conhec ling e extr transparências
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ABAIXO O DICIONRIO
LEITURA E ANLISE DE TEXTOS
ASPECTOS LINGUSTICOS E EXTRALINGUSTICOS
Professora: Ida Barra de Moura Galvo
1 ABAIXO O DICIONRIO?
Considerar o dicionrio como responsvel pela compreenso desconsiderar o texto como um todo significativo.
Se o contexto lingustico no esclarecer o significado daquela palavra ou expresso, o leitor poder ativar em sua memria outros tipos de conhecimento no processo de compreenso.
Observe a seguinte informao:
Assim foi. O touro mais forte, fora de marradas, encurralou no brejo o mais fraco, e as rzinhas tiveram de dizer adeus ao sossego. (LOBATO, Monteiro. Fbulas e histrias diversas. So Paulo: Brasiliense, 1960).
A compreenso a partir da interao de aspectos tanto lingusticos quanto extralingusticos.
Estratgias, estabelecidas por Hosenfeld, que conduzem o leitor a uma leitura eficiente.
1- Reteno do significado do texto enquanto l;
2- Leitura em grandes blocos;
3- Uso de fontes de informaes variadas: ilustraes, sinais grficos, etc;
4- Inferncias a partir do ttulo, subttulo, etc;
5- Adivinhao do significado das palavras a partir do contexto;
6- Avaliao de suas prprias adivinhaes;
7- Utilizao do dicionrio como ltimo recurso;
8- Utilizao do seu conhecimento de mundo na decodificao do significado de palavras, frases e expresses;
9- Conceito positivo de si enquanto leitor.
2 ASPECTOS EXTRALINGUSTICOS
2.1 CONHECIMENTO DE MUNDO
Diretamente relacionado ao leitor
Este conhecimento pode ser adquirido
de maneira informal (a prpria vida se encarrega de formar o repertrio de cada indivduo)
de maneira formal (em escolas, universidades, bibliotecas, etc.)
Agora, leia atentamente o ttulo Os Sori-el-isarb e, a partir do seu conhecimento de mundo, tente descobrir que povo esse. (Ler texto complementar)
O texto ser compreendido com a identificao do referente.
Entretanto, se mesmo com a identificao do referente, a partir dos conhecimentos lingusticos e de mundo, o leitor no conseguir perceber o sentido do texto, poder recorrer aos fatores de CONTEXTUALIZAO.
2.2 CONHECIMENTO DO CONTEXTO
CONTEXTO: um dos aspectos fundamentais na compreenso textual. Se uma informao no estiver inserida num contexto, seja social, econmico, poltico ou cultural, dificilmente o leitor perceber o significado do texto.
DEPOIS DO TANGO, CHEGOU A VEZ DO FADO, NA ARBIA.
Agora leia o seguinte poema de Oswald de Andrade:
ERRO DE PORTUGUS
Quando o portugus chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o ndio
Que pena!
Fosse uma manh de sol
O ndio tinha despido
O portugus
Se a partir dos conhecimentos lingusticos, de mundo e contextual a compreenso do texto no se realizar, o leitor poder recorrer ao conhecimento INTERTEXTUAL.
2.3 CONHECIMENTO INTERTEXTUAL
A falta de compreenso do texto decorrente
da falta o intertexto (estabelecimento de relao entre o texto presente e aqueles que esto ao seu redor, em ausncia)
Um texto sempre decorrente de outros textos, sejam esses escritos, orais, reais ou imaginrios.
A intertextualidade pode ocorrer de maneira explcita ou implcita.
No primeiro caso, o texto contm a indicao da fonte, como nas citaes e referncias nos textos tcnicos, cientficos e informativos.
Observe a seguinte intertextualidade explcita:
Segundo Paulo Freire ler um ato revolucionrio.
J no caso da intertextualidade implcita, no se tem indicao da fonte.
Assim, o receptor dever ter os conhecimentos necessrios para recuper-la, do contrrio, no ser capaz de captar a significao implcita que o autor pretende passar.
Observe o seguinte texto de Paulo Leminski onde a intertextualidade se realiza de forma implcita:
Meu professor de anlise sinttica era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da 1a conjugao.
Entre uma orao subordinada e um adjunto adverbial, ele no tinha dvidas: sempre achava um jeito assindtico de nos torturar com um aposto.
Casou-se com uma regncia. Foi feliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA. No deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeio do bigode declinava partculas expletivas, conectivos e agente da passiva o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabea.
Argumentatividade
H sempre alguma inteno ou objetivo da parte de quem produz um texto
Existe sempre uma argumentatividade subjacente ao uso da linguagem.
A argumentatividade manifesta-se nos textos por meio de um srie de marcas ou pistas que vo orientar os seus enunciados no sentido de determinadas concluses.
Os substantivos, verbos, adjetivos, estudados isoladamente, causam a impresso de serem semanticamente mais fortes do que, por exemplo, preposies e conjunes, porque os primeiros situam referentes apreensveis no mundo circundante (sociedade, comer, bonito).
J palavras tais como mas, para, at, isoladas, parecem ser vazias de significao. No entanto, inseridos no texto, todos os vocbulos tm importncia para o estabelecimento dos sentidos textuais.
Observe as seguintes informaes:
1.a. O Brasil conseguiu conquistar 15 medalhas em Atlanta.
b. O Brasil conquistou apenas 15 medalhas em Atlanta.
2.a. As americanas castigaram as brasileiras por 98 a 76.
b. Pontos: EUA: 98, Brasil: 76.
3.a. O governador visitou o local da tragdia, parecia gravemente preocupado e disse que faria uma declarao dentro de poucos dias aps cuidadoso exame dos fatos.
b. O governador apenas compareceu ao local.
Qual a importncia do conhecimento desta abordagem para o usurio da lngua?
Diante de todas essas reflexes, o processo da leitura deve ser enfocado a partir da interao de todos esses fatores, para que a compreenso seja realmente alcanada, transformando o leitor passivo mero recipiente de informaes em leitor ativo disseminador das informaes compreendidas.
TAREFA PROPOSTA
A letra de msica transcrita abaixo deve servir como referncia para voc responder s perguntas de 1 a 4.
Domingo no parque
O rei da brincadeira Jos
O rei da confuso Joo
Um trabalhador na feira Jos
Outro na construo Joo
A semana passada
No fim de semana
Joo resolveu no brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E no foi pra Ribeira jogar
Capoeira, no foi pra l
Pra Ribeira, foi namorar
O Jos como sempre no fim de semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo um passeio no parque
L perto da boca do rio
Foi l no parque que ele avistou
Juliana, foi que ele viu
Foi que ele viu
Juliana na roda com Joo
Uma rosa e um sorvete na mo
Juliana seu sonho, uma iluso
Juliana e o amigo Joo
O espinho da rosa feriu Z
E o sorvete gelou seu corao
O sorvete e a rosa Jos
A rosa e o sorvete Jos
danando no peito Jos
Do Jos brincalho Jos
Juliana girando, oi girando
Oi na roda gigante, oi girando
O sorvete morango vermelho
E a rosa vermelha vermelha
Oi girando, girando olha a faca
Olha o sangue na mo Jos
Juliana no cho - Jos
Outro corpo cado Jos
Seu amigo Joo Jos
Amanh no tem feira - Jos
No tem mais construo Joo
No tem mais brincadeira Jos
No tem mais confuso Joo
Gilberto Gil
1 Qual a histria contada pela letra da msica?
2 O que possvel inferir com relao morte de Joo e Juliana?
3 Qual a importncia do sorvete e da rosa para a construo das inferncias acerca do texto?
4 possvel inferir que Jos matou Juliana e Joo porque foi trado?
5. Ao estabelecer uma relao de intertextualidade, o autor provoca uma interao entre o sentido dos dois textos, o que permite a construo de um terceiro sentido para o texto desencadeador da intertextualidade. Precisamos, portanto, dispor de um conjunto de referncias de leitura que permitam a identificao dessas relaes.
Leia o texto abaixo:
NO MEIO DO CAMINHO
TINHA UMA PEDRA...
E UMA PONTA DE CIGARRO.
E UMA LATA
E UM SACO PLSTICO.
E AT CACOS DE VIDRO.
soletur IBAMA
A propaganda acima foi veiculada para a divulgao de um projeto de educao ambiental, patrocinado pela empresa de turismo Soletur e orientado pelo Ibama.
a) A propaganda vale-se do discurso da intertextualidade para indicar a poluio das praias. A que texto faz referncia? Transcreva o trecho que estabelece a relao intertextual.
b) Qual a imagem recuperada do texto original?
c) O sentido atribudo a essa imagem o mesmo nos dois textos (o original e a propaganda)? Justifique sua resposta.
Leia o texto original:
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade
LEITURA COMPLEMENTAR Conhecimento lingustico e extralingustico
Organizando ontem minhas pastas da poca da faculdade encontrei um texto de Horace Minner que estudei nas aulas de antropologia. Acho esse texto muito interessante. Confira.
O ritual do corpo entre os SONACIREMA
"A crena fundamental subjacente a todo o sistema parece ser a de que o corpo humano repugnante e que sua tendncia natural para a debilidade e a doena. Encarcerado em tal corpo, a nica esperana do homem desviar estas caractersticas atravs do uso das poderosas influncias do ritual e do cerimonial. Cada moradia tem um ou mais santurios devotados a este propsito. Os indivduos mais poderosos desta sociedade tm muitos santurios em suas casas e, de fato, a aluso opulncia de uma casa, muito frequentemente, feita em termos do nmero de tais centros rituais que possua. Muitas casas so construes de madeira, toscamente pintadas, mas as cmeras de culto das mais ricas tm paredes de pedra. As famlias mais pobres imitam as ricas, aplicando placas de cermica s paredes de seu santurio.
Embora cada famlia tenha pelo menos um de tais santurios, os rituais a eles associados no so cerimnias familiares, mas sim cerimnias privadas e secretas. Os ritos, normalmente, so discutidos apenas com as crianas e, neste caso, somente durante o perodo em que esto sendo iniciadas em seus mistrios. Eu pude, contudo, estabelecer contato suficiente com os nativos para examinar estes santurios e obter descries dos rituais.
O ponto focal do santurio uma caixa ou cofre embutido na parede. Neste cofre so guardados os inmeros encantamentos e poes mgicas sem os quais nenhum nativo acredita que poderia viver. Tais preparados so conseguidos atravs de uma srie de profissionais especializados, os mais poderosos dos quais so os mdicos-feiticeiros, cujo auxilio deve ser recompensado com ddivas substanciais. Contudo, os mdicos-feiticeiros no fornecem a seus clientes as poes de cura; somente decidem quais devem ser seus ingredientes e ento os escrevem em sua linguagem antiga e secreta. Esta escrita entendida apenas pelos mdicos-feiticeiros e pelos ervatrios, os quais, em troca de outra dadiva, providenciam o encantamento necessrio. Os sonacirema no se desfazem do encantamento aps seu uso, mas os colocam na caixa-de-encantamento do santurio domstico. Como tais substncias mgicas so especificas para certas doenas e as doenas do povo, reais ou imaginrias, so muitas, a caixa-de-encantamentos est geralmente a ponto de transbordar. Os pacotes mgicos so to numerosos que as pessoas esquecem quais so suas finalidades e temem us-los de novo. Embora os nativos sejam muito vagos quanto a este aspecto, s podemos concluir que aquilo que os leva a conservar todas as velhas substncias a ideia de que sua presena na caixa-de-encantamentos, em frente qual so efetuados os ritos corporais, ir, de alguma forma, proteger o adorador.
Abaixo da caixa-de-encantamentos existe uma pequena pia batismal. Todos os dias cada membro da famlia, um aps o outro, entra no santurio, inclina sua fronte ante a caixa-de-encantamentos, mistura diferentes tipos de guas sagradas na pia batismal e procede a um breve rito de abluo. As guas sagradas vm do Templo da gua da comunidade, onde os sacerdotes executam elaboradas cerimnias para tornar o lquido ritualmente puro.
Na hierarquia dos mgicos profissionais, logo abaixo dos mdicos-feiticeiros no que diz respeito ao prestgio, esto os especialistas cuja designao pode ser traduzida por "sagrados-homens-da-boca". Os Nacirema tm um horror quase que patolgico, e ao mesmo tempo fascinao, pela cavidade bucal, cujo estado acreditam ter uma influncia sobre todas as relaes sociais.
Acreditam que, se no fosse pelos rituais bucais seus dentes cairiam, seus amigos os abandonariam e seus namorados os rejeitariam. Acreditam tambm na existncia de uma forte relao entre as caractersticas orais e as morais: Existe, por exemplo, uma abluo ritual da boca para as crianas que se supe aprimorar sua fibra moral.
O ritual do corpo executado diariamente por cada Nacirema inclui um rito bucal. Apesar de serem to escrupulosos no cuidado bucal, este rito envolve uma prtica que choca o estrangeiro no iniciado, que s pode consider-lo revoltante. Foi-me relatado que o ritual consiste na insero de um pequeno feixe de cerdas de porco na boca juntamente com certos ps mgicos, e em moviment-lo ento numa srie de gestos altamente formalizados.
Alm do ritual bucal privado, as pessoas procuram o mencionado sacerdote-da-boca uma ou duas vezes ao ano. Estes profissionais tm uma impressionante coleo de instrumentos, consistindo de brocas, furadores, sondas e aguilhes. O uso destes objetos no exorcismo dos demnios bucais envolve, para o cliente, uma tortura ritual quase inacreditvel. O sacerdote-da-boca abre a boca do cliente e, usando os instrumentos acima citados, alarga todas as cavidades que a degenerao possa ter produzido nos dentes. Nestas cavidades so colocadas substncias mgicas. Caso no existam cavidades naturais nos dentes, grandes sees de um ou mais dentes so extirpadas para que a substncia natural possa ser aplicada. Do ponto de vista do cliente, o propsito destas aplicaes tolher a degenerao e atrair amigos. O carter extremamente sagrado e tradicional do rito evidencia-se pelo fato de os nativos voltarem ao sacerdote-da-boca ano aps ano, no obstante o fato de seus dentes continuarem a degenerar."
Querem saber quem so os SONACIREMA? Basta ler a palavra ao contrrio.
Poderia tambm ser a tribo dos SORIELISARB...
Enfim, esse texto sempre me faz pensar no quanto "o diferente" nos incomoda e, normalmente, desperta em ns uma atitude crtica e depreciativa.
Podemos concluir que no somente uma cultura no deve ser julgada como errada ou certa, mas tambm todas as pessoas que so maravilhosamente diferentes de ns.
INTERTEXTUALIDADE
A Intertextualidade pode ser definida como um dilogo entre dois textos. Observe os dois textos abaixo e note como Murilo Mendes (sculo XX) faz referncia ao texto de Gonalves Dias (sculo XIX):
Nota-se que h correspondncia entre os dois textos. A pardia-piadista de Murilo Mendes um exemplo de intertextualidade, uma vez que seu texto foi criado tomando como ponto de partida o texto de Gonalves Dias.
Na literatura, e at mesmo nas artes, a intertextualidade persistente.
Sabemos que todo texto, seja ele literrio ou no, oriundo de outro, seja direta ou indiretamente. Qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos exemplo de intertextualizao.
A intertextualidade est presente tambm em outras reas, como na pintura, veja as vrias verses da famosa pintura de Leonardo da Vinci, Mona Lisa:
Propaganda: um "show" a parte!!
Em um dos anncios da Bom Bril, o ator se veste e se posiciona como se fosse a Mona Lisa, de Da Vinci. O slogan que o acompanha diz: Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima. Esse enunciado sugere ao leitor que o produto anunciado deixa a roupa bem macia e perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-prima ( referindo-se ao quadro de Da Vinci). Vale destacar que, neste caso, a intertextualidade no assume a funo apenas de persuadir, como tambm de difundir a cultura, uma vez que se trata de uma relao com a arte.
O que
HYPERLINK "http://drikamil-adriana.blogspot.com/2009/03/o-que-e-intertextualidade_4117.html""Intertextualidade"?
A intertextualidade uma forma de dilogo entre textos, que pode se dar de forma mais implcita ou mais explcita e em diversos gneros textuais. O intertexto serve para ilustrar a importncia do conhecimento de mundo e como este interfere no nvel de compreenso do texto. Ao relacionar um texto com outro, o leitor entender que a intertextualidade uma das estratgias utilizadas para a construo dos sentidos do texto.
No caso especfico do anncio publicitrio, por exemplo, o intertexto, quando usado, uma forma diferente de persuaso, com o objetivo de levar o leitor a consumir um produto e tambm difundir a cultura.
TV divulgando a prpria TV
A televiso, muitas vezes, divulga sua programao e estimula sua audincia atravs de seus prprios produtos comunicacionais fazendo referncias uns aos outros. Em alguns episdios de desenhos animados, como os Simpsons, por exemplo, nota-se a referncia de outras sries de TV. A seguir, exemplos deste fenmeno:
Os agentes Mulder e Scully, da Srie de tv norte-americana "ArquivoX", que tambm fizeram uma participao nos Simpsons.
A srie de tv "Xena: a princesa guerreira", tambm foi satirizada nos Simpsons.
Intertextualidade tambm na literatura
A relao intertextual estabelecida, por exemplo, no texto de Oswald de Andrade, escrito no sculo XX, "Meus oito anos", quando este cita o poema , do sculo XIX, de Casimiro de Abreu, de mesmo nome.
"Meus oito anos"
Oh! Que saudade que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infncia querida
Que os anos no trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores
Naquelas tardes fagueiras
sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
(Casimiro de Abreu)
"Meus oito anos"
Oh! Que saudade que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infncia querida
Que os anos no trazem mais
Naquele quintal de terra
Da rua So Antonio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais!
(Oswald de Andrade)
Arte para produzir
HYPERLINK "http://drikamil-adriana.blogspot.com/2009/03/arte-para-produzir-arte.html""arte" !!
Os desenhos animados tambm so direcionados, e em alguns casos, principalmente, aos adultos. Prova disto est na utilizao de obras da arte (clssica, surrealista, etc.) como elementos que compem seus argumentos. A maioria das crianas no faz idia da existncia da "Capela Cistina". ( bem verdade que muitos adultos tambm esto na mesma situao!). Mas tudo isso para dizer que a intertextualidade s faz sentido e, s percebida, quando o pblico e/ou audincia a que destinam-se, tem um conhecimento prvio acerca do assunto.
Intertextualidade: um recurso criativo
Sinta-se a vontade neste, que um "pequeno" espao dedicado ao estudo da intertextualidade em diferentes gneros textuais. Quando falamos em intertexto, devemos pensar, tambm, no registro sonoro e visual. Portanto, aqui, os textos no se resumiro apenas linguagem verbal, ou seja, uma imagem, um vdeo, uma cano, um desenho animado, entre muitas outras possibilidades, tambm sero compreendidas como textos. E todos, de alguma maneira, relacionados rotina da nossa sociedade.
Mona Lisa, Leonardo da Vinci. leo sobre tela, 1503.
Mona Lisa, de Marcel Duchamp, 1919.
Mona Lisa, Fernando Botero, 1978.
Mona Lisa, propaganda publicitria.