cognitivismo, considerações históricas

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COGNITIVISMO, CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS Slides com base nos textos: “A psicologia no contexto das ciências cognitivas” de Virgínia Kastrup e “Símbolos: a hipótese cognitivista”de Francisco Varela.

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  • COGNITIVISMO, CONSIDERAES HISTRICASSlides com base nos textos: A psicologia no contexto das cincias cognitivas de Virgnia Kastrup e Smbolos: a hiptese cognitivistade Francisco Varela.

  • Na segunda metade do sculo XX, assistimos a ampliao dos saberes psi. A hegemonia de uma psicologia que se apresentava limitada em uma investigao do passado, passa a incluir a histria do PRESENTE.Presente - no sedimentadoplano da experinciaprocesso de inveno Repensar e reinventar o conceito de cognio

  • As cincias cognitivasSurgem na dcada de 1950, nos Estados Unidos.Inteligncia artificial, filosofia da mente, neurocincias, lingustica, lgica, antropologia.Juno de 2 domnios: natureza e artifcio.Elemento disparador: O COMPUTADOR.

    Mquina cognitiva: memria linguagem clculos resoluo de problemas

  • rompe com (...) a irredutibilidade dos fenmenos humanos aos fenmenos biolgicos quanto a irredutibilidade dos ltimos aos fenmenos fsicos.Uma cincia da mente: expressar os processos subjacentes aos fenmenos mentais por meios de mecanismos explcitos e formalismos matemticos.o computador surge como estratgia metodolgica, sendo tomado como sistema equivalente mente humana.investigao de uma mente destituda de sua dimenso de experincia.PROCESSADOR conhecer = calcular

  • CinciaS CognitivaS1 considerao de um nvel autmono e separado tanto do nvel fsico-fisiolgico quanto do nvel-scio histrico: o nvel da representao;2 - a utilizao do computador como um modelo de referncia;3 a colocao entre parnteses dos fatores afetivos, contextuais;4 os estudos interdisciplinares;5 a retomada dos problemas filosficos clssicos.

  • Cognitivismo ComputacionalInteligncia Artificial (McCarthy, Newell, Simon)Filosofia da Mente ( Pylyshyn, Fodor)Ciberntica (1943 1953: perodo ciberntico)Cognitivismo (1956) a inteligncia incluindo a humana assemelha-se a computao em suas caractersticas essenciais de que a cognio pode ser efetivamente definida como computaes de representaes simblicas.

  • Representao

  • McCulloch e Pitts (1943): o crebro um aparato que incorpora princpios lgicos em seus componentes: os neurnios. O crebro uma MQUINA DEDUTIVA.uma computao uma operao realizada com smbolos, com elementos que representam o que eles significam. A noo chave aqui a de representao ou intencionalidade.

    Representar o mundo = formas determinadas

  • O processamento linear da informao central.

    Os smbolos so sequenciais lgica invariante.A investigao da cognio na sintaxe, despreza-se a semntica: destitui-se de referncias biolgicas, histricas e experienciais.clculo mecnico passvel de repetio e previso de resultados.

  • Definindo a hiptese cognitivistaAo mesmo tempo em que a cognio consiste na ao baseada em representaes fisicamente realizadas sob a forma de um cdigo simblico no crebro ou em uma mquina.O crebro um aparelho de processamento de informaes que responde seletivamente a aspectos do ambiente.Computao simblica os smbolos so fsicos e tambm possuem valores semnticos.No existe computao sem representao.

  • Expresso simblica a nvel fsico

    Padro global de atividade cerebral altamente distribudo

    Distribudo em vrios nveis

    Noco de emergncia

  • Varela e a abordagem da emergnciacada unidade funciona em seu ambiente local, destacando-se a que o sistema no acionado por um agente exterior. a natureza configuracional do sistema que faz com que a cooperao global tenha uma emergncia espontnea.As regras so temporrias e destitudas de fundamento, apesar apoiadas nas conexes formadas ao longo da histria do sistema, e no lgicas, invariantes e abstratas.

  • Sintaxe versus semnticaComputador: a sintaxe do cdigo simblico espelha ou codifica sua semntica.Linguagem humana: no bvia a distino semntica em uma explicao do comportamento para ser espelhada sintaticamente.

  • 1) O que cognio?- o processamento de informaes sob a forma de computao simblica manipulao de smbolos baseada em regras.2) Como ela funciona?- por meio de qualquer aparato que possa abrigar e manipulas elementos funcionais discretos os smbolos. O sistema interage apenas com a forma dos smbolos e no com seu significado.3) Como sabemos quando um sistema cognitivo est funcionando adequadamente?- quando os smbolos representam de forma adequada algum aspecto do mundo real, e o processamento de informaes leva a uma soluo bem sucedida do problema proposto ao sistema.

  • Manifestaes do cognitivismoInteligncia artificial: sistemas especialistas, robtica e processamento de imagem.Icot (Japo): a essncia desse programa um artefacto cognitivo capaz de compreender a linguagem humana e de escrever seus prprios programas quando submetidos a uma tarefa por um usurio no treinado. indissociabilidade entre cincia e tecnologia no estudo da cognio.

  • Cognitivismo e a psicologiaProcessos cognitivos: captao, processamento e conservao de informaes provenientes do mundo externo.Sujeito epistmico abstrato: separando o particular e contingente do universal e necessrio no mbito do conhecimento.Behaviorismo: observao de inputs e outputs investigao de REGRAS atravs do observvel (comportamento).- mente: caixa preta INACESSVEL metodologicamente

  • Cognitivismo e a psicanliseFreud cognitivista: um instinto nunca pode ser um objeto da conscincia apenas a ideia que representa o instinto. Alm disso, mesmo no inconsciente ele pode ser apenas representado pela ideia.Nem toda representao acessvel pela conscincia.O inconsciente simblico, intencional e representacional.Conceito freudiano de represso/censura padro de julgamento de informaes.

  • Cognitivismo e a experincia humanaO cognitivismo postula processos mentais ou cognitivos dos quais no apenas somos inconscientes, mas dos quais no poderamos ser conscientes.O cognitivismo , desse modo, levado a adotar a ideia de que o self ou sujeito cognoscente fundamentalmente fragmentado ou no unificado.

  • Denetto cognitivismo postula mecanismos e processos mentais (no apenas fsicos ou biolgicos) inacessveis ao nvel pessoal da conscincia, especialmente da conscincia do self. Em outras palavras, no se pode discernir, na ateno consciente ou introspeco autoconsciente, qualquer uma das estruturas e processos cognitivos postulados como responsveis pelo comportamento cognitivo.Logo, a cognio fundamentalmente uma computao simblica.

  • Os processos so mentais, no podem ser trazidos conscincia;No existe uma conexo necessria e obrigatria entre mente e conscincia;

    O par funcional cognio e intencionalidade e no cognio e conscincia;O self afirmado como nem mesmo necessrio cognio.

  • Experincia e a mente computacionalJackndoff: mente computacional e mente fenomenolgicaRelao intencionalidade versus conscincia: a medida na qual experienciamos.Como a cognio, sendo computao simblica, tem relao com o mundo tal como este experienciado?

  • Os elementos da ateno consciente so causados/apoiados por ou projetadosa partir de informaes e processos da mente computacional.PROJEO EXTERNALIZAOConscincia: projeo de nveis intermedirios de representao da mente computacional (no unificada, mltiplas fontes).- conjunto de diferentes representaes

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