com Eliseu Martins, direcionador é o fator que determina a ocorrência de uma atividade. Como atividades exigem recursos para serem reali­zados, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos custos. Portanto, o direcionador de custos deve refletir a causa básica da atividade e, consequente­mente, da existência de seus custos.

Exemplos:

Departamento Atividade DirecionadorControle de Qualidade Inspecionar a Produção

Calibrar EquipamentosTempo de Inspeção N°de Equip. calibrados

Pintura PintarEnvernizar

Tempo de pintura Tempo p/ envernizar

Almoxarifado Receber Materiais Contabilizar Movimentar Materiais

N° de recebimentos Tempo de contabilização N° de requisições

Exemplo Prático:

A Cia Flu dedica-se à fabricação de dois produtos com os seguintes custos diretos (totais):

Produto A | Produto BMaterial Direto $200.000,00 $100.000,00Mão de Obra Direta $60.000,00 | $40.000,00

A produção de A é de 10.000 unidades e de B> 30.000. A é vendido ao preço de $700.000,00 e B, $400.000,00. Suponhamos que toda a produção é vendida.

Os custos indiretos totalizam $500.000,00. Estes custos referem-se às se­guintes atividades:

Inspecionar a Produção $200.000,00Calibrar Equipamentos $50.000,00Receber Materiais $150.000,00Movimentar Materiais $100.000,00

Bernardo Cherman 198

Page 209: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

O levantamento de dados refere-se às atividades (direcionadores) e são os seguintes:

ABC: custeio baseado em atividades

A BN° de horas de inspeção 70 horas 30 horasN° de Equipamentos Calibrados 30 20N°de Recebimentos 300 200N° de Requisições 40 10

a) Calcular o custo e a margem bruta (Lucro Bruto/Vendas) utilizando o sistema tradicional (absorção) usando a mão de obra direta como critério de rateio

b) Calcular o custo e a margem bruta pelo ABC.

Pelo Sistema Tradicional

Custo Direto de A: $260.000 Custo Direto de B: $140.000

Rateio dos custos indiretos:60.000 = 0,6 x 500.000 = 300.000 (A):

100.000

40.000 = 0,4 x 500.000 = 200.000 (B)100.000

Assim, temos:Custo total de A = 260.000 + 300.000 = 560.000.Custo total de B = 140.000 + 200.000 - 340.000.

D.R.E.:A B

Vendas 700.000 400.000(-) CPV (560.000) (340.000)(=)LB 140.000 60.000

MB (A) = 140.000 = 20%700.000

MB(B) = 60.000 400.000

Observe que pelo sistema tradicional o produto A tem uma lucratividade maior que o produto B.

Pelo Sistema ABCInicialmente vamos alocar os custos proporcionalmente aos direcionadores.

199 Capítulo 10

Page 210: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

N° de horas de inspeção: A 70 = 0,7 x 200.000 = 140.000100

B 30 = 0,3x200.000 = 60.000 100

Com o mesmo raciocínio acima, apresentamos o quadro abaixo:

A BInspecionar Produção 140.000 60.000Cahbrar Equipamentos 30.000 20.000Receber Materiais 90.000 60.000Movimentação de Materiais 80.000 20.000Total 340.000 160.000

Assim teremos:

Custo Total de A = 260.000 + 340.000 = 600.000 Custo Total de B = 140.000 + 160.000 = 300.000

D.R.E.A B

Vendas 700.000 400.000(-) CPV <600.000) (300.000)H L B 100.000 100.000

MB(A) = 100.000 = 143%700.000

MBÇ400.000

Observe que o produto A (que se pensava ser mais lucrativo que o produto B pelo sistema tradicional) apresenta, neste exemplo, lucratividade menor que o produto B. Isto ocorre, geralmente, quando há um grande número de custos indiretos, complexidade dos produtos e diferentes volumes de produção.

Bemardo Cherman 200

Page 211: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

ABC: custeio baseado em atividades

A Cia Patética dedica-se à fabricação de três produtos com os seguintes custos unitários (em $):

A B CMaterial Direto 10,00 15,00 15,00Mão de Obra Direta 9,00 8,00 5,00

Volume de vendas: 10.000 para o produto A8.000 para o produto B3.000 para o produto C

Preço de venda unitário (em $): 40,00 (A)50.00 (B)90.00 (C)

Custos Indiretos de fabricação: $500.000,00 Foram constatadas as seguintes atividades:

Inspecionar Materiais $90.000,00Armazenar Materiais $70.000,00Engenharia $160.000,00Desenvolver Fornecedores $180.000,00

Direcionadores:

A B CN° de lotes inspecionados e armazenados 15 10 5Dedicação do tempo dos engenheiros 25% 35% 40%N° de fornecedores 50 80 20

Considerando-se o sistema tradicional de custeio (absorção), responda às questões 1 a 5, sendo os custos indiretos rateados em função do material direto.

01) O custo total do produto A é de (em $)a) 315.000b) 371.500c) 247.500d) 370.000e) 375.000

201 Capítulo 10

Page 212: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

ontabiiidade de Custos

2) O custo total do produto B é de (em $)a) 315.000b) 371.500c) 247.500d) 370.000e) 375.000

3) O custo total do produto C é de (em $)a) 315.000,00b) 371.500,00c) 247.500,00d) 370.000,00e) 375.000,00

4) O lucro bruto de C é de (em $)a) 85.000,00b) 75.000,00c) 30.000,00d) 25.500,00e) 22.500,00

)5) O lucro bruto de A é de (em $)a) 85.000,00b) 75.000,00c) 30.000,00d) 25.500,00e) 22.500,00

Pelo sistema ABC, responda às questões de 6 a

)6) O custo total do produto A é de (em $)a) 315.000,00b) 371.000,00c) 247.000,00d) 370.000,00e) 375.000,00

07) O custo total do produto B é de (em $)a) 391.000,00b) 371.333,00c) 447.333,00

Bernardo Cherman 202

Page 213: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

ABC: custeio baseado em atividades

d) 689333,00e) 889.333,00

08) O custo total do produto C é de (em $)a) 174.667,00b) 371.333,00c) 447.667,00d) 689.333,00e) 889.333,00

09) O lucro bruto de C é de (em $)a) 95.333,00b) 10.666,00c) 30.000,00d) 85.000,00e) 28.500,00

10) O lucro bruto de A é de (em $)a) 100.000,00b) 220.000,00c) 330.000,00d) 185.000,00e) 128.500,00

11) (MPOG/Esaf/2005) A forma de custeio na qual os custos são, inicialmente, atribuídos a direcionadores e posteriormente aos produtos é denominada de custeioa) por atividades.b) variável.c) direto.d) pleno.e) por encomenda.

12) (MPU/RO/Esaf/2005) O custeio ABC está baseado nas atividades que a empresa realiza no processo de fabricação de seus produtos. A seqüência correta de apro­priação dos custos neste sistema é:a) produtos / departamentos / atividades.b) departamentos / produtos / atividades.c) departamentos / atividades / produtos.d) atividades / departamentos / produtos.e) atividades l produtos / departamentos.

203 Capítulo 10

Page 214: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

13) (Auditor/MT/Bsaf/2005) Para se aplicar o Custeio Baseado em Atividades (ABC), é necessário:(A) definir as atividades relevantes dentro dos departamentos;(B) atribuir custo-padrão com base no volume de produção;(C) atribuir custo-padrão com base nas horas trabalhadas;(D) atribuir custo-padrão com base na depreciação acumulada;(E) preocupar-se em ratear as despesas com vendas entre os produtos.

14) (MPOG/Esaf/2005) Uma das grandes vantagens proporcionadas pela utilização do custeio ABC em relação às demais formas de atribuir custos aos produtos e serviços consiste em:a) eliminar totalmente a arbitrariedade de alocação de custos às atividades ad­

ministrativas com a não-utilização de nenhuma forma de rateio dos custos incrementais das atividades.

b) descartar, da avaliação dos direcionadores de custos relativos, a produção de um bem ou serviço, e os custos comuns às atividades na apuração do custo unitário.

c) reduzir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos.d) permitir o gerenciamento com eficiência e eficácia tanto dos custos diretos

quanto dos indiretos.e) tornar-se uma importante ferramenta a ser utilizada no processo de planeja­

mento, gestão e controle efetivo dos custos diretos.

15) (AFC/Esaf/2002) O sistema ABC é um sistema de custeio baseado nas atividades quea empresa realiza no processo de fabricação, caracterizando uma forma analítica de ratear custos indiretos aos produtos.

16) (TCU/Esaf/2007) No custeio baseado por atividades, por meio dos direcionadores de custos, os custos indiretos são atribuídos às atividades, para posteriormente serem atribuídos aos objetos de custos.

17) (TCUíEsaf/2007) Apesar das diferenças existentes entre o custeio por absorção e o custeio baseado por atividades, o resultado operacional da empresa deverá apresentar o mesmo valor em ambos os métodos, havendo ou não estoque final

18) (CFO/2004) Com relação ao Custeio ABC, pode-se afirmar que:a) É um sistema de custeio baseado na análise das atividades significativas de­

senvolvidas na empresa. O centro de interesse do sistema concentra-se nos gastos diretos.

b) É uma técnica de custeamento em que os custos e as despesas indiretos são apropriados a várias unidades por meio de algumas bases que estão relacionadas com o volume dos fatores de produção.

Bernardo Cherman 204

Page 215: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

ABC: custeio baseado em atividades

c) A finalidade é apropriar os custos às atividades executadas pela empresa e, então, apropriar, de forma adequada aos produtos, as atividades, segundo o uso que cada produto faz dessas atividades.

d) Na operacionalização do sistema, procura-se estabelecer a relação entre ativi­dades e produtos, utilizando-se de direcionadores de produtos.

e) Nesse método, assume-se que os recursos de uma empresa são consumidos pelos produtos, visando o custeamento das atividades.

19) (FGV TC PA 2008). Determinada empresa industrial fabricou e vendeu, no último mês, 2.000 impressoras a jato de tinta colorida e 5.000 impressoras a jato de tinta preto-e-branco. Analise as informações apuradas para fins do custeio baseado em atividade, conforme tabela a seguir:

Atividades Custo (R$/ mês)

Capacidade Instalada (h/

mês)

Colorida(horas/

unidade)

Preto e branco (horas/

unidade)Armazenagem 6.000,00 1200 0,3 0,1

Montagem 10.000,00 10000 2 1,2Testes e Ajustes 18.000,00 9000 1,8 1

Determine o custo da ociosidade incorrido nesse período:(Desconsidere qualquer tributo e qualquer informação não apresentada

neste enunciado.)a) Mais de $ 6.000,00.b) Entre $ 4.000,01 e $ 6.000,00.c) Entre $ 2.000,01 e $ 4.000,00.d) Zero.e) Entre $ 0,01 e $ 2.000,00.

Antes de resolvermos as questões 1 a 10 vamos inicialmente calcular os custos indiretos pelo ABC e os valores dos custos diretos.

Os cálculos abaixo seguem o mesmo roteiro do exemplo dado na parte teórica. Por regra de três simples chegamos ao seguinte quadro:

205 Capítulo 10

Page 216: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

A B CInspecionar e Armazenar 80.000 53.333,3 26.666,7Tempo de Engenharia 40.000 56.000 64.000N° de Fornecedores 60.000 96.000 24.000Total 180.000 205.333,3 114.666,7

Calculando o custo direto de cada produto:

A B CMD 10 x 10.000 = 100.000 15x8.000= 120.000 15x3.000 = 45.000MOD 9 x 10.000 = 90.000 8 x 8.000 = 64.000 5 x 3.000 = 15.000Total 190.000 184.000 60.000

Questão 1

Rateando os custos indiretos:500.000 x 10/40 - 125.000Custo Total de A = 190.000 + 125.000 = 315.000.

Questão 2

Rateando os custos indiretos:500.000 x 15/40 = 187.500Custo Total de B = 184.000 + 187.500 = 371.500.

Resposta: B

Questão 3

Rateando os custos indiretos:500.000 x 15/40 = 187.500Custo Total de C - 60.000 + 187.500 = 247.500.

Resposta: C

Questão 4

O valor das vendas é: 3.000 x 90 = 270.000 LB = V - CMV = 270.000 - 247.500 = 22.500.

Resposta: E

Bernardo Cherman 206

Page 217: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

ABC: custeio baseado em atividades

Vendas = 10.000 x 40 = 400.000 LB = 400.000 - 315.000 = 85.000.

Resposta: A

Questão 6

Custo Total = 190.000 + 180.000 = 370.000.

Resposta: E Questão 7

Custo Total = 184.000 + 205.333,33 = 689.333.

Resposta: D

Questão 8

Custo Total = 60.000 + 114.666,7 = 174.666,7.

Resposta: A

Questão 9

LB = 270.000 -174.666,7 = 95.333,33.

Resposta: A

Questão 10

LB = 400.000 - 180.000 = 220.000.

Resposta: B

Questão 11

O método de custeio por atividade (ABC) é o que utiliza os direcionadores para alocação de custos aos produtos.

Resposta: A

Questão 5

207 Capítulo 10

Page 218: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 12

Quando a empresa não utiliza a departamentalização a seqüência é: custos da fábrica/produtos. Quando utiliza a departamentalização, os custos da fábrica são repassados aos departamentos, e destes aos produtos. E quando a empresa utiliza o custeio ABC, os custos da fábrica são repassados aos departamentos, dos departamentos para as atividades e das atividades para os produtos.

Resposta: C

Questão 31

No sistema baseado em atividades, o foco recai .nas atividades relevantes, pois através dessas atividades serão direcionados os custos.

Resposta: A

Questão 14

O custeio ABC, através de seus direcionadores, diminui as distorções do rateio dos custos indiretos. Neste sistema, os custos são atribuídos aos produtos de três formas: direta, rastreamento e, quando não for possível utilizar uma das formas anteriores, o rateio.

Resposta: C

Questão 15

Correta. O rateio dos custos indiretos no sistema ABC é feito por atividade (neste sistema também é possível fazer o rateio de despesas por atividade).

Questão 16

Afirmativa correta. No sistema ABC, os custos indiretos são atribuídos às atividades, através dos direcionadores de custos, para depois serem atribuídos aos produtos.

Questão 17

Afirmativa errada. No custeio por absorção, os custos indiretos são apro­priados aos produtos por critério de rateio, às vezes arbitrário. No custeio por atividade, são apropriados aos produtos, regra geral, os custos e despesas indiretas. Os critérios são totalmente diferentes, consequentemente, o resultado também.

Bernardo Cherman 208

Page 219: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

ABC: custeio baseado em atividades

Alternativa a: Errada. O centro de interesse é nos custos indiretos, e não nos diretos como afirma a questão.

Alternativa b: Errada. Os custos e despesas são apropriados aos produtos por meio das atividades desenvolvidas.

Alternativa c: Correta. A principal finalidade do custeio ABC é apropriar custos aos produtos por meio das atividades, de acordo com o uso que cada pro­duto faz destas atividades. A medição do uso é feita por meio dos direcionadores.

Alternativa d: Errada. Procura-se estabelecer a relação entre atividades e produtos utilizando-se de direcionadores de custos (não de produtos).

Alternativa e: Errada. O ponto de partida não são os recursos consumidos pela empresa, e sim as atividades executadas para a obtenção do produto.

Resposta: C

Questão 19

ComentáriosO custo de ociosidade é calculado pela diferença entre o custo da capacidade

instalada e o custo efetivamente ocorrido. Calculando os custos:

Armazenagem:0,3H x 2.000 = 600H (horas gastas para de armazenagem para 2.000 im­

pressoras coloridas).0,1H x 5.000 = 500H (horas gastas para armazenagem de 5.000 impressoras

preto e branco).Total de horas gastas com armazenagem = I.100H.Ociosidade em horas = 1.200 - 1.100 = 100H.Custo da hora de armazenagem = 6.000/1.100 = 5,45 (arredondando).Custo de Ociosidade na armazenagem - 100 x 5,45 = 545.Seguindo o mesmo raciocínio para montagem e Testes e Ajustes:

Montagem:2Hx 2.000 =4.000H1,2 x 5.000 = 6.000HTotal de horas gastas montagem = 10.000 horas.Ociosidade em horas = 0 (zero).Custo de Ociosidade = 0 (zero)

Questão 18

209 Capítuío 10

Page 220: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Testes e Ajustes:1,8H x 2.000 = 3.600H 1H x 5.000 = 5.000HTotal de horas gastas em testes e ajustes = 8.600horas Ociosidade em horas = 9.000 - 8.600 - 400 horas.Custo da hora de testes e ajustes = 18.000/8.600 = 2,09. Custo de Ociosidade = 400 x 2,09 - 837 (arredondando):

Custo de Ociosidade Total = 545 + 0 + 837 = 1.382

Resposta: E

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Page 221: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Capítulo 11

RKW

11.1. Geral iiO RKW (.Reichskuretoriumfur Wirtschaftlichtkeit) é um sistema do início !

do século, originalmente da Alemanha. O sistema aloca aos produtos todos os icustos e despesas através de rateio (da mesma forma que vimos nos capítulos anteriores). Com o rateio de todos os gastos, para se obter o preço de venda bas­taria adicionar o lucro desejado.

Observe a semelhança entre o RKW e o ABC: nos dois sistemas são alocados ao produto custos e despesas (é a regra do ABC). Assim, para a obtenção do preço de venda, tanto no RKW quanto no ABC, bastaríamos fixar o lucro desejado.

Este raciocínio se aplica só para efeitos contábeis, já que na prática a determinação do preço de venda é feita pelo mercado através da lei da oferta e procura.

O sistema de adicionar um lucro ao custo, para a determinação do preço de venda, só se aplica a produtos monopolísticos.

Exemplo:A Cia Patética, que se dedica à fabricação de dois produtos (A e B), incorreu

nos seguintes custos (em $):

Matéria-Prima 40.000,00Mão de Obra Direta 50.000,00Depreciação 15.000,00Comissão sobre Vendas 5.000,00Despesas Administrativas 7.000,00Despesas Financeiras 3.000,00Energia 10.000,00Aluguel 10.000,00Seguros 10.000,00

Sabendo-se que a produção do produto A é de 200 peças e de B, 100 peças, calcular o custo dos produtos A e B pelo RKW considerando a produção como critério de rateio

211

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Contabilidade de Custos

Resolução

Custos + Despesas = 150.000,00

100 = 0,333 x 150.000 = 50.000 (custo de B) 300

200 = 0,666 x 150.000 = 100.000 (custo de A) 300

Observe que pelo RKW não há distinção entre custo e despesa. Todas as despesas (assim como os custos) foram alocadas aos produtos.

Julgue os itens a seguir:

01) (ÍNSS/Cespe-UnB/1998) RKW é o método de alocação de custos aos produtos, o qual considera todos os custos, diretos e indiretos, e as despesas, exceto as de vendas e as financeiras.

02) (PF/Cespe-UnB/2002) No sistema de custeio RKW, os custos de depreciação de equipamentos e outros bens de produção devem ser apropriados aos produtos.

São dadas as seguintes informações da Cia Paf (em $), fabricante do produto X:

Custos fixos (indiretos)............. 1.000Custos Variáveis......................1.500Despesas Fixas.........................2.000Despesas Variáveis...................1.500Vendas..................................... 5.000Produção: 1.000 unidades

03) Considerando o custeio por absorção, o custo unitário do produto X é (em $):a) 1,00b) 2,50c) 2,00d) 3,00e) 1,50

04) Considerando o custeio direto, o custo unitário do produto X é de:a) 1,00

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RKW

b) 2,50c) 2,00d) 3,00e) 1,50

05) Considerando o sistema RKW, o custo unitário do produto X é (em $):a) 1,00b) 2,50c) 4,50d) 5,00e) 6,00

06) (Simulado 2008) O método de custeio que consiste na apropriação de todos os custos de produção e todas as despesas aos produtos elaborados é denominado custeio:a) RKWb) Reposiçãoc) Diretod) Absorçãoe) Padrão

Questão 1

Afirmativa errada. No sistema RKW todos os custos e despesas são alocados aos produtos, inclusive as de vendas e financeiras.

Questão 2

Afirmativa correta. No sistema RKW todos os custos e despesas são apro­priados aos custos dos produtos.

Questão 3

2,500/1.000 = 2,50

Resposta: B

Questão 4

1.500/1.000 = 1,5

Resposta: E

213 Capítulo 11

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Questão 5

6 . 000/ 1.000 = 6

Resposta: E

Questão 6

O método que apropria todos os custos e despesas é o RKW.

Contabilidade de Custos

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Capítulo 12

Custo padrão

Nesse sistema de custeio os custos são predeterminados antes da produ­ção. É uma meta que a empresa deseja atingir em um determinado período de tempo. Todos os custos são tomados por estimativa. Pode ser utilizado quer a empresa adote o custeio por absorção, quer por custeio variável. Geralmente não é contabilizado.

Há três tipos de custo padrão:

♦ Ideal♦ Estimado♦ Corrente

12.1. Custo padrão ideal

É aquele determinado dentro das condições ideais de qualidade e eficiência de mão de obra. Expressa o objetivo da empresa a longo prazo (planejamento estratégico). Supõe a utilização máxima de todos os recursos disponíveis com um mínimo de desperdícios e são desprezados os imprevistos, como quebras de equipamentos, perdas etc. Na prática é muito difícil de ser alcançado. O uso deste custo padrão é muito restrito e teórico.

12.2. Custo padrão estimado

É aquele determinado através da observação da produção passada (cus­to histórico). Parte da hipótese que a média do passado é um número válido e somente introduz algumas modificações esperadas. Não aponta defeitos ou ineficiências. É uma estimativa de custo a curto prazo, e geralmente os valores encontrados são bem próximos da realidade. Leva em conta apenas os aspectos práticos da produção.

12.3. Custo padrão corrente

Leva em consideração que certas deficiências não podem ser solucionadas, pelo menos a curto e médio prazo. Ê o custo que a empresa deveria ter alcançando certos níveis de desempenho. São possíveis de ser alcançados. Faz a união entre aspectos teóricos e práticos da produção. Situa-se entre o ideal e o estimado.

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Contabilidade de Custos

12.4. Custo real

O custo real é aquele que ocorreu efetivamente na empresa. Quando o custo real é maior que o custo padrão» a diferença é desfavorável, já que os custos foram maiores que o previsto, Quando o custo padrão for maior que o real, a diferença é favorável.

Custo Padrão > Custo Real -> Situação FavorávelCusto Padrão < Custo Real ->• Situação Desfavorável

Exemplo 1:

Dados os custos de produção de uma empresa, em um determinado período, estudar as variações:

ITENS CUSTO REAL CUSTO PADRÃO VARIAÇÃOMat. Direito 150.000 120.000 30.000 desfavorávelMOD 350.000 360.000 10.000 favorávelCIF 200.000 180.000 20.000 desfavorávelTOTAL 700.00 660.000 40.000 desfavorável

Exemplo 2:

A Cia. Periculosa gastou 100 kg na fabricação de seus produtos a um custo de R$150,00. A previsão foi que a quantidade foi 20% menor que o real, a um custo de R$10,00 menor. Estudar as variações.

Resolução

Nesse problema temos um padrão de preço e outro de quantidade. O estudo das variações é de melhor visualização através de gráfico.

Bernardo Cherman 216

Page 227: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Neste caso temos:

Real:Quantidade: 100 kg Custo: R$150,00

Previsão (padrão):Quantidade: 80 kg Custo: R$140,00

A variação total é calculada a seguir:150 x 100 = 15.000 (real)140 x 80 = 11.200 (padrão)

.Variação - 15.000 - 11.200 = 3.800 (desfavorável)

Podemos calcular esta variação por quantidade e preço:

Variação da Quantidade = Diferença de Quantidade x Preço Padrão = (100 - 80) x 140 = 2.800 (d)

Variação do Preço = Diferença de Preço x Quantidade Padrão = (150 - 140) x 80 = 800 (d)

Se somarmos a variação da quantidade com o preço, obteremos 3.600 desfa­vorável (2.800 + 800). Observe que há uma diferença de 200 em relação ao cálculo inicial (3.800). Esta diferença pode ser explicada através do gráfico a seguir:

Custo padrão

Variação Preço VariaçãoMista

------► Real

Variação

Quantidade

-----► Padrão

80 100 Q

As variações de preço e quantidade estão demonstradas no gráfico acima. Observe que está faltando a área representada pela variação mista.

217 Capítulo 12

Page 228: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Para calcularmos a variação mista, basta calcularmos a área acima repre­sentada:

(150 - 140) - (100 - 80) = 10 x 20 = 200 desfavorável.

Exemplo:Eficiência da mão de obra (horas trabalhadas previstas) com custo de mão

de obra; quantidade de horas para produzir uma peça (hora/peça) com custo horário da mão de obra, metros com preço por metro, etc.

Exemplo 3:

Padrão:Quantidade = 50 m Preço = R$100/m

Real:Quantidade = 40 m Preço = R$130/m

Cálculo da Variação Total:50 x 100 = 5.000 (padrão)40 x 130 = 5.200 (real)

Variação Total = 5.200 - 5.000 = 200 desfavorável.

Variação da Quantidade = (50 - 40) x 100 = 1.000 (f)Variação do Preço = (130 - 100) x 50 = 1.500 (d)

A variação total é de 500 desfavorável (1.500 - 1.000). Há uma diferença de 200 em relação ao cálculo inicial.

Graficamente teríamos:

P

130

100

------ ► Real

VariaçãoPreço Variação Mista

VariaçãoQuantidade -----► Padrão

40 50 Q

Bernardo Cherman 218

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Custo padrão

Calculando a variação mista: (130 - 100) x (50 - 40) = 30 x 10 = 300 favo­rável.

Exemplo 4:

A Cia. Suicida apresenta os seguintes dados padrões mensais:

Produção Total: L000 unidades Custos Variáveis: $20,00 por unidade Custos Fixos: $26.000,00Para uma produção real de 500 unidades, calcular a variação do custo

unitário.

Resolução

Para resolvermos o problema, devemos calcular o custo unitário para uma produção de 1.000 unidades e para uma produção de 500 unidades.

20 x 1.000 + 26.000 - 46.000 = $46/u (Padrão)1.000

20 x 500 + 26.000 = 36.000 = $72/u (Real)500

Variação: $26,00 desfavorável (real > padrão)

01) (Simulado 2008) A Cia. Presuntos e Pastéis apresentou os seguintes padrões men­sais:

Produção Total: 1.500 unidadesCustos Variáveis: $30,00 por unidade Custos Fixos: $15.000,00

Para uma produção de 1.000 unidades, teríamos uma variação no custo unitário de:

a) 5 desfavorávelb) 5 favorávelc) 25 desfavoráveld) 25 favorávele) 15 favorável

219 Capítulo 12

Page 230: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

02) (Simulado/2008) A Cia. Fecalona apresenta a seguinte estrutura:

Contabilidade de Custos

Material Direto $5,00/u.Mão de Obra Direta $15,00/uCusto Indireto de Fabricação (CIF) Variável $20/uCIF fixo $200.000,00

Com uma estimativa de produção de 10.000 unidades, o custo padrão unitário é de ($):a) 20,00b) 30,00c) 40,00d) 50,00e) 60,00

A Cia. Furúnculo apresentou os seguintes custos padrões:

P QMatéria-Prima $20,00 1,5 KgMão de Obra Direta $3,00/h lOhCustos Indiretos de Fabricação $15.000,00

Os custos reais foram:

P QMatéria-Prima $22,00 1,4 KgMão de Obra Direta $3,25/h 10,2hCustos Indiretos de Fabricação $18.000,00

Com os dados acima, responda às questões 3 a 7.

03) A variação da quantidade de matéria-prima foi de ($/u):a) 2,00 (f)b) 2,00 (d)c) 2,20 (f)d) 2,20 (d)e) 2,50 (d)

04) A variação do preço da matéria-prima ($/u):a) 3,00 (f)b) 3,00 (d)c) 2,8 (d)d) 2,8 (f)e) 2,9 (d)

Bernardo Cherman 220

Page 231: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custo padrão

05) A variação da eficiência da mão de obra é (tempo):a) 0,67 (f)b) 0,67 (d)c) 0,65 (f)d) 0,65 (d)e) 0,60 (d)

06) A variação do preço da mão de obra é de:a) 2,5 (f)b) 2,5 (d)c) 2,55 (f)d) 2,55 (d)e) 2,60 (f)

07) A variação mista é de:a) 0,08 (d)b) 0,08 (f)c) 0,05 (f)d) 0,05 (d)e) 0,07 (f)

08) (ÁFRF/Esaf) Numa empresa fabril que trabalha com custo padrão, a variação do tempo da mão de obra direta, em certo período, foi de 100 (cem) horas acima do número previsto, que foi de 1.000 (mii) horas.No mesmo período, a variação do custo da mão de obra direta por unidade de tempo foi de $0,10 (dez centavos) abaixo do valor orçado, que foi de $ 1,00 por hora.O valor da variação total entre a custo padrão (CR) e do custo real (CR) foi de:

a) CP> $110,00b) CP< $110,00c) CP> $10,00d) CR< $10,00e) CR> $100,00

09) (AFRF/Esaf) Uma empresa que trabalha com custos padrão previu que gastaria 5 kg de matéria-prima, a um custo de $ 15.000,00/kg, para produzir uma unida­de do determinado produto. Ao final do período, constatou que, embora tivesse economizado 20% no preço do material, havia gasto 20% a mais de material que o previsto. O resultado final foi:a) Igual ao previsto.b) Favorável em $3.000,00.c) Favorável em $15.000,00.d) Desfavorável em $3.000,00.e) Desfavorável em $15.000,00.

221 Capítulo 12

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Contabilidade de Custos

Questões 10 a 13 - Cespe-JJnB

10) (Câmara/DF/2006) A variação favorável da aplicação de mão de obra, sem acréscimode funcionários, demonstra a possibilidade de aprimoramento do uso de tecnologia. Ao estimar o tempo ocioso dos funcionários, o contador deverá registrar, no livro diário, o valor obtido na estimativa.

11) (Câmara/DF/2006) Ao se elaborar o orçamento de uma empresa, deve-se obser­var a possibilidade de adequação do orçamento ao longo do período projetado. Assim, a empresa ajustará os valores estimados e poderá atribuir padrões para os próximos orçamentos.

12) (Câmara/DF/2006) Caso uma empresa obtenha variação desfavorável de gastos com manutenção e conservação fornecidos por terceiros, ocorrerá um decréscimo maior no disponível quando a empresa pagar os serviços prestados por terceiros.

13) (Câmara/DF/2006) A variação favorável de aplicação de matéria-prima no processo produtivo proporcionará economia no ativo circulante. Assim, o valor estimado pelo orçamento para a conta estoque de matéria-prima estará subestimado ao final do período.

As questões 14 e 15 referem-se aos dados abaixo:

A Empresa ALFA fixou o custo padrão da matéria-prima de seu novo produto alimentício conforme detalhado abaixo:

- Matéria-prima 55kg/caixa x R$8,00/kg = R$440,00.

O produto foi lançado no mercado e no final do mês apurou-se, quanto ao gasto real de matéria-prima, o seguinte:

- Matéria-prima 60kg/caixa x R$7,80/kg = R$468,00.

14) (CFOf2004) Com base nos dados acima, pode-se afirmar que a variação do custo,tendo em vista a quantidade de matéria-prima, foi de:a) R$0,00 (zero).b) favorável de R$40,00.c) favorável de R$39,00.d) desfavorável de R$39,00.e) desfavorável de R$40,00.

15) (CFO/2004) Com base nos dados acima, pode-se afirmar que a variação mista foi de:a) R$0,00 (zero).b) favorável de R$1,00.

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Page 233: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custo padrão

c) favorável de R$ 2,00.d) desfavorável de R$ 2,00.e) desfavorável de R$ 3,00.

(Amazônia/Cespe-UnB/2007)

OrçamentoConsumo de insumos por produtoMatéria-Prima 5kg Custo por R$1,50 por KgMão de Obra 0,5 horas Custo; R$20,00 por hora

Custos Indiretos unitários R$3,25Custos Indiretos fixos totais R$9.870Preço de Venda Unitário R$28Produção 8.000 unidadesVenda 6.000 unidadesDespesas totais R$15.200

Considere as informações do orçamento de produção apresentado acima edesconsidere qualquer incidência tributária. Com relação a essas informações,julgue os itens subsequentes.

16) (Àmazônia/2007) Considerando as informações apresentadas no orçamento, o valor do lucro líquido obtido será de R$43.500.

17) (Amazônia/2007) Caso a mão de obra sofra variação de custo favorável em R$5,00, mantendo-se as demais variáveis, o resultado líquido obtido será de R$33.430.

18) (Amazônia/2007) Caso a matéria-prima sofra variação de volume desfavorável em 0,2, mantendo-se as demais variáveis, a margem bruta será de R$19.500.

19) (Amazônia/2007) Caso os custos indiretos unitários sejam de R$2,50, mantendo- se as demais variáveis, o resultado líquido será de R$22.930.

20) (Amazônia/2007) Caso a empresa consiga uma variação favorável de despesas da ordem de 30%, mantendo-se as demais variáveis, o lucro líquido será de R$22.990.

21) (Amazônia/2007) Caso a quantidade produzida aumente em 20% e a quantidade vendida seja de 7.000 unidades, mantendo-se os valores de custos e despesas, o lucro líquido obtido será superior ao previsto em, pelo menos, 39%.

223 Capítulo 12

Page 234: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

22) (Amazônia/2007) Caso a empresa necessite de uma margem líquida de lucro su­perior a 30%, o preço de venda a ser praticado, mantendo-se as demais variáveis, deverá ser superior a R$36.

23) (Amazônia/2007) O acréscimo ao valor do custo unitário da matéria-prima propor­cionará um decréscimo no lucro líquido obtido. Dessa maneira, ao aumentar o custo da matéria-prima em 10%, a empresa reduzirá o valor do lucro obtido em 10%.

24) (Amazônia/2007) Caso ocorra inflação no período da ordem de 1% e a empresa resolva ajustar seus componentes de custo e despesas em 1% e o preço de venda em 1,5%, então o valor do lucro será 8,56% superior ao orçado.

25) - (Amazônia/2007) A contratação de empregados que recebam R$15 por hora e queconsumam 0,65 hora para a produção de cada produto proporcionará uma variação orçamentária conjunta desfavorável de R$2,25 por unidade.

Custo Unitário Custo TotalMatéria-Prima 0,6 Kg R$7,50 R$4,50Mão de obra direta 0,5 h R$8,00 R$4,00Custo Unitário Direto do Produto R$8,50

Capacidade máxima da fábrica: 10.000 unidades ao mês. Custos indiretos de fabricação: R$12.500,00.Despesas administrativas: R$6.200,00.

Acerca da relação custo/volume/lucro, julgue os itens subsequentes com base nas in­formações apresentadas.

26) (SGA/Cespe-UnB/2008) Com uma variação desfavorável, da ordem de 20%, de quantidade de matéria-prima aplicada, o custo unitário direto sofrerá acréscimo inferior a 11% em relação aos dados fornecidos.

27) (SGA/Cespe-UnB/2008) Uma variação desfavorável, da ordem de 20%, do custo damão de obra, provocará um acréscimo no custo unitário superior a 10% em relação aos dados fornecidos.

28) (SGA/Cespe-UnB/2008) Uma variação desfavorável, da ordem de 10%, do custo da mão de obra, aliada a uma variação favorável, da ordem de 40%, na aplicação da mão de obra, proporcionará uma variação favorável no custo variável final do produto da ordem de 16% em relação aos dados apresentados.

29) (SGA/Cespe-UnB/2008) O ponto de equilíbrio contábil será maior quando a empresaobtiver uma variação desfavorável nos custos de mão de obra aplicados na produção.

Bernardo Cherman 224

Page 235: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custo padrão

30) (SGA/Cespe-UnB/2008) Caso a empresa consiga uma variação favorável de aplicaçãoda mão de obra de 10%, aliada a uma variação favorável do custo de matéria-prima da ordem de 20%, o custo variável unitário será de R$6,80.

31) (SGA/Cespe-UnB/2008) Considerando as informações apresentadas, se o preço de venda praticado for de R$18,50 a unidade, o ponto de equilíbrio contábil será 1.870 unidades.

32) (SGA/Cespe-UnB/2008) Considerando o preço unitário de R$10,50, o ponto deequilíbrio contábil será 12.000 unidades.

33) (SGA/Cespe-UnB/2008) Para a obtenção de um lucro esperado mínimo de R$ 6.500,com a prática do preço- de venda de R$16,50 a unidade, á empresa terá de produzir e vender 3.150 unidades.

Questão 1

Custo Unitário Padrão:1,500 x 30 + 15.000 = 60.000/1.500 = 40 Custo Unitário Real:1.000 x 30 + 15.000 = 45.000/1.000 = 45

Resposta: A

Questão 2

Custo Unitário Padrão = 5 + 15 + 20 + (200.000/10.000) = 60

Resposta: E

Para responder às questões 3 e 4, observe o gráfico abaixo:

225 Capítulo 12

Page 236: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 3

Variação da Quantidade = Variação Quantidade x Preço Padrão = (1,5 - 1,4) x 20 = 0,1 x 20 = 2 (f)

Resposta: A

Questão 4

Variação Preço = Diferença Preço x Quantidade Padrão = (22 - 20) x 1,5 = 3 (d)

Resposta: B

Questão 5

Variação da eficiência: 3 x (10,2 - 10) = 0,6

Resposta: E

Questão 6

Variação do preço da mão de obra: 10 x (3,25 - 3) = 2,5

Resposta: B

Questão 7

(3,25 - 3) x (10,2 - 10) = 0,05

Resposta: D

Questão 8

--------- ► Padrão

------- ► Real

1.000 1.100 Q (t)

Bernardo Cherman 226

Page 237: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custo padrão

0,9 x 1.100 = 990 (real)1 x 1.000 = 1.000 (padrão)1.000 - 990 = 10Logo, CP >10 que o CR ou CR < 10 CP. A questão tem duas respostas (C e D).

Questão 9

P/Kg

15.000 -------------

12.0 0 0 -------------------------

5 6 MP

12.000 x 6 = 72.000 desfavorável.15.000 x 5 = 73.000 favorável.Diferença- 3.000 favorável

Resposta: B

Questão 10

Afirmativa incorreta. A variação favorável da aplicação de mão de obra sem acréscimo de funcionários pode ser resultado de uma série de fatores como, por exemplo, treinamento de pessoal, uso melhor da tecnologia existente, melhoramento das atividades devido ao resultado de estudo de tempos e movimentos, alteração do layout, e outros. Estas estimativas não são registradas no livro diário.

Questão 11

Afirmativa correta. Refere-se ao custo padrão corrente que, através da ob­servação da produção passada e considerando que certas deficiências podem ser sanadas, obteremos valores estimados, próximos da realidade para a produção futura.

Questão 12

Afirmativa correta. Se a empresa obteve uma variação desfavorável de gastos com manutenção de terceiros, significa que gastou mais que o previsto,

227 Capítulo 12

Page 238: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

logo, pagará mais pelo serviço que o previsto, ocasionando um decréscimo no disponível maior que o esperado.

Questão 13

Afirmativa correta.A variação favorável de aplicação de matéria-prima no processo produtivo

significa que a empresa gastou menos matéria-prima que o previsto para uma determinada produção. Isso acarretará uma economia no ativo circulante. Assim, o valor estimando pelo orçamento para a conta estoque de matéria-prima estará subestimado: ao final do período haverá mais matéria-prima que o estimado no orçamento (o valor do orçamento estará'subestimado).

Questão 14

Elaborando o gráfico:

P

7,8Padrão

Real

55 60 Q

Calculando as variações:Variação da Quantidade: Variação da Quantidade x Preço Padrão Variação da Quantidade = (60 - 55) x 8 = 40 desfavorável (Quantidade

Padrão < Quantidade Real)

Resposta: E

Questão 15

Pelo gráfico da questão anterior, podemos calcular a variação mista: Variação Mista = (60 - 55) x (8 - 7,8) = 5 x 0,2 = 1 (favorável)Neste caso, a variação mista deve ter situação contrária à variação da

quantidade. Como a variação da quantidade foi desfavorável, a variação mista deve ser favorável.

Resposta: B

Bernardo Cherman 228

Page 239: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custo padrão

Para facilitar a resolução das questões, vamos considerar a matéria-prima (MP), a mão de obra (MOD) e os custos indiretos (CIV) como custos variáveis (CV). Apesar da notação, a resolução será pelo custeio por absorção. Desta forma, os custos variáveis unitários (CVU):

MP = 5 x 1,5 = 7,5 MOD = 0,5 x 20 = 10 CIV = 3,25CVU = 7,5+ 10+ 3,25 CVU = 20,75

. Como foram vendidas 6.000 unidades,CV = 20,75 x 6.000 = 124.500

Questão 16

Elaborando a D.R.E.:

Vendas (28 x 6.000) 168.000(-)CV (124.500)(-) CIF (Custo Indireto Fixo) (9.870)(=) Lucro Bruto 33.630(-) Despesas Totais (15.200)(=) Lucro Líquido 18.430

Afirmativa errada.

Questão 17

MOD - (20 - 5) x 0,5 = 7,5 Novo CVU = 7,5 + 7,5 + 3,25 - 18,25 CV = 18,25 x 6.000 = 109.500

D.R.E.:

Vendas 168.000(-) cv (109.500)(-) CIF (9.870)(-) Despesas Totais (15.200)(=) Lucro 33.430

Afirmativa correta.

229 Capítulo 12

Page 240: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 18

MP = (1,5 + 0,2) x 5 = 8,5Novo CVU = 8,5 + 10 + 3,25 = 21,75CV = 21,75 x 6.000 = 130.500

D.R.E.:

Vendas 168.000(-)CV (130.500)(-) CIF (9.870)(=) Lucro Bruto 27.630

Afirmativa errada.

Questão 19

Novo CVU = 7,5 + 10 + 2,5 = 20 CV = 20 x 6.000 = 120.000

D.R.E.:

Vendas 168.000(-) cv (120.000)(-) CIF (9.870)(-) Despesas Totais (15.200)(-) Lucro Líquido 22.930

Afirmativa correta.

Questão 20

D.R.E.:

Vendas 168.000(-)CV (124.500)(-) CIF (9.870)(-) Despesas (15.200 - 30%) (10.640)(=) Lucro Líquido 22.990

Afirmativa correta,

Questão 21

Vendas = 7.000 x 28 = 196.000 CV = 7.000 x 20,75 = 145.250

Bernardo Cherman 230

Page 241: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custo padrão

D.R.E.:

Vendas 196.000(-)CV (145.250)(-) CIF (9.870)(-) Despesas (15.200)(=) Lucro 25.680

Variação = 25.680/18.430 = 39,33%

Afirmativa correta.

Questão 22

Lucro Líquido (LL) - 0,3V. Logo,LL = V - CV - CIF - Despesas 0,3V - V - 124.500 ~ 9.870 - 15.200 0,7V - 149.570V = 213.671,42

213.671,42/6.000 = 35,61

Afirmativa errada.

Questão 23

Custo da MP = 7,5 + 10% = 8,25 CVU = 8,25 + 10 + 3,25 = 21,5 CV = 21,5 x 6.000 = 129.000

D.R.E.:

Vendas 168.000(-) CV (129.000)(-) CIF (9.870)(-) Despesas (15.200)(=) Lucro 13.930

13.930/18.430 = 0,7558 0,7558 - 1 = 24,42%

Afirmativa Errada.

231 Capítulo 12

Page 242: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Questão 24

D.R.E.:

Vendas (168.000 + 1,5%) 170.520(-) CV (124.500 + 1%) (125.745)(-) CIF (9.870 + 1%) (9.969)(-) Despesas (15.200 + 1%) (15.352)(=) Lucro 19.454

19.454/18.430 = 5,55%

Afirmativa errada.

Questão 25

MOD (1) = 10MOD (2) = 15x0,65 = 9,75Variação Orçamentária Favorável = 0,25

Afirmativa errada.

Questão 26

Calculando as variações:Matéria-prima: 0,6kg + 20% = 0,72.0,72 x 7,5 = 5,4

MOD: 0,5 x R$8,00 = R$4,00.

Custo unitário direto do produto = 5,4 + 4 = R$9,40.

CUP(l) = R$8,5 (4,5 + 4,0)

CUP(2) = R$9,4 Variação = 9,4/8,5 = 10,6%

Afirmativa correta.

Questão 27

Matéria-prima: R$4,5 (dado)

MOD: 0,5h + 20% = 0,6h 0,6 x 8 = 4,8

Custo unitário direto do produto: 4,5 + 4,8 = R$9,3.

Bernardo Cherman 232

Page 243: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Custo padrão

CUP(l) = R$8,5 CUP(2) = R$9,3 Variação = 9,3/8,5 = 9,4%

Afirmativa incorreta.

Questão 28

Matéria-prima: R$4,50 (dado)

MOD: 0,5h - 40% = 0,3h R$8,00/h + 10% = R$8,80 0,3 x R$8,80 - 2,64

Custo unitário direto do Produto: 4,5 + 2,64 = R$7,14

CUP(l) = R$ 8,5 CUP(2) = R$ 7,14Variação = O custo unitário diminuiu, logo, houve uma variação favorável

de 16% (7,14/8,5 = 0,84.1 - 0,84 = 16%).

Afirmativa correta.

Questão 29

Afirmativa correta.A variação trará um aumento nos custos e consequentemente necessitará

de um volume maior de receita de vendas para cobrir estes novos custos.

Questão 30

Afirmativa errada.

Matéria-prima: 0,6 x 7,5 = 4,54,5 - 20% = 3,6

MOD: 0,5h - 10% = 0,45h 0,45 x 8 = 3,6Custo unitário direto do produto: 3,6 + 3,6 = R$7,2

Questão 31

Afirmativa correta.Aplicando na fórmula:Peq = CF/MCU Onde MCU = PVu - Cvu

233 Capítulo 12

Page 244: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos

Peq = Ponto de EquilíbrioCF = Custos + Despesas fixos = 12.500 + 6.200 = 18.700MCU = Margem de Contribuição UnitáriaPVU - Preço de Venda Unitária = 18,50CVU = Custos Variáveis Unitários -8 ,5MCU = 18,50 - 8,50 = 10.Peq = 18.700/10 = 1.870.

Questão 32

Afirmativa errada.Aplicando a fórmula dada na questão anterior:MCU = Pvu - Cvu = 10,5 - 8,5 = 2 Peq = 18.700/2 = 9.350

Questão 33

Afirmativa correta.A forma mais fácil de resolver a questão é através da D.R.E., sendo Q

quantidade procurada:

Vendas 16,5 xQ(-) CF 18.700(-) cv 8,5 xQ(=) Lucro 6.500

Montando a equação:16,5 x Q ~ 18.700 - 8,5 x Q = 6.500 8 x Q = 25.200 Q = 25.200/8 Q = 3.150

Bernardo Cherman 234

Page 245: Contabilidade de Custos - Bernardo Creimer Cherman

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas*

FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade de Custos. 4. ed. Rio de Janeiro: Ferreira.

LEONE,George S. Curso de Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Atlas.

CHERMAN, Bernardo. Contabilidade Geral 1. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos.

BATISTA, Antônio Celso. Contabilidade Geral. 6. ed. São Paulo: Atlas.

GELBCKE, Ernesto Rubens; IUDICIBUS, Sérgio de e MARTINS, Eliseu. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações - FIPECAFI. 6. ed. São Paulo: Atlas.

HENDRIKSEN, Eldon S. E BREDA, Michael F. Van. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas.

CFC - Conselho Federal de Contabilidade - Resolução 750/93.

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