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COMPRANDO SEM SAIR DE CASA SEGURANÇA NA INTERNET: VAI COMPRAR PELA INTERNET? TODO CUIDADO É POUCO! MANIA: COMPRAS COLETIVAS: A NOVA TENDÊNCIA ENTRE OS CONSUMIDORES ONLINE ENTREVISTA CLAUDIO CARDOSO FALA SOBRE MARKETING DIGITAL

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Produto final da matéria Comunicação e Tecnologia

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COMPRANDO SEMSAIR DE CASA

SEGURANÇA NA INTERNET:

VAI COMPRAR PELA INTERNET?

TODO CUIDADO É POUCO!

MANIA:

COMPRAS COLETIVAS: A NOVA TENDÊNCIA ENTRE OS CONSUMIDORES ONLINE

ENTREVISTA

CLAUDIO CARDOSO FALA SOBRE MARKETING DIGITAL

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COMPRANDO SEM SAIR DE CASA

EDITORIALComo falar se internet e não comentar sobre o comércio eletrônico? Pois é, esta revista tem o objetivo de discutir um assunto que mais do que nun-ca faz parte da vida de muita gente. Com o advento da in-ternet ficou ainda mais fácil e cômodo, mas como o chama-do e-commerce surgiu? Como o comércio eletrônico funcio-na? Quais as novidades e van-tagens? Quais os direitos do consumidor? Isso e muito mais será desvendado neste produ-to, que foi criado pelo grupo Comprando Sem Sair de Casa, destinado ao trabalho final da disciplina Comunicação e Tec-nologia, do curso de Comuni-cação da Universidade Federal da Bahia.

Ana Carolina

Cláudia

Fernanda

Laís

Nathália

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COMPRANDO SEM SAIR DE CASA

Quem entende, OPINA com

Cláudio Cardoso

Com o advento das novas mí-dias na sociedade e o surgi-mento do comercio eletrônico, como está sendo a utilização dessas mídias nas iniciativas de compra e venda nas em-presas?

Imagino que você esteja cha-mando de novas mídias aque-las que se popularizaram, ou surgiram, após o advento da internet comercial. Estamos falando da web e seus diversos desdobramentos midiáticos, smartphones, mídias locativas etc. Essas “novas mídias” vêm sendo utilizadas em grande escala e com forte intensidade por muitas iniciativas empresa-riais, e os investimentos neste sentido têm ganhado em inten-sidade e extensão nos últimos anos. Veja o exemplo dos bancos. Todos eles fazem grandes in-vestimentos em aplicações de internet banking, muitos uti-lizam mídias sociais (twitter, facebook, orkut etc.) para cria-rem novas relações com clien-tes. O que as empresas não fazem

Claudio Cardoso é Doutor em Comunicação, Professor do Programa de Pós-gradu-ação da Faculdade de Comunicação, UFBA, Coordenador do Grupo de Estudos de Novas Tecnologias e Comunicação Organizacional e Consultor de e-Business em diversas organizações nacionais e internacionais, dentre elas a Petrobrás, a Agência Nacional do Petróleo, as Organizações Odebrecht.

é avançarem nestas relações sem considerarem de forma absolutamente hegemônica e mandatória o lucro dos acionis-tas. Em outras palavras: as em-presas adotam rapidamente novas tecnologias que tragam mais resultados financeiros, e deixam em segundo plano in-vestimentos em novas relações que não privilegiem apenas e em curto prazo estes resulta-dos.

Quais os pontos negativos e positivos na utilização desses novos meios de comunicação?

Não sei se devemos pensar em termos de aspectos posi-tivos ou negativos, mas antes nos darmos conta de que deve-mos explorar as potencialida-des destas mídias, que não são, na verdade, apenas “mídias”, mas novos ambientes e contex-tos comunicacionais. Estes novos contextos geram uma infinindade de novas al-ternativas de relacionamentos e sentidos que deveriam, em minha opinião, serem mais ex-plorados por todos. Neste sen-tido, acredito que o comércio eletrônico não tem tanto assim

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a contribuir, porque ele é intei-ramente regido pela busca de resultados financeiros a curto prazo para os acionistas. Alguma inovação é produzida por este segmento de ativida-de, mas as grandes novidades emergem, acredito eu, das dimensões menos “interessa-das” em termos de negócio. São as pessoas comuns intera-gindo na rede que vêm criando todo o tempo e desde o início as grandes novidades. Os negócios apenas surfam nas ondas produzidas pelas pessoas conectadas. A bem da verdade, algumas empresas surfam de forma muito compe-tente. O marketing digital vem al-cançando espaços e relevân-cia nos negócios de empresas. Qual papel do marketing digi-tal para o sucesso de vendas dessas empresas?

O marketing digital se tornou muito relevante para os negó-cios. Segundo pesquisa recente da eBiz no Brasil, cerca de 5% dos resultados gerais do co-mércio passam pela internet de alguma forma. É muita coi-sa! E cresce muito mais do que o comércio convencional.Adicionalmente, o comércio praticado pela internet per-mite o acompanhamento das trasnsações e o conhecimento de dados dos clientes num ní-vel muito maior de precisào e riqueza. A entrada de grandes massas da população no mundo virtu-al (como antes se dizia) arai de

forma inexorável toda sorte de atividades comerciais. A rede é o espaço broadcast do presen-te e do futuro. E que papel o marketing digital tem na formação e construção de uma imagem empresarial bem sucedida?

O diferencial do marketing digital é a possibilidade de interação. Isso viabiliza uma escala e uma intensidade de trocas infinitamente superior de informações entre empre-sas e clientes. As mídias sociais expõem opiniões diretas dos clientes que demandam ações imediatas das organizações. A depender do segmento do negócio, esta exposição afeta em maior ou menor medida a marca e a reputação da orga-nização. Novas políticas de co-municação vêm sendo desen-volvidas e implementadas em muitas organizações, mas ain-da estamos apenas no começo. O que importa é perceber um empoderamento crescente do

indivíduo neste contexto. As organizações mais atentas vêm desenvolvendo suas estraté-gias que buscam dialogar, de alguma forma, com as novas demandas e o novo nível de atenção e velocidade solicita-dos pela rede.

Manasses Pessoa de 27 anos, Estudante de Artes do Instituto de Humanida-des, Artes e Ciências, en-trou na Universidade Fede-ral da Bahia em 2010 e hoje estuda Área de Concentra-ção em Gestão e Políticas da Cultura. Apaixonado por moda é dono do www.comqueroupaonline.com, um blog que fala de estilo e comportamento de um jei-to bem particular.

O que você acha de compras online?

Acho que comprar na internet

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foi uma das melhores coisas que surgiu na nossa contem-poraneidade, principalmente porque hj para sobreviver você tem que ser ativo o tempo in-teiro e para dar conta disso tudo a gente acaba ficando sem tempo para fazer outras coi-sas. Então, como comprar, por exemplo, um livro importante que você precisa ler, e você tra-balha o dia todo, de noite tem aula? Os sites e a internet via-biliza isso em curto tempo.

Com que frequência faz isso?

Às vezes tem meses que com-por muito, as vezes nada. Tudo depende mesmo da necessida-de/demanda. Mas o mais fre-quente mesmo são pagamento de contas bancária, isso sim é perfeito... E mensal!

Quais os benefícios que você encontra?

O principal beneficio é que você não perde tempo procu-rando algo nas ruas, no shop-ping, no comércio. Você acaba economizando esse tempo, di-nheiro com transporte e com gasolina.

De que forma você utiliza es-ses sites de compra e se você utiliza esses site no seu blog, você faz isso?

Eu sempre jogo no meu blog um link de algum site que eu gosto. Se eu faço um post so-bre sapatos, eu sempre deixo a dica de um site bacana para fazer compras desses sapatos e geralmente são sites que eu já usei... e fiquei satisfeito é cla-ro! Outra coisa bacana é que

a maioria das lojas que tem sites para vender seus produ-tos, também criam blogs para divulgá-los, isso ajuda muito porque sempre é possível criar uma lista de blogs que eu gosto e lá os meus leitores encontra um facilitador para compra.

O diferencial do marketing digital é a possibilidade de interação. Isso via-biliza uma escala e uma intensidade de trocas infinitamente superior de informa-ções entre empresas e clientes. As mídias sociais expõem opini-ões diretas dos clien-tes que demandam ações imediatas das organizações.

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A internet surge como uma poderosa ferramenta que tem o objetivo de facilitar a comu-nicação entre as pessoas. Com o avanço das tecnologias e da globalização, a internet deixou de ser apenas um canal de co-municação e multiplicação de notícias e passou a se constituir também como um meio rentá-vel de ganhar dinheiro. Atual-mente, o potencial econômico da internet pode ser refletido na criação do comércio eletrô-nico, o chamado e-commerce, que surge como forma de orga-nizar as transações de bens físi-cos e digitalizáveis na internet. Apesar da grande gama de produtos físicos que são comer-cializados na rede eletrônica, o comércio eletrônico apresen-ta sua maior inovação, justa-mente, na venda de produtos intangíveis, como o software,

filmes, músicas e serviços digi-tais. Do ponto de vista comer-cial, o e-commerce tem uma atratividade muito grande, por ser uma forma de comunicação global, que enfrenta barreiras geográficas e até e alfandegá-rias para a finalização da nego-ciação. O retorno em termos de investimento, também é muito rápido. O crescimento das tecnolo-gias de informação, além de beneficiar o comércio eletrôni-co, inaugura uma nova forma de organização da produção e comercialização de produ-tos, propiciando o aumento da produtividade das empresas e, consequentemente, a concor-rência entre elas. As formas de relacionamento e produção na rede foram alteradas a partir do momento em que a internet possibilita a interação instantâ-

nea entre vendedores, fornece-dores e compradores. E as ino-vações vão além disso, a troca de informações online e a ve-locidade da comunicação, abre espaço também para parceiro e anunciantes, que tem no co-mércio eletrônico uma ótima ferramenta de marketing para atrair mais consumidores. Mesmo com a possibilidade de comercialização entre indi-víduos, o e-commerce é mais eficiente entre empresas. A ex-plicação para isso é que as tran-sações que envolvem empresas são muito mais rentáveis do ponto de vista da cadeia produ-tiva, comparado ao comércio varejista, entre pessoas. Além disso, o fator cultural também tem influência, pois os clien-tes acabam confiando mais em empresas do que em negocia-ções individuais.

Por dentro do E-commerceAlém de se consolidar como meio de comunicação, a internet inaugura uma nova forma de comércio.

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O espaço da circulação, antes restrito ao presencial ou semi-presencial, tem sua di-nâmica alterada com os avan-ços da informatização. A cria-ção dos eletrônicos em escala mundial e de acesso à popula-ção em geral, o padrão criado por indústrias que visam atin-gir não apenas o consumidor na sua necessidade imediata, mas que tem como meta criar no consumidor a necessidade de manutenção dos produtos e de gerar outros aspectos re-veladores de necessidades fu-turas. É comum o lançamento de produtos com um elemen-to a mais que faz do consumo do produto indispensável. A última geração de produção é consumida com a expectativa de que será superada em um breve espaço de tempo. Esse fomento às novidades é o es-tímulo à produção e ao consu-mo. Cria-se a ansiedade do por vir e muitas vezes do que ain-da não existe concretamente, mas que é possível vislumbrar virtualmente. A partir desse princípio básico das necessida-des humanas e da superação das necessidades, o mundo se organiza no sentido de produ-ção voltada para a superação e não simplesmente na repro-dução do produto existente no mercado. Não bastam mudan-ças estéticas, faz-se necessária alteração significativa nos ele-

mentos funcionais e operacio-nais para garantir sucesso de consumo. Os mercados frenéti-cos e ávidos por novidades são reflexos de consumidores nes-se mesmo perfil. Formam um conjunto homogêneo e trans-formador da realidade local. A realidade local asso-ciada à virtual é uma simbiose forjada no principio de que a técnica evolui para garantir li-berdade ao homem. Liberdade de expressão, de pertence, de participação. Tudo se resume a existência humana e ao tempo livre para a realização dos seus projetos, seus anseios na busca pela felicidade. Mas, convém lembrar que toda técnica não constitui um fim em si mesmo. O avanço tecnológico é regu-lado por fatores inerentes ao homem e não a técnica. Toda tecnologia está diretamente ligada à forma como as socie-dades percebe o mundo em que vive e, a cultura produzida pelas sociedades refletem suas necessidades materiais, ima-teriais e sentimentais. A cria-ção de vínculos sentimentais

a qualquer tipo de objeto tem por princípio as condições de existência do individuo. O consumo, hoje padro-nizado por sistemas que visam à universalização das coisas nem sempre é eficaz no tocan-te aos casos isolados ou mesmo aos casos com padrão cultural diferenciado. Outro ponto rele-vante é a questão da acessibili-dade aos produtos, ou mesmo ás ideias formadoras do consu-mo. Os produtos eletrônicos, o seu consumo e uso sistemático são dependentes de um con-dicionamento humano que vai além das necessidades, envol-vem fatores culturais e psicoló-gicos. Por isso é indispensável à sensibilização do consumidor virtual através de várias lingua-gens que chamem a atenção, desperte o interesse e a urgên-cia do consumo. As estratégias de marketing virtual

Especialistas em marketing ex-plicam que para o sucesso das lojas virtuais é necessário in-

Marketing digital e a força das novas mídias Eficaz e barato, o marketing digital já se tornou o maior aliado das empresas

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vestir no branding (gestão de marcas – construção de uma identidade visual) e ter um pla-nejamento desde a concepção do produto até a logística. No livro “Informação e Globaliza-ção na Era do Conhecimento”, Paulo Tigre explica que a busca do consumidor final na Inter-net é uma atividade que requer um marketing mais abrangente e criativo. As diversas modali-dades de marketing eletrônico estão diretamente ligadas com produtos, necessidades de co-municação e estágio de evolu-ção da organização na Internet. Estas formas podem, e devem, trabalhar em conjunto, depen-dendo do interesse e possibi-lidades da empresa: website,

links em outros websites, listas e grupos de discussão, mailing, anúncios em classificados ele-trônicos e mais recentemente, as redes sociais. O resultado que as mídias tra-dicionais disponibilizavam por um custo mais alto, as novas mídias online estão superando e por um custo significante-mente mais baixo. As empresas exploram esse plano de marke-ting para que se tornem mais acessíveis aos seus consumi-dores, inserindo-a no dia-a-dia do seus compradores, e para informá-los de todas as novi-dades, desde os lançamentos de produtos até promoções e ofertas. Torna-se um meio, em tempo real, de estar em trato

com o cliente constantemente, além de dar possibilidade de receber um feedback instan-tâneo da aceitação do produto e da empresa. As novas mídias transformaram as relações en-tre empresas e clientes, antes exclusivamente comerciais, em relações sociais.

Internet é sinônimo de economia e comodidadePesquisas mostram que preços baixos e comodidade são os fatores que mais incentivam – e justificam – o “boom” do comércio eletrônico

Uma pesquisa realizada pela Hi-Mídia, mostra que a co-modidade, juntamente com a possibilidade de economizar, está entre os principais fatores que contribuem para o cresci-mento expoente do comércio eletrônico no Brasil. Segundo a pesquisa, para 68% dos con-sumidores brasileiros, o preço é o que mais chama atenção nas compras on-line, enquanto que para 56%, a comodidade é o que mais influencia na hora de realizar uma compra no co-mércio virtual. A expansão do comér-cio eletrônico no Brasil se dá tanto pelo aumento do poder de compra do brasileiro como

pelas facilidades do acesso à web. Estatísticas de uma pes-quisa feita pelo IBOPE Mídia no segundo semestre de 2010 mostram que o aumento no número de compradores onli-ne está fazendo com que o fa-turamento do comércio eletrô-nico cresça mais rápido do que a própria internet, e números de uma pesquisa realizada pelo Instituto eMarketer confirma: só para este ano, é esperado US$ 18,7 bilhões de vendas online, o que representa uma elevação de 21,9% em compa-ração a 2011, quando atingiu US$ 15,3 bilhões de comercia-lização na web. As estatísticas da IBOPE

também mostram que 70% dos brasileiros que estão conecta-dos na internet acessam lojas de compras virtuais - as lojas de varejos continuam sendo as mais utilizadas pelos con-sumidores, seguida dos leilões virtuais e dos sites de compras coletivas. Segundo Alexandre Crivellaro, diretor de inova-ções da IBOPE, os altos índi-ces se dão porque o comércio eletrônico virou sinônimo de preços mais baixos. Crivellaro estima que “76% dos usuários que compram pela net buscam ofertas e descontos e os leilões e portais de compras virtuais trazem isso, por isso o suces-so”.

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Pequenos empreendedores investem no e-commerceO comércio virtual é alternativa para pequenos empreendedores que querem lucrar, sem gastar e sem arriscar muito

Sara Sampaio tem 29 anos, é publicitária e proprietária da Boutique Jezebel, localizada no bairro do Rio Vermelho, na cidade de Salvador. Sara sem-pre teve vontade abrir sua pró-pria loja para poder apresentar para as pessoas seus garimpos e descobertas feitas entre via-gens para Londres e Nova York. No início a loja era apenas físi-ca, mas Sara percebeu que era hora de investir no comércio eletrônico ao notar o aumento na demanda de outras cidades pelos produtos da sua empre-sa.O caso de Sara é apenas um en-tre os muitos pequenos empre-

endedores que escolhem in-vestir no comércio eletrônico. As vantagens? A possibilidade de abrir, e fechar, negócios ra-pidamente, controlar melhor os estoques e reduzir custos significantemente. Para Sara, não precisar de vendedor para fazer o atendimento e não ter a necessidade de um ponto fixo são as maiores vantagens. “A possibilidade de atingir um nú-mero enorme de pessoas, de diferentes estados, com hábi-tos de compra diferentes tam-bém é um ponto bastante po-sitivo”, completa a publicitária.A peça chave para os pequenos empreendedores é planejar

o sua entrada no e-com-merce, criando

um site

com conteúdo significativo e em que, além da compra, o consumidor possa obter in-formações detalhadas sobre o produto que está sendo vendi-do. O site deve ainda possibili-tar a interatividade com outros consumidores do mesmo pro-duto através de blogs e redes sociais.Apesar de achar que existe um futuro onde o número de lojas onlines superam o número de lojas físicas, Sara acredita que as empresas com lojas físicas sempre terão uma credibilida-de maior. “A oportunidade de oferecer ao seu cliente expe-riência sensorial de ir ao um ponto de venda é muito difícil de ser substituída ou copiada, por isso acredito que as lojas fí-sicas cada vez mais irão investir em atrativos e diferencias que vão desde o atendimento até a estrutura física”, explicou.

“A possibilidade de atingir um número enorme de pessoas, de diferentes esta-dos, com hábitos de compra diferentes também é um ponto bastante positivo

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Compras Coletivas: a nova tendência entre os consumidores onlineSites de compra coletiva parecem ter encontrado a fórmula que ben-eficia empresas e consumidores

Além das lojas virtuais existe também a nova moda dos sites de compras coletivas, que não passa de um sistema no quais anunciantes oferecem seus produtos com grandes descon-tos de forma a atrair os consu-midores. A oferta é publicada e divulgada por um site de com-pra coletiva durante um tempo determinado e se, durante esse período, o número mínimo es-tabelecido for alcançado, todos os compradores recebem um cupom do site dando direito a compra com o desconto. Essa é a mais nova estratégia de pro-moção no e-commerce. A principal vantagem da com-pra coletiva para o comerciante é a possibilidade de alcançar consumidores que não seriam atingidos em condições nor-mais e trazê-los para conhecer o seu produto em promoção e, eventualmente adquirir outros produtos. Além disso, a exposi-ção da marca nos anúncios é in-teressante, bem como a possi-bilidade de se fidelizar os novos clientes e maximizar o resulta-do da campanha. O empresário Marcus Ribei-ro abriu o site de compras co-letivas Abelhaz.com há um ano e garante “esse é um bom ne-gócio para quem gosta de in-ternet”. Segundo Ribeiro, a es-tratégia para conseguir novos

anunciantes é focar na divulga-ção do estabelecimento. “Bons empresários sabem que publi-cidade é investimento, e no site os anúncios são muito bem di-vulgados. É um erro pensar que a empresa vai ganhar dinheiro, mas com certeza se o cliente for bem tratado, ele volta e indica para amigos. Aí sim está o lucro da empresa”, comenta. Os sites de compras coletivas são plataformas muito fáceis de serem criadas, precisando somente de um programador, webdesigner e abrir uma micro--empresa. Procedimentos rápi-dos que podem agilizar a vida

do empreendedor. O site se mantém através de comissões que variam de 20% a 40% em cima do valor total dos cupons vendidos. “O mais difícil quan-do se está começando é conse-guir a confiança dos anuncian-tes, mas depois que essa etapa é vencida tudo fica muito fácil.”, completa Ribeiro.Mas todo bom negócio tem as suas fases ruins. Muitas pes-soas não confiam em comprar pela internet e muito menos com descontos exorbitantes, principalmente em tratamen-to de estética e viagens, onde os descontos chegam a ser de

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90%. “O grande atrativo é o desconto, e este deve ser pla-nejado pelo anunciante. Eles devem também saber se irão aguentar, no período de valida-de dos cupons, a procura.”, ex-plica Marcus. Muitas empresas não sabem fazer esse cálculo e acaba me-tendo os pés pelas mãos, mas outras como a Pole Dance Bahia conseguem faturar bas-tante. Segundo a proprietária e também publicitária Érica Thompson, o investimento vale a pena. “Diferente da publicida-de comum, nessa você não pre-cisa pagar nada, e sim calcular bem o desconto e conquistar os clientes. Já participei de três ofertas e o numero de alunas da academia triplicou. Hoje es-tou em um espaço duas vezes maior para dar conta da procu-ra.”, comenta Érika.

A regionalização das compras

coletivas

A possibilidade de aliar a inter-net ao comércio, juntamente com a comodidade de comprar sem sair de casa, criou um ter-reno fértil para as compras cole-tivas. Com o crescimento dessa modalidade comercial e a mul-tiplicação rápida dos sites que prestam esse tipo de serviço, pode-se dizer que o mercado brasileiro de compras coletivas está ficando saturado de um modelo pré-estabelecido, que ainda deixa a desejar no quesi-to satisfação do consumidor. Em busca de um serviço que una a prestação de serviço de um serviço de qualidade e uma nova proposta que se adeque mais a realidade de cada con-sumidor, surgiram os sites de compras coletivas regionais.Vantagens: A proximidade com o consu-midor gera mais confiança em

relação ao cumprimento das ofertas e cria a possibilidade de oferecer serviços locais com mais qualidade, pelo menos em tese. Desse ponto de vista, a criação desses sites regionais é brilhante. Eles se tornam cada vez mais segmentados e volta-dos para a realidade do consu-midor de cada área. A grande vantagem desses pequenos sites está justamente na identificação com o público. Conhecer as necessidades do público alvo é ponto principal para o sucesso dessa modali-dade. Outro ponto positivo é a identificação com os parceiros que vão anunciar, justamente por saber as particularidades de cada praça regional. Em função de todos esses fatores, investir em sites de compras coletivas regionais se torna cada vez mais lucrativo para o comerciante e mais satisfatório para o cliente.

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Vai comprar pela internet? Todo cuidado é pouco!É preciso, de fato, muita atenção ao realizar compras pela internet para que a sua compra não se transforme numa dor de cabeça futura.

A comodidade de comprar sem sair de casa ainda encontra um freio num aspecto crucial de suas escolhas: a segurança. Para Priscila Lira, 22 anos e es-tudante, “comprar pela inter-net é correr um risco e não ter a quem recorrer”. A imaterialida-de da internet, o fato dos pro-cessos não serem fisicamente apreendidos, ainda causa re-ceio sobre as garantias e direi-tos no que tangem às transa-ções comerciais. A princípio, é importante pontuar que lojas virtuais são regidas pela mesma legislação aplicada às lojas físicas no que diz respeito ao Código de Defe-sa do Consumidor – CDC, com uma única diferença – em se tratando das lojas virtuais, o prazo de arrependimento con-cedido ao consumidor é maior.Muita gente desconhece essa

aplicação ou, por outro lado, desacredita na sua efetiva apli-cação, visto que não são poucas as reclamações e problemas junto ao Procon, sejam para lo-jas físicas ou para lojas virtuais. O medo de comprar online pas-sa por questões como: garan-tia de entrega, confiabilidade na inserção de dados pessoais, qualidade do produto ou, sim-plesmente, a garantia de troca mediante insatisfação. É preciso, de fato, muita aten-ção ao realizar compras pela internet para que a sua compra não se transforme numa dor de cabeça futura. O primeiro passo é analisar a confiabilida-de do site que está acessando. Existem diversas maneiras de diminuir o risco da compra: as redes sociais são excelentes para a troca de informações so-bre lojas e produtos. Tal como

no mundo não virtual, as pes-soas tendem a seguir as indi-cações de amigos e conhecidos sobre determinadas escolhas e a internet, com as redes sociais, consegue ampliar o raio de bus-cas e respostas tornando mais eficiente essa prática. Além disso, existem sites específicos para estes fins – eleger as me-lhores lojas virtuais e indicar as reclamações mais recorrentes – como o “Reclame Aqui” e o “WOT“. Verificações de CNPJ e certificados de segurança tam-bém contribuem nas análises.Outra dica relevante é verificar se o site possui um canal de relacionamento com o clien-te, on-line ou telefônico, e que este seja eficiente. Faça uso destes meios antes de finali-zar sua compra. Prefira site de grandes empresas e lembre-se: sites no exterior não estão su-

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jeitos ao CDC do Brasil. A segurança com os dados solicitados na internet é neces-sário em qualquer tipo de ope-ração feita na web, e deve ser redobrada ao realizar compras online. As plataformas utiliza-das para realizar compras soli-citam dados como RG, CPF e o numero do cartão de crédito. Se o seu computador estiver in-fectado por um vírus ou o site estiver hackeado os dados po-dem ser copiados e transações feitas sem a sua autorização. Embora se auto intitulem como meros “intermediadores” entre o fornecedor e o consumidor, acreditando com isso estarem isentos de qualquer responsa-

b i -l i d a d e ,

não nos restam dúvidas de que os sites

de compras coletivas se enqua-dram no conceito de fornece-dor do artigo 3º, do CDC, que prevê: “Fornecedor é toda pes-soa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangei-ra, bem como os entes desper-sonalizados, que desenvolvem atividade de produção, mon-tagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou co-mercialização de produtos ou prestação de serviços”. Não podemos nos esquecer de que “fornecer” tem, entre seus significados, os de “faci-litar” e “proporcionar”, que é exatamente o que esses sites de compras coletivas fazem ao comercializarem os produtos e

serviços para os consumidores, podendo, pois, serem conside-rados como fornecedores. Vale ressaltar que os sites de compras coletivas são remune-rados em um determinado per-centual sobre cada venda reali-zada. Este é mais um fator que os insere na categoria de “for-necedor” e enseja as responsa-bilidades, obrigações e deveres descritos no Código de Defesa do Consumidor, uma vez que eles, juntamente com o forne-cedor do produto colocado à venda, recebem valores, o que confirma a legitimidade para serem réus em ação movida pelo consumidor que se sentir lesado ou o for efetivamente. Assim, e ainda sob o enfoque das regras do Código de Defe-sa do Consumidor, a responsa-bilidade dos sites de compras coletivas é objetiva, o que sig-

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nifica dizer que responderão civilmente, independentemen-te de culpa, pela reparação de eventuais danos causados aos consumidores por defeitos rela-tivos aos serviços prestados ou produtos vendidos (artigos 12º e 14º, do CDC). Desse modo, o consumidor que efetuar uma compra cole-tiva e tiver algum dano dela de-corrente, poderá ajuizar ação cível contra o site de compra e contra o fabricante do produto ou fornecedor do serviço adqui-rido, pois ambos são responsá-veis, solidariamente, a teor do disposto no artigo 25, § 1º, do Código de Defesa do Consumi-dor. Os principais motivos do con-sumidor recorrer ao Judiciá-rio são as falhas na entrega de mercadorias compradas nos sites e propagandas enganosas decorrentes dos produtos que vendem, ensejando ações de reparações por danos materiais (reembolso dos valores gas-tos nas compras dos produtos, além da taxa do frete) e, em

alguns casos, por danos morais (indenização pelos danos sofri-dos em razão da falha na pres-tação do serviço). Outro motivo que leva ao au-mento destas ações contra es-tes fornecedores é a falta de resolução administrativa por parte da empresas, ou seja, os sites deixam de prestar a devida assistência ao consumidor que se sente lesado, esquecendo de responder aos seus questio-namentos ou tecer explicações que entendam pertinentes, caso haja atraso na entrega ou defeito no produto adquirido, o que gera dissabor ao consumi-dor e o induz a buscar o Poder Judiciário para resolver seu pro-blema, comprometendo, assim, a imagem dos sites. Segundo dados do Reclame AQUI, os sites de compra cole-tivas Clube Urbano, Peixe Urba-no, Imperdível, Click On e Ofer-ta Única, em junho de 2010, somaram 3.391 reclamações. Agora, se neste rol forem inclu-ídos os sites chamados “clubes de descontos”, como Brands-

club e Privalia, o total de recla-mações ultrapassa a casa das 8.500 queixas. Justamente em razão do au-mento das reclamações e ações judiciais contra os sites de com-pras coletivas é que, desde o dia 4 de maio tramita, na Câ-mara dos Deputados do Paraná, o Projeto 1232/11 , de autoria do deputado João Arruda do PMDB/PR, que visa regulamen-tar o funcionamento desse tipo de comércio eletrônico e prevê, ainda, a criação de selo de cer-tificação de idoneidade do site, propiciando maior segurança ao consumidor, que o identifi-cará logo que acesse algum site certificado de compra coletiva.O objetivo principal da lei é reunir todas as informações necessárias ao consumidor, da maneira mais clara e objetiva possível, evitando qualquer tipo de dubiedade ou ‘engano-sidade’ nas orientações dispo-nibilizadas nos sites. O resultado, caso este proje-to venha a ser aprovado, será a regulamentação da modalida-

de de comércio, res-guardando os direi-tos do consumidor, além de impor aos sites de compras co-letivas um maior cui-dado na escolha dos parceiros e produtos que serão vendidos.O ideal é pesquisar sobre as empresas em que pretende fa-zer compras e apurar se há reclamações em relação aos pro-dutos e serviços que disponibilizam.

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COMPRANDO SEM SAIR DE CASA

Em pesquisa feita através das redes sociais para identificar o perfil do consumidor online, as estatís-ticas mostraram que a maior parte dos indivíduos que utilizam o comércio eletrônico são mulheres entre 18 e 30 anos. O número de pessoas que não se sentem confortáveis comprando em lojas virtuais é surpreenden-te baixo e isso se dá devido ao investimento das empresas em aumentar o nível de segurança dos sites de compras. Comodidade e preço baixo ainda são consideradas as maiores vantagens das compras virtuais, se-gundo os e-consumidores. A possibilidade de ter acesso à uma maior variedade de produtos é outro fator que foi explicitado pelos indivíduos que optaram por “outros” na resposta da questão. As lojas de varejo continuam sendo as mais utilizadas pelo consumidores, seguidas das lojas de compras coletivas.

Segue abaixo infográfico com as estatísticas obtidas pela pesquisa:

nota: a pesquisa foi realizada pelo grupo.

Análise de PúblicoÉ preciso, de fato, muita atenção ao realizar compras pela internet para que a sua compra não se transforme numa dor de cabeça futura.

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