candeia 17 maio e junho de 20112 2
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ANO III N° 17 Maio / Junho de 2012
Candeia Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
KARDEC E JESUS
OBSESSÃO DURANTE O SO-
NO FÍSICO:- Os Espíritos Supe-
riores aproveitam o descanso do
corpo físico para nos oferecer
ajuda. MARLENE NOBRE
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OBSESSÃO E SUAS MÁSCA-
RAS:- Para precaver-se, o ser
humano precisa prestar atenção à
natureza de seus próprios pensa-
mentos e ideoplastias,
MARLENE NOBRE
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DAR-DE-DEDO:-Nem sempre o
que é bom e correto para um, o é
para outro. SÉRGIO LOURENÇO
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A FORÇA DO TRABALHO
DOS IDOSOS:-A grande verda-
de é a de que estamos nos a-
chando velhos muito cedo.
JASON DE CAMARGO
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UNIVERSALIDADE DA REEN-
CARNAÇÃO:-No alvorecer do
cristianismo, a reencarnação era
normalmente aceita pelos seus
mais eminentes teólogos e biblis-
tas. JOSÉ R. CHAVES Página 8
INOCÊNCIA:- Veja Deus com
olhos de uma criança e O
encontre em toda parte.
ALÉM DO HORIZONTE
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C R I M E E C A S T I G O : - “Sofrimento é processo purifica-
dor contra o qual será inútil a
reação pela revolta ou através do
desespero...SUELY CALDAS
SHUBERT Página 10
SÓ OS INÚTEIS NÃO POSSU-
EM ADVERSÁRIOS:- SUELY
CALDAS SHUBERT
PARA QUE SERVE UMA RELA-
ÇÃO:- DRAUZIO VARELLA
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E nganam-se aqueles que
atribuem a Allan Kardec apenas o interesse
científico e filosófico no Espiritismo. O Co-
dificador, em todos os seus passos, dá níti-
das demonstrações em contrário, alicerçando a no-
vel doutrina no Evangelho de Jesus. Fala das vidas sucessivas
E da renovação íntima.
Exalta o raciocínio da fé
E a submissão a Deus.
Descortina o mundo espiritual
E a vida futura.
Desmistifica a morte
E as penas eternas.
Proclama o bom senso
E o amor ao próximo.
Disseca a mediunidade
E a influência moral do médium.
Cita as desavenças do passado
E o perdão aos inimigos.
Valoriza o progresso intelectual,
Ressalva o primado da razão,
E o poder da humildade.
Explica as causas da dor
E as bem-aventuranças dos aflitos...
Allan Kardec imprime no Espiritismo a essên-
cia de sua religiosidade que vem do passado longín-
quo e se estende à reencarnação seguinte, quando o
Mestre de Lyon veste a pele trigueira do medianei-ro humilde, comprometido, durante toda a existên-
cia, com o evangelho do Cristo.
Kardec e Jesus estão irmanados na obra redento-
ra do Espírito. Jesus, anunciando a Boa Nova. Kar-
dec, revelando o Consolador. ANDRÉ LUIZ
Página psicografada pelo médium
Dr. Antonio Baduy Filho, em reunião pública da Semana
do Livro Espírita, na noite de 16-04-2004, em Ituiutaba
-MG – Publicada no Anuário Espírita 2005 Editora Ide.
KARDEC PROSSEGUE – ADELINO DA SILVEIRA
O CONVIDADO MAIS
IMPORTANTE:-Nenhuma ale-
gria é maior que a de alguém que
transforma um sonho em realida-
de. RICHARD SIMONETTI
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RECONCILIAÇÃO PELO ESPI-
RITISMO:- O Espiritismo tem
provado a sua benéfica influência,
ao restabelecer a boa harmonia
nas famílias ou entre os indivíduos.
ALLAN KARDEC
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NESTA EDIÇÃO
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 17 Maio / Junho de 2012
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RECONCILIAÇÃO PELO ESPIRITISMO
M uitas vezes o Espiritismo tem provado a sua
benéfica influência, ao restabelecer a boa har-
monia nas famílias ou entre os indivíduos. Dis-
so temos numerosos exemplos, na maioria
casos íntimos que nos foram confiados, por assim dizer,
sob o selo da confissão, não nos cabendo, pois revelá-los. Já
não temos o mesmo escrúpulo para o fato seguinte, de ex-
traordinário interesse:
Um capitão de navio mercante do
Havre, que conhecemos pessoalmente, é, ao
mesmo tempo, excelente espírita e bom mé-
dium. Havia iniciado vários homens de sua
tripulação na Doutrina Espírita e só tinha
motivos para se felicitar pela ordem, discipli-
na e bom comportamento. Tinha a bordo
seu irmão de dezoito anos e um aprendiz de
piloto de dezenove, ambos bons médiuns,
animados de uma fé viva e que recebiam
com fervor e reconhecimento os sábios con-
selhos de seus Espíritos protetores. Uma
noite, porém, entraram em contenda; das
palavras foram às vias de fato, de sorte que
marcaram um encontro para a manhã seguin-
te, a fim de se baterem num canto qualquer
da embarcação. Tomada a decisão, separaram-se. À noite
sentiram vontade de escrever e, de seu lado, cada qual re-
cebeu dos guias invisíveis uma severa admoestação sobre a
futilidade de sua discussão e conselhos sobre a felicidade da
amizade, com um convite para se reconciliarem, sem pre-
conceitos. Movidos pelo mesmo sentimento, os dois jovens
deixaram simultaneamente seu lugar e vieram chorando
lançar-se nos braços um do outro. A partir daí, nenhuma
nuvem veio turvar a harmonia entre eles.
Foi o próprio capitão que fez o relato. Vimos
o seu caderno de comunicações espíritas, bem como
a caderneta dos dois jovens, de onde extraímos o
que acabamos de relatar.
O caso da reconciliação sugere-nos as seguin-
tes reflexões:
Um dos resultados do Espiritismo –bem com-
preendido – chamamos a atenção para a expressão:
bem compreendido – é desenvolver o sentimento de
caridade.
Mas, como se sabe, a própria caridade tem uma
acepção muito ampla, desde a simples esmola até o
amor aos inimigos, que é o supra-sumo da caridade.
Pode-se dizer que ela resume todos os nobres impul-
sos da alma para com o próximo. O verdadeiro espí-
rita, como o verdadeiro cristão, pode ter inimigos –
não os teve o Cristo? – mas não é inimigo de nin-
guém, pois está sempre disposto a perdoar e a pagar
o mal com o bem. Se dois espíritas verdadeiros ou-
trora tiveram tido motivos para recíproca animosida-
de, sua reconciliação será fácil, porque o ofendido
esquece a ofensa e o ofensor reconhece a falta. Des-
de então não mais querelas, porquanto serão indul-
gentes entre si e farão muitas con-
cessões. Nenhum deles procurará
impor ao outro um perdão humi-
lhante, que irrita e fere em vez de
acalmar.
Se em tais condições, dois indiví-
duos podem viver em boa harmoni-
a, o maior número também o pode.
E, então, serão tão felizes quanto é
possível sê-lo na Terra, porque a
maior parte de nossas tribulações
surge do contato com os maus.
Suponhamos uma nação inteira im-
buída de tais princípios: não será a
mais feliz do mundo? Aquilo que
apenas é possível para os indivíduos
– dirão uns – é utopia para as massas, a não ser que
ocorra um milagre. Pois bem! O Espiritismo já ope-
rou esse milagre, várias vezes, em escala menor, nas
famílias desunidas, onde restabeleceu a paz e a con-
córdia. O futuro provará que o pode fazer em gran-
de escala.
ALLAN KARDEC – REVISTA ESPÍRITA – 1862 – FEB
612 – O Espírito que animou o corpo de um homem poderia encarnar num animal?
-Isso seria retrogradar e o Espírito não retrograda.O rio não remonta à sua fonte
O Espíritos, à medida que avançam, compreendem o que os distancia da perfeição. Quando o Espírito
finda uma prova, fica com o conhecimento que não esquece mais. Pode permanecer estacionado, mas
não retrograda.(118)
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conforto, aconchego, paz, carinho...
Por isso é natural que nos olhos dos que se con-
sorciam brilhe uma chama inconfundível: a esperança de
que as alegrias desse dia sejam apenas as primícias de uma
felicidade completa que se estenda, imperecível, por toda
a existência.
-Quimeras! – dirá alguém...
- Utopia! – acrescentarão outros...
E os profetas do pessimismo proclamarão, certa-
mente, que após a embriaguez dos primeiros tempos, res-
tará na taça matrimonial apenas o amargo sabor da insa-
tisfação e da desarmonia.
É verdade! O vinho capitoso das primeiras alegrias
matrimoniais é escasso, tanto quanto são numerosos os
casais que perguntam, amargurados:
- O que está acontecendo conosco? Onde se es-
condeu a felicidade inicial? Que é feito da paz doméstica?
Por que tantos espinhos sucederam às flores?...
É que faltou alguém...Esqueceram de convidar o Cris-
to!
Somente Jesus é capaz de transubstanciar indefinida-
mente a água em vinho, a rotina em interesse, a incom-
preensão em entendimento, a intranqüilidade em paz, os
espinhos em flores, as lágrimas em sorrisos, as dores em
alegrias...
Em Seu ensinamento está o espírito renovador de
nossas mais caras emoções. É Ele o divino elixir que es-
treita os laços da afetividade, preservando a paz domésti-
ca, o tônico infalível para todas as fraquezas, o remédio
certo para todas as dores, o recurso supremo para todos
os males.
O Evangelho, muito mais que repositório de conso-
los e bênção, é uma síntese perfeita das leis divinas que
regem a evolução moral da Humanidade, recurso indis-
pensável para uma convivência pacífica e feliz em qualquer
agrupamento humano, principalmente no lar, onde se
rompe com facilidade o verniz social, revelando tendên-
cias e imperfeições não compatíveis com nossa condição
de filhos de Deus.
Indispensável em qualquer matrimônio, a presença
de Jesus não se subordina a mero cerimonial regido por
oficiante. Este, não obstante sua boa vontade jamais pode-
rá substituir o esforço intransferível dos nubentes, aco-
lhendo o Cristo na intimidade do próprio coração com a
disposição de observar Seus exemplos e seguir Suas li-
ções.
Então, sim, o convidado mais importante será a
presença marcante em suas vidas, sustentando imorre-
doura ventura.
EM BUSCA DO HOMEM NOVO
H ouve um casamento em Caná da Galiléia
ao qual compareceram Jesus e sua mãe. Por circuns-
tâncias imprevistas e para vexame dos donos da casa,
esgotou-se rapidamente o vinho.
Jesus, a quem não passavam despercebidos os
murmúrios de geral descontentamento e atendendo
observação de Maria, pediu aos criados que enches-
sem d’água seis grandes talhas de pedra. Feito isso,
recomendou que a levassem ao “mestre de mesa”,
organizador da festa matrimonial. Este após prová-la,
admirou-se e, chamando o noivo, disse-lhe:
“Todos servem primeiro o vinho melhor e,
quando os convidados beberam fartamente, ser-
vem o inferior. Tu, pelo contrário, guardaste o vi-
nho bom até este momento!”
O noivo, naturalmente terá ficado atônito, sem
compreender o que se passava, mas graças a extraor-
dinária transubstanciação operada por Jesus a festa
não fora comprometida.
O episódio relatado pelo evangelista João é
mais uma amostragem dos extraordinários poderes de
Jesus. Mais importante é o conteúdo simbólico, de
suma importância em relação ao instituto do casamen-
to.
Nenhuma alegria é maior que a de alguém que
transforma um sonho em realidade. Nenhum sonho é
mais belo nem mais caro às criaturas do que o matri-
mônio, instituição sagrada que ratifica perante Deus e
os homens os elos sublimes do Amor, a unir duas par-
tes que se completam: O Homem e a Mulher, o cére-
bro e o coração, a razão e o sentimento, a força e a
sensibilidade, num amálgama abençoado que opera um
dos mais notáveis prodígios da existência: transforma
as paredes frias de uma casa no lar, sinônimo de
Página 3 Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “ Leon Denis”
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O CONVIDADO MAIS IMPORTANTE
RICHARD SIMONETTI
( João, 2: 1-10)
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OBSESSÃO DURANTE
O SONO FÍSICO
A pequena parcela de seres humanos que já se
apercebeu da contínua comunicação entre os
Espíritos e dos aspectos nefastos que ela po-
de assumir, ainda não está suficientemente
desperta para a necessidade de vigilância nos estados
passivos. Por isso, a meditação e o sono físico, comu-
mente, são portas abertas para a recepção de pensa-
mentos sugeridos por Inteligências desencarnadas, que
nem sempre querem a nossa felicidade espiritual, enre-
dando-nos na obsessão.
No livro Libertação, durante a missão que desen-
volvem nas regiões infernais para salvar Gregório, An-
dré Luiz e Eloi, sob a tutela de Gúbio, observaram o
intenso intercâmbio entre encarnados e desencarnados,
no período dedicado ao sono físico.
Gúbio esclareceu: A determinadas horas da
noite, três quartas partes da população de cada um
dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas
zonas de contato conosco, e a maior percentagem
desses semi-libertos do corpo, pela influência natu-
ral do sono, permanecem detidos nos círculos de
baixa vibração, qual este em que nos movimenta-
mos provisoriamente. Por aqui muitas vezes se for-
jam dolorosos dramas que se desenrolam nos cam-
pos da carne.
Somos informados, então, que os grandes crimes
que ocorrem na Terra são planejados à noite, nessas
regiões infelizes, e que acontecimentos muito mais es-
tarrecedores poderiam ocorrer, se não fosse o trabalho
ativo dos Espíritos protetores que se desvelam em be-
nefício da humanidade.
Ao lermos essa passagem, lembramo-nos dos
filmes de violência gratuita, dos personagens monstruo-
sos, que apresentam enormes deformações de caráter;
as cenas de deboche, com evidente desvirtuamento do
emprego do sexo, e ficamos com a convicção de que
muitos diretores, artistas e produtores de cinema de-
vem freqüentar, habitualmente essas paragens infelizes.
A vida é patrimônio de todos, mas a dire-
ção pertence a cada um, ensinou Gúbio.
No livro Evolução em dois mundos, André
Luiz afirma que, durante o sono físico, a mente é susce-
tível à influenciação dos desencarnados, quer sejam evo-
luídos ou não, e que são atraídos pela nossa aura. Se nos
mostrarmos inclinados à elevação moral, os Espíritos
Superiores aproveitam o descanso do corpo físico para
nos oferecer ajuda; se trazemos, porém, no halo psíqui-
co, sinais de ociosidade ou de intenção maligna, somos
procurados por entidades malfazejas que nos envolvem
em obsessões viciosas.
MARLENE R. S. NOBRE
“Nossa vida é um campo aberto. Nosso cora-
ção é uma fonte”. – Bezerra de Menezes
Nossa vida é campo aberto,
Por onde passam milhões:
Fortes, fracos, ricos, pobres,
Belos, feios, párias, nobres,
Profetas, doutos, vilões...
Muitos deles vão à pressa,
Vão outros devagarinho...
Uns sorrindo, outros chorando,
Mas vão todos precisando
De incentivo e de carinho...
Vão famintos de amizade,
Sedentos de entendimento,
Cansados da luta rude Pela posse da virtude
Na luz do conhecimento...
Por isso param, mui vezes,
À tua frente, por ver
Se na fonte de tu’alma
Poderão, de esp’rança e calma,
Felizes, se abastecer...
Pois há no peito uma fonte
Que se chama coração,
De águas vis ou cristalinas,
Tristes, letais, ou divinas,
Para cada ser irmão.
Pode ser fonte de orgulho,
De dor, de angústia, de pranto...
De amor, de luz, de bondade,
De paz, de sublimidade,
Ou de fundo desencanto...
Pode ser fonte de bênçãos,
Manancial de alegrias...
E pode, se tu quiseres,
Ou cipoal de agonias...
CANÇÕES DO ALVORECER – FEB
FONTE INTERNA
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Seu objetivo é consolar em mais do que isso, libertar o ho-
mem.
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A OBSESSÃO E SUAS MÁSCARAS
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E o rapaz? Tornara-se instrumento
do obsessor, porque deseja produzir
matéria escandalosa de impacto junto ao
público.
A imantação das almas ocorre,
portanto, naturalmente, pela natureza
dos raios mentais emitidos de parte a
parte.
Diante do fenômeno, André Luiz
pondera:
- O quadro sob nossa análise
induz à meditação nos fenômenos
gerais de intercâmbio em que a Hu-
manidade total se envolve sem perce-
ber... E Áulus conclui:
- Ah! Sim! Faculdades medianí-
micas e cooperação do mundo espiri-
tual surgem por toda parte. Onde há
pensamento, há correntes mentais, e
onde há correntes mentais existe as-
sociação. E toda associação é inter-
dependência recíproca.
menos dignas – mais destacada-
mente os expositores e artistas
da palavra, na tribuna e na pe-
na, como veículos mais constan-
temente acessíveis ao pensa-
mento – senhoreadas por Espíri-
tos desenfaixados do liame físi-
co, atendendo a determinadas
obras ou influenciando pessoas
para fins superiores ou inferio-
res, em largos processos de me-
diunidade ignorada, fatos esses
vulgares em todas as épocas da
Humanidade.
Aqui especificamos um des-
ses casos. Nas dependências de um
bar, em um ambiente noturno de
péssimas vibrações espirituais, por
causa das libações alcoólicas, das
ondas de fumo e dos pensamentos
desregrados, um jovem escrevia
embalado pelo conhaque e pelo
cigarro. Ao seu lado, um espírito
de aspecto repelente controlava
seu cérebro,embebendo-o de uma
substância escura e pastosa que lhe
escorria das mãos. Imantado, atra-
vés da imaginação, o rapaz que,
sem o suspeitar, era hábil médium
psicógrafo, assimilava as idéias do
verdugo espiritual. Tratava-se de
um fenômeno de indução magnéti-
ca, de vez que, como jornalista,
desejava produzir matéria sensa-
cionalista, encontrando ressonância
no desejo da entidade inferior de
prejudicar uma jovem.
As páginas que estavam pro-
duzindo iriam, justamente, enredar
essa jovem em noticiário escabro-
so. Houvera um homicídio. A jo-
vem não estava diretamente impli-
cada, mas, sob o império do obses-
sor, o rapaz iria colocá-la no cen-
tro dos acontecimentos. Com que
finalidade? O espírito, verdugo da
jovem, pretendia desfibrar-lhe o
caráter, a fim de arremessá-la ao
vício e, desse modo, dominá-la
mais facilmente, voltando ao vam-
pirismo a que está acostumado.
A hipnose é fenôme-
no corriqueiro na
Terra, gerando
associações maléfi-
cas e destrutivas. Grande parte
dos crimes, escândalos, e, de certa
forma, dos suicídios tem, aí, sua
origem. Muitas vezes, o magneti-
zador atua sobre a mente passiva
do hipnotizado, levando-o a esta-
dos alucinatórios.
Para precaver-se de seme-
lhante calamidade, o ser humano
precisa prestar atenção à natureza
de seus próprios pensamentos e
ideoplastias, o que vale dizer, à
qualidade dos raios mentais que
elege como combustível de suas
emoções mais profundas.
Kardec referiu-se às mil
formas de obsessão oculta. Já lem-
bramos também as anotações do
evangelista João, quando escreve
sobre a ação de um Espírito ob-
sessor, que teria colocado no cé-
rebro de Judas a idéia de negação
do apostolado.
André Luiz enfatiza aspec-
tos dessa mediunidade ignorada,
lembrando que o reflexo condi-
cionado específico está na raiz de
diversos vícios, tão vulgares na
vida social, como sejam a maledi-
cência, a crítica sistemática, os
abusos da alimentação e os exage-
ros do sexo. Ressalta também a
amplitude do fenômeno.
Em todos os continentes,
podemos encontrar milhões de
pessoas em tarefas dignas ou
“Para termos otimismo, precisa-
mos ter fé.”[...]Sem fé ninguém pode
ser feliz. Sem fé e sem amor não há
felicidade”.
A felicidade, assim, depende das
qualidades conquistadas e não
do meio material no qual os
seres humanos se encontram.
Esse alcance, entretanto, exigirá grande
esforço de nossa parte; sendo ela conse-
qüência de muitas vitórias de ordem
moral, é obra de auto-educação e inten-
sa luta travada para granjear a reforma
íntima que ansiamos.
Ao analisarmos as aflições humanas,
Kardec adverte-nos quanto à origem
dos males terrestres, reconhecendo que
o homem, na maioria dos casos, “é o
causador de seus próprios infortúnios;
mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais
simples, menos humilhante para a sua
vaidade acusar a sorte, a Providência, a
má fortuna, a má estrela, ao passo que
[...] é apenas a sua falta de cuidados ou
negligência ou de iniciativa”. REFORMADOR - 2011
MARLENE R. S. NOBRE
O T I M I S M O
6
iluminados Espíritos do Senhor, ainda ficam muitas
pessoas proprietárias da verdade por inteiro e pron-
tos, se necessário, a dar-de-dedo para impô-la a quem
ousa discordar de seus pontos-de-vista.
Isso é lamentável no geral. Muito pior no parti-
cular. E, no particular, para nós, é o arraial espiritista.
E isso tem sido observado em nosso meio até com
certa freqüência, principalmente por aqueles um pou-
co mais dotados de cultura, lideram grupos de apren-
dizes. Também, por aqueles que, veteraníssimos no
Espiritismo, fazem, desse tempo, o direito absoluto da
verdade.
É bom sempre, uma auto-análise de comporta-
mento e de vivência. É bom, sempre parar, pensar,
repensar e verificar se o comportamento não está
fugindo da tolerância, do amor, da compreensão e,
principalmente da mansidão do Evangelho.
Observar-se ainda, aqueles que, para fugir da
responsabilidade, mas nunca admitindo seu possível
engano, usam, como saída a clássica expressão: “Os
espíritos me disseram...”. E assim, achando que estão
livres para impor e agredir como quiserem.
Nem sempre o que é bom e correto para um,
o é para outro. Que bom seria se todos tivessem o
comportamento e o entendimento que queremos.
No entanto, a mais pura expressão Cristã está exata-
mente em aceitar os outros como eles são e não co-
mo gostaríamos que fossem.
E isto se aplica para todos, como medida de
mais fácil convivência e compreensão. Até para os
médiuns e seus mentores. Nenhum Espírito Superior
obriga ou exerce coação. Exatamente por isso ele é
Superior.
Embora sejam discordantes as opiniões, preci-
sam ser respeitadas. O ato de defender um conceito
não implica ao espírita a necessidade de exaltar-se. A
mais perfeita e correta técnica de convencer alguém
de alguma coisa, é estar preparado e consciente de
ser convencido também.
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon
ANO III N° 17 Maio / Junho de 2012
“A verdade é como jóia que, no peito, nos cabelos
e nas mãos, enfeita, mas, atirada ao rosto, fere.”
“Não uses a verdade apenas para exibir a tua su-
perioridade ou pelo simples prazer de ferir.”
Emmanuel!
D ar-de-dedo é uma expressão popular. Costu-
ma-se empregá-la quando alguém, mais exal-
tado ao expor suas idéias, no calor da discus-
são, pretende, sem vigilância, advertir ou ad-
moestar o seu interlocutor. É o mesmo que se chamar
asperamente, a atenção de alguém por algum fato, proce-
dimento ou mesmo quando divergente de alguma tese
que se discute. Isso acontece comumente com aquele
que, não muito preparado espiritualmente, diz ter o pavi-
o curto...
Para as pessoas cujo pavio está muito perto da
bomba, ou, que costumam dar-de-dedo em seu seme-
lhante, convém lembrar, sempre, que a Verdade é um
conceito íntimo e que ninguém é dono dela. Jesus, quan-
do inquirido sobre o que era a Verdade, calou-se, numa
demonstração de que defini-la, seria impróprio e sem
proveito.
No entanto, embora todas essas advertências que
recebemos, tanto das experiências da vida, quanto dos
Página 6
DAR - DE - DEDO
Sergio Lourenço
7
O que é um idoso? Para os bancos, para os
ônibus, para outros locais públicos do nos-
so país, o idoso, no geral, é aquela pessoa
com mais de sessenta anos de idade. Lógi-
co que isso é variável de acordo com a média de vida
das pessoas de cada região do mundo. No entanto, de-
pois que o indivíduo atinge certa idade, ele se considera
um idoso e, muitas vezes, deixa de trabalhar, desperdi-
çando um tempo precioso para realizar muitas tarefas
que o ajudariam a se manter mais hígido física e mental-
mente. Além disso, chega ao mundo espiritual sem a
bagagem de trabalho realizador que poderia ter conse-
guido. Como ensinou Jesus, a cada um segundo suas
obras, e cada um colhe o que semeia, significando dizer
que, se nós não tivéssemos desperdiçado esse tempo
considerável de nossas vidas, chegaríamos no além,
com as mãos mais repletas de frutos oriundos de nosso
trabalho. A grande verdade é a de que estamos nos
achando velhos muito cedo. Velhos e inoperantes, o
que é pior ainda. Muitos acham que agora devem viver
melhor a vida, isto é, viver passeando, viajando, indo ao
cinema, vendo televisão, e assim por diante. Apesar de
possuírem boa saúde, acham que “agora é hora de a-
proveitar”, e, assim, o tempo vai passando, e as realiza-
ções pessoais ficaram por aí. Mas, pergunto eu, existe
coisa melhor do que aproveitar a vida no serviço de
que se gosta? Cada um trabalhando de acordo com as
possibilidades físicas e mentais, todos chegariam mais
próximos e mais rápido à plenitude almejada.
A história nos trás belos exemplos de pessoas
que se dedicaram ao trabalho no bem até o fim de seus
dias. Eu conheço uma pessoa de minhas relações, com
92 anos de idade, advogada aposentada, que trabalha
sistematicamente até os dias atuais. Ela mora na grande
Porto Alegre e se desloca sozinha, pegando dois ônibus
para chegar à instituição espírita, onde dirige um grupo
de estudo e auxilia em outros setores da instituição.
Essa advogada poderia simplesmente, alegando a idade,
já ter parado há muito tempo e ficado sem produzir
todo o bem que realiza até hoje. Chico Xavier, outro
exemplo notável, trabalhou até os últimos dias de sua
existência física, isto é, até aos 92 anos de idade. Como
eles, devem existir um bom número de pessoas, consci-
entes das reais circunstâncias da vida, que se dedicam
até onde suas forças de trabalho o permitem.Essas pes-
soas, com certeza, partem daqui felizes por terem cum-
prido, com dignidade, com suas obrigações perante a
sociedade e perante a própria vida. Havendo possibili-
dade física e mental, não há porque pararmos de produ-
zir até quando pudermos.
JASON DE CAMARGO – O CAMINHO DAS VIRTUDES
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita ‘Leon Denis”
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A FORÇA DO TRABALHO DOS IDOSOS
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A UNIVERSALIDADE DA REENCARNAÇÃO
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Lá pelas bandas do Oriente, temos o berço de todas
as religiões, inclusive o nosso cristianismo. E lá, a reen-
carnação é milenar, embora alguns pesquisadores dela
sejam de opinião de que ela tenha surgido, por primeiro,
entre os cátaros, há milhares de anos.
Não entrando nessa polêmica de alguns pesquisado-
res modernos, entre eles o francês Jean Prieur, autor de
O Mistério do Eterno Retorno, somos de opinião de que
a crença do renascimento, foi surgida praticamente, ao
mesmo tempo entre todos os povos, à proporção que
eles foram se tornando civilizados, de um modo quase
que instintivo, ou mais precisamente, de modo intuitivo.
Desde eras remotas, Hermes já pregava a reen-
carnação no Egito, enquanto que Krishna, também na
Índia.
Mais tarde, outros grandes sábios filósofos e líderes
espirituais propagavam-na, igualmente, pelos três conti-
nentes até então desconhecidos:Europa, Ásia e África.
Entre esses filósofos e líderes espirituais, destacam-
se Buda, Zoroastro, Confúcio, Pitágoras, Sócrates, Pla-
tão, Lao-Tsé, Terécides de Siros e Manethon.
E numa posição de renascimento, numa futura
vida, foram encontrados em posição fetal os esqueletos
do homem de Neandertal, de até 200.000 anos a.C.
Como já vimos, “renascimento” é o termo mais
tradicional para designar o retorno do espírito às vidas
terrenas. Só a partir da segunda
metade do século 19, foi que Kar-
dec criou a palavra reencarnação,
que é um vocábulo mais coerente
com a nossa cultura bíblica ou
judaico-cristã, o que foi logo acei-
to por outro sábio da época.
Igualmente, o termo reencarna-
ção nada mais é do que encarna-
ção. Mas reencarnação designa de
modo explícito que se trata de
mais uma determinada encarna-
ção. Por isso, frequentemente falamos: fulano de tal é a
quarta encarnação de determinada personalidade, o que
quer dizer, a partir de tal personalidade, já houve quatro
encarnações, contando-se com ela, é óbvio. Mas, como
quarta só é uma encarnação. Dizendo de outra maneira,
a encarnação restringe e determina um encarne como
sendo um só, embora possa representar também, de um
modo subjacente, não uma encarnação de determinado
espírito, mas uma infinidade de encarnações. Posso dizer,
pois, que fulano de tal é reencarnação ou encarnação de
beltrano.
O Verbo de Deus (centelha divina ou o espírito
humano) encarnou-se de modo especial em Jesus, mas se
encarna em todos nós também.
(continua na pg 9 . . . )
D esde que o ser humano passou a acre-
ditar no sobrenatural, surgiu também a
crença de que nós, de algum modo,
continuamos a existir após a morte de
nosso corpo. E muitas foram e são as idéias sobre co-
mo continuamos a existir depois que o nosso corpo
retorna ao pó que ele é em sua essência.
E, automaticamente, se é que podemos expres-
sar-nos assim, foi surgindo, em conjunto com a crença
da sobrevivência do espírito, a da reencarnação, ou se-
ja, a crença de que o espírito volta a reencarnar em
outro corpo que nasce, exatamente como aconteceu
na primeira vez que ele encarnou-se. Esse modo de
pensar tem muita lógica, pois o mais difícil seria a pri-
meira encarnação do espírito, o qual ainda não tinha
nada que o ligasse ao nosso planeta,
nada que o atraísse para aqui se
encarnar.
Após a primeira encarnação,
o espírito criou alguma raiz e uma
certa afinidade com a Terra e com a
vida num corpo físico carnal, fatores
esses que, de alguma forma, atraem
o espírito para novas experiências e
novas manifestações na matéria a-
propriada para isso, que é o corpo
humano, o qual foi criado por Deus,
através do próprio homem, que, assim, se torna um co-
criador com o Criador. Tudo isso sem falar nas ques-
tões cármicas, que também, atraem o espírito para con-
tinuar a sua evolução e purificação.
ASPECTOS HISTÓRICOS
Com a abertura religiosa que houve no Ociden-
te, após o fim da Inquisição, voltou a renascer nos mei-
os cristãos a teoria da reencarnação ou doutrina do
retorno do espírito à vida terrena. No alvorecer do
cristianismo, a reencarnação era normalmente aceita
pelos seus mais eminentes teólogos e biblistas. Seu
crescimento no Ocidente vem acontecendo vertigino-
samente.
“Jesus é muito importante,
é o maior ser humano que vei-
o ao nosso planeta, mas nós
não podemos concordar com
os teólogos, atribuindo somen-
te a Ele, o que Deus fez para
todos nós da espécie humana.
9
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 17 Maio / Junho de 2012
Página 9
A frase “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1,14)
não está traduzido corretamente. A tradução correta é: “O Verbo se
fez carne e habitou em nós”, ou seja, na espécie humana.
Jesus é muito importante, é o maior ser humano que veio ao nos-
so planeta, mas nós não podemos concordar com os teólogos, atribuin-
do somente a Ele, o que Deus fez para todos nós da espécie humana. A
afirmação paulina confirma também o que estamos dizendo: “O Espírito
de Deus habita em vós” (Romanos 8,9), ou seja , em todos nós, e não
só em Jesus.
A expressão “Espírito de Deus” quer dizer “Espírito que tem
como possuidor dele o próprio Deus”, pois Deus é o pai dos Espíritos
(Hebreus 12, 9). E com a nossa evolução, poderemos no futuro tornar-
nos iguais a Jesus. E recorremos, ainda, a São Paulo para confirmar a nos-
sa tese: “Até que adquiramos a estrutura mediana de Cristo” (Efésios
4,13), Cristo (Verbo de Deus) que se encarnou em Jesus.
“Continuarei a sentir as dores, enquanto eu não vir o Cristo
formado em vós” (Gálatas 4,19).
Jesus, pois foi um homem muito especial para poder hospedar em
seu corpo o Espírito chamado Cristo.
E não tão especiais como Ele, mas houve outros avatares ou envia-
dos de Deus para diferentes povos, em diferentes épocas, pois Deus ama
todos os povos, e não faz acepção de pessoas (Atos 10,34). E os mais
conhecidos desses filhos de Deus especiais, entre outros, são Buda, Kri-
shna, Confúcio, Láo-Tsé, Pitágoras, Sócrates, Platão, os profetas bíblicos,
Orígenes, Ramakrisna, Kardec, Masaharu Taniguchi (fundador da Seicho-
Noie), Papa João XXIII, Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá, Bezerra
de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Irmã Dulce, e muitos outros anôni-
mos.
Para os avatares ou enviados de Deus, no lugar de reencarnação,
usamos encarnação, pois se trata de uma encarnação especial, determi-
nada, explicitada, semelhante a de Jesus, e não uma encarnação qualquer,
que seria reencarnação, que tem carma negativo a ser queimado. Pode-
se dizer também que a reencarnação é necessária, obrigatória, enquanto
que a encarnação é livre, espontânea. É que na reencarnação há carma
negativo no que reencarna. Na encarnação, o encarnado não tem carma
negativo, pois ele já pagou tudo até o último centavo (Mateus 5,26 e Lu-
cas 12,59). Como se vê, a diferença entre reencarnação e encarnação é
muito complexa, mas ao mesmo tempo, é também muito sutil. Segundo
a filosofia, a verdade é um paradoxo. E a verdade sobre reencarnação é
um certo paradoxo. Daí a confusão que se faz com as duas palavras. A REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA E NA CIÊNCIA – JOSÉ REIS CHAVES
A UNIVERSALIDADE DA REENCARNAÇÃO
MAGNETISMO ESPIRITUAL “O pensamento, utilizado como força magnética, poderia reparar
bastantes desordens, destruir muitas chagas sociais.”
P rojetando resoluta e frequentemente nossa vontade sobre
perversos, os transviados, poderíamos consolar, convencer, ali-
viar, curar. Por esse exercício se obteriam não só resultados
para o melhoramento da espécie, mas também se poderia dar
ao pensamento uma acuidade e uma força de penetração incalculáveis”. LÉON DENIS – “DEPOIS DA MORTE”
U ma menininha ia e voltava
da escola, todos os dias,
caminhando. Certo dia,
apesar do mau tempo e das nuvens escuras prenunciando
chuva, ela fez o seu caminho costu-
meiro; mas, bem na hora de voltar,
começou a ventar fortemente, os re-
lâmpagos espocavam por todos os
lados e os trovões eram ensurdece-
dores. Apesar de todos estes indícios
de tempestade, a garotinha saiu deci-
dida da escola.
Sua mãe, porém, muito nervo-
sa, pensou que ela poderia ter muito
medo no caminho de volta, pois ela
mesma estava assustada com os raios
e trovões. Preocupada, entrou, aflita,
em seu carro e seguiu pelo caminho
em direção à escola. Logo avistou sua
filhinha andando; mas, a cada relâmpa-
go, a criança parava, olhava para cima
e sorria! Outro e outro trovão e, a-
pós cada um, ela parava, esquecida
até de seu medo e do que pretendia.
Finalmente, a menininha avistou a
mãe e entrou no carro. Sua mãe, cu-
riosa, foi logo perguntando:
-O que você estava procuran-
do, olhando assim para o céu?
A garotinha, com uma expres-
são de felicidade no rosto respondeu:
-Nada não, mamãe! Só estava
sorrindo! Deus não parava de tirar fotos minhas!
“ VEJA DEUS COM OLHOS DE
UMA CRIANÇA, E O ENCONTRE EM
TODA PARTE”
Além do Horizonte
INOCÊNCIA
10
Av Emb.PEDRO DE TOLEDO,382
Jd. AGUAPEÚ
11730-000 MONGAGUÁ -SP
Tel: (013) 3448- 3218 (013) 9629-9317
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CONHEÇA O ESPIRITISMO, ESTUDE O
ESPIRITISMO, COMPREENDA O
ESPIRITISMO, VIVENCIE O
ESPIRITISMO
Candeia
GR U PO D E E S TU D O S
E S PÍR IT A
“ L É O N D E N IS ”
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 17 Maio / Junho de 2012
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“ Aquele que se adianta 100 anos aos seus contemporâneos precisa de mais 100 anos para ser com-
preendido.”
CARL DU PREL sobre ALLAN KARDEC
DIRETORIA
Presidente VERA LÚCIA S.N PEREIRA
Vice Presidente
DIONÍCIA MENDEZ RIVERA 1º Secretário
PARAGUASSU NUNES PEREIRA 2º Secretário
MARCIA SINIGAGLIA N. PEREIRA 1º Tesoureiro
JOSÉ ALVAREZ RIVERA
2º Tesoureiro DURVALINO BARRETO
Conselho Fiscal
MARIA ISABEL MACEDO, ADIRSON PEREIRA GOMES e RAMATHIS MACEDO DA ROCHA
—-oooOOOooo—-
Responsáveis pelo CANDEIA PARAGUASSU N PEREIRA e VERA LÚCIA S.N
PEREIRA
Revisão JOSÉ A.RIVERA, PARAGUASSU N. PEREIRA e
VERA LÚCIA S.N. PEREIRA Diagramação
PARAGUASSU NUNES PEREIRA Impressão
GRÁFICA ITANHAÉM
(013) 34222-2077 - ITANHAÉM-SP
“Sofrimento é processo purificador contra o qual será inútil
a reação pela revolta ou através do desespero. Tal atitude mais
agrava o problema, qual ocorreria a alguém que, pensando ou
ensejando diminuir a intensidade da dor de uma ferida aberta
em chaga viva, lhe colocasse ácido ou espicace com estilete as
carnes em torpe decomposição e alta sensibilidade.” JOANNA DE ÂNGELIS
É o homem um ser eminentemente social, não se conceben-
do sua vida isolada em razão da dependência com o seu
semelhante. Já foi dito inclusive, que o homem mais convi-
ve do que propriamente vive.
A preocupação da harmonia social, característica do progresso
humano, está na coerção que seus próprios membros exercem contra
aqueles que, transviados, procuram meios de perturbar a paz do con-
junto., Assim temos a figura do crime e do criminoso, que são aqueles
homens que violam as normas de comportamento estabelecidas pela
sociedade. Portanto, toda a criatura que foge do comportamento tido
como aceitável pela maioria é passível de uma sanção que vai até o
máximo de sua segregação do meio, medida essa de caráter profiláti-
co.
Para os espíritas, o castigo social imposto a essas criaturas, é
sabido que não basta, em virtude da origem do mal transcender ao
comportamento presente. Isso ensina a Doutrina Espírita. Vale dizer
que só pratica o mal aquele que ainda não conseguiu assimilar o bem.
E não assimilou porque ainda não o sentiu em sua pureza.
Daí ser de todo louvável o trabalho que muitas comunidades
espíritas executam junto àqueles que se encontram segregados em
cadeias, penitenciárias, etc. Antes de mais nada devemos e precisamos
encará-los como seres doentes que precisam de medicação própria
para o espírito, que o esclarecimento.
No entanto, convém não perder de vistas os encarregados de
vigiá-los. Estes,exercendo tarefa tão espinhosa e incompreendida, re-
presentam aquela tranqüilidade que a sociedade procura e deseja.
Tanto quanto possível, a estes também devemos prestar a assistência
do esclarecimento, pois, por mais e maior convivência, melhor aten-
derão os naturais conflitos.
Com a boa vontade, disposição, desprendimento e coragem
desses abnegados irmãos que se propõem a esse trabalho junto aos
desviados da sociedade, chegaremos bem mais cedo do que se imagina
entender sua própria situação de marginalizado, já nos coloca muito
próximo do objetivo da redenção. O Divino Pastor assim o quer para
formar o mais breve possível, o seu rebanho único.
EM BUSCA DO HOMEM NOVO.
CRIME E CASTIGO
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 17 Maio / Junho de 2012
N o estado atual das coisas aqui na Terra,
qual é o homem que não tem inimigos?
Para não tê-los fora preciso não habitar
aqui, pois esta é uma conseqüência da infe-
rioridade relativa de nosso globo e de sua destinação como
mundo de expiação. Bastaria para não nos enquadrarmos
na situação, praticar o bem? Não! O Cristo aí está para
prová-lo. Se, pois, o Cristo, a bondade por excelência, ser-
viu de alvo a tudo quanto a maldade pode imaginar, como
nos espantarmos com o fato de o mesmo suceder àqueles
que valem cem vezes menos?
O homem que pratica o bem – isto dito em tese
geral – deve, pois, preparar-se para se ferir na ingratidão,
para ter contra ele aqueles que, não o praticando, são ciu-
mentos da estima concedida aos que o praticam. Os pri-
meiros, não se sentindo dotados de força para se elevarem,
procuram rebaixar os outros ao seu nível, obstinam-se em
anular, pela maledicência ou a calúnia, aqueles que os ofus-
cam. SUELY CALDAS SHUBERT
TESTEMUNHOS DE CHICO XAVIER
SÓ OS INÚTEIS NÃO POSSUEM
ADVERSÁRIOS
Página 11
U ma relação
tem que servir para
voce se sentir 100%, à
vontade com outra
pessoa, à vontade para
concordar e discordar
dela, para ter sexo sem
não-me-toques ou para
cair no sono logo após
jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para voce ter com quem
ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o
som novo enquanto voce prepara uma omelete, para ter
alguém com quem viajar para um pais distante, para ter
alguém com quem ficar em silêncio sem nenhum dos dois
se incomodar com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, esti-
mular voce a se produzir, e, quase sempre, estimular
voce a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu
modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se
sentirem amparados nas suas inquietações, para ensi-
nar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as
pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem
demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as des-
pesas um do outro num momento de aperto, e cobrir
as dores,um do outro, num momento de melancolia, e
cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor
cair.
Uma relação tem que servir para acompanhar o
outro ao médico, para perdoar as fraquezas do outro,
para abrir a garrafa de vinho e para abrir o jogo, e pa-
ra os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o
mundo não se resume aos dois.
PARA QUÊ SERVE UMA RELAÇÃO? DRAUZIO VARELLA - Médico Formado pela USP - Nasceu em São Paulo-SP
“É através da evangelização que o Espiritis-
mo desenvolve seu mais valioso programa de assis-
tência educativa ao homem.”
A escola de letras continua a informar e instruir
a fim de que a Ciência se fortaleça no seio da coletivi-
dade. Entretanto, é a educação religiosa que vem esti-
mulando a moral ilibada de modo a libertar a criatura
despertada e vigilante junto aos imperativos da vida.
Aliando sabedoria e amor alcançaremos equilí-
brio em nossa faina educativa.
Eduque-se o homem e teremos uma Terra ver-
dadeiramente transformada e feliz!
Contemplamos, assim com otimismo e júbilo, o
Movimento Espírita espraiando-se, cada vez mais, nos
desideratos da evangelização, procurando, com grande
empenho, alcançar o coração humano em meio ao tor-
velinho da desenfreada corrida do século...
Tão significativa semeadura na direção do por-
vir!
Mestres e educadores, preceptores e pais cola-
boram, ao lado uns dos outros, em meio às esperanças
do Cristo, dinamizando esforços em favor de crianças
e jovens, na mais nobre intenção de aproximá-los do
Mestre e Senhor, Jesus.
Guillon Ribeiro
Federação Espírita do Estado do Espírito Santo
POR QUE É IMPORTANTE EVANGELIZAR Opinião dos Espíritos sobre a
Evangelização
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Página 12
Email: grá[email protected]
Av Presidente Kennedy, 293
Praia do Sonho
ITANHAÉM –SP
Livraria Espírita “Léon Denis” LANÇAMENTOS
ACEITAMOS ENCOMENDAS DE TÍTULOS QUE NÃO ESTEJAM
DISPONÍVEIS EM NOSSO
ESTOQUE.
ATENDEMOS EM NO MÁXIMO
15 DIAS.
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