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07-11-2014
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Sumário
Das Estrelas ao átomo – Unidade temática 1
Organização do Universo
• A evolução das estrelas. Ciclo de vida de uma estrela. Reações em núcleos de estrelas de massa idêntica ao Sol e reações em núcleos de estrelas com massa muito superior à do Sol.
• Algumas reações nucleares e as suas aplicações.
• Distribuição atual dos elementos no Universo.
APSA 2 – Fusão e fissão nucleares versus reações químicas.
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Arquitetura do Universo
Organização do Universo
Com a teoria do Big-Bang o Universo surgiu num estado de grande compressão com temperaturas e
densidades muito elevadas.
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Arquitetura do Universo
Organização do Universo
Génese dos primeiros átomos Quando deixaram de existir eletrões livres, estes ligaram-se aos núcleos formando os
primeiros átomos: Hidrogénio (Prótio), Deutério e Hélio.
Formação de quarks e eletrões
Arrefecimento (a temperatura foi diminuindo ao
longo da expansão)
Expansão (inicialmente muito rápida e
depois mais lenta)
Formação de protões e neutrões A diminuição da temperatura, permitiu a génese de protões e neutrões a partir dos
quarks já existentes.
Nucleossíntese primordial Os protões e neutrões ligam-se formando os primeiros núcleos de átomos.
Big-Bang
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Arquitetura do Universo
Organização do Universo
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Arquitetura do Universo
Formação das estrelas – nucleossíntese estelar
Continua a compressão
e o aquecimento
Ao continuar a compressão
e o aquecimento
Nuvem de gás em contração
por ação gravitacional
Nuvem de gás
A nuvem de gás continua a comprimir-se e
a aquecer cada vez mais, tornando-se cada
vez mais densa
Protoestrela
Devido ao extremo
aquecimento, iniciam-se
reações de fusão nuclear: nasce
uma estrela
Estrela
• à medida que o Universo se foi expandindo e arrefecendo, os átomos formados pela nucleossíntese primordial aglutinaram-se e formaram nuvens de gás. • A contração destas nuvens, por ação da força gravitacional, deram origem a matéria Protoestelar. • A matéria das protoestrelas comprimiu-se, por ação da força gravítica e foi aquecendo muito (cerca de 10 a 15 milhões de K). Iniciaram-se assim as reações nucleares de fusão do Hidrogénio.
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
O que é uma estrela?
Estrela – é uma enorme nuvem de plasma (gás ionizado) a
altíssimas temperaturas (milhões de graus), constituída
essencialmente por hidrogénio e hélio, e cria a sua própria
energia através de reações nucleares.
As estrelas têm:
• Diferentes cores que indicam diferentes temperaturas.
• Tamanhos distintos.
• Massas variadas.
Quanto maior é uma estrela, mais rapidamente caminha para o fim da sua vida.
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
A cor depende da temperatura da superfície da estrela.
As estrelas são classificadas em
sete grupos principais,
denominadas classes
espectrais, das mais quentes
às mais frias: O, B, A, F, G, K, M.
A maior parte das estrelas
encontram-se numa banda
estreita que é designada por
sequência principal.
A massa duma estrela é determinante para a sequência das transformações que irão
ocorrer.
A evolução das estrelas
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O brilho duma estrela depende do seu tamanho.
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
Uma estrela tem que ter uma massa
acima de um determinado valor
crítico (aproximadamente 81 vezes a
massa de Júpiter) para que se deem
reações de fusão nuclear no seu
interior.
A fusão nuclear é uma reação onde
há combinação de dois núcleos
pequenos, formando núcleos de
maior massa.
Fusão nuclear
Reações nucleares
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Fusão nuclear nas estrelas da “Sequência Principal”
Não se formam elementos mais “pesados” porque a densidade e a temperatura não
são suficientemente elevadas (T 5 x 108 K).
Reações nucleares
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Arquitetura do Universo
Algumas partículas
Reações nucleares
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Outros exemplos de reações de fusão nuclear
Reações nucleares
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Arquitetura do Universo
Fase principal da vida de uma estrela
A fusão do hidrogénio ocorre no núcleo ou coração da
estrela, que se encontra a temperatura muito elevada; à sua
volta a temperatura é mais baixa.
Para o nosso Sol estas reações de fusão irão continuar por
cerca de 5 mil milhões de anos, até que o hidrogénio se
esgote.
A evolução das estrelas
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A duração da fase principal da vida das estrelas depende da sua massa inicial.
Estrelas mais maciças Queimam mais rapidamente o Hidrogénio, pois necessitam de maior quantidade de energia para equilibrar a concentração
gravitacional. A sua temperatura é mais elevada: duram menos e brilham mais.
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
Big Bang Origina
Universo de: Espaço Tempo Energia
Por expansão muito rápida e
consequente arrefecimento
surgem
Partículas elementares: Quarks, neutrinos e
eletrões
Em contínua expansão e
arrefecimento, surgem
Núcleos atómicos Eletrões livres
Primeiros átomos: H – 2/3
He – 1/3
Sempre em expansão e
arrefecimento, dá-se a nucleossíntese
ou génese dos elementos
À medida que o Universo se ia expandindo e arrefecendo os átomos aglutinaram-se e
surgiram…
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
Nuvens de gás Primeiras estrelas
Galáxias Enxames galáxias
Estrelas tipo Sol Estrelas gigantes
Evoluindo as estrelas para
Onde ocorrem Reações nucleares H He
O núcleo contrai-se e aquece a Estrela que se expande…
Quando o hidrogénio acaba no núcleo da estrela
Originando uma Gigante Vermelha
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Arquitetura do Universo
Na fase de Gigante Vermelha
A energia libertada na fusão do Hélio propaga-se a uma camada fina em volta do
núcleo, aumentando a temperatura desta e levando à fusão do Hidrogénio aí existente
em Hélio. Essa libertação de energia provoca uma expansão na camada exterior da
estrela rica em Hidrogénio, e onde não ocorre nenhuma fusão nuclear o que faz diminuir
a temperatura da parte superficial da estrela que assume um aspeto avermelhado.
A evolução das estrelas
• Coração: He C e o C O
• Camada em volta do núcleo: H He
• Camada exterior expandida tem cor avermelhada:
Não há reações nucleares
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Arquitetura do Universo
Estrela (0,8 M0 < M ≤ 8 M0)
Se for
Resíduo estelar – Anã branca
Origina
Gigante vermelha
Nas estrelas como o Sol ou de massa inferior a 8 vezes a massa do Sol:
No coração: dá-se a finalização das reações nucleares de produção do Carbono e Oxigénio.
Invólucro Exterior: recebe um vento rápido de matéria e energia proveniente do coração,
que é empurrado para o espaço formando as Nebulosas Planetárias.
Da Gigante Vermelha às Nebulosas Planetárias
Evolui para
A evolução das estrelas
M0 = massa do Sol
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Arquitetura do Universo
Simulação da evolução de uma estrela como o
Sol, que passa para a fase Gigante Vermelha,
ejeta uma Nebulosa Planetária e transforma-
se numa Anã Branca.
A Anã Branca arrefece e emite cada vez menos luz transformando-se num resíduo
estelar sem brilho e frio.
A dado momento a força da gravidade é equilibrada pelas forças de pressão. O
coração da estrela pára de se contrair formando uma esfera de matéria
incandescente de densidade elevada: uma Anã Branca
Da Nebulosa Planetária à Anã Branca
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
Na fase de Supergigante Vermelha
Nesta fase, as reações nucleares prosseguem nas camadas exteriores as quais se expandiram devido á energia propagada no seu interior: fase da estrela Supergigante Vermelha.
A energia libertada no coração da estrela não é suficiente para que se inicie a fusão do ferro.
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
Estrela supergigante (8 M0 < M < 25 M0)
Estrela de neutrões ou pulsar
Origina
Da Supergigante Vermelha à Supernova
Supergigante Vermelha
Evolui para
A evolução das estrelas
Se for
M0 = massa do Sol
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Arquitetura do Universo
Da Supergigante Vermelha á Supernova
O coração da estrela de ferro colapsa rapidamente devido ás forças gravitacionais,
libertando gigantescas quantidades de energia que atingem as camadas exteriores
aquecendo-as e empurrando-as pelo espaço a velocidades elevadas numa descomunal
explosão: forma-se a Supernova.
Simulação da explosão de uma estrela maciça ao atingir o
estado de Supernova.
Devido ás elevadas temperaturas dá-se a explosão da Supernova, onde há génese dos elementos de número atómico superior ao Ferro até ao Urânio.
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
Da Supernova á Estrela de Neutrões ou Pulsar
Para massas inferiores a 25 vezes a massa do Sol, a Supernova transforma-se
numa Estrela de Neutrões.
O coração da estrela é agora um cadáver estelar muitíssimo denso, constituído
essencialmente por neutrões.
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
Estrela supergigante (M > 25 M0)
Buraco Negro
Origina
Da Supergigante Vermelha à Supernova
Supergigante Vermelha
Evolui para
Se for
A evolução das estrelas
M0 = massa do Sol
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Arquitetura do Universo
Da Supernova ao Buraco Negro
Para massas superiores a 25 vezes a massa do Sol, a Supernova transforma-
se em Buraco Negro.
Devido á sua extrema densidade e não havendo nada que trave a contração
gravitacional, o resíduo estelar transforma-se num Buraco Negro que engole
tudo á sua volta.
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
Estrela a ser engolida por um Buraco Negro
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
Resumindo o ciclo de vida de uma estrela
A evolução das estrelas
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Arquitetura do Universo
A evolução das estrelas, resumo
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Arquitetura do Universo
A evolução dos elementos, resumo
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Arquitetura do Universo
A evolução dos elementos, resumo
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Arquitetura do Universo
Representação simbólica das equações
Reações nucleares
XAZ
Representação de um nuclido
A escrita das equações correspondente às reações nucleares devem:
• Conservar o número de nucleões: a soma dos números de massa deve ser igual nos dois membros da equação;
• Conservar a carga total: a soma dos números atómicos deve ser igual nos dois membros da equação;
Energia He2 p Li 42
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Exemplo:
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A fissão nuclear
Quando núcleos muito mais pesados, isto é, núcleos com número de massa muito
elevado, são desagregados por colisão com núcleos mais pequenos, as reações são
chamadas de fissão nuclear (ou cisão nuclear). Um exemplo é a reação de fissão
nuclear do urânio, usada na produção de energia.
Reações de fissão nuclear
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Arquitetura do Universo
A fissão nuclear
Reações de fissão nuclear
Conforme já vimos nesta aula as
quantidades de energia
libertadas durante as reações
nucleares são muito elevadas.
À energia assim produzida
chama-se energia nuclear.
Geralmente, quando falamos em
energia nuclear referimo-nos à
que resulta de reações de fissão.
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Arquitetura do Universo
Aplicações dos fenómenos nucleares
Aplicações das reações nucleares
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Arquitetura do Universo
Algumas diferenças entre reações nucleares e reações químicas
Reações nucleares versus reações químicas
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Arquitetura do Universo
Distribuição atual dos elementos no Universo
Distribuição dos elementos no Universo
Atualmente, sabemos quando e onde foram produzidos os diferentes elementos
químicos, bem como as suas abundâncias relativas.
Como se pode ver o elemento mais abundante no Universo é o hidrogénio seguido do
hélio.
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Arquitetura do Universo
Distribuição atual dos elementos no Universo
Distribuição dos elementos na Terra e no corpo humano
Devido a sua volatilidade o hidrogénio e o hélio existem numa percentagem muito
pequena na Terra.
Terra Corpo humano
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Arquitetura do Universo
Distribuição atual dos elementos no Universo
Somos feitos de matéria cósmica;
“Somos poeira de estrelas” Carl Sagan
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Tabela periódica
16O + 16O 32S + energia 4He + 16O 20Ne + energia
Elementos leves Elementos pesados
4 (1H) 4He + energia 3(4He) 12C + energia 12C + 12C 24Mg + energia 4He + 12C 16O + energia 28Si + 7(4He) 56Ni + energia 56Fe C-N-O Ciclo
TPC
• Exercícios que ficarem por fazer da APSA – Organização do Universo.
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