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ANO III N° 13 Mongaguá-SP Setembro/Outubro de 2011
Candeia Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
“E logo viu, e o foi seguido, glorifi-cando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.” (Lucas, 18:43.)
A atitude do cego de Jericó repre-senta padrão elevado a todo discípulo sin-cero do Evangelho.
O enfermo de boa vontade procura pri-meiramente o Mestre, diante da multidão. Em seguida à cura, acompanha Jesus, glori-ficando a Deus. E todo o povo, observando o benefício, a gratidão e a fidelidade reuni-dos, volta-se para a confiança do Divino poder.
A maioria dos necessitados, porém, assume posição muito diversa. Quase to-dos os doentes reclamam a atuação do Cristo, exigindo que a dádiva desça aos caprichos perniciosos que lhe são peculia-res, sem qualquer esforço pela elevação de si mesmos à bênção do Mestre.
Raros procuram o Cristo à luz meri-diana; e, de quantos lhe recebem os dons, raríssimos são os que lhe seguem os passos no mundo.
Daí procede a ausência da legítima glorificação a Deus e a cura incompleta da cegueira que os obscurecia, antes do primeiro contato com a fé.
Em razão disso, a Terra está repleta dos que crêem, estudam e não apren-dem, esperam e desesperam, ensinam e não sabem, confiam e duvidam.
Aquele que recebe dádivas pode ser somente beneficiário.
O que, porém, recebe o favor e a-gradece-o, vendo a luz e seguindo-a, se-rá redimido.
É óbvio que o mundo inteiro recla-ma visão com o Cristo, mas não basta ver simplesmente; os que se circunscre-vem ao ato de enxergar podem ser bons narradores, excelentes estatísticos, en-tretanto, para ver e glorificar o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo, escalando, com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho.
VINHA DE LUZ FRANCISCO C. XAVIER - Espírito EMMANUEL
NÃO BASTA VER
- MEDIUNIDADE—
Africanismo e Espiritismo
02
- PERISPÍRITO E ESTATU-
RA
03
- NAS TRILHAS DA VIDA 04
- VONTADE E SENTIMEN
TO
05
- JESUS ESTÁ NOS SEUS
LÁBIOS OU NO SEU
CORAÇÃO?
06
- RESIGNAÇÃO NA
ADVERSIDADE
07
- PONHA A MÃO 08
- O ATEU 09
- FOGO QUE VEM DO
CÉU
10
- EVENTOS ESPÍRITA 11
NESTA EDIÇÃO:
INTERESSES ESPECIAS
- AFRICANISMO E ESPIRITISMO;-Tem-se procurado, sem razão, con-fundir o Espiritismo com as velhas
práticas afro-católicas.
- PERISPÍRITO E ESTATURA:- O perispírito está solidamente ligado à
questão da estatura corpórea.
- NAS TRILHAS DA VIDA:-Não po-demos continuar a insistir em definir
a vida com os conhecimentos da
matéria.
- VONTADE E SENTIMENTO:- A
visão espírita da vontade vai mais
fundo nesta questão.
- JESUS ESTÁ NOS SEUS LÁBIOS
OU NO SEU CORAÇÃO:-Muitos tem se arvorado no direito de falar sobre
Jesus e Suas realizações.
- RESIGNAÇÃO NA ADVERSIDA-DE:-A dor, sob suas formas múlti-plas, é o remédio supremo para as
imperfeições , para as enfermidades
da alma.
-O ATEU:- Por Deus! Ponham a
mão nos pacientes.
- FOGO QUE VEM DO CÉU:- Jesus esclarece ter vindo ao mundo para
salvá-lo, deixando à consciência de
cada ser o julgamento próprio.
Candeia ANO III
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que seja realmente Espiritismo.
Um materialista, ainda que dos mais intransigentes,
está sujeito a ser médium, embora continue, por siste-
ma, a negar a existência da alma. Então, devemos con-
cluir: o fenômeno por si só não justifica a opinião, hoje
defendida por muita gente, de que haja entre o Espiri-
tismo e o Africanismo qualquer traço fundamental de
afinidade.
Conquanto as religiões fetichistas, transplantadas para
o Brasil com o tráfico africano, se utilizem de médium
(há médiuns em toda parte e não apenas no meio espí-
rita) e façam evocações de espí-
ritos em seus terreiros e ceri-
mônias,com o desejo de prati-
car o bem ou “prestar carida-
de”, segundo expressão popu-
lar no Brasil, não se encontram,
entre aquelas religiões e o Espi-
ritismo, traços comuns.
De comum, apenas as mani-
festação do transe mediúnico, a evocação sob forma
absolutamente diferente da prática espírita. Ora, não
sendo a manifestação de espíritos um ato privativo do
Espiritismo, porque os espíritos se manifestam em qual-
quer lugar, desde que disponham de médiuns, está claro
que, em boa lógica, não deve ter a designação específica
de prática espírita, qualquer experiência mediúnica, feita
a esmo, empiricamente, sem relação com o Espiritismo,
cujos ensinos formam uma doutrina filosófica de
“consequências religiosas”, como bem disse o seu codi-
ficador Allan Kardec.
DEOLINDO AMORIM (Baiano de Baixa Grande foi jornalista, escritor e conferen-
cista espírita ...)
T em-se procurado, aliás sem razão plausível,
confundir o Espiritismo com velhas práticas afro-
católicas, enraizadas no Brasil desde o período colonial.
Argumenta-se, em defesa de tal suposição, que nas prá-
ticas africanas se verificam manifestações de espíritos, o
que, no entender de muitas pessoas, é suficiente para
dar cunho espírita a essas práticas. O raciocínio é mais
ou menos este: onde há manifestações de espíritos, há
Espiritismo; logo, as práticas fetichistas são também prá-
ticas espíritas, porque nelas se faz evocação de espíritos.
Eis aí uma preliminar discutível. Em primeiro lugar, o
que caracteriza o ato e espíri-
ta não é exclusivamente o fe-
nômeno; em segundo lugar, o
Espiritismo (corpo de doutrina
organizado por Allan Kardec)
surgiu no mundo em 1857, e
quando suas obras chegaram
ao Brasil, já existia o Africanis-
mo generalizado, principal-
mente na Bahia.
Historicamente, como se vê, não é possível estabele-
cer qualquer termo de comparação porquanto o Africa-
nismo data de época muito recuada, ao passo que a
Doutrina Espírita é do século passado. Se, de fato, o
fenômeno fosse o único elemento capaz de identificar a
prática espírita, teríamos de chegar à conclusão de que
Catolicismo, Espiritismo, Africanismo, etc., uma vez que
a mediunidade é comum a qualquer indivíduo, podendo
ser espontaneamente observada entre católicos, espíri-
tas, maometanos, etc.
Não são poucos os padres, bispos e pastores com
mediunidade positiva. Não é, portanto, pela natural o-
corrência que se pode firmar critério para determinar o
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MEDIUNIDADE
AFRICANISMO E ESPIRITISMO
―Um materialista, ainda que dos mais intransigentes, está sujeito a ser médium, embora continue, por sistema, a negar
a existência da alma. ―
D urante a era glaci-al, muitos animais morriam por cau-sa do frio.Os por-
cos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se jun-tar em grupos, assim se aga-
salhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, jus-tamente os que ofereciam mais calor, por isso decidi-ram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer con-gelados. Precisavam fazer uma escolha.
Desapareceriam da Terra ou aceitariam os espi-nhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com alguém muito próximo po-dia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram; MORAL DA HSITÓRIA O melhor relacionamento não é aquele que une
pessoas perfeitas, mas aquele em que cada um a-prende a conviver com os defeitos do outro e admirar suas qualidades. AUTOR DESCONHECIDO
A FÁBULA DO PORCO ESPINHO
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O perispírito está solida-
mente ligado à questão da esta-
tura corpórea, durante a reen-
carnação ou mesmo fora dela.
Os desregramentos morais têm
forte ascendência sobre os con-
tornos anatômicos do corpo es-
piritual, podendo mesmo estabe-
lecer vultosas limitações, no que
se refere à estatura.
O desrespeito para com as cotas de fluido vital, que
demarcam a longevidade de nossa permanência na car-
ne, também influi fortemente no dimensionamento dos
futuros corpos carnais, necessários ao nosso aperfeiçoa-
mento.
No livro “Missionários da Luz”, colhemos a seguin-
te informação” (...) os contornos anatômicos da for-
ma física, disformes ou perfeitos, LONGILÍNEOS
ou BREVILÍNEOS, belos ou feios, fazem parte dos
estatutos educativos‖ (André Luiz, pág.227).
Naturalmente, não podemos deixar de assinalar aqui o
porte anatômico reduzido ou de longas proporções
com que determinadas raças de nosso planeta se acham
investidas, por exemplo, os pigmeus e os gigantes, fenô-
menos estes, acreditamos, que atendem a outros impe-
rativos que não a lei do carma.
Importante notificar, ainda, que sendo o perispírito o
regulador da estatura corpórea, ele como que freia o
crescimento para além de determinados limites. Para
bem compreendermos isto, estabeleçamos o seguinte
critério: se, em média, o homem, aos 20 anos, atinge
uma estatura de 1,70m, na mesma sequência de cresci-
mento, aos 40 anos, deveria atingir 3,40m, e assim por
diante. Todavia, tal não acontece, por causa da ação
LIMITADORA do perispírito, impondo-se como MOL-
DE.(Ramatis, “Magia da Redenção”, pág. 223).
“O períspírito é que modela o corpo carnal, dá-lhe
contornos e sustém-lhe a ESTATURA e enquanto a al-
ma não está burilada e não adquire todos os atributos
de perfeição – conquistados em múltiplas existências-
conservam-se as características de uma raça ancestral,
até que, atingindo todos os predicados morais e intelec-
tuais imanentes aos evoluídos, se aprimora, afeiçoa artis-
ticamente seu envoltório fluídico, tornando-o idealmen-
te belo – misto de neblina e luz!” (Zilda Gama, pág.
28).
No mesmo livro, lemos(...) sucede também, às ve-
zes, que de genitores normais nascem entes de pro-
porções HERCÚLEAS, e outros de estatura DIMI-
NUTA, os denominados ANÕES. Estes são vestígios
de emigração dos Espíritos ESQUIMÓS para uma
outra raça na qual se destacam pela sua pequenez;
e aqueles, os gigantes, dos indivíduos de outros pla-
netas, onde os seres atingem estatura descomunal‖.
(Zilda Gama, pág 29).
De Carlos T. Rizzini, selecionamos: ―A cultura de
tecidos animais e vegetais, em laboratório, mostra a
falta do ÓRGÃO CONTROLADOR das DIMEN-
SÕES e orientador da diferenciação, porque as cé-
lulas IN VITRO se multiplicam indefinidamente e
muitas vezes permanecem em caracteres embrioná-
rios.
Não só o perispírito põe limites ao CRESCIMEN-
TO (e à divisão celular) como conduz
`DIVERSIFICAÇÃO ESTRUTURAL (e ao amadureci-
mento celular)‖. JOÃO SÉRGIO SELL – O PERISPÍRITO
PERISPÍRITO E ESTATURA
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S ócrates, assim como Cris-to, não escreveu nada., ou não deixou nenhum escri-to. Como ele, morreu a
morte dos criminosos, vítima do fanatismo, por ter atacado as
crenças dos criminosos, vítima do fanatismo, por ter atacado as crenças tradicionais e posto a virtude real acima da hipocrisia e do simulacro das formas. Numa palavra, por ter combatido os preconceitos religiosos.
Como Jesus foi acusado pelos fariseus de corrom-per o povo com seus ensinamentos, Sócrates também foi acusado pelos fariseus de seu tempo – pois houve deles em todas as épocas - de corromper a juventu-de,proclamando o dogma da unidade de Deus, da
imoralidade da alma e da vida futu-ra.
E assim como nós só conhecemos a doutrina de Jesus pelos escritos de seus discípulos, só conhecemos a de Sócrates pelos escritos de seu discípulo Platão.
Tivessem Sócrates e Platão conhecido os ensinamentos que o Cristo daria quinhentos anos mais tarde, e aque-les que os Espíritos dão atualmente, e não falariam de outra forma. Não há nisto nada que deva surpreender, se se considerar que as grandes verdades são eternas, e que os Espíritos avançados deviam tê-las conhecido antes de vir para a Terra, de onde as trouxeram, (...)
ALLAN KARDEC - GÊNESE
LIÇÕES DE KARDEC SOBRE JESUS E SÓCRATES
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tas das novas formas eram confun-
didas com a própria criação; tudo
isso porque, naquela época, já exis-
tia uma corrente de pensamento,
bastante combatida, que admitia
uma “força vital” dirigindo a maté-
ria, tendo como seu mais expressi-
vo defensor o grande Claude Ber-
nard. Por mais que se anotem e
analisem horizontes ultramicroscó-
picos, onde moléculas e átomos
são amiúde fotografados, mesmo
assim a vida, com seu impulso, es-
tará além dessas peças, em campos
específicos.
A percepção da existência de
um campo energético dirigindo a
organização física encontra-se no
fato de que as células, de bem vari-
adas formas, quando retiradas do
organismo e
conveniente-
mente tratadas
em laboratório
(caso das cul-
turas celula-
res), manifes-
tam forte ten-
dência a serem
independentes,
tal qual aconte-
ce aos proto-
zoários, seus
autênticos an-
cestrais. As
células não
recebendo a
influência de uma “força organiza-
dora”, direcionadora e disciplina-
dora do organismo tentam o re-
torno às condições ancestrais de
isolamento, não mais atendendo à
colméia de que fizeram parte.
Nesta “força organizadora”
não estariam todas as possibilida-
des e impulsos que pudessem ex-
plicar as condições hígidas e pato-
lógicas da organização? Sabemos
que nos genes celulares estarão as
explicações dessas condições; mas,
seriam eles, realmente, o orienta-
dor biológico de todo um organis-
mo, ou apenas a tela de manifesta-
ções de campos específicos? A nos-
M uito se tem falado
em herança, em cro-
mossomos e genes,
situados nos núcleos
das células, como elementos res-
ponsáveis pelos impulsos da vida.
Alguns pensam e defendem o pon-
to de vista de que nestas organiza-
ções estariam as fontes produtoras
do fenômeno vital às custas de es-
pecial arregimentação de substân-
cias químicas.
Os genes governam as células
que, como usinas miraculosas, mos-
tram no dia a dia, os mais admirá-
veis mecanismos. Quanto mais se
investiga, quanto mais se define e
conhece esses mecanismos, mais se
observa a existência de ordem e
finalidade a serem alcançadas nos
movimentos biológicos. Muito se
tem observado e pesquisado a res-
peito da vida e muito pouco se co-
nhece, apesar das tendências mo-
dernas da Biologia estarem desloca-
das para o mundo atômico.
A Biologia Molecular e Atômi-
ca, de braços dados, procuram, com
insistência, os seus mistérios. À
medida que as buscas se intensifi-
cam no terreno ultramicroscópico
das partículas, a descrição de even-
tos vai como que satisfazendo a
corrente materialista, hoje, já bas-
tante reduzida. Quanto mais se pes-
quisa a estrutura material, novos
horizontes aparecem e, com eles,
novos modelos são introduzidos na
Ciência. Isto lembra, em parte os
materialistas de antanho, quando o
microscópio começou a divisar os
infinitamente pequenos, e descober-
sa Ciência conseguiu penetrar e com-
provar nos genes a origem de muitos
defeitos orgânicos, de muitos distúr-
bios e desorganizações da matéria;
entretanto, esse amontoado de molé-
culas, átomos, por si só, não respon-
deria pelos inteligentes processos do
código genético e suas desarmonias.
Como as usinas celulares se
organizariam para tal fim dentro da
colméia material e pelos seus pró-
prios meios? A tendência das células,
com seus cromossomos e respectivos
genes, seria justamente a de torna-
rem-se independentes (exemplo das
culturas celulares) e não de ajuntarem
-se por iniciativa própria na criação
de um organismo. Só poderemos en-
tender esse processo de união e tota-
lidade, às custas de um “coordenador
geral” utilizan-
do as telas do
genes dos
cromossomos
como regiões
específicas de
atuação e re-
flexos de seu
próprio co-
mando.
Mais ainda,
a ordenada
substi tu ição
de células, na
maioria dos
200 tipos, em
média, que o
organismo humano possui, estaria na
dependência de um “campo de for-
ças” em ajustes perfeitos. O organis-
mo é um todo, um conjunto atômico
molecular e celular, estruturando te-
cidos e órgãos, a fim de atender aos
aparelhos e sistemas. Toda essa con-
dição holística representa o resultado
de um harmônico campo de forças
transcendendo a dimensão física onde
esta se move e obedece.
Quando mergulhamos no mundo
celular, essa expressiva e organizada
usina da vida nos mostra os mais be-
los intensos fenômenos que se pas-
sam em sua zona central ou nuclear.
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NAS TRIHAS DA VIDA
―Não podemos continuar a insistir em definir a vida com os conhecimentos modelos da matéria; esses já nos disseram muitas coisas dentro de suas próprias possibilidades; tere-mos que mergulhar nas autên-ticas posições espirituais, onde a imortalidade e os processos renovatórios da reencarnação oferecerão sustentáculos para
as novas verdades científicas.”
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. . . NAS TRLHAS DA VIDA
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Nesta zona estão os cromossomos, material de
herança carregando os códigos que respondem pela
vida. Os códigos estão na dependência dos genes em
perfeito trabalho nas imensas produções que o metabo-
lismo exige. Cada núcleo dos 100 trilhões de células da
organização humana possuirá , em média 50 mil genes,
cujas infinitas combinações refletem as atividades vitais.
É na estrutura do ADN (cromossomo que o código
armazena, faz as cópias, orienta a síntese das proteínas
com as devidas transformações das necessidades fisioló-
gicas. Também, quando procuramos definir e entender
os processos da divisão celular, ficamos extasiados com
os seus mecanismos e mistérios.
Será que no campo material, o acaso de substân-
cias químicas, sozinhas, unindo-se para dirigir modelos
fisiológicos perfeitos e precisos, possa ser a resposta da
vida? Por que as células de um organismo se dividem,
regeneram, morrem, outras vezes se compõem de
modo ajustado, outras tantas entram em divisão anár-
quicas
No organismo de 100 trilhões de células, em média,
existem constantes substituições, excetuando os nervos
e músculos, definindo usinas de características perenes
ou lábeis. Diante tantas variantes de procedimento, não
seria lógico pensar-se num campo organizador e dire-
tor em que as equipes celulares estariam sob constante
orientação?
Só um “campo energético” de superiores possibili-
dades poderia responder pelo impulso da vida. Não
seria uma energética resultante de acúmulos materiais
em irradiações, mas, sim, um campo mais avançado,
transcendente, de qualidades energéticas específicas.
Caminharíamos, assim, em busca de campos mais avan-
çados do psiquismo ou campos espirituais, com as suas
necessárias expansões e respectivas adaptações na zona
física. Por sua vez, a psicologia hodierna, na explicação
dos mecanismos psíquicos, está cada vez mais direcio-
nando as suas questões para os modelos transpessoais,
isto é, aqueles que transcendem dos desgastados pa-
drões materiais. Será nos arcanos do Inconsciente ou
Zona Espiritual que se encontrará a chave do fenômeno
da vida e seus respectivos e imensos impulsos.
Não temos dúvidas de que o novo milênio, saberá
penetrar nas razões espirituais, em apropriadas pesqui-
sas e adequadas verificações, mostrando muito dos mis-
térios da vida e sua finalidade.
Não podemos continuar a insistir em definir a vida
com os conhecimentos modelos da matéria; esses já
nos disseram muitas coisas dentro de suas próprias
possibilidades; teremos que mergulhar nas autênticas
posições espirituais, onde a imortalidade e os proces-
sos renovatórios da reencarnação oferecerão sustentá-
culos para as novas verdades científicas.
PSICOLOGIA ESPÍRITA – JORGE ANDRÉA
VONTADE E SENTIMENTO
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O INFERNO ESTÁ DENTRO DE NÓS MESMOS
A s provas apavorantes que alguns dentre nós sofrem são, em geral, a conseqüência de uma conduta passada. O déspota renasce es-cravo, a mulher arrogante, vaidosa de sua
beleza, retomará um corpo enfermo, sofredor; o ocioso voltará mercenário, curvado sob uma tarefa ingrata. Aquele que faz sofrer, sofrerá a seu turno. Inútil procu-rar o inferno nas regiões desconhecidas e distantes, o inferno está entre nós; ele se esconde nas dobras igno-radas da alma culpada, cuja expiação somente pode fa-zer cessar as dores. LÉON DENIS—O PORQUÊ DA VIDA
O estudo do tema vontade tem despertado
uma série de elementos interessantes e que são significa-
tivos para os objetivos deste livro. Primeiramente, por-
que ninguém educará os sentimentos se não tiver vonta-
de de fazê-lo. Segundo, porque o uso da vontade é de
capital importância no processo de transformação huma-
na. Não existe nenhum projeto de felicidade que exclua
a vontade. Alguns psicólogos, no entanto, não dão à von-
tade a importância que ela deve ter. Consideram-na insu-
ficiente para eliminar algumas compulsões para determi-
nados vícios. Dizem também que ela não consegue en-
frentar a imaginação. Alfonse Boué disse que numa luta
entre a vontade e a imaginação, a imaginação vence.
É mais fácil obter a calma através de uma imagina-
ção (imaginar-se num lugar aprazível) do que querendo
ficar calmo.
A visão espírita da vontade vai mais fundo nessa
questão. Emmanuel, por exemplo, no livro Pensamento e
Vida, disse que a mente humana possui vários setores
(desejos, inteligência, memória, imaginação, etc.), mas
que acima de todos eles está o gabinete da Vontade.
Disse ainda que a vontade é a gerência esclarecida e
vigilante, governando todos os setores da ação mental.
Ela é o leme que dirige o barco das funções psíquicas,
levando-as para esse ou aquele rumo e que só a vontade
é suficientemente forte para sustentar a harmonia do
espírito.
A vontade, assim, é uma função importante do espí-
rito. É através dela que estabelecemos as nossas esco-
lhas, as nossas mais importantes decisões, e assumimos
os nossos compromissos. É a alavanca da alma para as
realizações espirituais. No geral, consumimos desneces-
sariamente energias no campo emocional descontrolado
e a vontade é que irá dirigi-las para atividades criativas e
reparadoras. É ela que nos diz: “Vai para lá, caminha mais
rápido, etc”. Educação dos Sentimentos – Cap 5 –
JASON DE CAMARGO
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me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; esta-
va nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe pergunta-rão:Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? Quando te
vimos forasteiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que,
sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes. Então dirá tam-bém aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de
mim ,malditos, para o fogo eterno, preparado para o Dia-bo e seus anjos; porque tive fome e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro,
e não me acolhestes.Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o julgamento,
mas os justos para a vida eterna‖. No evangelho de João, capítulo 5:28 a 30 Jesus afirma: ―Não vos admireis com isso, pois vem a hora em que todos os
que dormem nos túmulos ouvirão a sua voz e subirão. Os que fizeram o bem ressurgirão para a vida com Deus e os que fizeram o mal ressurgirão para o julgamento‖.
Observe que, além de existir mais de um ressurgimento, mais de uma vida física, para cada uma delas há uma colheita, conforme as nossas obras e não, segundo a nossa fé.
Diante de todas estas verdades, desaparece tudo que se possa argumentar com relação a uma conquista do Reino com Jesus, sem trabalho e sem nenhum esforço pessoas, nem re-núncia para fazer o que Ele nos solicita.
Ao longo de toda minha vida, tenho buscado todos os dias, uma eterna e constante vigília, fazer o que Jesus me pede, para então , poder me sentir aceito por ele.
Se você realmente acredita que Jesus o ama não O decep-cione . Faça o que Ele lhe pede: ame indistintamente, faça o bem aos que o cercam, pratique a caridade em sua essência e
viva na justiça, na paz e no amor. Eu tenho certeza de que Jesus me ama, também não tenho a menor dúvida da minha escolha por Ele. É claro também que
já O aceitei, mas a conclusão a que cheguei é que preciso tra-balhar constantemente para que Ele me aceite. Com certeza, o meu, o seu, meu caro leitor, e o nosso re-
encontro com Jesus só será possível quando sentirmos real-mente que estamos trabalhando, realizando, conquistando, amando e vivendo segundo os preceitos do Seu Evangelho.
Resumindo nosso pensamento, devemos compreender todo esforço possível para colocar Jesus em nosso coração. Jesus é o nosso maior exemplo.
Ele demonstrou com trabalho e ensinamentos constantes a maneira como devemos proceder. Deixou o exemplo, deixou o testemunho, trabalhando, curando, ensinando. “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também”. João 5:17.
Se não formos pelo menos seus imitadores, nada consegui-remos em busca do reencontro com Ele. Trabalhe, realize, execute e ame. Só assim, com a realização
de muitas obras e muita atuação no amor, você poderá colo-car Jesus realmente em seu coração. O Evangelho e o Cristianismo Primitivo (parte Cap IV) Severino Celestino da Silva.
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon
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M uitos têm se arvorado no direito de falar sobre Je-
sus e Suas realizações. Outros se apaixonam por Sua história. Outra grande parte se precipita em afirmar que O compreendeu de imediato e acha até
que é simples e fácil segui-Lo. E a grande maioria acredita e di-
vulga que basta aceitá-Lo para que os nossos problemas estejam resolvidos. Concordo plenamente com estas afirmativas. No entanto, não
posso deixar de colocar a seguinte pergunta: O que significa a-ceitar Jesus? Será que é apenas admirá-lo à distância? Será que não significa
uma mudança, uma tomada de posição ou uma nova conduta, um novo proceder? Será que o segredo é colocar tudo sob a responsabilidade de Jesus sem o menor esforço da nossa parte?
Não tenho a menor dúvida que Jesus me ama. No entanto , necessito avaliar e refletir se realmente eu O amo. Se eu tenho dado testemunho e provas deste amor por Ele. Sabemos que é
muito simples, fácil, agradável e até muito convidativo aceitar Jesus quando conhecemos a Sua maravilhosa e belíssima história. O difícil é conquistar um lugar ao lado d’Ele.
Jesus fez algumas colocações nos Evangelhos que necessitam da nossa reflexão. Apresentaremos aqui, especificamente, algu-mas delas que enquadram perfeitamente em nossos argumentos:
“Quem quiser seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e venha, siga-me” Lucas 8:23. Pelo versículo acima, fica claro que ninguém pode seguir Jesus
graciosamente. É necessário um esforço diário de renúncia e AMOR em busca do encontro com Ele. Além do mais, isto não nos dispensa de carregar nossas dificuldades e débitos assumi-dos. Portanto, não conseguimos esta conquista graciosamente,
mas com esforço próprio e diário. Concluímos, portanto, que Jesus não prometeu salvação gratuita para ninguém. Observe algumas de suas afirmativas para nossa reflexão.
“Nem todo aquele que me diz: Senhor” entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu pai que está nos Céus. Naquele dia* muitos vão me dizer. Senhor!
Senhor! Não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? Então, eu lhes declararei:” Jamais vos
conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” Mt 7:21-23. Esta afirmativa de Jesus nos lembra o que Ele cita em Mateus
15:8 que é ainda o alerta do profeta Isaías no cap. 29:13 do seu livro:‖O Senhor disse:Visto que este povo se chega junto a mim com palavras e me glorifica com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim e a sua reverência para comigo não passa de mandamento humano, de coisa aprendida com rotina...‖
Naquele dia*, é uma expressão citada por Jesus em Mt 7:27, para se referir ao juízo final. O juízo final, é o dia da colheita e o que conta naquele momento está relatado no Evangelho de Ma-teus 25:31-46:‖Quando, pois vier o Filho do homem na sua
glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no tro-no da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as na-ções; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa
as ovelhas dos cabritos e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai. Possuí por heran-
ça o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e
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JESUS ESTÁ NOS SEUS LÁBIOS OU NO SEU CORAÇÃO?
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O sofrimento é uma lei do nosso mundo. Em
todas as condições, em todas as idades, sob todos os
climas, o homem tem sofrido, o homem tem chorado.
Apesar dos progressos sociais, milhões de seres curvam
-se ainda sob o peso da dor. As classes superiores não
estão isentas de males. Nos espíritos cultivados, a sen-
sibilidade, mais desperta, mais delicada, causa impres-
sões vivas. O rico, como o pobre, sofrem na carne e
no coração. De todos os pontos do globo, o lamento
humano sobe ao espaço.
Mesmo no meio da abun-
dância, um sentimento de abati-
mento, uma vaga tristeza apodera
-se, às vezes, das almas delicadas.
Elas sentem que a felicidade é
irrealizável aqui, que só aparecem
fugitivos lampejos. O espírito
aspira a vidas, a mundos melho-
res; uma espécie de intuição lhe
diz que na Terra não é tudo. Para o homem alimentado
na filosofia dos Espíritos, essa intuição vaga transforma-
se em certeza. Sabe para onde vai, conhece o porque
dos seus males, a razão de ser do sofrimento. Além das
sombras e das angústias da Terra, entrevê a aurora de
uma nova vida.
Para apreciar os bens e os males da existência,
para saber o que são a felicidade e a infelicidade verda-
deiras, é preciso elevar-se acima do círculo estreito da
vida terrestre. O conhecimento da vida futura, da sorte
que aí nos espera permite-nos medir as conseqüência
dos nossos atos e sua influência sobre nosso futuro.
Encarada sob esse ponto de vista, a infelicidade
para o ser humano não será mais o sofrimento, a perda
dos seus, as privações, a miséria; não, será tudo o que
o enlameia, amesquinha-o, ou causa obstáculo ao seu
adiantamento. A infelicidade, para aquele que considera
apenas o presente, pode ser a pobreza, as enfermida-
des, a doença. Para o espírito que plana nas alturas, se-
rá a paixão pelo prazer, o orgulho, a vida inútil e ocupa-
da. Não se pode julgar uma coisa sem ver tudo o que
daí decorre, e é por isso que ninguém compreenderá a
vida, se não conhecer-lhe nem o objetivo, nem as leis.
As provas, purificando a alma, preparam sua eleva-
ção e sua felicidade, enquanto que as alegrias desse
mundo, as riquezas, as paixões debilitam-na, preparam-
na para uma outra vida de amargas decepções. Assim,
aquele que sofre em sua alma e em seu corpo, aquele
que a adversidade oprime pode esperar e levantar seu
olhar confiante para o céu; paga sua
dívida ao destino e conquista a liber-
dade; mas aquele que se compraz na
sensualidade, forja suas próprias cor-
rentes, acumula novas responsabili-
dades, que pesarão maciçamente
sobre seus dias futuros.
A dor, sob suas formas múltiplas,
é o remédio supremo para as imper-
feições, para as enfermidades da alma.
Assim como as doenças orgânicas são, com fre-
qüência, o resultado dos nossos excessos, as provações
morais que nos atingem são a resultante das nossas
faltas passadas. Cedo ou tarde, essas faltas recaem so-
bre nós, com suas conseqüências lógicas. É a lei de jus-
tiça, do equilíbrio moral. Saibamos aceitar-lhes os efei-
tos, como aceitamos os remédios amargos, as opera-
ções dolorosas que devem restabelecer a saúde, a agili-
dade ao nosso corpo. Quando os desgostos, as humi-
lhações e a ruína nos oprimem, suportêmo-los com
paciência. O lavrador rasga o seio da terra para dela
fazer jorrar a colheita dourada. Assim, da nossa alma
dilacerada surgirá uma abundante colheita moral.
Parte do cap L – DEPOIS DA MORTE – LÉON DENIS
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita ‘Leon Denis”
ANO III N° 13 – Mongaguá– SP - Setembro/Outubro de 2011
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RESIGNAÇÃO NA ADVERSIDADE
DESVENDANDO MISTÉRIOS
―A dor, sob suas formas
múltiplas, é o remédio su-premo para as imperfei-ções, para as enfermida-
des da alma.‖
D esde o começo, as coisas parecem misteriosas: o cometa, o raio, a aurora, a chuva, são outros tantos fenômenos misteriosos para aquele que os vê pela primeira vez. Tudo parece razo-
ável , encarando sob um ponto de vista conveniente; as possibilidades do Universo são infinitas, como a sua ex-tensão física. Porque procurar sempre negar “a priori” a impossibilidade das coisas que decorrem de nossa con-cepção ordinária?
Não devemos recuar diante de problema algum, des-de que se apresente a oportunidade de abordá-lo.
Não devemos hesitar em prosseguir livremente a investigação das leis, misteriosas embora, que regem a vida e o espírito ; o que sabemos, nada é ao lado do que nos resta aprender. Querer restringir a nossa pes-quisa, aos territórios já meio conquistados, é enganar a fé dos homens que lutaram pelo direito de livre exa-me, e trair as esperanças mais legítimas da Ciência...”
(OLIVER LODGE – “Phanthom Walls”.)
MICHAELUS – MAGNETISMO ESPIRITUAL
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 13– Mongaguá– SP - Setembro /Outubro de 2011
PONHA A MÃO
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Richard simonetti
C onta-se que Jesus esteve recentemente na Ter-ra e entrou num hospital público. Passou por um para-plégico, em cadeira de rodas. Viera para uma consulta. O Mestre disse-lhe: - Levanta-te e anda! O homem ergueu-se e deixou o consultório, empur-rando a cadeira de rodas. Alguém perguntou-lhe: - Esse barbudo que falou com você é o novo médi-co? - Sim. - O que achou dele? - Igual aos outros. Não pôs a mão em mim. Poderíamos situar essa hilária história por exemplo de como as pessoas envolvem-se com a rotina e o imedia-tismo terrestre, sem se darem conta das dádivas que recebem. Mas há o outro lado: os médicos que, literalmente, não "pões a mão no paciente". Uma senhora consultou um desses profissionais apressados, rápidos no gatilho, que sacam o bloco re-
ceituário quando o cliente mal aponta em seu gabinete.
Ao terminar a consulta, disse-lhe: - O senhor devia ser engenheiro. - Por quê? Acha que tenho jeito? - Bem, engenheiro lida com barro, cimento, cal, tijolos... É mais fácil. Está mais de acordo com sua índo-le. O senhor é frio, distante! - Ora, minha senhora. Há muita gente! Não posso dar atenção a todos. - Pois deveria. Por mais gente que atenda, conside-
re que não está lidando com material de construção.
As pessoas, meu caro doutor, precisam de atenção, principalmente quando fragilizadas pela doença. Certamente o médico não mudou de profissão, mas seria bom para ele, e para seus clientes, se mudas-se sua maneira de ser. Meu pai, que foi enfermeiro, sempre falava de um médico humilde, de pouca cultura e precários conheci-mentos, que atendia no posto de saúde onde trabalha-va.
Não obstante suas limitações, era o mais solicita-do e eficiente.
Calmo e gentil, tratava com carinho a clientela, con-sulta sem pressa, paciência de ouvir... Tinha sempre uma palavra de encorajamento, exprimia-se de forma otimista quanto ao diagnostico e prognóstico. Os pacientes saíam animados. Mais que simples receita, levavam um novo alento, a confiança de que seriam curados, algo decisivo em favor de sua recuperação. Aprendemos com a Doutrina Espírita que várias profissões envolvem preparo do espírito, antes de re-encarnar, a fim de que possa ter um desempenho razo-ável, desenvolvendo experiências produtivas. Freqüenta escolas no Além, recebe instruções, pla-neja a própria estrutura orgânica, adequando-a ao exer-cício da atividade escolhida. Sem dúvida, a Medicina é das mais importantes, nes-se aspecto. Deus quer que sejamos saudáveis, física e psiquica-mente, para melhor aproveitamento das experiências humanas. A doença é, normalmente, um acidente de percurso, relacionado com nossa falta de cuidado com o corpo, no presente ou no pretérito. Daí a importância do médico, instrumento de Deus, em favor da saúde humana. Certamente, dentre todas as orientações recebidas ao reencarnar, o médico a-prende como lidar com os enfermos, sob orientação do Evangelho, o mais perfeito manual de relações humanas. e preparado para "pôr a mão no paciente", isto é, dar-lhe atenção, tratá-lo com gentileza, receitar menos, conversar mais, motivá-lo para a saúde. Sou apaixonado pela Medicina. Tenho certeza de que fui médico em vida anterior, provavelmente do tipo que fica melhor cuidando do material de construção. Por isso, talvez, carrego a frus-tração de não ser discípulo de Hipócrates nesta exis-tência. Evocando minha condição do passado, peço licença aos colegas do presente, para dizer-lhes:
Cuidado, senhores doutores! Não malbaratem as oportunidades que lhes foram concedidas. Não frus-trem os instrutores que os prepararam! Não negligenci-em a orientação fundamental!
Por Deus! Ponham a mão nos pacientes!
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QUESTÃO 946:- O QUE PENSAR DO SUICIDA QUE TEM POR OBJETIVO ESCAPAR DAS MISÉRIAS E DECEPÇÕES DESTE MUNDO?
P obres Espíritos, que não tem coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aqueles que sofrem, e não aos que não tem força nem coragem. As aflições da vida são provas ou expiações; felizes aqueles que as suportam sem queixas, porque serão recompensados! Infelizes , ao contrário, os que esperam sua salvação do que , na incre-
dulidade deles, chamam de acaso ou sorte! O acaso ou sorte, para me servir da vossa lingua-gem, podem, de fato, favorecê-los transitoriamente, mas é para fazê-los sentir mais tarde cruelmente o vazio dessas palavras.
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 13 – Mongaguá– SP Setembro/Outubro de 2011
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―Entraram os apóstolos numa aldeia de samarita-
nos, a fim de prepararem pousada. Percebendo os
samaritanos que Jesus pretendia dirigir-se a Jerusa-
lém, não levaram em conta o pedido dos discípulos.
Vendo isso, Tiago e João perguntaram: Senhor, que-
res que mandemos descer fogo do céu para os con-
sumir? Jesus, porém, os repreendeu, dizendo: Vós
não sabeis de que espírito estais sendo animados.
Eu não vim ao mundo para destruir as almas dos
homens, mas para salvá-las‖ . (Lucas, 9:52 a 56.)
P erguntando ao mentor espiritual se os Espíri-
tos influem nos pensamentos e nos atos do homem,
Kardec obtém a seguinte resposta: “muito mais do que
imaginais. Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles
que vos dirigem”.
Pode-se afirmar que o homem nunca está só, por-
que, no mundo dos pensamentos, respira num imenso
firmamento de sinais que o influenciam segundo o grau
de afinidade.
Convém, por isso, recordar o imperativo de se es-
tabelecer domínio sobre os pensamentos e as imperfei-
ções morais, por constituírem o elo vulnerável em que
o homem padece maior influência espiritual. Por isso o
apóstolo Tiago afirmava que cada ser é tentado na pró-
pria concupiscência, o que significa dizer que a tentação
atribuída ao Cristo não passa de significativa alegoria.
FOGO QUE VEM DO CÉU
Semelhante ao oxigênio que envolve e alimenta os
corpos físicos, e cuja presença a vista física não percebe,
do mesmo modo desconhece o homem a presença dos
sinais que o alcançam, oriundos de mentes de seres en-
carnados ou desencarnados.
Pode-se, pois, compreender por que os discípulos,
embora admitidos por Espíritos em missão, não conse-
guem separar o pensamento próprio das idéias que lhe
foram sugeridas, fenômeno comum no médium em desen-
volvimento.
Emmanuel observa que, na Terra, todos permanecem
sob a pressão de influências do bem e do mal. Por isso,
diz ele, onde o homem acionar sua “parte inferior”, a
sombra dos outros permanecerá em sua companhia. Da
mesma forma, da zona que projetar sua “boa parte”, a luz
do próximo virá em seu encontro.
Porque Pedro não admite referências sobre a crucifi-
cação, com veemência Jesus adverte: “Arreda-te de mim,
Satanás, porque és para mim pedra de tropeço”.
(Mateus,16:23.) No entanto, convém esclarecer que a
censura não era endereçada a Pedro, mas ao Espírito que
o influenciava.
Considerando que, no domínio das emoções e dos
pensamentos, os seres podem se influenciar reciproca-
mente, surge o imperativo da oração e da vigilância sobre
as palavras e as criações mentais de cada instante.
Condicionados, no entanto, sobre o castigo de Deus,
criado por Moisés no momento em que seres rebeldes
são consumidos no deserto pelo fogo, ou engolidos pela
terra (Números, 16:30 a 35), Tiago e João, pela cultura
religiosa de berço, não percebem estar sob influência de
seres inferiores, o que determinou o esclarecimento do
Cristo, ao dizer-lhes que desconheciam a natureza do
Espírito sobre o qual estavam sendo animados ou influen-
ciados.
Ainda que o Pai lhe tenha atribuído toda a justiça, Je-
sus esclarece ter vindo ao mundo para salvá-lo, deixando
à consciência de cada ser o julgamento próprio.
NOTÍCIAS DO REINO – Vol. II – João J. Moutinho
DESGOSTO DA VIDA— SUICÍDIO
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O ATEU
Av Emb.PEDRO DE TOLEDO,382
Jd. AGUAPEÚ 11730-000 MONGAGUÁ -SP
Tel: (013) 3448- 3218 (013) 3448-3973
www.geeld.blosgspot.com [email protected]
CONHEÇA O ESPIRITISMO, ESTUDE
O ESPIRITISMO, COMPREENDA O
ESPIRITISMO, VIVENCIE O
ESPIRITISMO
Candeia
GRUPO DE ESTUDOS
ESPÍRITA “LÉON DENIS”
―O AMOR É DE ESSÊNCIA
DIVINA E TODOS VÓS, DO PRIMEI-RO AO ÚLTIMO, TENDES NO FUN-DO DO CORAÇÃO, A CENTELHA
DESSE FOGO SAGRADO.” ( O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO )
DIRETORIA
Presidente
VERA LÚCIA S.N PEREIRA
Vice Presidente
DIONÍCIA MENDEZ RIVERA
1º Secretário
PARAGUASSU NUNES PEREIRA
2º Secretário
MARCIA SINIGAGLIA N. PEREIRA
1º Tesoureiro
JOSÉ ALVAREZ RIVERA
2º Tesoureiro
DURVALINO BARRETO
Conselho Fiscal
MARIA ISABEL MACEDO, ADIRSON PEREIRA
GOMES e RAMATHIS MACEDO DA ROCHA
—-oooOOOooo—-
Responsáveis pelo CANDEIA
PARAGUASSU N PEREIRA e VERA LÚCIA S.N
PEREIRA
Revisão
JOSÉ A.RIVERA, PARAGUASSU N. PEREIRA e
VERA LÚCIA S.N. PEREIRA
Diagramação
PARAGUASSU NUNES PEREIRA
Impressão
GRÁFICA ITANHAÉM
(013) 34222-2077 - ITANHAÉM-SP
C onta um articulista que um farmacêutico se dizia ateu e vangloriava-se de seu ateísmo. Deus, com certe-
za , deveria ser uma quimera, uma dessas fantasias para enganar as pessoas incultas e menos letradas. Talvez alguns desesperados que ne-
cessitam de consolo e esperança. Um dia, no quase crepúsculo, uma garotinha entrou em sua far-
mácia. Era loira, de tranças e trazia um semblante preocupado. Es-tendeu um receita médica e pediu que a preparasse.
O farmacêutico, embora ateu, era sensível e emocionou-se ao verificar o sofrimento daquela pequena que, enquanto ele se dispu-nha a preparar a fórmula, assim se expressava- Prepare logo, moço, o médico disse que minha mãe precisa com urgência dessa medica-ção.
Com habilidade, pois era bom em seu ofício, o farmacêutico pre-parou a fórmula, recebeu o pagamento e entregou o embrulho para a menina, que saiu apressada, quase a correr.
Retornou o profissional para as suas prateleiras e preparou-se para recolocar nos seus lugares os vidros dos quais retirara os ingre-dientes para aviar a receita.
É quando se dá conta, estarrecido, que cometera um terrível en-gano. Em vez de usar uma certa substância medicamentosa, usara a dosagem de um violento veneno, capaz de causar a morte a qual-quer pessoa.
As pernas bambearam. O coração bateu descompassado. Foi até a rua e olhou. ‘Nem sinal da pequena. Onde procurá-la? O que fa-zer?”
De repente, como se fosse tomado de uma força misteriosa, o farmacêutico se indaga:
-E se Deus existir? Coloca a mão na frente e roga: -Deus, se existes, me perdoa. Faze com que aconteça alguma
coisa; qualquer coisa para que ninguém beba daquela droga que preparei. Salva-me, Deus, de cometer um assassinato involuntário.
Ainda se encontrava em oração, quando alguém acionou a cam-painha do balcão. Preocupado ele vai atender.
-Moço, pode preparar de novo, por favor ? Tropecei, cai e derru-bei o vidro. Perdi todo o remédio. Pode fazer de novo, pode ?
O farmacêutico se reanima. Prepara novamente a fórmula com todo o cuidado e entrega a menina, dizendo que não custa nada. Ainda formula votos de saúde para a mãe adoentada.
Desse dia em diante, o farmacêutico reformulou suas idéias. Decidiu ler e estudar a respeito do que dizia não crer .
Por que embora a sua descrença, Deus que é Pai de todos, aten-deu a sua oração e lhe estendeu a Sua misericórdia.
HISTÓRIAS QUE TOCAM O CORAÇÃO GUILHERME VICTOR M. CORDEIRO
―No íntimo do homem existe Deus‖. SANTO AGOSTINHO
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ANO III N° 13 Mongaguá -SP Setembro/Outubro de 2011
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FEIRA DO LIVRO ESPÍRITA ―LEON DENIS
H á mais de um mês, a Livraria Espírita Leon Denis, vinculada ao Grupo de Estudos Espírita Leon Denis, vem promovendo a Feira do Li-vro Espírita, no restaurante “Espaço Praia”,
em todos os sábados e domingos no período das 12 até as 15 horas, apresentando uma variedade de mais de cem títulos.
Não só pelo fato de se estar promovendo a divulgação da doutrina espírita por meio da mídia literária, as feiras de livros também oferecem uma excelente oportunidade de se estar mais próximo de nossos próximos, viabilizando-nos prestar esclarecimentos, orientações e muitas vezes o pró-prio consolo, sempre a luz da filosofia espírita, a qual está pautada no evangelho do Mestre Jesus.
Diariamente, são recebidos, no Espaço Praia, para os almoços de fim de semana, cerca de cento e cinquenta pesso-as, que, se não espíritas ou simpatizantes, tem despertado a curiosidade em comparecer até nosso estande para conhecer o “que as obras espíritas têm a oferecer” como esclarecimen-to filosófico, científico e religioso, que outras obras, provavel-mente, não possuem!
Deixamos aqui nosso convite para que venham conhecer nossa Feira de Livros, bem como os serviços oferecidos de buffete com excelente apresentação de música ao vivo, do “Espaço Praia Restaurante”, todos os sábados e domingos na Av. Pres. Castelo Branco, 17.676, anexo à Colônia de Férias dos Eletricitários do Estado de São Paulo.
Também não poderíamos deixar de agradecer, aqui, a inestimável colaboração de nossos trabalhadores voluntários que se dedicam a prestar atendimento no evento; Marinalva, Marinez, Zenilda, Milagros, Virgínia e Evaristo. E a quem possa interessar, estamos recrutando mais trabalhadores para este e futuros eventos!
Queremos também agradecer ao “Espaço Praia Restau-rante”, que gentilmente cede seu espaço, permitindo, dessa forma, viabilizar a realização deste evento, contribuindo acima de tudo com a “causa espírita”.
Visite nosso site livrarialeondenis.blogspot.com, onde você
poderá comprar ou encomendar seu livro preferido.
EVENTOS ESPÍRITA
CAMPANHA DO AGASALHO ELISABETE E EQUIPE
Facilitadoras para um inverno mais quenti-
nho junto aos irmãos na atual necessidade.
Nossos sinceros agradecimentos pelo tra-
balho realizado dessas irmãs de luta.
ENCONTRO COM JOSÉ CARLOS DE LUCCA
―TEMA ―CURA ESPIRITUAL‖
E m 19 de junho, na Casa Espírita An-dré Luiz, de Itanhaém, aconteceu um seminário com o orador espírita Jose Carlos de Lucca, que trouxe como
tema a questão da cura espiritual. O evento contou com a participação da população espírita e de simpatizantes oriunda das cida-des do litoral sul, incluindo Itariri, Pedro de
Toledo e Registro, onde se reuniram mais de cem pessoas. José Carlos de Lucca é juiz de direito em São Paulo, escri-
tor e palestrante espírita. Desde pequeno sentiu profundo im-pulso para o estudo de temas ligados à espiritualidade, desen-volvendo seus potenciais no campo da mediunidade de consolo e esclarecimento.
Já realizou, graciosamente, mais de mil e quinhentas pales-tras focadas em motivação e desenvolvimento do potencial espiritual do ser humano, falando a um público estimado em mais de 350.000 pessoas.
Fundou, juntamente com outros amigos, o Grupo Espírita
Esperança (www.grupoesperanca.com.br), onde juntos traba-
lham na divulgação e prática do Espiritismo, promovendo o
potencial de luz de cada um de nós como a mais excelente te-
rapia para os sofrimentos humanos.
FESTA JUNINA NO ESPAÇO PRAIA RESTAURANTE
N o dia 25 de junho passado, o Espaço Praia Restau-rante cedeu, mais uma vez, oportunidade para a participação do GEELD em sua Festa Junina que vinha sendo realizada desde o dia 23. Além de nosso
estande de livros espíritas foi nos permitido a venda de algumas iguarias típicas, cuja renda objetiva colaborar com o montante numerário arrecadado em nosso bazar, livraria, colaborações e mensalidades dos sóciois contribuintes e efetivos e de outras doações. Com música ao vivo e, evidentemente muita comida típica, o evento transcorreu em clima de muita harmonia e tranquilidade com a presença de mais de uma centena de pessoas.
Para quem ainda não conhece, o Espaço Praia está locali-
zado na Av. Pres. Castelo Branco, na Praia Grande, Bairro Fló-
rida, no número 17.676, anexo à Colônia de Férias dos Eletrici-
tários do Estado de São Paulo. No local, onde pode ser realiza-
do almoços confraternativos, festas, etc, também existem sa-
lões devidamente estruturados para a realização de reuniões,
seminários e conferências. Nesses casos contactar antecipada-
mente, para maiores esclarecimentos, através dos telefones
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 13 Mongaguá -SP Setembro/Outubro de 2011
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BAZAR BANEFICENTE “ LÉON DENIS”
ROUPAS CALÇADOS UTENSÍLIOS DOMÉSTICO
ABERTO:- NAS SEGUNDAS—TERÇAS E NAS QUINTAS FEIRA - DAS 14H00 ÀS 17H00
ELETRÔNICOS
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