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CIRURGIA PARA O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM PACIENTES JOVENS COM DESEJO DE FERTILIDADE Eu favoreço histerectomia simples ou radical Agnaldo L. Silva-Filho Professor Titular Faculdade de Medicina da UFMG [email protected]

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  • CIRURGIA PARA O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM PACIENTES JOVENS COM DESEJO DE FERTILIDADE

    Eu favoreço histerectomia simples ou radical

    Agnaldo L. Silva-FilhoProfessor Titular Faculdade de Medicina da [email protected]

  • Fatores que influenciam a tomada de decisão

    Willows et al. Fertility-sparing management in cervical cancer: balancing oncologic outcomes with reproductive success. Gynecol Oncol Res Pract. 2016 Oct 21;3:9

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Possibilidade de preservação da fertilidade

    Preservarou não o útero?

    Desejo de engravidar

    Idade e potencial

    reprodutivo

    Tipohistológico

    LVSI

  • Condições

    • O desejo da paciente e também a probabilidade de ter filhos

    deve ser suficientemente alta;

    • A idade do paciente deve ser considerada em relação à

    reserva ovariana e ao aumento do risco de complicações na

    gravidez;

    • A segurança oncológica deve ser aceitável.

    Willows et al. Fertility-sparing management in cervical cancer: balancing oncologic outcomes with reproductive success. Gynecol Oncol Res Pract. 2016 Oct 21;3:9

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Possibilidade de preservação da fertilidade

  • NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

  • NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

    Pacientesselecionadas

  • NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Quando é possível NÃO fazer histerectomia?

    • A cirurgia com preservação da fertilidade para o estádio IB1

    tem mais evidências para tumores ≤ 2 cm.

    NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

  • Sahdev et al., 2007; Peppercorn et al., 1999

    RM é a melhor ferramenta de imagem permitindo uma avaliação precisa e exata da extensão de tumor endocervical

    • Imagens sagitais em T2: avaliação do tamanho e localização do tumor, mensuração da extensão para o canal endocervical, comprimento de canal endocervical e a distância entre a margem superior da lesão e o istmo

    • Nos casos onde essa distância é

  • Distância entre a margem do tumor endocervical superiormente e a margem de excisão do espécime preferencialmente de 8 a 10 mm

    Caso contrário: uma seção adicional do colo do útero pode precisar ser removidos.

    Se o tumor se estende superiormente ao canal endocervical e as margens permanecem

    positivas ou exíguas (< 5 mm): HR

    INDICADA BIÓPSIA POR CONGELAÇÃOCorte no sentido longitudinal ao nível da lesão (da ecto para endocérvix)

    Em caso de lesão macroscópica ao exame clínico

    Plate et al. Fertility-sparing surgery for cervical cancer. UpToDate. Literature review current through: Sep 2014

    Traquelectomia radical

    P re s e r va ç ã o d a fe r t i l i d a d e n o c a d e c o l o u t e r i n o

    Quando NÃO é possível evitar a histerectomia?

  • Sonoda et al., 2004; Marchiole et al., 2007; Beiner & Covens, 2007; Plante, 2013; Shepherd, 2012

    10-12% dos procedimentos abortados e convertidos para HR ou RT/QT adjuvante

    Margem endocervicalpositiva

    Tamanho da lesão subestimado (menos comum em pacientes avaliados por RNM)

    Linfonodos positivos na biópsia por

    congelação

    Traquelectomia radical vaginal (VRT)

    P re s e r va ç ã o d a fe r t i l i d a d e n o c a d e c o l o u t e r i n o

    Quando NÃO é possível evitar a histerectomia?

  • TTO cirúrgico

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Quando é DISCUTÍVEL fazer histerectomia?

    • A histerectomia total após o término da gravidez é feita a

    critério da paciente e do cirurgião

    • Altamente recomendada em mulheres com citologias cervicais

    anormais ou infecção por HPV persistentes

    • A histerectomia de rotina após o término dos planos de

    fertilidade não é necessária

    NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical CancerESGO guidelines (2018)

  • NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Quando é INDICADA histerectomia?

    • Não existem dados que apoiem a preservação da fertilidade

    nos tumores neuroendócrinos, adenocarcinoma do tipo

    gástrico ou adenoma maligno.

    NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

  • NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

    O NCCN não considera a idade como fator exclusivo para a tomada de decisão

  • Preservação uterina

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    NCCN Guidelines Version 2.2018 Cervical Cancer

    A idade é considerada apenas no contexto de preservação da fertilidade

    DesejoProbabilidade de

    engravidar

    Quando e possível preservar o útero?

    IA2 ou estágio IB1 ≤ 2 cm: opção de preservação

    Todas as outras situações: considerar histerectomia

  • Preservação da fertilidade

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Virchows Archiv - https://doi.org/10.1007/s00428-018-2362-9 (2018)

    O TTO com preservação da fertilidade em tumores maiores que

    2 cm não é recomendada e é considerada uma abordagem

    experimental.

    https://doi.org/10.1007/s00428-018-2362-9

  • Cirurgias com preservação da fertilidade

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Recomendação

    NationalComprehensive Cancer

    Network (NCCN)

    Considerar nos estádios IA1, IA2 e IB1 (≤ 2 cm)

    ESMO guidelines Até IB1 < 2 cm

    A preservação da fertilidade é exceção nos tumores IA2+

  • TTO cirúrgico

    C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Histerectomiaradical

    TTO cirúgicomenos radical

    Tu ≤2 cmCCE e Adenocarcinoma

    Invasão estromal < 10mmSem LVSI

  • • 3 estudos clínicos prospectivos em andamento

    • Recrutando pacientes com ca colo uterino de baixo risco, em estágio

    inicial, para a avaliação de desfechos oncológicos após cirurgia menos

    radical.

    T TO c i r ú rg i c o d o c â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Parametrectomia

    ConCerv

    • M.D. Anderson Cancer Center

    SHAPE

    • Canadian Cancer Trials Group

    GOG-278

    • Gynecologic Oncology Group

  • Banco de dados SEERs

    • 2.571 mulheres com ca de colo uterino(1/1998 a 12/2012)

    • < 45 anos com estádio IB1

    • TTO menos radical (n=807) versus TTO radical (n=1764)

    • Seguimento 79 meses

    J.H. Tseng et al. / Gynecologic Oncology 150 (2018) 44–49

    T TO c i r ú rg i c o d o c â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Parametrectomia

  • J.H. Tseng et al. / Gynecologic Oncology 150 (2018) 44–49

    T TO c i r ú rg i c o d o c â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    ParametrectomiaSobrevida 10 anos

    TTO menos radical versus TTO radical

    IB1 ≤2 cm IB1 >2 cmIB1

    O TTO com conização, traquelectomia ou histerectomia simples parece nãocomprometer os resultados oncológicos de longo prazo em mulheres com ca de

    colo uterino estádio IB1.

  • C â n c e r d e c o l o u t e r i n o

    Ca de colo uterino IA2+

    • O padrão é histerectomia simples ou radical

    • A preservação uterina é exceção

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