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COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO MÉDIO E
PROFISSIONAL
FORMOSA DO OESTE – PARANÁ
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
FOMOSA DO OESTE
2006/2007
COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO MÉDIO E
PROFISSIONAL
FORMOSA DO OESTE – PARANÁ
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio e Profissional – Formosa do Oeste – Paraná, elaborado pelos proponentes: Equipe de Direção, Pedagogos, Docentes, Setor Funcional, Discentes, Pais e Membros da Comunidade Local apresentado ao Núcleo Regional de Educação de Assis Chateaubriand.
FORMOSA DO OESTE
2006/2007
2
SUMÁRIO
FOMOSA DO OESTE..........................................................................2SUMÁRIO..................................................................................3APRESENTAÇÃO.........................................................................71. INTRODUÇÃO.........................................................................8
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO..............................................................91.2 HISTÓRICO .......................................................................................101.2.1 Inventário da Escola......................................................................101.2.2 Perfil da Comunidade Escolar........................................................131.2.3 Patrono..........................................................................................141.3 ESPAÇO FÍSICO E EQUIPAMENTOS....................................................161.4 BIBLIOTECA.......................................................................................181.4.1 Acervo Bibliográfico.......................................................................181.5 QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS.................................................181.5.1 Setor Administrativo......................................................................18FUNÇÃO..................................................................................................18GRAU DE INSTRUÇÃO.............................................................................18CH...........................................................................................................181.5.2 Pedagogos.....................................................................................19
Nº...............................................................................................19NOME........................................................................................19
FUNÇÃO..................................................................................................19GRAU DE INSTRUÇÃO.............................................................................19CH...........................................................................................................19
01.........................................................................................................19Beatriz Mendes Valeriano...................................................................19
1.5.3 Setor Pedagógico: Docentes..........................................................19FUNÇÃO..................................................................................................19GRAU DE INSTRUÇÃO.............................................................................19
01.........................................................................................................19Adelaide Aparecida Donega................................................................19
1.5.4 Setor Funcional.............................................................................21FUNÇÃO..................................................................................................21GRAU DE INSTRUÇÃO.............................................................................21CH...........................................................................................................211.5.5 Setor Discente – Distribuição das Turmas.....................................22
PERÍODO MATUTINO – ENDINO MÉDIO.......................................22SÉRIES.............................................................................................22TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO..................................................22PERÍODO NOTURNO – ENSINO MÉDIO........................................22SÉRIES.............................................................................................22TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO..................................................22SÉRIES.............................................................................................221º A...................................................................................................222º A...................................................................................................222º B...................................................................................................22TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO..................................................22
3
TOTAL GERAL DE ALUNOS............................................................221.5.6 Mapa demonstrativo de matrículas 2006......................................22
PERÍODO MATUTINO – ENDINO MÉDIO.......................................23SÉRIES.............................................................................................23TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO..................................................23PERÍODO NOTURNO – ENSINO MÉDIO........................................23SÉRIES.............................................................................................23TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO..................................................23SÉRIES.............................................................................................231º A...................................................................................................232º A...................................................................................................232º B...................................................................................................23TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO..................................................23TOTAL GERAL DE ALUNOS............................................................23
1.6 DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO DA COMUNIDADE......................231.6.1 Caracterização da População.........................................................23
2. OBJETIVOS...........................................................................302.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................302.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................30
3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR.................314. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.............................335. ATO SITUACIONAL................................................................36
5.1 DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA..........................................................................................385.2 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA................................................43
6. MARCO CONCEITUAL............................................................466.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE............................................................466.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM...................................................................476.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO.............................................................486.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO.....................................................486.5 CONCEPÇÃO DE ESCOLA..................................................................496.6 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM .......................................506.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO.............................................................526.8 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA........................536.9 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA............................................546.10 CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES..............................576.11 QUALIDADE DO ENSINO APRENDIZAGEM.......................................586.12 O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA................................................596.13 DINÂMICA DO CURRÍCULO..............................................................626.14 REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO...............................626.15 PRINCÍPIOS CURRICULARES............................................................646.16 TRABALHO COLETIVO.....................................................................656.17 PRÁTICA TRANSFORMADORA..........................................................666.18 O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO PEDAGÓGICO..........................................................................................68
7. MARCO OPERACIONAL..........................................................727.1 REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO..........................................................................................737.2 CONCEPÇÃO DE GESTÃO..................................................................75
4
7.3 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO...807.4 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR.............817.5 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS...........................................................................................837.6 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR E RAZÃO POR ESPECIFICIDADES.........................................837.7 INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS QUE EVADIRAM Á ESCOLA...................................................................................................857.8 PRÁTICAS AVALIATIVAS.....................................................................867.8.1 Registos Utilizados.........................................................................917.8.2 Atividades de Recuperação...........................................................927.9 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS..............................................927.9.1 Conselho Escolar............................................................................927.9.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários..................................937.9.3 Grêmio Estudantil..........................................................................93
8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA.................................................948.1 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA.....................................104
9. PROJETOS..........................................................................11110. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - BIÊNIO
2006/2007.........................................................................11211. ATA DE APROVAÇÃO.........................................................13912. PARECER DE APROVAÇÃO.................................................14013. RELAÇÃO NOMINAL DOS ENVOLVIDOS NA CONSTRUÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................144
5
APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico, é um documento construído no
coletivo, construção esta muito bem definida pela educadora Professora
Nilva de Oliveira Brito dos Santos quando afirma que:
“O projeto Político Pedagógico carrega uma intencionalidade a
construção da cidadania dos indivíduos e esta impõe que todas as partes
envolvidas estejam profundamente integradas na construção e vivência
dessa intencionalidade. Significa uma proposta Ético-Política, uma vez que
envolve valores no enfrentamento prático do dia a dia nas relações
existentes entre os diferentes atores sociais da escola”.
As grandes transformações sociais e os desafios enfrentados pela
sociedade atual são decorrentes da prática do passado, nem sempre
relacionadas ao respeito com o ser humano e muito menos para a
construção de sua dignidade enquanto cidadão, tais posturas conduziram
á necessidade de resgatar os valores morais, fazendo com que a própria
escola assuma uma posição muito forte quanto o direcionamento do
indivíduo que deseja formar.
Diante deste contexto, cabe á instituição educacional questionar e
reorientar o processo formativo de seus educandos, adequando sua
estrutura e também a prática ás novas exigências sociais, através de
debates que iniciaram nos grupos de estudos de formação descentralizada
dos profissionais da educação e pelo levantamento do perfil sócio-
econômico da comunidade, definindo assim quais serão as práticas
pedagógicas a serem utilizadas para garantir uma formação direcionada
para os valores estabelecidos por esta realidade. Para tanto, é necessário
que haja um referencial de Base para formalizar e orientar os caminhos a
serem percorridos, e que ao mesmo tempo sirva de “norte” para a
adequação da prática pedagógica.
6
1. INTRODUÇÃO
O presente Projeto Político-Pedagógico é uma proposta aberta e
flexível, constituindo-se em um conjunto de referências e análise da
realidade do Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio e Profissional de
Formosa do Oeste, objetivando a execução de práticas educativas de
qualidade que possam promover e ampliar as condições necessárias para
o desenvolvimento das relações éticas e morais que permeiam a
sociedade na qual estão inseridas. Nasceu da exigência legal da
implantação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9394/96 (L.D.B.E.N.) O teor da Presente Lei tem por escopo a autonomia
da comunidade escolar em definir sua identidade e o conjunto orientados
de princípios e normas que iluminem a ação pedagógica cotidiana.
Respeitando a pluralidade e diversidade da nossa comunidade, este
Projeto é uma proposta aberta, interativa, flexível, que poderá subsidiar o
corpo docente e discente, administrativo e pedagógico.
Diante de uma análise geral, a Escola é um pouco conservadora, nos
aspectos administrativos e pedagógicos, porém, o presente Projeto Político
Pedagógico pretende progressivamente avançar, aproveitando todas as
experiências positivas adquiridas e, através da construção desta proposta
coletiva, garantir:
- A escola como espaço de transmissão dos conhecimentos
historicamente produzidos.
- A interação comunidade-escola como espaço da valorização e
apreciação da cultura popular;
- A democratização das relações na escola;
- O desenvolvimento do trabalho coletivo na Escola;
- O estímulo a curiosidade e criatividade dos alunos;
- O resgate da identidade do educador.
Pretende-se ainda, com este projeto, contribuir para a permanência
e sucesso dos alunos na Escola, reconhecendo-os como sujeitos do
processo ensino-aprendizagem, contribuir com um ensino de qualidade,
estimular o educando como sujeito do fazer pedagógico, promover o
7
conhecimento como condição de formação do sujeito crítico, criativo e
autônomo.
Entende-se, ainda que com este Projeto, possa contribuir na
formação do ser humano livre para o exercício de sua cidadania, que irá
colaborar para o fortalecimento da democracia nas relações humanas e na
formação de uma sociedade mais justa.
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO
O Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio e Profissional -
código 00330, está situado à Avenida Goiânia n.º 670, no Município e
Comarca de Formosa o Oeste - código 0820, Estado do Paraná, Fone/Fax
0xx(44) 3526-1992 – E-MAIL: [email protected] - CEP.:
85.830-000, CGC.: 76592468/0001/84.
Esta instituição é mantida pelo Governo do Estado do Paraná.
Pertence ao Núcleo Regional de Educação de Assis Chateaubriand -
código 04, Estado do Paraná.
A distância do Colégio com o Núcleo Regional de Educação é de 30
Km.
1.1.1 Atos Oficiais
Ato de Autorização do Colégio Estadual Rui Barbosa - Decreto nº
1345/79 – DOE: 26/10/79;
Ato de Reconhecimento do Colégio Estadual Rui Barbosa –
Resolução nº 69/82 – DOE: 27/01/82;
Renovação de Reconhecimento do Ensino Médio – Resolução nº
2401/90 de 27/08/90;
Parecer do Núcleo Regional de Educação da Aprovação do
Regimento Escolar – nº 058 de 12/11/04 - Ato 113/2004.
1.1.2 Atos Oficiais do Quadro Administrativo
8
Diretor Professor José Machado Santana – Resolução 058/06 D.O.E.
de 16/01/06.
Secretária: Maria Rita Vieira de Souza – Resolução 00202/06
D.O.E. de 10/03/06.
1.2 HISTÓRICO
1.2.1 Inventário da Escola
O Município de Formosa do Oeste foi fundado no ano de 1960 e até
o ano de 1970, não existia escola de 2º Grau.
Pertencia a 52ª Inspetoria Regional do Ensino de Goioêre, onde existia a
Escola Normal Colegial Rita Ana de Cássia, cuja Diretora era a professora
Idalina Tavares Barreiro.
O prefeito Municipal, Sr. Walter Moreira Braga, a pedido da
comunidade, através da Secretaria de Educação e do Inspetor Regional de
Ensino, conseguiu a extensão da Escola e com a colaboração da Diretora
que se prontificou e providenciou a instalação imediata da extensão, no
início do ano de 1971, indicando para responder pela direção a professora
Natalina Comeli Curuca, que respondeu pela direção até meados de 1974.
Sendo indicada a professora Célia Margarida Scarpelli Bonini, que
respondeu pela direção da extensão até o final do ano de 1976.
Passando a responder pela extensão a professora Luiza da Silva em
1977, até o final do ano de 1978, já na administração do prefeito Sr.
Antonio Fregulia que juntamente com a comunidade, autoridades políticas
e educacionais, reivindicaram a possibilidade de uma escola de 2ª grau.
A professora Izaura Bernardo Martins, a pedido do Sr. Prefeito
Municipal, se propôs a organizar uma pesquisa com os alunos das 8ª
séries e outros que já haviam concluído o curso Ginasial. Através da
pesquisa comprovou a aspiração dos jovens em dar continuidade em seus
estudos em uma escola que ofertasse curso com outras habilitações de 2º
Grau profissionalizante. A professora Izaura, com o apoio do Sr. Prefeito,
organizaram a documentação preliminar, solicitada pela Secretaria de
Educação, para o funcionamento da Escola de 2ª Grau, enviando à
9
Secretaria de Educação e Cultura, para análise. Após analisado a
documentação, chegou a convocação para os professores: Izaura
Bernardes Martins, Beatriz Mendes Valeriano e Ademar Renato Martinasso,
para uma reunião em Curitiba sobre a implantação da Escola de 2ª Grau
para Formosa do Oeste. Já com a autorização de funcionamento no início
do ano de 1979, criado pelo Decreto n.º 1.345, de 24/10/1979, Processo
n.º 299/79 que aprovou o Projeto de Implantação do Ensino de 2º Grau.
Pelo Parecer 149/79 e Processo 299/79 determinou que fosse desativado
gradativamente da Extensão da Escola Rita Ana de Cássia de Goioêre, sob
o regime da Lei 4024/61.
O Colégio implantado denominou-se Colégio Castelo Branco,
mantido pelo Governo do Estado, com três habilitações: uma auxiliar e
duas plenas, com direito a diploma: o Magistério, o Técnico em
Contabilidade, este com registro no C.R.C. e Habilitação Básica em Saúde
com certificado.
Todos iniciaram as 1ª séries a partir do início do ano letivo de 1979,
cujas habilitações foram Magistério e Técnico em Contabilidade, foram
reconhecidas pela Resolução n.º 69/82, em função do artigo anterior
denominou-se Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino de 1º e 2º Graus de
Formosa do Oeste. Pelo Decreto n.º 1.345 ficou autorizado o
funcionamento nos termos da Lei Vigente o Complexo escolar Elvira
Messias Ensino de 1º e 2º Graus, resultante da reorganização do Ginásio
Estadual Antonio Franco Ferreira da Costa, e do Grupo Escolar Rui
Barbosa. Com existência regular anterior a implantação do Ensino de 2º
Grau, nas dependências do Grupo Escolar, ambos no mesmo município,
que com a implantação do 2º Grau passou a denominar-se Colégio
Estadual Rui Barbosa – Ensino de 1º e 2º Graus, hoje Escola Municipal
Nilza de Oliveira Pipino. O Complexo Escolar Professora Elvira Messias –
Ensino de 1º e 2º Graus, pela Resolução n.º 2.051/83, determinou a
denominação em toda documentação escolar.
1
Em se tratando do Curso Básico em Saúde autorizado em 26/10/79,
reconhecido em 27/01/82, desativado em 17/07/85, em função da
Implantação do Curso Propedêutico autorizado em 17/03/86 em
reconhecimento em 12/09/90.
Em 13/01/82, foi homologado um Parecer para o Curso Técnico em
Contabilidade 4 séries reconhecido em 27/10/82.
No Curso de Magistério, a reorganização da grade curricular em 4
anos foi conforme Resolução 3.739/90 e 5.390/93, de 30/09/93.
Em 1995 por iniciativa da diretora professora Isabel de Souza
Pereira Tondo, reuniu os professores e alunos e apresentou a idéia de criar
a Bandeira, o Símbolo do Colégio com o objetivo de representar a
comunidade escolar nos eventos em que se fizer presente.
A professora de Educação Artística, professora Tereza Águeda Zilio,
desenvolveu um trabalho com os alunos através do desenho usando a
criatividade artística. Os trabalhos foram selecionados e postos em
votação pelos alunos e professores, foi escolhido o trabalho elaborado
pelo aluno Luciano dos Santos Azevedo, que destacou dentre outros
elementos da Bandeira, a agricultura de nossa região e o elo de ligação de
toda comunidade social escolar.
A Bandeira foi confeccionada no mês de novembro de 1996, na
gestão da diretora eleita, professora Tereza Biló Gonçalves.
Em se tratando das diretoras da Escola, a fundadora do Colégio a
professora Izaura Bernardo Martins, foi a primeira Diretora tomou posse no
início do ano de 1979; permanecendo no cargo de diretora até o mês de
agosto de 1983.
Quando foi instituído pelo Governo de Estado, o regime democrático
a escolha do diretor através do voto, pela comunidade escolar, para o
período de dois anos.
Foi eleita a professora Célia Margarida Scarpelli Bonini que após dois
anos de mandatos, foi reeleita, e permaneceu na direção por quatro anos,
até o final de 1987.
Foi eleita a professora Terezinha Lavagnolli Gianini que assumiu a
direção no início do ano de 1988 e foi reeleita ficando na direção até o
1
final de julho de 1993. Foi sucedida pela professora eleita Isabel de Souza
Pereira Tondo, que dirigiu a escola por dois anos, iniciou em agosto de
1993 até o final de 1995. Concorreu e foi eleita a professora Tereza Biló
Gonçalves, por dois anos, até 1997, que no final do ano concorreu e foi
reeleita por mais três anos de mandato até o ano 2000.
O professor José Machado Santana foi eleito diretor no período de
2001 á 2003, reeleito para o período 2003-2005 e mais uma vez reeleito
para o período 2006-2007.
O Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio e Profissional é
marcado por características de uma Escola que acompanha as mudanças
do Sistema Educacional, objetivando propiciar à escolar uma maior
integração sócio-cultural.
1.2.2 Perfil da Comunidade Escolar
No Colégio Estadual. Rui Barbosa – Ensino Médio e Profissional de
Formosa do Oeste, o perfil da comunidade escolar, no período noturno é
formada por estudantes trabalhadores da camada sócio-econômica média
e baixa e predominantemente da zona rural e exercem atividades
agropecuárias diversificadas. Os alunos que residem na zona urbana
trabalham nas pequenas e médias empresas do município.
Os estudantes que freqüentam o Colégio no período diurno possuem
as mesmas características sócio-econômica já citadas, alguns trabalham
meio expediente e a faixa etária é variável.
A formação étnica é oriunda de vários estados do Brasil,
predominando os nordestinos e sulistas.
Buscamos uma educação que forme cidadãos conscientes de seus
direitos e deveres tendo uma visão crítica da realidade em que vive,
proporcionando a comunidade escolar, condições necessárias para um
ensino de qualidade, provendo-lhes os conhecimentos necessários para
ativa participação na vida social, política, econômica e cultural do país.
Neste ano de 2006, oferecemos aos jovens egressos do ensino
médio, o curso profissionalizante Técnico em Administração, atendendo as
1
expectativas dos estudantes da zona rural e urbana que, sem
oportunidade de freqüentar o Curso Superior, mostraram-se receptivos ao
Curso que vem oferecer subsídios de acordo com suas necessidades e
interesses. São alunos da camada sócio econômica média e baixa que
procuram cada vez mais rever e aprofundar seus conhecimentos.
1.2.3 Patrono
RUI BARBOSA
Nascimento: 05/11/1849 – Salvador – Estado da Bahia
Falecimento: 01/03/1923 – Petrópolis – Estado do Rio de Janeiro
DADOS PRINCIPAIS:
Jurisconsulto, escritor, parlamentar, estadista, cujo nome completo
era Rui Barbosa de Oliveira (1849-1923). Nascido em Salvador (BA),
morreu em Petrópolis (RJ). Estudou no Ginásio Baiano e depois na
Faculdade de Direito do Recife (entretanto, formou-se pela Faculdade de
Direito de São Paulo, em 1870). Era ainda estudante quando iniciou suas
atividades de jornalista, redigindo artigos em prol da Abolição em “O
Radical Paulistano”, e, depois de formado, foi redator do Diário da Bahia.
Deputado pela Bahia de 1878 a 1884, foi dos mais ardorosos defensores
do sufrágio direito (aprovado em 1880), das reformas do ensino e
sobretudo da libertação dos escravos, tendo sido o redator do projeto que,
entre outras coisas, propunha a libertação incondicional dos sexagenários.
Conselheiro do Império por designação de D. Pedro II; diretor do Diário de
Notícias em 1889; ministro da fazenda do primeiro Governo Provisório da
República, do qual também foi vice chefe (salientou-se então na
elaboração de várias medidas importantes, entre as quais a declaração de
liberdade para todos os cultos religiosos e a separação da Igreja do
Estado, com o que se regulamentou o registro e o casamento civil), revisor
do Projeto da Constituição de 1891; senador em 1890, encarregado de
elaborar o parecer sobre o Projeto do Código Civil Brasileiro suscitou vivas
1
controvérsias, sobretudo com o Professor Ernesto Carneiro Ribeiro, que
publicou um opúsculo de críticas à redação do Código feita por Rui
Barbosa: em resposta a essas críticas este publicou sua depois famosa
Réplica; diretor do Jornal do Brasil em 1893 (desenvolveu na ocasião
intensa oposição ao Governo de Floriano Peixoto: implicou na Revolta da
Armada, exilou-se em Buenos Aires e depois em Londres: foi então
correspondente do Jornal do comércio, em que publicou as célebres Cartas
da Inglaterra); regressou ao Brasil em 1895; em 1907 chefiou a delegação
do Brasil à Segunda Conferência da Paz, reunida em Haia (granjeou ali
fama universal, tendo sido cognominado “Águia de Haia”); candidato à
presidência da República em 1910 e em 1919, membro e presidente da
Academia Brasileira de Letras, publicou inúmeras memórias jurídicas,
política e sociais, consagrando-se, pela pureza da linguagem e perfeição
estilística como um dos maiores clássicos da língua portuguesa.
Entre outras obras, publicou: Castro Alves (1881); O Marquês de
Pombal (1882); Reforma do Ensino Secundário Superior (1882); Reforma
do Ensino Primário (1883); A Emancipação dos Escravos (1884); José
Bonifácio (1887); Relatório pelo Ministro e Secretário de Estado dos
Negócios da Fazenda (1891, ainda hoje considerado peça fundamental
para o estudo da História Financeira do Brasil); Finanças e Políticas da
República (1892) Cartas da Inglaterra (1893); O Partido Republicano
Conservador (1897); Parecer sobre a Redação do Projeto de Código Civil
Brasileiro (1903); Projeto de Norte (1904); A Transação do Acre no
Tratado de Petrópolis (1906); Discursos e Conferências (1907); Contra o
Militarismo – Campanha Eleitoral de 1909 a 1910 (02 volumes, 1910);
Memórias sobre a Eleição Presidencial (1911); Oswaldo Cruz (1917);
Páginas Literárias (1918); Oração aos Moços (1920); Campanha
Presidencial (1921); Queda do Império (02 volumes, 1921); Obras
Póstumas: Oração do Apóstolo (1923); A Grande Guerra (1932); Ditadura e
República (1932); Correspondência (corrigida, revista e comentada por
Homero Pires, 1933); Divórcio e Anarquia (1933). Traduções: O Papa e o
Concílio de Janus, com uma introdução de sua autoria (1877); Lições de
Coisas, de Clakins (1886).
1
Atividades Jornalísticas: além de redator de O Radical Paulistano. O
Ipiranga e Imprensa Acadêmica nos seus tempos de estudante em São
Paulo, escreveu para os seguintes jornais: Diário da Bahia, Órgão do
Partido Liberal (1872 a 1878); Liga do Ensino, Mensário (1884); O País
(1884 a 1897); Jornal do Brasil (1893); Diário de Notícias (1889); A
Imprensa, diária em que durante três anos combateu vigorosamente o
Governo de Campos Sales (1898 a 1901); entre 1894 a 1895 enviou de
Londres colaboração para o Jornal do Comércio; entre as publicações
esparsas, destaca-se na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, Suplemento
Literário de 28/02/1886, a sua composição poética: Canto Noturno de um
Pastor Arredio na Ásia. Em 1942 começou o Governo Brasileiro a edição
sistemática das obras completas de Rui Barbosa, que somarão, quando
prontas, cerca de 200 volumes. Para amplas pesquisas sobre Rui Barbosa
recomendam-se as seguintes obras: Augusto Frederico Schimidt: Rui
Barbosa, Defensor do Homem (1941); Cândido Mota Filho: Rui Barbosa,
Esses Desconhecido (1942); Ernesto Leme: Rui e a Questão Social;
Gladstone Chaves de Melo: A Língua e o Estilo de Rui Barbosa; João
Mangabeira: Rui, o Estadista da República (3. ed., 1960); João Neves da
Fontoura: Rui Barbosa, Orador (1960); Laudelino Freire: Rui, Subsídios
para o estudo de sua vida e obra (1937); Luís Viana Filho: A vida de Rui
Barbosa; Mário de Lima Barbosa: Rui Barbosa na Política e na História;
Moniz Sodré: Rui Barbosa Perante a História (1919). (Educ. Mor. e Civ.).
No calendário cívico brasileiro o dia do seu nascimento, 05 de novembro, é
o “Dia da Cultura Nacional”.
1.3 ESPAÇO FÍSICO E EQUIPAMENTOS
A) Números de ambientes pedagógicos: “salas de aula, laboratórios,
coordenação e sala dos professores”:
16 Salas de aula
01 Laboratório de Informática (42 cadeiras para digitar, 11 mesas para
microcomputador, 01 antena sate TxILRx Off e 01 aparelho SKYB laster
sem antena).
1
01 Sala para professores.
B) Área destinada a ambientes pedagógicos:
01 Sala para Equipe pedagógica: 50M2.
C) Ambiente Administrativo:
01 Sala para Direção
01 Espaço destinada para a Secretaria 50 m2.
D) Biblioteca:
01 Sala de 112 m2 com aproximadamente 11 mesas;
44 Cadeiras Tubular
01 Televisor 20 Polegadas
02 Vídeos
01 Máquina fotocopiadora
01 Parabólica Digital
02 Computadores com impressoras
E) Complexo higiênico sanitário “número de banheiros masculinos e
femininos para o corpo discente, número de banheiros para funcionários”:
07 Banheiros para o corpo discente masculino;
07 Banheiros para o corpo discente feminino;
01 Banheiro para funcionários masculino;
01 Banheiro para funcionários Feminino;
F) Bebedouros:
01 Bebedouro com 5 (cinco) torneiras.
G) Linhas de acesso á rede internacional de informações:
01 Linha
H) Infra-Estrutura de acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades
especiais:
1
A escola possui área adaptada
I ) Equipamentos de Informática:
04 Computadores em outras dependências;
11 Computadores ligados a internet;
05 Impressoras
J) Instalação e Material de Apoio:
01 Sala Multiuso com 50 m2 equipada com uma TV 20 Polegadas e 01
Vídeo Cassete;
01 TV com Vídeo Cassete adaptadas para sala de aula;
02 Retro Projetores;
02 Aparelhos de som.
1.4 BIBLIOTECA
1.4.1 Acervo Bibliográfico
(O acervo Bibliográfico encontra-se em anexo.)
1.5 QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
1.5.1 Setor Administrativo
Nº NOME FUNÇÃO GRAU DE
INSTRUÇÃO
CH
01 José Machado Santana Diretor Superior com Pós-
Graduação
40
02 Maria Rita Vieira de
Souza
Secretária Superior 40
1
1.5.2 Pedagogos
Nº NOME FUNÇÃO GRAU DE
INSTRUÇÃO
C
H
01 Beatriz Mendes Valeriano Professor Pedagogo
Superior com Pós-Graduação
20
02 Célia Margarida Scarpelli Bonini
Professor Pedagogo
Superior com Pós-Graduação
20
03 Célia Rodrigues Pereira Professor Pedagogo
Superior com Pós-Graduação
40
04 Marlene Bontempo Fazolini Profª Disciplinas Técnicas
Superior com Pós-Graduação
20
1.5.3 Setor Pedagógico: Docentes
Nº NOME FUNÇÃO
GRAU DE INSTRUÇÃO
01 Adelaide Aparecida Donega
Professor
Superior com Pós-Graduação
02 José Diogo Gomes Professor
Superior com Pós-Graduação
03 João Batista Caíres Professor
Superior com Pós-Graduação
04 Lucimar Antonio Ramos Professor
Superior com Pós-Graduação
05 Marli Pedro de Oliveira Professor
Superior com Pós-Graduação
06 Narciza Ermelinda Pedra Professor
Superior com Pós-Graduação
07 Nélida Mara Guerreiro Professor
Superior com Pós-Graduação
08 Neusa Maria Jorge Yatsu Professor
Superior com Pós-Graduação
09 Sérgio Schimidt de Souza Professor
Superior com Pós-Graduação
10 Sheila da Guia Schneider Professor
Superior com Pós-Graduação
11 Tereza Biló Gonçalves Professo Superior com Pós-Graduação
1
r
12 Terezinha Giomo Catuzzo Professor
Superior com Pós-Graduação
13 Vera Lúcia Varaschim Cenci
Professor
Superior com Pós-Graduação
14 Sandra Aparecida de Lima
Professor
Acadêmica
15 Gilberto Francisco Decarli Professor
Superior com Pós-Graduação
16 Luiz Carlos Domingos de Aguiar
Superior
17 Wensley Mendes Valeriano
Professor
Superior com Pós-Graduação
18 Neide Prandini Cardoso de Oliveira
Professor
Superior com Pós-Graduação
19 Alcioneide Piovan Caretta Profesor Superior com Pós-Graduação
20 Juvenal Marques Mendonça
Professor
Acadêmico
21 Margaret Panini Professor
Superior com Pós-Graduação
22 Maryneide de Souza Pinto
Professor
Superior com Pós-Gradação
23 Claudinéia de Oliveira Basseto
Professor
Superior Com pós-Graduação
24 Alex Sandro Rodrigues Brito
Professor
Superior
25 Marlene Bontempo Fazoline
Professor
Superior com Pós-Graduação
26 Adilson Rubens Gerevini Professor
Superior com Pós-Graduação
27 Sandra Malagute Professor
Superior com Pós-Graduação
28 Demilto Sperandio Cott Professor
Superior com Pós-Graduação
1
1.5.4 Setor Funcional
Nº NOME FUNÇÃO GRAU DE INSTRUÇÃO
CH
01 Jefferson Joaquim de Souza Assistente Administrativo
Superior Incompleto
(Cursando)
20
02 Carlos Roberto Paim Martins Assistente Administrativo
Superior 40
03 Jocilaine Conceição M. P. Valeriano
Assistente Administrativo
Superior 40
04 Alice Ribeiro Cesnick Auxiliar deServiços Gerais
Superior 40
05 Irnice Mateus Gomes dos Santos
Auxiliar deServiços Gerais
2º Grau 40
06 Maria Alice Gonçalves de Araujo
Auxiliar deServiços Gerais
2º Grau 40
07 Maria de Lourdes Mendes Auxiliar deServiços Gerais
2º Grau 40
08 Terezinha Maria da Silva Auxiliar deServiços Gerais
2º Grau 40
09 Orlanda Regina Pinto Auxiliar deServiços Gerais
2º Grau 20
10 Clarice Bássiga Thomazini Auxiliar deServiços Gerais
2º Grau 20
2
1.5.5 Setor Discente – Distribuição das Turmas
População Escolar do Colégio Estadual Rui Barbosa- Ensino Médio e
Profissional.
PERÍODO MATUTINO – ENDINO MÉDIO
SÉRIES N.º DE ALUNOS
1º A 38
1º B 39
1º C 35
2º A 35
2º B 37
3º A 26
3º B 27
TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO 237
PERÍODO NOTURNO – ENSINO MÉDIO
SÉRIES N.º DE ALUNOS
1º D 33
1º E 35
2º C 30
3º C 33
3º D 28
TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO 159
PERÍODO NOTURNO – ENSINO PROFISSIONALIZANTE
SÉRIES Nº DE ALUNOS
1º A 34
2º A 30
2º B 22
TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO 86
TOTAL GERAL DE ALUNOS 482
1.5.6 Mapa demonstrativo de matrículas 2006
2
PERÍODO MATUTINO – ENDINO MÉDIO
SÉRIES N.º DE ALUNOS
1º A 38
1º B 39
1º C 35
2º A 35
2º B 37
3º A 26
3º B 27
TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO 237
PERÍODO NOTURNO – ENSINO MÉDIO
SÉRIES N.º DE ALUNOS
1º D 33
1º E 35
2º C 30
3º C 33
3º D 28
TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO 159
PERÍODO NOTURNO – ENSINO PROFISSIONALIZANTE
SÉRIES Nº DE ALUNOS
1º A 34
2º A 30
2º B 22
TOTAL DE ALUNOS NO PERÍODO 86
TOTAL GERAL DE ALUNOS 482
1.6 DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO DA COMUNIDADE
1.6.1 Caracterização da População
O Colégio Estadual Rui Barbosa atende a uma população de nível
sócio econômico média/baixa, formada predominantemente por jovens, e
em menor número, adultos de classe popular, filhos de trabalhadores
assalariados que produzem a vida de forma precária, por conta própria, do
campo e da cidade, com particularidades socioculturais e étnicas.
Refletem a tendência da evasão do homem do campa para a zona
urbana, tendo dentre seus 482 alunos matriculados, a predominância em
59% de origem urbana e mantendo 41% de alunos residentes na zona
rural.
2
A população escolar distribui-se em dois turnos, atendendo 237
alunos no turno matutino e 245 alunos no turno noturno.
O baixo poder aquisitivo da maioria das famílias, juntamente com o
alto nível de desemprego no país e no município, seguido de famílias
numerosas, desenvolve um elevado grau de descrença íntima motivando
a inconstância e desmotivação da permanência dos estudantes na escola.
Fato este que ocorre devido á maioria destes terem que ajudar no
orçamento doméstico, mesmo que com trabalhos pequenos de pouco
rendimento, que ás vezes torna-se a única fonte de renda da família.
Quando nesta situação aceitam atividades profissionais, sem vínculo
empregatício no horário oposto de seus estudos contribuindo assim, para
a elevação do número de evasão escolar e repetência, acarretando
prejuízo e desânimo no avanço da aquisição do saber.
Nesta perspectiva, a socialização do saber deverá contribuir para
superar os problemas sociais, alertando os responsáveis quanto a
importância e o compromisso em relação á participação e
acompanhamento escolar do estudante.
A função social da escola no contexto contemporâneo é contribuir
para a formação do cidadão crítico que seja capaz de refletir, de agir e de
criar outras formas de produção da vida, dar continuidade aos seus
estudos e ingressar no mundo do trabalho.
Dentro deste perfil social, se encaixam também aquelas pessoas
que já concluíram o Ensino Médio, e que por fatores sociais e econômicos
não conseguiram ingressar e dar continuidade aos seus estudos em nível
de 3º grau e muito menos ter acesso á qualificação profissional para
entrar no mercado de trabalho. Pensando neste público no ano de 2005, o
colégio Estadual Rui Barbosa fez uma solicitação junto a SEED (Secretaria
de Estado da Educação) para a implantação de uma nova modalidade de
Ensino, que foi autorizada, porém o Decreto de autorização está em
andamento. A proposto do novo Curso seria para atender estas pessoas e
também a necessidade do comércio local. O Curso Técnico Subsequente
em Administração foi implantado no período noturno, trazendo novas
expectativas e esperanças profissionais para a comunidade. É importante
2
salientar que o curso atende não só aos moradores da zona urbana, como
também da zona rural. O regresso ás salas de aulas, com conteúdo
específico voltado para a prática profissional reverte a estatística
levantada no período diurno e noturno, quanto a assiduidade, dedicação e
busca pelo saber, está influenciando positivamente a nossa realidade.
Não suficiente apenas analisar o fenômeno educativo do contexto
social, ma é preciso saber organizar o processo ensino - aprendizagem de
acordo com as expectativas vislumbradas na pesquisa onde se buscou
delinear o perfil do aluno e do meio onde ele está inserido.
No que se refere a avaliação, a Secretaria do Estado de Educação do
Paraná (SEED), Núcleos Regionais de Educação (NREs) dos municípios e
educadores da rede estadual de educação, há muito estão em estudos e
pesquisas para o melhor processo avaliativo. São realizados encontros
semestrais para estudos, seminários, provocando debates, leitura de
textos pedagógicos, oferecendo espaço para relatos de experiência com
bons resultados. O processo avaliativo está amadurecendo no meio
escolar, acompanhando as contínuas mudanças que ocorrem num mundo
globalizado real.
Neste processo a escola terá como mais uma de suas funções
primordiais harmonizar a comunidade em seu contexto familiar
desenvolvendo projetos inovadores como estímulo na participação dos
pais no processo educacional de seus filhos.
Quanto ao perfil social das famílias, apresentam os seguintes
dados:
• Quanto á composição familiar por quantidade de pessoas, constata-se
que as famílias em sua maioria são compostas de três a cinco
membros, onde grande o ganho em sua maioria de 1 á 2 salários
mínimos.
• Quanto á moradia, 65% possuem casa própria, 22% moram em casa de
aluguel e 13% por convenção
• Os benefícios residenciais também são pontos a serem observados pois
47% possui rede elétrica e 30% possui coleta periódica de lixo, o
município não possui rede de esgoto.
2
• Ao observar a história do desenvolvimento do local em que este
Estabelecimento de Ensino se localiza, comprova-se que o mesmo está
bem centralizado, as informações comprovam a satisfação dos seus
moradores, considerando ótima a localização da escola, para os alunos,
sendo também o maior colégio eleitoral.
• Quanto a questão profissional e escolaridade das famílias de nossos
alunos fica bem destacada a diversidade de trabalho entre os sexos
masculino e feminino, oferecendo-nos um delineamento interessante:
65% dos homens (pais) desenvolvem atividade profissional agrícola,
15% estão aposentados, 20% desenvolvem atividades profissional
como autônomos. O nível de escolaridade dos pais também é bastante
diferenciado. 16% cursaram o Ensino Fundamental e 63% estão com o
curso incompleto. No Ensino Médio, 16% concluíram o curso e 3% não.
Encontram 1% de graduados e 1% de graduandos, 1% de técnico
profissional, e os 6% restantes se dizem analfabetos.
• Já com as mulheres (mães), desenvolvem atividades em casa (Do Lar),
algumas são empregadas domésticas, costureiras, auxiliares de
serviços gerais, professoras. O nível de escolaridade se apresenta do
seguinte modo: 15% o Ensino Fundamental completo e 60%
incompleto, 8% com Ensino Médio completo e 8% incompleto, 0,9%
com graduação completa e 1% imcompleta, 1% com curso técnico
profissional, 7% consideram analfabetos. Os índices de escolaridade
tanto dos pais como mães, apontam uma necessidade de desenvolver
uma atividade em separado com os mesmos, considerando que o
índice dos que se “consideram” analfabetos é um pouco elevado, em
se comparar com os programas de alfabetização que são oferecidos a
este público e é de fácil acesso. Trata-se de famílias estruturadas, mas
que sofrem problemas no que se refere ao item de emprego devido ao
baixo nível de escolaridade, sendo um dado importante que revela a
preocupação que a comunidade hoje tem em relação á formação
educacional de seus filhos. A família deveria estar presente em todos
os momentos da vida do educando e principalmente no contexto
escolar.
2
• Com limitado poder aquisitivo, mas dentro da realidade nacional, 58%
dos alunos continuaram estudando e trabalhando após o término de
seus estudos, 23% pretendem só estudar e 19% só desenvolver uma
atividade profissional.
• Constatou-se que 85% dos alunos estão satisfeitos com a escola e
afirmam que a mesma é de boa qualidade. Destacaram também como
ponto positivo os projetos que são desenvolvidos, ficando evidenciado
os projetos: Agenda 21 - Preservar para transformar (SEED), Horta
orgânica( em estufa) e Jardinagem.
• Na Pesquisa existem reivindicações no que se refere a melhorias nas
instalações, na manutenção e limpeza, melhoria do acervo da
biblioteca, disciplina e mais cursos direcionados a profissionalização.
• No item sobre informática confirmamos como o colégio está cumprindo
com seu papel, pois já é realidade este laboratório faltando somente
demanda específica outorizada pela SEED e fixada na matriz curricular.
• Entende-se assim que a função da escola é antes de qualquer coisa,
corresponde ás esperanças que sua comunidade nela deposita,
partindo da realidade de seus alunos, incrementando-a com o saber
científico estabelecido e a ela retornando de forma transformada.
Assim, o ponto de partida e de chegada do fazer escola é o contexto do
aluno.
• As dificuldades nas disciplinas são de 62%, um percentual bastante alto
em vista ás 800 horas/aula e 200 dias letivos oferecidos para o
processo do ensino e aprendizagem. Os 12% que se apresentam com
déficit de atenção também é um fato importante devido á idade
cronológica dos alunos e do alto nível de reprovação por conta desta,
revela-se como mais uma questão a ser estudada e debatida entre a
comunidade escolar. É outra função primordial da escola, voltar-se
sobre si mesma e tentar refletir sobre suas práticas pedagógicas, na
busca de melhor qualidade.
• A função da escola é conhecer seus alunos, responder positivamente as
suas esperanças, ansiedades e voltar-se a ele.
2
• Sobre as disciplinas oferecidas no ensino médico e profissionalizante,
achamos de grande importância destacar a dificuldade em que os
alunos reconhecem encontrar.]
• No curso técnico subsequente foi levantado que 42% dos cursistas tem,
11% dizem que as disciplinas não condizem com a realidade e 10% não
encontraram nenhuma dificuldade nas matérias, 25% não responderam
e 12% afirmam Ter dificuldade de concentração.
• No Ensino médio, período Matutino, 70% dizem ter dificuldade em
alguma matéria. Quanto á concentração, 21% apresentam dificuldades
e 2% acham que as disciplinas não condizem com a realidade.
• Não houve muita diferença do percentual de dificuldade no ensino
médio noturno, onde 63% tem dificuldade nas matérias, 29% com
dificuldade de concentração e 4% relatam que as disciplinas não
condizem com sua realidade.
• A participação dos pais ou responsáveis nas atividades escolares é de
suma importância, mas motivos fomos pesquisar e registramos que
36% gostam de acompanhar constantemente o rendimento escolar de
seus filhos, 25% tem um certo grau de interesse pelar atividades de
seus filhos e 13% só se manifestam quando convidados. As famílias que
não participam devido algum motivo não relatado foi de 22% e 4% não
responderam.
• Ainda tomando a escola com integrante, mas única responsável pelo
processo educativo como um todo, tentou-se incentivar a participação
dos pais na escola perguntando qual a atividade que a escola poderia
desenvolver para que participassem e 62% revelou que poderiam
ajudar nas atividades da cozinha, 2% não souberam responder, 1% no
esporte e 26% não opinaram.
• Outra solicitação presente na pesquisa refere-se ás atividades que não
constam no calendário escolar como: festas, atividades esportivas e
atividades culturais. A comunidade escolar vê a escola como centro de
seu lazer.
• Este resultado confirma uma reclamação antiga de professores e corpo
administrativo. Uma grande parte dos pais remetem seus filhos á
2
escola, mas não acompanham a vida escolar deles. A escola parece ser
um território no qual grande parte dos pais passam a responsabilidade
da formação a professores, equipe pedagógica e corpo administrativo
tornando-se um sério problema pois a pouca participação dos pais na
vida escolar de seus filhos cria um obstáculo de difícil transposição,
principalmente aos professores, quando estes se vêem em situações
que exigem que sejam estabelecidos e reforçados contratos e parcerias
entre a família e escola as superação das dificuldades que vão surgindo
ao longo do processo.
• A indisponibilidade de horário sempre justificada para a ausência dos
pais no encontros com os professores para esclarecimento do processo
ensino aprendizagem de seus filhos e também nas atividades culturais
programadas para a comunidade, traz prejuízo no objetivo primordial
que é a formação de uma escola ativa, participativa, colaboradora na
sociedade que está inserida.
2
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa –
Ensino Médio e Profissional tem como objetivo melhorar a qualidade da
educação de forma a promover uma formação integral do indivíduo,
buscando estratégias para que desenvolvam a criticidade que emana do
pensamento reflexivo, bem como garantir o acesso, a permanência e o
sucesso do aluno na escola.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Proporcionar a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e
técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de
comunicação.
• Desenvolver a educação profissional no nível técnico e humanizado;
• Incentivar a colaboração com o poder público na solução dos
problemas locais, objetivando o desenvolvimento da comunidade;
• Promover a reflexão sobre as diversas áreas do conhecimento, dos
problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais,
prestar serviços á comunidade e estabelecer com esta uma relação de
reciprocidade.
• Solicitar e viabilização da formação continuada dos profissionais da
educação em parceria com a mantenedora;
• Contribuir para tornar a Agenda 21 Escolar, uma prática efetiva na
escola;
• Garantir o ensino da história e da cultura afro-brasileiras e africanas
interdisciplinarmente;
2
3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
Para Nortear as tomadas de decisões desta proposta efetuou-se
pesquisa na qual se pretendeu delinear o perfil do aluno, do professor e da
equipe pedagógica deste estabelecimento. Este será o nosso norte. A
partir dele delinear-se-á a ação da escola, seus rumos, objetivos,
sistematizações contínuas e reflexivas no processo educativo, com vistas
á formação do cidadão participativo.
O ponto comum na discussão da comunidade foi que a escola deve
propiciar oportunidades para que o aluno seja valorizado na sua
individualidade como agente potencial e autônomo do conhecimento ,
como capacidade de construí-lo e construir-se através de atos reflexivos e
contínuos. Tais objetivos será alcançados pelo estímulo e abertura da
escola, ás iniciativas nas quais os sujeitos do conhecimento (aluno e
professor), possam exercitar uma postura autônoma frente a ele,
percebendo-se como sujeitos que aprendem constantemente.
Para que a prática escolar possa realizar-se dentro destes
pressupostos faz-se necessário que os professores tenham perfis que
correspondam ao aluno que se pretende formar. Assim como o aluno, o
professor é um agente de conhecimento em contínua formação. Deve ter
por princípio fundamental uma prática pedagógica embasada em
conhecimento científico, voltada para a interdisciplinalidade, a
contextualização, a sensibilidade, a solidariedade no trato com os alunos,
respeito á heterogeneidade, que seja estimulador e mediador do
conhecimento autônomo e a capacidade reflexiva do aluno para que este
alcance a formação do pensamento crítico e independente.
Estas perspectivas de aluno e professor, de comunidade que gera
seu próprio fazer histórico, só poderão realizar-se dentro de um ambiente
escolar, que privilegie a prática da democracia que é a condição essencial
para que se alcance a verdadeira promoção de uma política educativa
3
voltada para a busca da solução dos reais problemas da comunidade
escolar.
Embasados no conhecimento de que o homem é um ser social que
se individualiza, a prática filosófica deverá ser o exercício constante de
todo indivíduo, como objetivo comum do seu desenvolvimento integral.
A ação da escola sendo sistematizadora do saber deverá permitir
que este desenvolvimento se faça de forma democrática e agradável e
responsável entre os agentes do processo educativo ao possibilitar a
transformação da sociedade, por meio da educação permanente e á
inserção no mundo do trabalho.
3
4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A escola como espaço democrático e privilegiado do saber, a partir
dos pressupostos da nova Lei de Diretrizes e Bases, vem incorporar um
novo paradigma no qual o centro é o direito de aprender. Esta nova visão
tem seus princípios descritos no Art. 3º e na Constituição Federal o Art.
206, no que se refere ás bases do ensino:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber;
III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V – Valorização dos profissionais do ensino, garantidos na forma
da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso
salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso
público de provas e títulos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº19, de 04/06/1998).
VI – Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII – Garantia de padrão de qualidade. (Constituição Federal,
1988).
Art. 3º
I – Igualdade de condições de acesso e permanência na escola;
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV – Respeito á liberdade e apreço á tolerância;
V – Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
VI – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – Valorização do profissional da educação escolar;
VII – Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e
da Legislação dos sistemas de ensino;
3
IX – Garantia de padrão de qualidade, valorização da experiência
extra-escolar;
X – Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais;
No que se refere ao papel do docente estes terá a função
primordial de zelar pela aprendizagem dos alunos. Esta
incumbência vem melhor especificada no Art. 13 da lei que reza:
Os docentes incumbir-se-ão de:
I – Participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
II – Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta
pedagógica do estabelecimento de ensino;
III – Zelar pela aprendizagem do alunos;
IV – Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de
menor rendimento;
V – Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de
participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, á avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI – Colaborar com as atividades de articulação da escola com as
famílias e a comunidade. (LDBEN 9394/96)
Ao dar ênfase no direito de aprender por meio da qualidade do
ensino, esta proposta tem por preocupação básica o desenvolvimento de
ações reflexivas para que o aluno possa exercer sua autonomia,
compromisso, responsabilidade e criticidade, Partindo do pressuposto que
o conteúdo científico, o saber sistematizado e acumulado historicamente
apropriado é de relevante importância para a atuação na prática social.
Nossa atenção estará voltada para a construção de sentidos por
meio de uma prática contextualizada e interdisciplinar. Entendendo a
contextualização como vinculação dos conhecimentos á vida real do
cidadão, e a interdisciplinalidade como o estabelecimento de uma
intercomunicação efetiva entre as disciplinas, por meio do enriquecimento
das relações entre elas.
3
Ao final da Educação Básica o aluno deverá sair com os
conhecimentos necessários para se inserir na vida cidadã e com condições
de profissionalizar-se ou prosseguir os estudos. Para que esta intenção se
concretiza na prática, é preciso que se tenha presente que os conteúdos
devem contribuir para a formação crítica do educando.
Tais pressupostos exigem um currículo integrado, vivo, que
proporcionem ao educando a oportunidade de conhecer, fazer, relacionar,
aplicar e transformar o conteúdo que venham a contribuir para a
construção do conhecimento, para tanto é preciso:
1. Domínio da leitura e da escrita;
2. Capacidade de fazer e de resolver problemas;
3. Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e
situações;
4. Capacidade de compreender e atuar em seu entorno social;
5. Receber criticamente os meios de comunicação;
6. Capacidade de localizar, acessar e usar melhor a informação
acumulada;
7. Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo.
Ao educador caberá: a mediação, construção e reconstrução dos
conhecimentos científicos junto aos educandos.
3
5. ATO SITUACIONAL
O processo educacional sofre alterações a medida que o
conhecimento e a tecnologia transformam as relações sociais.
Deparamo-nos com um Brasil que enfrenta profundas desigualdades
sociais, econômicas e culturais. Vivenciando um processo histórico de
disputa de vários interesses sociais divergentes e contraditórios.
Diante deste quadro encontra-se a escola pública que tem por
função social formar o cidadão, isto é, construir conhecimentos, atitudes e
valores que o tornem um “homem” solidário, crítico, ético e participativo.
Para isso é indispensável socializar o saber sistematizado,
historicamente acumulado, como patrimônio universal da humanidade,
fazendo com que esse saber seja criticamente apropriado pelos
estudantes, que já trazem consigo o saber popular, o saber da
comunidade em que vivem e atuam. A apropriação deste saber é um
elemento decisivo para o processo de democratização da própria
sociedade.
A escola pública torna-se um lugar privilegiado para o exercício da
democracia participativa, consciente e comprometida com os interesses
da maioria socialmente excluída ou dos grupos sociais privados dos bens
culturais e materiais produzidos pelo trabalho dessa mesma maioria.
Enfrentar o desafio de constituir uma gestão democrática que
contribua efetivamente para a construção de uma cidadania
emancipadora requer autonomia e participação coletiva. É fundamental
que a escola tenha seu Projeto Político- Pedagógico, resultante de uma
análise crítica da realidade local e nacional, tendo como característica sua
singularidade permitindo a participação na elaboração, acompanhamento,
execução e avaliação por todos os membros da comunidade escolar.
Nesse processo de construção do Projeto Político Pedagógico da
escola, caberá aos membros da comunidade escolar debater, tornar claros
os objetivos e os valores a serem coletivamente assumidos, definindo
prioridades, contribuindo para a organização do currículo escolar, para a
criação de um cotidiano de reuniões de estudo e reflexões contínuas, que
inclua principalmente a avaliação institucional de trabalho escolar.
3
Por meio deste processo, combate-se a improvisação das práticas
cotidianas que se mostram incompatíveis com os objetivos, com as
prioridades definidas e com a qualidade social da educação que se
pretende alcançar.
A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do
cidadão, no sentido pleno da palavra. “Ser cidadão, como dizia PAULO
FREIRE, é o ser político, capaz de questionar, criticar, reivindicar,
participar, ser militante e engajado, contribuindo para a transformação de
uma ordem social injusta e excludente”.
Cabe a escola definir o tipo de cidadão que deseja formar, de acordo
com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir
as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das
mãos do cidadão que irá formar.
Idealizar, executar e redimensionar o projeto político pedagógico
significa agir de forma intencional com um sentido explícito, com um
compromisso definido coletivamente, estabelecer as transformações
desejáveis na prática educativa escolar, estabelecer os mecanismos
necessários para que essa transformação aconteça e Ter um instrumento
mediador para a efetivação da relação teoria-prática.
O presente Projeto Político Pedagógico é instrumento de
planejamento coletivo, resgatando a unidade do trabalho escolar e
garantindo que não haja divisão entre os que planejam e os que
executam.
A construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui
Barbosa, na prática está amparado por concepções teóricas sólidas com
base no aperfeiçoamento e a formação dos seus agentes. Assim, serão
rompidas as resistências em relação ás novas práticas educativas. Os
agentes educativos são atraídos por essa proposta, pois só assim teremos
uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, de
conquista coletiva de uma espaço para o exercício da autonomia.
3
O exercício da autonomia parte da ação reflexiva coletiva do seu
papel junto á comunidade. Conquistando a autonomia estabeleceremos a
identidade da escola e, buscaremos superar os problemas da comunidade
a qual pertencemos e conhecemos bem.
Autonomia no processo educativo significa atender as necessidades
da comunidade e manter a perspectiva da sociedade como um todo.
Autonomia implica também responsabilidade e comprometimento com as
instituições que representam á comunidade, para que haja participação e
compromisso de todos.
Autonomia no processo escolar não significa descaso político o
descompromisso do poder público, dando margem a este se eximir de
suas obrigações, e sim o compromisso de garantir os recursos financeiros
para a execução do Projeto Político Pedagógico.
O Projeto Político Pedagógico resultará na construção de uma escola
democrática, com qualidade social e no reconhecimento da educação
como prioridade local e nacional.
5.1 DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E
DA ESCOLA
No século XXI, toda a sociedade brasileira se depara com a urgente
necessidade de mudar a realidade da educação do país, fato que mostra
essa necessidade conforme consta nos Cadernos Temáticos do PEE (Plano
Estadual de Educação), é a persistência no índice de analfabetismo,
repetência e evasão. Isso explica o atraso do Brasil na área educacional,
pois há um número expressivo de brasileiros que se encontram a margem
da sociedade, mesmo tendo uma das maiores economias do mundo.
Temos uma economia consolidada, aberta ao mercado internacional, com
um grande parque industrial e uma fabulosa produtividade no campo, mas
contraditoriamente existem milhões de pessoas vivendo na mais absoluta
miséria resultado da absurda concentração de renda á uma minoria e a
globalização da economia que acabou favorecendo os grandes
investidores de capital estrangeiro.
3
Em todo o mundo, o desempenho da educação/escolaridade
depende em parte das características da família, da escola, dos
professores, do ensino que os alunos recebem e das condições de vida,
pois esse desempenho só irá atingir um patamar mais democrático se
houverem políticas públicas preocupadas com interesses da classe
trabalhadora.
A responsabilidade da mudança do quadro atual da educação
brasileira depende em parte dos educadores e da família, mais com maior
grau cabe a responsabilidade dos governos em relação a situação
econômico social em que vivem a maioria dos brasileiros.
Nos últimos anos houve reformas na educação brasileira,
entretanto etas reformas não foram feitas com a participação efetiva da
sociedade, sem envolver os grupos que atuam nas bases educacionais,
não chegou a se solidificar por não atender ao desenvolvimento
necessário á população marginalizada e excluída dos bens materiais e
socioculturais pelos homens no decorrer de sua história.
Os índices apresentados pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas
para a Infância) no relatório “Situação da Adolescência Brasileira” (dez.
2002), mostra a gravidade da situação do ensino no país; 1,1 milhão
(5,2%) de adolescentes entre 12 e 17 anos ainda são analfabetos; apenas
11,2% entre 14 e 15 anos estão matriculados no ensino médio (dados da
versão preliminar do PEE).
Quanto mais se falou em qualidade ensino, mais se fragilizaram as
aprendizagens, mais se perdeu a qualidade cognitiva.
3
As novidades organizacionais curriculares e pedagógicas (proposto
pelo Plano Curricular Nacional – PCN´s) não atendem aos objetivos
prioritários da educação no Brasil, nos Estados e nos Municípios. Pelos
resultados de pesquisas, discussões e reflexões com os educadores,
vêem-se na escola hoje, alunos terminando ensino fundamental e médio
sem aprenderem os conteúdos necessários para dar prosseguimento aos
seus estudos. Ao invés de solucionar questões pendentes da escolaridade
com índices de evasão e repetência, distorção idade série, aprendizagem
com qualidade, houve maiores preocupações em demonstrar índices
favoráveis a empréstimos junto ás organizações internacionais.
Essa realidade é devido a um conjunto complexo de fatores a
serem considerados, desde as condições de trabalho, formação e
remuneração dos professores, a difusão de teorias e práticas pedagógicas
com precário vínculo com as necessidades e demanda da realidade
escolar, flexibilização das práticas avaliativas e falta de participação
efetiva da família na vida escolar dos filhos apesar desse último fator
pouco aparecer nas pesquisas.
A necessidade de investir na luta contra a seletividade, a
discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares, a
marginalidade através da escola e engajar-se no esforço para garantir a
todos um ensino da melhor realidade possível, nas, nas condições
históricas atuais, entendendo que duas coisas devem andar juntas na
educação: a melhoria da prática pedagógica e o compromisso social.
A educação conforme descrita na versão preliminar do PEE,
“precisa ser vista sob dois aspectos: como direito da população e como
dever do estado democrático”.
Neste sentido a população atendida pela escola pública dever fazer
jus aos seus direitos junto ao estado, fazendo garantir uma educação
pública gratuita e de qualidade para todos, independentes das
características sócio-culturais e econômicas, a qual está inserida.
A inserção do aluno a escola por si só não garante os seus direitos,
o que garante seus direitos enquanto cidadão é a preocupação por parte
dos governantes quanto ao acesso e permanência na escola, gratuidade
3
do ensino, formação de qualidade que lhe possibilite a inserção no mundo
social do trabalho, prosseguimento aos seus estudos, avançando de uma
modalidade a outra sem rupturas, além de poder compreender, e interferir
na sociedade em que vive.
De acordo com índices apresentados pelo INEP (Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisa), a educação básica vem apresentado uma
significativa melhora no Estado do Paraná, entretanto apresenta índices
bastante preocupantes quanto á evasão e repetência, em especial na 1ª
série do Ensino Médio. Embora tenha diminuído nos últimos anos.
A preocupação atual é continuar trabalhando para diminuir os
índices em relação á evasão e repetência, como também melhorar a
qualidade do ensino oferecido, para que os alunos que estão cursando o
Ensino Médio apresentem um desempenho melhor em todas as áreas do
conhecimento.
Alguns fatores são apresentados pelo INEP (Instituto de Estudos e
Pesquisa), como principais causas do baixo desempenho escolar dos
estudantes, a saber: os altos índices de reprovação e abandono, a
desigualdade social, a baixa renda da população e qualidade do ensino,
sendo apontado como o mais problemático da história da educação do
Brasil.
Quanto a educação profissional, o diagnóstico feito para o Plano
Nacional da Educação (de acordo com o texto preliminar), não há
informações precisas, no Brasil sobre a oferta de formação para o
trabalho, devido a sua oferta ser muito heterogênea. A heterogeneidade e
diversidade são vistas como aspectos positivos, pois permitem atender
uma demanda muito variada, mas também há fatores preocupantes. O
principal deles é que a oferta é pequena, embora, atinja cerca de cinco
milhões de trabalhadores, está longe de atingir a população de jovens que
precisa se preparar para o mundo do trabalho e adultos que precisam se
readaptar.
Uma das metas bastante discutidas para a elaboração do PEE
(Plano Estadual de Educação), é a de garantir a continuidade e a expansão
da oferta da educação Profissional em sua forma de organização curricular
4
integrada e/ou subsequente ao Ensino Médio, a fim de contribuir para a
superação da dualidade estrutural na formação dos alunos desta
modalidade de ensino.
Na nossa comunidade escolar hoje (2006), temos a oportunidade
de oferecer o curso profissionalizante Nível Pós Médio Técnico em
Administração Subsequente, na modalidade semestral, a fim de atender
as necessidades de formação continuada de alunos como pessoas de
comunidade em geral, atendendo inclusive, pessoas de outros municípios.
Vivemos numa sociedade em constante mudança e principalmente
no que se refere á oferta de trabalho, onde as pessoas precisam estar
preparadas para dela fazer parte. Sendo assim, percebemos a
necessidade de propiciar as mesmas a aquisição do conhecimento
tecnológica, científica, sócio-cultural, político e econômico, tornando-os
mais aptos a enfrentar novos desafios e progredir no trabalho.
O Curso Técnico em Administração tem como propósito o
desenvolvimento pessoal e profissional do educando, procurando formá-lo
com uma visão crítica, capaz de analisar atividades afins, assim como, ser
um agente capaz de interferir positivamente na sociedade.
Em relação á Educação Especial, está consolidando-se sobre novos
paradigmas que sinalizam para a construção de uma sociedade inclusiva,
orientada por relações de acolhimento á diversidade humana, de
aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação
de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as
dimensões da vida.
4
A Educação especial tem sido foco de discussão em todas as
escolas tanto da rede municipal com da rede estadual. Um dos objetivos é
garantir atendimento de qualidade aos educandos que apresentam
dificuldades de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades
curriculares, não vinculadas a uma causa orgânica específica ou
relacionadas a distúrbios, limitações ou deficiências; atendimento aos
educandos que apresentam dificuldades de comunicação e sinalização
demandando a utilização de outras línguas, linguagens e códigos
aplicáveis.
Quanto a Educação Ambiental, partimos da idéia que é
compromisso de todos os educandos trabalharem de forma interdisciplinar
por meio de projetos, visando á formação de conceitos, bem como,
mudanças de atitudes em relação ao meio ambiente. O tema está
integrado a Agenda 21 Escolar, projeto em andamento desde o início do
ano letivo, realizado em parceria com a comunidade e empresa.
5.2 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA
DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA
Viver e desenvolver-se implica em transformações continuadas
que se realizam através da interação dos indivíduos entre si e entre os
indivíduos e o meio no qual se inserem. Entendendo a produção e a
apropriação do conhecimento com partes integrantes na formação de todo
educador, interessa-nos refletir sobre a forma como o educador participa
do processo de produção, apropriação e expropriação dos saberes
produzidos pela humanidade no decorrer da história, assim como,
entender sua relação com a história atual, construída no cotidiano, no
contexto educacional, político, social, amaneira como ocorre a articulação
do conhecimento historicamente acumulado com o conhecimento trazido
pelo aluno.
Importa então tornar a escola como local de apropriação do
conhecimento científico, por parte de todos que dela participam. É
4
urgente, portanto, pensar uma educação que venha de encontro com os
interesses da população da escola pública, com as condições reais do
trabalho, pois na maioria das vezes os projetos educacionais são
articulados pela mantenedora, sem a participação efetiva dos educadores
e comunidade escolar. Alguns projetos não condizem com a realidade
social da qual a escola está inserida, não considera suas características as
dificuldades apresentadas, quando acabam depositando toda a
responsabilidade nos educadores, quanto aos altos índices de evasão e
repetência. Além disso, outros projetos que poderiam contribuir para a
melhoria da qualidade do ensino, acabam esbarrando na burocracia e na
falta de recursos.
A participação política dos educadores na discussão das políticas
públicas, gestão democrática e cursos de formação continuada não
atendem a contento a todos os que trabalham pela educação do Estado do
Paraná, pois na maioria das vezes restringe-se aos professores efetivos. É
necessário que todos tenham acesso as informações, á participação,
condições de trabalho e salários dignos, para que possam sentir-se
confortáveis, respeitados e valorizados no seu trabalho.
A reflexão teórico-prático da prática pedagógica é uma tarefa
difícil, tendo em vista as condições concretas do trabalho presentes na
escola hoje, sabemos que muitas coisas precisam ser feitas em nível de
ensino e aprendizagem, ressaltamos a importância do papel da família
para o sucesso e permanência do aluno na escola, um dos maiores
desafios da prática escolar.
Partindo do pressuposto de que o educador tem consciência do seu
papel na sociedade, faz-se necessário refletir no coletivo escolar sobre a
prática docente, tendo como ponto de partida a possibilidade de torná-la
mais autônoma, ou seja, menos submetida aos interesses sócios-políticos
onde predomina a competitividade, o individualismo, a submissão e a
obediência irrefletida.
Há ainda, a dificuldade em lidar com a prática real, no cotidiano da
escola (alunos sem limites e sem consciência do porquê estar na escola,
falta de respeito com professores, colegas e servidores em geral, salas
4
numerosas, falta de material didático e para uso contínuo entre outros), a
alienação do trabalho, que em grande parte é fragmentado, devido a
pouca oportunidade de interação entre os professores o que, acaba
interferindo de tal forma no movimento, na possibilidade de intervir,
caindo na obscuridade, ressaltando de forma consciente e muitas vezes
inconsciente a passividade, entre próprios educadores e até mesmo em
relação ao educando.
Portanto, para possibilitar mudança nessa situação é necessário
questionar profundamente sobre as nossas próprias posições filosóficas,
epistemológicas, políticas e ideológicas, que perpassam a prática escolar
com o intuito de interferir positivamente no curso da educação como um
todo. Há uma distância bastante acentuada entre teoria e prática, os
educadores de maneira geral assinalam dificuldades em transpor a teoria
para a prática, pois esbarra no aluno real, com o ideal de aluno que todos
gostariam de ter na escola (críticos responsáveis, colaboradores,
disciplinados, desejosos em aprender entre outros tantos adjetivos). Ao
trabalhar com o aluno "real", esses problemas, precisam ser enfrentados e
resolvidos no coletivo.
A escola precisa dar conta dessas questões se quiser Ter uma
sociedade melhor e não se deparar com a “vergonha” que se vê hoje
quando a corrupção permeia a vida do brasileiro em todos os níveis.
4
6. MARCO CONCEITUAL
Entende-se que a escola é estruturada a partir das relações
sociais, tornando-se cada vez mais em centro dinâmico de construção do
conhecimento e produção do saber, inserida numa sociedade em
movimento. Assim, a visão do homem e da sociedade também é dinâmica
e sofre alterações no curso da história. A medida em que o homem se
percebe e percebe a realidade desta forma, em constante evolução, sabe
que melhorá-la depende também dele. Ao mesmo tempo, a ação
educativa consciente considera que esta característica traz, em função de
sua dinâmica, contrastes e contradições e que o pluralismo e a
diversidade são parte do processo, levando o homem a buscar o
conhecimento para ultrapassar as barreiras e propor novos desafios.
Portanto toda ação educativa a ser desenvolvida no Colégio
Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio e Profissional estará voltada para os
princípios norteadores da rede Pública Estadual, visando a garantia de
acesso a permanência e da aprendizagem para todos os alunos; escola
pública, gratuidade e com qualidade, o respeito á diversidade cultural, o
combate ao analfabetismo e a gestão democrática.
Com base nestes princípios, deverá também definir os rumos da
sua ação pedagógica para que o processo educativo escolar contribua
significativamente na formação do homem que se pretende, homem este,
sujeito consciente, cuja ação tenha em vista a coletividade e a cidadania
6.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Entende-se por sociedade um conjunto relativametne complexo de
indivíduos num determinado período histórico, associados e com padrões
culturais comuns, próprios para garantir a continuidade do todo e a
realização de seus ideais, avanços científicos e tecnológicos, bem como o
desenvolvimento integral do ser humano e dos valores da cidadania
consciente.
Entretanto, na perspectiva da nova ordem econômica, temos uma
sociedade tecnológica (relação: ciência – progresso produtivo) que elege a
4
ciência como elemento fundamental do processo produtivo, portanto
como valor que a alicerça a sociedade. Nessa visão, corre-se o risco de
formar um indivíduo voltado unicamente para o trabalho mecânico e
produtivo, não se verificando a reelaboração do conhecimento e sua
conseqüente aplicabilidade, nem o desenvolvimento do ser humano na
sociedade.
Como educadores, nossa visão é de uma sociedade mais
harmônica e justa em que todos tenham possibilidade de se desenvolver e
se auto-afirmar como cidadão e profissional. Em razão disso, cresce o
compromisso da educação na vida de cada um, como ser social, pois é
através dela que os indivíduos podem resgatar-se contextualmente,
fazendo frente a essa preponderância tecnológica, que saiba e passa se
impor criticamente ao “endeusamento tecnológico” em deferimento da
organização e vida social.
6.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza
transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse
processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em
determinada momento histórico, assim, acumula experiências e em
decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e
planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-
materiais que são apropriados de diferentes formas através de sua
experiência com o mundo.
Considerando o homem, um ser social, ele atua e interfere na
sociedade, e se encontra com o outro nas relações familiares,
comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo
assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas do mundo
social.
A escola precisa preparar um homem transformador da realidade
na qual está inserido, partindo do pressuposto que ele é um ser histórico,
possibilitando-lhe á apropriação do conhecimento, dando-lhe condições
4
para reescrever a sua história de uma maneira crítica, construtiva,
traçando metas e buscando alcançá-las, cuidando do meio em que vive,
tendo consciência da importância do desenvolvimento social e ambiental
sustentável e do respeito as diferenças individuais e coletivas.
Há caminhos: traçar objetivos e diretrizes que estimulem a
consciência crítica, reflexiva, participativa e transformadora, buscando a
apropriação e domínio do conhecimento, assim como o desenvolvimento
do respeito as diferenças étnicas e culturais, efetivando o exercício da
cidadania.
6.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Entendemos que a educação é um processo amplo, contínuo e
permanente e que acontece em todas as fases da vida humana.
A escola, como espaço privilegiado, deve primar pela ação
educativa equilibrada entre a formação do homem cidadão e a construção
do conhecimento.
Entendemos, também, que a educação não se restringe ao âmbio
escolar, mas que se realiza num contexto mais abrangente envolvendo
todos os segmentos (família, sociedade, mundo do trabalho, meio
ambiente...)
Há, então, que se repensar a ação da escola que não pode mais
ficar restrita a trabalhar o conhecimento elaborado alheia ás
transformações pelas quais passa o mundo, porém deve canalizar as
experiências vivenciadas nos diversos segmentos (especialmente o do
mundo do trabalho), as quais irão contribuir para a reelaboração do
conhecimento e sua aplicabilidade no cotidiano e para o crescimento do
homem como cidadão.
6.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as
relações entre os homens e a natureza, Desta forma, o conhecimento é
produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho.
4
De acordo com VEIGA (1995, p.27), o conhecimento pressupões as
concepções de homem, de mundo e das condições sociais que geram
configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do
homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver
a realidade, novo modo de atuação par obtenção do conhecimento,
mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência
traz conseqüencia para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do
conhecimento que foi expropriado trabalhado nas suas relações.
A ciência é resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo
objeto de trabalho do educador. Á apropriação, reconstrução e construção
do conhecimento é percebido quando há manifestação de atitudes e
comportamentos, frente ás situações vividas na prática social, não ocorre
individualmente acontece no social, gerando mudança interna e externa
no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma internacionalidade.
Nunca está pronto e acabado, e sim em processo de reflexão-construção-
reflexão.
Diante do exposto busca-se para nossa escola um conhecimento
dinâmico, que desperte no educando a necessidade de trocas de
experiências, que o leve a buscar inovações relacionando o conhecimento
historicamente acumulado com as práticas sociais, instigando-o a ousar e
por em prática os conhecimentos adquiridos, reconstruí-los se necessário
for, exercitando o senso crítico e autonomia, para tomar decisões e
interferir no meio em que vive.
É importante lembrar que o acesso ao conhecimento é direito de
todos, cabe a escola oportunizar situações de aprendizagem que leve o
educando a apropriar-se do saber historicamente acumulado pela
humanidade, por meio de ações que atendam a todos e todas que a ela
procuram.
6.5 CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola é uma das instâncias que tem por função a elevação
cultural dos seus educandos. Têm uma função importante e significativa
4
dentro da sociedade, pois é um lugar privilegiado onde ocorre a troca de
experiências entre seus componentes: alunos, professores, funcionários,
direção e comunidade escolar. É um ambiente pedagógico que tem como
um de seus objetivos favorecer o processo de ensino e aprendizagem,
através da ação pedagógica intencional e planejada por todos os
integrantes que dela fazem parte.
A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo e suas contradições , fornecendo-lhe instrumentos, por meio da apropriação dos conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade(LUCKESI, 1999, p.70).
Partindo desses pressupostos vemos a escola, como ma instância
de ação, surgida das necessidades de ações, necessidades históricas da
humanidade, uma instância social que tenha como finalidade educativa
garantir ao educando á apropriação dos conhecimentos científicos,
artísticos, políticos e filosóficos, o acesso, permanência e sucesso dos
alunos, a formação continuada dos trabalhadores e trabalhadoras, o
trabalho coletivo e a gestão educacional democrática.
6.6 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Quando o educando começa a fazer parte da instituição educativa,
sua experiência nela, o que lhe é ensinado torna-se constitutivo de sua
pessoa, modificando-o continuamente. Isto significa que todo o processo
de ensino-aprendizagem se insere num contexto mais amplo da
construção do ser humano, porque a aprendizagem na escola se efetua
como um processo dinâmico, interligando a outras instâncias de
apreensão e compreensão da realidade.
As experiências vividas na escola e fora dela são constituídas por
ações e interações que participam da formação e do desenvolvimento do
educando.
O aluno apresenta um conhecimento que se constitui por
estratégias específicas, que se modificam, inclusive, em função dos
4
conhecimentos adquiridos e das experiências vivenciadas no interior da
escola e fora dela.
Para que ocorra de fato o ensino e a aprendizagem e que o
conhecimento se construa nessa relação, são necessárias duas condições:
primeiramente que a nova informação seja passível de ser compreendida
pelo aluno, ou seja, precisa haver uma ligação possível entre aquilo que o
aluno já conhece com o que irá aprender. Em segundo lugar, que se
estabeleça uma relação ativa do aluno com o conteúdo a ser apreendido.
A ciência faz parte do cotidiano do aluno em qualquer idade, pois
está na cultura, na tecnologia, nos modos de pensar da sociedade de
nossos dias. Todo aluno detém um conhecimento, que está contido na
teoria científica e que deve ser necessariamente articulado com o conceito
científico que se lhe pretende ensinar. Este conhecimento apresenta-se
muitas vezes de forma fragmentada de advindos do senso comum e o
aluno deverá ser levado pela ação do professor, a superar essa visão
fragmentada para chegar a compreensão e apropriação do conhecimento
historicamente em todas as áreas.
O ponto de partida é a prática social, saberes que o aluno vivência
no seu cotidiano, através da observação e das informações diversas, O
aluno levanta hipóteses que deverão ser transformadas em conhecimento
formal através da ação pedagógica.
No processo de ensino-aprendizagem é imprescindível falar da
necessidade de se cultivar uma relação sadia, comprometida responsável,
afetiva e autônoma na relação professor-aluno. O professor deverá Ter
autoridade pedagógica para conduzir o trabalho com seus alunos. A
relação do aluno-professor, na escola, é mediada, então pelo
conhecimento formal que o educando deverá apropriar-se e a interação
entre ambos deve ser ativa e participativa que permita e promova a
apreensão do conhecimento.
A ação pedagógica implica, portanto, numa relação especial em
que o conhecimento é construído, para tanto, exige do professor uma
ação adequada as possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem de
seus educandos.
5
É igualmente importante que o professor não perca de vista o que
a interação com o educando tem um objetivo específico que é possibilitar-
lhe apropriação do conhecimento. E isto, só pode ser realizado pela
ampliação de conceitos e transformação de significados que o educando
traz da prática social por meio de experiências extra e intra-escolares.
Portanto, nesta perspectiva que se dá a apropriação do
conhecimento na escola, o indivíduo que ensina, o indivíduo que aprende
e o conhecimento, sendo que as múltiplas possibilidades de interação
entre eles será sempre medidas pelas normas institucionais, o que dá
especificidade a ação pedagógica.
Dentro deste contexto que se deve situar o aluno, procurando
compreender a trajetória que ele realiza em seu processo de constituição
como sujeito histórico, capaz de transformar a sociedade em que vive. A
vivência do aluno na escola atende a objetivos específicos, mas as
experiências aí adquiridas são parte integrante na vida do indivíduo,
possibilitando uma atuação mais efetiva na prática social.
6.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Partimos da idéia que a avaliação é um processo amplo da
aprendizagem, indissolúvel do todo, que envolve responsabilidade do
professor e do aluno. Pensar avaliação no âmbito da Educação Escolar, no
campo da Educação de Direitos, nos leva pensar a sua função, o papel
social do professor, a razão da existência da Escola. Traz a discussão
sobre a inclusão e exclusão, privilégios e direitos, direitos e obrigações,
que alunos queremos formar, que escola estamos construindo e para qual
sociedade.
Transformar a prática avaliativa significa questionar a educação
desde as suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas
normas burocráticas, significa mudanças conceituais, redefinição de
conteúdos, das funções dos docentes, entre outros.
Propõe-se uma reestruturação interna na escola quanto a sua
forma de avaliação. Necessita-se, sobretudo, de uma avaliação continua,
5
formativa e emancipatória, na perspectiva do desenvolvimento integral do
aluno. O importante é estabelecer um diagnóstico correto para cada aluno
e identificar as possíveis causas de seus fracassos e/ou dificuldades
visando uma maior qualificação e não somente uma quantificação na
aprendizagem.
Pensamos que a avaliação processual e formativa – no sentido de
melhoria do processo de ensino-aprendizagem deveria ser inicial, para
conhecer melhor o aluno, contínua para ajudar o aluno durante o processo
de ensino e final para julgar globalmente o resultado do processo como
um todo, em função dos objetivos previstos e conduzí-los de acordo com
os resultados apresentados.
A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou
selecionar o aluno. Fundamenta-se no processo de aprendizagem, em
seus aspectos cognitivos, afetivos e sociais, fundamenta-se em
aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos
contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o aluno continue a
aprender.
Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades
dos alunos, pode-se dizer que ela se converte em ferramenta pedagógica,
em um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do
ensino.
Precisamos trabalhar a avaliação numa visão emancipatória que
visa a emancipação, voltada para a construção do sucesso escolar e
inclusão como princípio e compromisso social.
6.8 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
O Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio e Profissional oferta
ensino médio no período da manhã e da noite e educação profissional a
nível pós-médio no período noturno, devido á maioria dos alunos serem
trabalhadores.
5
Para cada turno de trabalho a direção conta com apoio de um
professor pedagogo, vice-direção no período da noite e coordenador de
curso para o curso profissionalizante.
A biblioteca e a secretaria funcionam em tempo integral, a equipe
de apoio é distribuída de forma a tender as necessidades da instituição, a
fim de proporcionar um ambiente organizado, limpo e agradável para
todos que dela fazem parte.
Para que o Projeto Político Pedagógico se torne uma prática social
e se efetive de fato é necessário propiciar situações que lhe permitam
aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente. Na
dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da
intencionalidade da escola, pelo incentivo da autonomia dos trabalhadores
da educação a fim de que seja possível contribuir para a formação de
cidadãos participativos, responsáveis, compromissados, críticos e
criativos.
6.9 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Algumas características da gestão escolar democrática são: o
compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a
qualidade da educação e com a relação custo-benefício, a , a
transparência (capacidade de deixar clara para a comunidade como são
usados os recursos da escola, inclusive os financeiros).
Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, professores,
funcionários e outras pessoas da comunidade na administração escolar.
Quando as decisões são tomadas pelos principais interessados na
qualidade da educação na escola, a chance de que dêem certo é bem
maior.
Os conselhos escolares, como mecanismos de participação da
comunidade na escola, já estão presentes em muitas escolas no país. A
função dos conselhos é orientar, opinar e decidir sobre tudo o que tem a
ver com a qualidade da escola (como participar da construção do projeto
político pedagógico e dos planeamentos anuais, avaliar os resultados da
5
administração na busca de meios para solucionar os problemas
administrativos e pedagógicos, decidir sobre os investimentos prioritários).
Mas não será só nos conselhos que a comunidade participa da
escola. Reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentações dos
alunos são momentos em que familiares, representantes de serviços
públicos da região associações locais devem estar presentes. Com a
democracia também se aprende na escola, a participação deve se
estender a todos os alunos, até mesmo as crianças pequenas. Como
cidadãos, eles têm direito de opinar sobre o que émelhor para eles e se
organizar em colegiados próprios, como os grêmios.
Por fim, é importante saber que, numa gestão democrática, é
preciso lidar como conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da
vida. Mas precisamos sempre dialogar com os que pensam diferente de
nós e, juntos negociar.
A gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição
vigente e abrange dimensões: pedagógica, administrativa e financeira.
Exige a compeensão em profundidade dos problemas postos pela prática
pedagógica. Visa romper com a separação entre concepção e execução,
entre o pensar e o fazer, entre teoria e a prática Busca resgatar o controle
do processo e do produto do trabalho pelos educadores. A socialização do
poder propicia a prática da participação coletiva, o que atenua o
individualismo; da reciprocidade; que supera a opressão; da autonomia,
que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas
educacionais das quais a escola é mera executora.
A Gestão Democrática inclui, necessariamente, a ampla
participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas
decisões, ações administrativa-pedagógicas que nela são desenvolvidas.
A igualdade de oportunidades de participação requer, portanto,
mais do que a expansão quantitativa de ofertas; requer a ampliação do
atendimento com simultânea manutenção da qualidade.
SAVIANI (1982, p.63), nos alerta para o fato de que há
desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada
deve ser garantida pela mediação da escola. “só é possível considerar o
5
processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir a
democracia como possibilidade no ponto de partida e democracia como
realidade no ponto de chegada”.
Para garantir o acesso e permanência do aluno na escola é preciso
Ter clareza a respeito das diversidades da comunidade escolar, oferecer
ambiente adequado para a inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais, atender a todos, respeitando as diferentes formas
de aprender priorizar o conhecimento como forma de emancipação,
através de práticas pedagógicas que contemplem o aluno como centro do
processo educativo. Criar estratégias de inclusão para que todos que
procuram a escola se sintam nela integrados.
A condução das atividades do Colégio Estadual Rui Barbosa –
Ensino Médio e Profissionalizante é feita através de uma liderança
democrática que além de seu valor intrínseco, tem agora o apoio da
legislação vigente na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9394/96, que estabelece, no inciso VIII do Artigo 3º, o princípio da “gestão
democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos
sistemas de ensino”.
O diretor, Prof. José Machado Santana tem sempre a preocupação
de consultar todos os participantes do Colégio, colhendo suas sugestões,
idéias, contribuições espontâneas. Não põe em execução uma idéia, sem
antes certificar-se de que foi bem compreendido e aceita por todos. A
participação do grupo na tomada de decisões é a garantia de maior
identificação de todos com o trabalho a ser realizado, conseguindo desta
forma o entusiasmo dos professores, funcionários, alunos ao participarem
de projetos ora viabilizados pela SEED, ora pela própria Escola.
O diretor procura supervisionar e responder por todas as
atividades administrativas e pedagógicas do colégio, bem como as
atividades com os pais e a comunidade e com outras instâncias da
Sociedade Civil. Assegurar as condições e meios de manutenção de um
ambiente de trabalho favorável e de condições materiais necessárias á
consecução dos objetivos da escola. Promove a integração e a articulação
entre escola e comunidade, com apoio e iniciativa do conselho escolar,
5
mediante atividades de cunho pedagógico, científico, social , esportivo e
cultural. Organiza e coordena atividades de planejamento e do projeto
pedagógico – curricular.
O diretor ainda garante a aplicação das diretrizes de
funcionamento do colégio, das normas disciplinares, assegurando o
cumprimento do Regimento escolar. Supervisiona a avaliação da
produtividade, em conjunto dos demais setores incluindo a avaliação do
Projeto Político Pedagógico, da organização escolar, do currículo e dos
professores, Busca todos os meios e condições que favoreçam a atividade
profissional dos professores pedagogos, dos demais professores, dos
funcionários, assim como supervisiona responsabiliza-se pela organização
financeira e controle de despesas da escola, em comum acordo com o
Conselho Escolar. Estamos vivendo um novo tempo da Educação
Brasileira, com imensos desafios a serem enfrentados com determinação
e espírito crítico. Somente a gestão Democrática como um dos princípios
norteadores da Educação do Paraná que garante a participação de todos,
tem condições de levar a escola brasileira a encontrar seu verdadeiro
caminho.
6.10 CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES
Garantindo os princípios e fins da educação nacional no art. 3º VII –
“valorização do profissional da educação escolar”. A formação continuada
é um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez
que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na
qualificação e na competência dos profissionais, mas também propiciam
fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores
articulado com as escolas e seus projetos.
Compete a escola:
A) Proceder ao levantamento de necessidade de formação
continuada de seus profissionais;
B) Elaborar seu programa de formação, contando com a
participação e o apoio dos órgãos centrais no sentido de
5
fortalecer seu papel na concepção, na execução e na avaliação
do referido programa.
A formação continuada não deve ser limitar aos conteúdos
curriculares, mas se estender a discussão da escola como um todo e suas
relações com a sociedade.
Todos os profissionais da escola são importantes para a realização
dos objetivos do Projeto Político-Pedagógico. Os professores são
responsáveis por aquilo que os especialistas em educação chamam de
transposição didática, ou seja, concretizar os princípios político-
pedagógicos em ensino aprendizagem. Cada um dos demais profissionais
tem um papel fundamental no processo educativo, cujo resultado não
depende apenas da sala de aula, mas também da vivência e da
observância de atitudes corretas e respeitosas no cotidiano da escola.
Tamanha responsabilidade exige condições de trabalho, preparo e
equilíbrio. Para tanto, é importante que se garanta formação continuada
aos profissionais e também outras condições, tais como estabilidade do
corpo docente, o que incide sobre a consolidação dos vínculos e dos
processos de aprendizagem, uma adequada relação entre o número de
alunos, salários condizentes com a importância do trabalho, entre outras.
6.11 QUALIDADE DO ENSINO APRENDIZAGEM
A qualidade do processo de ensino aprendizagem não depende
apenas da escola, mas principalmente de políticas públicas voltadas para
a qualidade da Escola Pública. Entendemos que para termos uma
educação com qualidade é preciso que se garanta o acesso-permanência
do aluno na escola e a valorização dos profissionais da educação através
de uma remuneração digna e da oferta de cursos de formação continuada.
Enquanto escola há necessidade de se colocar o aluno como centro
do processo educativo, oferecendo um ensino que promova a interação
entre aluno e o conhecimento, de modo a possibilitar o acesso e a
imcorporação de elementos culturais essenciais á sua transformação
5
enquanto síntese das múltiplas relações sociais. Compreendê-lo como um
processo sistemático de contínuas e cumulativas mediações sociais,
promovendo atividades que conduzem a reflexão-ação sobre a realidade,
possibilitando um processo mais significativo de apropriação-socialização-
produção do saber.
Precisamos compreender a aprendizagem como: um processo
dinâmico, cumulativo e permanente de subjetivação do mundo objetivo,
produzido cultural e historicamente, processo contínuo de apropriação do
mundo pelo sujeito, por meio de suas múltiplas interações, processo intra
e intersubjetivo de apropriação de saberes-objetivos, de domínio de
atividades “engajadas” no mundo e de regulação de suas relações com os
outros e consigo mesmo.
A aprendizagem ocorre pelo/no processo de interação e mediação
entre sujeitos, numa construção coletiva do conhecimento.
Destacamos a idéia básica de aprendizagem como um processo
em construção que se dá por interação permanente do sujeito com o meio
que o cerca. Meio esse expresso pela família, depois pelo acréscimo da
escola, ambos permeados pela sociedade.
Uma educação com qualidade tem como objetivo diminuir e
combater a evasão e repetência, através de professores capacitados,
valorizados e estimulados, cumprindo a sua nobre missão de educar,
dando especial atenção aqueles alunos que se mostram mais
indisciplinados e que apresentam maiores dificuldades no aprendizado,
exercendo sua autoridade, estabelecendo limites e responsabilidades, sem
jamais deixar de respeitá-los; conselhos escolares realmente
participativos, representativos e atuantes; com instalações adequadas,
organização e segurança, enfim de que haja um ambiente propício ao
estudo e á aprendizagem, no qual o aluno se sinta estimulado a
permanecer e a aprender.
6.12 O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA
5
A proposta aqui sistematizada é resultado do trabalho coletivo de
todos os profissionais da Educação do Paraná no decorrer do ano de
2004/2005. Ela apresenta, neste momento, o Projeto Político-Pedagógico
possível e expressa o compromisso dos profissionais da educação com a
melhoria da educação no sentido de responder ás necessidades sociais e
históricas, que buscam a escola pública. Está sendo reconstruído nesse
momento da educação pública por todos aqueles que dela fazem parte,
através que dela fazem parte, através de grupos dos estudos enter os
profissionais da educação.
Pensando como uma construção histórica e social, o currículo
traduz os diferentes interesses em disputa, produzindo e reproduzindo as
relações sociais, desiguais, assimétricas, que caracterizam as sociedades
contemporâneas. Através dele é possível produzir reafirmar, negar ou
silenciar identidades e diferenças sociais. Nesse sentido, o currículo se
transforma igualmente em um importante instrumento de negociação
política entre os diferentes envolvidos no processo de ensino
aprendizagem.
Pensar currículo como resultado e caminho para o trabalho
coletivo, implica percebê-lo como prática social viva, dinâmica e
processual traduzida, pelo conjunto de experiências produzidas e vividas
por professores e alunos.
A valorização dos saberes sociais trazidos dos meios familiares e
sociais não devem ser confundidos como homogeneização dos papéis
sociais, atribuídos a família e a escola. A escola é um espaço específico de
produção e transmissão do conhecimento. Um espaço que estabelece
relações privilegiadas com o saber. Um espaço, onde é possível para o
educador e para o educando estruturar e sistematizar os saberes plurais
criados em outros lugares.
O currículo é percebido assim como o conjunto de representações
que organizam em torno do conhecimento escolar. Conhecimento esse
produzido num espaço social com funções sociais formativas e
normativas, que precisam ser devidamente consideradas.
5
A escola e ao professor compete organizar, sistematizar estes
conhecimentos. Facilitar aos alunos a construção de novas formas de
leitura do mundo, no sentido de permitir a esses alunos se situarem em
mundo por definição extremamente complexo e dinâmico.
Partimos da idéia que o currículo escolar e o resultado de escolhas
intencionais que fazemos dentro do imenso conjunto de conhecimentos
produzidos pela humanidade, e que contém princípios gerais que norteiam
as nossas escolhas, compreendendo que há limites e possibilidades para a
escola na construção da sociedade que sonhamos.
O currículo engloba um conjunto de experiências coletivamente
organizadas pela escola e pelas quais a escola se responsabiliza e
disponibiliza aos alunos, com o objetivo que o aluno aprenda algo. O eixo
do currículo em torno do qual ele gira, é o conhecimento escolar. A
centralidade do currículo é o conhecimento, pois a escola deve ensinar
com qualidade, este é um pressuposto do qual partilhamos.
Apresenta as seguintes características:
1 É um instrumento sistematizador, organizador do processo educativo.
É através dele que se materializa a ação educativa.
2 Envolve ao mesmo tempo intenções (é um projeto político cultural
para as jovens gerações) e práticas, colocadas em ação para
concretizar as intenções. Ele tem um caráter, um futuro imaginado e
os ideais políticos se expressam em cada decisão tomada.
3 Como intenção ele é um conjunto de escolhas que ocorrem nas
Secretarias de educação, nas escolas e vão até a sala de aula, em
cada aula que se dá.
4 O currículo gera efeitos, contribui para a construção de identidades,
deixa marcas. A marca da instituição, do professor, do conhecimento
apropriado por cada aluno, que irá lidar com suas marcas de maneira
diferente, mas que estão presentes.
6
As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva. Coletivamente
devemos Ter condições de decidir o que se considera significativo para
que os alunos aprendam, como fazer para que ele compreenda o mundo
em que vive e tente transformá-lo.
6.13 DINÂMICA DO CURRÍCULO
Currículo é um importante elemento constitutivo da organização
escolar. Implica necessariamente, a interação entre sujeito que têm um
mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente. É
uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização
dos meios para que esta construção se efetive; transmissão dos
conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los.
Portanto, produção, transmissão, assimilação/apropriação são processos
que compõe uma metodologia de construção coletiva do conhecimento
escolar. Neste sentido, o currículo refere-se á organização do
conhecimento escolar.
“ O contexto apropriado ao desenvolvimento de práticas
curriculares que favoreçam o bom rendimento e a autonomia dos
estudantes e, em particular, que reduzem os elevados índices de evasão e
repetência de nossa escola" (ARANOUWTZ E GIROUX, 1992, p.22)
O currículo não é um elemento neutro, expressa uma cultura, a
determinação do conhecimento escolar, portanto, implica fazer uma
análise critica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular.
Deve estar inserido no contexto social, uma vez que ele é historicamente
situado e culturalmente determinado. É organizado de forma disciplinar,
no entanto visa, reduzir o isolamento das disciplinas curriculares,
procurando agrupá-las num todo mais amplo, possibilitando o trabalho
interdisciplinar.
6.14 REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO
“Ensinar não e transferir conhecimentos, mas criar possibilidades
para a sua produção ou a sua construção (FREIRE, 1996)”.
6
O trabalho pegagógico é uma atividade eminentemente humana,
que ocorre no interior da escola, mas também fora dela, onde sujeitos com
histórias diferentes se interagem e inter-relacionam, buscando a
ampliação e a apropriação de conhecimentos e experiências significativas
para a vida social, pessoal e política.
A escola é vista como uma instituição social que concretiza as
relações entre educação, sociedade, sendo responsável pela formação de
novas gerações.
A prática pedagógica constitui-se e reconstrói-se pela formação
inicial e continuada dos profissionais da educação. Podemos definí-la como
uma prática social específica, de caráter histórico e cultural. Vai além da
prática docente, das atividades didáticas dentro da sala de aula,
abrangendo os diferentes protagonistas e aspectos do projeto pedagógico
da escola, bem como, as relações como comunidade e sociedade em
geral.
É preciso criar espaços e momentos que garantam as condições
necessárias para se trabalhar a relação entre aspectos teóricos e práticos
da ação docente, (exemplo: a avaliação), de modo que o professor
desenvolve a formação necessária relacionada aos seus instrumentos de
trabalho, em articulação com seus fundamentos pedagógicos.
Nesta perspectiva propõe-se fazer pedagógico voltado para
construção do conhecimento no contexto escolar, feito a partir do
encontro de diferentes saberes, saber do cotidiano que os alunos e
professores trazem de suas vivências familiares e sociais, conceitos
científicos, artísticos, filosóficos e políticos que são construídos a partir do
contato do aluno com o conhecimento mediado pela ação do professor.
É nessas condições que o fazer pedagógico implica e exige a
presença dos educadores e educandos como criadores, instigadores,
inquieto, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. As experiências
de aprendizagens dos educandos vão transformando-os em reais sujeitos
da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador,
igualmente sujeito do processo. Daí a importância do papel do educador,
conforme coloca Freire, “o mérito da paz que viva a certeza de que faz
6
parte de sua tarefa docente não apenas ensinar conteúdos, mas também
ensinar a pensar certo”.
6.15 PRINCÍPIOS CURRICULARES
Uma concepção de currículo comprometida com melhoria da
educação pública do Estado do Paraná deve estabelecer princípios que:
1 Propiciem ferramentas teóricas e práticas dos conteúdos das diversas
áreas do conhecimento, que capacitem não apenas os educadores
como também os demais sujeitos escolares (discente, funcionários e
comunidade) a ler a realidade, interpretar, se posicionar e influenciar
sobre ela.
2 Respeite e incentive a liberdade de pensamento, a discussão, a
capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da
importância do debate na escola.
3 Organize os programas através de conteúdos socialmente
significativos, permitindo compreender a dinâmica e as relações
existentes entre os diversos aspectos da realidade, numa visão
dialética do conhecimento.
4 Possibilite praticar a resistência á sociedade capitalista e aos seus
valores desumanizadores de consumo, competição, desrespeito a vida
e á natureza. Que possibilite reconhecer a prática a resistência aos
valores dos países imperialistas e hegemônicos.
5 Coloque os sujeitos escolares em movimento, mostrando a
necessidade de participar dos movimentos sociais e políticos, para
além dos muros escolares.
6 Crie o entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de
formação contínua e atualizada – o gosto e o hábito de pesquisar e
aprender – para desenvolver a autonomia intelectual e superar a
dependência das informações e das elaborações da dominação
cultural burguesa.
6
7 Permita aos sujeitos escolares o domínio do conhecimento, o acesso e
a fruição das conquistas da humanidade, no campo das artes, das
ciências, das letras e da tecnologia.
8 Permita aos sujeitos escolares conhecerem, valorizarem e
vivenciarem as manifestações populares, compreedendo as relações
de interdependência entre as culturas e sem qualificar uma delas
como superior.
9 Traga para a sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas
pelas populações do campo, das comunidades indígenas, das
populações ribeirinhas e outras, rompendo com a falsa dicotomia
entre o popular e o erudito.
10 Possibilite a prática da solidariedade, respeitando e incentivando a
diversidade cultural, para lutar contra a discriminação de raça,
gênero, geração, orientação sexual, contra os portadores de
necessidades especiais, entre outras.
11 Incentive a auto-realização dos sujeitos escolares, trabalhando a
participação coletiva nos processos de estudo, trabalho e gestão da
escola, incentivando os órgãos de representação e a participação
efetiva de todos.
12 Assegure as alegrias do presente (e não apenas pensar nas
promessas do futuro), pois quando a escola consegue proporcionar o
prazer de se aprender no momento atual, as crianças e os jovens irão
pressentir o prazer de aprender sempre.
6.16 TRABALHO COLETIVO
6
As relações de trabalho na escola deverão ser firmadas nas
atitudes de solidariedade, de reciprocidade e participação coletiva, por
isso todo o esforço de se criar e aprimorar uma nova organização deve
levar em consideração as condições concretas presentes na prática
educacional. Precisamos pensar e agir de forma a criar formas e relações
de trabalho, com espaços abertos á reflexão coletiva que favoreçam o
diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos que
compões o universo escolar.
De acordo com MACHADO (1989, p.30)” o processo de luta é visto
como uma forma de contrapor-se a dominação, o que pode contribuir para
articulação de práticas emancipatórias”.
O trabalho coletivo pressupõe a participação de todos os
protagonistas da educação: alunos, família, professores, funcionários e
demais forças sociais. A autonomia social e política são construídas, pela
interação dos diferentes sujeitos envolvidos no processo educativo.
O conhecimento é visto como um processo de construção
permanente; interdisciplinar e contextualizado fruto da ação individual e
coletiva dos sujeitos.
Pressupõe-se que para interferir e agir de forma crítica na
construção do conhecimento é preciso respeitar e acolher a todos aqueles
que ficaram á margem da escola.
A escola tem como função proporcionar uma educação de
qualidade para todos, preparando-os para o exercício da cidadania, para
prosseguimento aos estudos e melhor formação para o mundo do
trabalho, bem como agir na sociedade de forma crítica e ativa a fim de
torná-la mais democrática.
6.17 PRÁTICA TRANSFORMADORA
Conforme coloca Gasparin,
A escola em cada momento histórico, constitui uma expressão e uma resposta á sociedade na qual está inserida, neste sentido, ela nunca é neutra, mas sempre ideológica e politicamente comprometida. Por isso, cumpre
6
uma função específica, cabendo a nó educadores nestes momento repensar a função da escola, e a finalidade dos conteúdos escolares (GASPARIN, 2003, p.3).
Partimos da idéia que a função social da educação escolar é a
formação do cidadão participativo, responsável, crítico e criativo, através
da apropriação, produção e socialização de saberes acumulados
historicamente pela humanidade.
Os conteúdos a serem ensinados precisam ser integrados e
aplicados teórica e praticamente no contexto social do educando. Desta
forma a responsabilidade do educador é grande, assim com a do aluno.
Ambos são co-autores do processo de ensino-aprendizagem. Juntos devem
descobrir para que servem os conteúdos científicos-culturais eleitos pela
escola. O conhecimento escolar apresenta um caráter teórico-prático.
Implica que seja apropriado teoricamente como um elemento fundamental
na compreensão e na transformação da sociedade.
Numa perspectiva de educação prática transformadora implica
trabalhar os conteúdos de forma contextualizada em todas as áreas do
conhecimento humano. Que de acordo com GASPARIN (2002, p.3), isso
possibilita evidenciar aos alunos que os conteúdos são sempre uma
produção histórica de como os homens conduzem sua vida nas relações
sociais de trabalho e em cada modo de produção.
O fazer pedagógico nessa perspectiva é visto como uma forma que
permite compreender os conhecimentos nas diversas faces que aparece
dentro do social.
Os conhecimento científicos necessitam, hoje, ser reconstruídos em suas plurideterminações, dentro das novas condições de produção da vida humana, respondendo, que de forma teórica, quer de forma prática, aos novos desafios propostos”. (GASPARIN, 2002, p.3).
Essa nova forma pedagógica de agir exige que se privilegiem a
com a tradição e a dúvida, o questionamento, que se valorize a
diversidade, e a divergência, que se interroguem as certezas e incertezas,
desvelando os conteúdos de sua forma naturalizada, pronta e acabada.
6
O ponto de partida para abordagem pedagógica é a realidade
social mais ampla. Aprender a fazer a leitura crítica dessa realidade torna
possível apontar um novo pensar e agir pedagógico.
Para desenvolvimento dessa proposta pedagógica, toma-se como
marco referencial epistemológico á teoria dialética do conhecimento, tanto
para fundamentar ao pressupostos teóricos metodológicos e planejamento
de ensino-aprendizagem, como a ação educador-educando.
A proposta pedagógica, derivada da teoria dialética do
conhecimento segundo GASPARIN (2003, p.6), tem como primeiro passo
ver a prática social dos sujeitos da educação. A tomada de consciência
sobre essa prática deve levar o professor e os alunos á busca do
conhecimento teórico que ilumine e possibilite refletir sobre o fazer prático
cotidiano. A prática é aqui também uma expressão da prática social geral,
da qual o grupo faz assim como da prática social global.
GASPARIN (2003, P.3), diz que:
O processo pedagógico deve possibilitar aos educandos, através do processo de abstração, a compreensão da essência dos conteúdos a serem estudados, a fim, de que sejam estabelecidas as ligações internas específicas desses conteúdos com a realidade global, com a totalidade da prática social e histórica.
Este é o caminho que propicia aos alunos a passarem do
conhecimento senso comum para o conhecimento teórico-científico,
levando a compreensão da realidade em todas as suas dimensões.
A finalidade do ensino nessa concepção metodológica é de que
ensino é retorno a prática para transformá-lo. O conhecimento teórico
adquirido pelo educando deverá retornar a prática social de onde se
originou, visando agir sobre ela com entendimento mais crítico, elaborado
e consciente, intervindo em sua transformação.
Para que essa prática de ensino se efetive é primordial que os
educadores compreendam o seu papel na sociedade, assim como a
especificidade de sua profissão, que é trabalhar conhecimentos
historicamente acumulados com a participação dos educandos, a fim de
6
que possam entender, agir e interferir de forma positiva na sociedade
para que posa torná-la democrática.
6.18 O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO
PEDAGÓGICO
A escola é um espaço de transmissão, criação e recriação do
conhecimento e também um espaço político que tem como meta preparar
o aluno através da instrumentalização filosófica, artística e científica para
agir em sociedade.
A escola pretende do ponto de vista pedagógico:
• Fazer, refazer, refletir, realimentar no coletivo o Projeto Político
Pedagógico.
• Desenvolver nas horas atividades uma prática de integração e
troca de experiências.
• Proporcionar momentos de reflexão aos profissionais da
educação no coletivo e estudar temas pedagógicos das áreas do
saber.
• Priorizar o pedagógico do que o administrativo – aluno como
centro do processo – qualidade na educação para todos.
• Reflexão sistemática da prática educativa como ponto de
chegada e de partida.
• Auxiliar os docentes na sua prática, bem como orientá-los sobre
os procedimentos teórico metodológicos na matriz curricular e
sobre as vantagens do plano de trabalho docente.
• Apresentar aos alunos o rol dos conteúdos programáticos, para
que possam preparar-se com antecedência para as aulas.
• Aulas dinâmicas e com metodologias e recursos variados. Além
dos recursos metodológicos diferenciados há necessidade de
estabelecer o vínculo afetivo/emocional.
• Auxílio na definição dos conteúdos para tratamento diferenciado
quando necessário;
6
• Reflexão permanente no coletivo sobre: o que, como e porque
se ensina determinado conteúdo.
• Proporcionar um ambiente de vivência pedagógica onde se
busca a coerência do saber e do fazer, da teoria e da prática.,
avaliação e auto-avaliação, do que deve ser e do que a
realidade do trabalho permite fazer.
• Trabalhar com as crises e conflitos de forma positiva buscando
compreender e conhecer suas causas, para ressignificação da
vida, das práticas e das lutas, que afirme o direito, a diferença e
o dever de transformar o mundo, contra toda forma de
desigualdade – compreender e partilhar ás práticas, os desafios
e as dificuldades concretas, é condição para intensificar a luta
pela superação das crises e conflitos que encontramos no
interior da escola e fora dela.
• Gestão democrática e participativa.
• Superação do autoritarismo, com exercício permanente do
diálogo.
• Organização coletiva do trabalho pedagógico, através da
socialização de práticas e saberes.
• Formação continuada que propicie á reflexão teórico-prática
sobre o todo da escola e sua relação com a sociedade.
• Estimular uma relação de companheirismo entre educadores e
alunos.
• Praticar a avaliação diagnóstica, formativa, contínua e crítica
que contribua para a qualidade do processo de ensino e
aprendizagem.
• Estabelecer uma avaliação emancipatória, voltada para a
construção do sucesso escolar e inclusão como princípio e
compromisso social.
• Garantir que todos os alunos que nela ingressam tenham
sucesso, oferecendo tratamento pedagógico diferenciado para
os que apresentam maiores dificuldades (sala de apoio e de
recursos).
6
• Refletir e rever o Conselho de Classe, partindo do pressuposto
que o mesmo deve constituir-se num espaço privilegiado de
reflexão pedagógica avaliativa, cuidando para que a reflexão
pedagógica prevaleça sobre qualquer outro aspecto.
• Trabalhar a diversidade cultural, diferenças étnico-racial, numa
perspectiva de respeito á singularidade do ser humano.
• Favorecer a inserção crítica de todas as camadas sociais
durante o processo, vê-las como pessoas e estar á disposição,
antes de tudo ouví-las na parceria desejada, pois a relação
recíproca de reconhecimento constrói a confiança mútua entre
pais, professores, direção, alunos e funcionários.
• Melhorar a estrutura física com recursos públicos, pleiteados
junto ao governo com a participação da comunidade bem como
recursos pedagógicos para atendimento de todos alunos,
inclusive os que apresentam necessidades educacionais
especiais.
• Formar cidadãos ativos, capazes de apropriar-se dos
conhecimentos científicos e tecnológicos, para agir na realidade
social, dar sentido as vidas individuais e coletivas, conscientes
da necessidade do respeito mútuo, solidariedade,
responsabilidade, quanto ao equilíbrio ecológico do planeta,
capaz de recriar a paz, para reduzir a violência e agir na
construção de um projeto de viver coletivo atuando na
sociedade a qual vive.
• Para valorização do espaço público (escola) preservando as
instalações físicas e mobiliárias, além de cultivar qualidade dos
relacionamentos estabelecidos com seus professores e colegas.
7
7. MARCO OPERACIONAL
A escola como espaço privilegiado deve primar pela ação
educativa equilibrada entre a formação do homem cidadão e a construção
do conhecimento num processo interativo, mediado pelo fazer escolar.
É necessário construir um projeto de ensino médio que supere a
dualidade entre a formação específica e formação geral e que desloque o
foco de seus objetivos do mercado de trabalho para a pessoa humana.
Uma formação humanística neste mundo de conhecimento, um
conhecimento contextualizado, embasado nos assuntos emergentes onde
a saúde e o meio ambiente são o cotidiano, por estarmos numa região
predominantemente agrícola. Trabalhar este homem para a ética e a
solidariedade é compromisso social. Formar este homem para o século
XXI, que saiba agir e reagir nas relações sociais.
Essa forma de aprendizagem contextualizada se refere a relação
entre contexto e experiência de vida, transferência do conhecimento
prévio do aluno, aplicação do mesmo, experimentação, onde se
desenvolve a exploração e invenção ou (re) descobre, sempre porém
através da cooperação ou trabalho coletivo. Contextualizar os conteúdos
para torná-los significativos para o aluno, evidenciando o caráter histórico
da construção do conhecimento e desenvolvendo um raciocínio complexo
e crítico.
O presente Projeto Político Pedagógico é uma proposta aberta,
flexível, constitui-se em um conjunto de referências e análises do Colégio
Estadual Rui Barbosa - Ensino Médio e Profissional, objetivando a
execução de práticas educativas a fim de que possamos aprimorar nossos
métodos de trabalho através de reuniões e grupos de estudos analisando
metas estruturadas e alcançadas dentro do prazo previsto. É de
fundamental importância salientar a integração de todos os recursos
humanos disponíveis na escola e na comunidade, na busca da
concretização do Projeto Político Pedagógico. Para transceder as
disciplinas constituidas e proporcionar a integração pretendida propõe-se
aos professores que retornem os estudos da história de sua disciplina de
7
formação e da ciência com a qual esta disciplina se relaciona, conhecer os
conteúdos (saberes) que a estruturam (e contribuem), o campo do
conhecimento que identifica a disciplina com a qual trabalha, definindo
conjuntamente na planejamento de cada período a metodologia, que
melhor se ajuste ás características da área e á formação de competências
pretendidas.
Os projetos citados anteriormente serão desenvolvidos em
conjunto, desde o planejamento ate a execução. A avaliação também será
realizada nesta perspectiva. Esta prática produz variedades de leituras,
multiplicidades de informações e uma qualificação de todos os membros
envolvidos. O nível de responsabilidade se amplia: todos são responsáveis
pela eficiência do processo ensino e aprendizagem, quebrando o
individualismo e a conpetição.
7.1 REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Redimensionar a organização do trabalho pedagógico significa
explicitar a identidade da escola, a implementação e aprofundamento dos
encaminhamentos teóricos/metodológicos das diretrizes curriculares,
respondendo os desafios de um novo estágio da evolução sócio-
antropológico e da prática social da educação.
O currículo materializa-se pelo trabalho educativo-pedagógico em
atividades de aprendizagem, que são elementos mediadores de conceitos
científicos e culturais.
Conseqüentemente, as atividades curriculares concretizam o
trabalho coletivo, comprometido com a escola pública de qualidade social.
Este trabalho coletivo realiza-se na construção compartilhada de uma
identidade que define, expressa e impulsiona a diversidade, presente nas
características desse Projeto Político Pedagógico.
Redimensionar a organização do trabalho pedagógico significa
também fazer a escola diferente, que contemple em fazer didático-
pedagógico que promova a satisfação de aprender e a ruptura com a
mesmice e a exclusão social.
7
O fazer didático pedagógico nos leva a compreender o currículo
não só como elemento organizador das práticas escolares, mas num
sentido mais amplo, como elemento mediador entre a escola e a
sociedade, aquele que possibilita a construção da ação pedagógica
através de interação entre os conhecimentos construídos na prática social
e transmitidos, organizados e transformados na prática escolar.
O currículo é marcado pela visão de mundo de uma determinada
sociedade, a prática escolar reflete essa visão, expressando-a idealmente
(currículo formal), por meio das formas concretas da ação dos agentes
escolares (currículo em ação), das regras e normas explicitadas que
governam as relações que são estabelecidas em sala de aula.
Pensar na escola é unir o Projeto Político-Pedagógico. Pensando
pedagógico, tem-se o saber do professor, determinador de sua identidade,
que parte da integração curricular, das disciplinas, da formação do
contexto ao qual está inserida a escola. Essa identidade deve estar de
acordo com a função da escola, que seria selecionar, separar e incorporar
certos saberes sociais, que são transformados ou adaptados ás formas e
aos objetivos do ensino em conformidade com os agentes escolares
(projeto político), e a clientela. Sendo refletido na representação do
professor sobre o currículo
O reflexo do currículo dependerá inicialmente de respondermos
qual é a finalidade social dos conteúdos escolares? Os conteúdos devem
ser integrados e aplicados na teoria e na prática no dia-a-dia do educando.
O professor e aluno são co-autores do processo ensino-aprendizagem.
Descobrindo para que servem os conteúdos científicos e culturais
propostos pela escola, obtendo assim, um novo indicador da
aprendizagem escolar, demonstrando o domínio teórico do conteúdo e no
seu uso pelo aluno, em função das necessidades sociais, compreendendo-
as e transformando a sociedade.
7
Os conteúdos trabalhados de forma contextualizada são analisados
em suas múltiplas dimensões como: conceituais, científicas, históricas,
política e artística, são explicitadas e apreendidas no processo ensino-
aprendizagem. Significando a compreensão dos conhecimentos em suas
múltiplas fazes dentro do todo social.
Esta forma de fazer o pedagógico apresenta-se como novo desafio
o qual, privilegia contradições, dúvidas, questionamentos e diversidades,
tornando os conteúdos, saberes em construção. Resultando da produção
histórica de como os homens conduzem sua vida nas relações sociais de
trabalho em cada modo de produção.
Desse modo, a leitura dessa realidade torna possível apontar um
novo pensar e agir pedagógico. Tendo como base o processo dialético do
trabalho pedagógico o qual, fundamenta a teoria da pedagogia histórico-
crítica-social.
Neste contexto, a educação escolar, exige esforços redobrados e
maior organização do trabalho educacional, assim como, a participação
efetiva da comunidade. Não basta apenas preparar o aluno para níveis
mais elevados de escolaridade, uma vez que ele precisa aprender para
compreender a vida, a si mesmo e a sociedade, como condição para ação
competente na prática da cidadania (aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a viver e aprender a ser).
7.2 CONCEPÇÃO DE GESTÃO
O sentido democrático empregado par qualificar a condução de um
processo de gestão está intimamente ligado aos valores da sociedade, da
cultua da escola e, fundamentalmente, á concepção de cidadania e do
saber que se promove para o exercício de transformação da escola e da
sociedade. Não se pode desvincular a gestão democrática do processo
pedagógico mais amplo. A escola educa e forma o cidadão por suas
relações pedagógicas.
O processo educacional tendo como base a democracia implica na
co-gestão ligada ao princípio da co-decisão.
7
A escola não é tão somente democrática pela sua ação
administrativa, ela torna-se democrática por sua ação pedagógica e
essencialmente educativa.
No campo educacional, o sentido da democracia é social, todos
têm direito ao acesso, com igualdade de oportunidades e que seja
oferecida uma educação de qualidade visando á formação do cidadão
como ser social-histórico e sujeito das relações.
Nesta perspectiva a escola é concebida como instância de
articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção, pedagogos,
docentes, discentes, funcionários e comunidade, ou seja, todos os
cidadãos participantes do processo coletivo de fazer educação. Assim, a
dimensão política e pedagógica do projeto são indissociáveis como um
processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na
busca de alternativas viáveis á efetivação de sua intencionalidade.
Assumir coletivamente o fazer educação, significa a autonomia da
escola como um exercício da democratização de um espaço público.
Delegando ao diretor e aos demais agentes pedagógicos a possibilidade
de dar respostas ao cidadão (aluno e responsável) a quem servem. A
autonomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas do que
faz ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa, é capaz
de permitir uma participação realmente efetiva da comunidade, o que
caracteriza como uma categoria eminentemente democrática, exigindo de
todos, compromisso de estar condicionado a um permanente desejo de
renovação.
Todavia o Projeto Político Pedagógico ganha legitimidade quando é
pensado, refletido, rascunhado, analisado, criticado, revisto e reescrito por
muitos, gerado e reconhecido por uma comunidade escolar em que há
necessariamente conflito de opiniões, divergências e interesses em
confronto.
7
Desta Maneira, o presente Projeto Político Pedagógico, ao se
construir um processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar
uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os
conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativa e
autoritárias.
A administração democrática, ao se firmar na decisão coletiva
educacional, constitui-se em efetivo espaço de comprometimento dos
representantes da comunidade interna e externa com o projeto
pedagógico elaborado de forma compartilhada.
Neste sentido, o Regimento Escolar diz que a Gestão Escolar é o
processo que rege o funcionamento da escola, compreendendo tomada de
decisões conjunta no planejamento, execução, acompanhamento e
avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a
participação de toda comunidade escolar.
A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos profissionais
da educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários que
protagonizam a ação educativa de cada categoria, as quais estão
descritas no Regimento Escolar (em anexo).
Sob a ótica da democracia participativa, o projeto é um meio de
engajamento coletivo para integrar ações dispersas, criar sinergias no
sentido de buscar soluções, alternativas para diferentes momentos do
trabalho pedagógico-administrativo, mobilizando os protagonistas á
explicação de objetivos comuns definindo o norte das ações a serem
desencadeadas, fortalecer a construção de uma coerência comum, mas
indispensável, para que a ação coletiva produza seus efeitos.
7
A legitimidade do projeto político pedagógico está estreitamente
ligada ao grau e ao tipo de participação de todos os envolvidos com o
processo educativo, o que requer reflexão, pesquisa e pensar o cotidiano e
na continuidade da ação: Isso implica compromisso político,
administrativo, pedagógico, pessoal e afetivo onde o grupo possa traduzir
seus anseios em situações reais. Significa resgatar a própria escola como
espaço público, lugar de debate, de diálogo, fundado na reflexão, na
participação individual e coletiva de todos os seus membros, conferindo-
lhes o poder de decisão.
No poder de decisão e/ou no exercício do poder esta á essência da
democracia. A qualidade do exercício do poder está referida ao espaço de
autonomia que fundamenta o ser cidadão e a finalidade instituição
educacional. O poder é exercido por todos os atores sociais em todas as
suas ramificações da estrutura organizacional.
Na concepção democrática cidadã, a participação dos atores
sociais deixa de ser mera colaboração para tornar-se exercício de poder
sobre aquilo que pertence a todos, onde todos que são designados para
um cargo não são "donos do poder", mas servidores da cidadania.
Em coerência com esse fundamento democrático participativo do
exercício do poder, os representantes do Conselho de Classe, Conselho
Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio Estudantil
exercem suas atribuições como "delegação de serviço aos interessados
coletivos e de responsabilidade social".
Destacamos que a autonomia da escola para experienciar uma
gestão participativa está previsto no art. 17 da L.D.B. (Lei das Diretrizes e
Bases da Educação Nacional), que afirma: "os sistemas de ensino
assegurarão ás unidades escolares públicas de educação básica que os
integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e
de gestão financeira observada as normas gerais de direito financeiro
público".
A L.D.B. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)é mais
precisa ainda nesse sentido, no seu art. 14, quando afirma que:
7
"Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática de ensino público no educação básica de
acordo com as suas peculiaridades conforme os
seguintes princípios:
I - Participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - Participação das comunidades escolares local em
conselhos escolares ou equivalentes".
Neste sentido, o Conselho de Classe é um órgão de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação
restrita a cada classe do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo
avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os
procedimentos adequados a cada caso. A composição, finalidades e
atribuições estão descritas no Regimento Escola (em anexo).
O Conselho Escolar é também um órgão colegiado composto por
representantes da comunidade escolar e local que tem como atribuição
deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas, financeiras
no âmbito da escola (Estatuto em anexo).
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento
de ensino busca integração dos segmentos da sociedade organizada, no
contexto escolar, discutir a política educacional representando os
interesses da comunidade, com Estatuto definindo sua composição,
finalidades e atribuições (em anexo).
A Lei Federal nº 7398 de 04/11/1985 assegurou aos estudantes do
Ensino Fundamental e Médio a organização de Grêmios Estudantis como
entidades autônomas representativas dos interesses dos estudantes, com
finalidades educacionais, culturais , cívicas, desportivas e sociais com
Estatuto determinando normas de funcionamento, composição e suas
atribuições (em anexo).
Lembramos que a atuação consistente de diferentes instâncias
colegiadas ocorre quando buscamos construir na escola um processo de
participação, baseado nas relações de cooperação, no trabalho coletivo e
7
no partilhamento do “poder” e por isso precisamos exercitar a pedagogia
do diálogo, do respeito ás diferenças, garantindo a liberdade de
expressão, a vivência de processos de convivência democrática, a serem
efetivados no cotidiano, em busca da construção e concretização das
metas estabelecidas nesse Projeto Político Pedagógico.
As participações das instâncias colegiadas colaboram efetivamente
para que a escola cumpra sua função na formação das pessoas, todos os
membros são co-responsáveis pelo respeito e pela valorização do saber do
estudante e do patrimônio cultural da comunidade, e ao mesmo tempo,
pela construção coletiva, solidária e co-responsável desse respeito e dessa
valorização.
Trabalhar o saber neste perspectiva fundamenta o
compartilhamento, a democracia e a construção de um mundo justo, de
qualidade de vida digna para todas as pessoas. As instâncias colegiadas
devem zelar por esta educação básica, pública, gratuita, universal e de
qualidade social.
Nesse cenário, indagamos de que modo á escola pode se organizar
para atender ao direito do estudante de Ter acesso a uma educação de
qualidade?
É função da escola, formar o cidadão, assegurando o acesso e a
apropriação do conhecimento sistematizado, mediante a instauração de
um ambiente propício ás aprendizagens significativas e ás práticas de
convivência democrática.
Dentre as ações próprias dessa função, estabelecemos meios que
garantam o desenvolvimento de atividades, em nível de escola, e o
cumprimento das tarefas docentes consideradas prioritárias, as quais
viabilizem a execução desse projeto.
A execução do projeto, inicialmente depende de um conjunto de
recursos que favoreçam o acesso, permanência e desempenho,
permitindo garantir um serviço educacional de qualidade.
7.3 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO
7
Os recursos disponibilizados atualmente pela escola são:
• Espaço físico adequado para alunos e professores nas salas de
aula;
• Controle de número de alunos por turma é realizado de acordo
com o espaço físico disponível;
• Espaço físico para reuniões com professores e para hora-
atividade;
• Instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias e bom estado de
conservação;
• Área para atividades esportivas e culturais;
• Espaço físico para direção, equipe pedagógica e administrativa;
• Espaços específicos para biblioteca, laboratório de informática,
laboratório de Ciências;
• Mobiliários para todos os ambientes;
• Materiais didáticos, pedagógicos, esportivos, recursos
tecnológicos e acervo bibliográfico para uso dos alunos e
professores;
• Os docentes com formação na área de atuação;
• Professores em número suficiente para atender ás necessidades
do currículo e das turmas;
• Aos profissionais da educação, formação continuada ofertada
pela mantenedora ao longo do período letivo;
• Possui equipe de apoio como merendeiras, serventes, inspetor
de alunos, bibliotecária e equipe administrativa;
• Ás instâncias colegiadas instituídas e em funcionamento;
• Parcerias com diferentes segmentos organizados da sociedade,
instituições de ensino superior e poder público municipal e
estadual;
• Recursos financeiros do Fundo Rotativo (Governo Estadual),
Programa Dinheiro Direto na Escola (Governo Federal), e
recursos próprios.
8
Além dos recursos humanos, físicos, materiais, financeiros e
participação da comunidade, outros mecanismos e instrumentos
asseguram a qualidade de ensino, tais como: calendário escolar, a
organização e utilização dos espaços educativos.
7.4 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR
Na elaboração do calendário escolar devemos levar em
consideração a L.D.B. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) a
qual, prescreve:
• O calendário sempre que possível, deve atender as condições
de ordem climáticas, econômicas ou outras que justifiquem a
medida, sem redução da carga horária de 800 (oitocentas)
horas anuais;
• O ano letivo deverá Ter 200 (duzentos) dias de trabalho escolar,
efetivo;
• As 800 (oitocentas) horas a serem cumpridas no ensino
fundamental e médio;
• Obriga o mínimo de 800 (oitocentas) horas distribuídas por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar.
• A carga horária diária tem suas ressalvas em relação aos cursos
noturnos, mas devem cumprir as 800 (oitocentas) horas anuais;
• As horas-aula programadas deverão ser cumpridas, pela escola
e pelo professor (art. 12,III e 13, V);
• Ano letivo são todos os dias de funcionamento da escola;
• Dia de efetivo trabalho escolar aquele de atividades
pedagógicas, isto é, de trabalho em sala de aula ou ambientes
equivalentes envolvendo alunos e professores.
É indispensável, na elaboração do calendário escolar, levar em
consideração o período de férias do corpo docente, de acordo com o
Estatuto do Magistério em vigência.
8
A entidade mantenedora da escola possibilita a escolha do
calendário de acordo com as peculiaridades do município, da região e
questões de ordem administrativas.
Ressaltamos a necessidade da inclusão no calendário escolar de
períodos reservados especificamente para reuniões pedagógicas
administrativas as quais, viabilizariam acompanhamento, controle e
avaliação da execução desse projeto.
O calendário escolar é o instrumento que marca o ritmo das
atividades, da organização e das condições para garantir de acordo com a
lei o tempo de aprendizagem do estudante.
A partir do calendário escolar, como a escola organizará as
atividades escolares? Primeiramente, as atividades desenvolvidas ao
longo do período letivo não se realizam exclusivamente em sala de aula.
Outros locais além dos oferecidos pela instituição de ensino, dependendo
do contexto, poderão realizar o trabalho pedagógico de natureza teórica e/
ou prática.
Considerando que todas as atividades exigem a freqüencia do
estudante do e do professor, será caracterizado como atividade escolar.
7.5 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS
EDUCATIVOS
A utilização dos espaços educativos será de acordo com os
critérios abaixo descritos:
• Atender a proposta curricular;
• Implementação de projetos;
• Horário do(s) professor(s);
• Rendimento escolar dos estudantes;
• Disponibilidade dos agentes colaboradores;
• Elaboração de calendário interno definindo as atividades da
escola.
8
A utilização dos espaços é um incentivo ás formas democráticas de
convivência escolar. Tendo por premissa o estabelecimento de condutas
construídas coletivamente que auxiliem a efetivação de práticas
pedagógicas e considerando o ritmo individual do estudante para
aprendizagem intelectual, sociocultural, afetiva e ética.
7.6 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR
PROFESSOR E RAZÃO POR ESPECIFICIDADES
A organização de turmas e distribuição por professor, leva em
consideração os fatores descritos a seguir:
• A entidade mantenedora da escola definiu que o Ensino Médio
será ofertado em séries anuais e o Profissionalizante em
períodos semestrais;
• As modalidades de ensino ofertadas dependendo do período de
atendimento (diurno e/ou noturno) determina uma carga horária
para cada disciplina (base nacional e parte diversificada),a ser
cumprida no decorrer do ano letivo;
• A organização das turmas por período e modalidades depende
inicialmente do número de professores por disciplina e período,
hora-atividade, lotação de padrão, aulas extraordinárias, espaço
físico para as salas de aula, número de alunos por turma e
orientações emanadas da entidade mantenedora da escola;
• No período matutino são ofertadas turmas do Ensino Médio e no
período noturno Ensino médio e Profissionalizante;
• A equipe pedagógica deve sugerir outros critérios para
formação das turmas com base nas informações dos membros
do Conselho de Classe, tais como: rendimento escolar, número
de alunos por turma, questões disciplinares, idade-série,
acompanhamento familiar e outros.
A organização das turmas em séries será ponto de reflexão
constante sobre os resultados obtidos com essa prática pedagógica.
8
Devemos considerar que a mesma favoreça as articulações das atividades
curriculares e relação ao tempo e ao espaço escolar. Garantindo um
tratamento igualitário a todos os alunos considerando suas diferenças,
bem como, as situações inclusivas (a escola possui um aluno portador de
deficiência física).
Atender as diferenças individuais é assegurar o tempo pedagógico,
definindo o currículo no qual, o estudante tem direito á continuidade e
terminalidade de estudos. Respeitando o ritmo e o tempo e as
experiências dos alunos. Afirma Fretas (2004, p.156): “Não basta dar mais
tempo para o estudante aprender. É preciso exercer uma ação eficaz no
tempo adicional que ele passa na escola. A mera passagem de tempo não
gera aprendizagem”. O tempo na escola deverá ser dedicado á
socialização e construção do conhecimento.
O maior desafio para a escola ao organizar as situações de
aprendizagem, é, sem dúvida, considerar a heterogeneidade dos alunos
frente á garantia de acesso, permanência, continuidade e terminalidade.
7.7 INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS QUE EVADIRAM Á
ESCOLA
Em virtude das condições econômicas e sociais desfavoráveis ou
outros fatores, deparamo-nos com alunos “evadidos”, excluídos em
determinado momento da educação escolar.
A escola tem então papel preponderante para proporcionar a esse
grupo a princípio discriminando o acesso aos conhecimentos científicos e
culturais.
A organização das atividades escolares deverá assegurar o tempo
de aprendizagem necessário, permitindo que cada um avance em seu
ritmo, usando o tempo pedagógico de aprendizagens significativas.
8
A escola deve ficar atenta aos sinais que evidenciam que os
estudante estão sendo respeitados em seu ritmo de aprendizagem,
reorganizando o trabalho pedagógico, independentemente de sua
condição de “evadido”, repetente” e/ou que se encontre em outra
situação semelhante.
A autonomia na condução das atividades pedagógicas e
administrativa da escola está vinculada ás diretrizes e normas do sistema
público de ensino. Nesse sentido, a medida tomada pela escola fortalece o
processo formativo, por meio de condutas construídas coletivamente,
auxiliando no oferecimento de um clima favorável, de fato, as
aprendizagens dos estudantes.
No entanto, reorganizar a prática pedagógica que leve em conta as
diferenças e as necessidades de cada estudante, tem como base de
sustentação a verificação do rendimento escolar, compreedendo a
avaliação do aproveitamento e apuração da assiduidade, mediante
instrumento previstos no regimento escolar e observadas as diretrizes da
lei.
7.8 PRÁTICAS AVALIATIVAS
Os mecanismos de avaliação permitem constatar, compreender,
estudar, interpretar, acompanhar, aperfeiçoar e intervir nos processos de
construção do conhecimento, bem como diagnosticar seus resultados e
atribuir-lhes valor.
Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos da aprendizagem,
considerada a interdisciplinalidade e a multidisciplinariedade dos
conteúdos, de acordo com o currículo e os objetivos propostos pela escola.
A nota do bimestre e/ou semestre será resultante da somatória dos
valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores
cumulativos em várias aferições na seqüencia e ordenação dos conteúdos.
A recuperação de estudos será de forma paralela ao longo da série
e do período letivo ofertada aos alunos de baixo rendimento escolar.
8
Constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino, além de
se adequarás dificuldades dos discentes.
O professor deverá oportunizar a recuperação de estudos através
de pesquisas, dissertações, provas, trabalhos individuais ou em grupos,
atividades extra classe e outras.
Cabendo também a escola oferecer oportunidades de participação
em atividades realizadas em contra – turno com os projetos desenvolvidos
em diferentes áreas do conhecimento, além de freqüentar as salas de
apoio e/ou sala de recursos com materiais e metodologias diferenciadas
que atendam as necessidades de cada aluno.
As normativas regimentais, no que se referem ao rendimento
compreendendo avaliação escolar, não são suficientes para atender aos
direitos educacionais de oportunizar acesso, terminalidade, continuidade e
uma educação de qualidade social a todos. O ponto de partida é a reflexão
coletiva sobre que tipo de escola queremos construir? Para que
sociedade? Para que camada da população vamos trabalhar? Qual a
concepção de homem? Qual a concepção de mundo? Qual a concepção
de conhecimento? Qual a concepção de cultura? Quem a avaliação
beneficia? A quem interessa? Traz que tipos de resultados? Quem é
reprovado tem as suas condições melhoradas? Quais as alternativas para
quem supostamente não mostre condições? O que representa a nota
mínima? Os instrumentos permitem um diagnóstico efetivo da
aprendizagem? Essas concepções permeias o presente Projeto Político
Pedagógico, levam-nos a estabelecer alternativas na busca por uma
educação de qualidade e consequentemente com uma prática avaliativa
emancipadora.
Neste sentido identificamos alguns atributos da escola, a qual
oferecerá uma educação de qualidade resultante das práticas avaliativas
emancipadoras, tais como:
• Ser pluralista, porque admite correntes de pensamento
divergentes com respeito á diversidade, ao diferente;
• Ser humanista, por identificar o homem como foco do processo
educativo;
8
• Ter consciência de seu papel político como instrumento para a
emancipação, combate ás desigualdades sociais e desalienação
dos trabalhadores;
• Desenvolver o ser social em todas as suas dimensões: no
econômico (inserção no mundo do trabalho e da produção de
bens e serviços); no cultural (apropriação, desenvolvimento e
sistematização da cultura popular e universal); no político
(emancipação do cidadão, tornando-o dirigente do seu destino e
participe ativo na construção do destino do grupo social ao qual
pertence).
Ao focalizar o processo ensino-aprendizagem como o eixo do
trabalho numa educação emancipadora, que busca a transformação da
realidade. O conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e
assim, o aluno e professor ensinam e aprendem num movimento de troca
e crescimento mútuo. Nessa percepção, como PAULO FREIRE tão bem
desvelou, o processo ensino-aprendizagem é uma seta de mão dupla: de
um lado, o professor ensina e aprende e, de outro, o estudante aprende e
ensina, num processo dialético isto é, permeado de contradições e de
mediações.
Nessa perspectiva, transformar a prática avaliativa é responder as
questões educacionais em suas concepções, seus fundamentos, sua
organização, suas normas burocráticas, mudanças conceituais, redefinindo
os pressupostos teóricos e metodológicos dos conteúdos, das funções
docentes entre outras.
Sendo assim, a avaliação contínua formativa deve prevalecer no
processo ensino-aprendizagem, visando o desenvolvimento integral do
aluno, vislumbrando um diagnóstico individual de cada um, identificando
seus sucessos, possíveis fracassos e/ou dificuldades como meio de
visualização qualitativa e não somente quantitativa.
8
A análise qualitativa na avaliação formativa leva em consideração
os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais os quais permeiam as
aprendizagens significativas possibilitando que o aluno continue a
aprender.
Avaliação com parte do processo ensino-aprendizagem significa
conhecer o aluno melhor e ensinar melhor. Observando e registrando os
dados diante de atividades pedagógicas inovadoras, relevantes e
significativas, considerando o tempo efetivo para que a aprendizagem
possa ocorrer.
Dar sentido a avaliação formativa é convertê-la em uma
ferramenta pedagógica, contribuindo para o desenvolvimento das
capacidades dos alunos e da qualidade do ensino.
Dessa forma, as finalidades da avaliação são:
01 – Conhecer o aluno: suas competências curriculares, seu estilo
de aprendizagem, seus interesses, duas técnicas de trabalho.
02 – Constatar o que está sendo aprendido: o docente faz registros
do acompanhamento do estudante ou do grupo, de forma contínua e com
diversos procedimento metodológicas, julgando o grau de aprendizagem
considerando os conhecimento, ás atitudes e valores, ás aprendizagens
sócio afetivos e culturais.
03 – Adequar o processo de ensino: de acordo com os objetivos
propostos ao aluno como ao grupo e áqueles que apresentam
dificuldades.
04 – Julgar, globalmente, o processo de ensino-aprendizagem: o
docente realizará análise e reflexão ao término de cada unidade sobre o
sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los de acordo
com os resultados apresentados e se for o caso redirecionar sua própria
prática.
A avaliação será contínua e integrada ao fazer diário do professor,
realizada em situações normais, evitando a exclusividade de rotina das
provas na qual o aluno é medido somente naquela situação específica,
abandonando-se tudo que foi realizado em sala e/ou outros espaços
educacionais antes da prova.
8
A postura avaliativa contínua do docente deve compreender as
várias áreas de capacidade do aluno, como a cognitiva motora de relações
interpessoais de atuação, ética nos variados componentes do currículo. A
avaliação formativa é concebida como meio pedagógico para ajudar o
aluno em seu processo educativo.
Segundo HOFFMANN (2000), avaliar nesse novo paradigma é
dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento
permanente do professor e este deve propiciar ao aluno e seu processo de
aprendência, reflexão acerca do mundo, formando seres libertários e
participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.
Diante desse panorama avaliativo, a escola valorizará nas
experiências educativas, o processo de aprender a aprender, a formação
das capacidades, o desenvolvimento da criatividade pessoal e do
reconhecimento do outro como sujeito, a criação de atividades que
privilegiem o conhecimento e, por fim, a possibilidade de verificar o
desempenho dos alunos nas diversas práticas escolares, para corrigir
rumos e replanejar.
Importante também destacar que não existe processo avaliativo
desvinculado da afetividade, porque há uma dialética entre o afetivo e o
cognitivo. Os indicadores de afetividade permeiam a relação do aluno com
seu desempenho.
Cabe enfatizar que na prática pedagógica o professor deverá
observar o aluno quanto a:
01 – o nível de aprendizagem;
02 – A qualidade do conteúdo elaborado, da linguagem utilizada;
03 – A sistematização e ordenação das partes, relacionadas á
produção individual;
04 – A qualidade da elaboração em conjunto com outros alunos;
05 – A capacidade crítica, indicando a criatividade;
06 – A capacidade de reconstrução própria e de relacionar os
conteúdos das diversas áreas do conhecimento;
07 – As considerações e opiniões dos próprios alunos.
8
Dada a forma dinâmica e interdependente do trabalho educativo,
não podemos esquecer que os resultados do processo avaliativo
interessam a cinco públicos:
01 – ao aluno, que tem o direito de conhecer o próprio processo de
aprendizagem para se empenhar na superação das necessidades;
02 – Aos pais co-responsáveis pela educação dos filhos;
03 – Ao professor, que precisa avaliar a própria prática;
04 – A equipe docente que deve garantir terminalidade e
continuidade do percurso escolar do aluno;
05 – As instâncias colegiadas co-responsáveis pela concretização
das metas do Projeto Político Pedagógico.
Em coerência com essa prática deve-se primeiramente informar o
porque e para que estudar determinado conteúdo, estabelecendo normas
de condutas na sala de aula.
Definindo as condutas os alunos terão condições de
acompanharem seu próprio desenvolvimento. Surgindo então a auto-
avaliação, devendo o professor explicar por que e para que realizar essa
prática, e determinando em que aspecto cada um deve se avaliar. As
auto-avaliações podem ser orais ou escritas, onde o aluno expõe sua
análise, discute com os colegas, relata suas dificuldades e aquilo que não
aprendeu.
A auto-avaliação é mais um instrumento para melhorar o trabalho
docente e promover a autonomia do aluno. Esse processo democrático
coloca o aluno como sujeito da própria educação, dando maior segurança
ao professor, que teme ser injusto ou tendencioso.
Compreendendo a educação como prática social que visa o
desenvolvimento de cidadãos conscientes, autônomos e emancipados, a
avaliação é fundamental como um processo dialógico, interativo tornando
o aluno também um ser crítico, criativo e participativo.
7.8.1 Registos Utilizados
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Os registros dos resultados do trabalho escolar são feitos no
Registro de Classe que é um instrumento de escrituração escolar com a
finalidade de documentar a frequência do aluno, os conteúdos e o
aproveitamento escolar.
No final de cada periodicidade é registrado o total de faltas e
resultado da avaliação entregue á secretaria o “picote” com as
informações solicitadas, de todas as colunas destinadas as faltas e
médias. A Secretaria registra no Sistema Estadual de Registro Escolar –
SERE, que é transcrito sob a forma de Boletim Escolar.
São realizadas pela equipe pedagógica, reuniões com pequenos
grupos de alunos, após o Conselho de Classe para Cientificá-los dos
resultados de todo processo educativo que ele vivência. Os professores
também são estimulados a utilizar a técnica de discussão circular para
discutir os resultados deste processo.
No final de cada bimestre são realizados reuniões com os pais,
direção, equipe pedagógica e professores , os quais aproveitam a
oportunidade para conversas com os pais dos alunos que apresentam
problemas mais sérios, e comunicar os resultados por escrito através do
Boletim Escolar.
São feitas regularmente visitas ás famílias dos alunos e entrevistas
com os pais por parte dos professores e equipe pedagógica. Este trabalho
permite ao professor e equipe pedagógica acompanhar mais de perto os
progressos do aluno e descobrir as possíveis razões do avanço
insuficiente, quando for o caso.
7.8.2 Atividades de Recuperação
9
Essas atividades são organizadas para aqueles alunos que têm
maiores dificuldades na aprendizagem correspondente aos conteúdos da
sua série. A recuperação é feita ao mesmo tempo que os assuntos nos
quais o aluno apresenta dificuldade de aprendizagem, assunto estes que
são estudados pelo restante da turma. Trata-se de atividades extras
destinada aqueles alunos que não alcançam pleno êxito no tempo normal
das aulas.
7.9 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
7.9.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar do Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio
e Profissional é de suma importância para sua organização e
funcionamento, uma vez que conta com a participação de educadores,
educandos, pais, funcionários e eventualmente outros membros da
comunidade. O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza
consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer sua ação,
organização, funcionamento e relacionamento coma comunidade, nos
limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política
educacional traçadas ela Secretaria de Estado da Educação do Paraná. O
Conselho Escolar promove a articulação entre os vários segmentos
organizados da sociedade e os setores da escola garantindo sua
participação nas decisões relativas ao trabalho escolar, decisões essas
que ao serem implementadas, todos estarão comprometidos com elas.
7.9.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual
Rui Barbosa é regido por Estatuto Próprio. O seu âmbito de ação é traçar
ações de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino e
integração família – escola – comunidade. Mas, o papel da APMF têm
poucas oportunidades e são pouco estimulados a colaborar para que a
9
escola atinja os objetivos educacionais. Na realidade a APMF pode e deve
participar da própria formulação dos objetivos educacionais ou, ao menos,
devem poder discutir tais objetivos para que a escola realmente tenha
condições de trabalhar em consonância com a comunidade.
7.9.3 Grêmio Estudantil
A partir da democratização do País, o Colégio Estadual Ru Barbosa
estimulou e favorecer a organização livre e participativa da Grêmio
Estudantil, como condição indispensável á melhoria do processo de
ensino-aprendizagem.
A organização do Grêmio Estudantil “Herbert de Souza”, foi
fundada em 19 de maio de 1997, como entidade autônoma representativa
dos interesses dos estudantes com finalidades educacionais, culturais,
cívicas, desportivas e sociais.
9
8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
I – ESTABELECIMENTO:
Município: Formosa do Oeste
Núcleo: Assis Chateaubriand
Diretor: JOSÉ MACHADO SANTANA
II – OBJETIVOS GERAIS:
O professor José Machado Santana, Diretor do Colégio Estadual Rui
Barbosa – Ensino Médio, apresenta o seu Plano de Ação, o qual insere-se
diante da grande velocidade de mudanças no conhecimento, na ciência e
na tecnologia, priorizando o processo do conhecimento, trabalhando com
a pluralidade, com conteúdos significativos para os alunos, para a
sociedade, e para a época.
Este projeto, compreende a concepção a respeito da educação, da
pessoa humana, a vida em sociedade, tudo construído num trabalho
coletivo, visando a formação do novo homem, consciente e
compreendedor de seus direitos e deveres, conhecedor das normas que
regem a conduta aceita nos mais variados âmbitos, como o social, o
cultural e o político.
Formar o cidadão para o exercício pleno da cidadania,
possibilitando-o a compreender o mundo em seu momento histórico,
preparando-o para participar na sociedade, atuando na cultura, na política
e nos meios de produção, de forma a promover as transformações
necessárias, através do desenvolvimento de competências adquiridas e
aquisição do saber científico sistematizado, buscando:
Aumentar o envolvimento dos pais e comunidade na escola;
Proporcionar mais tempo para estudantes e professores
trabalharem em projetos do mundo real, com significado e relevância;
Dedicar maior tempo para o desenvolvimento profissional
(professores e administrativos);
9
Incorporar a tecnologia do mercado na aprendizagem;
Respeitar as diferentes capacidades, processos e ritmos do
aprender;
Modular e valorizar o conceito de aprendizado permanente.
III – AÇÕES ADMINISTRATIVAS DIDÁTICAS PEDAGÓGICO DOS ANOS LETIVOS 2006/2007:
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
ESTRATÉGIA
DE AÇÃO
RECURSOS
HUMANOS, FÍSICOS E
MATERIAIS
CRONOGRAMA
DEMOCRATIZA
R O
ACESSO À
ESCOLA
Divulgação ampla do
período de matrícula;
Renovação de
matrícula dos alunos
regularmente
matriculados nesta
Escola;
Matrícula dos alunos
rigorosamente por
ordem de chegada
conforme o número de
vagas;
Ações
complementares ao
currículo.
Direção;
Conselho Escolar;
Secretaria da
Escola;
Equipe Técnico-
Pedagógico da
Escola;
APMF da Escola;
Conselho Tutelar;
NRE.
1º Semestre
GARANTIR A
PERMANÊNCIA
DOS ALUNOS
NA ESCOLA
Sistema de avaliação
da Escola;
Atualizar as técnicas
de ensino, através de
reuniões de estudo;
Leitura para
fundamentação teórica;
Direção;
Conselho Escolar;
Cursos
programados pela
SEED via NERE;
Equipe Técnico-
pedagógica da
1º e 2ºSemestre
9
Democratizar a
atuação do Conselho de
Classe;
Atividade extra-classe,
atendendo as exigências
e necessidades do
educando;
Ações
complementares ao
currículo.
Escola;
Equipe de Ensino
do NRE;
Alunos,
professores, materiais
esportivos;
Aparelhos de som e
cenários.
CONTRIBUIR
PARA A
MELHORIA DA
QUALIDADE DE
ENSINO
Capacitação dos
professores;
Grupos de estudos
para
professores;
Aquisição de mat.
Didático adequado;
Elaboração de
Projetos Especiais;
Ações
complementares ao
currículo.
Direção;
Equipe Técnico-
pedagógica da
Escola;
Professores;
APMF;
SEED;
NRE;
Fundo Rotativo.
1º e 2ºSemestre
RESPEITAR A
IDENTIDADE
CULTURAL DOS
ALUNOS
Atividades
educacionais com o
aluno;
Atividades professor x
aluno;
Oportunizar debates.
Pessoal Técnico-
administrativo da
escola;
Professor x alunos;
Pessoal de serviços
gerais.
1º e 2ºSemestre
GARANTIR AOS
ALUNOS AS
800h/a
Cumprimento do
calendário escolar
Calendário Escolar
Aprovado;1º e 2º
Semestre
9
LETIVAS aprovado pelo NRE. Regimento Escolar
Aprovado.
FAVORECER A
INTEGRAÇÃO
SOCIAL ENTRE
ALUNOS
Palestras;
Campeonatos;
Olimpíadas
Estudantis;
Mostra Cultural;
Encontros gerais de
alunos;
Ações
complementares ao
currículo.
Professores, alunos
equipe Técnico-
administrativa e
pedagógica,
empresas locais;
Estandes;
Comunidade.
1º e 2ºSemestre
FAVORECER O
CRESCIMENTO
CULTURAL E
ARTÍSTICO DOS
ALNOS
Mostra Cultural;
Exposições de
trabalhos artísticos;
Peças teatrais;
Exposições culturais;
Ações
complementares ao
currículo.
Professores e
alunos;
Equipe Técnico-
pedagógica;
Painéis para
exposições;
Estandes;
Biblioteca;
Videocassete.
1º e 2ºSemestre
DESENVOLVER
A
CRIATIVIDADE
E DESPERTAR A
CURIOSIDADE
CIENTÍFICA
DOS ALUNOS
Teatros e músicas;
Mostra Cultural;
Pesquisas científicas;
Ações
complementares ao
currículo
Equipe Técnico-
pedagógica;
Alunos, pais e
comunidade;
Professores;
Estandes e
cenários;
Videocassete;
Material
bibliográficos;
1º e 2º
Semestre
9
Comunidade.
INCENTIVAR A
ORGANIZAÇÃO
DOS ALUNOS
Encontros de alunos,
reuniões e debates;
Avaliação;
Designação de um
professor conselheiro
por turma;
Eleição de um
representante de classe;
Criação de comitês.
Alunos,
professores, equipe
técnico-pedagógica e
membros da
comunidade;
Regimento Escolar;
Grêmio Estudantil.
1º e 2ºSemestre
PROVOCAR
DEBATES
ENTRE OS
ALUNOS SOBRE
ASSUNTOS
ATUAIS DE
INTERESSE
SOCIAL
Debates;
Palestras;
Pesquisas;
Campanhas
educativas;
Filmes.
Equipe pedagógica,
alunos, biblioteca e
convidados da
comunidade
(palestristas);
Professores.
1º e 2ºSemestre
AVALIAR O
APROVEITAME
N-TO ESCOLAR
DOS ALUNOS,
ATRAVÉS DE
ACOMPANHAM
ENTO DOS
RESULTADOS
DOS OBJETIVOS
Testes escritos;
Exposições orais;
Trabalhos e
pesquisas;
Consultas ao conselho
de classe;
Atividades realizadas
em sala de aula;
Recuperação paralela
bimestral;
Conselho de classe;
Material didático;
Alunos;
Professores e
comunidade escolar;
Bibliotecas;
Regimento escolar.
1º e 2ºSemestre
9
Levantamento de
problemas e propostas.
PRESTAR
ASSISTÊNCIA
AO EDUCANDO
Reforço na merenda
escolar;
Prestar os primeiros
socorros;
Encaminhar para
assistência médica
quando necessário;
Materiais didáticos e
outros.
Equipe técnico-
pedagógica e direção;
Conselho escolar;
Alunos;
Professores;
Videocassete;
Biblioteca;
Pessoal de serviços
gerais;
Regulamento
interno da Escola.
1º e 2ºSemestre
GARANTIR AOS
ALUNOS A
APLICAÇÃO DO
CURRÍCULO
BÁSICO EM
CADA
DISCIPLINA
Aplicação do Currículo
Básico do Estado do
Paraná
Professores;
Equipe técnico-
pedagógica;
Alunos;
Materiais
pedagógicos;
Videocassete;
Biblioteca;
Planejamento dos
professores;
Regimento Escolar;
NRE.
1º e 2ºSemestre
FAVORECER A
INTEGRAÇÃO
SOCIAL ENTRE
PROFESSORES
Excursões;
Reuniões festivas;
Atividades esportivas.
Professores e
funcionários da
Escola.
1º e 2ºSemestre
9
E
FUNCIONÁRIOS
FAVORECER A
INTEGRAÇÃO
ENTRE A
ESCOLA E A
COMUNIDADE
Reuniões, encontros,
debates e palestras;
Olimpíadas;
Exposições de
educação artística e
ciências;
Promoções em geral;
Exposições e
apresentações culturais.
Direção;
Conselho escolar;
S.O.E. e S.S.E.;
Professores, alunos
e pais;
APMF da Escola;
Comunidade em
geral.
1º e 2ºSemestre
PRESTAR
SERVIÇO DE
QUALIDADE A
COMUNIDADE
Reuniões;
Discussões do
Regimento Escolar;
Desempenho das
funções;
Avaliação coletiva.
Equipe Técnico-
administrativa;
Pessoal de serviços
gerais;
Professores;
Regimento Escolar.
1º e 2ºSemestre
INCENTIVAR A
ORGANIZAÇÃO
DE PAIS
Assembléia de pais;
Participação no
processo de avaliação;
Renovação da APMF.
Direção da Escola;
Conselho Escolar;
APMF da Escola;
Regimento Escolar;
Pessoas da
comunidade.
1º e 2ºSemestre
ORIENTAR OS
PAIS NA
EDUCAÇÃO
DOS FILHOS
Reuniões;
Palestras;
Demonstrativos do
desempenho
educacional da escola.
Direção;
Equipe Técnico-
pedagógica;
Convidados
especiais
(palestrantes).
1º e 2ºSemestre
DIVULGAR AS
Eventos culturais e
esportivos realizados
Direção;
Conselho Escolar;
1
ATIVIDADES
REALIZADAS
PELA ESCOLA
pela escola;
Redações e poesias
produzidas por alunos
dessa Escola;
Outras atividades
promovidas pela Escola;
Exposições culturais.
Equipe Técnica;
APMF da escola;
Professores e
alunos;
Rádio e jornal;
Convites e editais.
1º e 2ºSemestre
CRIAR
CONDIÇÕES DE
UM
PERMANENTE
APERFEIÇOA-
MENTO
TÉCNICO
CIENTÍFICO DO
CORPO
DOCENTE,
TÉCNICO E DE
SERVIÇOS
GERAIS
Reuniões;
Encontros, seminários,
cursos proporcionados
pela SEED via NRE e
Escola.
Materiais didáticos;
Leituras de jornais
e revistas;
Equipe Técnico-
administrativa da
Escola;
Equipe de ensino
do NRE;
Professores de
universidades;
Regimento Escolar.
1º e 2ºSemestre
PROPORCIO-
NAR A
CONFRATER-
NIZAÇÃO DE
PROFESSORES
E FUNCIONÁ-
RIOS
Reuniões festivas
semestrais de
comemoração aos
aniversariantes;
Reunião festiva no dia
do professor;
Reunião festiva de
encerramento do ano
letivo.
Direção;
Equipe Técnica;
Funcionários;
APMF;
Conselho Escolar.
1º e 2ºSemestre
GARANTIR O
FUNCIONA-
MENTO
ADEQUADO DA
BIBLIOTECA
Ampliar e atualizar o
acervo bibliográfico,
sempre que necessário.
Equipe responsável
pela biblioteca;
Regimento Escolar.
1º e 2ºSemestre
1
GARANTIR A
ESCOLA LIMPA
E ORGANIZADA
Campanhas
educativas;
Panfletos;
Reuniões;
Aplicação do
Regimento Escolar.
Direção;
Professores;
Equipe Técnico-
administrativa;
Pessoal de serviços
gerais;
APMF da Escola;
Regimento Escolar.
1º e 2ºSemestre
GARANTIR A
MANUTENÇÃO
E REPAROS
NECESSÁRIO
DA ESTRUTURA
FÍSICA E DOS
EQUIPAMEN-
TOS DA
ESCOLA
Oficiar as autoridades
competentes (SEED,
FUNDEPAR, Prefeitura e
NRE;
Audiência com
autoridades
competentes;
Utilização de verbas
da APM e FUNDEPAR;
Promoções.
Direção;
APMF da Escola;
Governo do Estado
do Paraná;
Prefeitura
Municipal;
Professores;
Funcionários;
Alunos.
1º e 2ºSemestre
PROVIDEN-
CIAR
CARTEIRAS
NOVAS
Ofícios à FUNDEPAR.
Direção;
Conselho escolar;
APMF da Escola;
Governo do Estado;
NRE.
1º e 2ºSemestre
INCENTIVAR O
USO DO
LABORATÓRIO
DE
INFORMÁTICA
E BIOLOGIA
Aquisição de
softwares educativos;
Capacitação de
professores;
Parcerias com Escolas
de Informática.
Direção;
Conselho Escolar;
APMF;
Governo do Estado;
NRE;
Funcionários.
1º e 2ºSemestre
SOLICITAR A Oficiando as Direção e APMF;
1
PINTURA DO
PRÉDIO E
MUROS
autoridades
competentes SEED,
FUNDEPAR, Prefeitura e
NRE.
Conselho Escolar;
Governo do Estado;
Prefeitura
Municipal.
1º e 2ºSemestre
SOLICITAR
COBERTURA DA
QUADRA DE
ESPORTES COM
PISTA DE
ATLETISMO AO
REDOR DA
MESMA
Oficiando as
autoridades
competentes SEED,
FUNDEPAR, Prefeitura e
NRE;
Organizando
promoções.
Direção,
Professores, Equipe
Técnico-pedagógico,
Equipe Técnico-
administrativa,
pessoal de serviços
gerais e FUNDEPAR.
1º e 2ºSemestre
SOLICITAR A
CONSTRUÇÃO
DE UM
REFEITÓRIO
Oficiando autoridades
competentes (SEED,
FUNDEPAR, Prefeitura e
NRE);
Utilização de verbas
da APM e FUNDEPAR;
Organizando
Promoções.
Direção;
Professores;
Equipe Técnico-
administrativa;
Pessoal de Serviços
Gerais;
APMF da Escola;
FUNDEPAR.
1º e 2ºSemestre
IV – RESPONSÁVEL:
Direção, Professor Pedagogo, Professores, Conselho Escolar, Conselho Tutelar, APMF, Grêmio Estudantil, Pais e Alunos.
V – CRONOGRAMA:
Gestão 2006/2007.
VI – AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO:
A avaliação deste Plano de Ação será feita ao final de cada ano, com
a participação de todos os envolvidos na sua execução.
1
Serão analisados todos os itens a fim de verificar se os objetivos
propostos foram alcançados ou não, verificar quais as razões de não terem
sido atingidos. Então, este será o momento de repensar, discutir e
direcionar novas ações pedagógicas para a solução dos mesmos.
Consiste numa atividade de verificação quanto ao desenvolvimento
deste plano, seja nos objetivos propostos, o que deverá ser realizado da
seguinte forma:
a) Reuniões periódicas com representantes de cada segmento da comunidade escolar;
b) Pesquisas com questionários específicos.
A avaliação terá como objetivo principal, garantir e assegurar a
filosofia da Escola, que é o de estabelecer entre corpo docente e discente,
excelente relacionamento afetivo e de confiança, que permita conhecer a
história e personalidade de cada um, para que então sejam auxiliados na
aprendizagem de conteúdos e valores éticos, como motivação ideal para
que superem dificuldades, formando assim, pessoas conscientes e críticas,
voltadas para o desenvolvimento da sociedade.
8.1 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
A equipe pedagógica é aquela que deve lançar novos desafios e
colaborar na concretização de uma escola pública, democrática e de
qualidade social.
A equipe pedagógica deve ser competente, flexível, criativa,
crítica, conhecedora das novas tecnologias, que saiba trabalhar em
equipe, que possua outonomia de pensamento, sociável, que saiba
compreender processos e incorpore novas idéias que tenha habilidade de
gestão, auto estima, etc.
A equipe pedagógica deve ser articuladora do processo ensino-
aprendizagem atuando em sintonia com os profissionais da educação e
comunidade escolar na discussão, elaboração, execução e avaliação do
Projeto Político Pedagógico.
Eixo Norteador
1
Garantir a oferta do Ensino Médio e Profissionalizante considerando
a indissociabilidade entre o acesso, a permanência, a qualidade e a
conclusão.
Objetivo
01 – Oportunizar a participação dos profissionais da educação em
debates e reflexões permanentes sobre as políticas que norteiam o
sistema educacional como grupos de estudo e/ou capacitação
descentralizada.
1.1 Detalhamento
1.1.1 Incentivar e promover a formação continuada em serviço dos
profissionais da educação;
1.1.2 Solicitar com antecedência o material a ser utilizado,
providenciando as cópias, preparando o espaço físico,
recursos tecnológicos e cronograma de divisão dos estudos;
1.1.3 Viabilizar a participação dos profissionais da educação em
seminários e cursos mantendo-os informados sobre a
realização dos mesmos.
1.2 Responsável
1.2.1 A responsabilidade pela organização, informações e fichas de
inscrição será compartilhada entre as profissionais que
compões a equipe pedagógica.
1.3 Cronograma
1.3.1 De acordo com o calendário escolar/SEED
1.4 Condições
1.4.1 Os recursos materiais, humanos e financeiros necessários
serão de responsabilidade da escola e SEED.
Objetivo
1
8. Garantir a hora-atividade do corpo docente, visando o
aperfeiçoamento profissional e o trabalho pedagógico.
2.1 Detalhamento.
2.1.1 Incentivo a utilização do espaço físico destinado a realização
da hora-atividade;
2.1.2 Manter o local agradável, mantendo a disposição livros,
revistas, textos e acesso a internet;
2.1.3 Viabilizar a troca de informações, planejamento e análises do
rendimento escolar dos alunos entre so docentes;
2.1.4 Assessorar o corpo docente, quanto a elaboração de planos
de planos de recuperação de estudos e metodologias a serem
utilizadas;
2.1.5 Avaliar com o corpo docente diferente medidas e projetos
quanto aos aspectos operacionais e quanto ao alcance dos
objetivos;
2.1.6 Articular a elaboração do calendário interno objetivando a
realização dos projetos propostos no projeto político pedagógico;
2.1.7 Assegurar o acesso e o fluxo de informações relativas ao
trabalho em andamento, nos diferentes níveis do ensino.
2.2.1 Responsabilidade
2.2.2 A responsabilidade pela organização e execução será
compartilhada pelas profissionais que integram a equipe
pedagógica.
2.3.1...Cronograma.
2.4.2 Os recursos físicos, humanos, materiais e financeiros serão
da responsabilidade da escola e da entidade mantenedora.
Objetivo
9. Buscar permanentemente a “qualidade de ensino” e valorização
dos profissionais da educação, desenvolvida por um processo
crítico, discussão dos problemas e possibilidades de solução,
definindo de forma participativa as responsabilidades pessoais e
1
coletivas, garantindo o compromisso com a aprendizagem e a
permanência do educando na escola.
3.1 Detalhamento.
3.1.1 Redimensionar qualitativamente o funcionamento do
Conselho escolar no que concerne á análise e tomada de decisões
frente aos problemas enfrentados no processo ensino-
aprendizagem, compartilhando responsabilidades e ações
mediatas coletivas para solução dos mesmos.
3.1.2 Analisar permanentemente o rendimento escolar visando o
atendimento das necessidades individuais do educando;
3.1.3 Prestar assessoramento ao corpo docente quanto a utilização
de metodologias adequadas a pedagogia histórico-crítica;
3.1.4 Proporcionar ao corpo docente apoio técnico, nos aspectos
pedagógicos sobre o sistema de avaliação adotada pela escola,
observando o ritmo de desenvolvimento, o estilo e a progressão de
cada aluno frente a diferentes atividades e possibilitando a outo-
avaliação (aluno e do professor) numa perspectiva da avaliação
emancipadora;
3.1.5 Realizar os procedimento normativos os quais, viabilizam a
participação do educando com dificuldades de aprendizagem na
sala de apoio, tendo tempo pedagógico diferenciado, metodologias
e materiais;
3.1.6 Reiterar a solicitação quanto ao funcionamento da sala de
recursos para atendimento dos alunos oriundos de classe especial
e/ou que apresente déficit de aprendizagem;
3.1.7 Elaborar material de apoio para subsidiar o trabalho do
professor, garantido ao aluno, o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo por meio dos conhecimentos, tecnológicos e
culturais de modo que tome a escola mais atrativa;
3.1.8 Solicitar a aquisição de acervo bibliográfico, videoteca,
materiais didáticos e o funcionamento do laboratório de
informática para atender as necessidades do corpo docente e
discente;
1
3.1.9 Colaborar na preservação, utilização e organização dos
espaços educacionais destinados ao laboratório de Ciências, sala
ambiente das disciplinas de História / Geografia e Educação Física.
3.1.10 Solicitar a participação de estratégias das diferentes
instituições de ensino superior nas atividades educacionais
realizadas pela escola principalmente no que se referem ás
monitorias nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa;
3.1.11 Buscar, em conjunto com as equipes escolares, soluções em
formas adequadas ao aprimoramento do trabalho pedagógico e á
consolidação da identidade da escola;
3.1.12 Avaliar os impactos das medidas administrativas e
pedagógicas implantadas;
3.1.13 Colaborar no desenvolvimento e aprimoramento da gestão
pedagógica e administrativa;
3.1.14 Identificar os impactos das diretrizes e medidas
educacionais, objetivando a melhoria do padrão de qualidade do
ensino e aprendizagem;
3.1.15 Difundir os fundamentos e as teorias do processo de ensinar
e aprender;
3.1.16 Divulgar o trabalho pedagógico desenvolvido á comunidade
em que a escola está inserida como: experimentos, pesquisas e
outros;
3.1.17 Documentar todas as ações educativas visando preservar a
história da instituição de ensino, e também como subsidio aos
avanços pedagógicos;
3.1.18 Analisar os problemas referentes á indisciplina, propondo
alternativas coletivas;
3.1.19 Acompanhar o período de adaptação dos alunos de 1ª séries
com os colegas, professores, horários, utilização do material
escolar, uso dos espaços educativos e normas regimentais;
3.1.20 Realizar estudos e pesquisas, trocando experiências
profissionais, aprendendo e ensinando com atitude participativa e
de trabalho coletivo compartilhado;
1
3.1.21 Realizar estudos sobre a legislação pertinente a área
educacional;
3.2 Responsabilidade
A responsabilidade será compartilhada pela equipe
pedagógica.
3.3 Cronograma
As atividades serão desenvolvidas mensalmente;
3.4 Condições
Os recursos humanos, materiais serão de responsabilidade da
escola e apoio técnico no N.R.E.
Objetivo
Garantir que a Educação Básica seja pautada como direito de
todos, gratuita, democrática, inclusiva transformadora que respeita
a diversidade cultural.
4.1 Detalhamento
4.1.1 Incentivar a colaborar na realização de atividades
pedagógicas que contribuam para eliminar as práticas educativas
elitistas, preconceituosas, discriminatórias, segregacionais,
reconhecendo a diversidade cultural e especificidades raciais e
étnicas.
4.1.2 Viabilizar a política de inclusão, prestando assessoramento
técnico ao corpo docente para melhoria qualitativa do atendimento
pedagógico dos alunos com necessidades educacionais especiais;
4.1.3 Propor critérios para o redimensionamento do número de
alunos por turma, de forma gradativa levando em consideração a
presença de alunos com deficiência;
4.2 Responsabilidade
4.2.1 A execução das atividades será compartilhada pela
integrantes da equipe pedagógica;
4.3 Cronograma
4.3.1 As atividades serão realizadas mensalmente.
4.4 Condições
1
4.4.1 Os recursos humanos, físicos, materiais e financeiros serão
de responsabilidade da escola.
Objetivo
Consolidar a participação da comunidade escolar no
encaminhamento, discussão, avanço, execução e avaliação do
processo educacional.
5. Detalhamento
5.1 Coordenar reuniões coma comunidade escolar para estudos
sobre o Regimento Escolar;
5.1.1 Participar das reuniões das instâncias colegiadas;
5.1.2 Incentivar as instâncias colegiadas a implementação da
“Escola de Pais”, integrando-os efetivamente na vida dos filhos na
condição de co-responsáveis pelo processo educacional;
5.1.3 Compartilhar com os pais e alunos a responsabilidade na
conservação e preservação do espaço físico, mobiliários,
equipamento da escola, livros didáticos e paradidático;
5.1.4 Participar, subsidiar, colaborar e conduzir democraticamente
suas práticas na realização da avaliação institucional;
5.1.5 Assegurar aos pais dos alunos, informações sobre o
progresso e resultados escolares de seus filhos;
5.1.6 Viabilizar o fortalecimento de canais de participação da
comunidade no espaço escolar;
5.1.7 Coordenar atividades que promovam o fortalecimento da
autonomia escolar;
5.1.8 Aplicar metodologias de trabalhos em grupo para
desenvolvimento de processos participativos de decisão,
reconhecendo e respeitando as diferenças pessoais e as
contribuições dos membros da comunidade escolar.
5.2.1 Responsabilidade
5.2.2 A execução das atividades será compartilhada pelas
integrantes da equipe pedagógica.
5.3.1 Cronograma.
1
5.3.2 As atividades serão realizadas mensalmente
5.4.3 Condições
5.4.4 Os recursos humanos, materiais e financeiro serão da
responsabilidade da escola.
O plano de Ação da Equipe Pedagógica será avaliado mensalmente
em reunião específica com todas as integrantes da equipe e participação
da equipe da direção.
9. PROJETOS
A escola desenvolverá projetos em diferentes áreas do
conhecimento, com um conjunto de ações contínuas e interligadas,
voltadas para um objetivo de caráter educativo, social, cultural, afetivo e
científico.
Em cada projeto consta as idéias, as intenções, a metodologia, os
recursos e avaliação
Os projetos que serão são:
• Agenda 21 - Preservar para transformar (SEED);
• Valorização da vida da criança e do adolescente
Tema: Sexualidade e Adolescência;
• Incentivando a Leitura e a Oralidade;
• Drogas: Prevenção e Conscientização;
• Cultura Afro-Brasileira;
• FERA (SEED);
• Jogos Escolares (SEED);
• Horta Orgânica (em estufa);
• Jardinagem.
1
10. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - BIÊNIO 2006/2007
Resgatar o papel da escola como base de toda a estrutura social,
devendo primar pela oferta de uma educação com qualidade social é
responsabilidade de todos.
A escola como instituição educacional tem nesse Projeto Político
Pedagógico, um instrumento norteador de todo o processo educacional,
explicitando seus valores, visão de futuro e objetivos no qual o foco
central é o aluno.
No entanto, a qualidade do processo educacional não se determina
por leis. É impossível administrá-la de fora para dentro. Ela precisa de
identidade, métodos e diretrizes sem nunca perder de vista seus
fundamentos, princípios e seus fins.
A escola para atender a comunidade na qual está inserida
necessita de autonomia, ou seja, que tenha grau de independência e
liberdade para coletivamente pensar, refletir, planejar, estabelecer os
processos de participação no dia-a-dia da escola e mensurar
qualitativamente os resultados. Então, não sendo autonomia o resultado
de atos e/ou resoluções decretadas, ela precisa ser construída
cotidianamente.
1
Garantir progressivos graus de autonomia é fundamental para a
efetivação de processos de gestão democrática.
BARROSO (2001, p.18-23) aponta sete princípios para elaboração
de um programa de reforço da autonomia da escola:
1 - O reforço da autonomia da escola deve ser definido levando em conta as diferentes dimensões das políticas educativas.2 - A "autonomia da escola" é sempre uma autonomia
relativa, uma vez que é condicionada pelos poderes públicos e pelo contexto em que se efetiva.
3 - Uma política de reforço da autonomia das escolas não se limita a dispositivos legais, mas exige a criação de condições e construção do sentido coletivo.
4 - A "autonomia" não pode ser considerada como uma "obrigação" para as escolas, mas sim como uma "possibilidade".
5 - O reforço da autonomia das escolas não tem uma função em si mesmo, mas é um meio para que elas ampliem e melhores as oportunidades educacionais que oferecem.
6 - A autonomia é um investimento baseado em compromissos e implica melhoria e avanços para a escola.
7 - A autonomia também se aprende.Nessa perspectiva, a autonomia e a gestão democrática são
espaços articulados construídos diariamente, resultando da mobilização e
do envolvimento de todos, partilhando o poder e o compromisso com o
aprendizado político desse processo que se efetiva no exercício de
construção cotidiana das diferentes formas de participação.
O Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado
da Educação, desenvolve ações a fim de garantir na escola, a autonomia,
a partir da implementação das medidas abaixo descritas:
1 - incentivo á organização e ao funcionamento das Associações de Pais, Mestres e Funcionários, Conselhos Escolares, Conselho de Classe e Grêmios Estudantis;2 - Repasse de recursos financeiros denominados "Fundo Rotativo", diretamente ás unidades de ensino, administrados pela Associações de Pais, Mestres e Funcionários e Conselho Escolar.3 - Lei regulamentando a escolha do(a) diretor(a) de forma democrática.
1
A partir da elaboração desse projeto político pedagógico,
fundamentado na democracia participativa, integra-se ao cotidiano
escolar a Avaliação denominada Institucional, pois a escola é uma
instituição pública de educação. Devendo cumprir sua finalidade explicita
de atender os anseios da coletividade e a ela deve servir.
Consequentemente, avaliar a educação pública é também avaliar a função
da educação e o seu significado social.
A avaliação aqui proposta está centrada na formação humana, na
mediação do saber historicamente produzido e na construção da
cidadania. Propõe o desafio de avaliar de forma sistemática a prática
escolar, a perspectiva de uma avaliação crítica e transformadora; fiel á
realidade educacional, processual e evolutiva, abrangente e articulada;
formativa e emancipadora e, principalmente, realizada coletivamente por
todos aqueles que acreditam e se comprometem com a construção de
uma educação de qualidade par todos os alunos da escola pública.
O ato de avaliar é intencionalmente pedagógico. A auto-avaliação
não deve ser considerada com premiadora ou punitiva. A auto-avaliação
deve permitir enxergar-se e redefinir os nossos rumos e trajetórias para o
futuro. A auto-avaliação busca a qualidade no fazer educação, pressupõe
e exigem predisposição ás mudanças.
A avaliação institucional significa Ter disposição para avaliar e ser
avaliado, para interpretar as informações, par analisar suas causas e
efeitos, para dar valor e significado aos fatos e, acima de tudo, em
decorrência dos resultados de avaliação, Ter a disposição para mudar o
que deve ser mudado, aperfeiçoar o que deve ser aperfeiçoado e construir
o que deve ser construído.
A avaliação Institucional precisa ser um empreendimento que
busque e possibilite a tomada de consciência sobre a instituição, precisa
ser um processo voltado á tomada de decisão, tanto em nível da própria
instituição quanto em nível da gestão do sistema e da formulação de
políticas públicas; não pode prescindir do caráter formativo e do
aperfeiçoamento individual e institucional, bem como da participação
coletiva em todo processo avaliativo.
1
É necessário que a escola abra espaço para a reflexão, a
reelaboração de seus rumos, avanços em propostas, ações e perspectivas,
promovendo, assim, a contínua melhoria do trabalho e das condições
ambientais e pedagógicas, de modo a criar experiências educacionais
estimulantes e mobilizadoras que oportunizem a comunidade escolar e a
promoção humana.
A avaliação Institucional tem com eixo central uma avaliação
crítica, porque vai além da descrição da realidade e expressa um esforço
de compreensão desta, significativa, porque deve explicitar os sentidos de
se fazer educação pública, e transformadora, porque compromete as
pessoas que participam do processo educacional em melhorá-lo
continuamente.
Sendo assim, percebe-se que há necessidade de se lutar para que
se coloque em prática as seguinte concepção avaliativa:
a) Por uma avaliação crítica, transformadora, a serviço da educação que
se pretende indutora de avanços e melhorias no processo educacional;
b) Por uma avaliação fiel á realidade educacional e a relevância social da
educação, capaz de captar a complexidade do sistema e ao mesmo
tempo as particularidades da escola;
c) Por uma avaliação abrangente e articulada que envolva todas as
dimensões da escola, de seus componentes e das relações envolvidas;
d) Por uma avaliação processual, evolutiva e participativa, que siga o
caminho do aperfeiçoamento contínuo da própria avaliação e que
subsidie o aperfeiçoamento da gestão educacional;
e) Por uma avaliação responsável e consequentemente apropriada por
todos que participam direta e indiretamente do processo educacional
de maneira a ser utilizada para aperfeiçoá-la sistematicamente.
f) Por uma avaliação formativa e emancipadora, que vá além dos
aspectos quantitativos e o controle.
A auto-avaliação tem de levar em consideração os educadores
internos e externos. Priorizando os indicadores internos que são
1
relevantes para a auto-avaliação institucional possibilitando identificar,
analisar e atender a realidade.
Os indicadores são sinais que revelam aspectos de determinada
realidade e que podem qualificar algo. Os indicadores de qualidade da
educação variam de acordo com a expectativa da comunidade em relação
á instituição de ensino.
Estudos realizados sobre a educação sinalizam que ensino de
qualidade tem as seguintes características:
1 - envolvimento dos pais e da comunidade: cuidados com a saúde
do aluno, como elemento de aptidão para a aprendizagem, comunicação
frequente entre o corpo docente e pais sobre os objetivos da escola e da
comunidade na gestão da escola; acompanhamento pelos pais da
aprendizagem do seus filhos.
2 - Excelência dos recursos humanos: formação e experiência
docente; capacidade de comunicação, estabilidade, dedicação de tempo
integral; compromisso; desenvolvimento contínuo de todos profissionais
da educação que trabalham na escola; capacidade de trabalho em grupo.
3 - Gestão escolar: decisão colegiada; interdependência na captação
e alocação de recursos; escolha do diretor por critérios técnicos;
elaboração de um plano de desenvolvimento para a escola; trabalho
conjunto; clareza dos objetivos; rotina administrativa definida;
conhecimento e integração da missão da escola; gerenciamento científico
dos processos.
4- Instalações e materiais; instalações adequadas da escola e das
salas de aula; disponibilidade de livros e outros materiais de leitura para
alunos e professores; disponibilidade de material escolar.
1 Liderança da direção: o diretor deve Ter liderança, ser um líder
educacional trabalhando para o alcance dos objetivos da escola.
2 Trabalho em equipe: toda a comunidade escolar deve trabalhar em
conjunto para o alcance dos objetivos da escola.
3 Atratividade e segurança da escola: o pessoal técnico e administrativo
deve criar uma atmosfera de ordem, de seriedade, de segurança e
que seja atrativa, sem, no entanto, ser opressiva.
1
4 Combate á evasão e á ausência escolar.
5 Envolvimento dos pais na melhoria do programa educacional;
6 Confiança no rendimento dos alunos: a equipe escolar deve acreditar
que os alunos podem aprender e trabalhar firmemente nessa direção.
7 Investimento nas atividades de aprendizagem: o calendário e as
práticas do dia-a-dia de toda a equipe escolar ajudem os alunos a
despender o máximo de seu tempo na escola em atividades de
aprendizagem.
8 Controle do progresso do aluno: o diretor e os professores controlam
frequentemente o progresso dos alunos e usam essa informação para
tornar o programa educacional mais efetivo.
9 Programas especiais: organziação de programas especiais para alunos
com dificuldades de aprendizagem;
10 Elaboração do Projeto político Pedagógico: com a efetiva participação
dos membros da comunidade escolar, definir metas, objetivos,
cronogramas, responsabilidades, formas de acompanhamento e
avaliação das ações previstas
(Documento do Ministério da Educação)
Os indicadores de qualidade na educação auxiliarão a comunidade
escolar na avaliação e na melhoria da qualidade da escola. Identificando
os pontos fortes e fracos, a escola terá condições de intervir para melhorar
sua qualidade de acordo com os próprios critérios e prioridades.
Nessa perspectiva definimos elementos fundamentais nomeados
de "dimensões", os quais serão considerados pela escola na reflexão sobre
os resultados qualitativos obtidos vinculados ao proposto nesse Projeto
Político Pedagógico.
A dimensão interna avaliará a organização da escola, analisando o
cumprimento de sua finalidade, nos seguintes aspectos:
A - condições físicas, materiais e de recursos;
B - profissionais da educação;
C - planejamento e prática pedagógica;
D - Ambiente educativo;
1
E - mecanismos de decisão colegiada.
A dimensão extrema analisará como a escola se integra e se
relaciona com outros segmentos sociais. A avaliação abrangerá três
pontos que são:
A - relação com outras instâncias do sistema;
B - relação Dom a comunidade;
C - canais de participação.
A avaliação institucional verificará em que medida a escola tem
cumprido sua finalidade quanto ao acesso, permanência e aproveitamento
escolar.
A avaliação institucional é um processo de descrição, análise de
uma dada realidade objetivando transformá-la, provocar a crítica, de modo
a libertar o sujeito dos condicionamentos deterministas. O compromisso
principal é o de fazer com que sejam construtores de sua própria história,
bem como, sejam capazes de propor ações par transformá-la sempre que
se fizer necessário.
Ressaltamos que toda a comunidade escoar deverá tomar
conhecimento da auto-avaliação institucional e terão condições de discutir
as prioridades de ações para melhorá-la.
A responsabilidade é de toda a comunidade: pais, mães,
professores, diretor, alunos, funcionários, membros dos colegiados,
podendo também ocorrer participação dos funcionários do Núcleo
Regional de Educação, representantes de órgãos públicos, universidades,
enfim, toda a pessoa ou instituição que se relaciona com a escola e se
mobiliza pela educação de qualidade social.
Reiteramos que nenhuma informação produzida por essa avaliação
será divulgada publicamente ou utilizada em rankings ou para
comparação com outras escolas. A decisão de utilizar os indicadores e de
compartilhar os resultados da avaliação é da escola.
Os indicadores de qualidade na execução serão utilizados como
instrumentos flexíveis, os quais poderão ao longo do processo sofrer
1
adaptações e alterações conforme as sugestões apontadas pelos
participantes.
O processo de implantação da auto-avaliação institucional
acontecerá de acordo coma s etapas descritas baixo:
_ O primeiro momento será a etapa de preparação, cabendo
direção do estabelecimento de ensino sensibilizar os profissionais da
escola, os membros dos colégios e todas as pessoas que compõem o
universo escolar para participarem de reunião onde será apresentada de
forma minuciosa a proposta de auto-avaliação institucional e eleger uma
comissão organizadora de todo o processo.
II - O segundo momento será a etapa de desenvolvimento, a
comissão organizada eleita terá sob sua responsabilidade coordenar todo
o processo, com incumbência de mobilizar a comunidade, divulgar as
atividades propostas com questionários, tabulação e sistematização das
respostas, pensar em estratégias de socialização dos resultados, definição
das prioridades, organizar os espaços para reuniões dos grupos e a
plenária final.
III - O terceiro momento será a etapa de consolidação, o processo
em movimento e o dia da avaliação - neste momento estarão presentes
diferentes atores (pais, funcionários, professores, alunos, direção, equipe
pedagógica...), a fim de desencadear as discussões, debates e reflexões.
Na seqüência, deve proporcionar estudos das respostas dadas aos
instrumentos de apoio á auto-avaliação, com vistas á proposição de ações
na busca da qualidade, que leva em conta as necessidades e os objetivos
da comunidade imediato, voltado para formação humana do nosso aluno.
Certamente, a maioria das pessoas concorda com o fato de que a
educação com qualidade é aquela em que os alunos apreendam coisas
essenciais, para a vida, como ler e escrever, resolver problemas
matemáticos, compreender onde são aplicados os conceitos científicos na
prática social, conviver com os colegas, respeitar regras, trabalhar em
grupo. Porém, quem pode definir bem e dar vida ás orientações gerais
sobre educação com qualidade, de acordo com os contextos socioculturais
locais, é a própria comunidade escolar. Não existe conceito único para
1
educação de qualidade para todos. Qualidade em educação é um conceito
dinâmico, reconstruído constantemente. Cada segmento escolar tem
autonomia para refletir, propor e agir na busca de uma educação com
qualidade.
Lembramos que a Avaliação Institucional, ainda não faz parte da
prática escolar desse estabelecimento de ensino, mas contemplada como
um dos Planos de Ação da Escola, para tanto dirão utilizados alguns
indicadores, os quais estão especificados abaixo:
a) DIMENSÕES DO AMBIENTE EDUCATIVO - A escola é um
espaço de ensino, aprendizagem e vivência de valores. Nela, os indivíduos
se socializam, brincam e experimentam a convivência com a diversidade
humana. No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a
solidariedade, a disciplina, o combate á discriminação e o exercício dos
direitos e deveres são práticas que garantam a socialização e convivência,
desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre
todos.
INDICADORES E PERGUNTAS
1. Amizades e solidariedades
1.1Quando alguém (professor, funcionário ou aluno) chega á escola
com algum problema pessoal, encontra pessoas dispostas a ajudar?
1.2 O ambiente da escola favorece a amizade entre todos (entre
alunos e alunos); entre professores e alunos, entre os professores?
2. Alegria
2.1 Os alunos gostam de freqüentar a escola?
2.2 As pessoas que trabalham na escola gostam do trabalho que
fazem?
2.3 A escola promove festas com a participação de pais, alunos,
professores e funcionários?
3. Respeito ao outro.
3.1 Os alunos tratam bem os professores e funcionários da escola?
3.2 Professores, diretores e funcionários se tratam bem e se
respeitam?
1
3.3 As pessoas que trabalham na escola se sentem respeitadas e
valorizadas por pais e alunos?
3.4 Pais e alunos que chegam para fazer matrícula, pedir informações
ou saber sobre seus filhos sã atendidos com atenção e respeito?
4. Combate á discriminação
4.1 Na escola todos são tratados com respeito e mantêm laços de
amizade, não importando se são negros, brancos, indígenas, pessoas
com deficiência, homens ou mulheres, homossexuais ou não?
4.2 Quando os alunos têm atitudes preconceituosas ou
discriminatórias (como fazer brincadeiras ou usar apelidos que
humilhem seus colegas), isso é conservado na sala de aula ou em
outro espaço da escola para que não aconteça mais?
4.3 A discriminação (atos preconceituosos contra pessoas, com
deficiências, povos indígenas, mulheres, negros, homossexuais e
outros) é assunto abordado durante as aulas com algo que prejudica
as relações entre as pessoas e que é crime.
5. Disciplina
5.1 As regras de convivência da escola são claras, conhecidas e
respeitadas por toda a comunidade escolar?
5.2 Os alunos participam da elaboração das regras de convivência na
escola?
5.3 Todos (alunos, professores, diretor e demais profissionais da
escola) cumprem as regras da escola são punidos da mesma maneira
e com justiça?
6. Respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes.
6.1 Todos (alunos, professores diretor, demais profissionais e pais)
conhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e respeitam
os direitos nele estabelecidos?
6.2 O ECA é abordado nas salas de aula ou em outras atividades
realizadas na escola?
6.3 Os pais de crianças que não têm registro de nascimento recebem
orientação na escola sobre a importância, a gratuidade e a forma de
obter esse documento?
1
6.4 A escola acolhe crianças e adolescentes com deficiência nas mesmas
salas de aula em que estudam os alunos sem deficiência? Esses
alunos recebem o apoio e que necessitam?
B – DIMENSÕES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA a escola deve realizar seu
maior objetivo que é fazer com que os alunos aprendam e adquiram o
desejo de aprender cada vez mais e com autonomia; é preciso focar a
prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos, observando-os,
conhecê-los, compreender suas diferenças, demonstrar interesses por
eles, conhecer suas dificuldades e incentivas suas potencialidades,
planejar as aulas com base em conhecimento sobre o que já sabem e
o que precisam aprender.
INDICADORES E PERGUNTAS
1. Proposta pedagógica definida e conhecida por todos.
1.1 A escola possui uma proposta pedagógica escrita (em forma de
documento).
1.2 Os professores participaram ativamente da elaboração da proposta
pedagógica da escola?
1.3 Todos os que trabalham na escola, pais e alunos conhecem a
proposta pedagógica da escola?
1.4 A proposta pedagógica é atualizada periodicamente?
2. Planejamento
2.1 Os professores planejam regularmente suas aulas?
2.2 Os professores trocam idéias entre si para planejar as aulas?
2.3 Os professores procuram saber o que os alunos aprenderam no ano
anterior para preparar o planejamento do ano letivo?
2.4 Os professores ouvem e consideram opiniões e sugestões dos alunos
para planejar as aulas?
2.5 O cumprimento do planejamento dos professores é acompanhado
pela direção da escola?
3. Contextualização.
1
3.1 Professores e alunos realizam atividades de estudo do entorno da
escola?
3.2 Professores e alunos desenvolvem atividades para resolves
problemas identificados no entorno da escola?
3.3 a escola promove visitas no bairro e na cidade para que os alunos
conheçam e aprendam a usar os equipamentos públicos da região
(postos de saúde, hospitais, parques, praças, museus, bibliotecas,
Conselho Tutelar, Vara da Infância).
4. Variedades das estratégias e dos recursos de ensino - aprendizagem.
4.1 São usados diferentes recursos pedagógicos (Internet, jornais,
revistas, livros diversos, obras de arte, filmes) em sala de aula?
4.2 Todos os alunos podem mostrar suas aprendizagens e seus trabalhos
de formas variadas (oralmente, por escrito, utilizando de teatro, pintura,
brincadeiras, outros)?
4.3 As salas de aula são organizadas de acordo com o tipo de atividade
realizada.
5. Incentivo á autonomia e ao trabalho coletivo.
5.1 Os professores explicam de forma clara e simples os objetivos das
matérias que estão sendo estudadas em sala de aula?
5.2 A aulas são organizadas de maneira que todos os alunos possam
fazer perguntas, conversar sobre os assuntos apresentados, defender
suas idéias e mudar de opinião?
5.3 Os alunos têm oportunidade de propor, criar e realizar atividades na
sala de aula e na escola como um todo?
5.4 A escola realiza feiras ou exposições das criações dos alunos (por
exemplo, desenhos, poesias, invenções)?
5.5 Todos os alunos são incentivados e orientados para desenvolver
trabalhos em grupo?
5.6 Todos os alunos são incentivados e orientados para desenvolver
pesquisas e experimentos?
6. Prática pedagógica inclusiva
1
6.1 Alunos com deficiência recebem apoio individualizado?
6.2 A No dia-a-dia da sala de aula, respeita-se o fato de que cada
aluno precisa de um tempo diferente para aprender?
6.3 A escola cuida para que todos os alunos (negros, brancos.
Indígenas, pessoas com deficiência, ricos ou pobres a mesma atenção
na sala de aula.
C – DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO – A avaliação é a parte integrante
do processo educativo. Por meio dela o professor fica sabendo como está
a aprendizagem dos alunos obtém indícios para refletir e melhorar a sua
própria prática pedagógica. Um bom processo de ensino-aprendizagem na
escola inclui uma avaliação inicial para o planejamento do professor e uma
avaliação ao final de uma etapa de trabalho (seja ela um tópico da
matéria, ou um bimestre).
Quando pensamos em avaliação, estamos falando de algo muito
complexo que uma prova. A avaliação deve ser um processo, ou seja,
deve acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas
formas. Os alunos podem ser avaliados, por exemplo, por um trabalho em
grupo, pela observação de seu comportamento e de sua participação na
sala de aula, por exercícios e tarefas de casa. Assim, o estudante pode
exercitar e inter-relacionar suas diferentes capacidades, explorando seu
potencial e avaliando sua compreensão dos conteúdos curriculares e seus
avanços. Uma boa avaliação é aquela em que o aluno também aprende.
A AUTO-AVALIAÇÃO – Quando o aluno avalia a si próprio – é uma
ótima estratégia de aprendizagem e construção da autonomia, facilitando
a tomada de consciência de seus avanços, suas dificuldades e suas
possibilidades. É importante também que os alunos ajudem a escolher os
modos pelos quais, serão avaliados, o que traz o comprometimento de
todos com a avaliação.
Entretanto, a avaliação não deve se deter apenas na
aprendizagem do aluno. Avaliara escola como um todo e periodicamente é
muito importante. Apoiar a comunidade escolar para que a avaliação seja
um instrumento participativo para a melhoria da qualidade da educação.
INDICADORES E PERGUNTAS
1
1. Monitoramento do processo de aprendizagem dos alunos.
1.1 Os professores observam a progressão dos alunos e quais
suas principais dificuldades (por exemplo, corrigem
trabalhos, circulam pela classe enquanto os alunos estão
fazendo seus exercícios, incentivam os alunos a fazer
perguntas e tirar dúvidas).
1.2 Durante as aulas, os professores fazem perguntas sobre
pontos importantes da matéria para ver se os alunos
entenderam o conteúdo?
1.3 Todos os alunos são informados sobre os conteúdos nos
quais progrediram e em quais precisam estudar e avançar
mais?
2. Mecanismos de avaliação dos alunos.
2.1 Os professores fazem uso de diferentes atividades para
avaliar os alunos (provas, trabalhos, seminários, outros)?
2.2 A atribuição de notas é discutida entre todos os professores?
2.3 As decisões sobre a reprovação ou reagrupamento de alunos
são discutidas por todos os professores?
2.4 Pais e mães participam dessas discussões?
3. participação dos alunos na avaliação de sua aprendizagem.
3.1 Os alunos participam da definição e da organização dos
meios de avaliação utilizadas pela escola?
3.2 Os alunos são orientados pelos professores a fazer a auto-
avaliação (falar, escrever, expressar o que aprendem)?
3.3 Os professores dizem aos alunos porque esta ou aquela nota
ou por que foram aprovados ou reprovados?
4. A avaliação do trabalho dos profissionais da escola.
4.1 Existe na escola algum procedimento formalizado para avaliar
o trabalho realizado durante o ano por todas as pessoas que ali
trabalham?
4.2 Representantes dos diversos segmentos da comunidade
escolar (direção, coordenadores pedagógicos, professores,
1
funcionários, alunos pais e mães) participam das avaliações das
pessoas que trabalham na escola?
4.3 Caso esses momentos avaliativos existam, as pessoas
costumam opinar sobre como melhorara os trabalhos realizados na
escola?
5. Acesso, compreensão e uso dos indicadores oficiais de avaliação
da escola e das redes de ensino.
5.1 A comunidade escolar (pais, diretos demais funcionários,
alunos e outros) é formada sobre as estatísticas educacionais
produzidas pela INEP (instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais do Ministério da Educação) ou pela Secretaria de
Educação sobre o desempenho da escola e da rede escolar da qual
faz parte (tais como taxas de evasão, abandono, distorção entre
idade e série, avaliações de aprendizagem, outros)?
5.2 O significado desses indicadores é discutido na escola (em sala
de aula, reuniões, de professores, de pais, reuniões pedagógicas,
outros)?
5.3 Se esse tipo de discussão acontece, a comunidade escolar faz
com que suas dúvidas e opiniões cheguem até aos órgãos
responsáveis pela produção desses indicadores?
Descrever resumidamente a opinião do grupo sobre o indicador
Acesso, compreensão e uso dos indicadores oficiais de avaliação
da escola e das redes de ensino.
D – DIMENSÕES DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA – é
caracterizada pelo compartilhamento de decisões e informações, a
preocupação coma qualidade de educação e com relação custo –
Benefício, a transferência (capacidade de deixar clara para a comunidade
como são usados os recursos da escola, inclusive os financeiros).
Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, funcionários
e outras pessoas da comunidade na administração escolar. Quando as
decisões são tomadas pelos principais interessados na qualidade da
educação na escola, a chance de que dêem certo é bem maior. Os órgãos
colegiados regulamentam e participam da comunidade na escola. A
1
função dos membros é orientar, opinar e decidir sobre tudo o que tem a
ver com a qualidade da escola (como participar da construção do projeto
político pedagógico e dos planejamentos anuais, avaliar os resultados da
administração na busca de maios para solucionar os problemas
administrativos e pedagógicos decidir sobre os investimentos prioritários).
A gestão democrática implica em saber lidar com conflitos e
opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Precisamos sempre
dialogar com os que pensam diferente de nós, e juntos negociar.
INDICADORES DE PERGUNTAS
1. INFORMAÇÃO DEMOCRATIZADA
1.1 A direção conseguir informar toda a comunidade escolar
sobre os principais acontecimentos da escola?
1.2 As informações circulam de maneira rápida e precisa entre
pais, professores, demais profissionais da escola, alunos e
outros membros da comunidade escolar?
2. Conselhos escolares atuantes.
2.1 O conselho escolar é formado por representantes de toda a
comunidade escolar (inclusive alunos) e sua composição é
pantana, ou seja, possui o mesmo número de pessoas entre
funcionários (incluindo professores) e não - funcionários?
2.2 Existem espaços onde todos (alunos, diretor, funcionários,
pais, mães, e outras pessoas da comunidade) possam
discutir e negociar encaminhamentos relativos ao
andamento da escola?
2.3 A direção presta contas á comunidade escolar, apresentando
regularmente o orçamento da escola e seus gastos?
2.4 A comunidade escolar conhece e discute as dificuldades de
gestão e de financiamento da escola?
2.5 Os pais participam de associações de apoio á escola, tais
como associações de pais e mestres ou outras?
1
2.6 Os pais e as mães comparecem e participam ativamente das
reuniões sobre a vida escolar dos alunos?
2.7 A escola mantém aberta aos finais de semana para que a
comunidade possa usufruir o espaço (sala, pátio, quadras de
esporte, biblioteca, outros)?
2.8 A escola elaborou o seu projeto político pedagógico com a
participação de toda a comunidade escolar (alunos,
professores, pais, diretor, funcionários em geral, membros
dos colegiados)?
2.9 Quando são realizadas atividades de confraternização com a
comunidade (festas, gincanas, formaturas), garante-se a
presença de todos, mesmo daqueles pais e alunos
desprovidos de recursos financeiros?
3. Parcerias locais e relacionamento da escola com os serviços
públicos.
3.1 A escola encaminha alunos para o serviço de saúde,
conselho tutelar ou outros serviços públicos quando
necessário?
3.2 A escola desenvolve atividades em parceria com os demais
serviços públicos (como campanha contra a dengue,
educação para a saúde bucal, campanha de matrículas,
pesquisa sobre o acervo do museu)?
3.3 A escola tem parcerias com outras instituições
(universidades, organizações da sociedade civil, empresas,
fundações, associações, outros) para o financiamento de
projetos ou para o desenvolvimento de ações conjuntas,
como elaboração do projeto político pedagógico, formação
de professores, atividades pedagógicas, comemorações?
4. Tratamento aos conflitos que ocorrem no dia-a-dia da escola.
4.1 O diretor juntamente com professores, alunos e demais
membros da comunidade escolar, procura resolver os
conflitos que surgem entre as pessoas no ambiente escolar
1
(brigas, discussões, outros), com base no diálogo e na
negociação?
4.2 Os professores desenvolvem atividades para que os alunos
aprendam a dialogar e a negociar?
Descrever resumidamente a opinião do grupo sobre o indicador
tratamento aos conflitos que ocorrem no dia-a-dia da escola.
5. Participação da escola nos programas de repasses de recursos
financeiros para financiamento da escola.
5.1 A escola recebe recursos financeiros dos poderes executivos
(estadual, federal) para pequenas despesas da escola/
5.2 A utilização dos recursos é discutida democraticamente e
tem se dirigido aos problemas prioritários?
5.3 Participação em outros programas de incentivo á qualidade
da educação dos governos federal e estadual.
5.4 A comunidade escolar conhece bem todos os programas das
diversas esferas do governo que visam incentivar a
qualidade da escola. Façam uma lista de quais são eles e
pesquisem se há outros.
5.5 Os materiais provenientes de programas governamentais de
incentivo á qualidade da educação (como livros, televisão,
video, fitas de vídeo, computadores, Internet, outros). Estão
organizados e disponíveis a todos que deles necessitam
(alunos, professores, pais, mães, outros)?
E – DIMENSÕES DA FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALH DOS
ROFISSIONAIS DA ESCOLA - Todos os profissionais da escola
são importantes para a realização dos objetivos do projeto
pedagógico. Os professores são responsáveis por aquilo que os
especialistas em educação chamam de transposição didática, ou
seja, concretizar os princípios político pedagógicos em ensino
aprendizagem. Cada um dos demais profissionais tem um papel
fundamental no processo educativo, cujo resultado não depende
apenas da sala de aula, mas também da vivência e da observação
de sala de aula, mas também da vivência e da observação de
1
atitudes corretas e respeitosas no cotidiano da escola. Tamanha
responsabilidade exige boas condições de trabalho, preparo e
equilíbrio. Para tanto, é importante que se garanta formação
continuada aos profissionais e também outras condições, tais como
estabilidade do corpo docente, o que incide sobre a consolidação
dos vínculos e dos processos de aprendizagem, uma adequada
relação entre o número de alunos, salários condizentes com a
importância dos trabalhos etc.
INDICADORES E PERGUNTAS
1. Habitação
1.1 Todos os professores que trabalham na escola têm
habilitação (formação inicial) necessária para o exercício da
função?
1.2 Os demais funcionários da escola também têm habilitação
para o exercício de suas funções?
1.3 Se a resposta para alguma das duas perguntas foi negativa,
a comunidade escolar reivindica oportunidades para que
todos se habilitem para o exercício de seu trabalho?
2. Formação Continuada
2.1 Todas as pessoas que trabalham na escola têm
oportunidades de se atualizar e participar de cursos e ações
de formação?
2.2 Os cursos e ações de formação correspondem ás
expectativas de quem participa?
2.3 Os profissionais se mobilizam para reivindicar ou organizar
as atividades de formação que lhes interessam?
2.4 Os professores e coordenadores pedagógicos sempre se
reúnem para a discussão dos planos de aula e da proposta
pedagógica e para a avaliação da prática (reuniões
pedagógicas)?
1
2.5 Caso as reuniões pedagógicas aconteçam, elas ajudam a
melhorar a prática pedagógica?
2.6 Professores e coordenadores pedagógicos participam de
formações que os ajudam a trabalhar com alunos com
deficiência, atuando de acordo com o paradigma “inclusivo”?
2.7 Professores e demais profissionais são remunerados pelo
tempo dedicado ao trabalho pedagógico fora da sala de
aula?
3. Suficiência da equipe escolar
3.1 A escola dispõe da quantidade de professores de que
realmente necessita?
3.2 O número de funcionários é suficiente para o bom
funcionamento da escola?
3.3 A escola possui coordenadores pedagógicos em número
suficiente?
3.4 A direção e os coordenadores pedagógicos têm tempo para
se dedicar ás questões pedagógicas?
4. Assiduidade da equipe escolar.
4.1 O trabalho da escola jamais é prejudicado por falta de
professores, diretor e funcionários?
4.2 Caso haja falta de diretor, professores ou funcionários que
esteja prejudicando o trabalho, o problema é discutido
coletivamente por toda a comunidade escolar, inclusive pais
e alunos?
4.3 Os professores começam e terminam as aulas
pontualmente?
4.4 Os demais profissionais da escola também cumprem sua
jornada com pontualidade?
4.5 As reuniões pedagógicas começam e terminam na hora
marcada?
5. Estabilidade da equipe escolar
1
5.1 Os professores e demais profissionais da escola contam com
um plano de carreira?
5.2 O diretor, os professores e demais funcionários estão a
bastante tempo na escola?
5.3 Os dados sobre mudanças e substituições de profissionais a
cada ano ou semestre são calculadas e discutidos
coletivamente, inclusive por pais e alunos?
F – DIMENSÕES DO AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR – Os espaços educativos
de qualidade são organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados,
com flores e árvores, móveis, equipamentos e materiais didáticos
adequados á realidade da escola, com recursos que permitam a prestação
de serviços de qualidade aos alunos, pais e a comunidade, além de boas
condições de trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral
na gestão do espaço escolar, é preciso estar atento para:
- O bom aproveitamento dos recursos existentes (muitos vezes o que se
tem pode ser insuficiente, mas é preciso cuidar para que tudo o que se
tem seja bem aproveitado).
- Uma organização que favoreça o convívio entre as pessoas, que seja
flexível e conte com as condições suficientes para o desenvolvimento
das atividades de ensino-aprendizagem.
- A qualidade dos recursos (ou seja, se esses recursos respondem ás
necessidades do processo educativo e do desenvolvimento da
comunidade se estão organizados, bem cuidados e bonitos).
- Nesta dimensão, itens fundamentais para o ambiente físico escolar
serão avaliados de acordo com os três indicadores.
1. Suficiência: disponibilidade de material, espaço ou equipamento
quando deles se necessita.
2. Qualidade: adequação do material á prática pedagógica, boas
condições de uso, conservação, organização, beleza, etc.
3. Bom aproveitamento: valorização e uso eficiente e flexível de tudo o
que se possui.
1
ITENS FUNDAMENTAIS PARA O AMBIENTE FÍSICO
1. Caderno, lápis, borracha, lápis de cor e livros didáticos para os alunos.
1.1 Todos os alunos possuem caderno, lápis, borracha, lápis de cor e
livros didáticos?
1.2 Os materiais acima citados são bem cuidados e estão em boas
condições de uso?
1.3 Os alunos utilizam livros didáticos e outros materiais?
2. Banheiros
2.1 A escola está conectada a Internet?
2.2 Alunos e professores têm acesso á Internet?
2.3 A conexão com a Internet permite a realização de pesquisas com
rapidez?
3. Banheiros
3.1 Há banheiros disponíveis para o uso de todos, inclusive de alunos
com deficiência?
3.2 Os banheiros são limpos e estão em boas condições de uso?
3.3 Os lavabos são limpos e estão em boas condições de uso?
4. Lavabos
4.1 há lavabos disponíveis para o uso de todos?
4.2 Os lavabos são limpos e estão em boas condições de uso?
4.3 Os lavabos são bem utilizados (sem ociosidade e sem uso restrito a
um número muito pequeno de pessoas)?
5. Água filtrada ou tratada.
5.1 Há filtros ou algum tipo de tratamento de água que permitam a
disponibilização de água potável a todos?
5.2 Os filtros ou bebedouros estão em boas condições de uso?
5.3 Todas as pessoas que freqüentam a escola (alunos, professores,
pais, outros) tomam água filtrada ou tratada na escola?
6. Carteiras para ao alunos.
6.1 Há carteiras disponíveis para ouso de todos os alunos?
1
6.2 As carteiras estão em boas condições de uso?
6.3 As carteiras quebradas são rapidamente reaproveitadas?
7. Mesa e cadeira para o professor.
7.1 Há mesas e cadeiras para o professor nas salas de aula?
7.2 As mesas e as cadeiras do professor estão em voas condições de
uso?
7.3 As mesas e as cadeiras quebradas são rapidamente reaproveitadas?
8. Pátio escolar
8.1 Há pátio escolar no qual os alunos possam brincar?
8.2 O pátio é seguro e bonito?
8.3 O pátio é aproveitado para atividades recreativas e pedagógicas
quando necessário?
9. Espaço para o ensino e prática de esportes.
9.1 Há espaço para o ensino e prática de esportes?
9.2 O espaço para o ensino e a prática de esportes responde as
necessidades da escola?
9.3 O espaço para a prática de esportes é bem aproveitado por todos os
alunos?
10.Materiais para uso do professor, como giz, quadro, livros, jogos, mapas.
10.1 Há giz, quadro, livros, materiais didáticos disponíveis para o uso do
professor?
10.2 Esses materiais respondem ás necessidades da prática pedagógica?
Estão em boas condições de uso?
10.3 Os professores solicitam a aquisição de deferentes materiais?
11.Materiais didáticos: televisão, computador, videocassete, DVD,
aparelho de som, fitas de vídeo, outros.
11.1 Há televisão, computador videocassete, aparelho de som, fitas de
vídeo, outros?
11.2 Esses materiais estão em boas condições e respondem á prática
pedagógica? O conteúdo de vídeos, programas de TV e músicas
utilizados na escola respeita a diversidade humana?
1
11.3 Os professores e alunos têm acesso a esses materiais?
12.Salas de aula
12.1 As salas de aula são suficientes para o número de alunos da escola?
12.2 As salas de aula são bonitas, arejadas, alegres e iluminadas?
12.3 As salas de aula permitem a organização do mobiliário de acordo
com atividades diversas?
13.Pintura do prédio e do quadro-negro.
13.1 O prédio da escola está pintado?
13.2 A pintura do prédio e do quadro de giz está em boas condições?
13.3 As paredes são utilizadas de modo conveniente para expor trabalhos
de alunos, materiais educativos, informações relevantes sem
provocar poluição visual?
14.Biblioteca
14.1 Há espaço específico para pesquisas e leituras?
14.2 A biblioteca conta com acervo organizado, ambiente agradável,
arejado, iluminado e bonito?
14.3 Qualquer pessoa (aluno, professor, funcionário, pai ou mãe) pode
freqüentar a biblioteca ou Ter acesso aos livros da escola?
15.Merenda escolar
15.1 O espaço destinado á manipulação e armazenamento dos alimentos
é adequado, obedecendo a um padrão de higiene?
15.2 O espaço do refeitório atende as necessidades da escola?
15.3 Os mobiliários, os utensílios, o aparelhos eletrodomésticos estão em
bom estado de conservação?
16.Calendário letivo e agenda?
16.1 A escola elabora seu calendário letivo e interno de acordo como seu
projeto político pedagógico?
16.2 Os calendários atendem as necessidades da escola quanto ao tempo
de aprendizagem?
1
16.3 Os calendários são fixados em locais visíveis? Podem ser
consultados por todos os interessados?
17.Plantas, árvores e flores.
17.1 Há plantas, árvores e flores na escola?
17.2 As plantas, árvores e flores da escola são bem cuidadas e bonitas?
17.3 Há atividades com os alunos para que aprendam cuidar de plantas,
árvores e flores da escola?
18.Tratamento do lixo
18.1 Há lixeiras na escola?
18.2 As lixeiras estão espalhadas em toda a escola para facilitar o seu
uso?
18.3 Há algum trabalho pedagógico sobre a destinação do lixo? A escola
separa o lixo produzido e o encaminha para reciclagem?
19.Vias para acesso de pessoas com deficiência.
19.1 Há vias para acesso de pessoas com deficiência á escola (salas de
aula, pátio, biblioteca, outros)?
19.2 As vias para acesso de pessoas com deficiência estão em boas
condições de uso?
19.3 Essas vias são utilizadas adequadamente?
20.Nível baixo de ruído.
20.1 O nível de ruído é baixo?
20.2 O nível de ruído jamais atrapalha as atividades realizadas na escola?
20.3 São tomadas providências para evitar excesso de ruído?
21.Rede de esgoto
21.1 A escola está ligada a um sistema de esgotamento sanitário?
21.2 As instalações de água e esgoto estão em boas condições de
funcionamento?
22.Beleza
1
22.1 A escola é Bonita?
22.2 Há iniciativas para preservar e/ou melhorar a aparência da escola?
22.3 Questões relativas á estética do ambiente são discutidas
pedagogicamente com a comunidade escolar?
G – DIMENSÕES DO ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
Um dos principais desafios atuais da nossa escola é fazer com que
crianças, adolescentes e jovens nela permaneçam e consigam concluir o s
níveis de ensino em idade adequada, e que jovens e adultos também
tenham os seus direitos educativos atendidos. Será que sabemos quem
são aqueles que, na nossa escola, apresentam maior dificuldade no
processo de aprendizagem? Sabemos quem sã aqueles que mais faltam
na escola?: Onde e como eles vivem? Quais são as suas dificuldades? E os
que abandonaram ou se evadiram? Sabemos o motivo? Estamos nos
esforçando para trazê-los de volta á escola? Temos tratado essa situação
com cuidado e carinho que ela merece? Ao responder a essas e outras
perguntas relativas a esta dimensão, a comunidade escolar poderá
discutir formas de a escola oferecer boas oportunidades de aprendizagem
a todos os cidadãos.
INDICADORES E PERGUNTAS.
1. Número total de falta dos alunos.
1.1 A comunidade escolar procura compreender as causas da falta dos
alunos?
1.2 A escola possui alguma maneira de atender os alunos com maior
número de faltas, buscando resolver esse problema?
2. Abandono e evasão.
2.1 Todas as crianças em idade escolar do entorno freqüentam a escola
regularmente?
2.2 A comunidade escolar tem informações sobre a quantidade de
alunos que se evadem ou abandonam a escola?
1
2.3 A comunidade escolar busca compreender as causas do abandono
ou da evasão?
2.4 A comunidade adota alguma medida para trazer de volta alunos que
se evadiram ou abandonaram a escola? Essas medidas têm gerado
bons resultados?
3. Atenção aos alunos com alguma defasagem de aprendizagem.
3.1 No dia-a-dia, os professores dão atenção individual àqueles alunos
que apresentam dificuldades de aprendizagem?
3.2 A escola oferece oportunidades especiais para alunos que têm
dificuldades de aprendizagem (como lições extras, grupos de
reforço, solicitação de professores externos para a realização de
debates ou aulas extras, mobilização de voluntários para apoio,
exames de recuperação, outros)?
3.3 Caso atividades como estas sejam oferecidas, elas conseguem fazer
com que os alunos melhorem seu nível de aprendizagem?
3.4 A escola faz algum tipo de agrupamento especial para atender
adequadamente alunos com alguma defasagem?
3.5 Caso haja algum tipo de agrupamento especial, pode-se afirmar que,
de fato, nessas turmas os alunos têm melhores condições de
aprendizagem (atendimento mais individualizado, metodologias
alternativas, outros)?
3.6 A comunidade escolar tem informações sobre a quantidade de
alunos que são reprovados a cada ano?
3.7 A comunidade escolar busca compreender as causas das
reprovações?
A avaliação institucional será realizada a cada ano, em virtude dos
resultados o presentes projeto político pedagógico poderá sofrer
alterações em seu plano de ação (redefinindo metas e objetivos).
1
11. ATA DE APROVAÇÃO
Ata de apresentação e Aprovação do Projeto Político
Pedagógico Biênio 2006/2007.
Aos onze dias do mês de novembro de dois mil e cinco,
reuniram-se em uma das dependências do Colégio Estadual Rui
Barbosa – Ensino Médio e Profissional, o Sr. Professor José Machado
Santana e membros do Conselho Escola abaixo mencionados, para
atender ao previsto em seu estatuto quanto á aprovação do Projeto
Político Pedagógico elaborado no biênio 2006/2007. O diretor
inicialmente agradeceu a presença de todos, ressaltando que os
participantes tem direito de fazer perguntas e sugestões em
qualquer momento durante a explanação das questões relativa ao
Projeto Político Pedagógico. O diretor coordenou os trabalhos
informando primeiramente a estrutura organizacional do Projeto,
com apoio da equipe pedagógica e apresentou enfatizando o Plano
de Ação da Escola e Avaliação Institucional, onde foi aprovado por
todos. Encerando a Reunião, agradeceu a colaboração e reiterou a
necessidade da participação efetiva de todos para o sucesso do
proposto do Projeto. Nada havendo a mais para constar, eu, Maria
Rita Vieira de Souza lavrei a presente Ata que vai por mim assinada
e pelos demais presentes.
Formosa do Oeste, 11 de Novembro de 2005.
José Machado SantanaCélia Rodrigues PereiraSérgio Schimidt de SouzaJocilaine Conceição M. P. ValerianoIrnice Mateus Gomes dos SantosCarlla Janaína BuenoIraci Altran CadamuroRonney Marlon dos Santos AugustoIlton Gerômino
1
12. PARECER DE APROVAÇÃO
Aos quinze dias do mês de março de dois mil e sete, reuniram-se em uma
das dependênias do Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio e
Profissional, o Diretor José Machado Santana, Professoras Pedagogas Célia
Margarida Scarpelli Bonini, Célia Rodrigues Pereira, Beatriz Mendes
Valeriano e membros do Conselho Escolar abaixo nominados para aprovar
as alterações referentes ao Projeto Político Pedagógico, realizado durante
a Semana Pedagógica de 2007. O diretor inicialmente agradeceu a
presença de todos ressaltando que os participantes tem direito de fazer
perguntas e dar sugestões em qualquer momento durante a explanação
das alterações feitas no Projeto Político Pedagógico, a direção enfatizou
que o P.P.P. do Colégio apresenta os princípios norteadores dando
coerência ás relações entre estratégias pedagógicas, estruturas
curriculares, métodos de avaliação, calendário escolar, educação voltada á
inclusão social, problemas sociais, econômicos e culturais, preservação e
sustentabilidade do meio ambiente, sendo um projeto alicerçado na
proposta de uma política educacional comprometida com a inclusão
crítica, criativa e participativa do educando no contexto Social em que
vivem. Após explanação os membros do Conselho Escolar foram unânimes
em aprovar o Projeto Político Pedagógico desse Colégio. O Diretor
discorreu sobre a necessidade da participação efetiva de todos para o
sucesso proposto no Projeto. Nada havendo a mais para constar, eu, Maria
Rita Vieira de Souza, secretária deste estabelecimento de ensino, lavrei o
presente parecer que vai assinado por mim e pelos demais presentes.
Formosa do Oeste, 15 de março de 2007
Maria Rita Vieira de Souza ________________________________José Machado Santana _______________________________Célia Margarida Scarpelli Bonini ________________________________Beatriz Mendes Valeriano ________________________________Célia Rodrigues Pereira ________________________________Sandra Malagute ________________________________Antonio Luiz Sozza ________________________________Sérgio Schimidt de Souza ________________________________
1
Jocilaine Conceição M. P.
Valeriano
________________________________
Irnice Mateus Gomes dos Santos ________________________________Rafael Soares de Souza ________________________________Iraci Altran Cadamuro ________________________________Vanildo Vieira dos Santos ________________________________Ilton Gerômino ________________________________
1
13. RELAÇÃO NOMINAL DOS ENVOLVIDOS NA CONSTRUÇÃO
COLETIVA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Adalberto José da CostaAdelaide Aparecida DonegaAdilson Rubens GereviniAlcioneide Piovan CarettaAparecido Laertes galliJosé Diogo GomesJosé Humberto PinheiroJoão Batista Pereira CaíresJuvenal Marques MendonçaLucimar Antonio RamosLuis Carlos Domingues de AguiarMargaret PaniniMarli Pedro de OliveiraMarlene Bontempo FazolineMaryneide de Souza PintoNarciza Ermelinda PedraNeide Prandini CardosoNélida Mara GuerreiroNeusa Maria Horge yatsuSandra Aparecida de lima GereviniSandra MalaguteSérgio Shimidt de SouzaSheila da Guia SchneiderTereza Biló GonçalvesTerezinha Giomo CatuzzoVera Lúcia Varaschin CenciCarlos Roberto Paim MartinsJefferson Joaquim de SouzaJocilaine C. M. P. ValerianoMaria Rita Vieira de SouzaAlice Ribeiro CesnikClarice Bássiga ThomaziniIrnice Mateus Gomes dos SantosMaria Alice Gonçalves de AraújoMaria de Lourdes MendesOrlanda Regina PintoTerezinha Maria da SilvaBeatriz Mendes ValerianoCélia Margarida Scarpelli BoniniCleusa Ranucci LemosJosé Machado SantanaCarlla Janaína BuenoIraci Altran Cadamuro
1
Ronney Marlon dos Santos AugustoIlton GerôminoJosé Celso Mariano GomesEstelamaris Lopes de Castro da SilvaRegina Bezerra da SilvaMoacyr José GambiniClaudinéia de Oliveira BassetoDemilto Sperandio CottGilberto Francisco de CarliMaria Elizabeth GomesMerci dos Santos XavierSimone Paião de Oliveira
1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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