cetcc- centro de estudos em terapia cognitivo ... · tonetti, isis romero nacaratto habilidades...
TRANSCRIPT
CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
ISIS ROMERO NACARATTO TONETTI
HABILIDADES SOCIAIS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
São Paulo
2019
ISIS ROMERO NACARATTO TONETTI
HABILIDADES SOCIAIS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Trabalho de conclusão de curso Lato Sensu
Área de concentração: Terapia Cognitivo-Comportamental
Orientadora: Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon
Coorientadora: Profa. Msc. Eliana Melcher Martins
São Paulo
2019
Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte.
Tonetti, Isis Romero Nacaratto HABILIDADES SOCIAIS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Isis Romero Nacaratto Tonetti, Renata Trigueirinho Alarcon, Eliana Melcher Martins – São Paulo, 2019. 26 f. + 2 CD-ROM Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). Orientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon Coorientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins 1. Habilidades Sociais 2. Desenvolvimento Infantil 3. Infância 4. Adolescência 5. Terapia Cognitivo-comportamental I. Tonetti, Isis Romero Nacaratto. II. Alarcon, Renata Trigueirinho. III. Martins, Eliana Melcher.
Isis Romero Nacaratto Tonetti
HABILIDADES SOCIAIS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Monografia apresentada ao Centro de Estudos em
Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das
exigências para obtenção do título de Especialista
em Terapia Cognitivo-Comportamental
BANCA EXAMINADORA
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
São Paulo, ___ de ___________ de _____
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a Deus por ser tão bom e nos dar a inteligência para que
possamos nos superar a cada dia.
Gostaria de agradecer à minha família, meu marido, minhas filhas e à minha mãe.
Eles sabem como a escolha do curso e esse tema tem feito mudanças em minha
vida, inclusive profissionalmente.
Obrigada Marcelo, Letícia e Beatriz pela compreensão dos finais de semana que
fiquei longe por estar no curso e os outros dias que fiquei estudando e fazendo este
trabalho. Obrigada Marcelo pelo seu incentivo todo o tempo, sem ele não teria
chegado ao fim.
Obrigada mãe, Marlene, por sempre me apoiar e me incentivar a ir atrás do que eu
quero.
Agradeço a todos do CETCC pela qualidade e toda estrutura porporcionada a nós,
alunos. Pelos coffees também.
Agradeço as amizades que fiz, especialmente a Amanda Romeral, pela amizade que
construímos e espero levar para a vida além da pós e por toda troca de
conhecimento, incluisive com as normas ABNT deste trabalho.
A maneira como as pessoas interpretam os eventos influencia diretamente a
emoção e o comportamento
Beck, 1976
RESUMO
O desenvolvimento das Habilidades Sociais é muito importante para a vida em
sociedade. Este trabalho teve como objetivo analisar, através da literatura, quais as
Técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental podem ajudar no desenvolvimento
das Habilidades Sociais na Infância e Adolescência. Foi utilizado o método de
revisão bibliográfica. Para a realização desta pesquisa, utilizou-se as principais
bases de dados Scielo, Pepsic, BVS e Google Acadêmico, foram selecionados 9
artigos os quais atendiam a especificidade da pesquisa e os critérios propostos. A
revisão apontou que, na maioria dos artigos, a influência do meio em que vivem e os
pais, professores e/ou cuidadores também influenciam no desenvolvimento ou não
das habilidades das crianças e adolescentes. As técnicas da terapia cognitivo-
comportamental aplicadas nas pesquisas de campo apontadas neste trabalho
demonstraram que é possível o desenvolvimento das habilidades sociais através de
treinamento. O estudo conclui que a terapia cognitivo-comportamental se mostra
eficaz para o treinamento de habilidades sociais em crianças e adolescentes.
Palavras-chave: Habilidades Sociais, Desenvolvimento Infantil, Infância,
Adolescência, Terapia Cognitivo-comportamental.
ABSTRACT
The Social Skills Development is very important for life in society. This work aimed to
analyze, through the literature, which Cognitive Behavioral Therapy Techniques can
support the Social Skills Development in Childhood and Teenager Phase. The
bibliographic method review was used. In order to carry out this research, we used
the main databases Scielo, Pepsic, BVS and Google Scholar, 9 articles were
selected which met the specificity of the research and the proposed criteria. The
review pointed out that in most articles, the influence of the environment in which
they live and parents, teachers and / or caregivers also influence the development or
not of the abilities of children and teenagers. The techniques of cognitive behavioral
therapy applied in the field surveys pointed out in this study have demonstrated that it
is possible to develop social skills through training. The study concludes that
cognitive-behavioral therapy is effective for the training of social skills in Childhood
and Teenager Phase
Keywords: Social Skills, Child Development, Childhood, Adolescence, Cognitive
Behavioral Therapy.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
2 OBJETIVO .............................................................................................................. 10
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 11
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 12
5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 18
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 24
8
1 INTRODUÇÃO
O que são habilidades sociais e por que elas são importantes no
desenvolvimento infantil e da adolescência?
Habilidades sociais é a denominação dada às diferentes classes de comportamentos sociais, disponíveis no repertório de uma pessoa, que contribuem para a qualidade e a efetividade das interações que ela estabelece com as demais (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2008).
Os comportamentos podem ser divididos, basicamente, em dois grupos: os
comportamentos anti-sociais e os comportamentos de indivíduos que possuem
habilidades sociais. Os anti-sociais podem comprometer as relações, pois são
aqueles comportamentos agressivos, sejam eles verbais, como xingamentos por
exemplo, e os físicos, como agressões. Os comportamentos com habilidades sociais
são aqueles que ajudam a ter um bom relacionamento entre as pessoas. (DEL
PRETTE & DEL PRETTE, 2008).
Existem diversas classes de comportamento relacionadas às habilidades
sociais, como por exemplo, de comunicação, de assertividade, empáticas, de
solução de problemas interpessoais e que são compostas por subclasses, como
perguntar, responder, concordar, discordar, entre outras (DEL PRETTE & DEL
PRETTE, 2008).
As situações e cultura que o indivíduo está inserido contribuem para a
aquisição ou não de tais habilidades sociais. (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2008)
Alguns pesquisadores apontam que a prática educativa oferecida pelos pais
influencia o comportamento anti-social dos filhos.
“Quando utilizam disciplina inconsistente, pouca interação positiva, pouco
monitoramento e supervisão insuficiente das atividades da criança” (BOLSONI-
SILVA, MARTURANO, 2002).
Na visão da Terapia Cognitivo-Comportamental com crianças e adolescentes,
os processos de aprendizagem e a influência dos modelos no ambiente social são
importantissímos no processamento da informação e estilo de experiência emocional
do indivíduo. Essa abordagem pode ajudar na mudança desses estilos, modificando
pensamentos distorcidos e comportamentos disfuncionais, através de técnicas
ativas, diretivas e colaborativas de todos envolvidos no processo (LOBO, 2011).
9
Assim este trabalho objetivou avaliar, através da literatura, quais as técnicas
da Terapia Cognitivo-Comportamental podem ajudar no desenvolvimento das
Habilidades Sociais na infância e adolescência.
10
2 OBJETIVO
Esse trabalho teve como objetivo avaliar, através da literatura, quais as
Técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental podem ajudar no desenvolvimento
das Habilidades Sociais na Infância e Adolescência.
11
3 METODOLOGIA
Para o estudo, foi utilizado o método exploratório e realizado levantamento
bibliográfico de artigos científicos através das bases eletrônicas: Scielo, PepSic,
BVS, Google Acadêmico e livros de referência no assunto. As palavras-chave
utilizadas foram as descritas abaixo.
Palavras-chave: Habilidades Sociais & desenvolvimento infantil Data da consulta: 20.04.19
Base
Scielo Pepsic BVS Google Acadêmico
3 1 - excluído por se tratar de estudo
no espectro autista 0 0
Palavras-chave: Habilidades Sociais & adolescência
Data da consulta: 20.04.19
Base
Scielo Pepsic BVS Google Acadêmico
11 - selecionados 3, pois 8 envolviam
outras especificidades.
2 - excluídos, pois envolviam outras especificidades.
0 101 - excluídos, pois
envolviam outras especificidades.
Palavras-chave: Treinamento de Pais & Terapia Cognitivo-comportamental
Data da consulta: 20.04.19
Base
Scielo Pepsic BVS Google Acadêmico
0 1 0 0
Palavras-chave: Habilidades Sociais & Intervenção
Data da consulta: 20.04.19
Base
Scielo Pepsic BVS Google Acadêmico
4 - selecionados 2, pois 2 envolviam especificidades.
29 - excluídos, pois envolviam
especificidades.
+ 100 – todos excluídos, devido as
especificidades.
40 - excluídos, devido as especificidades.
12
4 RESULTADOS
Como já visto na Introdução, as Habilidades Sociais fazem parte de um
conjunto interno de habilidades que cada indivíduo possui para se comportar frente
as diversas situações que vivem. Temos como exemplos, habilidades sociais de
comunicação, assertividade, empáticas, de soluções de problemas, entre outras.
Dentro delas, existem as subclasses, que são na verdade, a maneira como cada
indivíduo faz uma pergunta, dá uma resposta, concorda com algo ou discorda.
Quando há comportamentos agressivos, sejam verbais ou físicos, esses
indivíduos não desenvolveram essas habilidades funcionalmente, ou seja, tornam-se
indivíduos anti-sociais.
Historicamente, podemos encontrar estudos iniciais em (1967), feitos por
Argyle, posteriormente por Caballo (1993); Caldarella & Merrell, (1997); Gresham &
Elliott, (1990), no Brasil Del Prette & Del Prette, (2001, 2005a, 2005b); Falcone,
(2001), propondo uma classificação através de três eixos para agrupamento, que
são: etapas do desenvolvimento, papéis sociais e tarefas específicas ( apud DEL
PRETTE & DEL PRETTE, 2008).
As etapas do desenvolvimento dizem respeito ao desenvolvimento da infância
e adolescência. Com relação aos papéis sociais, são identificados estudos sobre
habilidades sociais conjugais e as tarefas específicas dizem respeito às habilidades
sociais acadêmicas (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2008).
A influência dos pais, cuidadores, professores e todos aqueles que convivem
com a criança e o adolescente, fazendo parte de sua educação e formação como
indivíduo é crucial à promoção do desenvolvimento das habilidades sociais, assim
como o não desenvolvimento (BOLSONI-SILVA, MARTURANO, 2002).
Pode-se observar, através de estudo realizados, que existem pais, por conta
de sua história de vida, que não estão preparados para ajudar seu filho a
desenvolver as habilidades sociais, até porque eles próprios não as possuem,
prejudicando assim, até aqueles indivíduos que não possuem características
problemáticas (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2008).
A falta de preparo dos pais, que se expressa geralmente em déficits de habilidades sociais requeridas no processo de educação dos filhos, pode estar associada a algumas dificuldades bastante comuns dos dias atuais, como:
13
(1) práticas educativas inefetivas, inconsistentes ou ritualizadas, sem monitoramento ou com monitoria descontínua e/ou autoritária (Gomide, 2003), quase sempre justificadas pela restrição de tempo, questionamento da autoridade parental pelos filhos ou influência negativa da mídia (TV, cinema, jogos, revistas, internet, dentre outros.); (2) tendência dos cônjuges a reproduzirem o padrão de relacionamento e de educação dos próprios pais (Biasoli-Alves, 1997), mesmo quando apresentam críticas a ele; (3) falta de planejamento da tarefa educativa, que acaba ficando sob controle incidental de contingências momentâneas da relação com os filhos ou o cumprimento de normas por apenas um dos cônjuges (DEL PRETTE, DEL PRETTE, 2008).
Os estudos mostram, também, que o professor tem papel fundamental nesse
processo de desenvolvimento de habilidades sociais e que há professores
preparados e os que não estão preparados para tal tarefa (DEL PRETTE & DEL
PRETTE, 2008).
Essas habilidades estariam ligadas ao processo de ensino aprendizagem com
relação ao professor-aluno, podendo-se destacar três classes – suscitar a
motivação, manter a disciplina e transmitir informações, conhecimentos ou
habilidades. Isso inclui um conjunto de habilidades interpessoais desses professores
(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2008).
Del Prette & Del Prette, propôs em (2001), um conceito de Habilidades
Sociais Educativas (HSE), que são tarefas propostas para a promoção do
desenvolvimento e da aprendizagem do outro, seja em situação formal ou informal.
Elas são educativas, pois promovem mudanças nos repertórios dos indivíduos,
tornando os comportamentos mais funcionais. Para essas tarefas, presume-se a
utilização de componentes não verbais, como gestos, expressões facias e, os
paralinguisticos, que são, por exemplo, volume e forma da fala, clareza, etc. A
maneira como se faz uma crítica ou um pedido, influencia nas formas de aceitação
ou no atendimento (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2008).
Juntamente com a criação do sistema HSE, houve uma análise de estudos
sobre os pontos importantes do desenvolvimento da criança, com relação à
educação de pais e professores e foi eleita a...
...metanálise de Barclay e Houts (1995) que identificou 18 habilidades que pais ou cuidadores devem apresentar na interação com a criança do nascimento até a idade escolar. Seguem alguns exemplos: prestar atenção e responder ao comportamento da criança, prover afeto físico, prover conseqüências imediatas para determinados comportamentos, estabelecer regras, justificando-as, envolver-se em jogos e atividades com a criança, oferecer modelo de interação pró-social, ignorar comportamentos, fornecer instruções claras e precisas, compreender e aceitar os sentimentos das crianças, ouvir empaticamente, esclarecer valores, mediar o desempenho de resolução de problemas (DEL PRETTE, DEL PRETTE, 2008).
14
Com isso, verificou-se a necessidade de ampliar o sistema de classes e
subclasses das habilidades sociais (SHSE). Podemos verificar como essas classes
foram divididas através da tabela a seguir (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2005):
Fonte: DEL PRETTE & DEL PRETTE (2005).
Existem estudos que demonstram que uma disciplina inconsistente, pouca
interação positiva, pouco monitoramente e supervisão insuficiente das atividades da
criança e do adolescente por parte dos pais, influencia esses comportamentos anti-
sociais dos filhos (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2008).
A utilização frequente de punições para os comportamentos disfuncionais leva
esses indivíduos a aprenderem a se comportar de forma agressiva no meio em que
vivem, ou seja, reproduzem o comportamento que os pais fazem. A rejeição
parental, somada ao fracasso acadêmico, pode levar essa criança/adolescente a se
aproximar de grupos desviantes com risco para delinquência, por exemplo
(BOLSONI-SILVA, MARTURANO, 2002).
Para Caballo (1997), os indivíduos passam a maior parte do tempo se
comunicando entre si e aqueles que são socialmente habilidosos, acabam
promovendo interações mais saudáveis.
15
Comportamento socialmente habilidoso ou mais adequado refere-se à expressão, pelo indivíduo, de atitudes, sentimentos (positivos e negativos), opiniões, desejos, respeitando a si próprio e aos outros, existindo, em geral, resolução dos problemas imediatos da situação e diminuição da probabilidade de problemas futuros (Caballo, 1996). Comportamento socialmente habilidoso implica nas seguintes capacidades: iniciação e manutenção de conversações; falar em grupo; expressar amor, afeto e agrado; defender os próprios direitos; solicitar favores; recusar pedidos; fazer e aceitar cumprimentos; expressar as próprias opiniões, mesmo os desacordos; expressar justificadamente quando se sentir molestado, enfadado, desagradado; saber se desculpar ou admitir falta de conhecimento; pedir mudança de comportamento do outro e saber enfrentar as críticas recebidas (Caballo, 1996). As situações em que estas respostas podem ocorrer são muitas e variadas, como, por exemplo, ambientes familiares, de trabalho, de consumo, de lazer, de transporte público, de formalidade etc. É comum, em THS1, o esclarecimento quanto a formas de se comportar, analisando as conseqüências para a resolução de problemas e relacionamento interpessoal (BOLSONI-SILVA, MARTURANO, 2002).
Com relação às punições, observa-se nos estudos que o constrangimento,
repressão, prejudica as crianças, ao invés de educar. Ou seja, os bons
comportamentos vêm através do reforçamento positivo. Por exemplo, uma criança
que conta aos pais sobre um comportamento inadequado a primeira vez e sofre uma
punição, um castigo, da próxima vez ela não contará e até mentirá sobre uma
situação parecida, com a intenção de evitar passar pela punição novamente.
Pesquisas demonstram que essas punições só atrapalham a relação dos pais e
filhos, não resolvem o problema, leva a ressentimentos e, ainda, favorece o
surgimento de problemas como baixa autoestima, baixa autoconfiança e pouca
flexibilidade comportamental frente às dificuldades (BOLSONI-SILVA,
MARTURANO, 2002).
Alguns autores comprovaram, através de estudos, que o treinamento de
habilidades sociais pode reduzir problemas de comportamento. Webster-Stratton et
al. (2001) realizaram estudos e concluíram que, após este treinamento, as crianças
do grupo de intervenção apresentaram melhora em externalizar esses
comportamentos tanto em casa, quanto na escola (FALCÃO, MESQUITA FILHO,
MAGRI, MORETTO, 2016).
1THS é o treinamento em habilidades sociais que se encontra entre as técnicas mais utilizadas para o tratamento
de problemas psicológicos pois está correlacionada a melhoria da afetividade interpessoal, e melhoria geral da
qualidade de vida (Caballo, 2012).
16
Abaixo, alguns dados da pesquisa de campo realizada e técnicas de
habilidades sociais utilizadas no artigo Falcão (2016) “PROMOVE-Crianças: efeitos
de um treino em habilidades sociais para crianças com problemas de
comportamento”.
Participaram do estudo sete crianças, com idades entre 7 e 9 anos, com
problemas de comportamento. Foram utilizados como instrumentos o CBCL "Child
Behavior Checklist" e TRF "Teachers Report Form" (Inventários de Comportamentos
da Infância e Adolescência) para pré-escolares e escolares (4 a 18 anos) e
Protocolo de observação, que continha as habilidades sociais e os problemas de
comportamento. A intervenção foi realizada em 8 sessões, que aconteciam
semanalmente, em grupo. Foram utilizados filmes, teatro de fantoches, colagem de
situações, role-playing de situações, atividades com bexigas e discussão de
situações do cotidiano. Também foi utilizado Baralho de Sentimentos, modelagem
de diversas habilidades sociais, através de treino direto, como por exemplo, pedir
permissão, contar fatos, falar coisas engraçadas. As habilidades ensinadas durante
as sessões foram cumprimentar, iniciar conversas, civilidade, agradecer, falar coisas
boas, expressar opiniões, fazer amigos, ajudar, brincar, dividir suas coisas, esperar
a minha vez, me controlar, fazer e atender pedidos, nomear sentimentos, empatia,
elogiar, beijar, abraçar, admitir erros, pedir desculpas e ouvir críticas (FALCAO et al.,
2016).
Após a realização da intervenção foi observado que, apesar das crianças não
terem deixado os níveis clínicos para os todos comportamentos, houve diferença
significativa nos comportamentos externalizantes, com o relato dos pais e
professores sobre a melhora no comportamento deles (FALCAO et al., 2016).
Silva, Murta (2009) realizaram uma pesquisa de campo para treinamento de
habilidades sociais para adolescentes. Participaram do estudo 12 adolescentes de
famílias de baixa renda, com idades entre 11 e 14 anos. Os pais também foram
convidados a participar. Foram utilizados como instrumentos: material de consumo,
Baralho de Sentimentos, Roteiro de Entrevistas com os Pais, Checklist de Metas
Intermediárias (MURTA, 2007). A intervenção foi realizada em 11 sessões de 90
minutos cada. Os temas tratados foram: favorecer a motivação pela mudança,
estimular a autoestima e a autoeficácia, aprender a arriscar-se para crescer,
aprender a identificar e questionar erros de pensamento, prestar atenção na
mensagem dos sentimentos, aprender a expressar pensamentos e sentimentos,
17
aprender a fazer amizades, compreender os pais, negociar com os pais, treinar o
autoconhecimento e a colaboração entre os colegas, avaliar o programa e estimular
a continuidade dos ganhos. Os encontros tiveram atividades voltadas para
experimentar o processo de soluções de problemas e trabalho em equipe,
desenvolver o autoconhecimento, estimular a autoestima e autoeficácia. Também foi
trabalhada a questão de envolvimento em riscos que levam ao crescimento pessoal
e evitação de riscos à saúde. Desenvolvimento de habilidades de fazer e receber
elogios, habilidades para questionar pensamentos disfuncionais, entre outros
(SILVA, MURTA, 2009).
Após a realização das intervenções, os pais relataram que os adolescentes
melhoraram o desempenho em demonstrar carinho, desempenho acadêmico, relatar
sentimentos e problemas, explicar causas do próprio comportamento (SILVA,
MURTA, 2009).
18
5 DISCUSSÃO
Com base nesse trabalho, observa-se que as habilidades sociais são muito
importantes no desenvolvimento de todo individuo. É através dessas habilidades
desenvolvidas, de maneira saudável, que é criado um repertório que contribuirá para
que nossos comportamentos sejam aptos para interações assertivas.
Quando uma criança ou adolescente produz comportamentos agressivos,
sejam verbais ou físicos, não consegue se comunicar, tem dificuldades em
expressar suas opiniões, demonstra que tais habilidades não estão desenvolvidas e
acabam se tornando indivíduos antissociais.
Não podemos negar a influência dos pais e professores neste processo de
desenvolvimento. Quando estes não têm nem suas próprias habilidades sociais
desenvolvidas saudavelmente, eles acabam prejudicando a criança que poderia não
ter problemas em seu desenvolvimento, ou seja, além dos fatores internos, as
pessoas com quem essa criança convive tem uma influência muito grande na
aquisição ou não de tais habilidades.
Com relação aos pais, pode-se observar que existem 3 fatores
preponderantes que implicam na incapacidade de contribuir com o desenvolvimento
de seus filhos, são eles:
- práticas educativas não efetivas, sem monitoramento ou autoritária, ou seja, na
maioria das vezes, segundo relatos, por falta de tempo, os pais acabam
“terceirizando” a atenção que eles deveriam oferecer, para jogos, internet, TV, etc.
e quando interagem com os filhos é de maneira autoritária, com punições e
comunicação violenta;
- tendência dos casais reproduzirem a educação recebida por seus pais;
- falta de planejamento da tarefa educativa que seja compartilhada pelos pais e não
só por um deles.
Com relação aos professores, para que eles consigam ajudar na tarefa de
desenvolvimento de habilidades sociais dos seus alunos, é necessário que eles
provoquem a motivação, mantenham a disciplina e transmitam informações,
conhecimentos ou habilidades de maneira saudável e não violenta.
19
Através do levantamento realizado para este estudo, segundo a metanálise
de Barclay e Houts (1995), existem diversas habilidades que pais ou cuidadores
devem apresentar na interação com as crianças para seu desenvolvimento
saudável. Alguns exemplos são: prestar atenção e responder ao comportamento da
criança, prover afeto físico, prover consequências imediatas para determinados
comportamentos, estabelecer regras, justificando-as, envolver-se em jogos e
atividades com a criança, oferecer modelo de interação pró-social, ignorar
comportamentos, fornecer instruções claras e precisas, compreender e aceitar os
sentimentos das crianças, ouvir empaticamente, esclarecer valores, mediar o
desempenho de resolução de problemas.
Também observamos que a frequência de punições para os comportamentos
disfuncionais leva as crianças e os adolescentes repetirem esses comportamentos,
tornando-se agressivos. O constrangimento, a repressão severa, ao invés de
educar, como muitos pensam, acaba prejudicando o desenvolvimento saudável
deles. Devem-se reforçar os comportamentos positivos e, na medida do possível,
ignorar os negativos.
Com as pesquisas de campo utilizadas neste traballho, podemos trazer
algumas como exemplos que podem ser utilizadas para este fim.
Na primeira pesquisa, com crianças, podemos atuar de forma mais lúdica e
ensinar a cumprimentar, iniciar conversas, civilidade, agradecer, falar coisas boas,
expressar opiniões, fazer amigos, ajudar, brincar, dividir suas coisas, esperar a
minha vez, me controlar, fazer e atender pedidos, nomear sentimentos, empatia,
elogiar, beijar, abraçar, admitir erros, pedir desculpas e ouvir críticas.
Na segunda pesquisa, com adolescentes, podemos trazer mais à tona os
ensinamentos sobre pensamentos, emoções e comportamentos propriamente dito.
Algumas técnicas que podem ser utilizadas são (SILVA, MURTA, 2009):
- Colagem de figuras representando o passado e o futuro para promover a
auto-revelação
- Jogo do balão, que consiste em formar um círculo e sempre jogar o balão
para o colega da direita e pegar o balão quando fosse a sua vez. Caso o participante
deixar o balão cair deve sair do jogo. Essa atividade tem o intuito de discutir as
similaridades entre o jogo e a vida, tais como: iniciativa para lidar com desafios,
aproveitar a oportunidade de agir no momento adequado, reações diante da perda e
exclusão, etc.
20
- Bazar de trocas (YOZO, 1996), que propõem aos participantes imaginarem
um bazar imaginário no qual devem deixar algo deles no grupo e levar algo do grupo
para si.
- Baralho de sentimentos. Os participantes são convidados a escolher uma ou
mais emoções descritivas do seu estado emocional e discutir sobre seus
sentimentos.
- Explorando minhas habilidades (VIRGOLIM, FLEITH, & NEVES-PEREIRA,
1999), que consiste no registro das atividades que "sei que faço muito bem", as
atividades que "eu faria bem se tentasse" e as atividades que "eu desejo aprender a
fazer muito bem".
- Quem é o seu ídolo (adaptado de VIRGOLIM, FLEITH, & NEVES-PEREIRA,
1999) enfatizando os riscos que tais ídolos correram para conquistar esse lugar.
- Andar na corda bamba para enfrentar os riscos inerentes à vida e discutir
como se sentem.
- Respiração diafragmática.
- Vivência "O que dizem de mim", para trabalhar a habilidade de dar e receber
elogios. A atividade consiste em a pessoa dizer o que acha que as pessoas dizem
dela e jogar um rolo de barbantes para alguém que também diz o que acha que os
outros pensam dela e assim sucessivamente até que todos tenham dito e formado
uma rede de barbante no grupo. Quando o último participante receber o barbante,
deve fazer um elogio ao colega de quem recebeu o barbante e assim
sucessivamente, de tal modo que todos experimentem o fazer e receber elogios.
Apresentar os erros de pensamento ("sou um perdedor", "sei que não serei capaz de
fazer este trabalho") e fazer perguntas (Ex.: "que evidências há para sustentar esse
pensamento?") para auxiliá-los a questionar tais pensamentos.
- Discussão sobre situações geradoras de sentimentos como raiva, medo,
ansiedade, tristeza e desânimo e sensibilização para o uso de estratégias saudáveis
de expressão desses sentimentos e enfrentamento das situações geradoras. Propor
um relaxamento em que os participantes sejam instruídos a deitarem em uma
posição confortável, respirarem lenta e profundamente, imaginarem-se em um lugar
ao ar livre e prestarem atenção nas emoções e sensações vividas durante o
relaxamento e a visualização. Ao terminar, propõem que todos relatem o que
sentiram em tal experiência. Distribuir uma folha na qual devem dar cor aos
sentimentos e localizá-los no corpo humano (adaptado de HEEGARD, 1991/1998,
21
apud SILVA, MURTA 2009). Pintar no corpo humano impresso na folha as partes do
corpo em que eles sentiram as emoções e a escolherem uma cor que representasse
cada emoção. Depois, conduzir uma discussão a respeito da função dos
sentimentos e da relação entre pensamentos e sentimentos. Como tarefa de casa
propor que prestem atenção nos sentimentos vividos ao longo da semana e quais
ações foram praticadas para amenizar os sentimentos desconfortáveis.
- Leitura do texto "Diferenças entre comunicação assertiva, passiva,
agressiva" (CABALLO, 1996, apud SILVA, MURTA 2009). Após a discussão do
texto, os participantes são convidados a fazer um ensaio comportamental das três
formas de comunicação salientando os efeitos benéficos da comunicação assertiva.
A tarefa de casa propõe a auto-observação sobre como cada um se comunica.
- Dar e receber feedback, informar sobre as várias habilidades sociais,
principalmente as relativas ao fazer e manter amizade, e sensibilizar para o
desenvolvimento de habilidades sociais nos vários contextos interpessoais.
Atividade "Com que bicho me pareço? Com que bicho ele se parece?" Essa
atividade consiste em anotar em um papel com que bicho cada um acha que se
parece. Este papel é dobrado e colocado na mão do facilitador, que redistribui os
papéis de modo que cada participante pegue um papel. Depois que cada um abra
seu papel deve adivinhar que pessoa se parece com o bicho escrito no papel e dizer
quais as similaridades percebe entre o colega e o bicho. Ao final, todos devem dizer
com qual bicho se parece e por que. Logo após, abrir a discussão sobre as
habilidades necessárias para se fazer amizades, as quais são relacionadas com as
características de cada bicho citado anteriormente. Um Roteiro de Auto-observação
e Prática de Habilidades Sociais deve ser entregue a cada um para ser respondido
em casa.
- Estimular a compreensão de fatores de risco e proteção na vida familiar e
sensibilizar para o desenvolvimento de responsividade em relação aos pais. Para
discutir o tema "família", usa-se uma colcha de retalhos para representar a
diversidade de famílias existentes. Depois pergunta-se aos participantes "Como é a
cara da sua família?" Discutir as diferenças de modos de ser família e as
possibilidades de mudança em heranças negativas aprendidas com os pais e destes
com os próprios pais. Como tarefa de casa, solicita-se que pensem em um presente
que agradasse ao pai ou a mãe, para que entendam melhor os gostos e
preferências dos mesmos e aprendam a se colocar na perspectiva do outro.
22
- Favorecer a expressão saudável da raiva, estimular o uso da comunicação
assertiva com os pais em situações conflituosas e favorecer a prática de
relaxamento como estratégia de controle de tensões. Os participantes são
convidados a fazerem um relaxamento e atribuirem, através da imaginação, cor,
forma e peso à raiva experimentada no cotidiano. Logo após, são instruídos a
imaginar essa forma diminuindo e tornando-se de cor mais amena. Após o
relaxamento, fazer uma pintura sobre a raiva imaginada e relatar como essa raiva é
sentida. A tarefa de casa é praticar pedido de mudança assertivo (eu me sinto... eu
penso... eu te peço...).
- Treino da observação, o autoconhecimento e a colaboração entre os
participantes. Para o aquecimento propõe a dinâmica "Quem está no comando"
(SILVA, 2002), que consiste na formação de um círculo com os participantes,
enquanto um dos membros do grupo fica do lado de fora da sala. Quando ele entrar
na sala, deve adivinhar quem estava coordenando os diversos movimentos
realizados pelos participantes (ex: bater palma) e depois de descobrir volta para o
grupo e dá lugar a outro componente para sair da sala e assim sucessivamente.
Essa dinâmica tem a finalidade de enfatizar o papel do líder e descontrair os
componentes.
- Brincadeira da "batata quente" (SILVA, 2002), que consiste em passar uma
bola rapidamente para o colega da direita e, quando o facilitador dá a ordem para
parar, o participante que estiver com a bola deve responder a questões como:
"Quando estou triste eu..."; "Quem gosta de mim é..."; "Minha pior qualidade é...."
Cabe ressaltar que esse trabalho abordou somente literatura publicada em
português. Uma pesquisa mais aprofundada, com termos em inglês, pode trazer
maior contribuição futura.
23
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho teve como objetivo analisar, através da literatura, quais as
Técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental podem ajudar no desenvolvimento
das Habilidades Sociais na Infância e Adolescência.
A abordagem Cognitiva Comportamental possui uma variedade muito grande
de técnicas para o treino em habilidades sociais.
As pesquisas trazidas para este estudo demonstraram que existe uma
alternativa para crianças e adolescentes que convivem com pessoas inábeis
socialmente. Elas demonstram que, se essas crianças e adolescentes que convivem
neste ambiente, forem treinadas, através de exercícios e técnicas da terapia
cognitivo-comportamental, conseguem sim desenvolver as habilidades sociais
necessárias para terem interações sociais mais saudáveis e aprendem a lidar com
as suas emoções, sejam elas raiva, medo, tristeza ou até frustrações de uma
maneira mais tranquila.
Precisamos cuidar das nossas crianças e adolescentes para que se
desenvolvam saudavelmente e possam usufruir de uma vida tranquila e o mais
importante, com saúde mental.
24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOLSONI-SILVA, Alessandra Turini; MARTURANO, Edna Maria. Práticas educativas e problemas de comportamento: uma análise à luz das habilidades sociais. Estud. psicol. (Natal), Natal, v. 7, n. 2, p. 227-235, jul. 2002. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2002000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 20 abr. 2019. CABALLO, V. E. (1997). El papel de las habilidades sociales en el desarrollo de las relaciones interpersonales. In D. R. Zamignani (Org.), Sobre comportamento e cognição (Vol. 3, pp. 229-233). São Paulo: ARBytes. DEL PRETTE, Z. A. P., & DEL PRETTE, A. (2005). Psicologia das habilidades sociais: Terapia, Educação e Trabalho.Petrópolis, RJ: Vozes. DEL PRETTE, Zilda Aparecida Pereira; DEL PRETTE, Almir. Um sistema de categorias de habilidades sociais educativas. Paidéia (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto, v. 18, n. 41, p. 517-530, dez. 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X2008000300008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 20 abr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-863X2008000300008. FALCAO, Alessandra Pereira et al . PROMOVE-Crianças: efeitos de um treino em habilidades sociais para crianças com problemas de comportamento. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro , v. 16, n. 2, p. 590-612, maio 2016 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812016000200016&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 20 abr. 2019. LOBO, Beatriz de Oliveira Meneguelo; FLACH, Katherine; ANDRETTA, Ilana. Treinamento de Pais na Terapia Cognitivo-Comportamental para Crianças com Transtornos Externalizantes. Psicol. pesq., Juiz de Fora, v. 5, n. 2, p. 126-134, dez. 2011 Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-12472011000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 20 abr. 2019. MURTA, S. G. (2007). Avaliação de processo de um programa de manejo de estresse ocupacional. Psicologia: Reflexão e Crítica, 20, 295-302. SILVA, Mariana de Paula e; MURTA, Sheila Giardini. Treinamento de habilidades sociais para adolescentes: uma experiência no programa de atenção integral à família (PAIF).Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre , v. 22, n. 1, p. 136-143, 2009 .
25
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722009000100018&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 20 abr. 2019. SILVA, R. C. (2002). Metodologias participativas para trabalhos de promoção de saúde e cidadania. São Paulo, SP: Vetor. VIRGOLIM, A. M. R., FLEITH, D. S., & NEVES-PEREIRA, M. S. (1999). Toc, toc... plim, plim: Lidando com as emoções, brincando com o pensamento através da criatividade. Campinas, SP: Papirus. YOZO, R. Y. K. (1996). 100 jogos para grupos. Uma abordagem psicodramática para empresas, escolas e clínicas. São Paulo, SP: Agora.
26
ANEXO
Termo de Responsabilidade Autoral
Eu Isis Romero Nacaratto Tonetti, afirmo que o presente trabalho e suas
devidas partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da
responsabilidade autoral sobre seu conteúdo.
Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de
Conclusão de Curso de Especialização em Terapia Cognitivo-comportamental, sob o
título “Habilidades Sociais na Infância e Adolescência”, isentando, mediante o
presente termo, o Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental
(CETCC), meu orientador e coorientador de quaisquer ônus consequentes de ações
atentatórias à "Propriedade Intelectual", por mim praticadas, assumindo, assim, as
responsabilidades civis e criminais decorrentes das ações realizadas para a
confecção da monografia.
São Paulo, __________de ___________________de______.
_______________________
Assinatura do (a) Aluno (a)