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Cascavel, sexta-feira, 27 de setembro de 2019 - Ano XXIII - Nº 2216
Quem assistiu os te-lejornais da última se-gunda-feira, viu imagens obtidas por câmeras ins-taladas em rodovias de São Paulo, em que carros apareciam literalmente voando sobre canteiros para atingir veículos que vinham em outro sentido: foram 18 mortos naquele fim de semana. Em co-mum em todos os casos, as velocidades absurdas, os pés enterrados no ace-lerador.
A reportagem do Pitoco es-tudou um mês de estatísticas nas rodovias da região Oeste do Para-ná e suas franjas. Foram analisa-dos os 30 dias que precederam a subtração das pistolas das mãos dos policiais rodoviários federais, entre 15 de agosto e 15 de setembro de 2019, em uma extensão total de 800 quilômetros de rodovias aos cuidados da inspetoria da PRF se-
diada em Cas-cavel. A com-paração foi feita com igual período do ano passado, quando os radares móveis e fixos estavam em ação. A diferença é brutal, em vários sen-tidos da palavra.
Embora o número de acidentes não tenha crescido significativa-mente (de 63 em 2018 para 67 este ano), a gravidade, sim, aumentou consideravelmente.Foram 100
feridos e 7 mor-tos no mês estu-dado deste ano, contra 76 feridos no ano anterior, aumento de 31%. Há uma explica-ção lógica e rápi-da para o acrésci-mo: a velocidade liberada.
“Já havíamos alertado em nota oficial antes da r e t i r a d a d o s radares...a sus-
pensão da fiscalização com uso dos radares foi uma atitude ex-tremamente temerária, e que não levou em consideração o impacto sobre o bem mais precioso a todos nós: a vida humana”, disse ao Pi-toco o patrulheiro Raphael Ca-sotti, da Federação dos Policiais Rodoviários Federais.
As palavras do policial pare-
EditorialA palavra “família” surgiu em inúmeros discursos na cam-
panha eleitoral de 2018. E é da família que trata a reportagem acima, notadamente do elo mais frágil, a criança. Câncer mata muitas crianças no Brasil, afogamento e bala perdida também. Mas a maior causa de morte na faixa de 0 a 14 anos são “aci-dentes” de trânsito. Falou-se muito também, na campanha, em segurança pública. E de repente as famílias brasileiras estão expostas aos bandidos do trânsito, agora livres da fiscalização. Se você vai para a rodovia, cuide-se, não há mais ninguém por você e por sua família para livrá-lo dos assassinos do volante.
Sem radar móvel, cresce exponencialmente a gravidade dos acidentes nas rodovias federais da região de Cascavel
cem ainda mais lúcidas quando ob-servados os números das rodovias estaduais da região Oeste, onde a fiscalização por radares móveis permanece operante.
Onde tem o policial com a pis-tolinha do radar na mão, os nú-meros são exatamente o inverso. Levantamento realizado a pedido do Pitoco pelo capitão Tatibana, da Policia Rodoviária Estadual, considerando exatamente os pe-ríodos comparados acima, mostra uma redução de 10% nos acidentes e de 40% no número de feridos nas estradas estaduais fiscalizadas.
O governo não renovou nem substituiu contratos para 2.811 ra-dares fixos nas rodovias federais. Sobraram somente 439 equipa-mentos permanentes nas estradas geridas pelo DNIT, que represen-tam 90% da malha rodoviária fede-ral. Em agosto, também foi suspen-so o uso de 299 radares portáteis da Polícia Rodoviária Federal.
Óbvio ululante: quando a PRF podia usar radares móveis, a estrada era mais segura.
Tiro pela culatra da pistola
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27 de setembro de 2019
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“Quem ainda não foi xingado de fascista ou
comunista em 2019, bom sujeito não é.”(Editor do site Spotniks)
Falou & disse
Paranhos e os 160 milhõesl Leonaldo Pa-
ranhos escalou o seu homem de confiança, Edson Zorek, para dar letras finais em uma es-pécie de repique do PDI, agora com 40 milhões de dólares, algo em tor-no de R$ 160 milhões. Segundo o prefeito, o município avançou da letra “B” para “A” na métrica do Banco Central, o que lhe dá crédito para obter o financiamento.l Com o dinheiro Paranhos que prover o fundo de vale
do bairro Santa Felicidade com um parque (ilustração) aos moldes do Morumbi e do Oeste, concluir a segunda etapa desses parques e reconstruir a Carlos Gomes com a duplicação do chamado “viaduto da Carelli”. Pretende ainda prover quatro novos binários e ampliar a extensão das ciclovias, ligando o sistema com a região do Lago Municipal. Otimista, Paranhos acha que licita obras com esse dinheiro ainda este ano.l Mas se ficar a maior parte do investimento para o
ano reeleitoral de 2020, Paranhos não irá exatamente se estressar com o calendário.
Fogo de chãol A acolhida ao Brasa Festival sur-
preendeu até a ala mais otimista dos orga-nizadores. O evento já tem mais de 1,5 mil participantes confirmados e ofertará 18 estações de diferentes carnes assadas. O festival de churrasco vem com open bar e open food do meio-dia às 20 horas deste sá-bado no amplo estacionamento do Cowboy. Informações adicionais no 99145.3379.
The Endl Quem viu o plano de ne-
gócios aposta que está nascendo uma nova Prati-Donaduzzi, desta vez com capital de cascavelenses, entre eles Valdinei Antonio da Silva e Jorge Sasaki. Trata-se da AllWays Medical S.A. O lançamento da indústria de medi-camentos será no dia 4 de outubro na Zona Franca de Ciudad del Este.
3 mil imóveisl Abre às 19 horas desta sexta-feira e
prossegue até domingo a Feira de Imó-veis 2019. Serão ofertados mais de 3 mil imóveis de 16 imobiliárias, com financia-mento da Caixa. A entrada é franca, mas os visitantes estão convidados a doar 1 kg de alimento que será destinado à Casa Dona Vani. O evento chega em fase de relativa eu-foria no mercado imobiliário de Cascavel.
Cabine lacradal Não está fácil obter a assi-
natura da Viapar no acordo de leniência proposto pelo MPR. O chamegão da pedageira pode valer muitos quilômetros de duplicação da rodovia 369.
27 de setembro de 2019 [email protected] l 03
27 de setembro de 2019 04 l [email protected]
OPINIÃO
Carta ao gen. Luna
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Manter o projeto Viola Lindeira está em sintonia com a missão de energizar a educação
Quartel não tem viola, tem corneta, tem músicos, como aqueles da magnífica banda da 15ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada em Cascavel. A corneta dá dezenas de comandos diferentes para ouvidos bem treinados dos militares: “ombro arma, sentido, descansar!”. De al-guma forma educa e adestra pelas notas, timbres, toques.
O projeto Viola Lindeira, viabilizado por convênio com Itaipu, pro-duziu a maior orquestra do planeta: são mais de 1,2 mil alunos, quase todos crianças e adolescentes. Tal qual a corneta do Exército, a viola deu comandos para a garotada no contraturno de escolas públicas em 29 municípios do Oeste: valorizar as raízes, reduzir a evasão, educação musical, cidadania. “Menino da Porteira”, “Rio de Piracibada”, “Semen-tinha”, são canções que remetem para a realidade rural de alguns deles ainda hoje, mas que para o conjunto de jovens permite uma visita ao mundo que seus pais e avós habitaram.
A viola é intergeracional. Há milhares de “meninos da porteira” em nosso Oeste do Paraná. De todas as idades, de 8 a 80. Ao alcance de um clique no Youtube, encontramos o depoimento de um pai, Edson Mauro Klesener, de Santa Helena. “Certo dia meus filhos chegaram empolgados em casa. O pessoal de uma orquestra havia visitado a escola e ofertado um projeto para aprender tocar viola caipira. Matriculamos os dois. Meu filho mais velho era uma criança que carregava um vazio. Sentia-se atrás dos demais, sentia que os outros eram melhores. Hoje, três anos depois, ele é um adolescente confiante. Ele cresceu e foi selecio-nado para ser professor do projeto. A viola transformou minha casa”.
Embora seja plausível o empenho do general Luna em cortar gas-tos em Itaipu, romper o convênio com a Orquestra de Viola Caipira e descontinuar o projeto seria um desafino. Este editor, que já produziu capa de revista com o comandante Luna, não quer discordar da corne-ta que ele fez soar na grande barragem da fronteira. Ao contrário, quer concordar. Quando Luna fala em descontinuar todos os patrocínios “que não tenham aderência a missão da usina”, pedimos licença aqui para resgatar o significado da palavra Itaipu. Em guarani, Itaipu significa “pedra na qual a água faz barulho”, ou, em outro entendimento, “pedra que canta”. Cantar, tocar, são palavras muito próximas.
Se entendermos que gente é o principal ativo de uma nação fica mais fácil compor essa canção: mantenha o projeto Viola Lindeira, general. Goste-se ou não do autor da frase, a verdade é que Paulo Freire disse muito quando cravou: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo”. Jairo Eduardo – editor do Pitoco