briefing e contrabriefing: construção, representação e reflexão do problema de design
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ì Briefing e Contrabriefing Construção, representação e reflexão do problema de design.
Orientador: Prof. Dr. Celso Scaletsky
Fernando Stefano Kozenieski Alves de Oliveira
Roteiro apresentação
ì Reflexões anteriores
ì Obje=vo
ì Fundamentação
ì Metodologia
ì Critérios de análise
ì Workshops
ì Observações
ì Discussão das análises
ì Conclusões
Reflexões anteriores
ì Como é construído o briefing?
ì Existem perdas de informações durante esse processo?
ì Quais são os principais atores envolvidos nesse processo?
ì Quais os limites do briefing?
ì Como representá-‐lo?
ì Qual o papel da informação no processo de design?
Objetivo
ì O obje=vo dessa pesquisa foi compreender o processo de construção e representação do briefing, e de que forma se comporta o contrabriefing – visto como o espaço para um possível reposicionamento do problema – em um Workshop de design, à luz do Design Estratégico.
ì Observou-‐se uma lacuna teórica em relação aos processos de construção e apresentação do briefing, e o contrabriefing.
Objetivos específicos
ì apresentar de que forma o briefing é definido na literatura.
ì atores envolvidos, e como se dá a construção do briefing em um Workshop de design.
ì iden=ficar de que forma o contrabriefing é representado e apresentado, visando o reposicionamento do problema.
ì transmissão da informação no momento da construção e apresentação do briefing.
Fundamentação teórica
ì Um novo olhar sobre o design
ì Problema de design
ì Informação
ì Briefing
Fundamentação | Um novo olhar sobre o design
ì Design e sua diferença com a área arXs=ca (FORTY, 2008)
ì Gestão do design (MOZOTA, 2003; 2010)
ì Conceito de Design Estratégico (CELASCHI e DESERTI, 2007)
ì Metaprojeto (MORAES, 2010)
Fundamentação | Um novo olhar sobre o design
METAPROJETO Contrabriefing
Briefing
PROJETO
Design Estratégico:
Fundamentação | Problema de design
ì Problema de design (MELO, 2005; MUNARI, 2008)
ì Procurar, caracterizar e solucionar o problema. (CELASCHI e DESERTI, 2007)
ì “Prá=ca-‐reflexiva” (SCHÖN, 2000)
ì Problema mal definido e/ou falta de clareza (CROSS, 1999; Straub e Cas=lho, 2010)
ì Diferentes formas de ver o problema (Tschimmel, 2003)
Fundamentação | Informação
ì Teoria matemá=ca da informação -‐ Shannon (GOMES, 2004)
ì Ciberné=ca -‐ Wiener (GOMES, 2004)
Fundamentação | Informação
Teoria matemá=ca da informação -‐ Shannon (GOMES, 2004)
Emissor Canal Receptor
Sinal
Fundamentação | Informação
Ciberné=ca-‐ Wiener (GOMES, 2004)
Emissor Canal Receptor
Sinal
Retroalimentação
Fundamentação | Briefing
ì Conceitos de briefing (PHILLIPS, 2008; MOZOTA, 2010; MELO, 2005; BRUCE, 1999; CELASCHI e DESERTI, 2007)
ì Instrumento de referência (MOZOTA, 2010)
ì Concentra informações (BRUCE, 1999; MELO, 2005)
ì Instrumento de gestão (PHILLIPS, 2008)
ì Instrumento avaliador (PHILLIPS, 2008)
ì Reflexão sobre o projeto -‐ Contrabriefing (CELASCHI e DESERTI, 2007)
Metodologia
ì 1ª etapa: Pesquisa exploratória
ì 2ª etapa: Estudo de caso -‐ 4 Workshops realizados na EDU:
-‐ Prefeitura de Carlos Barbosa -‐ Melissa Academy
-‐ Técnicas de coleta: -‐ Entrevistas em profundidade -‐ Observação -‐ Pesquisa documental
Metodologia | Critérios de análise
ì Delimitação do problema
ì Construção do briefing
ì Representação do briefing
ì Contrabriefing
Critérios de análise | Delimitação do problema
ì Compreender como as informações reunidas junto ao cliente serviram de subsídio para a problema=zação do projeto.
Critérios de análise | Construção do briefing
ì Iden=ficar de que forma ocorreu essa construção
ì Quem são os atores que par=cipam
ì Quais as formas de registros u=lizadas
ì Quais informações são colocadas no briefing
Critérios de análise | Representação do briefing
ì Iden=ficar de que forma foi feita a representação do briefing
ì De que modo a forma de apresentar pode influenciar no resultado final do projeto
Critérios de análise | Contrabriefing
ì Iden=ficar se existe de fato um espaço des=nado para o reposicionamento do problema, ou se o mesmo pode ocorrer a qualquer momento dentro do processo
ì Analisar se houve algum =po de reposicionamento dentro dos casos
Workshops | WS1
Problema de design Pensar a cidade de Carlos Barbosa para os próximos 20 anos.
Briefing Foco na qualidade de vida e no futuro habitacional. Propostas concretas sob a ó=ca do Design Estratégico com visão para os próximos 20 anos.
Representação do briefing De forma digital. Estavam descritos o obje=vo, suas estratégias e um cronograma.
Contrabriefing Não houve.
Workshops | WS2
Problema de design Manteve-‐se o mesmo problema do Workshop anterior.
Briefing
Gerar uma vision, estabelecendo um conceito norteador, que gere valor e criando uma imagem que a defina e a diferencie como lugar. Abordar todos os aspectos de seu funcionamento, listando diretrizes/ações para cada um dos setores que compõe o planejamento urbano.
Representação do briefing
Apresentado formalmente através de um documento impresso, junto a apresentação digital. Estava descrito os obje=vos, resultados a serem entregues, um cronograma, além de um descri=vo dos grupos e seus tutores.
Contrabriefing Mudança de construção e representação do briefing.
Workshops | WS3
Problema de design Repensar o objeto calçado de plás=co.
Briefing
Desenvolvimento de concepts de produto, baseados na ideia de repensar o objeto calçado de plás=co, levando em consideração algumas questões ligadas a ele. Como por exemplo, mobilidade, design democrá=co, design de processos e consumo sustentável.
Representação do briefing
Apresentação formal em formato digital. Contou com a presença do cliente, que explicou sobre o histórico da empresa e os obje=vos que a empresa =nha com exercício. Foram apresentados os obje=vos do projeto, e um cronograma de ações e entregas.
Contrabriefing Houve um caso diferenciado: “A Prótese”.
Workshops | WS4
Problema de design Seguiu a mesma temá=ca proposta no WS3. O obje=vo era o desenvolvimento de sistemas produto-‐serviço (PSS) estruturados.
Briefing Transformar os projetos da primeira etapa (WS3) em sistemas produto-‐serviço (PSS) estruturados, com as lógicas do Design Estratégico.
Representação do briefing
Houve uma apresentação formal em formato digital, com uma par=cipação mais a=va do cliente, onde foram explicados os conceitos dos projetos anteriores. Nesse briefing foram apresentados os obje=vos do projeto, e um cronograma de ações e entregas.
Contrabriefing Não houve.
Observações
ì Por se tratar de um exercício acadêmico, optou-‐se por não fazer a análise sobre os resultados finais, pois o norte dessa pesquisa foca nos processos, e não nos projetos.
ì Os coordenadores foram muito a=vos: ques=onando, auxiliando e es=mulando os par=cipantes a fim de construir
os projetos de acordo com os obje=vos estabelecidos.
ì Obje=vo central dos Workshops foi a geração de ideias, concepts projetuais.
Discussão das análises | Delimitação do problema
ì WS1 e WS2 ì Através de aspectos definidos pelo cliente, onde
deveriam estar contemplados no projeto final, o problema de design foi desenvolvido numa ação conjunta entre o cliente e os coordenadores.
ì WS3 e WS4 ì O problema de projeto par=u de uma sugestão da
equipe coordenadora.
Discussão das análises | Construção do briefing
ì WS1 ì O briefing não ficou claro para toda equipe
coordenadora, o que refle=u diretamente nos grupos e seus resultados apresentados.
ì WS2 ì Reuniões para alinhar os obje=vos entre
coordenadores. ì A solução encontrada para monitorar o processo
foi a criação de um novo cronograma. Detalhou-‐se as entregas intermediárias e finais.
Discussão das análises | Construção do briefing
ì WS3 e WS4 ì Criado através de reuniões dos coordenadores. ì Buscaram registrar a contextualização do problema
de forma sinté=ca e expor os obje=vos do projeto.
Como o WS3 teve o seu briefing bem construído e houve um alinhamento prévio dos obje=vos entre os coordenadores, o WS4 pôde ser u=lizado como uma sequência do processo, fazendo-‐se valer da riqueza dos resultados ob=dos no WS3.
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS1 ì Apresentação em formato digital. ì Distanciamento com a explicação do obje=vo
central do projeto. ì Muitas informações ligadas a construção do
Workshop, não explanando de forma explícita os obje=vos que esse exercício deveria a=ngir.
ì Par=cipantes muito preocupados na apresentação visual de seus projetos, do que nas entregas.
ì Apresentação teve um tempo de duração muito longo.
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS1
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS1
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS1
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS1
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS2 ì Apresentação foi feita de modo mais explica=vo
com foco nos obje=vos. ì Apresentação foi realizada em formato digital,
porém com o acompanhamento de um material impresso.
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS2
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS2
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS2
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS3 e WS4 ì Apresentação de forma digital ì Distribuição do material impresso para todos os
grupos, contendo os obje=vos e um cronograma detalhado, que facilitava o acompanhamento na apresentação.
ì Houve apresentações contextuais e de assuntos específicos relacionados aos obje=vos do projeto.
ì Nessas apresentações havia interação dos par=cipantes.
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS3 e WS4
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS3 e WS4
Discussão das análises | Contrabriefing
ì WS1 e WS4 ì Não houve.
ì WS2 ì Reposicionamento da metodologia do Workshop ì Houve uma mudança na construção do briefing -‐
alinhamento dos obje=vos e desenvolvimento de um novo cronograma.
Discussão das análises | Representação do briefing
ì WS2 ì Diferença entre os cronogramas
WS1 WS2
Discussão das análises | Contrabriefing
ì WS3 ì O projeto proposto reposicionou o
produto e o negócio do cliente.
Conclusões
ì Observou-‐ se o funcionamento dos processos dentro dos Workshops.
ì Em um nível acadêmico, a educação deve atender em primeiro lugar, depois deve-‐se procurar resultados.
ì Workshops quando trabalhados de forma acadêmica podem acarretar em distorções à realidade projetual.
ì Obje=vo comum nos Workshops era gerar projetos visando a inovação, por isso a pequena limitação dos problemas. Observou-‐se que para isso, os processos deveriam estar bem ajustados. Caso contrário, ocorreriam riscos de se ter o tempo de resolução projetual adiado, gerando insa=sfação com os resultados apresentados.
Conclusões
ì Observou-‐se que há muitas dúvidas quanto a construção do briefing, mesmo que seja por profissionais experientes.
ì É fundamental que a construção do briefing seja feita com uma maior quan=dade de informações possíveis.
ì É função do designer, como proje=sta, estabelecer uma hierarquia e o padrão de relevância que essas informações terão para o projeto.
ì Deve-‐se evitar de tratar o briefing de uma forma linear (como uma etapa), pois faz-‐se parte de um processo cria=vo maleável.
Conclusões
ì Levando em consideração as inúmeras variáveis projetuais, incluindo-‐se nelas o gosto pessoal, o briefing é visto como uma fonte norteadora.
ì A representação do briefing é peça fundamental para auxiliar na reflexão sobre o problema.
ì Nas apresentações foram exploradas desde os obje=vos do projeto, até algumas referências. Quando essas referências são apresentadas, deve ficar estabelecido que servem apenas de um esXmulo projetual.
ì Mesmo que a representação seja feita de forma digital, dificilmente tera o mesmo impacto que um documento impresso, assumindo assim um caráter de um “contrato”.
Conclusões
ì O contrabriefing, como um espaço para o reposicionamento do problema, não foi observado com grande representa=vidade nos projetos dentro dos Workshops. Acredita-‐se na probabilidade devido ao obje=vo de procurar uma grande quan=dade de ideias sem restrições.
ì Observou-‐se que as etapas se complementam e por isso podem ser construídas em conjunto, dando ritmo ao projeto, buscando melhorar através de reflexões os sistemas processuais de projetação.
ì Os problemas comunicacionais, dentro dos instrumentos de design u=lizados, foi um dos maiores problemas diagnos=cados nos critérios analisados.
ì
Obrigado