canal de pereira barreto: local de transiÇÃo … · de argilo-minerais, determinados pelo...

13
Rev. IG, São Paulo, 5(1/2):25-37, jan.ldez. 1984. CANAL DE PEREIRA BARRETO: LOCAL DE TRANSIÇÃO ENTRE OS ARENITOS CAIUÁ, SANTO ANASTÁCIO E ADAMANTINA Kenitiro SUGUICW') .JoséHumberto BARCELOS(':":') Mario Gramani GUEDES(':":":') Antonio Carlos V ERDIAN W":":') RESUMO Na região Noroeste do Estado de São Paulo, encontra-se em construção o Canal de Pereira Barreto, que ligará os reservatórios das Usinas Hidroelétricas de Ilha Soltei- ra (Rio Paraná) e Três Irmãos (Rio Tietê), esta, ainda em fase de obras. Este canal corta arenitos cretácicos, cujas caracteristicas de campo, observáveis em afloramentos da parte escavada até meados de 19R4, permitem atribuí-Ios principal- mente à Formação Santo Anastácio. São seguidos, com menor expressão, de arenitos das formações Caiuá e Adamantina, todos pertencentes ao Grupo Bauru, de idade cre- tácica. Eles se apresentam encimados por espessuras variáveis de manto de intemperis- mo, aqui denominados de solos residuais, que resultam do intemperísmo dos arenitos e representam um evento pós-cretácico. Além disso, estão também presentes sedimentos cohiviais seguidos de aluviais, que devem ser de idade cenozóica. As análises granulométricas dos sedimentos vieram confirmar não somente a pre- sença das unidades litológicas reconhecidas no campo, bem como os seus paleoambien- tes deposicionais essencialmente fluviais. A transição entre as unidades cretácicas pare- ce ser gradual e provavelmente interdigitada, como têm sído admitida por diversos au- tores. Deste modo, os seus limites poderiam ser traçados somente de maneira mais ou menos arbitrária. As camadas lenticulares de ca\crete e os tipos de argilo-minerais presentes na For- mação Santo Anastácio, quando analisados no contexto geológico em que se acham in- seridos, ensejam a interpretação do paleoclima reinante durante a sua sedimentação, como quente e seco (semi-árido). ABSTRACT In northwestern region of the State of São Paulo there is being built the Pereira Barreto Channel, which will establish a linkage between the reservoirs of the Ilha Soltei- ra (Paraná River) and Três Irmãos (Tietê River) water power plants, the lattest under construction. This channel cuts Cretaceous sandstones, whose field characteristics could be ob- served on outcrops of the portion digged until about the middle of the last year, allowed us to assume that they mostly belong to Santo Anastácio Formation. It is followed in importance by the sandstones of Caiuá and Adamantina formations, ali of them belon- ging to the Cretaceous Bauru Group. They are superimposed by a weathering mantle of variable thickness, here named residual soils, which represent post-Cretaceous weathe- ring product of the sandstones. Moreover, there are also colluvial sediments followed by alluvial sediments, probably both Cenozoic. The grain size analysis of these sediments have allowed us to confirm both the pre- sence of the lithological units recognized duríng the field surveys, as well as their essen- tíally fluvial sedimentary paleoenvironments. The transition between the Cretaceous units is gradual and probably intertonguing, as assumed by several authors. In this way, their Iimits could be outlined only more-or-Iess arbitrarily. The lenticular calcrete beds and the c1ay mineralogy of the Santo Anastácio For- mation, when interpreted in the geological context in which they are inserted, give an opportunity to interpret that during its sedimentation the paleoclimate must have been warm and dry (semi-arid). (*) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo (USP). Caixa Postal 05508 - São Paulo, SP, Brasil (**) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Caixa Postal 178 - Rio Claro, SP, Brasil (***) Companhia Energética de São Paulo (CESP). Av. Paulista, 2.064 - São Paulo, SP, Brasil 25

Upload: dangtuyen

Post on 08-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Rev. IG, São Paulo, 5(1/2):25-37, jan.ldez. 1984.

CANAL DE PEREIRA BARRETO: LOCAL DETRANSIÇÃO ENTRE OS ARENITOS CAIUÁ,

SANTO ANASTÁCIO E ADAMANTINA

Kenitiro SUGUICW').JoséHumberto BARCELOS(':":')

Mario Gramani GUEDES(':":":')Antonio Carlos V ERDIAN W":":')

RESUMO

Na região Noroeste do Estado de São Paulo, encontra-se em construção o Canalde Pereira Barreto, que ligará os reservatórios das Usinas Hidroelétricas de Ilha Soltei­ra (Rio Paraná) e Três Irmãos (Rio Tietê), esta, ainda em fase de obras.

Este canal corta arenitos cretácicos, cujas caracteristicas de campo, observáveis emafloramentos da parte escavada até meados de 19R4, permitem atribuí-Ios principal­mente à Formação Santo Anastácio. São seguidos, com menor expressão, de arenitosdas formações Caiuá e Adamantina, todos pertencentes ao Grupo Bauru, de idade cre­tácica. Eles se apresentam encimados por espessuras variáveis de manto de intemperis­mo, aqui denominados de solos residuais, que resultam do intemperísmo dos arenitos erepresentam um evento pós-cretácico. Além disso, estão também presentes sedimentoscohiviais seguidos de aluviais, que devem ser de idade cenozóica.

As análises granulométricas dos sedimentos vieram confirmar não somente a pre­sença das unidades litológicas reconhecidas no campo, bem como os seus paleoambien­tes deposicionais essencialmente fluviais. A transição entre as unidades cretácicas pare­ce ser gradual e provavelmente interdigitada, como têm sído admitida por diversos au­tores. Deste modo, os seus limites poderiam ser traçados somente de maneira mais oumenos arbitrária.

As camadas lenticulares de ca\crete e os tipos de argilo-minerais presentes na For­mação Santo Anastácio, quando analisados no contexto geológico em que se acham in­seridos, ensejam a interpretação do paleoclima reinante durante a sua sedimentação,como quente e seco (semi-árido).

ABSTRACT

In northwestern region of the State of São Paulo there is being built the PereiraBarreto Channel, which will establish a linkage between the reservoirs of the Ilha Soltei­ra (Paraná River) and Três Irmãos (Tietê River) water power plants, the lattest underconstruction.

This channel cuts Cretaceous sandstones, whose field characteristics could be ob­served on outcrops of the portion digged until about the middle of the last year, allowedus to assume that they mostly belong to Santo Anastácio Formation. It is followed inimportance by the sandstones of Caiuá and Adamantina formations, ali of them belon­ging to the Cretaceous Bauru Group. They are superimposed by a weathering mantle ofvariable thickness, here named residual soils, which represent post-Cretaceous weathe­ring product of the sandstones. Moreover, there are also colluvial sediments followedby alluvial sediments, probably both Cenozoic.

The grain size analysis of these sediments have allowed us to confirm both the pre­sence of the lithological units recognized duríng the field surveys, as well as their essen­tíally fluvial sedimentary paleoenvironments. The transition between the Cretaceousunits is gradual and probably intertonguing, as assumed by several authors. In this way,their Iimits could be outlined only more-or-Iess arbitrarily.

The lenticular calcrete beds and the c1ay mineralogy of the Santo Anastácio For­mation, when interpreted in the geological context in which they are inserted, give anopportunity to interpret that during its sedimentation the paleoclimate must have beenwarm and dry (semi-arid).

(*) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo (USP). Caixa Postal 05508 - São Paulo, SP,Brasil

(**) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Caixa Postal178 - Rio Claro, SP, Brasil

(***) Companhia Energética de São Paulo (CESP). Av. Paulista, 2.064 - São Paulo, SP, Brasil

25

Rev. IG, São Paulo, 5(1/2):25-37, jan.ldez. 1984

I INTRODUÇÃO

As formacões Adamantina e lVIariliado Grupo Bauru já foram alvos de exaus­tivos estudos sedimentológicos por vá­rios autores (FREITAS, 1955; SUGUIO,1973a; COIIVIBRA, 1976; SUGUIO etalii, 1977; BRANDT NETO, 1977 e19X4; BARCELOS, 19í14, entre outros).

Bem menos estudadas nos seus porme­nores, as formações Caiuá e Santo Anas­tácio têm também merecido alguns estu­dos. Deste modo, embora persistam al­gumas dissensões, principalmente noque concerne ao seu ambiente de sedi­mentação, a Formação Caiuá já foi estu­dada por diversos autores (BC)SIO &LANDIIVI, 1970171; FREITAS, 1973 eARID et alii 19k1). Por outro lado, aocorrência de uma fácies de transiçãoentre Caiuá e as outras formacões doGrupo Bauru já havia sido reconhecidapor LANDIIVI & SOARES em 1976. Po­rém, mesmo após a proposição formalda Formação Santo Anastácio por SOA­RES et alii (19í10) e SUGUIO (1%0),poucos estudos têm sido devotados aosseus aspectos sedimentológicos (ARID etalii, 19XI; SUGU 10 & BARCELOS,I91"\3ae BARCELOS, 1%4).

A obra do Canal de Pereira Barreto,onde foram escavados até mais de 50mde espessura de sedimentos, predomi­nantemente da Formação Santo Anastá­cio, oferece uma oportunidade imparpara estudo detalhado desta Formação ede alguns aspectos de passagem para for­maÇões associadas.

2 LOCAL DE ESTUDO

2.1 Situacão geográficaO Canal de Pereira Barreto, quando

concluído, deverá interligar os reservató­rios das Usinas Hidroelétricas da IlhaSolteira no Rio Paraná e Três Irmãos noRio Tietê (Fig. I). Este canal, com 9kmde extensão, e taludes com 50 a 60m delargura na base e 61 m de profundidademáxima, está sendo construído pelaPORTOBRÁS (Empresa de Portos doBrasil SI A) e CESP (Companhia Ener­gética de São Paulo).

o eanal interligará o reservatório daUsina Hidroelétrica da Ilha Solteira como reservatório do futuro aproveitamentomúltiplo de Três Irmãos, em construcão,

26

que faz parte de um complexo de obrasplanejadas para fins de geracão energéti­ca e navegação do Baixo Tietê e do RioParaná.

2.2 Situação geológicaOs mapas geológicos mais recentes do

Estado de São Paulo, como o do PRC)­IVIINÉRIO (19í11) e DAEE/U NESP(19R2), respectivamente nas escalasI :500.000 e I :250.000, admitem a ocor­rência de sedimentos da Formação SantoAnastácio na localidade estudada.

Por outro lado, a proximidade das ca­lhas dos principais rios da região condiztambém com a existência de coberturacenozóica, principalmente de sedimentosaluviais.

3 UNIDADES LITOLÓGICAS ECRITÉRIOS DE CAIVIPO PARA

SUA DISTIN(,ÃO

Na localidade estudada podem ser re­conhecidas, a grosso modo, as seguintesunidades litológicas: arenitos cretácicos,solos residuais, sedimentos coluviais esedimentos aluviais (Fig. 2a e 2b). No in­terior dos arenitos cretácicos e dos solosresiduais ocorrem camadas lenticularesde argilito e calcrete nodular e em "for­ma de favo" (honeycomb).

O aspecto mais critico na descricàodeste afloramento reside na distincàodos arenitos cretácicos. Alguns dos crité­rios que foram utilizados na diferencia­ção dos arenitos pertencentes às forma­Ções Caiuá, Santo Anastácio e Adaman­tina, aflorantes neste local de transicãodessas unidades litoestratigráficas, fo­ram os seguintes:

Formação Caiuá - Nesta formaçãoocorrem principalmente arenitos de gra­nulação fina a média, de selecão mode­rada a boa (teor de pelitos -<': 5010),de corpredominante 5RP 4/2 (púrpura verme­lho acinzentado). Outra feicão tipicadesses arenitos é· a presenÇa de estratifi­cações cruzadas, freqüentemente acana-

ladas, quase sempre de grande porte,embora possam ocorrer horizontes maci­ços ou com laminações horizontaisplano-paralelas. Em alguns locais, ocor­rem paleocanais preenchidos por sedi­mentos pelíticos e estruturas de defor­mação em estado hidroplástico (SO­BREIRONETOetalii,191"\1).

Rev. IG, São Paulo, 5(112):25-37, jan.ldez. 1984

Formação Santo Anastácio - Carac­terizada por arenitos de granulação emgeral um pouco mais fina que a Caiuá,de seleção pobre a muito pobre (teor depelitos entre 5 a 10070),de cores predomi­nantes entre IOR 5/4 (vermelho modera­do) a lOR 4/2 (vermelho-acinzentado).São relativamente freqüentes fragmen­tos milimétricos dispersos de um mate­rial pulverulento e esbranqüiçado, mui­tas vezes atribuídos a sílex intemperiza­do. As estratificações cruzadas são deporte menor e de ocorrência mais locali­zada que na Formação Caiuá. As estrati­ficações horizontais plano-paralelas sãomais espessas e incipientemente defini­das. São encontrados paleocanais preen­chídos por sedimentos peIíticos com es­truturas tubulares, lembrando bíoturba­ções por organismos perfuradores, for­madas penecontemporaneamente à sedi­mentação. Outra feição que parece sermais característica da formação SantoAnastácio que da Formação Caiuá sãoas camadas e nódulos de calerete, descri­tos anteriormente por SUGUIO & BAR­CELOS (1983).

Formação Adamantina - Enquantoas formações Caiuá e Santo Anastáciosão constituídas essencialmente de areni­tos, a Formação Adamantina apresentauma litologia bem mais diversificada,pois ocorrem siltitos, argilitos, lamitos earenitos. Além disso, as cores são tam­bém muito variáveis, apresentando fre­qüentemcnte cores variegadas. Estrutu­ras sedimentares primárias de vários ti­pos, tais como, marcas ondulares, gretasde contração, estratificações cruzadas,camadas convolutas, etc., ocorrem nes­ses sedimentos. As estratificações cruza­das encontradas nos níveis arenosos sãotabulares ou tangenciais e de porte, emgeral, pequeno a médio.

4 AMOSTRAS ESTUDADAS

Foi realizada uma amostragem es­pecífica para execução deste trabalho,quando foram coletadas 31 amostras re­feridas às diferentes unidades litológicasaflorantes (Fig. 3a e 3b). Dessas ámos­tras, 25 foram analisadas quanto à com­posição granulométrica e teor de carbo­nato de cáleio (caleita). Tab. I.

Além disso, foram utilizados tambémos resultados de análises petrográficas,

de teor de hidróxidos de ferro e de típosde argilo-minerais, determinados peloInstituto de Pesquisas TecnológicasS.A., em 17 amostras provenientes daescavação experimental, retiradas do seutalude esquerdo, correspondendo apro­ximadamente à estaca 425 do canal (Fig.3c). As observações de campo realizadaspelos autores deste trabalho permitiramatribuir essas amostras à Formação San­to Anastácio.

5 ESTUDOS SEDIMENTOLÓGICOS

5. I Distribuições granulométricasAs 25 amostras coletadas pelos auto­

res foram analisadas granulometrica­. mente pelos métodos convencionais en­

contrados em SUGU 10 (1973b).

Após o processamento gráfico dos re­sultados, os parâmetros foram obtidosatravés das fórmulas propostas porFOLK & W ARO (1957). Das váriascombinações possíveis entre os diferen­tes parâmetros, dois a doís, chegou-se aconclusão de que as relações diâmetromédio (Mz) e freqüência de silte + argila(%) e diâmetro médio (Mz) e desvio pa­drão (ri) são adequadas para discriminaros três arenitos cretácicos. Deste modo,os teores de silte + argila atingem os va­lores mais baixos e mais constantes naFormação Caiuá (Fig. 4a), enquanto queeles são progressivamente mais altos pa­ra as formações Santo Anastácio e Ada­mantina, sucessivamente, distribuindo­se por intervalos mais amplos nestasduas unidades. Por outro lado, os valo­res de desvio padrão mostraram que ossedimentos da Formação Caiuá são mo­deradamen te selecionados, enq uan toque os da Formação Santo Anastácio va­riam de moderada a pobremente selecio­nados e os da Formação Adamantina demoderada a pobre e muito pobrementeselecionados (Fig. 4b).

Desta maneira, tanto as característicasde campo, quanto os intervalos de varia­ção de certos parâmetros granulométri­cos permitem, em termos relativos, dis­criminar razoavelmente as unidades li­toestratigráficas presentes. Porém, émuito difícil delinear os contatos entreas unidades porque as passagens são gra­duais e esta é a razão porque não (oramtraçados os contatos entre os arenitoscretácicos aflorantes (Fig. 2a e 2b).

27

Rev. 10, São Paulo, 5(112):25-37, jan.ldez. 1984

5.2. Diagrama de SAHU (19M)Condições semelhantes de energia e

viscosidade podem ser encontradas emdiferentes ambientes de sedimentacão.Deste modo, as indicações de ambientes(eólico, praial, turbidez, fluvial e mari­nho raso) encontradas no diagrama deSAHU (op. cit.) devem ser encaradasapenas como alguns exemplos de am­bientes, cujas condições de energia e vis­cosidade encontrar-se-iam predominan­temente naquelas condições.

Os pontos correspondentes aos tresarenitos cretácicos, bem como aos sedi­mentos cenozóicos (coluviais e aluviais),foram lançados neste diagrama (Fig. 5).O grupo de amostras da FormaçãoCaiuá indicou condições hidrodinâmicaspaleoambientais próximas às de um am­biente marinho raso, corroborando da­dos anteriores de ARI O et alii ( 19XI ). Se­gundo BOSIO & LANDIM (1970/1971),o ponto correspondente ao Caiuá acusa­ria condições fluviais. De maneira análo­ga, os pontos correspondentes às forma­ções Santo Anastácio e Adamantinamostraram condições hidrodinâmicaspaleoambientais tipicamente fluviais,perfeitamente de acordo com a idéia emvoga entre os principais pesquisadoresque vem estudando o Grupo Bauru.

Os pontos correspondentes aos sedi­mentos cenozóicos também concorda­ram com a interpretação de campo, jáque o ponto que representa os sedimen­tos coluviais sitou-se na "área de turbi­dez", pois estes sedimentos devem ter si­do mobilizados por movimentos de mas­sa (rastejo), enquanto que os sedimentosaluviais situavam-se na "área dos sedi­mentos fluviais".

6 ESTUDOS PETROGRÁFICOS

As 17 amostras submetidas à análisepetrográfica expedita pelo Instituto dePesquisas Tecnológicas SI A acusaramgrande homogeneidade, tanto nas carac­teristicas mineralógicas quanto texturais(Tab.2).

Entre as particulas clásticas predomi­nam os grãos de quartzo (75 a 90%), se­guidas por fragmentos liticos (5 a 1(070),minerais pesados (O a 10%) e feldspatos(Ü a 5lr/o). Fato que ressalta entre os com­ponentes clásticos é a freqüencia anor~malmente alta de minerais pesados. Amatriz é siltico-argilosa, cuja compqsi-

28

ção em argilo-minerais foi também ana­lisada. O cimento é constituído de carbo­nato de cálcio (ca!cita) e hidróxidos deferro que, em conjunto, perfazem O a10010da rocha. Os fragmentos líticos sãoconstituidos de rocha basáltica quasesempre alterada, folhelho, quartzito, sil­tito, arenito e silex. Os principais mine­rais pesados são: limonita, opacos (mag­netita e ilmenita?), turmalina, augita,zircão, granada, rutilo e estaurolita. Nãofoi feita distinção entre os feldspatos al­calinos e plagioclásios.

O grau de seleção e; em geral, baixo emais raramente moderado à bom. Ograu de arredondamento mostra que osgrãos são sempre subangulosos e subar­redondados. Na maior parte das vezes agranulação predominante é a areia fina(0,250-0,125mm). As relações espaciaisentre os grãos indicam contato pontual(predominante), côncavo-convexo e reto(comuns) e grãos "flutuantes" (raros).

As caracteristicas composicionais dosarenitos analisados, levando-se em contaas freqüências relativas de. quartzo,feldspato e fragmentos liticos, além doteor de matriz (diâmetro inferior a0,030mm) permitem classificar todas asamostras analisadas como arenitossubliticos (sublitharenites), utilizando-sea nomenclatura proposta por McBRI DE(1963). Esses arenitos constituem termosanálogos de subarcósios, mas contendomais fragmentos liticos que feldspatos.Os arenitos subliticos contêm, de acordocom a definição, entre 65 e 95% dequartzo, 5 a 25070de fragmentos liticos eO a 10% de feldspatos.

7 ANÁLISE DE ARGILO-MINERAIS

A fração argilosa a ser submetida à di­fração de raios-X foi obtida por decan­tação. Os difratogramas foram conse­guidos através de lâminas orientadas, noestado natural, após saturação cometileno-glicol e após aquecimento a450°C durante duas horas.

Essas análises, efetuadas nas 17 amos­tras de escavação experimental, corres­pondentes à Formação Santo Anastácio,mostraram que estão presentes somentedois grupos de argilo-minerais: esmecti­ca e ilita. A esmectita aparece em fre­qüências variáveis de 77 a 100% (médiade 90%) e a ilita de O a 23 % (média de10%).

Rev. IG, São Paulo, 5(112):25-37, jan.ldez. 1984

As amostras PB-1O e PB-14, coletadasde lentes de argilito da Formação SantoAnastácio, indicaram também a presen­ça dos mesmos argilo-minerais mencio­nados. Além disso, a pouca definiçãodos picos correspondentes a esses mine­rais no difratograma sugere que osargilo-minerais apresentam-se com graude cristalinidade muito baixo.

8 COMPOSiÇÃO DO CIMENTO

Os materiais que cimentam as rochassedimentares cretácicas, predominante­mente arenosas, do Grupo Bauru, na re­gião estudada, são constituídos de calei­-ta, hidróxidbs de ferro e, em menorgrau, quartzo com crescimento secundá­rio (overgrowth) e argilo-minerais auti­gênicos (recristalizados). Os teores demateriais címentantes, de acordo com asanálises petrográficas do Instituto dePesquisas Tecnológicas S.A., variam deOa 10%.

Os teores de hidróxidos de ferro, de­terminados através de ensaios químicosutilizando-se ditionito de sódio em meiocítrico, nas 17 amostras da escavação ex­perimental, variaram de 0,23 a 4,92%(média de 2,93070), conforme se vê naTab.l.

Os teores de carbonato de cáleio (cal­cita), determinados por ataque em ácidoclorídrico, mostraram valores inferioresa: 1070 para as amostras PB-I a PB-29,mas as amostras PB-30 e P B-31, repre­sentando lentes de argilito muito calcífe­ras, forneceram teores de cerca de 30% a40%, respectivamente. Neste caso, oteor alto de caleita se deve ao materialrecristalizado em forma de veios que re­cortam densamente o argilito. Certa­mente, os teores de CaCO] devem ser atésuperiores a 50% nos nódulos de calere­tes, como foi verificado por SUGUIO etalii (1975) em outras formações do Gru­po Bauru.

9 ESTRA TIFICAÇÕES CRUZADAS

Em alguns trechos do canal, particu­larmente nas porções inferiores dos cor­tes, afloram arenitos cujas característi­cas macroscópicas são muito semelhan­tes às da Formação Santo Anastácio, po­rém são portadores de conspícuas estra-

tificações cruzadas de grande porte. Es­ses arenitos foram considerados comopertencentes à Formação Caiuá.

As estratificações cruzadas chegam aapresentar seqüências com espessura su­períor a 10m e as camadas frontais têmdezenas de metros de comprimento. Amaioria pode ser classificada como do ti­po acanalado.

As atitudes dessas estratificações cru­zadas foram medidas detalhadamente nocorte da margem direita do canal, no tre­cho compreendido entre as estacas 328 e357 (Fig. 2), porque formam superfíciesde descontinuidade importantes na ava­liação da estabilidade dos taludes estabe­lecidos nos arenitos. Os valores médiosde 241 medidas realizadas indicaram ru­mos de mergulho das camadas frontaisvariáveis entre 288 e 335° (quadranteNW) e mergulho médio de 20°. Isto su­gere que neste local as paleocorrentes de­posicionais estavam dirigidas para oquadrante NW.

É provável que alguns dos planos me­didos correspondam a fraturas e não es­tratificações, porém estes casos devemser raros, pois se constata que na área deRosana (SP), por exemplo, próximo àUsina Hidroelétrica de Porto Primavera(em construção), as fraturas são em ge­ral verticais a subverticais e facilmentedistinguíveis das estratificações cruzadaspropriamente ditas.

lO CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo em região de transição, comoé o caso do local de construção do Canalde Pereira Barreto, onde estão presentestrês das formações do Grupo Bauru, éainda possível distinguir, tanto no cam­po quanto em laboratório, as diferentesunidades litoestratigráficas.

A distribuição granulométrica, bemcomo as estruturas sedimentares presen­tes sugerem paleoambientes de sedimen­tação essencialmente subaquáticos flu­viais para os arenitos cretácicos presen­tes.

A natureza petrográfica dos arenitos,essencialmente sublítica somada às ca­racterísticas texturais e aos tipos deargila-minerais (predominância absolutado grupo da esmectita), além da ocor~rência de camadas lenticulares de calere­te é fortemente indicativa de paleoclima

29

Rev. IG, São Paulo, 5(112):25-37, jan.ldez. 1984

quente e seco (semi-árido) durante a se­dimentação da Formação Santo Anastá­cio, conforme já foi sugerido por SU­GUIO (1980) e SUGUIO & BARCELOS(1983b).

Acima dos arenitos cretácicos ocorreum manto de intemperisrno, que consti­tui os solos residuais desses arenitos, cu­ja formação, tendo-se iniciado em épocapós-cretácica deve continuar até os nos­sos dias.

Os sedimentos coluviais e aluviais, su­perpostos aos solos residuais, represen­tando prováveis fases de sedimentação

cenozóica, talvez sejam correlacionáveisaos terraços colúvio-aluviais identifica­dos anteriormente por SUGUIO et alii(1984) na região do Pontal do Paranapa­nema.

11 AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à CESP (Çom~panhia Energética de São Paulo) peloapoio logístico para a realização dos tra­balhos de campo, bem como pelo acessoe liberação de todos os dados geológicosrelativos à construção do Canal de Perei­ra Barreto.

Parâmetros granulométricos

Amostra

UnidadeMz(.O)TISKjK(;Teor deSilte +CaCO,(OJo)

Argila (010)

IAOM2,641,540,522,460,9711,50

2AOM2,461,510,222,800,9711,56

3AOM4,052,210,581,550,9827,54

4AOM3,161,530,342,160,9718,01

5AOM3,932,190,641,900,9821,42

6AOM2,980,930,071,280,9810,18

7SAN3,591,200,101,560,9722,44

8SAN4,161,990,461,690,9827,11

9SAN2,731,320,352,970,9711,52

11SAN2,950,940,271,610,9610,08

12SAN2,831,480,293,170,9810,43

13COL4,802,530,590,540,9735,66

15SAN3,120,940,101,000,9615,74

16SAN2,930,990,010,900,999,32

18SAN2,771,070,090,900,9710,01

19SAN3,071,380,221,410,9817,63

20CAI2,340,960,191,140,996,07

22SAN2,670,800,031,050,975, 16

23CAI2,500,61-0,282,290,973,50

24CAI2,340,580,191,310,983,02

25CAI2,700,930,151,240,978,21

26SAN2,751,00-0,021,150,985,23

27ALU4,262,500,641,210,9714,21

28COL4,582,580,581,380,9629,51

29COL4,762,560,470,660,9740,23

Tabela I - Parâmetros granulométricos segundo FOLK & W ARO (1957) e teores de CaCO) nas amos­tras analisadas do Canal de Pereira Barreto.

CAI (Formação Caiuá), SAN (Formação Santo Anastácio),AOM (Formação Adamantina), ALU (Sedimentos aluviais),COL (Sedimentos coluviais).

30

l;J

;o;ln>.'"

o(/j1"1O'ilI"CÕV>

~......~NV>W

Cimento +MatrizTeor de .-J

Clastos

LiticosFcldspatosM. pesadosMatr. arg.síllicaHidr. de FeEsmectitalIila~.Amostra Quartzo I"

::l......Superf.

95"7075-RO%10%5%5-10%0-5%0-5%0,23-1,95%946o-n>2911

90-9585-905-100-50-50-552,078614!"

291295-100 855-100-550-5lra~os1,298515

:D2913

90-95 RO5-1055-100-552,04937002914

100 5-1050-5 1,228812.I>-

85tra~ostra~os

29159585-905-100-50-50-50-51,339010

superf.

90 7510510554,34-4,921002916

85 RO5-1055-105-105-104,548614

291790-9575-RO1055-10 50·54,017723

291890-9580-85100-5550-54,228515

291990 805-1055-10 553,788812

2920R5-90 805-1055-105-1054,358713

292195 RO5-1055-100-50-53,19937

292290-9575-801055-100-553,70973

292385-9075-801055-10 55-103,67928

2924

9075-801055·10 553,37928

2925

R5·90 75105105-1053,29919

Tabela 2 - Resultados de análises pelrográficas expeditas de amostras da Forma~ào Santo Anastácio, coletadas naescava~ào experiméntal do Canal de Pe reira Barreto, executadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas S.A.

Vl

\O00~

;;o(b<

oCIl1')/o"tlI')cÕ

I')::>

--....

O­(bN

--....

~IVVl,W-.I

320

";'/,o

'~'1o

J'sO

Reservatório deIlha Solteira--+

~'"~

1'<)

'00 1\.0'? '?

o 500 1000 1500 2000 m1 I I I I

o/ .•..

~€>o eto

~I

-8j-;

Minas Gerais Cri

wN

Fig. I - Mapa de localização do Canal de Pereira Barreto no Estado de São Paulo.

;:>;:l(1)-<

I<?O I I~O 29° I I 2~ I 1 I 3C;>D \ 3?O I 4?C' I I 4TO I I 5?0 I

Margem esquerda estoco.

\O00.p.

VI~

õCIlp"O

"Op,c:Õ

--t:!NVI

'"-.J

~.P,::l-­C.(1)N

R••• rvafórlo da Usina Hidroelétrico d.Ilha Solteiro (Rio Por.nó) •

R••• rvotório do futura U.ina Hidroelétrico• de Tri. Irmão. (Rio Tletêl

....:.':..<;~~::: -.dclP'" .' . . -';C•.••.•v;1f'.-v;v,)., '< ••

20 ,~~~:: . __,i .. ':.:- ~f::~::~~:~:~.,'~~-C ~',"".- -f'-Y-.y-.."...- -,l,··.·.· .. ·.... --.!;.:.j'Ío '0' •••• r-~.,.':~.. ""'__..• _

. ·.--T;~~:~~L;~~~f:~~Jj:f8Ji:;:~:.j.t:IDf1flfH~{~{[m2~1{~j~~~~~~~~~;~l~\~~_~~~~:~~~~_~~~:.~:J?y::-~~~:~~~ç~~:

360

350

320

330

340

310

~380

m380

370

2b - .' .'.--'....- -~l

~J.=-_ ..~<- .. :. '"""" ~_ ';= ~ E.H. o 100 22° 300 400 "SOm

.' .. : '. _ . ;::(;..,-",.:.. .: ~-y--r.... . . I I

__----_. --< ." .. ,>"': -:.0; ~.~. -: -:: ~ .' .• ~- ,,' • ~ '" •• '.'./""_:--.-:( __" ::::..:': '::,i .. : - ,~:~~-y;:-::::-:-::::~~.w. -

~ ~_~ <- .• ;""~.(:V:'''''v--.r'''r00 •. '0' o' .'.°'0'" o, • ° 0°··°' "".•.•. -.-'!:'~

-'n~;;-~;,,::.~~t:::<m:;i};::: ~:~:~:~:~~~:~;;;::17~~:;:~~.:~:~>.~::~.;\\\::\:\fITS~r-::#~~~~;~·",,-·:'/~*--·

370

360

320

350

340

-330

310

100 I 110 2<;>0 ! I 2~ I . I I 3?O I I I 3;»0 \ I 4<['0 I 4~O 5?0 I1 •.. AMarg.m direita Locol de medida de estrotifico9ões cruzados •• to,o., Cretócico. -------------------~ r------- c.nozóicos ---.------~

~ Arenitos dosformocões ~ Ar,nito f1odulor e bre- ~ Argilíto vermelho,mui- r::::l Arenitos inb!mperilQ.dos f7ll777i'J Sedimentos coluv,iois ~ Sedimentos oluviois~ ;~~~';~~;fn~nostó'cIO ~ ~~f~~:s d~o~~f~r~1~V- t==J to colcífero, quebrodi~o Ld~~;fr~~I~~o~:sfJ~o~~)- VfLI&j ~

Fig. 2 - Perfis longitudinais ao eixo do Cahal de Pereira Baneto, mostrando as unidades litológicas presentes nas margens esquerda (2a) e direita (2b). Ba·

~ I seados em dados fornecidos pela CESP (Companhia Energética de São Paulo).

w.j>.

;;o'"<

o

\O00.j:>.

V>

C/)"",o"C""

c:Õ

""

::>

'­O-'"N

'-~IVV>IW-.J

-:::

320-

360

340

3Bo,m

340

320

31l0,m

2.0 Amostra

Rio Paraná ~ 360

Rio Paraná ~

8o Amostra

o

~ Certifi cadO IPT 679.925

026

24

17o

10 I~ 30

9 811 14030,. 019

1 • . 1& 25I~ o

2.0

30

100 150 200 250 300 350 400 450 500!! I 1 J ,I ""!,!! !! , 1

Margem esquerda

3Bom

360 ~ Rio Ti etê

340

320

3b

360 ~ Rio Tietê

3BOm

340

320

330

340m -

'J- Amostras retiradas do talude esquerdo

da escavacão. à altura da estaca 425, 320

Amostras 2911-2915

o \Amostras 2916-292'o Amostras 2921-2925

Escavacão ex peri me nta i,

Situacão futura da escavacãoconforme o projeto )

3c

150 200 250 300 350 400 450 500, 1 ( , , I I I I I I ! I I I I I I' \ I I , I I , ,I I

Margem direita20m 40m 60m BOm 100m 120mI I I I I I

100I

Estaca 425o

-~~')o" Maryemdireito

Fig. 3 - Localização das amostras nas duas margens do canal (3a 3 3b) e na escavação experimental (3c).

Rev. IG, São Paulo, 5(112):25-37, jan.ldez. 1984

oC

+=COEO~«

ou"O­

4t)OC«

"O~O(,)

oC

o<1>•...

~-Illj+O<J><J>

O•...o>

<1>-(f)

.•..O-

IIII OOO!J\saa

...:

O ct

<I ~

ct() <IIctOO •• •

N III

DUI~UDWDP~

O!~9~SDU~O.UDSr-----"---..

OO

IIIN

IO

cO <1>

<1>-0

-C-O Eo <1>0'<1> <1>C<1>0E-oE

""0--o.0--

Co00O

OU<1>C-oC

o.~Eo00•... ....---

0<1><1>--<1>U<1>

•...u-0<1>E_<J>

.0<1>0-:J 0-~~<o ~~Cl.~

a

<1"

+

III+

+o rt)o(%) 01!6JO + e~I!S

oN

DU!~UDWDP'7r

A,O!~'p~SDU\f

O~UDS.•..

,I I

....

II

'---v---J

O

'pnID~

e-O

<I0(»

(J ~

1-1

eI. ~ OO

•••

I

I

ort)

cV

Fig. 4 - Padrões de distribuição granulométrica, representados por gráficos de diâmetro médio (Mz) x silte +argila (4a) e de diâmetro médio (Mz) x desvio padrão (TI) (4b), demonstrando a possibilidade dediscriminação dos arenitos cretácicos.

35

w0\ .."

Oõ'

V> 10

'"n>'"

o

5V>

l'J::>

"­o-n>N

'O00~

[/J1»'o'i:ll'JCo

"-t:!IVV>

W-J

::

10I5

.'

0.5

1 = Formacão CaiuáII -IV = Fo~macão Santo Anastácio

-- >

V = Formacao Adamanti na>

VI = Sedimentos coluviais

VII = Sedimentos aluviais

I e2 = Localizacões aproximadas dos ponto's de ARID etal.(1981)cai'culados para formacões Caiuá e Santo Anastácio. respectivamente. >~ ~

3 = Locali zacao aproximada do ponto de 805108 LANDIM (1970/71)'I I 1 I I .

marinho roso

0V1

~

turbidet.

I I

11I.•..

c:;11II,,)011t

11I

decrescente ~ ;"O::Iü:.

0,05 0;1

Diagrama de SAHU (964).

SKG .S(O'~) _ EnergiasMz

I» ::> i"- o "(JQ -" - I»::I o ~

~ [,~'" o. o.~ o rtl

~ Q gI» ::> "

B ~~.~ o. I»

~ rg (b

• "O '"" _.~ '"" "_.o~ '"I» _.

c::g-I» o.~ "" o.~ o? '""0'0I» ~~ "I» o" I»

;:;'3;::. O"o rti'0.::>" ;;" '"o "3 3'0.0I» "

õl" 0,5-'o(': ~

1». oo ~• I»

03~ o.I» "3 'C~ ~I» _.

3 iii'0"0.". o3 '"

'O ~Õ (,Il.

~ &.o. _.o 3'" "0.2I» o

0.", I~ ~ 0,0~ ~ 0,01

::>

;;'"

Rev. IG, São Paulo, 5(1/2):25-37, jan./dez. 1984

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARID, F.M. et alii 1981 Contribuição ao estudoda Formação Caiuá. Revista IG, São Paulo,2(1): 5-20.

BARCELOS, J.H. 1984 Reconstrução paleo­geográfica de sedimentação do Grupo Baurubaseada na sua redefinição estratigráfica par­cial em território paulista e no estudo preli­minar fora do Estado de São Paulo. Rio Cla­ro, UNESP. 190p. (Tese de Livre Docência)

BÓSIO, N.J. & LANDIM, P.M.B.1970/1971 Um estudo" sedimentológico so­bre a Formação Caiuá. Boletim Paranaensede Geociências, Curitiba, (28/29): 145-157.

BRANDT NETO, M. 1977 Estratigrafia daFormação Bauru na região do Baixo Tietê.São Paulo, Universidade, Instituto de Geo­ciências. 74p. (Dissertação de Mestrado).

---- 1984 O Grupo Bauru na regiãocentro-norte do Estado de São Paulo. SãoPaulo, Universidade, Instituto de Geociên­cias. 106p. il. (Tese de doutoramento)

COIMBRA, A.M. 1976 Arenitos da FormaçãoBauru: estudo de áreas fontes. São Paulo,Universidade, Instituto de Geociências. 60p.il. (Dissertação de mestrado)

FOLK, R.L. & WARD, W.C. 1957 Brazos riverbar, a study in the significance of grain sizeparameters. Journal of Sedimentary Petro­logy, Tulsa, Oklahoma, 27(1): 3-26.

FREITAS, R.O. de 1955 Sedimentação, estrati­grafia e tectônica da Série Bauru, Estado deSão Paulo. São Paulo, Universidade, FFCL.185p. (Boletim, 194 - Geologia, 14)

---- 1973 Geologia e petrologia da For­mação Caiuá no Estado de São Paulo. SãoPaulo, Instituto Geográfico e Geológico.122p. (Boletim, 50)

lANDIM, P.M.B. & SOARES, P.C. 1976 Es­tratigràfia da Formação Caiuá. In: CON­GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA,29. 0, Ouro Preto. Anais. Belo Horizonte,Sociedade Brasileira de Geologia. v.2 p. 195­206.

McBRIDE, E.F. 1963 A classification of com­mon sandstones. Journal of Sedimentary Pe­trology, Tulsa Oklahoma, 33:664-669.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DERECURSOS MINERAIS 1981 Mapa geo­lógico do Estado de São Paulo. São Paulo,PROMOC'Ff/SICCT. Escala 1:5(\I).OrO.

SAHU, B.K. 1964 Depositional mechanismfrom size analysis of clastic sediments. Jour­nal of Sedimentary Petrology, Tulsa Oklaho­ma, 34:73-83.

SÃO PAULO. DAEE. 1982-1984 Mapa geoló­gico do Estado de São Paulo. Rio Claro,

UNESP, - Instituto de Geociências e Ciên­cias Exatas. II folhas.

SOARES, P.C. et alii 1980 Ensaio de caracteri­zação estratigráfica do Cretáceo do Estadode São Paulo: Grupo Bauru. Revista Brasi­leira de Geociências, São Paulo, 10(3): 177­185.

SOBREIRO NETO, A.F. et alii 1981 Estruturassedimentares primárias de ambiente flúvio­deltaico da Formação Caiuá. ln: S1MP0S10REGIONAL DE GEOLOGIA, 3.°, Curiti­ba. Atas. São Paulo, Sociedade Brasileira deGeologia. v.2 p. 60-69.

SUGUIO, K. 1973a Formação Bauru: calcáriose sedimentos detríticos associados. São Pau­lo, Universidade, Instituto de Geociências.2vols. (Tese de Livre Docência).

---- 1973b Introdução à sedimentolo­gia. São Paulo, Ed. Edgard Blucher,EDUSP.317p.

---- 1980 Fatores paleoambientais e pa- ,leoclimáticos e subdivisão estratigráfica doGrupo Bauru. In: MESA REDONDA SO­BRE A FORMAÇÃO BAURU NO ESTA­DO DE SÃO PAULO E REGIÕES ADJA­CENTES. São Paulo, Sociedade Brasileirade Geologia. Núcleo de São Paulo. p. 15-30.(Publicação especial, 7)

---- & BARCELOS, J.H. i983a Signi­ficado paleoambiental de estrutura "boudi­nóide" e outras fei"ções presentes na seção­tipo da Formação Santo Anastácio do GrupoBauru, Estado de São Paulo. Boletim IG,São Paulo, 14:49-54.

---- & ---- 1983b Paleoclimaticevidence from the Bauru Group, Cretaceousof the Paraná Basin, Brazil. Revista Brasilei­ra de Geociências, São Paulo, 13(4): 232-236.

---- et alii 1975 Composição química eisotópica dos calcários e ambiente de sedi­mentação da Formação Bauru. Boletim IG,São Paulo, 6:55-75.

---- et alii 1977 Comportamentos estra­tigráficos e estrutural da Formação Baurunas regiões administrativas 7 (Bauru), 8 (SãoJosé do Rio Preto) e 9 (Araçatuba) no Estadode São Paulo. ln: SIMPÓSlO REGIONAL

DE GEOLOGIA, I. 0, São Paulo. Atas. SãoPaulo, Sociedade Brasileira de Geologia.V.I, p. 231-247.

---- et alii 1984 Quaternário do Rio Pa­raná em Pontal do Paranapanema: propostade um modelo de sedimentação. In: CON­GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA,33. 0, Rio de Janeiro. Anais. São Paulo, So­ciedade Brasileira de Geologia. v. 1 p. 10-18.

37