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EQUIPA PROVINCIAL DE PASTORAL VOCACIONAL PROVÍNCIA PORTUGUESA DA SOCIEDADE SALESIANA N.º 1 JANEIRO 2010 em dia > PE. JOSÉ ANÍBAL MENDONÇA Recordo o que se passou com uma jo- vem professora que, depois de regres- sar de Moçambique, onde estivera dois meses em voluntariado, sentia uma voz interior que a interpelava incessante- mente e a levava às lágrimas, e que dizia: “o que estou a fazer aqui?”. Pas- sado pouco mais de um ano, vendeu a casa e o carro e partiu para as missões salesianas naquele País. Está feliz e é motivo de grande felicidade para mui- tos. Nestas semanas acompanhamos atónitos o devastador efeito do terramo- to no Haiti, massacrando sem piedade o já tão pobre e sofredor povo haitiano. Todo o mundo se mobilizou para ajudar, numa onda de generosa solidariedade tão necessária para amparar as pes- soas, reconstruir o pouco que havia e criar novas estruturas de apoio ao desenvolvimento futuro. Mas há quem lembre que mal passe este “interesse mediático” tornaremos a esquecer esse povo, tal como acontece com tantos outros países pobres do mundo onde não há terramotos, mas onde há tantas pessoas a sofrer e mor- rer diariamente, por falta do essencial. Os Salesianos já estavam no Haiti há muitos anos. Tinham possivelmente a maior obra do mundo: uma rede de escolas para 20.000 crianças e adoles- centes, que ali recebiam alimentação e formação. Com o sismo faleceram três salesianos, muitos professores, cente- nas de alunos. Ao ver emocionado e chocado as imagens na TV, veio-me à mente a expressão da jovem professo- ra “o que estou a fazer aqui?”. Não haja dúvida que o melhor donativo que al- guém pode dar é dar-se a si mesmo! HAITI DESPERTA SOLIDARIEDADE da mihi animas UM QUADRO: Quando Domingos Sávio entrou no escritório de D. Bosco, logo fixou o olhar num quadro, que tinha escrito em letras grandes a frase que S. Francisco de Sales costumava repetir: “Da mihi animas, cetera tolle”. Como mostrasse interesse em entender o que significava, D. Bosco traduziu assim: “Ó Senhor, dai-me almas e deixai todo o resto”. Domingos reflectiu um pouco e acrescentou: “Compreendi. Aqui não se trata de negócio de dinheiro, mas de negócio de almas. Espero que a minha alma participe também neste comércio”. UM LEMA: Esse tinha sido o lema que D. Bosco escolhera para a ordenação sacerdotal e veio a ser o da própria Congregação Salesiana. Indica bem PARA D. BOSCO, O «DA MIHI ANI- MAS, CETERA TOLLE» É A ORAÇÃO DO APÓSTOLO, DISPOSTO A UMA ENTREGA GENEROSA AO SENHOR E À RENÚNCIA A TODOS OS BENS TERRENOS. D. Bosco, um sacerdote para os jovens bússola o aspecto cental da sua vida: a caridade pastoral, que o levou a entregar-se to- talmente a Deus e aos jovens. É assim o coração de D. Bosco: capaz de sentir e sofrer, de apaixonar-se e emocionar-se, de amar com o mesmo coração de Cristo. UM PROGRAMA DE VIDA: Tal como D. Bosco - “até ao meu último respiro serei todo para vós” - os seus “filhos” continuam a sua missão de ser na Igreja sinais e por- tadores do amor de Deus para os jovens, especialmente os mais pobres.

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Jornal da Equipa de Pastoral Vocacional da Província Portuguesa da Sociedade Salesiana. Número 1. Janeiro 2010

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Page 1: Bússola n.º 1

EQUIPA PROVINCIAL DE PASTORAL VOCACIONAL

PROVÍNCIA PORTUGUESA DA SOCIEDADE SALESIANA

N.º 1jANEIRO 2010

em dia> Pe. José AníbAl MendonçA

Recordo o que se passou com uma jo-vem professora que, depois de regres-sar de Moçambique, onde estivera dois meses em voluntariado, sentia uma voz interior que a interpelava incessante-mente e a levava às lágrimas, e que dizia: “o que estou a fazer aqui?”. Pas-sado pouco mais de um ano, vendeu a casa e o carro e partiu para as missões salesianas naquele País. Está feliz e é motivo de grande felicidade para mui-tos.

Nestas semanas acompanhamos atónitos o devastador efeito do terramo-to no Haiti, massacrando sem piedade o já tão pobre e sofredor povo haitiano. Todo o mundo se mobilizou para ajudar, numa onda de generosa solidariedade tão necessária para amparar as pes-soas, reconstruir o pouco que havia e criar novas estruturas de apoio ao desenvolvimento futuro.

Mas há quem lembre que mal passe este “interesse mediático” tornaremos a esquecer esse povo, tal como acontece com tantos outros países pobres do mundo onde não há terramotos, mas onde há tantas pessoas a sofrer e mor-rer diariamente, por falta do essencial.

Os Salesianos já estavam no Haiti há muitos anos. Tinham possivelmente a maior obra do mundo: uma rede de escolas para 20.000 crianças e adoles-centes, que ali recebiam alimentação e formação. Com o sismo faleceram três salesianos, muitos professores, cente-nas de alunos. Ao ver emocionado e chocado as imagens na TV, veio-me à mente a expressão da jovem professo-ra “o que estou a fazer aqui?”. Não haja dúvida que o melhor donativo que al-guém pode dar é dar-se a si mesmo!

HAITI DESPERTA SOLIDARIEDADE

da mihi animas

um quADRO: Quando Domingos Sávio entrou no escritório de D. Bosco, logo fixou o olhar num quadro, que tinha escrito em letras grandes a frase que S. Francisco de Sales costumava repetir: “Da mihi animas, cetera tolle”. Como mostrasse interesse em entender o que significava, D. Bosco traduziu assim: “Ó Senhor, dai-me almas e deixai todo o resto”. Domingos reflectiu um pouco e acrescentou: “Compreendi. Aqui não se trata de negócio de dinheiro, mas de negócio de almas. Espero que a minha alma participe também neste comércio”.

um LEmA: Esse tinha sido o lema que D. Bosco escolhera para a ordenação sacerdotal e veio a ser o da própria Congregação Salesiana. Indica bem

PARA d. bosCo, o «dA MIHI AnI-MAs, CeTeRA Tolle» é A oRAçÃo do APÓsTolo, dIsPosTo A UMA enTReGA GeneRosA Ao senHoR e À RenÚnCIA A Todos os bens TeRRenos.

D. Bosco, um sacerdote para os jovens

bússola

o aspecto cental da sua vida: a caridade pastoral, que o levou a entregar-se to-talmente a Deus e aos jovens. É assim o coração de D. Bosco: capaz de sentir e sofrer, de apaixonar-se e emocionar-se, de amar com o mesmo coração de Cristo.

um PROgRAmA DE VIDA: Tal como D. Bosco - “até ao meu último respiro serei todo para vós” - os seus “filhos” continuam a sua missão de ser na Igreja sinais e por-tadores do amor de Deus para os jovens, especialmente os mais pobres.

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Vou bendizer ao Senhor em todo o tempo; seu louvor estará sempre nos meus lábios.Eu me glorio no Senhor; que os pobres ouçam e fiquem alegres.

Engrandecei ao Senhor comigo, juntos exaltemos o seu nome.Procurei o Senhor, e ele me atendeu, e de todos os meus temores me livrou.

Contemplai-O e estareis radiantes; vosso rosto não estará envergonhado.Este pobre gritou e o Senhor ouviu, salvando-o de todas as suas angústias.

O anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem, e os liberta.Provai, e vede como o Senhor é bom; feliz o homem que nele se abriga.

ORAÇÃO CONCLUSIVA:

Senhor, Vós que nos chamais a todos para sermos felizes despertai nos nossos corações o desejo de sermos no mundo de hoje testemunhas do Vosso amorem favor dos outros e, sobretudo, dos mais necessitados. Enchei-nos do Vosso Espíritopara que sejamos capazes de descobrir a nossa própria vocaçãoe buscar um sentido para as nossas vidas. Guiai-nos neste nosso caminho. Amén.

o guia.. .

CAmINHO: Recordamos o que aconteceu aos dois discípulos de Emaús. Jesus pôs-se com eles a caminho. Enquanto caminhavam revelou-lhes o sentido das Escrituras. Sentiam o coração como que a arder. Quando chegaram à sua terra acolheram-no em sua casa e partilharam com Ele a mesa. Então os seus olhos tornaram-se capazes de O reconhecer.

guIA: Ser-se aceite como se é, no afecto do guia espiritual, com todas as qualidades mas também com os próprios pecados e fraquezas, é o sinal do acolhimento que nos é feito pela misericórdia de Deus. Onde está o amor, há uma alegria inexprimível: aí encontramos o verdadeiro arrependimento segundo o Evangelho. Nada é mais libertador e mais construtivo do que o verdadeiro arrependimento.

VANTAgENS: A direcção espiritual tem muitas vantagens. Aqui ficam algumas:

Em primeiro lugar leva a que nos conheçamos melhor. Só quando pretendemos falar de nós mesmos, quando nos forçamos a exprimir como nos vemos, é que nos apercebemos do nosso interior. O exercício de falar periodicamente da nossa alma arranca a nossa intimidade de uma escuridão confusa e imprecisa.

Em segundo lugar abre novas perspectivas. De acordo com aquilo que nós expomos ao director, e com aquilo que ele pergunta, reparamos em aspectos que nunca tínhamos considerado. Começamos a vislumbrar os motivos das nossas atitudes e reacções.

Em terceiro lugar apresenta-nos metas a atingir. De acordo com o conhecimento surge o amor. O amor àquilo que poderíamos fazer para a glória de Deus e para a salvação das pessoas com quem convivemos.

Por fim anima na luta. Apesar das metas propostas e desejadas, até com ardor, a nossa fraqueza oferece a constatação de que devemos insistir e a direcção espiritual

conforta-nos porque confirma e alenta. A alma que tem director conhece uma alegria maior nas dificuldades.

Por isso escreveu um grande santo dos tempos modernos que «convém que conheças esta doutrina segura: o espírito próprio é mau conselheiro, mau piloto para dirigir a alma nas borrascas e tempestades, por entre os escolhos da vida interior. Por isso, é vontade de Deus que a direcção da nau esteja entregue a um Mestre, para que, com a sua luz e conhecimento, nos conduza a porto seguro» (Caminho 59).

Cfr. http://coisaspracticas.blogspot.com

o GUIA esPIRITUAl nÃo é o AC-ToR PRInCIPAl, MAs é InsTRUMenTo dA ACçÃo do PodeR de deUs eM qUeM PRoCURA A sUA voCAçÃo.

Direcção espiritual

FLASHBOSCO: 150

ADOLESCENTES PARTICIPARAm DE FORmA SERENA E

ENTuSIASTA NESTE EVENTO que se realizou

em Famalicão e em Évora,

nos dias 2� e 24 de janeiro, ao “ritmo da

batuta” do Diác. Francisco Almendra e do Pe. josé jorge, com uma

excelente equipa de animadores.

ASSEmBLEIA DE JOVENS: Decorreu

em Fátima, dia 16 de janeiro, durante a apresentação do Lema

do Reitor-Mor, um encontro em que PARTICIPARAm

JOVENS DE quASE TODOS OS CENTROS

DO PAíS.

acontececontemplar

> Pe. José AníbAl MendonçA

Salmo 34

“leia atentamente o salmo, com calma, num ambiente de silêncio. depois tome uma imagem, alguma palavra ou versículo do salmo que lhe tenha cha-mado a atenção, e detenha-se nele um pouco mais de tempo. é um método de oração fácil, que experimentei em todo o lado, também nas prisões. Tenho visto como facilmente as pessoas começam a rezar assim” (Cardeal Mar tini).

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a minha vez

Sou o Diogo Gomes de Almei-da, nasci em Viseu e tenho dezassete anos. Na minha família somos mais três: o meu pai, Carlos Alberto, a minha mãe, Maria dos Anjos,

e o meu irmão, Márcio. Tive uma infância e adolescência que podemos dizer normal, sem percalços, e, portanto, feliz.

Embora feliz, aos quinze anos nasceu em mim um desejo de ser padre, sem saber muito bem porquê. Talvez por ser acólito na minha paróquia e gostar do que fazia? Por causa desse desejo, depois de algumas ajudas, acabei por falar com o Pe. joão de Brito, que é meu conterrâneo, e ele deu-me a conhecer os salesianos, falando-me deles e deixando-me dois dvd’s, e aconselhou-me a frequentar o Colégio dos Órfãos do Porto. Assim fiz. Fui para lá como interno e comecei a frequentar o décimo ano do curso tecnológico de Produção Gráfica.

Aí, no segundo ano, sabendo do meu desejo, fui convidado pelo Pe. Paulo Pinto a rezar vésperas com a comunidade. Foi uma experiência que me marcou porque nunca tinha rezado assim, era diferente.

Também nesse segundo ano, convidado pelo diácono Francisco Almendra, participei num encontro vocacional a nível nacional que me ajudou a aprofundar o que pensava sobre a minha vocação. A partir daí, combinei com o Pe. David Teixeira uma proposta de acompanhamento. Assim, durante dois anos, fomo-nos encontrando várias vezes, fui reflectindo e falando com ele sobre vários temas e fui confirmando a minha decisão de ingressar na Casa Salesiana Imaculada Conceição, como pré-noviço.

Estou a gostar desta nova experiência, nesta comunidade, porque me tem ajudado a conhecer melhor os salesianos: o seu modo de vida, o seu dia-a-dia e a sua oração.

O dia-a-dia é semelhante ao de qualquer estudante, mas ressalto algumas coisas que estou a aprender a gostar: ser animador do grupo dos acólitos; das minhas idas nocturnas a uma associação de ilusionismo, para num futuro próximo cativar os jovens como Dom Bosco fazia; da oração, que temos todos os dias e todos juntos; e dos fins-de-semana porque realizamos actividades diferentes, sobretudo, o trabalho comunitário.

> dIoGo AlMeIdA

“Aos quinze anos nasceu o desejo de ser padre”

vocações com história

É sempre difícil fazer o exercício do regresso ao passado com precisão e in-spiração quando os “entas” já pesam e a memória se vai...

A vida pelas “terras do demo” na década de cinquenta não tinha grandes motivos de interesse a não ser o trabalho do dia-a-dia, algumas festas, dias santos e a missão dos redentoristas. Lá está a cruz, na igreja da freguesia de Peva, a assinalar tal retiro popular. Tem isto a ver com o facto de a minha mãe me recordar com frequência que eu estava sempre em pulgas para sair da monotonia e até chamava a atenção dizendo “ma… já tótó sino”. E lá ia eu ao colo desta e daquela com a certeza de que a minha mãe me “daria de mamar” se surgisse qualquer tentativa de interromper o sermão sempre convincente do padre redentorista.

Quando à boca da década de sessenta apenas existia um rádio a válvulas “na venda do tio josé de Covêlo” e o parlamento da aldeia era a casa do barbeiro que também sabia de lavrador, carpinteiro e era exímio tocador de concertina, teve lugar um incidente que me fez simpatizar com Moisés. Certo dia, na tentativa de saltar o rego da água, fiz mal os cálculos e o resultado foi ter ficado meio de bruços e quase inconsciente com a queda. A minha salvação foi a tia Arminda que prontamente me socorreu e, toda devota, traçou logo o destino: “se não ficaste aí, isso significa que Deus te está a dizer que ainda tens muito caminho para andar…”

Depois veio a escola e o exame da quarta e admissão (que naquele tempo havia exames a sério). Era necessário ir à sede do concelho em Moimenta da Beira e, por isso, tive a oportunidade de viajar de “carreira” pela primeira vez e estrear uns sapatos novos comprados na “feira de Barrelas”, actual Vila Nova de Paiva. Foi num dos dias do ciclo da escola primária que me deu

para “andar aos pássaros”. Levado pela curiosidade e estimulado pela sensação de ter alguns ovos nas mãos, lá meti a mão direita num buraco de uma parede. O pior foi para sair, ou porque a mão inchou ou porque as pedras cederam. Valeram-me alguns vizinhos (uma espécie de 112 lá do sítio) que com a ajuda de um ferro de assentar pedras e um pé-de-cabra, me retiraram daquela situação confrangedora. Lembro- -me que a minha mãe sentenciou a cambalear entre o preocupado e o sério: “vê se aprendes a não meter o nariz onde não és chamado!”

… mas a minha primeira migração vocacional foi para os jesuítas, influenciado pelo facto de um tio meu lá ter andado alguns anos. Contudo, não simpatizei com o rigor e um certo distanciamento porque os prefeitos (o equivalente aos assistentes nos salesianos) usavam sempre batina e eram os únicos que, de vez em quando, jogavam connosco. É aqui que surge a intervenção do meu tio sacerdote, da diocese de Lamego, que conhecia o saudoso padre Lázaro Luís e um dia me propôs: “vais para os salesianos e depois logo se vê!” E, talvez pelo facto de os dois serem amigos, eu entrei em Mogofores já para o terceiro ano do Liceu, “pela porta do cavalo” quando o ano já estava em andamento. Os primeiros dias em Mogofores dariam para outras histórias de infância…

> Pe. JoÃo de bRITo CARvAlHo

“Nos Salesianos, pela porta do cavalo”

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vem aí31 JANEIRO FESTA DE SÃO JOÃO BOSCO

2 FEVEREIRO DIA DO CONSAgRADO

6 FEVEREIRO ENCONTRO mJS DE PRÉ-ADOLESCENTES (5º e 6º anos) Arcozelo / Abrantes

animais ferozes

SONHO: joãozinho viu que em vez daquela multidão de miúdos estava uma imensidão de cabritos, cães, gatos, ursos e outros animais. “Eis o campo onde deves trabalhar. Torna-te humilde, forte, robusto; e o que agora vês acontecer a esses animais, deves fazê-lo aos meus filhos.” Voltando a olhar, viu que em vez de animais ferozes apareceram mansos cordeiros que, saltitando e balindo, corriam ao redor daquele homem e daquela senhora, como a fazer-lhes festa.

Desatando a chorar, pediu que falassem de maneira que pudesse compreender. A senhora pousou a mão na sua cabeça, dizendo: “A seu tempo tudo compreenderás.”

VOCAÇÃO: No início da vida pública, jesus foi a Nazaré, onde fora criado, e leu a passagem do Profeta Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres; […] para restituir a liberdade aos oprimidos...”. E acrescentou: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura”.

Todas as vocações cristãs se inserem na vocação de Cristo. Chamados pelo Pai e ungidos pelo Espírito, em Cristo somos anunciadores de uma feliz mensagem para toda a humanidade. Essa mensagem de vida, amor, verdade, liberdade e paz, não está destinada apenas a uma raça ou uma nação. É universalista. Rompe fronteiras.

O amor que nos une intimamente a Cristo gera libertação. O

evangelho não é alheio a nenhuma situação do ser humano. Em todas as situações é, tem que ser, boa notícia. Depende de nós que o seja.

LIBERTAÇÃO: VAmOS DEDICAR ESTE ESPAÇO DO NOSSO JORNAL àS PROBLEmáTICAS JuVENIS DA ACTuALIDADE. Em cada número abordaremos uma situação difícil que os jovens enfrentam. Tentaremos analisá-la com o olhar sensível dos missionários(as) dos jovens do nosso tempo, que não se resignam a cruzar os braços mas se sentem desafiados a encontrar soluções para esses problemas.

Há um ESPAÇO NA INTERNET, NO FACEBOOk (http://www.face-

book.com/pages/Lisboa/Pas-toral - juvenil -Salesiana/

270605271678?ref=mf) para quem gostar de

participar na dis-cussão sobre es-

tas problemáti-cas, ou então

através do e-mail [email protected].

> Pe. José AníbAl MendonçA

A BOA NOVA quE LIBERTA

O Espírito me ungiu

Enviou-me a proclamar a libertação

sugestõesum Só SENHOR de Tarcízio moraisUm livro CD com 14 canções originais que can-tam as razões da Fé Cristã, inspiradas nas cartas de S. Paulo e nos Actos dos Apóstolos. O livro contém

as letras, acordes, meditações e orações a partir de cada música. / Edições Sale-sianas

REzAR NA quARESmAum caminho de mudança

É um livro de orações, propõe um caminho de mudança interior a partir da liturgia do dia. Integralmente a cores e

com um design atractivo, com imagens e linguagem actuais. Faz do tempo da Quaresma um tempo de anúncio da Pa-lavra de Deus! / Edições Salesianas

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