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  • Concurso PM 2012 Geografia
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  • Geografia serve pra qu? "... a principal forma de relao entre o homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, dada pela tcnica - um conjunto de meios instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua vida, produz, e ao mesmo tempo, cria espao". (Adaptado de Milton SANTOS, A Natureza do espao, Edusp, p. 63) "... A Geografia e a cartografia, em particular, so matrias que envolvem um conhecimento estratgico, o qual permite s pessoas que desconhecem seu espao e sua representao, passarem a organizar e dominar esse espao". (Yves LACOSTE. A Geografia, isso serve p/ fazer a Guerra. Campinas, Papirus, 1988)
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  • Geografia serve pra qu? "... A Geografia est na vanguarda de muitas frentes de trabalho. Do ponto de vista terico lidera uma das correntes mais respeitadas, pois decidimos enfrentar o desafio de procurar uma maior aderncia da nossa disciplina para fazer face s rpidas mudanas do mundo de hoje. Assim, conceitos como: espao geogrfico, territrio, regio, etc tiveram que ser revisados. " (Adaptado de Maria Adlia A. de SOUZA. Os prximos passos da cincia. In Cincia Hoje. Vol. 24, n 140, julho/1998. P. 47) O grande segredo p/ os professores melhorarem a transmisso das informaes geomorfolgicas mostrar ao aluno em que ambiente geomorfolgico ele est, como o seu espao, o seu lugar. A partir desse contato que se pode buscar novos ambientes, novos lugares e utilizar o livro didtico como ferramenta auxiliar p/ novas compreenses.". (Jurandyr ROSS, em entrevista Revista Discutindo a Geografia.Ano 1, n 1/Julho/2004. P. 15)
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  • O homem, ao longo de sua histria, foi se adaptando ao ambiente em que vivia, conforme suas necessidades. Como precisava de gua, morava perto dos rios para poder trabalhar com a agricultura, as plantaes dos alimentos, e manter condies de sobrevivncia. Dessa forma, as cidades foram sendo formadas, pois as aglomeraes de homens em determinadas regies fizeram com que as instalaes das pessoas melhorassem, atravs da construo de casas, igrejas, locais para diverso, escolas, etc. Para que isso fosse possvel, o homem teve que modificar o ambiente natural. Dessa forma, parte da natureza foi destruda para abrir espao para as construes. travs das construes, foram se formando as diferentes regies, os pases, os estados e as cidades, e sempre prejudicando e destruindo a paisagem natural, por mais que o homem tentasse preserv-la. O crescimento populacional dos seres humanos contribuiu para que grande quantidade da natureza fosse destruda e isso acarretou em grandes problemas vida do planeta. A poluio das cidades tem causado muitos problemas, como a destruio da camada de oznio, favorecendo o aumento de doenas como o cncer e as doenas respiratrias. Devido ao efeito estufa, temos o aumento do calor na Terra, provocando a estiagem das chuvas, o que leva diminuio das guas dos rios. O calor excessivo tem provocado o derretimento das geleiras, aumentando as guas dos mares e oceanos, provocando catstrofes. As cidades esto to cheias, lotadas, que as favelas vo aumentando. Nesses locais no h condies dignas de moradia para as pessoas, sem saneamento bsico, com esgotos abertos, sem gua tratada, causando vrias doenas.
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  • Espao Geogrfico Geografia Fsica Espao geogrfico qualquer regio ou frao de espao do planeta. O espao geogrfico pode ser dividido essencialmente em trs subespaos: Geosfera (ao qual pertence a litosfera); Hidrosfera e Atmosfera. A combinao da litosfera com a hidrosfera e a atmosfera constitui um subespao geogrfico denominado biosfera. Este subespao recebe tal denominao por corresponder poro do planeta que capaz de comportar vida. Para a geografia fsica o espao geogrfico o espao concreto ou fsico inserido na interface "litosfera- hidrosfera-atmosfera". o espao de todos os seres vivos, no s o espao do homem. O espao geogrfico foi formado a 4,5 bilhes de anos quando a Terra foi formada. De l para c houve mudanas profundas na sua estrutura, composio qumica e na paisagem geogrfica. Oceanos apareceram, oxignio ficou abundante, devido o papel das algas e plantas superiores. Quando o homem surgiu na Terra ele j estava formado. Com o tempo a humanidade comeou a modifica-lo atravs da tecnologia. Hoje as paisagens geogrficas esto bastante modificadas, mas a natureza continua determinando tudo ou quase tudo. S o fato do homem precisar respirar um fator determinante. Geosfera um termo que denota o corpo slido da Terra, em contraste com a Hidrosfera. A Geosfera costituida pelo ncleo do globo, pelo manto e pela Litosfera. O ncleo tem aproximadamente 3500km de espessura e constitudo essencialmente por ferro, sendo portanto muito denso. constitudo por uma parte interior slida com cerca de 1200km e por uma parte lquida. O manto terrestre estende-se desde cerca de 30 km de profundidade (podendo ser bastante menos nas zonas ocenicas) at aos 2 900 km abaixo da superfcie (transio para o ncleo). A astenosfera a parte superior do manto, econtra-se em estado lquido. Os movimentos de conveco e divergncia do material plstico do origem aos movimentos das placas tectnicas. A litosfera a camada superior, constituida pela crosta ocenica e pela crosta continental. A crosta ocenica mais fina (3 a 10km) e densa que a crosta continental (35-50km).
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  • Hidrosfera a esfera de todas as guas do planeta, os quais formam uma camada descontnua sobre a superfcie da Terra. Compreende todos os rios, lagos,lagoas e mares e todas as guas subterrneas, bem como as guas marinhas e salobras, guas glaciais e lenis de gelo, vapor de gua, as quais correspondem a 71% de toda a superfcie terrestre Incluem-se na hidrosfera todos os organismos vivos que habitam na gua ou dependem dela e tambm todos os habitats aquticos. A atmosfera terrestre consiste, da superfcie at o espao, da troposfera, da estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. A nossa atmosfera tambm protege a vida na Terra impedindo que os nocivos raios ultravioletas do Sol cheguem diretamente ao planeta. A hidrosfera e a atmosfera juntas permitem a vida no planeta, tendo sido tambm os agentes formadores dos mais importantes combustveis fsseis: o petrleo e o carvo.
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  • Geografia Humana e Espao Geogrfico. Na corrente conhecida como geografia tradicional, o conceito de espao no era uma categoria central de pesquisa, pois os gegrafos trabalhavam principalmente com os conceitos de superfcie terrestre, regio, paisagem e territrio. J a partir da dcada de 1950, com a chegada da geografia quantitativa, o conceito de espao tornou-se central nas pesquisas em geografia humana. De fato, essa corrente do pensamento geogrfico definia a geografia como a cincia que estuda a organizao espacial, ou seja, a lgica que estabelece os padres de distribuio espacial dos fenmenos e as relaes que conectam pontos diferentes do espao. Nesse sentido, a geografia precisava entender a lgica do comportamento dos agentes sociais para poder explicar a localizao das atividades humanas e os fluxos de pessoas, mercadorias e informaes que conectam os lugares. Mas, de meados dos anos 1970 em diante, o conceito de espao foi totalmente redefinido pela geografia crtica. Essa corrente afirma que, assim como a cultura, a poltica e a economia so instncias da sociedade, o mesmo ocorre com o espao, que, como produto social, reflete os processos e conflitos sociais, ao mesmo tempo em que influi neles. Para a maior parte dos gegrafos crticos, como Milton Santos, Ruy Moreira, David Harvey, entre outros, o objeto de estudo da geografia o espao, concebido de forma humanizada e politizada como uma instncia social. Segundo essa ltima concepo, que a predominante na atualidade, a sociedade se expressa inteira no espao geogrfico, num feixe de relaes sociais, polticas e econmicas que as pessoas estabelecem entre si e delas com o espao. As relaes entre as pessoas so construdas na famlia, no trabalho, na escola, na universidade, no lazer, na igreja, etc. As relaes de trabalho nos ltimos anos passam por uma enorme transformao provocada pela rapidez do avano tecnolgico e sua aplicao nos processos produtivos. As paisagens geogrficas mudam, mas porque elas mudam? As paisagens mudam porque precisam incorporar novos objetos que a cincia descobriu e novos elementos que a tcnica cria por meio do trabalho do ser humano. partindo da cincia e da tecnologia que objetos so fabricados pelos homens. Alguns desses objetos so incorporados nossa rotina sem maiores implicaes, como o telefone celular, por exemplo. Outros objetos exigem implantao de novos arranjos espaciais que facilitem o seu uso pelas pessoas, no dia a dia, sabe:derruba isso constri aquilo...E assim a paisagem muda. Isso sem considerar os fenmenos naturais: os terremotos,as inundaes, os deslizamentos de terra e outros.
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  • Superfcie Terrestre. A rea total da Terra de aproximadamente 510 milhes de Km. Sua superfcie se apresenta bastante irregular, possuindo terras emersas (terras situadas acima do nvel do mar) e terras submersas, cobertas de gua. Entretanto, a maior parte da Terra se encontra coberta de gua, ou seja. cerca de 71% de sua superfcie constituda pelos oceanos, mares, lagos, rios etc. As terras emersas correspondem apenas a 29% da superfcie terrestre e so formadas por continentes e ilhas, onde vivem os homens. A distribuio dos continentes e oceanos tambm no ocorre de forma uniforme. Pode-se observar no mapa-mndi que h mais terras emersas no hemisfrio Norte, enquanto no hemisfrio Sul h um predomnio de gua. Na verdade, a gua predomina em ambos os hemisfrios, sendo que no hemisfrio Sul a quantidade bastante superior em relao porcentagem de terras emersas. Em razo disso, o hemisfrio Sul chamado de Hemisfrio das guas,enquanto o hemisfrio Norte denominado deHemisfrio das terras.
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  • Continentes Definio: grandes pores de terras emersas, limitadas pelas guas dos mares e oceanos. A diferena entre um continente e uma ilha est no tamanho, pois a ilha tambm uma poro de terra cercada de gua por todos os lados, s que ela menor que o continente. Observando o planisfrio (mapa-mndi), podemos verificar que a Terra possui seis continentes. O mais extenso de todos a sia, seguido pela Amrica, frica, Antrtida, Europa e Oceania. Contudo. alguns autores consideram apenas cinco massas continentais, visto que levando em considerao a definio de continente (grande poro de terra emersa, limitada pelas guas dos mares e oceanos), a Europa e a sia se encontram no mesmo bloco de terras emersas e, sendo assim, ambas forma um s continente, o qual denominado - por estes autores - de Eursia. De acordo com estes referidos autores, a Europa seria uma pennsula da Eursia. Pennsula corresponde a uma ponta de terra continental que avana sobre o mar. Os limites entre a Europa e a sia so constitudos pelos Montes Urais (macio antigo), o rio Ural, o mar Cspio e o mar Negro.
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  • Oceanos. Definio: vastas extenses de guas salgadas, profundas, que cobrem grande parte da Terra. Oceano Atlntico: o mais importante de todos por sua capacidade de navegao (mais intensa tanto a nvel comercial quanto de passageiros) e de localizao geogrfica, principalmente ao Norte, pois liga os pases mais ricos do planeta (os EUA e Canad, na Amrica, com os pases da Europa); Oceano Pacfico: o mais extenso dos oceanos e neste se localiza o maior nmero de fossas submarinas e as mais profundas (Mindanau, 11.684 m; das Marianas, 11.033 m, etc). Constitui-se em uma zona de grande instabilidade tectnica,sendo constantemente afetado por terremotos, maremotos e vulcanismos. Oceano ndico: o que apresenta as maiores temperaturas, uma vez que se localiza quase totalmente na zona tropical; Oceano Glacial rtico: o menor de todos os oceanos. Encontra-se congelado superfcie (banquisas) a maior parte do ano, embora suas condies ambientais estejam alteradas sob os efeitos do Aquecimento Global; Oceano Glacial Antrtico: caracteriza-se por ser totalmente aberto, sendo formado pelas guas dos oceanos (Atlntico, Pacfico e ndico). Por estar localizado na Zona Polar Antrtica, suas guas tambm se apresentam congeladas superfcie (as chamadas banquisas) Oceano Mar: o Mar uma poro de gua, menos profunda. De acordo com a sua localizao geogrfica, os mares podem ser classificados em trs tipos: Mar Aberto ou Costeiro: quando se encontra localizado junto costa litornea, sob a plataforma continental. Neste caso, o mar uma extenso natural do oceano, s que sob a influncia do continente (aporte das guas fluviais, esgotos, resduos slidos etc.). Exemplos: Mar do Caribe, Mar Amarelo e Mar Arbico; Mar de Interior ou Continental ou Mediterrneo: quando se localiza no interior do continente, mantendo contato com outro corpo de gua (mares ou oceanos) atravs de um canal (estreito). Exemplos: Mar Negro, mar Mediterrneo e Mar Bltico; Mar Fechado ou Isolado: quando este se encontra localizado no interior do continente e no mantm contato com outro corpo de gua (mar ou oceano). Exemplos: Mar Morto, Mar de Aral e Mar Cspio.
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  • Territrio. A concepo mais comum de territrio (na cincia geogrfica) a de uma diviso administrativa. Atravs de relaes de poder, so criadas fronteiras entre pases, regies, estados, municpios, bairros e at mesmo reas de influncia de um determinado grupo. Para Friedrich Ratzel, o territrio representa uma poro do espao terrestre identificada pela posse, sendo uma rea de domnio de uma comunidade ou Estado. Nesse sentido, o conceito de territrio abrange mais que o Estado-Nao. Qualquer espao definido e delimitado por e a partir de relaes de poder se caracteriza como territrio. Uma abordagem geopoltica, por exemplo, permite afirmar que um consulado ou uma embaixada em diferentes pases, seja considerado como parte de um territrio de outra nao. Portanto, o territrio no se restringe somente s fronteiras entre diferentes pases, sendo caracterizado pela ideia de posse, domnio e poder, correspondendo ao espao geogrfico socializado, apropriado para os seus habitantes, independentemente da extenso territorial
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  • Regio. Em nosso dia-a-dia, a palavra regio utilizada em vrias circunstncias. Falamos em regio industrial, regio da laranja, regio da seca, regio do Bico do Papagaio, regio de expanso das fronteiras agrcolas, regio do IBGE, regio natural, regio mais pobre, mais rica, e vrias outras delimitaes territoriais em que a palavra pode ser livremente utilizada. Todas elas possuem uma caracterstica comum independentemente do tamanho, so reas que se diferenciam do seu entorno por uma ou mais particularidades. A organizao socioeconmica de atual de uma regio resultante da forma como ela foi-se estruturando ao longo da historia.Algumas mudaram de funo econmica (substituio da pecuria pelo cultivo, da agricultura voltada para o mercado interno pela de produtos de exportao); outras, devido ao desmatamento, deixaram de ser uma regio natural; ou ainda, foram criadas novas regies industriais, tursticas, etc. Aps a Segunda Guerra Mundial, sobretudo com o avano da globalizao da economia, muitas regies ampliaram o alcance de suas relaes: deixaram de ter importncia apenas local e se tornaram centros conectados com outras partes do mundo.
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  • Fronteira. A fronteira deve ser entendida como meio de articulao dos Estados de manter os seus respectivos limites sazonais. Dessa forma, entre limites como meio que separa as unidades polticas soberanas, da mesma forma fatores fsicos, geogrficos ou culturais. Essa abstrao de limites acaba interferindo radicalmente na vida cotidiana das populaes que vivem em determinados locais. A fronteira, portanto, deve ser entendida como um processo de formao social e histrico, esses no caso so simbolicamente produzidos, sendo na grande maioria abertos e no acabados, portanto conduzidos a um processo de contnua transformao. Dessa maneira, antes de tudo as fronteiras constituiriam em zonas vivas, sejam naturais, como artificiais, a primeira pelo fato de se identificar com os elementos fsicos, a segunda com as linhas formais. Assim, a fronteira sempre passou pela identidade de condio nacionalista, onde os pases procuraram desenvolver determinados limites quanto aos seus respectivos sistemas polticos e econmicos. Fronteira Brasil-Argentina: esquerda, Barraco(PR), direita, Bernardo de Irigoyen, e nos prdios ao fundo, Dionsio Cerqueira(SC) Portanto, o entendimento que chegamos de fronteiras, que estas no passam de culturais, tnicas, religiosas, econmicas e sociais, que so existncias histricas e no definidas, pelo fato de suas limitaes ainda estarem abertas.
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  • Movimentos Populacionais MIGRAO Trata-se do deslocamento ou movimento do indivduo ou de sociedades humanas de um lugar para outro. Qualquer mobilidade espacial envolve duas reas, de um lado se configura a sada (emigrao) e do outro, o movimento de entrada (imigrao). O movimento migratrio pode ser provocado por diferentes fatores, podendo estes serem de atrao ou de expulso. FATORES POSSVEIS DE SADA (EXPULSO) - Guerras ou conflitos armados; - Condies climticas rigorosas; - Perseguies polticas, religiosas ou tnicas; - Desastres naturais (cheias, secas, incndios naturais, terremotos, erupes vulcnicas etc.); - Desastres de origem antrpica (acidente nuclear, contaminao ambiental de grandes propores e comprometimento da qualidade de vida etc.); - Epidemias; -Estagnao econmica. FATORES POSSVEIS DE ENTRADA (ATRAO) - Maior oferta de emprego; - Tolerncia poltica, ideolgica, religiosa ou racial; - Dinamismo econmico; - Melhores condies de vida; - Programa ou Poltica governamental, estimulando a imigrao. Em consequncia da Globalizao, hoje, as migraes se caracterizam mais pelo fator econmico, incluindo a, todos os aspectos relacionados a este, tais como oferta de emprego, melhores condies de vida, salrios atrativos, ofertas de cursos para aprimoramento e/ou aperfeioamento profissional etc. Em razo disso, at hoje se mantiveram e ampliaram-se os fluxos de pessoas dos pases subdesenvolvidos (pobres) para os pases desenvolvidos (ricos).
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  • Em relao s REAS de deslocamento, as migraes podem ser: INTERNAS OU NACIONAIS: quando o deslocamento do indivduo realizado entre cidades, estados ou regies no mbito de seu prprio pas. Estas se subdividem em : Migrao inter-regional: quando se realiza de uma regio para outra. Exemplo: Migrao de nordestinos para a regio Sudeste; Migrao intra-regional: quando se realiza dentro da mesma regio.Exemplo: Migrao da da rea rural para os centros urbanos, em busca de melhores condies de vida. EXTERNAS OU INTERNACIONAIS: Quando o deslocamento do indivduo realizado entre pases. Exemplo: Migrao de brasileiros para os EUA, Itlia ou Espanha. As migraes podem ocorrer sob as seguintes CIRCUNSTNCIAS: MIGRAO ESPONTNEA: quando ela se d por livre escolha do prprio migrante; MIGRAO FORADA: quando o indivduo obrigado, forado a migrar, de acordo com o interesse de terceiros. Exemplo: o negro africano por ocasio do trfico de escravos. MIGRAO PLANEJADA: quando ela se d de forma a cumprir um determinado objetivo. MIGRAO CONTROLADA: quando sua iniciativa faz parte da poltica ou do programa de governo, cabendo a este regular o fluxo de pessoas tanto para fora (emigrantes) quanto para dentro de suas fronteiras (imigrantes). Amigrao controlada se subdivide em: - Restringida: quando o governo impe restries, dificultando a imigrao.Exemplo: a poltica atual de imigrao dos EUA e de muitos pases europeus. - Estimulada: quando o governo possibilita o fluxo de migrantes tanto interno quanto externamente (entrada de estrangeiros). Exemplo: Poltica brasileira de imigrao para as fazendas de caf em nosso territrio.
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  • Quanto ao TEMPO DE PERMANNCIA do migrante, a Migrao pode ser: DEFINITIVA: quando a opo de no voltar do prprio sujeito ou, por algum motivo, este no mais retorne ao seu lugar de origem. TEMPORRIA: quando h inteno de retorno, isto , a migrao se d por um tempo determinado. Exemplos: Turistas em frias; indivduos que vo estudar em outro pas por um perodo de tempo etc. As migraes temporrias se subdividem em: Pendular: corresponde ao deslocamento dirio, ou seja, aquele que realizado em um perodo de tempo curto. Exemplo: Estudantes que estudam, todos os dias, em outro municpio ou indivduos que trabalham, diariamente, em outra cidade, regressando para casa ao final da tarde ou da noite. Por muitos anos, a dinmica econmica entre as cidades se manteve na relao entre as chamadas reas perifricas (local de moradia da maior parte dos trabalhadores) e as ditas reas centrais ou metropolitneas (local do trabalho). A capacidade de atrao destas ltimas acabavam determinando um movimento a grandes distncias, dirios, entre a casa e o trabalho. E, em consequncia disso, as cidades de moradia dos trabalhadores passaram a ser concebidas comocidades-dormitrios. Embora, muitas cidades ainda permaneam com esta caracterstica, outras que anteriormente se configuravam como cidades-dormitrios - apresentaram um crescimento econmico, com relativo acrscimo de postos de trabalhos (formais e/ou informais) e, consequentemente, um aumento no percentual de pessoas trabalhando no prprio municpio de sua residncia. Transumncia: corresponde migrao peridica (sazonal), que compreende um perodo de tempo maior, relacionada s estaes do ano. Exemplo: O migrante sai de um determinado espao por ocasio de uma estao do ano, como o inverno por exemplo e posteriormente retorna, quando do incio da primavera, quando a temperatura j est mais elevada. Outro exemplo, por questes da poca da colheita, muitos trabalhadores rurais migram para as reas de produo e s retornam aps finalizarem os trabalhos (cana de acar).
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  • Demografia Brasileira. Crescimento, fecundidade e outros dados demogrficos No ltimo sculo a populao brasileira multiplicou por dez: em 1900 residiam no Brasil cerca de 17 milhes de pessoas, no ano 2000 quase 170 milhes. Desde o primeiro recenseamento (1872) ocorreram vrias mudanas no padro da evoluo demogrfica brasileira. At o incio da dcada de 1930 o crescimento da populao do Brasil contou com forte contribuio da imigrao. A partir de 1934, com a adoo da "Lei de Cotas" que estabelecia limites entrada de imigrantes, o aumento da populao dependeu, principalmente, do crescimento vegetativo (cv), isto , a diferena entre as taxas de natalidade e a de mortalidade expressa em % (por cem) ou %0 ( por mil) habitantes. No entanto, foi depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45) que o crescimento tornou-se acelerado, devido diminuio das taxas de mortalidade. Isso explicado por fatores como a expanso da rede de esgoto, acesso gua encanada, campanhas de vacinao em massa, acesso a medicamentos bsicos, etc. Entre 1940 a 1960 foi registrada a maior evoluo das taxas de crescimento populacional, atingindo em 1960 a taxa de 2,9% a.a. (ao ano - ou 29%0 a.a.). Este perodo marcou a primeira fase de transio demogrfica brasileira. A partir da dcada de 1960, comeou a ocorrer uma desacelerao demogrfica contnua: a diminuio das taxas de natalidade passou a ser maior que a das taxas de mortalidade, registrando em 2000 um crescimento demogrfico de 1,6% a.a., com tendncia queda. Essa mudana no padro do crescimento populacional brasileiro mostra uma situao tpica dasegunda fase de transio demogrfica. Mudanas das taxas de fecundidade A razo fundamental da queda das taxas de crescimento populacional no Brasil foi a diminuio da taxa de fecundidade (mdia de nmero de filhos por mulher em idade de procriar, entre 15 a 49 anos), que caiu de 6,3 filhos, em 1960, para 2,0 filhos, em 2006, o que significa que as famlias brasileiras esto diminuindo. Apesar do crescimento cada vez mais lento, a populao brasileira dever chegar a 183 milhes de habitantes no final de 2009. O nmero de brasileiros mais que dobrou em 35 anos, uma vez que em 1970 havia 90 milhes de pessoas no pas. Apenas nos ltimos cinco anos - 2000 e 2005 - cerca 15 milhes de habitantes foram acrescentados ao pas.
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  • Urbanizao e queda das taxas de crescimento O intenso processo de urbanizao, verificado no Brasil principalmente a partir da dcada de 1960, foi o principal responsvel pela reduo das taxas de fecundidade e a conseqente queda das taxas de crescimento demogrfico. na cidade que as informaes e o acesso aos mtodos de contra- concepo so maiores e foi justamente a partir deste perodo que a plula anticoncepcional passou a ser difundida na sociedade brasileira. As mulheres engrossaram o mercado de trabalho urbano e as famlias passaram a dispor de menos tempo para se dedicar aos filhos. Alm disso, na cidade as despesas com a criao e formao da criana so maiores que no meio rural, constituindo um fator inibidor para a formao de famlias numerosas. No caso das mulheres mais pobres, diante da dificuldade de terem acesso a mtodos de contra-concepo, a esterilizao foi a principal opo adotada. Registraram-se no Brasil casos em que a esterilizao das mulheres em hospitais pblicos foi realizada inclusive sem o consentimento da paciente, logo aps o trabalho de parto. As alternativas de contra-concepo mais utilizadas pelas mulheres brasileiras so, respectivamente: a ligadura de trompas (esterilizao), a plula e a camisinha. Nos pases desenvolvidos a ligadura de trompas o mtodo menos utilizado, sendo mais comum a vasectomia, que o processo de esterilizao masculina, que pode ser reversvel. Crescimento populacional e estrutura etria A distribuio da populao por faixas de idade em um pas conseqncia das taxas de crescimento populacional, da expectativa de vida e das migraes. A populao geralmente agrupada em trs faixas etrias: jovens (0-14 anos); adultos (15-64 anos); e idosos (acima de 65 anos). Nos pases desenvolvidos, a estrutura etria caracterizada pela presena marcante da populao adulta e de uma porcentagem expressiva de idosos, conseqncia do baixo crescimento vegetativo e da elevada expectativa de vida. Essa situao tem levado a reformas sociais, particularmente, no sistema previdencirio em diversos pases do mundo, j que oenvelhecimento da populao obriga o Estado a destinar boa parte de seus recursos econmicos para a aposentadoria. Nos pases subdesenvolvidos os jovens superam os adultos e os idosos, conseqncia do alto crescimento vegetativo e da baixa expectativa de vida. Essa situao coloca os pases subdesenvolvidos numa situao de desvantagem, particularmente os pobres que possuem famlias mais numerosas: sustentar um nmero maior de filhos limita as possibilidades do Estado e da famlia em oferecer uma formao de boa qualidade, coloca a criana no mercado de trabalho e reproduz o crculo vicioso da pobreza e da misria ao dificultar a possibilidade de ascenso social futura. No caso do Brasil, e de outros pases classificados como "emergentes", a proporo de jovens tem diminudo a cada ano, ao passo que o ndice da populao idosa vem aumentando. Essa uma das razes das mudanas recentes no sistema de previdncia social, com estabelecimento de idade mnima para a aposentadoria e teto mximo para pagamento ao aposentado.
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  • Pirmides etrias As pirmides etrias so representaes grficas (histograma) da populao classificada por sexo e idade. No eixo vertical (y) esto indicadas as diversas faixas etrias, enquanto que no eixo horizontal (x) est indicada a quantidade de populao: as barras da esquerda representam a populao masculina e as barras da direita representam a populao feminina. Observe duas pirmides etrias correspondentes a dois pases que apresentam um perfil scio-econmico bastante diferente. A forma da pirmide est associada ao nvel de desenvolvimento do pas. As pirmides com forma irregular, topo largo e base estreita, correspondem aos pases com predomnio de populao adulta e populao envelhecida, caso dos pases desenvolvidos que atingiram ou esto prximos de atingir a fase de estabilizao demogrfica. As pirmides de base larga e forma triangular representam pases com populao predominante jovem e baixa expectativa de vida, caso dos pases subdesenvolvidos, em fase de crescimento acelerado, ainda na primeira fase da transio demogrfica. No Brasil, a pirmide etria tem se modificado a cada dcada. Sua forma revela uma situao intermediria entre as duas primeiras pirmides apresentadas, de acordo com as alteraes recentes ocorridas do padro demogrfico brasileiro. Observe estas mudanas atravs da sobreposio das pirmides de 1980 a 2000. Observao: No existe um critrio nico para a distribuio da populao por faixa etria; o mais adotado (inclusive pelo IBGE, atualmente) divide a populao em jovens (0-14 anos), adultos (15-65 anos) e idosos (acima de 65 anos). Essa distribuio tem como critrio a populao ligada ao mercado de trabalho (pessoas de 15 a 65 anos, aproximadamente), empregada ou no, e as pessoas consideradas fora desse mercado (com menos de 15 anos ou mais de 65 anos, aproximadamente). Deve-se observar que, a diviso da populao, em trs grandes grupos etrios: de 0 a 14 anos, 15 a 64 e 65 anos e mais, no restritivo. A utilizao da diviso dos tradicionais grupos etrios base para o clculo da razo de dependncia em relao populao potencialmente ativa. A razo de dependncia a relao entre a populao dependente (menores de 15 anos + acima de 65 anos) e a populao em idade ativa (de 15 a 64 anos), multiplicado por cem. Com relao a faixa etria dos idosos, o critrio de 65 anos e mais utilizado para a conceituao do ndice de envelhecimento que indicado pelo "nmero de pessoas de 65 anos e mais de idade para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade, na populao residente em determinado espao geogrfico, no ano considerado."
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  • Populao brasileira e sua estrutura Com a queda das taxas de natalidade e de mortalidade, acompanhada do aumento da expectativa de vida da populao brasileira, a pirmide de idade vem apresentando uma significativa reduo de volume na base, e um aumento da participao percentual das pessoas adultas. A reduo da participao dos jovens no conjunto total da populao, porm, foi acompanhada pelo esfacelamento dos sistemas pblicos de educao e sade e de um brutal agravamento do processo de concentrao de renda. Num futuro prximo, grande parcela desses jovens se transformar em mo-de-obra desqualificada e mal remunerada. Quanto a distribuio da populao brasileira por sexo, o pas se insere na dinmica global: nascem cerca de 106 homens para cada 100 mulheres, mas a taxa de mortalidade masculina maior e a expectativa de vida, menor. Uma parcela significativa da PEA trabalha no setor primrio da economia, o que retrata o atraso da agricultura. Um percentual de 20% da PEA no setor secundrio indica que o pas possui um grande parque industrial. J o setor tercirio, no Brasil, 55,5% da PEA dedica-se ao setor, mas bvio que grande parte desses trabalhadores no est efetivamente prestando servio aos demais habitantes. Quanto a distribuio de renda, o Brasil apresenta uma das maiores concentrao do planeta. A PEA e a distribuio da renda no Brasil A participao dos pobres na renda nacional diminuiu e a dos ricos aumentou at 1990. Essa dinmica perversa foi estruturada principalmente no processo inflacionrio de preos. E num sistema tributrio pelo qual a carga de impostos indiretos que no distinguem faixas de renda, chega a 50% da arrecadao. Os impostos diretos que possuem alquotas progressivas, diferenciadas segundo a renda, ou so includos no preo das mercadorias e tornam-se indiretos para os consumidores ou so simplesmente sonegado. No que diz respeito a composio da PEA por sexo, h uma grande desproporo: em 1996, apenas 40% dos trabalhadores eram do sexo feminino, enquanto a situao que se verifica nos pases desenvolvidos uma participao igualitria, de 50%. A insero da mulher no mercado de trabalho, no Brasil, est ligada fundamentalmente a perda de poder aquisitivo dos salrios e a conseqente necessidade de ela trabalhar para complementar a renda familiar. Tal situao permite que parte dos empresrios prefira, em diversas atividades, a mo-de-obra feminina, que por necessidade de trabalho se sujeita a salrios menores que os pagos a homens, mesmo exercendo funo idntica na mesma empresa.
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  • Os movimentos internos Os movimentos migratrios esto ligados a fatores econmicos, desde o tempo da colonizao. Quando terminou o ciclo da cana-de-acar no Nordeste e teve inicio o ciclo de ouro, em Minas Gerais, houve um enorme deslocamento de pessoas e um intenso processo de urbanizao no novo centro econmico do pas. Graas ao ciclo do caf e, posteriormente, com o processo de industrializao, a regio Sudeste pde se tornar efetivamente o grande plo de atrao de migrantes. Qualquer regio do pas que receba investimentos produtivos, pblicos ou privados, que aumentem a oferta de emprego, receber tambm pessoas dispostas a preencher os novos postos de trabalho. Atualmente, So Paulo e Rio de Janeiro so as capitais que menos crescem no Brasil. Em primeiro lugar, aparecem algumas capitais de estado da regio Norte, localizadas em reas de grande expanso das atuais fronteiras agrcolas do pas. Em seguida, vem a capital nordestina e, finalmente, as do Sul do Brasil. xodo rural e migrao pendular De meados da dcada de 50 at o final dos anos 70, o Brasil sofreu um intenso xodo rural, ou seja, a sada de pessoas do campo em direo as cidades. Como essas cidades no receberam investimentos pblicos em obras de infra-estrutura urbana passaram a crescer em direo a periferia, onde eram construdos enormes favelas e loteamento clandestinos, sobretudo ao redor dos bairros industriais. Esse processo levou ao surgimento das metrpoles, onde ocorreu uma migrao diria entre os municpios, fenmenos conhecidos como migrao pendular. Para a populao que realiza esse movimento dirio, a reestruturao dos transportes coletivos metropolitanos urgente. Transumncia A transumncia um movimento populacional sazonal, ou seja, que ocorre em certos perodos do ano e que sempre se repete. Por exemplo, em maro, quando para de chover no serto, os pequenos e mdios proprietrios so obrigados a migrar para o Agreste ou para a Zona da Mata, em busca de uma ocupao que lhes permita sobreviver at dezembro, quando volta a chover no serto e eles retornam as suas propriedades. Tambm comum a transumncia praticada pelos bias-frias volantes, que no possuem residncia fixa. O trabalho volante temporrio, s ocorre durante o perodo do plantio da colheita. Tal situao obriga os trabalhadores a migrar de cidade em cidade atrs de servio. Migrao urbana-urbana Atualmente, nos estados de So Paulo e do Rio de Janeiro, significativa a sada de populao das metrpoles em direo as cidades mdias do interior. As metrpoles esto completamente inchadas, com precariedades no atendimento de praticamente todos os servios pblicos. J as cidades do interior desses estados, alm de estar passando por um perodo de crescimento de crescimento econmico, ofereceram melhor qualidade de vida a populao.
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  • Fluxos Migratrios Brasileiros BREVE HISTRICO DAS MIGRAES INTERNAS NO BRASIL XVI e XVI l-Sada de nordestinos da Zona da Mata rumo ao Serto atrados pela expanso da pecuria. XVIII-Sada de nordestinos e paulistas rumo regio mineradora (Minas Gerais). XIX-Sada de mineiros rumo ao interior paulista atrados pela expanso do caf. XIX-Sada de nordestinos rumo Amaznia para trabalhar na extrao da borracha. XX-Dcada de 1950 - Sada de nordestinos rumo ao Centro-Oeste (Gois) para trabalhar na construo de Braslia, Esse perodo ficou conhecido como a "Marcha para o Oeste", e os migrantes foram chamados de "candangos". Dcadas de 1950 e 1960 - Sada de nordestinos (principalmente) rumo ao Sudeste, motivada pela industrializao. As cidades de So Paulo e do Rio de Janeiro receberam o maior fluxo de imigrantes. Dcadas de 1960 e 1970 - Salda de nordestinos que continuaram migrando para o Sudeste, o Centro-Oeste (Mato Grosso) e o Sul (Paran). A partir de 1967, com a criao da Zona Franca de Manaus, ocorreu intensa migrao de nordestinos rumo Amaznia (principalmente Manaus). Em grande parte foi uma migrao orientada pelo Governo Federal. Dcadas de 1970 a 1990 - Migraes de sulistas rumo ao Centro-Oeste (agropecuria) e de nordestinos rumo Amaznia (agropecuria e garimpes). Em consequncia, o Nordeste e o Centro-Oeste foram, respectivamente as regies que apresentaram o maior crescimento populacional do Brasil, nas ltimas dcadas. Os movimentos internos da populao brasileira Os nmeros anteriores so impressionantes: ramos 146,8 milhes de habitantes e 53,3 milhes de migrantes em 1991, isto , quase 40% do total da populao. Essa grande migrao interna ou grande mobilidade espacial populacional um dos traos marcantes da populao brasileira. As migraes internas no Brasil caracterizam-se por dois tipos principais; a intra-regional e a inter-regional.
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  • A migrao intra-regional Significa a migrao de pessoas dentro de uma mesma regio. Destacamos dois exemplos reiterados plos resultados preliminares do Censo 2000: - A sada de pessoas das pequenas cidades nordestinas rumo s suas respectivas capitais, onde a possibilidade de novas oportunidades maior do que em suas cidades de origem. - A sada de pessoas das metrpoles nacionais localizadas no Sudeste, isto , So Paulo e Rio de Janeiro, rumo s cidades mdias do prprio Sudeste, em busca de melhor qualidade de vida (menos violncia, reas de lazer, menor custo de vida, menor trnsito, ar mais puro, etc.). Novos plos de desenvolvimento, como Ribeiro Preto, Campinas, So Jos dos Campos, So Carlos, So Jos do Rio Preto, Uberlndia, Juiz de Fora, Belo Horizonte, tm atrado esses migrantes. Em outras regies brasileiras tambm ocorre crescimento migratrio em direo aos novos plos de desenvolvimento, como Londrina e Curitiba (Paran), Fortaleza (Cear), Recife (Pernambuco) e Salvador (Bahia). Um tipo muito comum de migrao intra-regional a transumncia, ou seja, o deslocamento peridico ou temporrio da populao motivado por mudanas climticas (sazonal) ou econmicas. As pessoas retornam ao local de origem quando as condies que motivaram sua sada temporria so resolvidas. Um exemplo desse tipo de migrao ocorre entre os trabalhadores sem qualificao profissional que residem entre o Agreste e o Serto nordestino (os corumbs) e se deslocam para a Zona da Mata (faixa litornea) para realizar o corte da cana. Aps a safra, geralmente depois de alguns meses, retomam aos seus locais de origem. A migrao inter-regional A migrao de pessoas entre as regies brasileiras foi e continua sendo a mais tpica e a quantitativamente mais expressiva dentre as transferncias populacionais no interior do nosso pas. Durante meio sculo de histria, a regio Nordeste que nunca recuperou a importncia econmica aps o declnio da economia aucareira (nos sculos XVI e XVII), caracterizou-se como regio de expulso populacional. Primeiro, para a regio Sudeste; depois, para as novas "fronteiras agrcolas" das regies Norte e Centro-Oeste. A regio Sudeste, ao contrrio, viveu dois momentos fundamentais para a economia brasileira - a economia cafeeira e a industrializao - alm da descoberta do ouro, em tempos coloniais. Por esses fatores e por ter abrigado a capital federal (a cidade do Rio de Janeiro) at o incio da dcada de 1960, o Sudeste tornou-se o "corao econmico do pas" e, em consequncia, a maior regio de atrao populacional do Brasil, principalmente at a dcada de 1980.
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  • Porque sair do campo e ir para as cidades A sada da populao das zonas rurais para as zonas urbanas - xodo rural - o principal movimento populacional interno brasileiro. As pssimas condies dos moradores das reas rurais, como a alimentao insuficiente, super-explorao da mo-de-obra, poucas oportunidades de trabalho para os jovens, secas prolongadas, baixos salrios, mecanizao de algumas lavouras e, principalmente, a industrializao que se acentuou aps a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) constituem as principais causas do intenso xodo rural brasileiro. A vez do Norte e do Centro-Oeste A partir da dcada de 1960 ocorreram grandes fluxos migratrios rumo s regies Norte e Centro Oeste, que se refletiram nos expressivos crescimentos populacionais. Esses significativos crescimentos demogrficos tiveram nas migraes sua causa mais importante. Os principais contextos histricos que envolveram essas migraes para as duas regies anteriormente destacadas foram: a partir da dcada de 1970, as migraes internas para o Norte e o Centro-Oeste foram provocadas pelo Governo Federal. Era o perodo militar (1964-1984), quando a nfase nas grandes obras ocultava a represso poltica interna. Entre essas grandes obras estavam as construes das rodovias Transamaznica (regio Norte) e Cuiab-Santarm (regies Centro-Oeste e Norte, respectivamente) e um projeto de colonizao que fixaria os novos migrantes em uma faixa de 10 km ao longo dessas rodovias. Era inclusive uma maneira de desviar o fluxo migratrio do Sudeste, que j apresentava sinais de saturao. Posteriormente, projetos agropecurios, de minerao, tanto do governo brasileiro quanto estrangeiros, e a possibilidade de enriquecimento atravs de garimpes, atraram milhares de nordestinos e sulistas, respectivamente, para essas regies. Esses intensos fluxos migratrios para essas reas, que ficaram conhecidas como novas fronteiras agrcolas, foram os responsveis por torn-las as de maior crescimento populacional no Brasil. As migraes internas no sculo XXI Mais recentemente, a partir das dcadas de 1980 e 1990, novas tendncias passaram a contradizer o que antes parecia imutvel, isto : - diminuio da migrao interna rumo ao Sudeste, como reflexo do aumento das migraes intra-regionais; - diminuio da migrao interna rumo s duas metrpoles nacionais: So Paulo e Rio de Janeiro. Verifica-se essa tendncia a partir de uma comparao com outras capitais. As cidades que apresentaram maior crescimento foram as que receberam, entre outros fatores, maior fluxo migratrio, como Boa Vista, Curitiba, Porto Velho e outras. A volta de nordestinos aos seus estados de origem tambm foi significativa, e principalmente a busca das capitais da regio, como Fortaleza, Salvador e Recife, comea a mudar o seu perfil de rea de expulso populacional, embora paradoxalmente isso no signifique diminuio da pobreza de sua populao.
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  • Rede urbana Sistema de hierarquizao urbana, no qual vrias cidades se submetem a uma maior, que comanda esse espao. Em cada nvel, as maiores polarizam as menores. O IBGE classifica a rede urbana brasileira de acordo com o tamanho e importncia das cidades. As categorias de cidades so:[9][10] Metrpoles globais: suas reas de influncia ultrapassam as fronteiras de seus estados, regio ou mesmo do pas. So metrpoles globais So Paulo e Rio de Janeiro Metrpoles nacionais: encontram-se no primeiro nvel da gesto territorial, constituindo foco para centros localizados em todos os pontos do pas. So metrpoles nacionais Braslia, Rio de Janeiro e So Paulo Metrpoles regionais: constituem o segundo nvel da gesto territorial, e exercem influncia na macrorregio onde se encontram. So metrpoles regionais Belm, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goinia, Manaus, Porto Alegre, Recife e Salvador Capitais regionais: constituem o terceiro nvel da gesto territorial, e exercem influncia no estado e em estados prximos. Dividem-se em trs nveis: Capitais regionais A: Aracaju, Campinas, Campo Grande, Cuiab, Florianpolis, Joo Pessoa, Macei, Natal, So Lus, Teresina e Vitria Capitais regionais B: Blumenau, Campina Grande, Cascavel, Caxias do Sul, Chapec, Feira de Santana, Ilhus/Itabuna, Joinville, Juiz de Fora, Londrina, Maring, Ribeiro Preto, So Jos do Rio Preto, Uberlndia, Montes Claros, Palmas, Passo Fundo, Poos de Caldas, Porto Velho, Santa Maria e Vitria da Conquista Capitais regionais C: Araatuba, Araguana, Arapiraca, Araraquara, Barreiras, Bauru, Boa Vista, Cachoeiro de Itapemirim, Campos dos Goytacazes, Caruaru, Cricima, Divinpolis, Dourados, Governador Valadares, Iju, Imperatriz, Ipatinga/Coronel Fabriciano/Timteo, Juazeiro do Norte/Crato/Barbalha, Macap, Marab, Marlia, Mossor, Novo Hamburgo/So Leopoldo, Pelotas/Rio Grande, Petrolina/Juazeiro, Piracicaba, Ponta Grossa, Pouso Alegre, Presidente Prudente, Rio Branco, Santarm, Santos, So Jos dos Campos, Sobral, Sorocaba, Tefilo Otoni, Uberaba, Varginha e Volta Redonda/Barra Mansa
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  • Bioma, domnio morfoclimtico e ecossistema Apesar de haver semelhanas entre esses termos eles no so sinnimos. interessante destacarmos o conceito de cada um, dependendo da ocasio eles podem ser abordados com enfoque diferentes. Vale lembrar que dependendo do autor e da anlise em foco os conceitos podem sofrer sutis alteraes. Aqui adaptaremos um conceito conforme nossas fontes consultadas. Biomas.Uma rea de grandes dimenses com caractersticas em comum de clima, vegetao, fauna, hidrografia e solo. Visualmente apresenta uma paisagem vegetal de aspecto semelhante, apesar da diversidade de vegetao que os compem. Domnio morfoclimtico. um conjunto espacial de certa ordem de grandeza onde existe uma coerncia no aspecto do relevo, nos tipos de solo, na vegetao, no clima e na hidrografia. Ecossistema. um complexo onde ocorre a interao entre seres vivos e os elementos no vivos (biticos e abiticos) havendo transferncia de energia e de matria entre eles. Um sistema natural comandado por fluxos de energia. Notas bsicas. Um domnio pode conter mais de um bioma e mais de um ecossistema. Por exemplo, no domnio do cerrado o bioma predominante o cerrado, mas tambm ocorre matas galeria e formaes campestres. No domnio dos mares de morros predomina a Mata Atlntica, mas ocorre bosques de araucrias e ecossistemas costeiros. De modo geral, bioma e ecossistema so termos mais usados em biologia e domnio morfoclimtico e paisagem natural so mais usados em geografia.
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  • Ecossistemas Brasileiros.
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  • Biomas Brasileiros
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  • Relevo Brasileiro Classificaes de relevo Uma das classificaes mais atuais do ano de 1995, de autoria do gegrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de So Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfcie do territrio brasileiro, atravs de um sofisticado radar acoplado em um avio. Jurandyr Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, plancies e depresses. Caractersticas do relevo brasileiro O relevo do Brasil tem formao muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vrios ciclos climticos. A eroso, por exemplo, foi provocada pela mudana constante de climas mido, quente, semi-rido e rido. Outros fenmenos da natureza (ventos e chuvas) tambm contriburam no processo de eroso. O relevo brasileiro apresenta-se em : Planaltos superfcies com elevao e aplainadas, marcadas por escarpas onde o processo de desgaste superior ao de acmulo de sedimentos. Plancies superfcies relativamente planas, onde o processo de deposio de sedimentos superior ao de desgaste. Depresso Absoluta - regio que fica abaixo do nvel do mar. Depresso Relativa fica acima do nvel do mar. A perifrica paulista, por exemplo, uma depresso relativa. Montanhas elevaes naturais do relevo, podendo ter vrias origens, como falhas ou dobras. O territrio brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critrios. Uma das primeiras classificaes do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na dcada de 1940 pelo gegrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958, essa classificao tradicional foi substituda pela tipologia do gegrafo Aziz AbSber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.
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  • Vegetao Brasileira Floresta Amaznica Ocupa cerca de 40% do territrio brasileiro em uma rea que abrange a totalidade da Regio Norte, o norte de Mato Grosso e o oeste do Maranho , estendendo-se ainda pelos pases vizinhos (Suriname, Guiana, Venezuela, Colmbia, Equador, Peru e Bolvia), alm da Guiana Francesa. uma floresta latifoliada (do latim, lati, que significa "largo"), ou seja, com predominncia de espcies vegetais de folhas largas. Com caractersticas prprias de clima equatorial, tipicamente quente e supermido, tambm conhecida como hilia. Apresenta grande heterogeneidade de espcies animais e vegetais e caracteriza-se por trs diferentes matas: de igap, vrzea e terra firme. A mata de igap corresponde parte da floresta onde o solo se encontra inundado. Ocorre principalmente no baixo Amazonas e rene espcies como liana, cip, epfita, parasita e vitria-rgia. A mata de vrzea prpria das regies que so periodicamente inundadas, denominadas terraos fluviais. Intermedirias entre os igaps e a terra firme, as espcies da mata de vrzea tm formaes variadas, como seringueira, palmeira, jatob e maaranduba. A altura dessas espcies aumenta medida que se distanciam dos rios. As matas de terra firme correspondem parte mais elevada do relevo. Com solo seco, livre de inundao, as rvores podem chegar a 65 m de altura. O entrelaamento de suas copas, em algumas regies, impede quase totalmente a passagem de luz, o que torna seu interior muito mido, escuro e pouco ventilado. Em terra firme encontram-se espcies como o castanheiro, o caucho e o guaran. Os principais produtos extrados da floresta so o guaran, o ltex e a castanha-do-par. Embora sua explorao econmica possa ocorrer de forma a no interferir no equilbrio ecolgico e a garantir a sobrevivncia de comunidades da floresta, ela continua acontecendo de maneira predatria na maioria dos casos. Os impactos ambientais de maior escala em toda a Amaznia tm sido provocados pela extrao ilegal de madeira e pela destruio de extensas reas, por meio de desmatamentos e queimadas, para a prtica da agricultura e da pecuria. A floresta j perdeu uma rea de 512.400 km, cerca de 12,8% de seu total de origem.
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  • Mata Atlntica uma floresta de clima tropical quente e mido. Predomina na costa brasileira, onde planaltos e serras impedem a passagem da massa de ar, provocando chuva. Entre as florestas tropicais, a que apresenta a maior biodiversidade por hectare do mundo, com espcies como ip, quaresmeira, cedro, palmiteiro, canela e imbaba. a mais devastada das florestas brasileiras. No passado estendia-se do litoral do Rio Grande do Norte ao de Santa Catarina. No perodo colonial foi intensamente destruda para dar lugar cultura canavieira no Nordeste e, posteriormente, no Sudeste, cultura cafeeira. Os 7% restantes da mata original, que ocupava 1.290.692,4 km, encontram-se nas regies Sul e Sudeste, preservados graas presena da serra do Mar, obstculo ao humana. Atualmente, mesmo essa rea se encontra em situao de risco, especialmente para espcies como jacarand, cedro e palmito. Contribuem ainda com a devastao o turismo predatrio e o elevado ndice de poluio da costa brasileira.
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  • Caatinga Ocupa a regio do serto nordestino, de clima semi-rido, o que corresponde, aproximadamente, dcima parte do territrio brasileiro. composta de plantas xerfilas, prprias de clima seco, adaptadas pouca quantidade de gua: os espinhos das cactceas, por exemplo, tm a funo de diminuir sua transpirao. O solo da caatinga frtil quando irrigado. Essas plantas podem produzir cera, fibra, leo vegetal e, principalmente, frutas. Por causa do baixo ndice pluviomtrico da regio sertaneja, as plantas dependem de irrigao artificial, possibilitada pela construo de canais e audes.
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  • Pantanal mato- grossense a maior plancie inundvel do mundo. Ocupa uma rea de 150.000 km, englobando do sudoeste de Mato Grosso ao oeste de Mato Grosso do Sul at o Paraguai. Nessa formao podem ser identificadas trs diferentes reas: as alagadas, as periodicamente alagadas e as que no sofrem inundaes. Nas reas alagadas, a vegetao de gramneas desenvolve-se no inverno e usada para o gado bovino. Nas de eventuais alagamentos encontram-se, alm de vegetao rasteira, arbustos e palmeiras como o buriti e o carand. E nas que no sofrem inundaes predominam os cerrados e, em pontos mais midos, espcies arbreas da floresta tropical. Em razo da regularidade e da alternncia de perodos de cheia e de seca, existe grande variedade de espcies animais e vegetais. A princpio, a criao de gado no causou danos ambientais, mas, recentemente, com o investimento de grandes capitais e a excessiva proliferao do gado, o equilbrio vem sendo ameaado. H tambm contaminao por causa de agrotxicos utilizados na agricultura, nos garimpos irregulares, na caa e na pesca predatrias. Tudo isso prejudica a qualidade da gua, elemento-base de todo o ecossistema pantaneiro.
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  • Cerrado Formao tpica de rea tropical com duas estaes marcadas, um inverno seco e um vero chuvoso. Sua rea de ocorrncia o Brasil central. O solo, deficiente em nutrientes e com alta concentrao de alumnio, d mata uma aparncia seca. As plantas tm razes capazes de retirar gua e nutrientes do solo a mais de 15 m de profundidade. A vegetao caracteriza-se principalmente pela presena de pequenos arbustos e rvores retorcidas, com cortia (casca) grossa e folhas recobertas por plos. Encontram- se, ainda, gramneas e o cerrado, um tipo mais denso de cerrado que j abriga formaes florestais. Tradicionalmente utilizado pela pecuria, o cerrado tem sido ocupado pela monocultura da soja, responsvel pela descaracterizao dessa cobertura, que j representou cerca de 25% do territrio brasileiro.
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  • Campos Formados por herbceas, gramneas e pequenos arbustos, ocupam reas descontnuas do pas e possuem caractersticas diversas. So denominados campos limpos quando predominam as gramneas. Se a estas se somam os arbustos, so denominados campos sujos. Quando ocupam reas de altitude superior a 100 m so chamados de campos de altitude, como na serra da Mantiqueira e no planalto das Guianas. J os campos da hilia se referem s formaes rasteiras que se encontram na Amaznia. Os campos meridionais, quase sem espcie arbustiva, como a Campanha Gacha, no Rio Grande do Sul, so ocupados principalmente pela pecuria.
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  • Mata de araucria Prpria do clima subtropical, encontrada na Regio Sul e em trechos do estado de So Paulo. uma floresta aciculifoliada (folhas em forma de agulha, finas e alongadas) e tem na Araucaria angustifolia, ou pinheiro-do-paran, a espcie dominante, cujo fruto o pinho. Atingem mais de 30 m de altura e possuem formao aberta, oferecendo certa facilidade circulao. Seu principal produto, o pinho, tem ampla e variada aplicao econmica na indstria de mveis, na construo civil e na indstria de papel e celulose. As florestas dessa formao so a principal fonte produtora de madeira do pas, o que levou a seu desaparecimento quase total. As reas de reflorestamento voltam-se principalmente para o pinus e os eucaliptos, menos nobres, porm mais explorveis em curto intervalo de tempo.
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  • Mata de cocais Situada entre a floresta Amaznica e a caatinga, a mata de cocais est presente nos estados do Maranho e do Piau e norte do Tocantins. No lado oeste, onde a proximidade com o clima equatorial da Amaznia a torna mais mida, freqente o babau: palmeiras que atingem de 15 a 20 m de altura. Dos cocos do babau extrai-se o leo, muito utilizado pelas indstrias alimentcia e de cosmticos. No lado mais seco, a leste, domina a carnaba, que pode atingir at 20 m de altura. Das folhas da carnaba extrada a cera. A mata de cocais utilizada por vrias comunidades extrativistas que exercem suas atividades sem prejudicar essa formao vegetal. A destruio, no entanto, acontece com a criao de reas de pasto para a pecuria, principalmente no Maranho e no norte do Tocantins.
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  • Mangue uma formao vegetal composta de arbustos e espcies arbreas que ocorrem em reas de lagunas e restingas ao longo de todo o litoral. Nessa formao vegetal predominam troncos finos e razes areas e respiratrias (ou razes- escora), adaptadas salinidade e a solos pouco oxigenados. Por ser rico em matria orgnica, tem papel muito importante na reproduo e no abrigo de espcies da fauna marinha. Tradicionalmente, no mangue se realiza, como atividade econmica, a pesca de caranguejo. Sofre a ao destrutiva do turismo predatrio, da ocupao imobiliria e da poluio provocada por esgotos.
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  • Restinga uma vegetao prpria de terrenos salinos, formada por ervas, arbustos e rvores. Predomina no litoral da Bahia ao Rio de Janeiro e no do Rio Grande do Sul. Os destaques so a aroeira-de-praia e o cajueiro. Recebe os efeitos da mesma ao destrutiva a que est exposto o mangue.
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  • Clima Brasileiro Clima corresponde ao conjunto de variaes do tempo de uma determinada localidade. Para estabelecer o clima de um lugar necessrio analisar os fenmenos atmosfricos durante um perodo de, aproximadamente, 30 anos. O clima est diretamente relacionado formao vegetal. No territrio brasileiro ocorre uma grande diversidade climtica, pois o pas apresenta grande extenso territorial com diferenas de relevo, altitude e dinmica das massas de ar e das correntes martimas, todos esses fatores influenciam no clima de uma regio. A maior parte da rea do Brasil est localizada na Zona Intertropical, ou seja, nas zonas de baixas latitudes, com climas quentes e midos. Outro fator interessante do clima brasileiro se refere amplitude trmica (diferena entre as mdias anuais de temperatura mximas e mnimas), conforme se aproxima da linha do Equador, a amplitude trmica menor. O critrio utilizado no Brasil para classificar os diferentes tipos de clima foi a origem, a natureza e, principalmente, a movimentao das massas de ar existentes no pas (equatoriais, tropicais e polares). Conforme anlises climticas realizadas no territrio brasileiro, foi possvel estabelecer seis tipos de climas diferentes, que veremos nos prximos slides.
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  • Equatorial e Tropical Equatorial Presente na Amaznia, ao norte de Mato Grosso e a oeste do Maranho, sofre ao direta das massas de ar equatorial continental e equatorial atlntica, de ar quente e mido. Apresenta temperaturas mdias elevadas (de 25 C a 27 C), chuvas durante todo o ano e reduzida amplitude trmica (inferior a 3 C). Tropical Clima do Brasil central, tambm presente na poro oriental do Maranho, extensa parte do territrio do Piau e na poro ocidental da Bahia e de Minas Gerais. Encontrado tambm no extremo norte do pas, em Roraima. Caracteriza-se por temperatura elevada (18 C a 28 C), com amplitude trmica de 5 C a 7 C, e estaes bem definidas (uma chuvosa e outra seca). A estao de chuva ocorre no vero; no inverno ocorre a reduo da umidade relativa em razo do perodo da estao seca. O ndice pluviomtrico de cerca de 1,5 mil milmetros anuais.
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  • Tropical de Altitude e Atlntico. Tropical de Altitude encontrado nas partes mais elevadas, acima de 800 metros, do planalto Atlntico do Sudeste. Abrange principalmente os estados de So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Esprito Santo. Est sob influncia da massa de ar tropical atlntica, que provoca chuvas no perodo do vero. Apresenta temperatura amena, entre 18 C e 22 C, e amplitude trmica anual entre 7 C e 9 C. No inverno, as geadas ocorrem com certa frequncia, em virtude da ao das frentes frias originadas do choque entre as massas tropical e polar. Tropical Atlntico Conhecido tambm como tropical mido, compreende a faixa litornea do Rio Grande do Norte ao Paran. Sofre a ao direta da massa tropical atlntica, que, por ser quente e mida, provoca chuvas intensas. A temperatura varia de 18 C a 26 C, apresenta amplitude trmica maior medida que se avana em direo ao Sul. No Nordeste, a maior concentrao de chuva se d no inverno. No Sudeste, no vero. O ndice pluviomtrico mdio alto, de 2 mil milmetros anuais.
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  • Subtropical e Semi-rido. Subtropical Ocorre nas latitudes abaixo do trpico de Capricrnio. Est presente no sul do estado de So Paulo e na maior parte do estado paranaense, de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. influenciado pela massa polar atlntica, possui temperatura mdia anual de 18 C e amplitude trmica elevada (10 C). As chuvas no so muito intensas, mil milmetros anuais, porm, ocorrem de forma bem distribuda na regio. Nessa regio climtica do Brasil so comuns as geadas e nevadas. O vero muito quente e a temperatura pode ultrapassar os 30 C. O inverno, bastante frio, apresenta temperaturas mais baixas do pas, inferiores a 0 C. Semirido Ocorre no interior do Nordeste, na regio conhecida como Polgono das Secas, corresponde a quase todo o serto nordestino e aos vales mdio e inferior do rio So Francisco. Caracteriza-se por temperaturas elevadas (mdia de 27 C) e chuvas escassas e mal distribudas, em torno de 700 milmetros anuais. H perodos em que a massa equatorial atlntica (supermida) chega ao litoral norte da regio Nordeste e atinge o serto, causando chuvas intensas nos meses de fevereiro, maro e abril.
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  • Hidrografia Brasileira Hidrografia a rea ocupada por um rio principal e todos os seus tributrios, cujos limites constituem as vertentes, que por sua vez limitam outras bacias. No Brasil, a predominncia do clima mido propicia uma rede hidrogrfica numerosa e formada por rios com grande volume de gua. As bacias hidrogrficas brasileiras so formadas a partir de trs grandes divisores: Planalto Brasileiro Planalto das Guianas Cordilheira dos Andes O Brasil dotado de uma vasta e densa rede hidrogrfica, sendo que muitos de seus rios destacam-se pela extenso, largura e profundidade. Em decorrncia da natureza do relevo, predominam os rios de planalto que apresentam em seu leito rupturas de declive, vales encaixados, entre outras caractersticas, que lhes conferem um alto potencial para a gerao de energia eltrica. Quanto navegabilidade, esses rios, dado o seu perfil no regularizado, ficam um tanto prejudicados. Dentre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai so predominantemente de plancie e largamente utilizados para a navegao. Os rios So Francisco e Paran so os principais rios de planalto. De maneira geral, os rios tm origem em regies no muito elevadas, exceto o rio Amazonas e alguns de seus afluentes que nascem na cordilheira andina. Ressaltam-se oito grandes bacias hidrogrficas existentes no territrio brasileiro; a do Rio Amazonas, do Rio Tocantins, do Atlntico Sul, trechos Norte e Nordeste, do Rio So Francisco, as do Atlntico Sul, trecho leste, a do Rio Paran, a do Rio Paraguai e as do Atlntico Sul, trecho Sudeste.
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  • Bacia Amaznica a maior bacia hidrogrfica do mundo, com 7.050.000 km, sendo que 3.904.392,8 km esto em terras brasileiras. Seu rio principal (Amazonas), nasce no Per com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Maraon. Quando entra no Brasil, passa-se a chamar Solimes e, aps o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas. O Rio Amazonas percorre 6.280 km, sendo o segundo maior do planeta em extenso (aps o Rio Nilo, no Egito, com 6.670 km) o maior do mundo em vazo de gua. Sua largura mdia de 5 quilmetros e possui 7 mil afluentes, alm de diversos cursos de gua menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante. Bacia Amaznica est localizada em uma regio de plancie e tem cerca de 23 mil km de rios navegveis, que possibilitam o desenvolvimento do transporte hidrovirio. A navegao importante nos grandes afluentes do Rio Amazonas, como o Madeira, o Xing, o Tapajs, o Negro, o Trombetas e o Jari. Em 1997 inaugurada a na bacia, a Hidrovia do Rio Madeira, que opera de Porto Velho at Itacoatiara, no Amazonas. Possui 1.056km de extenso e por l feito o escoamento da maior parte da produo de gros e minrios da regio. Bacia do So Francisco Possui uma rea de 645.067,2 km de extenso e o seu principal rio o So Francisco, com 3.160 km de extenso. o maior rio totalmente brasileiro e percorre 5 estados (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe). Alm disso fundamental na economia da regio que percorre, pois permite a atividade agrcola em suas margens e oferece condies para a irrigao artificial de reas mais distantes, muitas delas semi-ridas. Os principais afluentes perenes so os rios Cariranha, Pardo, Grande e das Velhas. Seu maior trecho navegvel se encontra entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) com 1.371km de extenso. O potencial hidreltrico do rio aproveitado principalmente pelas grandes usinas de Xing e Paulo Afonso.
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  • Bacia do Tocantins Araguaia E a maior bacia localizada inteiramente em territrio brasileiro, com 813.674,1 km. Seus principais rios so o Tocantins e o Araguaia. O rio Tocantins, com 2.640 km de extenso, nasce em Gois e desemboca na foz do Amazonas. Possui 2.200 km navegveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belm-PA) e parte de seu potencial hidreltrico aproveitado pela usina de Tucuru, no Par - a 2 maior do pas e uma das cinco maiores do mundo. O Rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Gois e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construo da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs (Organizaes No-Governamentais) em razo dos impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10) reas de preservao ambiental e 35 (trinta e cinco) reas indgenas, afetando uma populao de 10 mil ndios.00 km navegveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belm-PA) e parte de seu potencial hidreltrico aproveitado pela usina de Tucuru, no Par - a 2 maior do pas e uma das cinco maiores do mundo. O Rio Araguaia nasce em Gois, prximo a cidade de Mineiros e ao Parque Nacional das Emas e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construo da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs (Organizaes No-Governamentais) em razo dos impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10) reas de preservao ambiental e 35 (trinta e cinco) reas indgenas, afetando uma populao de 10 mil ndios. Bacia do Atlntico Sul composta de vrias pequenas e mdias bacias costeiras, formadas por rios que desaguam no Oceano Atlntico. O trecho norte-nordeste engloba rios localizados no norte da bacia amaznica e aqueles situados entre a foz do rio Tocantins e a do rio So Francisco. Entre eles, est o Rio Parnaba, na divisa entre o Piau e o Maranho, que forma o nico delta ocenico das Amricas. Entre a foz do rio So Francisco e a divisa do Rio de Janeiro e So Paulo esto as bacias do trecho leste, no qual se destaca o rio Paraba do Sul. A partir dessa rea comeam as bacias do sudeste-sul. Seu rio mais importante o Itaja, no estado de Santa Catarina. Bacia do Atlntico Sul - trechos sudeste e sul A bacia do Atlntico Sul, nos seus trechos sudeste e sul, composta por rios da importncia do Jacu, Itaja e Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem importncia regional, pela participao em atividades como transporte hidrovirio, abastecimento d'gua e gerao de energia eltrica. Bacia do Atlntico Sul - trechos norte e nordeste Vrios rios de grande porte e significado regional podem ser citados como componentes dessa bacia, a saber: rio Acara, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Paje, Turiau, Pindar, Graja, Itapecuru, Mearim e Parnaba. Em especial, o rio Parnaba o formador da fronteira dos estados do Piau e Maranho, por seus 970 km de extenso, desde suas nascentes na serra da Tabatinga at o oceano Atlntico, alm de representar uma importante hidrovia para o transporte dos produtos agrcolas da regio.
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  • Bacia do Atlntico Sul - trecho leste Da mesma forma que no seu trecho norte e nordeste, a bacia do Atlntico Sul no seu trecho leste possui diversos cursos d'gua de grande porte e importncia regional. Podem ser citados, entre outros, os rios Pardo, Jequitinhonha, Paraba do Sul, Vaza- Barris, Itapicuru, das Contas e Paraguau. Bacias do rio Paran e Uruguai A bacia platina, ou do rio da Prata, constituda pelas sub-bacias dos rios Paran, Paraguai e Uruguai, drenando reas do Brasil, Bolvia, Paraguai, Argentina e Uruguai. O rio Paran possui cerca de 4.900 km de extenso, sendo o segundo em comprimento da Amrica do Sul. formado pela juno dos rios Grande e Paranaba. Possui como principais tributrios os rios Paraguai, Tiet, Paranapanema e Iguau. Representa trecho da fronteira entre Brasil e Paraguai, onde foi implantado o aproveitamento hidreltrico binacional de Itaipu, com 12.700 MW, maior usina hidreltrica em operao do mundo. Posteriormente, faz fronteira entre o Paraguai e a Argentina. Em funo das suas diversas quedas, o rio Paran somente possui navegao de porte at a cidade argentina de Rosrio. O rio Paraguai, por sua vez, possui um comprimento total de 2.550 km, ao longo dos territrios brasileiro e paraguaio e tem como principais afluentes os rios Miranda, Taquari, Apa e So Loureno. Nasce prximo cidade de Diamantino, no estado de Mato Grosso, e drena reas de importncia como o Pantanal mato-grossense. No seu trecho de jusante banha a cidade de Assuncin, capital do Paraguai, e forma a fronteira entre este pas e a Argentina, at desembocar no rio Paran, ao norte da cidade de Corrientes. O rio Uruguai, por fim, possui uma extenso da ordem de 1.600 km, drenando uma rea em torno de 307.000 km2. Possui dois principais formadores, os rios Pelotas e Canoas, nascendo a cerca de 65 km a oeste da costa do Atlntico. Fazem parte da sua bacia os rios Peixe, Chapec, Peperiguau, Ibicu, Turvo, Iju e Piratini. O rio Uruguai forma a fronteira entre a Argentina e Brasil e, mais ao sul, a fronteira entre Argentina e Uruguai, sendo navegvel desde sua foz at a cidade de Salto, cerca de 305 km a montante.
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  • Industrializao Brasileira Pensar na origem da indstria no Brasil, tem que se incluir necessariamente, a economia cafeeira desenvolvida no pais durante o sculo XlX e boa parte do XX, pois ela foi quem deu as bases para o surgimento da indstria no pas, que comeou a ocorrer ainda na Segunda metade do sculo XlX. Dentre as contribuies da economia cafeeira para a industrializao, podemos mencionar: a) Acumulao de capital necessrio para o processo b) Criao de infra-estrutura c) Formao de mercado de consumo d) Mo de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus no portugueses, como os italianos. No incio do sculo XX, a industrializao brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no caf, por exemplo, do que na indstria. Com a crise de 1929, o rumo da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na chamada era Vargas, o processo de industrializao impulsionado, com base nas polticas de carter keynesiano. O intervencionismo estatal na economia cada vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD, Petrobrs, Eletrobrs, etc., com o objetivo de industrializar o pas. No governo de JK, se d a abertura ao capital internacional, representado pelas empresas multinacionais e pelos enormes emprstimos para o estabelecimento de infra estrutura e de grandes obras como a construo da capital federal no centro do pas, no planalto central, Braslia.
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  • Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK continuado, grandes projetos so estabelecidos, a economia do pas chega a tornar-se a oitava do mundo. Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce, essa festa toda s parada em decorrncia da Crise do petrleo, que se d a partir de 1973. A grande contradio desse crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento externo, e por outro atravs de grande represso ( vide o AI 5), e arrocho salarial, sobre a classe trabalhadora brasileira, confirmando a tendncia de Modernizao conservadora da economia nacional. A partir da dcada de 90, e da emergncia das idias neoliberais, o processo de industrializao do pas toma novo rumo, com a privatizao de grande parte das estatais e da abertura cada vez maior da economia do pas ao capital internacional, alm da retirada de direitos trabalhistas histricos. Mudanas espaciais tambm so verificadas na distribuio atual das indstrias no pas, pois desde o incio da industrializao, a tendncia foi de concentrao espacial no Centro-sul, especialmente em So Paulo, isso fez com que esse estado se torna-se o grande centro da economia nacional e em decorrncia disso recebesse os maiores fluxos migratrios, mas o que se verifica atualmente que a tendncia mundial atual de desconcentrao industrial tambm tem se abalado sobre o Brasil, pois localidades do interior de So Paulo, do Sul do pas e at mesmo estados nordestinos comeam a receber plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem sombra de dvidas para a capital paulista. Esse processo se deve em especial a globalizao da economia que tem acirrado a competio entre as empresas, que com isso buscam a reduo dos custos de produo buscando produzir onde mais barato. Esse processo todo tende a redesenhar no apenas o espao industrial brasileiro, mas de vrias reas do mundo. O mais interessante no caso brasileiro, que ele no tem enfraquecido o papel de So Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas pelo contrrio fortalece, pois o que se desconcentra a produo e no a deciso.
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  • CLASSIFICAO DAS INDSTRIAS As indstrias podem ser classificadas com bases em vrios critrios, em geral o mais utilizado o que leva em considerao o tipo e destino do bem produzido: a) Indstrias de base: so aquelas que produzem bens que do a base para o funcionamento de outras indstrias, ou seja, as chamadas matrias primas industrias ou insumos industriais, como o ao. b) Indstrias de bens de capital ou intermedirias: so aquelas que produzem equipamentos necessrios para o funcionamento de outras indstrias, como as de mquinas. c) Indstrias de bens de consumo: so aquelas que produzem bens para o consumidor final, a populao comum, elas subdividem-se em: c.1) Bens durveis: as que produzem bens para consumo a longo prazo, como automveis. c.2) Bens no durveis: as que produzem bens para consumo em geral imediato, como as de alimentos. Se levarmos em considerao outros critrios como por exemplo: 1-Maneira de produzir: a) Indstrias extrativas b) Indstrias de processamento ou beneficiamento c) Indstria de construo d) Indstria de transformao ou manufatureira. 2-Quantidade de matria prima e energia utilizadas: a) Indstrias leves b) Indstrias pesadas 3-Tecnologia empregada: a) Indstrias tradicionais b) Indstrias dinmicas.
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  • OS FATORES LOCACIONAIS Fatores locacionais devem ser entendidos como as vantagens que um determinado local pode oferecer para a instalao de uma indstria. Podem ser eles: Matria prima abundante e barata Mo de obra abundante e barata Energia abundante e barata Mercados consumidores Infra estrutura Vias de transporte e comunicaes Incentivos fiscais Legislaes fiscais, tributrias e ambientais amenas. Durante a 1 Revoluo industrial as indstrias inglesas se concentraram nas proximidades das bacias carbonferas, o que fez com que ali surgissem importantes cidades industriais, que ganharam o apelido de cidades negras, isso se deu em decorrncia do pequeno desenvolvimento em especial dos meios de transporte. Na 2 Revoluo Industrial do final do sculo XlX, com o desenvolvimento de novos meios de transporte ( ferrovia) e a utilizao de novas fontes de energia ( eletricidade, petrleo, etc.) houve uma maior liberdade na implantao de indstrias que fez com que surgissem novas reas industriais. No sculo XX as metrpoles urbano industriais passaram a concentrar as maiores e mais importantes indstrias, o que as tornou o centro da economia de vrios pases do planeta, como o caso da regio metropolitana de So Paulo no Brasil, ou do Manufacturing Belt nos EUA. Atualmente a tendncia a da desconcentrao industrial, onde as indstrias buscam novos locais onde os custos de produo sejam menores, como ocorre com o chamado Sun Belt nos EUA, ou na relocalizao produtiva que estamos verificando no Brasil, isso gera uma mudana significativa dos fluxos migratrios, cidades como So Paulo ou Rio de Janeiro, deixam de ser as maiores captadoras de pessoas, cedendo esse posto para cidades do interior de So Paulo dentre outras localidades.
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  • A TERCEIRA REVOLUO INDUSTRIAL Na dcada de 1970, a crise do petrleo fez com que emergisse para o mundo algo que j vinha sendo gerado no decorrer do sculo XX, a 3 Revoluo Industrial, tambm chamada de Revoluo tecnocientfica informacional. Esta por sua vez correspondia aos avanos tecnolgicos em especial da informao e dos transportes, representado por invenes como por exemplo Internet, e os avies supersnicos. Os avanos nesses setores tornaram o mundo menor, encurtaram as distncias e em alguns casos aniquilaram o espao em relao ao tempo, como o que vemos com a telefonia, dentre tantos outros exemplos. Tudo isso gerou e tem gerado transformaes colossais no espao geogrfico mundial, as indstrias buscam a inovao, investem em novas tecnologias, em especial naquelas que poupem mo de obra como a robtica, o desemprego estrutural se expande. Antigas regies industriais entram em decadncia com o processo de desconcentrao industrial, surgem novas regies industriais. Surge a fbrica global, que se constitui na estratgia utilizada pelas grandes empresas internacionais de produzir se utilizando das vantagens comparativas que oferecem os variados pases do mundo. A terceirizao, tambm torna-se algo comum, como o que ocorre com empresas de calados como a NIKE, que no tem um nico operrio em linhas de produo, pois no produz apenas compra de empresas menores. Fruto tambm da revoluo tecnocientfica informacional, surgem os chamados Tcnopolos, locais, que podem ser cidades ou at mesmo bairros onde se instalam empresas de alta tecnologia como uma Microsoft, em geral associadas a instituies de pesquisa como universidades. o caso do Vale do Silcio nos EUA, Tsukuba no Japo, e cidades como Campinas e So Carlos no Brasil.
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  • AS MULTINACIONAIS OU TRANSNACIONAIS A partir do final do sculo XlX, comeam a surgir os primeiros trustes (modalidade de concentrao e centralizao do capital), os quais do origem a empresas multinacionais, que correspondem aquelas que se expandem para alm das fronteiras onde surgiram, algumas tornando-se verdadeiras empresas globais, como o caso da Coca- cola. A grande arrancada das multinacionais em direo dos pases subdesenvolvidos se deu a partir do ps 2 Guerra mundial, quando vrias empresas dos EUA, Europa e Japo, passaram a se aproveitar das vantagens locacionais oferecidas por esses pases. Hoje a presena de multinacionais j faz parte do cotidiano de milhes de pessoas no mundo todo, elas comandam os fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a administrar receitas muito superiores a de vrios pases do mundo. As maiores multinacionais do mundo so dos EUA, seguidas de japonesas e europias. Empresas desse tipo surgidas em pases do mundo subdesenvolvido ainda so poucas, e no to poderosas como dos primeiros. I No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a partir do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital internacional proporcionando grande internacionalizao da economia, por outro lado tambm beneficiou multinacionais como por exemplo na opo pela via rodoviarista de transportes para o Brasil, que naquele momento atraiu vrias multinacionais produtoras de automveis, mas que condenou os brasileiros a pagarem os custos mais elevados desse tipo de transporte. Hoje a presena delas no Brasil muito intensa e numerosa, elas sendo responsveis por grande parte da drenagem de capitais que saem do pas atravs das remessas de lucros.
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  • Industrializao Brasileira HISTRICO 1a fase: 1822 a 1930 Perodo de reduzida atividade industrial, dado a caracterstica agrrio-exportadora do pas. Nessa fase, no entanto, ocorrem dois fatos que facilitam a industrializao futura: a Abolio da Escravatura e a entrada de imigrantes, que vo servir e mo-de-obra. 2a fase: 1830 a 1956 O ano de 1930 considerado por alguns autores como o da "Revoluo Industrial" no Brasil. Efetivamente o ano que marca o incio da industrializao (processo atravs do qual a atividade industrial vai se tornar a mais importante do pas) beneficiada pela Crise de 1929 e pela Revoluo de 1930). A Crise de 1929 determinou a decadncia da cafeicultura e a transferncia do capital para a indstria, o que associado a presena de mo-de-obra e mercado consumidor, vai justificar a concentrao industrial no Sudeste, especificamente em So Paulo. Esta fase, assim como a primeira, tem uma caracterstica inicial de quase exclusividade de indstrias de bens de consumo no durveis, definindo o perodo chamado de "Substituio de importaes". No entanto, a ao do Estado comea a alterar o quadro, com o Governo Vargas criando as empresas estatais do setor de base, como a CSN (siderurgia), PETROBRS e a CVRD (minerao). 3a fase: 1956 a 1989 Constitui o perodo de maior crescimento industrial do pas em todos os tipos de indstria, tendo como base a aliana entre o capital estatal e o capital estrangeiro. O governo Juscelino Kubitschek d incio a chamada "Internacionalizao da Economia", com a entrada de empresas transnacionais, notadamente do setor automotivo. O processo iniciado por J.K. teve continuidade durante a Ditadura Militar (1964 a 1985), destacando-se o Governo Mdici, perodo do "Milagre Brasileiro", que determinou crescimento econmico, mas tambm aumento da dvida externa e concentrao de renda. 4a fase: 1989 a... Esta fase iniciada no Governo Collor com continuidade at o Governo Fernando Henrique marca o avano do Neoliberalismo no pas, com srias repercusses no setor secundrio da economia. O modelo neoliberal adotado determinou a privatizao de quase todas as empresas estatais, tanto no setor produtivo, como as siderrgicas e a CVRD, quanto no setor da infra-estrutura e servios, como o caso do sistema Telebrs. Alm disso, os ltimos anos marcaram a abertura do mercado brasileiro, com expressivas redues na alquota de Importao. Por outro lado, houve brutal aumento do desemprego, devido a falncia de empresas e as inovaes tecnolgicas adotadas, com a utilizao de mquinas e equipamentos industriais de ltima gerao, necessrios para aumentar a competitividade e resistir concorrncia internacional.
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  • A CONCENTRAO INDUSTRIAL NO SUDESTE A distribuio espacial da indstria brasileira, com acentuada concentrao em So Paulo, foi determinada pelo processo histrico, j que no momento do incio da efetiva industrializao, o estado tinha, devido cafeicultura, os principais fatores para instalao das indstrias, a saber: capital, mercado consumidor, mo-de-obra e transportes. Alm disso, a atuao estatal atravs de diversos planos governamentais, como o Plano de Metas, acentuou esta concentrao no Sudeste, destacando novamente So Paulo. A partir desse processo industrial e, respectiva concentrao, o Brasil, que no possua um espao geogrfico nacional integrado, tendo uma estrutura de arquiplago econmico com vrias reas desarticuladas, passa a se integrar. Esta integrao reflete nossa diviso inter-regional do trabalho, sendo tipicamente centro-periferia, ou seja, com a regio Sudeste polarizando as demais. A DESCENTRALIZAO INDUSTRIAL Atualmente, seguindo uma tendncia mundial, o Brasil vem passando por um processo de descentralizao industrial, chamada por alguns autores de desindustrializao, que vem ocorrendo intra-regionalmente e tambm entre as regies. Dentro da Regio Sudeste h uma tendncia de sada do ABC Paulista, buscando menores custos de produo do interior paulista, no Vale do Paraba ao longo da Rodovia Ferno Dias, que liga So Paulo Belo Horizonte. Estas reas oferecem, alm de incentivos fiscais, menores custos de mo-de-obra, transportes menos congestionados e por tratarem-se de cidades-mdias, melhor qualidade de vida, o que vital quando trata-se de tecnoplos. A desconcentrao industrial entre as regies vem determinando o crescimento de cidades- mdias dotadas de boa infra-estrutura e com centros formadores de mo-de-obra qualificada, geralmente universidades. Alm disso, percebe-se um movimento de indstrias tradicionais, de uso intensivo de mo-de-obra, como a de calados e vesturios para o Nordeste, atradas sobretudo, pela mo-de-obra extremamente barata.
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  • Fontes de Energia A estrutura geolgica do Brasil privilegiada em comparao com outros pases. O potencial hidreltrico brasileiro elevado, as possibilidades de obteno de energia usando a biomassa como parte primria so enormes e a produo do petrleo e gs natural vem aumentando gradualmente. O que falta para atingir a auto-suficincia energtica a poltica energtica com planejamento e execuo bem intencionados. No setor petrolfero o Brasil j auto-suficiente. Petrleo Em 1938, foi perfurado o primeiro poo de petrleo em territrio nacional. Foi no municpio de Lobato, na bacia do Recncavo Baiano, que a cidade de Salvador. Com a criao do CNP (Conselho de Petrleo) o governo passou a planejar, organizar e finalizar o setor petrolfero. Em 1953, Getulio Vargas criou a Petrobrs e instituiu o monoplio estatal na extrao, transporte e refino de petrleo no Brasil; monoplio exercido em 1995. Com a crise do petrleo, em 1973, houve a necessidade de se aumentar a produo interna para diminuir o petrleo importado, mas a Petrobrs no tinha capacidade de investimento. Por volta do ano 1999, houve a descoberta de uma importante bacia petrolfera em alto-mar, na plataforma continental de Campos, litoral norte do estado do Rio de janeiro. Essa bacia responsvel por mais de 65% da populao nacional de petrleo. Ainda na plataforma continental, destaca-se nos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia, que juntos so responsveis por cerca de 14% da produo do petrleo bruto. No continente a rea mais importante Massor, seguida do Recncavo baiano. Mais da metade do petrleo consumido no Brasil gasto no setor de transporte, cujo modelo de desenvolvimento o rodoviarismo. Essa opo a que mais consome energia no transporte de mercadorias e pessoas pelo territrio. Por isso h uma necessidade de o pas investir nos transportes ferrovirios e hidrovirios para diminuir custos e o consumo de uma fonte no-renovvel de energia. Carvo Mineral e Biomassa O Rio Grande do Sul e Santa Catarina possuem usinas termeltricas devido a disponibilidade de carvo mineral, tornando bsicos os gastos com transportes. H usinas termeltricas tambm, em So Paulo, por apresentar duas vantagens: o custo de instalao de uma usina termeltrica bem menor do que de uma hidreltrica, e a localizao de uma usina hidreltrica determinada pela topografia do terreno, enquanto uma termeltrica pode ser instalada em locais mais convenientes. Atualmente, no estado de So Paulo, muitas usinas de acar e lcool esto usando a queima de bagao da cana-de-acar como fonte primaria para a produo de energia (Biomassa) e tornaram-se auto-suficientes.
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  • Solar Atualmente h vrios projetos, em curso ou em operao, para o aproveitamento da energia solar no Brasil, particularmente por meio de sistemas fotovoltaicos de gerao de eletricidade, visando ao atendimento de comunidades isoladas da rede de energia eltrica e ao desenvolvimento regional. J a tecnologia do aquecedor solar j vem sendo usada no Brasil desde a dcada de 60, poca em que surgiram as primeiras pesquisas. Em 1973, empresas passaram a utiliz-la comercialmente (ABRAVA, 2001). Segundo informaes da Associao Brasileira de Refrigerao, Ar Condicionado,Ventilao e Aquecimento (ABRAVA, 2001), existiam at recentemente cerca de 500.000 coletores solares residenciais instalados no Brasil. Em Belo Horizonte, por exemplo, j so mais de 950 edifcios que contam com este benefcio e, em Porto Seguro, 130 hotis e pousadas. Hidrulica De acordo com o perfil longitudinal, pode-se encontrar rios brasileiros com caractersticas predominantes de plancie e de planalto. Esses rios tm um perfil importante na avaliao do potencial hidreltrico. Destacam-se, nesses, o rio Paran e seus principais afluentes, Parnaba, Grande, Tiet, Paranapanema e Iguac, com desnvel das cabeceiras at o p da barragem de Itaipu; o Tocantins e seu afluente Araguaia, que desce das cabeceiras foz; o rio Uruguai e seus afluentes de curso perene, com desnvel at Paulo Afonso. O rio Amazonas tem a mais vasta bacia hidrogrfica do planeta, com cerca de 6.315.000 km2, a maior parte do territrio brasileiro (3.984.000 km2, da ordem de 63,1%). Sendo assim o Brasil rico em potencial Hidrulico e, dentre in