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UM MOVIMENTO NA IGREJA COMUNHÃO E LIBERTAÇÃO

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UM MOVIMENTO NA IGREJA

COMUNHÃO E LIBERTAÇÃO

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COMUNHÃO E LIBERTAÇÃOUm movimento na Igreja

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O Movimento de Comunhão e Libertação

Na metade dos anos cinquenta Dom Luigi Giussani deixa a promissoracarreira acadêmica em Venegono, sede do seminário de Milão, para de-dicar-se ao trabalho com os jovens. O que determinou tal escolha, emum País tradicionalmente e visivelmente cristão como era a Itália da-quela época, foi o encontro com alguns estudantes durante uma via-gem de trem: «Comecei a discutir sobre o cristianismo com eles. En-contrei-os tão estranhos às coisas mais elementares que me veio comoimpulso irrefreável o desejo de fazer com que eles conhecessem o queeu tinha conhecido […]. Por isso abandonei, a pedido do reitor, o en-sino no seminário […] e escolhi ensinar religião nas escolas de ensinomédio do estado» (L. Giussani, L’avvenimento cristiano, pp. 34.35).

Nasce assim o movimento eclesial que anos depois tomará o nomede Comunhão e Libertação (e que em uma primeira fase utilizou o nomepré-existente de Gioventù Studentesca).

Como afirmou Bento XVI, Comunhão e Libertação (CL) “hoje se ofe-rece como possibilidade de viver de modo profundo e atualizado a fécristã, por um lado com uma total fidelidade e comunhão com o Su-cessor de Pedro e com os Pastores que garantem o governo da Igreja;por outro lado, com uma espontaneidade e uma liberdade que permi-tem novas e proféticas realizações apostólicas e missionárias” (Bento XVI,Audiência com CL, 24 de março de 2007).

O objetivo de CL é a educação madura das pessoas no sentido da co-laboração com a missão da Igreja em todos os âmbitos da sociedade. Mes-mo que a sigla de Comunhão e Libertação tenha aparecido apenas em1969, sintetizando a convicção de que o acontecimento cristão, vividona comunhão, é a base da verdadeira libertação do homem, o conteú-do e o sentido do Movimento que Giussani viu nascer ao seu redor é en-

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contrado desde os primeiros instantes de ensino no Liceu clássico “Ber-chet” de Milão: ‹‹Desde a minha primeira aula na escola, eu sempre dis-se: “Não estou aqui para que vocês considerem como suas as ideias queeu lhes transmito, mas para lhes ensinar um método verdadeiro para jul-gar as coisas que eu lhes direi. E as coisas que eu lhes direi são uma ex-periência que é o resultado de um longo passado: dois mil anos”. O res-peito por este método caracterizou, desde o início, o nosso empenho edu-cativo, indicando com clareza o seu objetivo: mostrar a pertinência dafé com as exigências da vida. Pela minha formação na família e no se-minário, primeiro; posteriormente, pela minha meditação, estava pro-fundamente convencido de que uma fé que não pudesse ser descober-ta e encontrada na experiência presente, confirmada por esta, útil pararesponder às exigências, não seria uma fé em condições de resistir nummundo onde tudo, tudo, dizia e diz o contrário […]. Mostrar a perti-nência da fé com as exigências da vida e, portanto […], que a fé exaltaa racionalidade quer dizer que a fé corresponde às exigências fundamentaisdo coração de todo homem» (L. Giussani, Educar é um risco, São Pau-lo: Companhia Ilimitada, 2000, pp. 14-15).

Atualmente, Comunhão e Libertação está presente em cerca de no-venta países em todos os continentes, e é guiado por padre Julián Car-rón, sucessor de Dom Giussani, depois de sua morte. Não existe nenhumtipo de inscrição, mas somente a livre participação das pessoas.

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As dimensões da experiência cristã

Na pedagogia do Movimento, cultura, caridade e missão são indica-das como as dimensões autênticas da experiência cristã e na história deCL encontram-se simultaneamente presentes em cada gesto.

Cultura: A vivacidade cultural de CL nasce da vontade de verificarcomo a fé cristã é capaz de oferecer um critério mais fecundo e completopara ler a realidade. Com este objetivo nasceram, na Itália e no exterior,centenas de centros culturais, dezenas de escolas livres (promovidas, fre-quentemente, por cooperativas de pais), fundaram-se editoras, realiza-ram-se atividades editoriais e jornalísticas, promoveram-se Institutos eFundações de nível acadêmico, encontros internacionais que envolve-ram os nomes mais ilustres da cultura. Da dimensão cultural descendenaturalmente a dimensão política, que na concepção de CL, é um doscampos em que um cristão é chamado com maior responsabilidade egenerosidade ideal a verificar o critério unitário que move a sua existência.Não surpreende, portanto, que das fileiras de CL tenham saído perso-nalidades engajadas, diretamente e sob a própria responsabilidade, naação política. Seguindo as propostas da Doutrina Social da Igreja, o quese deseja perseguir é a defesa da liberdade eclesial e do bem comum. En-fim, a concepção cultural de CL coincide com o significado mais autênticodo termo “ecumenismo”. Esse não consiste na busca de um mínimo de-nominador comum entre experiências diversas a fim de justificar umatolerância branda mas, pelo contrário, indica a capacidade de abraçartambém a experiência mais distante e diferente, pois ter encontrado averdade, por graça e não por mérito próprio, permite reconhecer cadavislumbre de verdade e valorizá-lo.

Caridade: «Quando há algo de belo em nós, sentimo-nos impul-sionados a comunicá-lo aos outros. Quando vemos outras pessoas queestão em uma situação pior do que a nossa, sentimo-nos impelidos a

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ajudá-las, compartilhando algo que é nosso. Tal exigência é tão origi-nal, tão natural, que existe em nós ainda antes que tenhamos consciênciadela, e por isso nós a denominamos justamente lei da existência. Inte-ressarmo-nos pelos outros, nos comunicarmos aos outros, leva-nos acumprir o supremo, aliás, o único, dever da vida, que é o de realizar anós mesmos. Cristo nos fez entender o porquê profundo de tudo isso,revelando-nos a lei última do ser e da vida: a caridade. A lei supremado nosso ser é compartilhar o ser com os outros, é pôr em comunhãoa si mesmo. Consigo entrar mais no significado da palavra ‘caridade’quando penso que o Filho de Deus, amando-nos, não nos enviou as suasriquezas, como poderia ter feito, revolucionando a nossa situação de ho-mens, mas se fez pobre como nós, “compartilhou” a nossa nulidade. Nósparticipamos da “caritativa” para aprender a viver como Cristo » (L. GIUS-SANI, O sentido da caritativa, in Passos n.86/setembro 2007). Os primeirosmembros de GS (Gioventù Studentesca) iam a uma zona da periferiade Milão, a Bassa, para fazer companhia a meninos de famílias que es-tavam perto da indigência. Hoje, as formas de caritativa propostas sãomuito mais diversas: empenhar-se no oratório, visitar asilos e creches,ajudar meninos com necessidades para estudar, compartilhar situaçõesdifíceis como a doença psíquica ou os estados terminais, ajudar a pro-curar trabalho, etc. Também nesse caso, como acontece com a dimen-são cultural, esses gestos, dos mais simples aos mais complexos, estãoligados à livre iniciativa de cada pessoa que pertence a CL, e não com-prometem o Movimento enquanto tal.

Missão: O testemunho no próprio ambiente a que o Movimento con-vida é entendido antes de mais nada como oferta do próprio trabalhoa Cristo. CL compreende a missão como serviço ao mandato da Igre-ja e como possibilidade de chamar a atenção para a experiência cristãonde os seus membros se encontram, em qualquer parte do mundo. “Asperspectivas universais da Igreja são as diretivas normais da vida do cris-tão” (Pio XII, Encíclica Fidei Donum, 27 de abril de 1957). Esta frasede Pio XII, frequentemente recordada por Dom Giussani, era comen-tada por ele assim: “Quanto mais se ama este sentido universal, tantomais se é capaz de fidelidade ao particular” (L. Giussani, O caminho para

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a verdade é uma experiência, Rizzoli, Milão 2006, p. 42). Desde o iní-cio de GS, os jovens eram educados à missão través do interesse por fi-guras de missionários empenhados em lugares distantes e difíceis. Em1962, é lançada uma ação missionária inteira e responsavelmente sus-tentada (talvez pela primeira vez na história da Igreja) por estudantes– os primeiros de GS – em Belo Horizonte, no Brasil. Esta experiência,mais do que lançar as primeiras sementes da presença do Movimentona América Latina, ensinou que não há distinção entre a presença co-tidiana nas escolas e nos lugares de trabalho e o anúncio cristão de-senvolvido por tantos missionários em terras difíceis da África, da Ásiaou da América: é a mesma missão universal da Igreja.

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O Caminho educativo

O caminho de educação da fé proposto pelo Movimento é feito de ges-tos propostos livremente a todos. As comunidades de CL nascem es-pontaneamente nos ambientes nos quais se desenrola a vida de todos osdias (escola, trabalho, bairro), e, de acordo com o âmbito, assumem de-nominações diferentes. Na escola média a realidade de CL toma o nomede colegiais ou Gioventù Studentesca (GS); na universidade: Comunhãoe Libertação Universitários (CLU); quem entrou no mundo do traba-lho faz parte dos Adultos e dos Jovens Trabalhadores (JT). Também oseducadores e todos os que estão empenhados com a educação se reú-nem sob o nome de Comunhão e Libertação Educadores (CLE). Enfim,alguns sacerdotes que para “viver a pertença total ao carisma como ser-viço à Igreja” se reúnem em grupos, entre os quais Studium Christi.

Escola de Comunidade: consiste na leitura e na meditação pessoalde um texto de Dom Giussani, de padre Carrón ou do magistério da Igre-ja, sugerido a todo o Movimento, seguido de encontros comunitários guia-dos e frequentemente propostos nos ambientes de estudo e de trabalho. Tra-ta-se de um instrumento educativo de desenvolvimento, como consciên-cia e afeição, do encontro feito com o carisma de Comunhão e Libertação.

Caritativa: tem o objetivo de fazer aprender, através da fidelidadea um gesto exemplar, que a lei última da existência é a caridade, a gra-tuidade. As diversas formas de atividade caritativa (reforço escolar, as-sistência a doentes e idosos, centros de acolhida, distribuição de ali-mentos…) são vividas como ocasião para testemunhar aquilo que se temde mais caro e para nos darmos conta – compartilhando a necessidadedas pessoas – da real urgência de cada um.

Fundo comum: é um dos gestos mais educativos de CL. O seu ob-jetivo é o testemunho de uma concepção de comunhão dos próprios bens

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e o incremento da consciência da pobreza como virtude evangélica. Tra-ta-se de uma contribuição regular e livre como valor (definido pela pes-soa) cuja finalidade é a construção do Movimento, através do sustento àssuas atividades missionárias, caritativas, culturais.

Oração: a recitação das Horas, do Angelus e do Rosário, a participaçãona liturgia e nos sacramentos favorecem uma familiaridade com o sen-tido mais verdadeiro e simples da oração, que é concebida como de-pendência do Mistério, espera de Cristo e “oferta” quotidiana. Uma dascaracterísticas peculiares do Movimento é o cuidado com os gestos deoração pessoal e comunitária. Entre eles lembramos os exercícios espi-rituais, a Via Crucis ou as peregrinações como a de Macerata-Loreto, rea-lizada pela primeira vez em 1978 por alguns estudantes de CL no en-cerramento do ano escolar, que hoje alcança oitenta mil participantes.Mas a devoção mariana do Movimento supera desde sempre os confinsitalianos: todos os anos milhares de estudantes que concluem o ensinomédio ou a faculdade, provenientes de todo o mundo, fazem a pé, emoração, de Cracóvia até Nossa Senhora negra de Czestochowa (Polônia).

Férias comunitárias: na vida de CL, as férias são uma grande oca-sião educativa e missionária. Quer no verão, quer no inverno, são pro-postas, nos diferentes âmbitos, férias comunitárias, em geral de uma se-mana, organizadas ao mínimo pormenor.

Leitura e Música: a atenção dedicada à leitura e ao canto repre-sentam outras ocasiões educativas. Dom Giussani primeiro e depois pa-dre Carrón dirigiram a coleção “os livros do espírito cristão” (editora BUR)a musical “Spirto gentil”. Trata-se de romances, ensaios, poesias e tre-chos musicais com frequência esquecidos, que em diversos casosmostram um espírito cristão empenhado em descobrir e verificar a ra-zoabilidade da fé dentro das circunstâncias da vida.

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A vida associada

Do carisma de Dom Giussani nasceram muitas experiências religiosase eclesiais, com o objetivo de ajudar a viver a vocação cristã na condi-ção de leigos, religiosos, sacerdotes diocesanos e missionários.

A Fraternidade de Comunhão e Libertação é a forma de vidacomunitária mais eminente e representativa da experiência que sur-giu em torno de Dom Giussani. Trata-se de uma Associação univer-sal de fiéis reconhecida pelo Pontifício Conselho para os Leigos, nodia 11 de fevereiro de 1982, que nasceu por volta da metade dos anosSetenta de alguns jovens do Movimento que, ao terminar os estudosuniversitários, desejavam aprofundar a própria pertença à Igreja den-tro da condição da vida adulta. A Fraternidade é guiada por padre Ju-lián Carrón, eleito presidente em 2005 como sucessor de Dom Gius-sani, e recolhe no mundo cerca de 65 mil pessoas empenhadas em umaforma de vida que sustenta o caminho rumo à santidade, reconhe-cida como autêntico objetivo da existência. A adesão à Fraternida-de implica uma regra mínima: momentos quotidianos de oração, en-contros de formação espiritual (exercícios anuais e retiros), e sustentodas iniciativas de caritativa, missionárias e culturais promovidas pelaprópria Fraternidade.

Memores Domini: reúne pessoas de CL que seguem uma voca-ção de dedicação total a Deus vivendo no mundo. Os fatores funda-mentais da vida dos Memores Domini são a contemplação, entendi-da como memória tendencialmente contínua de Cristo, e a missão,isto é, a paixão por levar o anúncio cristão à vida de todos os homens.Reconhecidos pela Santa Sé no dia 8 de dezembro de 1988 como As-sociação eclesial privada universal, os Memores Domini estão presentesem trinta nações e vivem comunitariamente em casas praticando osconselhos evangélicos de obediência, pobreza e virgindade. Padre Ju-lián Carrón é seu Conselheiro Eclesiástico desde maio 2005.

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Fraternidade Sacerdotal dos missionários de São Car-los Borromeu (FSCB): em 1989 o cardeal Ugo Poletti a reconheceucomo Sociedade de Vida Apostólica e, dez anos depois, João Paulo IIa elevou como Instituto de Direito Pontifício. “Fraternidade” e “mis-são” são as palavras programáticas desta jovem comunidade: servir aoshomens na disponibilidade a ir para onde quer que a necessidade daIgreja e a vida do Movimento exijam a presença dos sacerdotes, levandoao mundo inteiro a experiência de CL “através de uma energia mis-sionária sacerdotal”, como escreveu o fundador padre Massimo Ca-misasca, atualmente Bispo de Reggio Emilia. A 1 de fevereiro de 2013,a assembleia geral da Fraternidade elegeu o padre Paolo Sottopietra comonovo superior geral.

Em 2007 nascem também as Missionárias de São Carlos, ramo fe-minino da Fraternidade.

www.sancarlo.org

Congregação das Irmãs de Caridade da Assunção: na es-teira do carisma dado a Dom Giussani há também o Instituto Religiosodas Irmãs de Caridade da Assunção, erigido em 1993 com Decreto Pon-tifício como Instituto Autônomo separado do Instituto das Irmãzinhasda Assunção, no qual, a partir dos anos Setenta, entravam numerosasjovens vindas de CL. O Instituto é constituído, hoje, por mais de umacentena de irmãs. O itinerário de formação, ainda que na fidelidade àscaracterísticas próprias da vida religiosa, segue de perto, como méto-dos e conteúdos, o dos Memores Domini, reconhecendo neles a rique-za que o carisma de Dom Giussani oferece para quem se decide por umaexperiência de virgindade. As irmãs estão presentes na Itália, nas cidadesde Milão, Turim, Trieste, Roma e Nápoles; e na Espanha, em Madrid.O Capítulo Geral das Irmãs de Caridade da Assunção, celebrado em no-vembro de 2005, declarou – com confirmação da Santa Sé – Dom Gius-sani fundador do Instituto junto com padre Stefano Pernet.

Fraternidade São José: reúne pessoas que se decidem por de-dicar total e definitivamente a própria vida a Cristo na virgindade, se-

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guindo os conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência.Os membros atuam tal dedicação permanecendo cada um nas própriascircunstâncias de vida pessoal e de trabalho, mantendo viva a memóriade Cristo por momentos periódicos de comunhão (encontros, retiros,exercícios) e pela assiduidade na oração pessoal e nos sacramentos.

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Comunhão e Libertação no Mundo

Itália, Brasil e Espanha, Estados Unidos e Rússia, Uganda e Cazaquistão,Japão e Terra Santa, são apenas alguns dos mais de noventa países emque Comunhão e Libertação viu o surgimento de sua presença.

Desde o início do Movimento, Dom Giussani quis educar a consciênciados jovens àquela abertura universal própria da Igreja Católica. Já em1962 teve início uma presença missionária no Brasil. Ao mesmo tem-po, a experiência se difundiu – graças a alguns encontros de Dom Gius-sani e graças às férias dos primeiros membros de GS (Gioventù Studentesca)– nas várias regiões italianas, a começar do litoral do Adriático, chegandoaté ao Trentino e à Sicília. Nos anos Setenta ultrapassam os territóriosda Península e alcançam a Suíça, a Espanha, o Congo, e a Uganda. Masé com o sustento e a amizade de João Paulo II que o impulso missionárioadquiriu vigor e força: «“Ide, ensinai todas as nações” (Mt 28, 19), é oque disse Cristo aos seus discípulos. E eu repito-vos: “Ide por todo o mun-do para levar a verdade, a beleza e a paz, que se encontram em CristoRedentor”. Este convite feito por Cristo a todos os seus e que Pedro temo dever de renovar sem trégua, já entremeou a vossa história». (João Pau-lo II, Carta pelos trinta anos de nascimento de CL, 1984)

O surgimento de Comunhão e Libertação no mundo nunca é resul-tado de cálculos políticos ou estratégias expansionistas, mas fruto de en-contros facilitados por oportunidades de trabalho ou de estudo.

A história da CL também se entrelaçou com a de outros movimen-tos e associações. É o caso do encontro com os espanhóis de Nueva Tier-ra (1985) ou daquele com a associação brasileira dos Trabalhadores SemTerra (2008), fundada pelo casal Cleuza e Marcos Zerbini. O encontrodestes grupos com CL levou várias pessoas a aprofundar os seus co-nhecimentos sobre ele até o ponto de aderir.

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Cristãos em ação

O único objetivo de Comunhão e Libertação é testemunhar como o acon-tecimento cristão é a resposta mais verdadeira às exigências humanas, e edu-car as pessoas a verificarem a própria fé na vida. A fé não é concebida comoalgo “ao lado” das experiências concretas, das preocupações e compromis-sos. O Movimento afirma vivamente que, em Cristo, se encontra a consis-tência de todas as coisas, o seu sentido último. E esta consciência gera a pai-xão por trabalhar construtivamente em cada âmbito da realidade: a cultu-ra, as necessidades que se encontram na sociedade, a economia, a política.Do encontro com o Movimento e da educação recebida, muitos adultos ex-traíram as razões para se comprometerem – individualmente ou associan-do-se a outros – nos mais diversos campos de atividade, dando vida a rea-lidades socialmente relevantes. E tudo isso em plena liberdade e com totalresponsabilidade pessoal. O Movimento, na verdade, não possui, nem ge-rencia de nenhum modo, as obras nascidas da paixão e do interesse dos in-divíduos. Citamos algumas – as mais famosas e significativas pela dimen-são – como exemplo da “vivacidade” que anima inúmeras iniciativas, pe-quenas e grandes, espalhadas por todo o mundo e em todas as esferas da vida.

Famílias de Acolhimento: trata-se de uma rede de famílias nas-cida em 1982 e difundida no território nacional e em diversos Países domundo com o objetivo de acolher, temporária ou definitivamente, umaou mais pessoas, de forma especial crianças e jovens, que tenham ne-cessidade de uma família.

www.famiglieperaccoglienza.it

Meeting pela amizade entre os povos: com uma média de800.000 presenças, o Meeting de Rimini – que, desde 1980, tem lugar nomês de agosto – é o festival de verão que conta com encontros e mani-festações culturais, musicais e espetáculos mais frequentado do mundo.Ao longo dos anos, aconteceram eventos, exposições, representações tea-

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trais e concertos de alto nível, além de testemunhos de personalidades re-conhecidas internacionalmente. O Meeting aspira a ser sempre um lu-gar onde a fé cristã “grita a todo o mundo a paixão pelo humano que lheé própria”, no encontro aberto, no diálogo e na valorização das formasde expressão humanas e artísticas provenientes das mais diversas cultu-ras e tradições. Fora um pequeno núcleo de pessoas que trabalha todoo ano para a sua preparação, o Meeting é organizado, montado, geren-ciado e desmontado com o trabalho gratuito de voluntários – mais de doismil e quinhentos – vindos da Itália e do exterior. Nos últimos anos acon-teceram apresentações do Meeting nas Nações Unidas, na Unesco e nasprincipais capitais do mundo.

À experiência do Meeting de Rímini se referem o “EncuentroMadrid”que ocorre desde 2003 na capital espanhola e o “New York Encounter”,que acontece na metrópole americana na segunda parte do mês de ja-neiro. Mais recentemente, surgiram novas iniciativas: o “London En-counter” na capital inglesa, o “Rhein Meeting” em Colónia, na Alema-nha, e o “Meeting Lisboa” em Portugal.

www.meetingrimini.org | @MeetingRimini

www.thelondonencounter.co.uk | @LondonEncounter

www.encuentromadrid.com | @EncuentroMadrid

www.newyorkencounter.org | @nyencounter

Centros Culturais: nasceram na Itália e no exterior graças à ini-ciativa de adultos que assumiram a responsabilidade de oferecer um ser-viço cultural localizado. Entre esses, o Centro Cultural de Milão, a Bi-blioteca do Espírito de Moscou e o Crossroads nos Estados Unidos.

www.centriculturali.org | @centriculturali

www.cmc.milano.it | @CmcMilano

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www.dbiblio.org

www.crossroadsculturalcenter.org | @Crossroads_us

Companhia das Obras (CdO): é uma associação empresarial derelevância nacional e entidade sem fins lucrativos que pretende promovero espírito de mútua colaboração e assistência entre os sócios, para umamelhor valorização dos recursos humanos e econômicos. A CdO nas-ceu em 1986 por iniciativa de um grupo de jovens recém-formados eempresários que, à luz da Doutrina Social da Igreja e da presença doscatólicos na sociedade, quiseram «promover e tutelar a presença dig-na das pessoas no contexto social e o trabalho de todos, bem como apresença de obras e empresas na sociedade, favorecendo uma concep-ção de mercado e de suas regras capaz de compreender e respeitar a pes-soa em cada um de seus aspectos, dimensões e momentos de vida». Atual-mente, a associação reúne um network de 35.000 pequenas e médias em-presas, obras sociais, organizações culturais e non profit.

www.cdo.it

Fundação para a Subsidiariedade: nasceu no ano de 2002 poriniciativa de professores universitários, representantes do mundo cultu-ral e empresarial, e tem por objetivo o aprofundamento científico-cultu-ral bem como a difusão de uma visão de sociedade baseada na centrali-dade da pessoa e no princípio da subsidiariedade, com destaque especialpara os aspectos educativos relacionados. A Fundação realiza atividadesde pesquisa e formação, ocupa-se de publicações, seminários e encontrossobre diversos temas (educação e capital humano, subsidiariedade e Es-tado, cooperação e pobreza, welfare e trabalho, empresa e inovação…).

www.sussidiarieta.net

Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI):é uma organização não governamental nascida em 1972 e empenhada emcentenas de projetos de apoio ao desenvolvimento em mais de trinta países

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do mundo (África, América Latina e Caribe, Leste Europeu, Oriente Médioe Ásia). AVSI foi reconhecida em 1973 pelo Ministério das Relações ExterioresItaliano como ONG de cooperação internacional, é credenciada desde 1996pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas de Nova York (ECO-SOC) e está registrada como uma organização internacional junto à Agên-cia para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID).

Com o tempo, surgiram outras organizações envolvidas em proje-tos de ajuda ao desenvolvimento: a ONG espanhola CESAL presente emmais de 15 Países e o Meeting Point International ativo no Uganda paraajudar ou apoiar as pessoas infectadas com HIV.

www.avsi.org | @FondazioneAvsi

www.cesal.org

www.meetingpoint-int.org

A Fundação Banco Alimentar nasce em 1989 tendo como exem-plo os grandes food banks americanos e se dedica a recolher exceden-tes alimentares e distribuí-los para entidades e organizações voltadospara o acolhimento e a assistência de mais de um milhão de pessoas.O Dia Nacional da Coleta de Alimentos é a principal iniciativa da Fun-dação: um gesto que envolve mais de 11 mil pontos de venda e mais de135 mil voluntários. Seguindo o exemplo do Banco de Alimentos nas-cem outras fundações como o Banco Farmacêutico, que se ocupa da re-colha de medicamentos, o Banco Informático, Tecnológico e Biomédico,e a Federação dos Bancos de Solidariedade que reune todas as associaçõesque tenham como atividade principal a distribuição de alimentos parapessoas e famílias em grave dificuldade financeira.

www.bancoalimentare.it | @BancoAlimentare

www.bancofarmaceutico.org

www.biteb.org

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Do Magistério

Uma fé forte e alegre«Sede alegres! A vós os nossos parabéns! Estamos muito atentos à

afirmação do vosso programa que andais difundindo, do vosso estilode vida, da adesão juvenil e nova, renovada e renovadora, aos ideais cris-tãos e sociais que vos dá o ambiente católico na Itália.

Nós vos abençoamos, e convosco abençoamos e saudamos o vossofundador, Dom Giussani. Agradecemos pelos testemunhos corajosos,fortes e fiéis que dais neste momento particularmente agitado, um pou-co conturbados por certas tribulações e certas incompreensões pelasquais estais rodeados.

Sede contentes, sede fiéis, sede fortes e sede alegres por levar ao vos-so redor o testemunho de que a fé cristã é forte, é alegre, é bela e ca-paz de transformar realmente em amor e com amor a sociedade na qualestá inserida. Parabéns e muitas bênçãos!».

(Paulo VI, Saudação de Paulo VI aos estudantes florentinos de Co-munhão e Libertação, 28 de dezembro de 1977)

Ide por todo o mundo«“Ide por todo o mundo” (Mt28,19) é o que disse Cristo aos seus

discípulos. E eu repito-vos: “Ide por todo o mundo para levar a ver-dade, a beleza e a paz, que se encontram em Cristo Redentor”. Esteconvite feito por Cristo a todos os seus e que Pedro tem o dever derenovar sem trégua, já entremeou a vossa história. Nestes 30 anos, vósvos abristes às situações mais variadas, lançando as sementes de umapresença do vosso movimento. Sei que criastes raízes já em 18 naçõesdo mundo: na Europa, na África, na América, e conheço também ainsistência com que em outros países a vossa presença é solicitada.Tomai o encargo dessa necessidade eclesial: essa é a incumbência quehoje vos deixo».

(João Paulo II, Discurso por ocasião dos trinta anos de nascimentode Comunhão e Libertação, 29 de setembro de 1984)

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O cristianismo é o “acontecimento” de um encontro«Voltando com a memória à vida e às obras da Fraternidade e do mo-

vimento, o primeiro aspecto que chama a atenção é o empenho dedi-cado em escutar as necessidades do homem de hoje. [...] O movimen-to quis indicar não um caminho, mas o caminho para alcançar a solu-ção deste drama existencial. O caminho, quantas vezes Vossa Reveren-díssima o afirmou, é Cristo. [...] O cristianismo, antes de ser um con-junto de doutrinas ou uma regra para a salvação, é por conseguinte o“acontecimento” de um encontro. Esta é a intuição e a experiência queVossa Reverendíssima transmitiu durante estes anos a tantas pessoas queaderiram ao movimento».

(João Paulo II, Carta a Dom Giussani pelo vigésimo aniversário da Fra-ternidade de CL, 11 de fevereiro de 2002)

Renovai o entusiasmo das origens«Repito hoje o que vos disse há alguns anos: “Renovai continuamente

a descoberta do carisma que vos fascinou, e ele vos conduzirá com maisforça a tornar-vos servidores daquele único poderio que é Cristo Senhor!”[...] Está precisamente aqui a intuição pedagógica original de seu Mo-vimento: repropor, de maneira fascinante e em sintonia com a culturacontemporânea, o acontecimento cristão, percebido como fonte de no-vos valores, capazes de orientar a existência inteira. É necessário e ur-gente ajudar a encontrar Cristo, para que Ele se torne a razão última doviver e do agir também para o homem de hoje. Essa experiência de fégera um olhar novo para a realidade, uma responsabilidade e uma cria-tividade que concernem a todo e qualquer âmbito da existência: da ati-vidade de trabalho aos relacionamentos familiares, do compromisso so-cial à animação do ambiente cultural e político».

(João Paulo II, Carta a Dom Giussani pelo 50° aniversário do nascimentode CL, 22 de fevereiro de 2004)

Apaixonado por Cristo«Dom Giussani queria realmente não ter a vida para si, mas deu a vida,

e por isso mesmo encontrou a vida não só para si, mas para tantos ou-tros. Realizou aquilo que ouvimos no Evangelho: não queria ser um pa-

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trão, queria servir, era um fiel servidor do Evangelho, distribuiu toda ariqueza do seu coração, distribuiu a riqueza divina do Evangelho, pelaqual tinha sido penetrado e, servindo desse modo, dando a vida, esta suavida carregou um rico fruto como vemos neste momento, tornou-se real-mente pai de muitos e, tendo guiado as pessoas não para si mesmo, maspara Cristo, ganhou justamente os corações, ajudou a melhorar o mun-do, a abrir as portas do mundo para o céu».

(Cardeal Joseph Ratzinger, homilia para o funeral de Dom Luigi Gius-sani, 24 de fevereiro de 2005)

Fidelidade e liberdade«Comunhão e Libertação é uma experiência comunitária da fé, que

nasceu na Igreja não de uma vontade organizativa da Hierarquia, masoriginada por um encontro renovado com Cristo e assim, podemos di-zer, por um impulso derivante por fim do Espírito Santo. Ainda hoje elase oferece como possibilidade de viver de modo profundo e atualizadoa fé cristã, por um lado com uma total fidelidade e comunhão com o Su-cessor de Pedro e com os Pastores que garantem o governo da Igreja; poroutro lado, com uma espontaneidade e uma liberdade que permitem no-vas e proféticas realizações apostólicas e missionárias».

(Bento XVI, Discurso por ocasião da audiência pelo XXV aniversá-rio de reconhecimento pontifício da Fraternidade, Roma, Praça de SãoPedro, 24 de março de 2007)

Carisma«Depois de sessenta anos, o carisma originário nada perdeu do seu

vigor e vitalidade. No entanto, recordai que o cerne não é o carisma, ocentro é um só, é Jesus, Jesus Cristo! […]

Fidelidade ao carisma não quer dizer “petrificá-lo”. […] A referênciaà herança que o padre Giussani vos deixou não pode reduzir-se a um mu-seu de lembranças, de decisões tomadas, de normas de conduta. Sem dú-vida, exige fidelidade à tradição, mas fidelidade à tradição – dizia Mah-ler – “significa manter aceso o fogo e não adorar as cinzas”. O padre Gius-sani nunca vos perdoaria se perdêsseis a liberdade e se vos transformásseisem guias de museu ou em adoradores de cinzas. Mantende aceso o fogo

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da memória daquele primeiro encontro e sede livres!Assim, centrados em Cristo e no Evangelho, vós podeis ser braços, mãos,

pés, mente e coração de uma Igreja “em saída”. […]Caros amigos, gostaria de concluir com duas citações muito signifi-

cativas do padre Giussani, uma dos inícios e a outra do fim da sua vida.A primeira: “O cristianismo nunca se realiza na história como fixidez

de posições para defender, que se referem ao novo como pura antítese;o cristianismo é princípio de redenção, que assume o novo, salvando-o”.

A segunda, de 2004: “Não só nunca quis ‘fundar’ nada, mas julgo queo génio do movimento que vi nascer consiste em ter sentido a urgên-cia de proclamar a necessidade de voltar aos aspectos elementares docristianismo, ou seja, a paixão pela verdade cristã como tal nos seus ele-mentos originais; só isto!”»

(Francisco, Discurso ao Movimento de Comunhão e Libertação,Praça de São Pedro, 7 de março de 2015)

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Dom Luigi Giussani

«Dirijo o meu pensamento ao vosso Fundador, Mons. Luigi Giussa-ni, recordando o décimo aniversário do seu nascimento para o Céu. Es-tou grato ao padre Giussani por vários motivos. O primeiro, mais pes-soal, é o bem que este homem me fez, assim como à minha vida sacer-dotal, através da leitura dos seus livros e artigos. O outro motivo é queo seu pensamento é profundamente humano e chega ao mais íntimo doanseio do homem. Vós sabeis como a experiência do encontro era im-portante para o padre Giussani: encontro não com uma ideia, mas comuma Pessoa, com Jesus Cristo. Foi assim que ele educou para a liberda-de, guiando ao encontro com Cristo, porque é Cristo quem nos confe-re a liberdade autêntica.»

(Francisco, Discurso ao Movimento de Comunhão e Libertação, Pra-ça de São Pedro, 7 de março de 2015)

Dom Luigi Giussani nasceu em Desio (Milano) no dia 15 de outubrode 1922. Muito jovem entrou no seminário em Milão e completou os es-tudos na Faculdade teológica de Venegono. Em 26 de maio de 1945, ummês após o fim da Segunda Guerra Mundial, ele foi ordenado sacerdotepelo Cardeal Ildefonso Schuster, no Duomo de Milão. No mês de marçoanterior, tinha sido destinado, pelo reitor de Venegono, a permanecer noseminário para continuar os estudos e se tornar professor. Especializou-se no estudo da teologia oriental (especialmente sobre os eslavófilos), dateologia protestante norte-americana e no aprofundamento da motiva-ção racional da adesão à fé e à Igreja. Em junho de 1954, recebeu o dou-torado com nota máxima – magna cum laude –, discutindo uma tese so-bre «O ser cristão do homem segundo Reinhold Niebuhr».

Na metade dos anos Cinquenta deixa o ensinamento no seminário pe-las escolas de ensino médio e por doze anos (1954-1966) leciona no Liceuclássico «Berchet». De 1965 a 1990 será o titular da cadeira de Introduçãoà Teologia na Universidade Católica do Sagrado Coração em Milão.

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Foi o fundador e presidente da Fraternidade de Comunhão e Liberta-ção e da associação eclesial Memores Domini. Dirigiu a série da Ed. Riz-zoli “os livros do espírito cristão” (1993-2005) e a coleção musical “Spir-to gentil” (1997-2005). É autor de numerosos ensaios traduzidos em di-versas línguas.

João Paulo II o nomeou Monsenhor com o título de Prelado de Hon-ra de Sua Santidade (1983), consultor do Pontifício conselho para os Lei-gos (1987) e da Congregação para o Clero (1994). Em 1995 recebeu oPrêmio Internacional de Cultura Católica.

Giussani morreu em sua casa, em Milão, no dia 22 de fevereiro de 2005.Os funerais foram celebrados após dois dias no Duomo de Milão peloentão cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, JosephRatzinger, como enviado pessoal de João Paulo II.

Desde o dia do sepultamento, a tumba no Cemitério Monumental deMilão, se tornou meta de contínuas peregrinações da Itália e do mun-do. No dia 22 de fevereiro de 2012 padre Julián Carrón, presidente daFraternidade de CL, anunciou que havia apresentado ao Arcebispo deMilão o pedido de abertura da causa de beatificação e de canonizaçãode Dom Giussani. A instância foi aceite pelo Arcebispo de Milão, o car-deal Angelo Scola.

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Padre Julián Carrón

Julián Carrón nasceu em 1950, em Navaconcejo (Cáceres, Espanha).Ainda muito jovem entrou no Seminário Conciliar de Madri. Foi or-denado sacerdote em 1975 e, no ano seguinte, obteve a graduação emTeologia, com especialização em Sagrada Escritura, pela UniversidadePontifícia Comillas.

Foi docente da Universidade Complutense de Madri. Obteve a no-meação de Élève Titulaire da Escola Bíblica e Arqueológica Francesa deJerusalém, onde trabalhou sob a orientação de M.-É. Boismard. Fezum ano de pesquisa na Catholic University of America (Washington),e se tornou docente do Estúdio Teológico do Seminário Conciliar deMadri. Assumiu, em seguida, os cargos de Responsável do SeminárioMenor, Professor de Religião, Encarregado da pastoral do Colégio Ar-quidiocesano da Imaculada de San Dámaso (Madri), do qual será di-retor entre os anos de 1987 e 1994. Recebe o título de Doutor emTeologia pela Faculdade Teológica do Norte da Espanha, em Burgos(1984). Tornou-se docente do Instituto de Teologia, Ciências Religio-sas e Catequéticas San Dámaso e professor da cátedra de Novo Testa-mento na Faculdade de Teologia San Dámaso de Madri.

Foi diretor da edição espanhola da revista católica internacionalCommunio, da revista Estudios Bíblicos, além da Biblioteca da Facul-dade de Teologia San Dámaso de Madri e do Instituto de Ciências Re-ligiosas ligado à mesma faculdade.

Em setembro de 2004 se transferiu para Milão, a convite de Dom Giussani,para compartilhar com ele a responsabilidade de guia de todo o Movimento.

No dia 19 de março de 2005, a Diaconia Central da Fraternidade deComunhão e Libertação o nomeou Presidente da Fraternidade comosucessor de Dom Giussani. No dia 13 de maio de 2005, o Pontifício

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Conselho para os Leigos o nomeou Conselheiro Eclesiástico da Asso-ciação Eclesial Memores Domini.

Em 2005 participou do Sínodo sobre a Eucaristia, como membrocom nomeação pontifícia. Foi nomeado pelo Santo Padre Consultor doPontifício Conselho para os Leigos (abril de 2008) e do Pontifício Con-selho para Promoção da Nova Evangelização (maio de 2011). Em ou-tubro de 2008 e em outubro de 2012 participou como Padre Sinodalde nomeação pontifícia na Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dosBispos sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja e sobre aNova evangelização para a transmissão da fé cristã.

No dia 12 de maio de 2012, a Catholic University of America, de Was-hington, em ocasião da cerimônia anual de entrega do diploma, confe-riu a padre Julián Carrón o doutorado em Teologia honoris causa comesta motivação: «Por seus distintos serviços no campo da teologia, es-pecialmente da Sagrada Escritura, e pela liderança de um movimentoeclesial internacional reconhecido pelo Papa».

Em outubro de 2012 paticipa no Sínodo sobre «A nova evangeli-zação para a transmissão da fé cristã», como padre sinodal de no-meação pontifícia.

A 11 de outubro de 2013 é recebido em audiência privada pelo PapaFrancisco. Em seguida, a 16 de outubro, o padre Julián escreve uma cartaà Fraternidade e a todo o Movimento de Comunhão e Libertação.

A 29 de março de 2014, no final do mandato, a Diaconia reelege-ocomo Presidente da Fraternidade de CL para os próximos seis anos.

A 28 de janeiro de 2015, tendo em vista a Audiência com o Papa a 7 demarço, escreve uma carta a todo o Movimento.

A 7 de março de 2015 guia a peregrinação internacional do CL àPraça de São Pedro, para a Audiência concedida pelo Papa Francisco,

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por ocasião do X aniversário da morte de Dom Giussani e dos 60 anosdo nascimento do Movimento.

A 24 de agosto de 2015 participa numa conversa com Joseph Weilere Monica Maggioni sobre o tema «A escolha de Abraão e os desafios dopresente», no decorrer do XXXVI Meeting para a amizade entre ospovos de Rimini.

É docente de Teologia na Universidade Católica do Sacro Cuorede Milão.

Em setembro de 2015, publica na Rizzoli La bellezza disarmata.

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Para saber mais

Tracce – Litterae Communionis é a revista internacional de Co-munhão e Libertação, publicada, entre edição em papel e online, em dezedições: italiana, inglesa (também com uma edição para África), espa-nhola (em Espanha e em vários países da América Latina), francesa, por-tuguesa, brasileira, alemã, polaca, canadiana.

A Tracce não é um mero órgão interno. Os assuntos vão desde os acon-tecimentos da Igreja à situação política, de questões sociais à cultura, dorelato da vida das comunidades de CL para temas internacionais. Co-laboram com a revista jornalistas e homens de cultura de diversas na-ções e extratos, interessados em dialogar com a realidade de Comunhãoe Libertação. Está disponível em versão iPad nas edições italiana e es-panhola, e o seu site internet é atualizado diariamente.

www.tracce.it

Twitter: @Tracce.itFacebook: Tracce.itYouTube: Tracce

Para informações:tel. +39.02.28174400, fax [email protected]

Contatos

Comunhão e LibertaçãoVia Porpora 127 – 20131 Milãotel. +39.02.26149301, fax +39.02.26149340e-mail: [email protected]

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Centro Internacional de Comunhão e LibertaçãoVia Malpighi 2 – 00161 Romatel. +39.06.44252752, fax +39.06.44252544e-mail: [email protected]

www.clonline.org

Alguns livros de Dom Giussani:L. GIUSSANI, O Sentido Religioso, Editorial Verbo, Lisboa 2000.L. GIUSSANI, O Senso Religioso, Editora Universa, Brasília 2009L. GIUSSANI, Na Origem da Pretensão Cristã, Edições Tenacitas, Coim-

bra 2012 // Editora Companhia Ilimitada, São Paulo 2012.L. GIUSSANI, Porquê a Igreja, Editorial Verbo, Lisboa 2004.L. GIUSSANI, Por que a Igreja, Editora Companhia Ilimitada, São

Paulo 2015L. GIUSSANI, S. ALBERTO, J. PRADES, Generare tracce nella storia del mon-

do. Nuove tracce di esperienza cristiana, BUR, Milão 2012.L. GIUSSANI, L’opera del movimento. La Fraternità di Comunione e Libe-

razione, San Paolo, Cinisello Balsamo (MI), 2002.L. GIUSSANI, Educar é um risco, Diel – LDA, Lisboa 2006 // EDUSC,

Bauru SP 2004 .L. GIUSSANI, Dall’utopia alla presenza (1975-1978), BUR, Milão 2006.L. GIUSSANI, Il cammino al vero è una esperienza, BUR, Milão 2008.L. GIUSSANI, O caminho para a verdade è uma experiência, Edições Te-

nacitas, Coimbra 2007 // Editora Companhia Ilimitada, São Paulo 2006.L. GIUSSANI, Certi di alcune grandi cose (1978-1981), BUR, Milão 2007.L. GIUSSANI, É Possível Viver Assim? (vol. 1 - Fé), Edições Tenacitas,

Coimbra 2008.L. GIUSSANI, É Possível Viver Assim? (vol. 2 - Esperança), Edições Te-

nacitas, Coimbra 2009.L. GIUSSANI, É Possível Viver Assim? (vol. 3 - Caridade), Edições Te-

nacitas, Coimbra 2010.L. GIUSSANI, É Possível Viver Assim?, Editora Companhia Ilimitada,

São Paulo 2008L. GIUSSANI, Uomini senza patria (1982-1983), BUR, Milão 2008.

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Um movimento na Igreja PT

L. GIUSSANI, O Sentido de Deus e o Homem Moderno. “A Questão Hu-mana” e a Novidade do Cristianismo, Diel – LDA, Lisboa 1997.

L. GIUSSANI, O Senso de Deus e o Homem Moderno. “A Questão Hu-mana” e a Novidade do Cristianismo, Editora Nova Fronteira S.A., Riode Janeiro 1997

L. GIUSSANI, Ciò che abbiamo di più caro (1988-1989), BUR, Milão2011.

L. GIUSSANI, Un evento reale nella vita dell’uomo (1990-1991), BUR,Milão 2013.

L. GIUSSANI, In cammino (1992-1998), BUR, Milão 2014.

www.scritti.luigigiussani.org

Para conhecer Dom Giussani e a história do movimento:A. SAVORANA, Vita di don Giussani, Bur, Milão 2014.AA.VV. Un’attrattiva che muove, Rizzoli, Milão 2015.M. CAMISASCA, Comunione e Liberazione. Le origini (1954-1968), San

Paolo, Cinisello Balsamo (MI) 2001; Comunione e Liberazione. La ri-presa (1969-1976), San Paolo, Cinisello Balsamo (MI) 2003; Comunionee Liberazione. Il riconoscimento (1976-1984), San Paolo, Cinisello Bal-samo (MI) 2006.

J. CARRÓN, La bellezza disarmata, Rizzoli, Milão 2015.

No site internet de CL é possível verificar a disponibilidade de algunstextos em áudio-livro e formato eBook.

DVDComunione e Liberazione – viaggio ai confini del mondo (Comunhão

e Libertação – viagem aos confins do mundo) – Fraternidade de Comu-nhão e Libertação, 2004La strada bella (A estrada bela) – Tracce, 2014Don Luigi Giussani – Il pensiero, i discorsi, la fede (Dom Luigi Gius-

sani – O pensamento, os discursos, a fé) – Corriere della Sera, 2015

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Entre as editoras que publicam Dom Giussani estão: Rcs, San Paolo, Marietti, SEI (Itália)Mc Gill-Queen’s University Press (Canadá)Ediciones Encuentro (Espanha)Editorial Verbo (Portugal)Editora Companhia Ilimitada Ltda e Editora Nova Fronteira S.A. (Brasil)Fondo Editorial UCSS (Peru)Editions Parole et Silence, Les Editions du Cerf e Nouvelle Cité (França)EOS Verlag Einsiedeln Freiburg I.B. (Alemanha)Russia Cristiana (Rússia)Tawasul Centre (Egito)Don Bosco Sha (Japão)

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© Fraternità di Comunione e LiberazioneVia Porpora 127 - 20131 Milano© Foto: Archivio CL / Osservatore Romano / F. Cattagni

Impaginazione: G&C srl, MilanoStampa: Arti Grafiche Fiorin, S. Giuliano Milanese (Mi)

Finito di stampare: ottobre 2015

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