coleção do aluno

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Page 1: Coleção do aluno
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Chegou o mais novo integrante da sua escola

A coleção Creche, material didático do Sistema de Ensino Expoente voltado aos pequeninos de 3 meses a 3 anos, foi desenvolvida para aprimorar a atuação dos professores/educadores que trabalham em creches, a nj m de qualinj car o atendimento às crianças, articulando cuidados e educação.

Coleção do alunoŨ� Minhas primeiras lembranças – de 3 meses a 1 ano.Ũ� Descobrindo minha identidade – de 1 a 2 anos.Ũ� Descobrindo meu mundo – de 2 a 3 anos.Ũ� Agenda do bebê – instrumento de troca de informações entre

instituição e família.Ũ� Materiais complementares – reproduções de obras de arte,

metro do crescimento, cartazetes para rotina diária, quadro de chamada e cartaz para a porta da sala de aula.

Ũ� CD com cantigas populares.Ũ� DVD – conteúdos que promovem a articulação entre institui-

ção e família, modalidades organizativas do tempo didático e os eixos de trabalho contemplados.

Material de apoio ao professorŨ� Compreendendo o desenvolvimento infantil: de 3 meses a 3 anosŨ� Planejando e praticando

Diferenciais Ũ� Promove a integração entre professor/educador e família.Ũ� Estabelece uma relação afetiva.Ũ� Base teórica apresentada na linguagem do professor para a

realidade da escola.Ũ� Tema mensal, de interesse dos pais, para discussão.Ũ� Material de acordo com as determinações da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, e com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, pautado em uma concepção construtivista sociointeracionista.

Ũ� O material vem acondicionado em duas embalagens, uma para o professor e outra para o aluno, especialmente desenvolvidas para permitir a organização e o armazenamento dos trabalhos do dia a dia.

Agenda do

bebêDanielle Bonamin Flores

Maria da Gloria Galeb

Conheça o material demonstrativo digital, acessewww.expoente.com.br www.escolainterativa.com.br

Curitiba e Região Metropolitana: (41) 3312-4000 / Demais localidades: 0800-41 4424. Acompanhe: facebook.cRP�JUXSRH[SRHQWH�ş�twitter.com/grupoexpoente

Expoente. A melhor resposta em sistema de ensino.

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Caro(a) professor(a): Inicialmente queremos agra-decer a todos os nossos cola-boradores e clientes pelo início “vitorioso” de 2013. Fruto do tra-balho de toda a equipe do Grupo Expoente, o Sistema de Ensino Expoente cresceu em 2012 exa-tos 30%, um dos maiores cresci-mentos do mercado.

Queremos abrir esta edição da revista Impressão Pedagógica, destacando um dos grandes diferenciais do Sistema de Ensino Ex-poente: o tema bianual, que em 2013/2014 é Li-mites – Respeito e Superação, assim como em 2011/2012 o tema foi Arte – Leitura de Mundo. Sobre o tema Limites – Respeito e Supera-ção, assim se pronunciou, em matéria da revista, Celso Antunes: “Trabalhar respeito e superação VLJQLnj�FD� LU�PXLWR�DO«P�GH�FRQWH¼GRV�H� UHVWDX�rar na escola seu insuperável papel formativo”. 1D�PHVPD�PDW«ULD��-¼OLR�)XUWDGR�Dnj�UPRX��ţ���«�necessário que a escola reconstrua as relações com os alunos e com a família de maneira que os limites e o respeito possam ser inegociavel-mente restabelecidos. Dentro desse processo, é fundamental que sejam resgatadas as regras morais como essenciais a uma relação produti-va entre ensino e aprendizagem”, De todos os temas que trabalhamos até aqui, todos muito interessantes, pedagógicos, formativos e ou de incremento aos valores humanos, limites, com certeza, é o mais desa-nj�DGRU��3RU�LVVR�QRV�SDUHFH�UHOHYDQWH�TXH��DO«P�de o trabalharem com seus alunos, as escolas devem incentivar os pais a lerem o livro para as-sim também dominar o assunto, no sentido de todos andarem juntos, escola, aluno e família. A autora do livro Limites – Respeito e Su-peração, Isabel Parolin, demonstrou toda sua competência e experiência ao escrever sobre os doze eixos que fazem parte do tema. A todos uma excelente leitura e um 2013 com muito sucesso.

Armindo Angerer

Armindo AngererDiretor-GeralGrupo Educacional Expoente

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Entrevista: Celso Antunes e Júlio Furtado

falam sobre limites

Artigo: Um olharsobre o brincar

Capa: Escolasconveniadas sepreparam para

desenvolvero tema pedagógico

2013/2014

Educação ambiental:AprendizagemVLJQLnj�FDWLYD�H

contextualizada

Artigo: O poderda crítica

Enem: Redação nota 1000

expedienteDireção-Geral: Armindo Vilson Angerer

Gerência do CEEE: Sandra PoliJornalista Responsável: Danielle Ribas

(Mtb 3853/1546v)Revisão: equipe CEEE

Design: Augusto de Paiva Vidal NetoMarketing: Jomara Teixeira

Pré-Impressão: Alexandre StraubeFotolitos e Impressão

(GLWRUD�*U£nj�FD�([SRHQWH� Antonio Both Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR

CEP: 83324-000 – Tel.: 41 3312 4350Fax: 41 3312 4370

Tiragem: 15 000 exemplares.Impressão Pedagógica é uma publicação semestral,

de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas, coordenadores e professores, distribuída

por mailing personalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões expressas nos artigos assinados.

Todos os direitos reservados.

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| ent

revi

sta

Avisãodosmestres� $�UHYLVWD�,PSUHVV¥R�3HGDJµJLFD�FRQYLGRX�GRLV�SURnjVVLRQDLV�TXH�njJXUDP�HQWUH�RV�SULQFLSDLV�SHQVDGRUHV�DWXDLV�GD�HGXFD©¥R�EUDVLOHLUD�SDUD�XPD�UHǍH[¥R�VREUH�R�7HPD�3HGDJµJLFR�([SRHQWH������������Limites – Respeito e Superação. Nesta entrevista exclusiva, Celso Antunes e Júlio Furtado falam sobre individualismo, indisciplina e re-lacionamento entre família e escola. Autor de mais de 180 livros didáticos, especialista em Inteligên-cia e Cognição e mestre em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo (USP), Celso Antunes�HQFDQWD�R�S¼EOLFR�GH�VXDV�SDOHVWUDV�pela emoção com que trata de temas educacionais ao longo de mais de 50 anos de carreira. Também é sócio-fundador da instituição To-GRV�SHOD�(GXFD©¥R��TXH�UH¼QH�OLGHUDQ©DV�VRFLDLV��UHSUHVHQWDQWHV�GD�iniciativa privada e educadores. Júlio Furtado é mestre em Educação pela Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Programação Neuro-linguística, diplomado em Psicopedagogia e doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Havana, em Cuba. Ministra palestras e participa de congressos educacionais em todo o país, abordando, SULQFLSDOPHQWH�� WHPDV�FRPR�DSUHQGL]DJHP�VLJQLnjFDWLYD�� DYDOLD©¥R��liderança e gestão escolar. É reitor da Uniabeu, em Belford Roxo (RJ).

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Impressão Pedagógica – Em 2013, o tema pedagógico desenvolvido para as escolas conveniadas ao Expoen-te é Limites – Respeito e Superação. Qual sua visão sobre a importância de debatermos esse assunto?

Celso Antunes – É um tema que me encanta e que suponho imprescindí-vel a qualquer escola do país. Atual-mente, a quase obsessão por con-WH¼GRV�FRQFHLWXDLV�HVW£�DIDVWDQGR�D�escola de seu papel também forma-tivo. É indiscutível que passar con-WH¼GRV�«�HVVHQFLDO� H� TXH�SURPRYHU�DSUHQGL]DJHP� VLJQLnjFDWLYD� «� WDUHID�imprescindível. Trabalhar respeito e VXSHUD©¥R�VLJQLnjFD�LU�PXLWR�DO«P�GH�FRQWH¼GRV�H�UHVWDXUDU�QD�HVFROD�VHX�insuperável papel formativo.

Júlio Furtado – A discussão do tema é fundamental para que os educa-dores fortaleçam suas posições e construam novas estratégias para um resgate necessário desse tri-pé (limites, respeito e superação), essencial a uma aprendizagem sig-QLnjFDWLYD�� 'LJR� UHVJDWH� SRUTXH� «�necessário que a escola reconstrua as relações com os alunos e com a família de maneira que os limites e o respeito possam ser inegocia-velmente reestabelecidos. Dentro desse processo, é fundamental que

sejam resgatadas as regras morais como essenciais a uma relação pro-dutiva entre ensino e aprendizagem. IP – Uma queixa comum é sobre crianças e jovens que se transfor-mam em pequenos tiranos, sem “limites”, que não sabem ouvir não, dividir ou conviver. Onde estamos errando?

CA – A triste herança desse erro co-PH©RX�D� VH� LQWHQVLnjFDU� D�SDUWLU�GRV�anos 1970/1980, quando se popu-larizaram no Brasil interpretações incorretas de alguns postulados psi-cológicos que confundiam ternura e afeto com permissividade. Os efei-tos desse erro se tornaram intensos e pais e professores ainda confun-dem uma boa e essencial educação com o temor de se colocar limites, ensinar regras e mostrar que não existe afeto maior que preparar uma FULDQ©D�SDUD�RV�GHVDnjRV�GD�YLGD�

JF – Uma das principais consequên-FLDV�GD�UHFRQnjJXUD©¥R�GDV�UHOD©·HV�educativas é o fato de vivermos hoje em uma sociedade com baixíssimo índice de maturidade emocional e com elevado índice de carência afetiva. Nessa sociedade, passa a ser frequente o pavor de não ser DPDGR� H� VXUJH� D� GLnjFXOGDGH� GH� VH�olhar a criança e o jovem com olhos de educador, ou seja, com olhos de TXHP� M£�VXSHURX� WRGRV�RV�FRQǍLWRV�típicos dessas fases do desenvolvi-mento humano. Aliado a tudo isso, a crise de valores que assola nosso mundo em transição nos impede de ter certeza quanto à atitude certa a WRPDU�� 6RPRV� UHI«QV� GD� G¼YLGD�� GD�culpa e do sofrimento que ambas DFDUUHWDP�� 1RVVRV� njOKRV� H� DOXQRV�já perceberam, e por isso se armam de “certezas circunstanciais” para atingir a nossa já frágil convicção de educar. “Você está sendo injusto!”; “Mas você dorme tarde sempre que TXHU�Ť�� ţ3URIHVVRUD�� YRF¬� «� D� ¼QL-ca que não deixa!”; “Pai, você bebe cerveja, por que eu não posso!?”. Lançam ataques cruéis a nossa ge-ração de adultos portadores de uma consciência confusa e culpada que,

muitas vezes, nos aniquilam e nos impedem de dizer com carinho, tranquili-GDGH� H� njUPH]D� XP�sonoro e necessário NÃO. E, na maioria das vezes, é isso que nossas crianças e jo-vens necessitam e, bem lá no fundo, até desejam.

IP – Pais e escolas vi-vem um perío-GR�GH�LQGHnjQL©¥R�de papéis, um em-purra para o outro a responsabilidade de ensinar valores. Quais são os papéis de cada um nessa relação?

CA – Família e escola são espaços diferentes H� SURSLFLDP� GHVDnjRV� LQ-terpessoais desiguais e, nesse sentido, ambos ofe-UHFHP� P¼OWLSODV� RSRUWXQL-dades de educação, ainda que uma “linguagem comum” sobre posturas, princípios, educação e limites tenham de ser trabalhados. A criança pequena não mata e não rouba e se esses problemasJúlio Furtado

Celso Antunes

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acontecem na adolescência é por-que se percebem erros imensos no trajeto educativo.

JF – Tanto escola quanto família tem responsabilidade de ensinar valores, cada uma em seu respectivo con-texto. Essa transferência recíproca UHVXOWD�GD�GLnj�FXOGDGH�GH�DPEDV�HP�assumir o que lhes cabe. Em um de meus livros, utilizo uma tirinha de um menino que chega em casa e entre-ga à mãe um bilhete da professora que contava que ele não havia fei-to a atividade de aula e pedia que a mãe tomasse uma providência. A mãe envia para a professora outro bilhete, dizendo que o menino não quis tomar banho no dia anterior e pedia, igualmente, que a professora tomasse uma providência. Essa his-torinha resume o impasse da confu-são de papéis e aponta, ao mesmo tempo, para a solução.

IP – Muitos professores trabalham amedrontados ou desestimulados pela indisciplina, violência e a falta de respeito em sala de aula. Como mu-dar essa situação?CA – A mesma criança que desres-peita o pai ou a mãe e que não aten-te a professora, quando pratica um esporte coletivo compreende suas regras e a elas se submete, pois de-las depende o entusiasmo do jogo.

Se a criança aprende a jogar, e gosta de jogar, é porque sabe internalizar regras, e se elas passam a existir na sala de aula, a relação interpessoal se estabelece. Educar é ensinar a viver, e a vida em sociedade se nor-matiza por regras de respeito e de solidariedade. O amor entre duas pessoas não exclui as regras de res-SHLWR�P¼WXR�

JF – Essa resposta não é nada sim-ples em função dos muitos fatores que estão envolvidos. Concentran-do-me apenas nos elementos que cabem à escola, eu diria que é es-sencial que se façam algumas distin-ções para se enfrentar o problema. A primeira delas é entre incivilidades e indisciplina. Incivilidades se refe-rem a condutas que se contrapõem às regras da boa convivência como, por exemplo, grosserias, desordens, ofensas verbais e o que se denomi-na, sem muita precisão conceitual, “falta de respeito”. As incivilidades são rupturas das regras e expec-tativas tácitas de convivência dos pactos sociais que perpassam as relações humanas e cujo sentido, muitas vezes, supõe-se que seja de GRP¯QLR�S¼EOLFR�GHVGH�D� LQI¤QFLD��$�queixa comum entre muitos profes-sores sobre alunos que vêm à escola “sem limites” poderia ser traduzida como uma queixa sobre a ausência de padrões culturais básicos de ci-vilidade, que a família não conseguiu desenvolver. A indisciplina é a ruptu-ra de acordos tácitos ou não entre a expectativa da escola e o comporta-mento do aluno. Facilita bastante se a escola, compreendendo essa di-ferença, discutir, clarear e construir coletivamente esses “contratos”. 2XWUD� GLIHUHQ©D� ¼WLO� SDUD� D� HVFROD� «�entre regras morais, que dizem res-peito às condutas, e regras conven-cionais, que dizem respeito aos pro-

cedimentos. Diferenciá-las ajuda a escola a não dar a mesma importân-cia à cor de uma meia e a uma ofensa desrespeitosa.

IP – Em uma sociedade baseada no individualismo, como abrir os olhos dos alunos para o limite do outro?

CA – O individualismo não é baga-gem hereditária. Nenhuma crian-ça cresce individualista. Essa ten-dência se consolida ao longo do processo educativo, muitas vezes, pela ausência de coerência em se mostrar que todo afeto implica reciprocidade, que toda amizade pressupõe respeito e que esse se fundamenta em superações. Sem superação não se vence o egoísmo e sem respeito não se constroem amizades.

JF – A escola deve promover ativida-des que levem o aluno a se colocar no lugar do outro. Participei de uma dessas atividades em que adoles-centes usavam lentes embaçadas, pesos de dois quilos em cada perna e um quilo em cada braço para sen-tirem, aproximadamente, o que sen-tem as pessoas idosas ao caminhar. Da mesma forma, podemos de-senvolver atividades vivenciais que contribuam para a tomada de cons-ciência do limite do outro em sala de aula, somando-se a isso a discussão e o estabelecimento de regras cla-ras e bem aplicadas.

“Trabalhar respeito

e superação

VLJQLnj�FD�LU�PXLWR�

DO«P�GH�FRQWH¼GRV�

e restaurar na

escola seu

insuperável papel

formativo.”Celso Antunes

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Um olharsobre obrincar

Danielle Bonamin Flores | Maria da Gloria Galeb

Pega-pega, esconde-esconde, casi-nha... Ao pensar nessas brincadeiras, ima-ginamos crianças em movimento, brinque-dos espalhados, sorrisos e o entusiasmo típico da infância. Mas, em uma viagem pela história, percebemos que o brincar, durante muito tempo, não foi considerado próprio da infância, uma fase que não era UHFRQKHFLGD�HP�VXDV�HVSHFLnj�FLGDGHV��SRLV�a criança era considerada um “vir a ser”, inacabada, um adulto em miniatura. Atual-mente, além de ser reconhecida como um sujeito social e histórico, a criança é vista não só como um produto da cultura, por VRIUHU� LQǍ�X¬QFLDV� GR� FRQWH[WR� VRFLRFXO�tural no qual está inserida, mas também como produtora de cultura. Uma das formas de a criança produzir cultura é o brincar, um instrumento privi-legiado para a construção da identidade, o desenvolvimento da autonomia e da ima-ginação e a apropriação da cultura, além de ser elemento propulsor do desenvolvi-mento infantil. Considerando todas essas aprendizagens, as instituições educacio-nais têm o papel de promover um ambien-te favorável ao brincar. Para isso, é neces-sário estabelecer e planejar os objetivos de aprendizagens, considerando espaço, materiais, tempo e formas de organização.

dos espalhados, sorrisos e o entusiasmo típico da infância. Mas, em uma viagem pela história, percebemos que o brincar, durante muito tempo, não foi considerado próprio da infância, uma fase que não era UHFRQKHFLGD�HP�VXDV�HVSHFLnj�FLGDGHV��SRLV�a criança era considerada um “vir a ser”,

mente, além de ser reconhecida como um sujeito social e histórico, a criança é vista não só como um produto da cultura, por

tural no qual está inserida, mas também

Uma das formas de a criança produzir

legiado para a construção da identidade, o

ginação e a apropriação da cultura, além

mento infantil. Considerando todas essas

sário estabelecer e planejar os objetivos de aprendizagens, considerando espaço, materiais, tempo e formas de organização.

olharbrincar

| art

igo

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Observando o espaçoe os materiais O espaço de brincar deve ser VHJXUR��DFRQFKHJDQWH�H�GHVDnj�DGRU��Não deve oferecer risco às crianças, nem menosprezar ou superestimar o desenvolvimento infantil, mas pro-vocar explorações e descobertas. Para descobrir se o espaço está ade-TXDGR�� SHQVH�� SDUD� TXH� S¼EOLFR� HOH�está organizado? As necessidades infantis estão sendo consideradas? Quais oportunidades são criadas nesse espaço? Qual sua intencio-QDOLGDGH"� +£� TXDQWLGDGH� VXnj�FLHQWH�de objetos, materiais e brinquedos? E quanto à qualidade desses mate-riais? Há aproveitamento da área ex-terna?

5HǍ�HWLQGR�VREUH�R�WHPSR Quando brincar? Na creche e na pré-escola, é necessário equi-librar o tempo realizando práticas que desenvolvam diversas aprendi-]DJHQV� UHIHUHQWHV� DRV� � FRQWH¼GRV�dos diferentes eixos propostos pelo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Nas atividades orientadas, o brincar precisa ser YLVWR� FRPR� nj�R� FRQGXWRU� GD� SU£WLFD�SHGDJµJLFD�� Dnj�QDO�� R� SURFHVVR� GH�aprendizagem está marcado pela lu-dicidade. O professor também pre-cisa dividir o tempo entre atividades orientadas e brincadeiras livres. As brincadeiras livres são fun-damentais, seja no parque de areia, em que a criança manipula elemen-tos da natureza, ou em outro espaço externo, com arcos, bolas e cordas. Ao criar o hábito de observar as brin-cadeiras livres, o professor percebe o desenvolvimento do vocabulário, da organização e da ampliação do pensamento das crianças, do diá-logo e do estabelecimento de rela-ções com seus pares. Defendemos que o brincar deve ocupar um lugar privilegiado nas ins-tituições de Educação Infantil, mas,

além de oferecer um tempo de brin-cadeiras para a criança, é necessá-rio valorizá-las no cotidiano, criando oportunidades para conversar sobre o tema: o que fez, com que ou com quem brincou, do que mais gostou de brincar, como era essa brincadei-ra... Além dos relatos orais, podem ser propostos desenhos, elabora-©¥R� GH� JU£nj�FRV� GDV� EULQFDGHLUDV�preferidas da turma e textos escritos (contando como ocorreu uma brin-cadeira realizada pela turma ou suas regras, por exemplo), nos quais o professor assume o papel de escriba.

Planejando o brincar Como o professor deve propor R�EULQFDU"�6¥R�P¼OWLSODV� DV�SRVVLEL�lidades: individualmente, em pares, em grupos; em espaços internos ou externos; com brinquedos que favo-recem a concentração ou a intera-ção... Uma das formas de se garan-tir o brincar é por meio dos cantos GH� DWLYLGDGHV� GLYHUVLnj�FDGDV�� TXH� VH�caracterizam pela organização de diferentes espaços com materiais e brinquedos. Assim, por exemplo, as crianças podem escolher com quem e do que brincar, ainda que todas estejam na mesma sala de atividades. Quanta autonomia desenvolvi-da!. Variar as propostas é fundamental! Seguem algumas possibilidades.r Cantos de faz de conta (sa-lão de beleza, supermercado, escritório, feira, pet shop).r Cantos de jogos (me-mória, quebra-cabe-ça, dominó, jogos de encaixe).r Cantos de arte (papéis, canetinhas, tintas, pincéis, giz de cera).r Cantos de descober-tas (onde a criança rea-liza experiências com caixinhas

crianças podem escolher com quem e do que brincar, ainda que todas estejam na mesma sala de atividades. Quanta autonomia desenvolvi-da!. Variar as propostas é fundamental! Seguem algumas possibilidades.

Cantos de faz de conta (sa-lão de beleza, supermercado,

pet shop).pet shop).pet shop Cantos de jogos (me-

mória, quebra-cabe-ça, dominó, jogos de

Cantos de arte (papéis, canetinhas, tintas, pincéis, giz de

Cantos de descober-tas (onde a criança rea-liza experiências com caixinhas

“Uma das formas

de a criança

produzir cultura

é o brincar.”

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de areia, pedrinhas, pequenos po-tes e peneiras).r Cantos de produção (onde a crian-ça cria carros, robôs, bonecos).r Canto da leitura (livros de diferen-WHV�DXWRUHV��PDWHULDLV�H�FRQWH¼GRV��� Os espaços devem ter ma-teriais em quantidade e qualida-GH� VXnj�FLHQWH� SDUD� TXH� DV� FULDQ©DV�montem e enriqueçam a brincadei-ra. Isso não é difícil: muitos jogos podem ser confeccionados pelas próprias crianças em momentos de atividades dirigidas, como os jogos de percurso. Os móveis dos cantos de faz de conta, por sua vez, podem ser feitos com caixas de papelão pintadas. Dessa forma, a brincadei-ra enriquece outros momentos da URWLQD�� WUD]HQGR� VLJQLnj�FDGR� D� SHV�quisas e produções. Por exemplo, se no canto da cozinha quisermos colocar um forno de micro-ondas, será necessário primeiro conhecê--lo – como funciona, o que se pode cozinhar nele, qual o seu forma-to –,pesquisar receitas (brigadeiro, pipoca), e depois deixar a criança utilizar o novo objeto no canto da cozinha.

O pedagogo e odiretor tambémpodem enriquecero brincar Para sensibilizar a equipe de professores, o pedagogo pode re-tomar as brincadeiras de infância GHVVHV� SURnj�VVLRQDLV� H� GHVWDFDU� R�quanto esse brincar foi necessário para a constituição de cada indiví-duo. Lembrar o quanto se improvi-sava com qualquer recurso dispo-nível e como a “montagem”, muitas vezes, gerava mais entusiasmo do TXH� D� SUµSULD� EULQFDGHLUD�� $¯� nj�FD�clara a importância de a criança or-ganizar os materiais e construir ce-nários para o desenvolvimento de suas brincadeiras.

O pedagogo também pode criar e compartilhar pautas de ob-servação das aprendizagens infan-tis por meio das brincadeiras. Algu-mas questões norteadoras podem VHU�XVDGDV�SDUD�UHǍ�H[¥R�GRV�SURnj�V�sionais, como as que seguem. r Brincar gera aprendizagens? Quais?r Na rotina da turma, o brincar li-vre está previsto? Quanto tempo é destinado a esse tipo de atividade?r Os jogos e materiais disponíveis na sala são mais voltados à explora-ção/manipulação individual ou pro-vocam a interação entre o grupo e o faz de conta? r Quem escolhe a brincadeira?r Quem escolhe os materiais utili-zados na brincadeira?r Como a família vê o brincar na ins-tituição de Educação Infantil? A compra de materiais e brin-quedos – papel do diretor – não pode ser feita de maneira arbitrária: é necessário pesquisa para garantir D�YDULHGDGH��GH�FRUHV��nj�QDOLGDGHV��H�D�TXDOLGDGH� �RV�GHVDnj�RV�GH�DFRUGR�com o desenvolvimento infantil). Nesse sentido, a conversa entre diretor, professores, pedagogo e crianças se faz indispensável.

� (Qnj�P�� R� EULQFDU� «� FXOWXUDO�� H� D�cultura é dinâmica. Como na diver-tida brincadeira de lenço atrás, um constante ir e vir em que cada crian-ça inesperadamente é escolhida ao som da cantiga “lenço atrás, corre mais”, que o brincar seja, ao mesmo tempo, repetitivo e inovador. Dese-jamos que as crianças sejam ensi-nadas a brincar, mas que também sejam autoras de brincadeiras, e que o grande lema da Educação In-fantil seja “brinca mais, brinca mais”!

Para saber maisFRIEDMANN, Adriana et al. O direito de brincar. 4. ed. São Paulo: Scritta, 1998.KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a edu-cação. São Paulo: Cortez, 2000.MOYLES, Janet R. Só brincar? O papel do brincar na Educação Infantil. Porto

Alegre: Artmed, 2002.

Maria da Gloria Galeb eDanielle Bonamin Flores são autorasdo material de Creche Expoente

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Limites –

Respeito e

SuperaçãoEscolas conveniadas se preparam para desenvolver

o tema pedagógico 2013/2014

“Limites são fronteiras rela-cionais. É por meio dos relaciona-mentos que uma pessoa se conhe-ce, aprende a respeitar o outro e a superar-se. A aprendizagem é um ato relacional. Ao tratar desse as-sunto, o Grupo Expoente oferece aos educadores uma ferramenta para aprimorar as relações em sala de aula, proporcionando melhores momentos educativos.” É assim que a psicopedagoga Isabel Paro-lin resume a importância do tema pedagógico 2013/2014, Limites – Respeito e Superação.� 3DUD� HVWLPXODU� UHǍ�H[·HV� H� GH�bates, a temática estará presente nas imagens das capas do material didático, nas agendas escolares e no Portal Escola Interativa. A obra Limites – Respeito e Superação, de Isabel Parolin, servirá de referência

para as escolas conveniadas repen-sarem, a partir da observação de VLWXD©·HV� HVSHF¯nj�FDV�� FDVRV� DSUH�sentados pela comunidade educa-tiva. Ao longo dessa reportagem, você acompanha alguns dos exem-plos descritos no livro. Isabel Parolin aborda o tema em linguagem cla-ra e objetiva, por meio de 12 eixos, apresentados detalhadamente, in-GLFD©·HV�GH�nj� OPHV��GUDPDWL]D©·HV��MRJRV�H�UHIHU¬QFLDV�ELEOLRJU£nj�FDV� “Ao lerem o livro, os educado-res perceberão a grande relevância do tema também para as famílias GH�VHXV�DOXQRV��(X�PH� LGHQWLnj�TXHL��como pai, em diversas situações descritas. Por isso, recomendo que a obra seja utilizada não só pela equipe pedagógica, mas também em reuniões de pais e eventos fa-

PLOLDUHVŤ�� Dnj�UPD� $UPLQGR� $QJHUHU��diretor-geral do Grupo Expoente. “Falar sobre limites é cada vez mais pertinente. Trata-se de um tema que precisa ser encarado por todos, apesar de sua complexida-de. É preciso aprender a viver e a conviver no mundo para construir um ser humano com condições para superar seus próprios limites”, nj�QDOL]D�,VDEHO�

| mat

éria

de

capa

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Expectativa Utilizar os questionamentos apresentados pelo tema Li-mites – Respeito e Superação para construir um ambiente de convivência sadia e produtiva é um dos objetivos do Colégio Ideal, de Santa Bárbara D´Oeste (SP). A coordenadora Maria ,Q¬]�%HJLDWR�Dnj�UPD�TXH�RV� OLPLWHV�HVWDEHOHFLGRV�SHOD� IDP¯OLD�e pela escola precisam ser trabalhados constantemente, pois a sociedade passa por períodos de confrontos e mudanças nas relações: “As pessoas vivem cada vez mais conectadas às redes sociais virtuais, enquanto as relações pessoais, face a face, acabam sendo deixadas em segundo plano. Nossos alunos passam por esses mesmos confrontos, fechados em casa e cultivando amizades virtuais. Por isso, o ambiente es-colar é o principal espaço de aprendizado da interação com o outro e dos limites do grupo”. A equipe pedagógica do Colégio ,GHDO�SODQHMD�LQ¼PHUDV�SRVVLELOLGDGHV�GH�GHVHQYROYLPHQWR�GR�tema, de acordo com a faixa etária. Para as turmas do Ensino Fundamental, por exemplo, estão programadas brincadeiras, FDQWLJDV�� SDUµGLDV� PXVLFDLV�� GUDPDWL]D©·HV�� H[LEL©¥R� GH� nj� O�mes, discussões em grupos e leituras de livros. Segundo Maria ,Q¬]��RV�DOXQRV�GR�(QVLQR�0«GLR�VHU¥R�LQFHQWLYDGRV�D�UHǍ�H[·HV�e debates mais aprofundados sobre limites a partir do estu-do do livro Jovens falcões, de Eduardo Lyra. “É uma obra que apresenta depoimentos inspiradores de jovens brasileiros que superaram limites de forma positiva e empreendedora”, conta a coordenadora. Sergio Luis Cetnarky e Sandra Regina Meirelles Cetnarky, proprietários das escolas Estrela Guia e Mundo Real, de São José dos Pinhais (PR), também acreditam que o tema pre-cisa ser cada vez mais explorado nas escolas e nas famílias. “Conhecemos o trabalho da Isabel Parolin e sabemos que ela sempre surpreende. Será um grande diferencial para a nossa escola discutir este tema entre alunos, professores e família”, declararam durante o evento de lançamento do livro Limites – Respeito e Superação��QD�%LEOLRWHFD�3¼EOLFD�GR�3DUDQ£� No Colégio Imaculado, de Quedas do Iguaçu (PR), o tema será tratado de maneira prática no cotidiano dos alunos. De acordo com a diretora pedagógica, Magda Cristina Fonseca da Costa, também será desenvolvido um trabalho de conscienti-zação com as famílias. “Nós cobraremos compromisso e res-ponsabilidade não só dos estudantes, mas também dos pais, que muitas vezes acabam sendo permissivos em casa e de-pois exigem da escola uma postura mais rígida”, explica. O uso do celular em sala de aula, segundo ela, é um exemplo de limite que precisa ser compreendido e respeitado pelos dois lados. “Os alunos sabem que não podem usá-lo durante a aula, mas, muitas vezes, são os próprios pais que ligam e interrompem um momento importante de aprendizado”, conta. Apesar de considerá-lo bastante amplo e complexo, Magda acredita que o tema é muito pertinente e pode constituir um questiona-mento importante para as escolas atuais.

“Ao lerem o livro

Limites – Respeito e

Superação, os

educadores

perceberão a

grande relevância

do tema também

para as famílias

de seus alunos.”

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Não se aprende só na escola

Uma criança derrubou no chão

(aparentemente sem querer) o lanche do

colega, que fez um escândalo! “Você não

olha por onde anda?” – questionava ele,

enfurecido. A menina ofereceu o lanche

dela para o colega, pedindo desculpas.

2�PHQLQR�nj�FRX�PDLV�LQGLJQDGR�DLQGD��

“Eu não quero o seu lanche, quero o meu

de volta!” – gritava. Nisso, a professora

chegou: “Fulano, seu lanche não vai mais

voltar a sua mão e ela já te explicou o

que aconteceu! Ela pediu desculpas e

ofereceu o lanche dela. Agora decida o

que você quer: continuar brigando ou

aceitar as desculpas e o lanche dela.” O

menino não conseguia conversar de tão

bravo e acabou na sala da coordenadora

para recuperar-se emocionalmente. A

coordenadora relatou à mãe o fato e as

reações emocionais do menino. A mãe

ouviu e comentou: “Mas também, com

XPD�HVW¼SLGD�MRJDQGR�IRUD�R�ODQFKH�GHOH��

não dá pra achar graça, não é mesmo?”

5HǍ�H[¥R Observando o modo como a menina

agiu com o colega (ambos com 9 anos),

percebe-se que ela recebe atenção edu-

cativa de seus familiares. Ela assustou-se

com o episódio, mas buscou uma solu-

ção para o problema, mesmo sabendo

que o caminho que ela escolheu a privaria

de seu lanche. É fácil concluir que essa

menina está se preparando para superar

DV�GLnj�FXOGDGHV�TXH�D�YLGD�FHUWDPHQWH�

lhe ofertará. E a família do menino? Que

tipo de formação dá a ele? O que fará ele,

mais tarde, caso uma jovem não queira

namorá-lo, e se ele se sentir traído? O

que ele fará se, acidentalmente, alguém

bater em seu carro?

Adaptado de: PAROLIN, Isabel.

Limites – Respeito e Superação.

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Page 13: Coleção do aluno

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Entre dois lados Uma escola organizou uma palestra sobre limites na educação para os pais. Os alunos estavam em outro salão, onde participavam de atividades próprias para eles. Repentinamente, começaram a entrar no auditório e a fazer barulho. As professoras tentavam, sem sucesso, en-FDPLQK£�ORV�QRYDPHQWH�SDUD�D�DWLYLGDGH��2V�SDLV�nj�QJLDP�que não percebiam. A palestrante então interrompeu sua fala e convocou os pais a auxiliarem as professoras, e só retomou a palestra depois que a ordem foi restabeleci-da. Na sequência, uma mãe questionou: “Não estamos OLPLWDQGR�HVVDV�FULDQ©DV"�(ODV�TXHUHP�nj�FDU�DTXL��FRQRVFR��Ouvir a palestra. Será esse limite bom para elas?”

5HǍ�H[¥R� Na situação relatada, as crianças tinham seu espa-ço, e os adultos, o deles. Elas não tinham maturidade para partilhar a palestra dos adultos, por isso corriam, falavam e faziam barulho. Assim, se a presença delas IRVVH�SHUPLWLGD��DO«P�GH�Q¥R�DSURYHLWDUHP�R�FRQWH¼GR�da palestra, impediriam que seus pais ouvissem e pen-sassem sobre o tema.

Adaptado de: PAROLIN, Isabel. Limites – Respeito e Superação.

O eu e o outro� 8PD�P¥H�IRL�EXVFDU�VXD�nj� OKD�GH���DQRV�QD�HVFROD�H

�HQFRQ�

trou-a brincando com outras crianças. Quando a mãe chegou,

a criança falou que queria levar aquele jogo para casa. A mãe

foi logo recolhendo o jogo e dizendo que amanhã elas devol-

veriam. A professora olhou para a criança, ignorando a mãe, e

lembrou-a do que tinha sido combinado: os jogos não saem da

escola, pois são de todos e pertencem à sala de aula. A alu-

na olhou para a mãe e, sem encarar a professora, insistiu em

levar o jogo. A mãe insistiu, novamente: Não esqueceremos

GH�WUD]HU��DPDQK¥��Q«��nj� OKD�"š��$�SURIHVVRUD�VH�PDQWHYH�nj�UPH�

e lembrou as duas que a turma da manhã sentiria falta do jogo.

$�P¥H��YHQFLGD��SHJRX�D�nj� OKD�SHOD�P¥R�H�GLVVH�HP�DOWR�H�ERP�

WRP��9DPRV��PLQKD�nj� OKD��HX�YRX�FRPSUDU�XP�MRJR�LJXDO�D�HVVH�

pra você.

5HǍ�H[¥R� A criança, cuja mãe disse que compraria o jogo igual ao da

escola, vai valorizar esse ganho? Essa criança teria muito mais

ganhos se tivesse de esperar para, no outro dia, ter novamen-

te o prazer de jogar com os colegas. Além disso, iria entender o

conceito de “nosso” e de partilha, além de aprender a preciosa

arte de viver essa pequena frustração.

Adaptado de: PAROLIN, Isabel. Limites – Respeito e Superação.

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Eixos do temaLimites – Respeito e Superação1. Sim!Não! Os organizadores sim e não são elementos impor-tantes neste processo. O sujeito que não recebe limites não percebe seu lugar no mundo, e esse desconheci-mento o impede de adaptar-se adequadamente ao con-texto em que se insere. A maturidade para estar neste mundo, lê-lo e registrá-lo advém dos norteadores pri-mários, que são dinamizados pelas relações estabeleci-das pelo aprendiz. A consciência crítica nasce da leitura de mundo.

2. Aprendemos com os relacionamentos Como uma pessoa aprende? Aprendemos só na es-cola? Só existe uma forma de aprender? O que ela colo-ca em jogo para aprender? Quais pressupostos facilitam uma aprendizagem de boa qualidade?

3. Crescer é transpor limites � 4XDQGR�D�SHVVRD�FRQKHFH�D�UHJUD��VDEH�TXDO�R�Ǎ�X[R�social de determinado grupo, ela é capaz de empreender novas formas de ser nesse grupo. Para transpor limites, é preciso que o organizador regras seja aprendido ade-quadamente.

4. Os limites no grupo Este tópico aborda o mundo e os limites do nosso entendimento. Um sujeito organizado em relação ao seu contexto consegue perceber que há muita coisa acon-tecendo que ele não pode captar ou entender. A arte da escuta, da atenção e a disponibilidade para ler o mundo favorecem a construção de um sujeito instrumentaliza-do para ser feliz. A sala de aula é espaço privilegiado para essas aprendizagens, pois reúne diferenças no mesmo espaço.

5. O sujeito que sente, age e interage Construímos pessoas, aprendizes e cidadãos a par-tir do desempenho dos diferentes papéis que a vida nos oferece. Todas as relações nos afetam, e vivemos a re-percussão dessas relações em nossas vidas. A aprendi-zagem é processo que passa fortemente pelo sentir, agir e interagir, já que aprender pressupõe mediação.

6. A dinâmica do aprender e ensinar � $�IRUPD�FRPR�D�IDP¯OLD�TXDOLnj�FD�R�DWR�GH�DSUHQGHU�Ş�H�FRPR�HOD�DSUHQGH�H�HQVLQD�Ş�«�GHWHUPLQDQWH�QD�IRUPD�ção do nosso modelo de aprender ao longo da vida. As-sim, nossa tendência é ensinar com base no modo como aprendemos. Os professores precisam ter claro que as pessoas têm diferentes estilos de aprender e, por isso, é preciso ensinar a partir dessa variação de estilos.

7. Limites e aprendizagem� $V� GLnj�FXOGDGHV� FRP� DSUHQGL]DJHP� UHSHUFXWHP� D�falta de um organizador que inviabiliza tal processo. A

maioria das crianças encaminhadas para diagnóstico sofre da “síndrome do encaminhamento” e não tem di-nj�FXOGDGHV�ţGHŤ��PDV�ţFRPŤ�D�DSUHQGL]DJHP�

���2�GHVDnj�R�GH�VHU�SURIHVVRU É essencial reconstruir a representação social do TXH�VLJQLnj�FD�VHU�SURIHVVRU�QR�PXQGR�GDV�SRVVLELOLGDGHV�e da virtualidade. O descompromisso com o desempe-nho do papel de professor, associado à crise de autorida-de que vivemos hoje, tem deixado o professor em situa-ção difícil na sala de aula.

9. Indisciplina e bullying � (QWHQGH�VH�TXH�D�LQGLVFLSOLQD�UHǍ�HWH�D�IDOWD�GRV�RU�ganizadores essenciais à vida em grupo, gerando neces-sidade de controle, domínio, humilhação e subjugação.

10. Transgressões A falta de vivências organizadoras evolui para situa-ções de transgressão, que facilmente se confunde com ţSHUVRQDOLGDGH� nj�UPHŤ� H� DW«�PHVPR� FRP� ţRXVDGLDŤ��2V�jovens, principalmente, se fortalecem em grupos, em atitudes de cumplicidade, tornando-se transgressores. Isso pode representar ao mesmo tempo perigo e opor-tunidade. As drogas e os comportamentos sociais ina-dequados repercutem a falta de limites.

11. Superação Vencer a si mesmo, perceber a diferença entre os limites que devem ser transpostos e aqueles que preci-VDP�VHU�UHVSHLWDGRV��HLV�D�HTXD©¥R�H�R�GHVDnj�R�SDUD�WR�dos nós que intentamos superar os limites da ignorância e do conceito de limitação. O conhecimento ilumina as trajetórias de vida, e a educação é o que nos sustenta e instrumentaliza para essa caminhada.

����/LPLWHV��IDP¯OLD�H�HVFROD A família tem transferido para a escola a tarefa de HGXFDU� VHXV�nj� OKRV��$�HVFROD��SRU� VXD�YH]��GHYROYH�HVVD�responsabilidade para a família. Os limites e a constru-ção de uma fronteira relacional nítida entre a família e a escola são essenciais para evitar a transferência de responsa-bilidades e o chamado “em-purra-empurra”. Quando os limites não estão claros, quem perde é a escola, a família e, por nj�P�� D� FULDQ�ça, que não aprende.

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Page 15: Coleção do aluno

Capacitação pedagógica

Aperfeiçoar a prática pedagógica por meio de PRPHQWRV�GH�UHǍ�H[¥R��SODQHMDPHQWR��WURFD�GH�H[�periências e palestras. A proposta dos Encontros Temáticos, promovidos anualmente pelo Grupo Expoente em todo o Brasil, é oferecer aos docen-tes e gestores uma oportunidade de ampliar e desenvolver o conhecimento, o espírito crítico e a sensibilidade na área educacional. Em 2013, os eventos acompanham o tema pedagógico Limites – Respeito e Superação. “O tema será abordado sob diversos aspectos, não só no sentido do cumprimento de normas e re-gras, mas principalmente no conceito de ultra-passar, conquistar e superar limites”, ressalta Sandra Poli, gerente do Centro de Excelência em Educação Expoente (CEEE). Os participantes são FRQYLGDGRV�D�UHǍ�HWLU�VREUH�D�GHOLFDGH]D�GDV�UHOD©·HV�KXPDQDV��HP�HVSHFLDO��QR�caso dos educadores, entre um sujeito que tem intenção de ensinar e outro que deseja e precisa aprender. O evento, considerado um diferencial do Grupo Expoente, conta com a SDUWLFLSD©¥R�GH�SURnj�VVLRQDLV�UHQRPDGRV�GD�£UHD�HGXFDFLRQDO��$�SURJUDPD©¥R�LQFOXL�SDOHVWUDV��PLQLSDOHVWUDV��ZRUNVKRSV�H�GHEDWHV��$V�nj�FKDV�GH�LQVFUL©¥R�V¥R�encaminhadas diretamente para as instituições de ensino, e também podem ser preenchidas no site www.escolainterativa.com.br, no canal Encontros Te-P£WLFRV��(P�VHJXLGD��EDVWD�HQYLDU�DV�nj�FKDV�SDUD�R�ID[�(41) 3312 4090 ou para o e-mail [email protected]. A participação é exclusiva para professores, coordenadores e diretores das escolas conveniadas ao Sistema de (QVLQR�([SRHQWH��H�«�LPSRUWDQWH�nj�FDU�DWHQWR�¢�GDWD�OLPLWH�GH�LQVFUL©¥R�

impressão Pedagógica | 15

Aperfeiçoar a prática pedagógica por meio de

FRQYLGDGRV�D�UHǍ�HWLU�VREUH�D�GHOLFDGH]D�GDV�UHOD©·HV�KXPDQDV��HP�HVSHFLDO��QR�

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Page 16: Coleção do aluno

O Colégio Passos, de Jundiaí (SP), proporcionou uma lição de so-lidariedade e respeito à natureza em um projeto sobre reciclagem, desenvolvido no segundo semestre de 2012, que teve a participação de todos os alunos da instituição (do minimaternal ao 9º. ano do Ensino Fundamental). Além de aprender sobre o reprocessamento de mate-riais como plástico, papel, alumínio e madeira, os alunos descobriram que existem objetos sem uso em suas casas que podem ser utilizados por outras pessoas. A escola promoveu uma gin-cana entre as turmas, com a cola-boração de amigos e familiares dos alunos, para arrecadar roupas, sapa-tos e brinquedos. Cada objeto tinha XP� YDORU�� H�� QR� nj�QDO� GD� JLQFDQD�� RV�vencedores receberam medalhas pelo desempenho. Todo o material arrecadado foi distribuído em três

Reciclageme solidariedade

tos e brinquedos. Cada objeto tinha XP� YDORU�� H�� QR� nj�QDO� GD� JLQFDQD�� RV�vencedores receberam medalhas pelo desempenho. Todo o material arrecadado foi distribuído em três

LQVWLWXL©·HV�nj� ODQWUµSLFDV�GD�UHJL¥R��$�entrega foi feita pessoalmente pelos alunos, pais e direção do colégio. Em sala de aula, os alunos es-tudaram a separação do lixo e des-cobriram que existe um leque de possibilidades para reciclagem, reu-tilização e reaproveitamento. De-pois de assistirem aos vídeos sobre o processo de transformação dos materiais, produziram papel recicla-do e se envolveram em trabalhos manuais para transformar emba-lagens descartáveis em objetos de decoração. O resultado foi exposto em uma feira cultural, aberta a toda a comunidade.

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Page 17: Coleção do aluno

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O Colégio Dom Felipe, de São Paulo (SP), promoveu a III Jornada de Matemática e Ciências da Natureza, com o tema Biodiversidade – Conhecer, Educar e Preservar. Os visitantes se encantaram com o empenho dos alunos e professores da Educação Infantil ao Ensi-QR�0«GLR��TXH�SUHSDUDUDP�TXDWUR�VDODV�GH�H[SRVL©¥R�H�VHLV�Rnj�FLQDV�educativas. Cada ambiente transportava o espectador para o tema por meio da decoração, de vivências dramáticas e de experiências sensoriais como andar descalço de olhos vendados. Dessa manei-ra, os alunos buscaram atingir o objetivo de formar pessoas com conhecimentos, competências, motivações e educação para tra-balhar pela preservação da biodiversidade. Entre outros temas, fo-ram abordados: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Manguezal, Restinga, Animais em Extinção, Fauna e Flora Brasileiras, Alterações nos Ecossistemas, Ecoturismo, Etanol e Biodiesel, Patrimônio Genético Brasileiro e Recuperação de Áreas Degradadas.

Mundo

Jornada

Oda

de

Encantado

Criatividade

Biodiversidade

Uma menina que sofre de uma doença terrível – televisite aguda com sintomas de falta de imaginação – é a protagonista do espetáculo musical “O Mundo Encan-tado da Criatividade”, apresentado pelo Colégio Criativo, de Aracaju (SE), no Tea-tro Atheneu. Para se curar, a garota é convidada a conhecer o mundo do Colégio Criativo, onde viaja pelas obras de Van Gogh, Tarsila do Amaral, Portinari e Milton da Costa, artistas presentes nos projetos desenvolvidos com o tema pedagógico Arte – Leitura de Mundo. Vestidos como pintores, girassóis, jardineiros e super--heróis, as estrelas do espetáculo foram os alunos do Berçário, da Educação Infan-WLO�H�GR�(QVLQR�)XQGDPHQWDO��$R�nj�QDO��IRL�DSUHVHQWDGR�R�SURMHWR�6HU�&ULDWLYR�«�6HU�Feliz, sobre alimentação saudável, respeito à pluralidade cultural e cuidados com o planeta. “Um lindo espetáculo que encantou a todos e reforçou a alegria imensa de VHU�FULDWLYR��3RU�TXH�VHU�&ULDWLYR�«�VHU�IHOL]�Ť��Dnj�UPD�D�FRRUGHQDGRUD�$GULDQD�0RWWD�

Criatividade

ram abordados: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Manguezal,

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Page 18: Coleção do aluno

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A VI Feira Cultural do Colégio da Paz, de São Paulo (SP), ampliou o conhecimento dos alunos e da comunidade sobre as diversas manifestações artísticas das regiões brasileiras. A partir do tema pedagógico Arte – Leitura de Mundo, as crian-ças descobriram a beleza da cultura regional e sua contribuição para a formação da cultura brasileira como um todo. As turmas de Educação Infantil e 1º. ano do Ensino Fundamental apresentaram a história e as obras de escritores e artistas brasileiros consa-grados como Ziraldo, Maurício de Souza, Tarsila do Amaral e Romero Brito. Os alunos do 2º. ao 9º. ano do Ensino Fundamental realizaram uma abordagem mais intensa e focada na história brasileira, enfati-zando as tradições de cada região do país, como a FDSRHLUD��R�JUDnj�WH�H�R�VDPED��HQWUH�RXWUDV�� O evento também teve a participação de um artista plástico do bairro, que apresentou obras produzidas com pedaços de madeira e elementos da natureza, além da exposição de releituras de quadros de Romero Brito e de apresentações de P¼VLFD�H�GDQ©D��FRPR�SDX�GH�nj�WD�H�IUHYR��ţ$�ULTXH]D�cultural de nosso país precisa ser explorada no âm-bito escolar, e o Material Didático Expoente apre-VHQWD� HVVD�GLYHUVLGDGH� UHJLRQDOŤ�� Dnj�UPD� D� GLUHWRUD�Elayne Guimarães Mathias.

CulturaPopular Brasileira

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Page 19: Coleção do aluno

O Centro de Ensino Positivo, de Natal (RN), estimula os alunos a compreenderem a realidade social da comunidade que os cerca com o projeto intitulado “Feira da Solidariedade”. Em 2012, a instituição se-lecionou vinte famílias carentes da região para receberem os alimen-tos arrecadados pelos alunos em uma gincana. A entrega foi feita na escola pelos próprios estudantes, em um evento emocionante. “Foi um momento de interação e de responsabilidade social. Ficamos sem palavras ao ver a alegria nos olhos dos nossos alunos por poderem aju-GDUŤ��Dnj�UPD�D�FRRUGHQDGRUD�&O«LD�-DQD¯QD�9HORVR�5RGULJXHV��TXH�FULRX�o projeto em 2010. Nos primeiros anos, a proposta da Feira da Solidariedade era um pouco diferente. As salas de aula eram transformadas em lojas e os alunos do Centro de Ensino Positivo eram os “vendedores” das doações arrecadadas. Os compradores eram alunos, com idade en-tre 7 e 13 anos, de uma escola carente da comunidade. Cada convidado recebia a quantia GH�5���������HP�GLQKHLUR�nj�FW¯FLR�SDUD�HVFROKHU�H�FRPSUDU�DV�PHUFDGRULDV�H[SRVWDV�

alto

Responsabilidade

9RDQGRo

com

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Social

� $V�XQLGDGHV�GR�&RO«JLR�$WHQHX���&RQMXQWR�&HDU£��$QW¶QLR�%H�zerra, Santa Edwiges e Itaperi - conveniadas ao Sistema de Ensino ([SRHQWH��VRUWHDUDP�TXDWUR�DOXQRV�SDUD�SDUWLFLSDU�GH�XP�SDVVHLR�inesquecível: um voo panorâmico sobre a cidade de Fortaleza em um avião ultraleve Pelican.� 3DUWLFLSDUDP�GR�VRUWHLR�VRPHQWH�RV�DOXQRV�FRP�P«GLDV�DFLPD�de 9 no ano letivo de 2012. Os sorteados, acompanhados dos pais QR�SDVVHLR�� IRUDP��$QD�/HW¯FLD� ��|�� � DQR� ��&RQMXQWR�&HDU£���$EUD¥R�9LHLUD���|���DQR���&RQMXQWR�&HDU£���0DWHXV�%H]HUUD�GH�6RXVD���|���DQR���6DQWD�(GZLJHV���7DLQ£�1DVFLPHQWR�GH�4XHLUR]���|���DQR�(0���$QW¶QLR�%H]HUUD�� “Foi uma manhã bastante envolvente e emocionante, pois foi a SULPHLUD�H[SHUL¬QFLD�GH�YRR�GRV�DOXQRVŤ��FRQWD�D�GLUHWRUD�SHGDJµJLFD�H�FRRUGHQDGRUD�JHUDO�0DULD�+HQULTXH�&DUQHLUR�

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Page 20: Coleção do aluno

aulaSala deao ar livre

“E se mudássemos nossa visão do brincar ao ar livre? E se adotássemos a natureza como sala de aula, com todas as oportunidades de aprendizado que ela proporciona, tendo-a como aliada do processo educacional? E se as crianças pudessem utilizar na escola um ambiente ao ar livre, bem planejado, para encontrar vivências sensoriais, experiências de matemática, física, TX¯PLFD��ELRORJLD��JHRORJLD��JHRJUDnj�D��nj� ORVRnj�D��DUWH�H�musica? E se esse ambiente fosse agradável e insti-gante, que provocasse o pensamento critico, a reso-lução de problemas e habilidades cooperativas?” A resposta para as questões levantadas pela equipe pedagógica da Escola Sandbox, de Fortaleza (CE), é o projeto “Sala de Aula ao Ar Livre”, que inte-gra práticas de aprendizagem a vivências consisten-tes no cotidiano das crianças. “Eu tive o privilégio e a oportunidade de experimentar e contribuir com essa abordagem, pioneira no Brasil, em uma sala de aula ao ar livre. Constatei que, em 2012, o aprendizado da minha turma foi particularmente mais rápido e divertido. Com esse método, nós provocamos e aguçamos a curiosidade das crianças sobre os conteúdos das disciplinas e suas conexões com a natureza”, conta a professora Luana Holanda.

celebraPiancó

Gonzagão

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Comemorando o ano do centenário do Rei do Baião, o Instituto Educacional Eliseu Freires Mariz encerrou 2012 com a apresentação do projeto “Piancó X Gonzagão – A Propagação de uma His-tória”. Criado para incentivar e estimular as habilidades artísticas dos alunos, o evento uniu artes visuais, música, dança e teatro. Além da homenagem ao artista Luiz Gonzaga, o projeto objetivou apresentar problemas sociais, políticos e econômicos por meio da história e da cultura nordestina. Ao longo do ano, os alunos participaram de inúmeras atividades, como uma aula de campo no OL[¥R�GD�FLGDGH��D�SURGX©¥R�GH�OLYUHWRV�HP�FRUGHO�H�FRQIHF©¥R�GH�GHVHQKRV�HP�JUDnj�WH��2V�HVWXGDQ�tes também apresentaram um teatro coreografado com as músicas Asa Branca e A volta da asa branca. De acordo com a equipe pedagógica, a instituição tem o compromisso educacional de preparar os jovens não só para o ingresso nas grandes universidades, mas também para a vida.

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Page 21: Coleção do aluno

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ArteSemana dee Cultura

Para marcar o encerramento do ano letivo de 2012, a Escola Nossa Senhora de Fátima, de Penedo (AL), promoveu a IV SAC- Semana de Arte e Cultura, realizada de 28 de novembro a 1º. de dezembro. Com o tema Arte – Leitura de Mundo, o evento envolveu as turmas da Educação Infantil à 2ª. série do Ensino Médio. Os alunos usaram a criatividade para representar as mais variadas formas de o ser humano se comunicar por meio da arte, como música, escultura, cinema, teatro, dança, literatura, arqui-WHWXUD��HQWUH�RXWURV��(P�HVSD©RV�HVSHF¯nj�FRV��RV�JUXSRV�VH�IDQWDVLDUDP�SDUD�UHDOL]DU�DSUHVHQWD�ções artísticas e exposições de painéis abordando os subtemas indicados pelos educadores. A plateia, formada por pais e familiares, se divertiu e pôde conferir o que as crianças aprenderam durante o ano.

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Page 22: Coleção do aluno

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Page 23: Coleção do aluno

Redaçãonota 1000Utilizar os critérios de correção do Enem em sala

de aula ajuda a preparar os alunos

� ţ3UHnj�UR� XP� HUUR� GH� JUDP£WLFD� GR� TXH� XP� GH�pensamento.” É assim, ironicamente errando a re-gência do verbo preferir, que o professor de Língua Portuguesa Élio Antunes, do Colégio Expoente, de Curitiba (PR), resume um dos principais pontos para uma redação exemplar – argumentos consistentes. Alvo de ações judiciais, a redação do Exame Nacio-nal do Ensino Médio (Enem) reacendeu a polêmica sobre critérios e metodologias de avaliação. No iní-cio do ano, mais de 30 mil estudantes protestaram nas redes sociais contra as notas e exigiram o direi-to de vista da redação e a possibilidade de revisão da pontuação. “Em um universo de mais de 4 milhões de can-didatos, é natural que uma parte se sinta prejudi-cada. Os critérios de avaliação são objetivos, mas SRGHP�H[LVWLU�TXHVW·HV�VXEMHWLYDV�TXH�LQǍ�XHQFLDP�o olhar do avaliador”, analisa o professor Élio.

� ţ3UHnj�UR� XP� HUUR� GH� JUDP£WLFD� GR� TXH� XP� GH�pensamento.” É assim, ironicamente errando a re-gência do verbo preferir, que o professor de Língua Portuguesa Élio Antunes, do Colégio Expoente, de Curitiba (PR), resume um dos principais pontos para uma redação exemplar – argumentos consistentes. Alvo de ações judiciais, a redação do Exame Nacio-nal do Ensino Médio (Enem) reacendeu a polêmica sobre critérios e metodologias de avaliação. No iní-cio do ano, mais de 30 mil estudantes protestaram nas redes sociais contra as notas e exigiram o direi-to de vista da redação e a possibilidade de revisão da pontuação. “Em um universo de mais de 4 milhões de can-didatos, é natural que uma parte se sinta prejudi-cada. Os critérios de avaliação são objetivos, mas SRGHP�H[LVWLU�TXHVW·HV�VXEMHWLYDV�TXH�LQǍ�XHQFLDP�o olhar do avaliador”, analisa o professor Élio.

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| ene

mComo surgem os tsunâmis?

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Muitos alunos se considera-ram injustiçados após mostrarem o rascunho da redação para seus professores de cursinhos e escolas, que discordaram da nota atribuída. Outros alegam que sempre tira-ram notas mais altas. Na opinião do professor Élio, a possibilidade de fa-lhas na correção existe, assim como existem alunos acostumados a tirar “falsos 10” em sala de aula. “Alguns recebem notas altas como um in-centivo dos professores, depois es-tranham a nota baixa no vestibular ou Enem”, ressalta. Para evitar essa confusão, há dois anos o professor de Produção de Texto Iranildo Mota da Silva utiliza o mesmo critério do Enem para cor-rigir as redações dos alunos do Cen-tro Educacional Novo Horizonte, de Natal (RN). As cinco competências avaliadas são colocadas na folha de redação, com pontuação separada por item. Acostumados com esse sistema de correção, nenhum aluno das turmas do professor Iranildo de-monstrou insatisfação com a nota GD�¼OWLPD�HGL©¥R�GR�H[DPH��ţ$R�FRU�rigir o rascunho de alguns estudan-tes, eu cheguei a dar exatamente a mesma nota do Enem, com diferen-ça de milésimos”, conta. Entretanto, segundo ele, a quantidade de redações analisadas por avaliador pode sim prejudicar a objetividade. “Cada um corrigiu uma média de 1500 textos, UHFHEHQGR� XP� YDORU� nj�[R�por correção. Qualquer professor sabe que o cansaço e a pressa pre-judicam.

Produçãode texto

Análises textuais

e encaminha-

mentos para a

produção de

textos dos mais

variados gêneros

compõem o

material comple-

mentar oferecido

pelo Sistema de

Ensino Expoente

para os alunos do

Ensino Médio.

A proposta

contempla as

exigências do

Enem e de

vestibulares de

todo o país.

Seria hipocrisia dizer que a primeira redação foi corrigida da mesma ma-neira que a milésima.”

Preparação Para tornar a metodologia de correção mais transparente, o Mi-nistério da Educação (MEC) lançou o guia A redação do Enem 2012, que apresenta os novos critérios, as cin-co competências avaliadas e uma análise da proposta de redação e de textos que receberam nota máxima no Enem 2011. O arquivo está dispo-nível para download no canal Enem do Portal Escola Interativa<www.escolainterativa.com.br>. “Ao ler cinco linhas de um texto, já é possível saber se o aluno escreve bem ou não, pelo vocabulário, estilo e opinião. No entanto, a estrutura da redação do Enem é rígida e segue sempre o mesmo padrão: tese, ar-gumentos e proposta. Se não seguir essa estrutura, está errada”, explica o professor Élio Antunes. O formato proposto no Enem é um texto opinativo, com a defesa de um ponto de vista sobre determina-do assunto, seguindo um raciocínio coerente e consistente. “Contradi-ção e infantilidade neste gênero são falhas mais graves do que as orto-JU£nj�FDV��2�SUREOHPD�«�TXH�D�PDLRULD�

mesma nota do Enem, com diferen-ça de milésimos”, conta. Entretanto, segundo ele, a quantidade de redações analisadas por avaliador pode sim prejudicar a objetividade. “Cada um corrigiu uma média de 1500 textos, UHFHEHQGR� XP� YDORU� nj�[R�por correção. Qualquer professor sabe que o cansaço e a pressa pre-judicam.

ção e infantilidade neste gênero são falhas mais graves do que as orto-JU£nj�FDV��2�SUREOHPD�«�TXH�D�PDLRULD�

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de 2012 – “O movimento imigrató-rio para o Brasil no século XXI” – era mais adequado para exposição do conteúdo do que para uma disserta-ção argumentativa. “O MEC deveria apresentar itens mais instigantes e polêmicos. Além disso, o forma-to obriga a apresentação de uma solução do problema. Se os gover-nantes ainda não encontraram essa solução, como eles esperam que um adolescente de 17 anos faça uma proposta plausível?”, brinca. Iranildo é contra a ideia de que essa é uma forma de elevar o nível GH�GLnj�FXOGDGH�GD�SURYD�� ţ3DUD� LVVR��seria melhor abrir o leque de gê-neros para carta argumentativa, artigo ou editorial, por exemplo. Seria mais seletivo porque obriga-ria o aluno a estudar mais sobre os diferentes formatos de textos. É isso que os principais vestibulares ID]HPŤ��nj�QDOL]D�

dos candidatos é muito jovem. Falta leitura, experiência, opinião e poder de argumentação. E isso quem ensi-na não é só o professor, é o tempo”, Dnj�UPD�� 3RU�LVVR���OLR�VHPSUH�UHFRPHQ�da aos alunos a leitura dos principais jornais e revistas. “Independente-mente de serem tendenciosos ou não, existem ótimos textos de ar-ticulistas em todos eles, sobre os PDLV� YDULDGRV� DVVXQWRVŤ�� Dnj�UPD� R�professor, que também indica a ses-são de cartas. “É a primeira parte que eu leio, porque quero conhecer as opiniões a favor e contra. O alu-no precisa saber os argumentos dos outros para balizar sua própria opi-nião.” Seguindo o mesmo raciocínio, o professor Iranildo Mota da Silva pro-move debates em sala de aula para cada redação proposta. “A partir de temas do cotidiano, eles fazem questionamentos e levantam os ar-gumentos pró e contra. Então, apre-sento um texto motivador sobre o assunto, e seguimos para a reda-ção”, explica. Com a nota em mãos, o professor conversa com cada es-tudante sobre os acertos e os pon-tos que podem ser melhorados. “É um trabalho de investigação da cor-UH©¥R�� 3DUD� nj�QDOL]DU�� RV� WH[WRV� V¥R�reescritos”, conta Iranildo, que lecio-na para alunos a partir do 6º. ano do Ensino Fundamental até a 3ª. série do Ensino Médio. “A produção de tex-to proposta no material didático do Ensino Fundamental do Expoente é mais lúdica, mas a partir do 9º. ano passa a ter um teor mais argumen-tativo, perceptível na apresentação das propostas dos textos. Assim, o aluno se prepara desde cedo para esse formato questionador e inves-tigativo.”

Tema A enorme gama de assuntos sociais, culturais ou políticos que po-dem ser propostos no Enem é mais uma barreira para os candidatos. Na opinião do professor Iranildo, o tema

As competências na redaçãoA nota máxima da redação do Enem é 1000 pon-

tos, formada pela avaliação de cinco competên-

cias, que valem 200 pontos cada.

1. Demonstrar domínio da norma-padrão da lín-

gua escrita.

2. Compreender a proposta de redação e aplicar

conceitos das várias áreas de conhecimento para

desenvolver o tema dentro dos limites estruturais

do texto dissertativo-argumentativo.

3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar

informações, fatos, opiniões e argumentos em

defesa de um ponto de vista.

4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos

linguísticos necessários para a construção da ar-

gumentação.

5. Elaborar proposta de intervenção para o proble-

ma abordado, respeitando os direitos humanos.

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Iranildo Mota da Silva

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Opoderdacrítica

� -£� SHQVRX� HP� LQVWDODU� HP� VXD� HVFROD� XP� Hnj�FD]�coletor de dados sobre a satisfação (ou não) dos pais de alunos? Não se trata de nenhuma máquina, mas de uma pessoa – o ouvidor. Criar uma ouvidoria é um GHVDnj�R�SDUD�TXDOTXHU� LQVWLWXL©¥R�GH�HQVLQR��(QIUHQWDU�problemas, correr riscos e se expor não é a intenção ou a expectativa da maioria das pessoas que lidam com o S¼EOLFR��$�SU£WLFD�UHTXHU�FRUDJHP��LQLFLDWLYD��D©¥R��UHV�postas e soluções rápidas e precisas. No entanto, as reclamações e críticas podem se transformar em ex-pressivos resultados. A ouvidoria é um mecanismo de busca por respostas, soluções e melhorias, que aca-bam se transformando em diferenciais competitivos. Mais do que somente um canal de livre comunicação, é uma valiosa técnica de aprendizado, aperfeiçoando o funcionamento das instituições de ensino.

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Dionísio Muller

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crítica

As informações, críticas, sugestões ou ques-tionamentos recebidos pela ouvidoria são impor-tantíssimos para alcançar a qualidade desejada e conquistar a satisfação de pais e alunos. A ouvidoria ajuda a escola a estabelecer uma relação de respeito H�FRPSUHHQV¥R�FRP�VHX�S¼EOLFR��$R�IRUWDOHFHU�HVVH�relacionamento, a instituição se aprimora e cumpre melhor seu papel social. Assim como as escolas avaliam o ensino e a aprendizagem de seus alunos, por meio de avalia-ções, a ouvidoria testa o conhecimento, a habilidade, a postura e a competência da escola. As reclama-©·HV�OHYDP�RV�SURnj�VVLRQDLV�GD�HGXFD©¥R�D�EXVFDU�D�resposta ou a solução adequada para cada questão. Isso torna a ouvidoria um verdadeiro laboratório de WHVWHV� GH� SURnj�VVLRQDLV�� HVWUXWXUD� I¯VLFD�� TXDOLGDGH�dos produtos e serviços ofertados. É uma excelente RSRUWXQLGDGH�SDUD�REVHUYDU�R�S¼EOLFR�FRQVXPLGRU�H�descobrir o que o deixa plenamente satisfeito. Em seu código de postura, o ouvidor precisa considerar que uma reclamação deve sempre funda-mentar-se em fatos, utilizando o bom senso e a jus-tiça. É a constatação dos fatos que permite compro-var se a queixa procede ou não. Em todos os lugares, existem pessoas que tecem críticas fundamentadas, enquanto outras simplesmente reclamam de tudo. Para o ouvidor, é tão importante reconhecer os erros quanto defender os acertos da escola. Por isso, não deve tirar conclusões ou fazer julgamentos precipi-tadamente. Uma postura isenta assegura melhores resultados.Todas as críticas devem ser encaminhadas ao res-ponsável pelo departamento ou área onde o proble-ma se originou. Nunca diretamente à pessoa critica-da. Cabe ao gestor tomar providências e informar ao reclamante. Para as instituições de ensino, uma situação sempre muito delicada são as queixas sobre o cor-po docente. A forma mais adequada é usar o bom senso e a psicologia para mostrar à pessoa criticada TXH�R�DSULPRUDPHQWR�SURnj�VVLRQDO�H�SHVVRDO�«�IUXWR�de erros e acertos. São as críticas e os elogios que sinalizam se o que fazemos é bom ou ruim. Quando aceitamos essa realidade, com humildade, nos tor-namos melhores em tudo o que fazemos. (Da mes-ma forma, o elogio também deve ser comunicado. Ele atua nas pessoas como um tônico revigorador do ânimo e da motivação, enfraquecendo o pessimismo H�IRUWDOHFHQGR�D�FRQnj�DQ©D��2�HORJLR�ID]�EHP�¢�DOPD�� Ao contrário do que muitos imaginam, não é papel do ouvidor solucionar o problema. Ele apenas pede uma resposta ou uma solução satisfatória ao responsável do departamento onde o problema se

originou, e o encerramento do caso no menor pra-zo possível, acompanhando o processo até que tudo HVWHMD�GHnj�QLWLYDPHQWH�VROXFLRQDGR� A resposta deve ser apresentada rapidamen-te, pois em geral o reclamante recorre à ouvidoria quando já fez várias tentativas e não obteve retorno, quando se sentiu “enrolado” e quando perdeu a pa-ciência. A partir desse momento, a credibilidade da HVFROD�SDVVD�D�nj�FDU�FRPSURPHWLGD��1¥R�K£�QDGD�SLRU�do que o descaso quando o reclamante está apenas reivindicando seus direitos. Muitas vezes, o simples fato de sermos bons ouvintes, educados e prestati-vos, torna a situação menos crítica.� (Qnj�P��D�HVFROD�SUHFLVD�DSUHQGHU�D�LGHQWLnj�FDU�DV�situações problemáticas e tirar proveito delas, pro-movendo a mudança de hábitos que não agradam e de procedimentos que não funcionam mais. Porém, mudanças só acontecem quando tomamos atitudes conscientes e ousadas. São elas que nos levam às transformações necessárias para atingirmos a me-lhoria de objetivos e metas. Ao logo de todo meu período como ouvidor do Grupo Expoente, foram muitas as experiências vivi-das que se transformaram em expressivas melhorias nas diversas áreas de atuação da empresa, como o aumento do comprometimento dos colaboradores e o desenvolvimento de novos processos. Desde a LPSODQWD©¥R�GD�RXYLGRULD��R�Q¼PHUR�GH�UHFODPD©·HV�H�D�JUDYLGDGH�GDV�RFRUU¬QFLDV�GLPLQXHP�VLJQLnj�FDWL�vamente a cada ano. No Expoente, a ouvidoria nos leva a praticar e a honrar continuamente o slogan “Excelência em Edu-cação”, que não se refere unicamente à qualidade do ensino e dos produtos e serviços, mas à postura e às DWLWXGHV�GH�QRVVRV�SURnj�VVLRQDLV��$VVLP��HVWDEHOHFH�PRV� XP� UHODFLRQDPHQWR� DPLJ£YHO� H� FRQnj�£YHO� FRP�todos os clientes que recorrem à ouvidoria, que já se transformou em um grande diferencial competitivo do Sistema Expoente de Ensino.

Dionísio Mullerouvidor do Grupo [email protected]

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Liçõesda terra

A visita do “Mago Jardineiro” é sempre aguardada com ansiedade pelas crianças do Colégio Expoente, em Curitiba (PR). O apelido do edu-cador ambiental Ademar Silva Brasi-leiro representa bem o deslumbra-mento provocado nos alunos pelo contato com a natureza durante as atividades desenvolvidas na horta escolar. Um espaço pequeno que se transforma em um valioso instru-mento de aprendizagem.

Hortas escolares encantam e ensinam de maneiraVLJQLnj�FDWLYD�H�FRQWH[WXDOL]DGD�

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A educação ambiental faz parte da grade curricular dos alunos da Edu-cação Infantil e Fundamental I do colégio. O projeto, coordenado pelo ”Mago Jardineiro”, também prevê a capacitação periódica dos profes-sores envolvidos no tema. Em pa-lestras e treinamentos mensais, eles recebem dicas sobre as característi-cas das plantas, técnicas de plantio e sobre como envolver as crianças nas diversas etapas do processo. Além de gerenciar um minijar-dim, desde a drenagem da terra até os cuidados para regar a planta, os alunos aprendem a lidar com uma diversidade de sentimentos que vão do deslumbramento ao ver o nasci-mento da planta à frustração quan-do ela morre por não receber os cui-dados necessários. “Quando as crianças mantêm um sistema vivo, em um espaço re-duzido, elas certamente aprenderão a cuidar melhor do planeta e usufruir dos recursos naturais de maneira criativa e sustentável”, diz Brasileiro. Segundo ele, observando e imitan-do a natureza, pode-se aprender com ela. As atividades práticas comple-mentam as informações apresen-tadas pelos professores em sala de aula, como conceitos de jardins, plantações, cuidado e respeito ao meio ambiente. Além da construção das hortas, os alunos participam de passeios em parques e estufas. Para o educador ambiental, a falta de espaço não impede a implanta-ção do projeto, pois mesmo em lo-cais fechados como salas de aulas – por menores que sejam –, é possível realizar verdadeiros laboratórios de ciências naturais e sistemas de can-teiros produtivos. “Existem algumas plantas que podem enfeitar, colorir, alegrar e tornar mais puro o ar do ambiente, ainda que sem muita ilu-

terra

minação natural”. A professora de Educação Infantil do Colégio Expoente, 5RVDQQH� %RJXV�� Dnj�U�ma que as atividades desenvolvidas na horta escolar proporcionam aos alunos a exploração dos quatro passos da LQYHVWLJD©¥R� FLHQW¯nj�FD�– observação, registro, questionamento e con-clusão. Ela conta que sua WXUPLQKD� nj�FRX� HQFDQWDGD�e empolgada ao realizar a primeira colheita de raba-netes.Em geral, os alimentos co-lhidos na escola são preparados co-letivamente, na cozinha pedagógica. Eventualmente, as crianças levam os legumes e as verduras para serem consumidos em casa, com a família.

AprendizagemVLJQLnj�FDWLYD

A Escola Infantil Elefantinho Azul, de Araras (SP), também de-senvolve um projeto para os alunos do Maternal II e do Jardim I, que une atividades práticas e aprendizado na horta escolar. “As crianças acompa-nham e participam ativamente de todas as etapas do cultivo. Viven-ciam o contato com a terra no pre-paro dos canteiros, a descoberta de LQ¼PHUDV�IRUPDV�GH�YLGD�TXH�DOL�H[LV�tem e convivem. Experimentam o encanto com as sementes que bro-tam como mágica; realizam a prática diária do cuidado – regar, transplan-tar, tirar matinhos, espantar formi-gas. Também exercitam a paciência e a perseverança até que a natureza nos brinde com a transformação de pequenas sementes em verduras

e legumes viçosos e coloridos, que servirão de alimento para toda a WXUPDŤ��Dnj�UPD�D�SURIHVVRUD�0DULDQH�Franchine, idealizadora do projeto. Segundo ela, os educadores podem utilizar a horta para abordar GLIHUHQWHV� FRQWH¼GRV� FXUULFXODUHV�GH� PDQHLUD� VLJQLnj�FDWLYD� H� FRQWH[�tualizada, promovendo vivências que resgatam valores. Na Escola Elefantinho Azul, os alunos desen-volveram pesquisas sobre as pro-priedades nutricionais de verduras e legumes, a importância do solo na produção de alimentos e receitas familiares utilizando itens cultivados na horta. Na opinião da professora Maria-QH��R�HVW¯PXOR�O¼GLFR�DQWHV�GR�FXOWL�vo é fundamental. Para incentivar a plantio de espinafre, por exemplo, ela apresentou uma história em que o personagem clássico dos quadri-nhos Popeye reclama da qualidade da hortaliça enlatada e resolve fazer sua própria plantação. A melhora na socialização das crianças e a criação de uma cons-ciência ambiental são apontadas como principais resultados do proje-to. “Foi um grande aprendizado para os alunos, que demonstraram inte-resse e preocupação durante todo o processo, passando a valorizar não somente a horta, mas também os DQLPDLV�H[LVWHQWHV�QD�HVFRODŤ��Dnj�UPD�a professora Mariane. A cada ano, novas turmas darão continuidade ao projeto.

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Livro Limites – Respeito e Superação

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Expoente. A melhor resposta em sistema de ensino.

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Atividade para Educação Infantil e Ensino Fundamental IBrincadeira: Dança das cadeiras

Colocar um número de cadeiras igual ao número de crianças e tocar uma música.

Quando a música parar, todas devem sentar-se. Em seguida, tirar uma cadeira e recome-

çar. Elas precisam organizar-se para se sentarem. Observar como estão se organizando uma só. Discutir com os alunos o modo como se organizaram e a importância do enten-

dimento entre eles.

Atividade para Ensino Fundamental IIJogo: Escravos de Jó

Colocar os alunos em círculo, sentados no chão, e pedir que cada um pegue um objeto pessoal e o coloque a sua frente. O gru-po vai passando o objeto para a mão do colega a sua direita, can-tando:

Escravos de Jó jogavam caxangá, Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá. Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá. Durante o jogo, os participantes devem combinar como irão consiga acertar. Discutir a importância dos ajustes para que o gru-

po funcione bem.

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Atividade para Ensino Médio e adultos (professores e pais)Jogo: Redes relacionais

Organizar o grupo em círculo. Um dos participantes deve to-mar um novelo de lã e, segurando outro participante. O primeiro participante, conservando presa a ergunta a outro, que deve responder ro, fazendo outra pergunta.

Continuar nessa mesma dinâmica, até que todos tenham respon-dido e feito uma pergunta.e todos estarão ligados por meio dessa espécie de rede. Desfazer

o emaranhado, a partir do último participante, lembrando a que pergunta cada um respondeu e devolvendo o novelo à pessoa. A atividade é interessante para trabalhar as redes relacionais, o ima-ginário do grupo (as perguntas feitas) e o modo como o grupo agiu para cumprir a tarefa.

Para respaldar o trabalho dos professores em sala de aula, o Expoente lança o livro Limites – Respeito e Superação, de Isabel Cristina Hierro Parolin.

A proposta do livro é trabalhar conteúdos que favoreçam outras formas de responder ao questionamento que nos é comum: como melhorar a qualidade da educação de crianças e jovens?

Pensar sobre limites é debruçar-se sobre um dos aspectos que nos permitem estabelecer relações de boa qualidade ao longo da vida. Esse tema está diretamente ligado ao respeito e à superação.

A temática é dividida em 12 eixos, sequenciais e interdisciplinares, permitindo a discussão de cada aspecto abordado e facilitando a compreensão geral.

1. Sim! Não!2. Aprendemos com os relacionamentos3. Crescer é transpor limites4. Os limites no grupo5. O sujeito que sente, age e interage6. A dinâmica do aprender e ensinar7. Limites e aprendizagem8. O desanj o de ser professor9. Indisciplina e bullying10. Transgressões11. Superação12. Limites, família e escola

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Page 31: Coleção do aluno

Proposta pedagógica

Ũ� TransfRUPDU�VXMHLtRV�HP�FLGDG¥RV�Ũ� 'HVHQYROYHU�FRPSHW¬QFLDV�Ũ� 'HVHQYROYHU�R�SHQVDPHQtR�FU¯WLFR�Ũ� 'HVHQYROYHU�DXtRQRPLD�LQWHOHFtXDO�Ũ� PrHSDrDU�SDrD�D�YLGD�Ũ� RHVSHLWDU�D�SDUWLFXODULGDGH�VHP�SHrGHU�

GH�YLVWD�D�GLYHrVLGDGH�Ũ� 8QLU�FRQFHLtRV�FRP�D�Sr£WLFD�GR�FoWLGLDQR�Ũ� /HYDU�R�DOXQR�D�DSrHQGHU�H�GRPLQDU�R�FRQWH¼GR�

Diferenciais – 1ª. e 2ª. séries

Ũ� 8QLGDGHV�WHP£WLFDV�Ũ� TH[tRV�FRPSOHPHQWDrHV�Ũ� PrRSRVWDV�GH�DWLYLGDGHV�Ũ� SXJHVt·HV�GH�WrDEDOKRV�H�SHVTXLVDV�Ũ� THVWHV�GH�YHVWLEXODrHV�H�GR�(QHP�Ũ� PrRGX©¥R�GH�WH[tR�

Diferenciais 3ª. série

Ũ� AprRIXQGDPHQtR�GRV�FRQWH¼GRV�Ş�DV�GLVFLSOLQDV�GLYLGLGDV�SRU�IrHQWHV�SRGHP�VHU�WrDEDOKDGDV�SRU�profHVVRrHV�GLfHrHQWHV�RX�SHOR�PHVPR�SrofHVVRU�

Ũ� $XODV�YLUtXDLV�GR�([WHQVLYo��THrFHLr¥R�6HPLH[WHQVLYR�H�SXSHULQWHQVLYR�Ũ� &DGHUQRV�GH�WHVWHV�3r«�9HVWLEXODU�Ũ� 6LPXODGRV�

Expoente Novo Ensino Médio

ToWDOPHQWH�rHfRUPXODGR ��R�0DWHULDO�'LG£WLFR�([SRHQWH�SDrD�R�(QVLQR�0«GLR�prHSDrD�R�DOXQR�SDrD�R�(QHP�H�SDrD�D�YLGD��

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Expoente��$�PHOKRU�rHVSRVWD�HP�VLVWHPD�GH�HQVLQR�

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Page 32: Coleção do aluno

Em 2013, o Sistema de Ensino Expoente disponibiliza uma nova ferramenta às instituições conveniadas: o material didático no formato digital.

Esse material proporciona integração entre aprendizagem, usabilidade e diferentes maneiras de interação entre aluno, professor e conteúdo.

Os mesmos produtos impressos transformados na versão digital, possibilitando a visualização e o manuseio em proje-tores, lousas interativas, tablets e iPads, acrescentando itens de interatividade, sonoridade e imagem.

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