conceitos de análise do discurso

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  • 7/23/2019 Conceitos de Anlise do Discurso

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    Anlise de Discurso Princpios e procedimentos (Eni Orlandi)

    Conceito: Formaes Imainrias (!elaes de sentido" relaes de#ora e antecipa$o)

    As condies de produo que constituem os discursos funcionam deacordo com certos fatores. Um deles o que chamamos de relaes desentidos. Segundo essa noo no h discurso que no se relacione comoutros. Em outras palavras os sentidos resultam de relaes um discursoaponta para outros que o sustentam! assim como para di"eres futuros.#$%&'A()*! p. +,-

    $...- por outro lado! segundo o mecanismo da antecipao! todo sueito tema capacidade de e/perimentar! ou melhor! de colocar0se no lugar em queseu interlocutor ouve suas palavras. Ele antecipa0se assim a seu interlocutorquanto aos sentidos que as palavras produ"em. Esse mecanismo regula aargumentao! de tal forma que o sueito dir de um modo ou de outro !segundo o efeito que pensa produ"ir em seu ouvinte.# $%&'A()*! p. +,-

    1inalmente! temos a chamada relao de foras. Segundo essa noo!podemos di"er que o lugar a partir do qual fala o sueito constitu2do doque ele di". Assim! se o sueito fala a partir do lugar de professor! suaspalavras signi3cam de moda diferente do que se falasse do lugar de aluno.

    $...- 4omo nossa sociedade constitu2da por relaes de fora! sustentadasno poder desses diferentes lugares! que se fa"em valer na comunicao#.#$%&'A()*! p. +,-

    &esta acrescentar que todos esses mecanismos de funcionamento dodiscurso repousam no que chamamos de formaes imaginrias. Assim noso os sueitos f2sicos nem os seus lugares emp2ricos como tal! isto ! comoesto inscritos na sociedade! e que poderiam ser sociologicamentedescritos! que funcionam no discurso mas suas imagens que resultam deproees. So essas proees que permitem passar das situaes

    emp2ricas 5 os lugares dos sueitos 5 para as posies do sueito nosdiscursos. Essa distino entre lugar e posio.

    Em toda l2ngua h regras de proeo que permitem ao sueito passar dasituao $emp2rica- para a posio $discursiva-. % que signi3ca no discursoso essas posies. E elas signi3cam em relao ao conte/to s6cio0hist6ricoe 7 mem6ria $o sa8er discursivo! o dito-.# $%&'A()*! p. 9:-

    Para explicar o conceito de formaes imaginrias a autora antes passa

    pelos termos: relaes de sentido, relaes de fora e antecipao. a

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    partir da articulao desses trs fatores (sentido, fora e antecipao) que osueito ela!ora o seu discurso.

    "s relaes de sentido se referem aos outros, so as relaes que formam oque foi e ser dito, e tam!#m os discursos que antecederam e sucedero o

    que # falado em determinado momento. $essa forma o discurso #in%uenciado pelo passado e o futuro, que contri!uem para o falante form&lo e ela!or&lo.

    " antecipao se trata de o sueito formar uma imagem para pre'er comoo discurso ser rece!ido e interpretado pelo seu interlocutor. que # muitoutiliado em uma argumentao, pois ao antecipar como o discurso serrece!ido e interpretado, o sueito pode preparar mel*or o seu argumento.

    " relao de foras se refere +s posies do sueito e do interlocutor, seuspap#is e lugares na *ierarquia social, o que in%ui diretamente na forma

    como o discurso # perce!ido. " autora cita no li'ro o exemplo aluno eprofessor. aluno tem uma determinada imagem do professor, pois oprofessor dentro da *ierarquia da escolauni'ersidade est em outro n-'el." partir dessa referncia formada, o aluno pode antecipar como falar comeste ou como seu discurso ser rece!ido.

    na utiliao desses mecanismos que se esta!elecem as formaesimaginrias, que no caso so as imagens formadas dossueitosinterlocutores pelo sueitosinterlocutores que resultam nas

    proees. ssas proees permitem passar de uma situao emp-rica

    (tang-'el) para a discursi'a (intang-'el). discurso no # analisado pelaexperincia em si, mas sim pelo que os sueitos proetam atra'#s deste, noapenas a ideologia, cultura, *ist/ria por trs da fala, mas tam!#m a relaoque existe entre os falantes e o status que estes tm na sociedade.

    Conceito: Forma$o Discursi%a

    $...- podemos di"er que o sentido no e/iste em si mas determinadopelas posies ideol6gicas colocadas em ogo no processo s6cio0hist6rico

    em que as palavras so produ"idas. As palavras mudam de sentido segundoas posies daqueles que as empregam. Elas tiram seu sentido dessasposies! isto ! em relao 7s formaes ideol6gicas nas quais essasposies se inscrevem. $%&'A()*! p.9+-

    A formao discursiva se de3ne como aquilo que numa formao ideol6gicadada 0 ou sea! a partir de uma posio dada em uma conuntura s6cio0hist6rica dada 5 determina o que pode e deve ser dito.# $%&'A()*! p.9+-

    A. % discurso se constitui em seus sentidos porque aquilo que o sueito di"se inscreve em uma formao discursiva e no outra para ter um sentido e

    no outro. ;or a2 podemos perce8er que as palavras no t

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    que se inscrevem. As formaes discursivas! por sua ve"! representam nodiscurso as formaes ideol6gicas.# $%&'A()*! p.9+-

    =.> pela refer