caio julio cesar

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PESQUISA PARA A DISCIPLINA DE LATIM PROFESSOR VALDIR CAIO JULIO CESAR General, estadista, orador, historiador e legislador romano nascido em Roma, que com a passagem dos séculos não diminuiu a grandeza associada ao seu nome, símbolo da glória, do poder e do prestígio da Roma antiga, e cujo nome tornou-se o título honorífico dos imperadores romanos e mais tarde deu origem a outros como Kaiser, em alemão, e czar, nas línguas eslavas. Um dos maiores chefes militares de toda a História, nasceu em família aristocrática, desde criança teve educação esmerada e logo se tornou bom conhecedor do grego e da gramática. Na época da guerra civil entre Caio Mário e Lúcio Cornélio Sila, casou-se com Cornélia, filha de um dos principais inimigos de Sila, que então exercia o poder em Roma. Com essa união, atraiu a inimizade do ditador, e afastou-se da cidade, dirigindo-se para a Ásia em 82 a.C. Quando Sila morreu, em 78 a.C., voltou à Itália e interessou-se pela atividade política de onde logo pôde demonstrar suas qualidades. Entusiasmado admirador de seu tio, o cônsul Caio Mário, inimigo de Sila e de origem plebéia, aprendeu com ele a conveniência de favorecer as classes plebéias. Apoiou, então, o partido popular, e passou a atacar os senadores que se haviam alinhado com Sila. Devido as suas acusações foi obrigado a fugir para Rodes, onde estudou oratória com o sábio Apolônio Molon. Em 74 a.C., o rei de Ponto, Mitridates VI, empreendeu a luta contra os aliados de Roma, e ele aproveitou a ocasião para ganhar popularidade. Organizou um exército e, depois de enfrentar Mitridates, foi nomeado tribuno militar. Realizou suas ambições políticas com campanhas brilhantes contra as tribos que habitavam as atuais França e Bélgica. Em 62 a.C. ganhou o cargo de pretor e, no ano seguinte, dirigiu-se à Hispânia Ulterior como propretor, o que lhe permitiu organizar seu próprio exército e conseguir importante butim de guerra. Participou do primeiro triunvirato em 60 a.C., ao lado de Pompeu e Crasso, época que promulgou leis agrárias em favor dos soldados licenciados, exerceu forte controle sobre o Senado e realizou um bom governo nas províncias romanas. Dedicou-se à pacificação da Gália Cisalpina (58-54 a.C.), o que lhe conferiu glória militar e maior poder, permitindo-lhe aumentar os efetivos de seu exército. Submeteu celtas, helvécios, belgas e germanos, venceu os gauleses chefiados por Vercingetórix e ainda realizou (54 a.C.) uma frustrada expedição à Britânia, futura Grã-Bretanha, o que reduziu seu prestígio no triunvirato. Com a morte de Crasso na Síria, em luta contra os partos, disputou o poder com Pompeu, que era apoiado pelo Senado. Com Pompeu foi nomeado cônsul (52 a.C.), o Senado tentou reduzir o poder e a força de César, mas este mudou-se para governar a Gália Cisalpina. Por decisão do Senado e Pompeu, César foi destituído do cargo de governador das Gálias e recebeu ordens para depor as armas. Decidiu, ao contrário, invadir a Itália (49 a.C), e ao atravessar o Rubicão, um riacho que separava a Gália da Itália, pronunciou a famosa frase Alea jacta est (A sorte está lançada). A seguir, conquistou Roma e a península Itálica, aniquilou as forças hispânicas de Pompeu que fugiu para a Grécia, mas César o perseguiu e derrotou em Farsala (48 a.C). Com as forças arrasadas, Pompeu refugiou-se em território egípcio, onde foi assassinado. Chegou à Ásia (47 a.C.), onde obteve rápida vitória sobre Farnaces, rei do Ponto, quando disse outra frase célebre Veni, vidi, vinci

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PESQUISA PARA A DISCIPLINA DE LATIM PROFESSOR VALDIR

CAIO JULIO CESAR

General, estadista, orador, historiador e legislador romano nascido em Roma, que com a passagem dos séculos não diminuiu a grandeza associada ao seu nome, símbolo da glória, do poder e do prestígio da Roma antiga, e cujo nome tornou-se o título honorífico dos imperadores romanos e mais tarde deu origem a outros como Kaiser, em alemão, e czar, nas línguas eslavas. Um dos maiores chefes militares de toda a História, nasceu em família aristocrática, desde criança teve educação esmerada e logo se tornou bom conhecedor do grego e da gramática. Na época da guerra civil entre Caio Mário e Lúcio Cornélio Sila, casou-se com Cornélia, filha de um dos principais inimigos de Sila, que então exercia o poder em Roma. Com essa união, atraiu a inimizade do ditador, e afastou-se da cidade, dirigindo-se para a Ásia em 82 a.C. Quando Sila morreu, em 78 a.C., voltou à Itália e interessou-se pela atividade política de onde logo pôde demonstrar suas qualidades. Entusiasmado admirador de seu tio, o cônsul Caio Mário, inimigo de Sila e de origem plebéia, aprendeu com ele a conveniência de favorecer as classes plebéias. Apoiou, então, o partido popular, e passou a atacar os senadores que se haviam alinhado com Sila. Devido as suas acusações foi obrigado a fugir para Rodes, onde estudou oratória com o sábio Apolônio Molon. Em 74 a.C., o rei de Ponto, Mitridates VI, empreendeu a luta contra os aliados de Roma, e ele aproveitou a ocasião para ganhar popularidade. Organizou um exército e, depois de enfrentar Mitridates, foi nomeado tribuno militar. Realizou suas ambições políticas com campanhas brilhantes contra as tribos que habitavam as atuais França e Bélgica. Em 62 a.C. ganhou o cargo de pretor e, no ano seguinte, dirigiu-se à Hispânia Ulterior como propretor, o que lhe permitiu organizar seu próprio exército e conseguir importante butim de guerra. Participou do primeiro triunvirato em 60 a.C., ao lado de Pompeu e Crasso, época que promulgou leis agrárias em favor dos soldados licenciados, exerceu forte controle sobre o Senado e realizou um bom governo nas províncias romanas. Dedicou-se à pacificação da Gália Cisalpina (58-54 a.C.), o que lhe conferiu glória militar e maior poder, permitindo-lhe aumentar os efetivos de seu exército. Submeteu celtas, helvécios, belgas e germanos, venceu os gauleses chefiados por Vercingetórix e ainda realizou (54 a.C.) uma frustrada expedição à Britânia, futura Grã-Bretanha, o que reduziu seu prestígio no triunvirato. Com a morte de Crasso na Síria, em luta contra os partos, disputou o poder com Pompeu, que era apoiado pelo Senado. Com Pompeu foi nomeado cônsul (52 a.C.), o Senado tentou reduzir o poder e a força de César, mas este mudou-se para governar a Gália Cisalpina. Por decisão do Senado e Pompeu, César foi destituído do cargo de governador das Gálias e recebeu ordens para depor as armas. Decidiu, ao contrário, invadir a Itália (49 a.C), e ao atravessar o Rubicão, um riacho que separava a Gália da Itália, pronunciou a famosa frase Alea jacta est (A sorte está lançada). A seguir, conquistou Roma e a península Itálica, aniquilou as forças hispânicas de Pompeu que fugiu para a Grécia, mas César o perseguiu e derrotou em Farsala (48 a.C). Com as forças arrasadas, Pompeu refugiou-se em território egípcio, onde foi assassinado. Chegou à Ásia (47 a.C.), onde obteve rápida vitória sobre Farnaces, rei do Ponto, quando disse outra frase célebre Veni, vidi, vinci (Vim, vi, venci). Invadiu o Egito intervindo na disputa dinástica a favor de Cleópatra. De volta a Roma (46 a.C.), com suas legiões extinguiu o poder do Senado, decretando o fim da República, aniquilou sem piedade os últimos partidários de Pompeu e instituiu-se cônsul vitalício e ditador perpétuo. Podia escolher quaisquer tipos de funcionários públicos, decretar qualquer lei e, além disso, era o chefe máximo do exército. Realizou uma ampla reorganização política e administrativa de Roma e do império, conferiu maior celeridade à justiça, estimulou o crescimento econômico do estado, aperfeiçoou o governo das províncias, impulsionou a romanização dos territórios dominados por meio de colonos, distribuiu terras entre os soldados, reformou o calendário, promoveu construções monumentais e a celebração de festas para alegrar o povo. Homem de grande cultura, interessado pela lingüística e pela gramática, escreveu, entre outros trabalhos, sobre os métodos de distribuição de água em Roma, o tratado De analogia (Sobre a analogia), de que restam fragmentos, valiosos documentos são suas obras principais, Commentarii de bello galico (51 a.C., Comentários sobre a guerra aos gauleses) e Commentarii de bello civili (44 a.C., Comentários sobre a guerra civil), Anticatones, orações contra Cícero, escritos em latim simples, mas expressivo. Por sua ordem foi criado o célebre calendário juliano, resultante da reforma do calendário romano, que tinha 304 dias e 10 meses, baseado no lunar egípcio, estabelecendo o ano solar de 365,25 dias (do conhecimento dos chineses desde 1400 a. C.) e o ano civil de 365 dias, com um bissexto de 366 dias a cada quatro anos. Foram retirados dois dias de fevereiro e acrescidos aos meses de julho e agosto, em homenagem a imperadores. Vítima de uma conspiração, foi assassinado com 23 facadas, nas escadarias do Senado, por vários senadores liderados por Marco Júnio Bruto, seu filho adotivo, e Caio Cássio, republicanos que faziam oposição ao poder autocrático. Diz a tradição que ao ser atacado defendeu-se até reconhecer Brutus e pronunciar, então, sua última frase

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famosa: Até tu, Brutus, abandonando a reação. Seu assassinato teve como conseqüência muitas revoltas e guerras internas e, finalmente, a divisão do Império (43 a. C.), pelo famoso Tratado de Brindisi que originou a formação de um triunvirato, onde Antônio ficou com o oriente, Otávio com o ocidente e Lépido com a África. Embora o triunvirato tenha sido renovado por mais cinco anos (38 a. C.), as guerras internas prolongaram-se, quando Otávio (depois chamado de Otávio Augusto) derrotou Antônio e Cleópatra (30 a. C.) e dominou o Egito. Sua principal obra escrita foi Comentarius, sobre campanhas de guerra.

MARCO TULIO CICERO

Nascido no dia 3 de janeiro do ano 106 antes de Cristo, Marco Túlio Cícero  era proveniente de uma cidade ao sul de Roma de nome Arpino. O fato de Cícero não ser um romano tradicional foi incomodo durante toda a sua vida, o deixava envergonhado. Mas sua educação foi baseada nos grandes filósofos, poetas e historiadores gregos. Foi toda a sua proficiência na língua grega que o levou à condição de intelectual e o colocou entre a elite romana tradicional. A família de Cícero também o ajudou a crescer, seu pai era um rico equestre com importantes contatos em Roma.Cícero  era um estudante incansável e extremamente talentoso, características que despertaram a atenção de Roma. Desprovido de qualquer interesse pela vida militar, Cícero era um intelectual e começou sua carreira como advogado. Mais tarde, mudou-se para a Grécia e ampliou seus estudos de retórica. Através dessa estadia na Grécia teve contato e passou a admirar calorosamente a obra de Platão. Cícero tornou-se o responsável por introduzir a filosofia grega em Roma, criando um vocabulário filosófico em Latim.Após morar na Grécia, Cícero  voltou a Roma e ingressou na vida pública. Nesse momento, já era reconhecido como grande linguista, tradutor e filósofo e tinha em sua história pessoal o respeito por ser um eloquente orientador e bem sucedido advogado. Porém ele acreditava que a carreira política era a conquista de maior sucesso em sua vida. Cícero participou de grandes eventos da história política de Roma, como as guerras civis e a ditadura de Júlio César na primeira metade do século I a.C.. Foi Cícero quem patrocinou o retorno ao governo republicano tradicional em Roma, era um homem descrito por seus biógrafos como de personalidade sensível e impressionável, que reagia de modo exagerado às mudanças políticas. Como estadista, era inconsistente em suas decisões e tinha a tendência de muda-las em função do clima político do momento.De toda forma, Cícero se tornou o homem mais importante de Roma, ao lado de Marco Antônio. O primeiro como porta-voz do Senado e o segundo como cônsul. Só que os dois nunca tiveram uma relação amigável. O que piorou quando Cícero acusou Marco Antônio de abusar na interpretação das intenções e dos desejos de Júlio César. Cícero articulou um plano para colocar no poder o herdeiro de César, contudo seu plano não saiu como desejava. Octaviano aliou-se a Marco Antônio e formaram um triunvirato juntamente com Lépido para governar Roma. Esse novo governo elaborou uma lista de pessoas que deveriam ser consideradas inimigas do Estado, na qual Cícero foi incluída. O intelectual romano era muito bem visto por grande parte do público e Octaviano também se recusava a inseri-lo nessa listagem. Mas a medida foi inevitável, Cícero foi capturado no dia 7 de dezembro do ano 43 antes de Cristo quando tentava fugir para a Macedônia. Seus escravos ainda tentaram o esconder, mas os assassinos o encontraram e o mataram. Cícero não resistiu à morte, mas teve a cabeça cortada e as mãos também, por ordem de Marco Antônio, partes que foram pregadas no Fórum Romano.Além de um escritor talentoso, Cícero deixou um legado de grande influência na cultura europeia. É uma das principais fontes primárias para o estudo da Roma antiga.

SALUSTIO

Caio Salústio Crispo (86 a.C. — 34 a.C.) foi um dos grandes escritores e poetas da literatura latina.Nasceu em Amiterno, na Sabina, em 86 a.C., em uma família interiorana, mas de posses, tendo uma formação requintada. Foi cedo para Roma, e recebeu apoio de pessoas de influência da sua família. Com o apoio de Júlio César, Salústio foi eleito questor, cargo que lhe assegurou uma cadeira no senado romano. Investiu contra adversários de César, e estes passaram a ser seus adversários, como Milão [necessário esclarecer] e Cícero.A inimizade que Salústio tinha para com Cícero se encontra refletida em sua obra; por exemplo, nos episódios relativos à conjuração de Catilina, o autor se mostra hostil a Cícero, não entrando em muitos detalhes quanto à importante participação daquele durante o ocorrido, não reproduzindo nem mesmo os discursos de Cícero no senado romano, discursos estes que até hoje são lembrados pela historiografia

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política. Em compensação, Salústio descreve com riqueza de detalhes o discurso de Júlio César, com quem colaborava.Salústio foi expulso do senado pelo censor Ápio Cláudio Pulcher, grande amigo de Cícero, sob a acusação de imoralidade, mas pouco depois foi reconduzido ao cargo pelo chefe e padrinho, Júlio César.Durante a guerra civil, ele apoiou a causa de Júlio César, a quem prestou serviços e por quem foi nomeado governador da Numídia (África Nova), onde conseguiu acumular uma grande riqueza e passou a desfrutar da “angustiante fadiga romana”. No final de sua carreira política, passou a se dedicar à literatura. Já desiludido com a corrupção em Roma, escreveu sobre a decadência do povo romano e foi útil ao descrever dois grandes momentos do fim da república romana, a saber, a Conjuração de Catilina e a Guerra de Jugurta, episódios sobre os quais escreveu no período que vai da morte de Cícero, em 43 a.C., à guerra Purúgia, em 40 a.C., quando os grandes personagens da conjuração, Crasso, Pompeu, Catão, Júlio César, Cícero e o próprio protagonista, Catilina, já haviam desaparecido do cenário político. Salústio usa de suas narrativas como um pretexto para criticar os erros políticos cometidos pelos que detiveram o poder em Roma, principalmente aqueles de Cícero, seu inimigo político e pessoal.Encerrou sua vida pública em uma mansão adquirida com as riquezas arrecadadas durante o período em que foi governador da Numídia, escrevendo suas monografias em seu belo jardim. Deixou seu nome na história, sobretudo pelos relatos legados sobre momentos decisivos da política da República Romana

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sal%C3%BAstio

VIRGILIO

Públio Virgílio Maro[1] ou Marão (em latim: Publius Vergilius Maro; Andes, 15 de outubro de 70 a.C. — Brundísio, 21 de setembro de 19 a.C.) foi um poeta romano clássico, autor de três grandes obras da literatura latina, as Éclogas (ou Bucólicas), as Geórgicas, e a Eneida. Uma série de poemas menores, contidos na Appendix vergiliana, são por vezes atribuídos a ele. Virgílio é tradicionalmente considerado um dos maiores poetas de Roma, e expoente da literatura latina. Sua obra mais conhecida, a Eneida, é considerada o épico nacional da antiga Roma: segue a história de Eneias, refugiado de Troia, que cumpre o seu destino chegando às margens de Itália — na mitologia romana, o ato de fundação de Roma. A obra de Virgílio foi uma vigorosa expressão das tradições de uma nação que urgia pela afirmação histórica, saída de um período turbulento de cerca de dez anos, durante os quais as revoluções prevaleceram. Virgílio teve uma influência ampla e profunda na literatura ocidental, mais notavelmente na Divina Comédia de Dante, em que Virgílio aparece como guia de Dante pelo inferno e purgatório.

Vida pessoal

Estima-se que a tradição biográfica de Virgílio venha de uma biografia perdida de autoria de Varius, editor de Virgílio, que foi incorporada na biografia feita por Suetônio e os comentários de Sérvio e Donato, os dois grandes comentadores da poesia de Virgílio. Embora os comentários sem dúvida registem muitas informações factuais sobre Virgílio, pode mostrar-se que algumas das suas evidências se baseiam em inferências feitas a partir de sua poesia e alegorização. Portanto, a tradição biográfica de Virgílio continua a ser problemática.[2] A tradição diz que Virgílio nasceu na vila de Andes (atual Virgilio), perto de Mântua,[3]

na Gália Cisalpina.[4] Estudiosos sugerem descendência etrusca, úmbria ou até mesmo céltica, examinando os marcos linguísticos ou étnicos da região. A análise do seu nome[5] deu origem a crenças de que ele descenderia dos primeiros colonizadores romanos. Especulações modernas, em última análise, não são apoiadas pela evidência narrativa nem dos seus próprios escritos nem dos seus biógrafos posteriores. Macróbio diz que o pai de Virgílio era de origem humilde; no entanto, os estudiosos em geral acreditam que Virgílio era de uma família de latifundiários equestres que puderam oferecer-lhe uma educação. Frequentou escolas em Cremona, Mediolano, Roma e Nápoles. Após um breve período de reflexão, o jovem Virgílio decide abandonar uma carreira em retórica e lei, e passar a dedicar os seus talentos à poesia.[6]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Virg%C3%ADlio

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HORACIO

Quinto Horácio Flaco, em latim Quintus Horatius Flaccus, (Venúsia, 8 de dezembro de 65 a.C. — Roma, 27 de novembro de 8 a.C.) foi um poeta lírico e satírico romano, além de filósofo. É conhecido por ser um dos maiores poetas da Roma Antiga.

Vida

Filho de um escravo liberto, que possuía a função de receber o dinheiro público nos leilões, recebeu uma boa educação para alguém com suas origens sociais, graças aos recursos que seu pai conseguiu. Seus estudos literários de Roma foram completados em Atenas, onde estudou filosofia. Se envolveu em lutas políticas e tomou com entusiasmo o assassinato de Júlio César. E depois de Bruto ter formado um exército para batalhar em Filipos (42 a.C.), recebeu deste uma legião para comandar. Apesar da derrota obtida na batalha, pôde retornar à Roma graças a uma anistia do segundo triunvirato que permitia os adversários regressarem.

Mas apesar de ter conseguido a anistia, Horácio perdeu o que lhe restava dos bens paternos, tendo que trabalhar em Roma como escriba (ou escrivão), o que lhe permitiu poder divulgar seus primeiros versos, resultando em uma amizade com outro poeta romano, Virgílio. Virgílio apresentou Horácio ao confiante ministro do imperador Augusto, Caio Mecenas. Este, por apreciar as qualidades e o talento de Horácio, se tornou amigo do poeta e o incluiu nos círculos literários. Graças à amizade entre Horácio e Mecenas, o poeta pôde conseguir sua ascensão, visitando frequentemente o palácio imperial, se tornando também amigo do imperador. Horácio se tornou o primeiro literato profissional de Roma.

Mecenas ainda concedeu a Horácio uma casa de campo, próxima a Tibur, hoje Tivoli. Daí em diante Horácio dedicou-se totalmente à poesia, chegando a recusar o pedido de Augusto para ser seu secretário particular. Dessa forma passou o resto da sua vida, dedicando-se às suas obras e gozando de visitas de amigos e intelectuais que iam até à sua casa. Morreu a 27 de Novembro do ano de 8 a.C., pouco tempo depois da morte de seu amigo Mecenas. Horácio ficou conhecido como o Deus da Poesia.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hor%C3%A1cio

PÚBLIO Ovídio

a Idade do Ferro

A mudança radical vivida pelos homens entre a maravilhosa Idade do Ouro e a desgraçada Idade do Ferro abre o celebrado poema épico de Públio Ovídio Nasão que retrata a saga mitológica da criação do mundo, desde os tempos primeiros até a época de Júlio César. O autor, nascido em Sulmona, na Itália, no ano de 42 a.C., considerado um dos maiores poetas de todos os tempos, registrou em versos a estranha sensação que quase sempre acompanha a humanidade desde então: a eminência de vir a perder tudo, afogada num grande dilúvio.

O Poeta Exilado Est tamen humani generis iactura dolori omnibus, et, quae sit terrae mortabilibus orbae forma futura, rogant, quis sit laturus in aras tura, ferisne paret populandas tradere terras. Talia quaerentes (sibi enim fore cetera curae) rex superum trepidadre uetat sobolemque priori dissimulem populo promittit origine mira.(Da triste humanidade o fim lhes custa: perguntam qual será da terra, a face, qual forma a sua, dos mortais vazia? Quem irá às aras ministrar incenso? Será talvez o mundo entregue às feras? O que foi dos homens será entregue aos brutos?)Ovídio - Metamorfose, verso 245-250

Ovídio

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Ovídio, o grande vate romano, teve, até os cinqüenta anos de idade, tudo o que um poeta pode almejar: fama, fortuna e um grande sucesso entre as mulheres. Foi então que um raio imperial o alcançou. Um decreto com o lacre de Augusto jogou-o, desterrado, para bem longe de Roma. O imperador, sempre cioso em manter uma fachada de respeitabilidade, encontrou entre os pertences da sua ex-mulher, Júlia, vocacionada à libertinagem, a Ars amatoria (A arte de amar) de Ovídio. Tratava-se de um manual de intriga e sedução escrito em versos, provavelmente no princípios do ano I, a quem o novo César atribuiu os desatinos da ex-imperatriz. Além disso, a dissolução dos costumes era combatida oficialmente pelos censores e demais magistrados. Na tentativa de manter elevada a fidelidade

aos valores do Estado romano. Do dia para noite, a atrevida vida mundana de Ovídio, que trafegava nas serestas romanas como o desembaraço de um verdadeiro soberano da letras latinas (a maioria dos grande poetas, como Virgílio, Propércio e Horácio, havia morrido), fôra-se para sempre.

Confirma-se o desterro

O poeta, já no caminho do exílio para Tomos, um distante lugarejo na costa do Mar Negro, onde ele veio a falecer nove anos depois, no ano 17, não poupou lágrimas e choramingas mil - registradas no seu Tristia, uma interminável lamuria - na tentativa de demover o senhor de Roma a rever a punição. Nem quando Augusto morreu, no ano 14 , ele pode manter as expectativas de um retorno. O sucessor dele, o sisudo Tibério, também casara com uma doidivanas, cultora de Vênus, a quem os intrigantes diziam ter também aspirado as estrofes envenenadas de erotismo do pobre exilado. Assim, o poder

esqueceu-se de Ovídio. Mas, felizmente, não o mundo das letras.

A Idade do Ouro

Talvez fosse o surpreendente desabar do seu belo mundo, da doce vida que ele levava em Roma, que de alguma forma contribuiu para que, num instante de premonição poética, carregasse tanto na ruptura, descrita no seu grande poema Metamorfoses (*), provavelmente terminado no ano em que embarcou para o exílio, entre a Idade do Ouro e na sua oposta, a Idade do Ferro. Antes, tudo ia bem naquele mundo mítico do bem, conta Ovídio. Não havia lei nem propriedades. Logo, insistiu o poeta, ninguém saía a cata de riquezas, nem desconfiava do outro. Nem sequer muros as moradas tinham. A fé e a justiça abundavam e ninguém temia o castigo ou o medo, nem ouviam-se ameaças de alguém. A paz era permanente, não havendo precisão de armas ou de soldados. O clima, sempre o mesmo, permitia que a natureza fosse generosa com todos. Morangos, cerejas, amoras, tudo encontrava-se à vontade. Nos rios corria leite, nas árvores, pendurados, favos de mel, doce e pegajoso. E eis que, num nada, o clima inteiro muda. Então, na emergente Idade do Ferro "todo o horror, todo o mal rebentam nela".

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/ovidio.htm

Tito Lívio História de Roma

Os amantes (mármore grego)

Um fauno seduz uma dama romana

A arte da sedução

O paraíso, a idade de ouro cristã

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    Tito Lívio nasceu em Patavium, atualmente Pádua, uma cidade do Vêneto na Itália. Provavelmente naceu em 59 a. C. e faleceu em 17 da era cristã. Foi um dos grandes historiadores romanos, assim como Salústio e Tácito, e escreveu suas obras em latim. Estudou retórica e filosofia, teve uma boa ascensão profissional devido sua competência como escritor. Diferentemente de outros autores não era da aristocracia, não atuou diretamente em política e nunca teve experiência militar, mas conseguir inovar no âmbito da escrita da história.

    Tito Lívio demonstrou um amor e uma atenção por Roma. Tais sentimentos estiveram presentes na sua maior obra (Ab urbe condita). O autor saiu de sua terra natal e foi radicar-se na capital do Império Romano em 29 a. C no início de sua carreira como escritor. Nesse período, Roma estava na fase terminal de sua Guerra Civil e a paz no centro do Império era um dos primeiros objetivos de Tito Lívio.    O Imperador Augusto (Caio Júlio César Otaviano/Octaviano Augusto foi o primeiro imperador Romano entre 27 a.C. à 14 d.C.) e consequentemente o seu governo teve um significado muito grande, foi mais do que um renascimento cultural para Roma, pois sob seu comando fundou-se um império novo, consistente, que chegava à unidade com um pulso forte, que pedia também uma revisão de seus valores, de suas tradições, para seguir rumo a um futuro de glória, futuro no qual, segundo a tradição nos escritos de Tito Lívio, estava desde há muito tempo nos planos dos deuses. Esse foi o cenário que recebeu Tito Lívio em Roma quando começou a escrever a sua obra.   Antes de expor resumidamente do que fala o texto do autor é importante ressaltar a motivação desta obra para ele. Além de escrever a história de Roma aos seus moldes, Lívio a enxerga com outra importância: para ele à história permite reencontrar modelos que já se foram. O seu texto histórico é a representação idealizada no embate entre bons e maus exemplos. Então, emerge a função da sua historiografia na busca da consciência romana, uma maneira de elevar a moral de sua época após décadas de guerra civil, voltar às raízes profundas dos valores humanos e políticos no período incerto da história romana. Abrange sua narrativa as origens troianas da cidade, a sua fundação e o período da monarquia, ou seja, uma época sobre a qual não existia nenhuma documentação histórica, apenas os relatos míticos da tradição.     O livro I começa descrevendo fatos anteriores à fundação de Roma, mais precisamente pela aventura de Enéias, sobrevivente da Guerra de Tróia, e se conclui com a saga de Tarqüínio Soberbo, o último rei do período monárquico, terminado no século V a.C. Embora se estenda no tempo, se estrutura sobre um tema geral, a construção da base da grandeza de Roma. Sua organização está em torno da história dos descendentes de Enéias, dentre os quais estão Rômulo e Remo, fundadores de Roma, seguindo depois os reis romanos e seus feitos, até o declínio da monarquia. Tito Lívio distingue cada rei pelos traços mais marcantes de sua personalidade e também pelo seu papel na construção da cultura e do Estado romano, sempre de acordo com a tradição. Dessa forma Rômulo se destaca pela sua habilidade militar, o rei Numa pela criação das regras religiosas nos tempos de paz, Túlio pela sua ferocidade, Anco Márcio pelo estabelecimento das cerimônias de guerra. Sérvio Túlio fundou a ordem social, e o último, Tarqüínio, foi marcado pela soberba.    Partindo do pressuposto que com o fim da república as tradições romanas ficaram um pouco perdidas na época de Tito Lívio, podemos pensar uma questão para nossa reflexão: será que não existe um caráter de heroísmo grego em Roma segundo Lívio? É importante pensar essa questão visto que há uma ruptura segundo Breno Battistin Sebastiani com a historiografia anterior a Lívio, pois o historiador referenciado recorre as tradições para aprofundar conscientemente “a necessidade sempre reclamada do indissociável vínculo entre passado e presente” .     Os feitos heroicos na narrativa histórica de Lívio são nítidos, porém, no inicio de seu texto existe uma referência fortíssima das origens romanas com uma ligação aos gregos. Se pensarmos que Enéias fugiu de tróia, justamente por essa cidade ter estado envolvida em uma guerra com os gregos, pode-se perceber um conhecimento dos feitos dos mesmos. Com a fundação da cidade de Alba Longa até o fim da narrativa Liviana há uma espécie de predestinação dos Romanos a ser um povo grandioso, tal como a retórica grega nas epopeias de Homero. Um sentido da história que estaria fadada a ser grande, um sentido do coletivo romano, os feitos são individuais (dos reis), mas é o coletivo que terá de ser lembrado, o heroico presente expressa a necessidade de deixar um exemplo para as posteridades, Lívio pensa essa perspectiva.     Sendo assim, seria errado pensar que a razão abandona por completo os mitos, ao contrário disso, o pensamento racional, muitas vezes, resgata os elementos míticos de forma a lhes dar uma reinterpretação política. Na atividade militar, o herói, figura singular presente nas epopéias, é, no tempo da pólis grega, transformado no demos, isto é, a

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coletividade de cidadãos, à qual é atribuída a heroicidade e a honra das batalhas, aludindo desse modo, aos mitos da bela morte e da autoctonia ateniense, exemplos que o bom cidadão deve seguir para que se torne imortal na memória cívica. Se pensarmos na obra de Vernant (As origens do pensamento Grego), há espaço para o mito dentro na mentalidade humana antiga. Assim, no presente, pode haver espaço para um sentido explicativo dos mesmos, construir um exemplo grego do heroísmo, isto está nos fatos narrados por Lívio que tanto são os pontos marcantes de sua narrativa. Há uma exaltação do antigo povo romano, mas com respeito as tradições, aos cultos, pois o heroísmo vem da religiosidade respeitada, há uma pedagogia na obra de Lívio para o seu presente conturbado no qual o autor vive, vejamos esta passagem:

“Sua primeira medida foi fortificar o Palatino onde ele próprio havia sido criado. Ofereceu então sacrifícios aos Deuses de acordo com o rito albano. Mas para Hércules seguiu o rito grego como estabelecera evandro. (...) Dos cultos estrangeiros foi o único adotado por Rômulo que assim demosntrava sua crença na imortalidade conquistada pela coragem, para onde seu destino conduzia”.

    Portanto, vemos no seguinte exposto a importância do heroísmo grego nas origens de Roma, assim como outras influências religiosas. Contudo, este heroísmo está dentro de uma construção historiográfica de Tito Lívio. O autor em sua grande obra exalta o exemplo heroico romano para um presente a qual está inserido, isto é, quer tratar a história com um sentido de pedagogia das tradições. Sua construção faz a ruptura com uma historiografia mais antiga. Heródoto e Tucídides escreviam o que tinham vividos na experiência, n a observação participante, já Cícero deixou suas cartas como objeto de estudo para Luceio, nessa esfera nosso autor, Tito Lívio, não viveu o passado de Roma, não era político e nem militar, mas com seus métodos de pesquisa indiretamente exaltou o passado romano de uma maneira grandiosa. Dessa forma, também não podemos eximir Lívio de um agir político, visto que era ligado a Augusto, sua narrativa sofreu, ao meu entender, a influência de seu presente vivido.     Todavia, ao mesmo tempo que o heroico grego é constituído como exemplo, o declínio desse heroico é feito a partir do momento em que o não comprimento das tradições ocorre. É assim o fim da monarquia para Lívio, e é assim que pode suceder ao Império. Porém, mesmo sendo uma obra de feitos, e estes constituindo uma construção histórica, é possível indagar à presença grega em Roma não só na obra de Lívio, mas na história de Roma como um todo, desde a consulta a oráculos aos heróis mitificados de Lívio.

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