boletim adufs 04
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Boletim da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe - ADUFS.TRANSCRIPT
Leia Mais
Com 97% dos votos,UFS rejeita EBSERH
P. 3
Votação
Boletim
Gestão Autonomia na Luta 2012-2014
A NACIONALNACIONALANDESCentral Sindical e Popular - CONLUTAS
SINDICATO
CarreiraA burocracia,
a pesquisa e oSIGAA na UFS
P. 7
ArtigoHU
especial adufsSão João
Cultura e tradição
Ano 2Número 4 Maio/Junho 2013
Medida Provisória mantém distorções na carreira docente
P. 6
DIRETORIA 2012-2014 - GESTÃO AUTONOMIA NA LUTAPresidente: Brancilene Santos de Araújo; Secretário: Jailton de Jesus Costa; Diretor Administrativo e Financeiro: Elyson Nunes Carvalho;Diretor Acadêmico e Cultural: Sérgio Queiroz de Medeiros. Suplentes: Noêmia Lima (DSS/CCSA); Carlos Franco Liberato (DHI/CECH)Boletim produzido pela ADUFS - Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino SuperiorEndereço: Av. Marechal Rondon, s/n, bairro Rosa Elze, São Cristóvão-SE Jornalismo e Fotografia: Raquel Brabec (DRT-1517) / Design Gráfico e Ilustrações: Fernando CaldasO conteúdo dos artigos assinados é responsabilidade dos autores e não corresponde necessariamente à opinião da diretoria da ADUFSContato ADUFS: Tel.: (79) 3259-2021 / E-mail: [email protected] / Site: http://www.adufs.org.brN° de Tiragem: 1300 exemplares
EXPEDIENTE
2
apresentada pelo ANDES-SN. Nossa
matéria da página 6 discute em mais
detalhes a MP 614/2013 e as suas
consequências.
A o co nt rá r i o d a l u ta p e l a
reestruturação da carreira docente, há
algumas lutas que não deveriam ser
lutadas. Uma delas é a “briga” que os
professores da UFS vêm travando com
o SIGAA, como discutido no artigo do
professor Fernando Sá, do DHI.
Diante das inúmeras dificuldades com
o novo sistema relatadas por colegas
professores, e da inevitável sensação
de perda de tempo após passar horas
brigando com o sistema, fica a
pergunta: será que o tempo dos
docentes da UFS deveria ser gasto
assim?
O início do período 2013.1 também
marcou o início de uma outra luta que
não deveria ser travada: a luta para dar
aula.
Em que consiste essa luta? Consiste
em conseguir dar aula em condições
É tempo de São João, de luta e de
recomeço de aulas.
Neste boletim junino, nossa capa não
poderia ser outra senão a do mestre
Luiz Gonzaga, um dos símbolos do
Nordeste e das comemorações juninas.
Na página 5 do boletim, temos uma
entrevista com o professor Zezinho do
CODAP, um estudioso da cultura em
torno dos festejos juninos.
São João é época de festa, mas
também é época de luta. Em mais um
capítulo da batalha dos professores das
i n s t i t u i ç õ e s f e d e r a i s p e l a
reestruturação da carreira, o governo
remendou a Lei 12.772/2012, que não
permitia que as instituições exigissem
títulos de mestre ou doutor dos
candidatos a professor e, em virtude
disso, tinha paralisado a realização de
novos concursos.
O remendo foi feito através da
Medida Provisória 614/2013, que,
assim como a Lei 12.772/2012, não
levou em conta a proposta de carreira
vambora curtiro sao joao!!!
o persigaanaodeixa!
5 horas depois, Ainda preenchendo o sigaa...
ditorial
Boletim ADUFS
bastante inadequadas, como salas sem
quadro e com cadeiras para apenas
metade dos alunos matriculados na
disciplina. Consiste também em ter
sorte de não ter que dividir a sala, uma
vez que há salas de aula que foram
alocadas para mais de um professor no
mesmo horário.
Há casos, ainda, de alunos com
dificuldade de locomoção e cujas
disciplinas foram alocadas em salas de
aula do primeiro andar das didáticas.
Como esses alunos vão pra aula se os
e l e v a d o r e s d a s d i d á t i c a s n ã o
funcionam?
Será que todos os professores
deveriam ter suas disciplinas em salas de
aula acessíveis, com quadro e cadeiras
para todos os alunos? Ou será que isso
não é necessário e é perfeitamente
normal começar um semestre letivo do
jeito que a UFS começou 2013.1?
Viva São João!
Para o técnico-administrativo Antônio José
dos Santos, um dos membros da Comissão
Eleitoral, o processo permite que a
comunidade acadêmica exerça a democracia.
“Mesmo que na maioria dos centros a
votação seja de chapa única, o eleitor tem três
opções: votar no candidato, anular ou votar
em branco. O importante é a participação”,
afirma.
A eleição para Diretor(a) e Vice-Diretor(a)
de Centro da UFS tem como objetivo
fortalecer a autonomia da instituição
universitária e ocorre através de um processo
participativo da comunidade universitária.
Como parte do cronograma eleitoral
estabelecido desde o início de abril, ocorreu,
no dia 05 de junho, a eleição para Diretor(a) e
Vice-Diretor(a) de Centro da UFS, para o
quadriênio 2013-2017. O processo foi
coordenado pela Comissão Eleitoral,
composta por representantes da ADUFS, do
Sindicato dos Trabalhadores da UFS (Sintufs) e
do Diretório Central dos Estudantes (DCE),
Cerca de 2.700 pessoas participaram dessa
eleição, que contou com presença maciça de
estudantes: 80% do total de votos são
atribuídos aos discentes. Os votos de cada
chapa foram computados pelo voto
ponderado percentual, de acordo com a
fórmula apresentada no regulamento
eleitoral. Participaram da eleição professores,
servidores técnico-administrativos e
estudantes matriculados na UFS.
O CCET foi o único Centro a apresentar
disputa de duas chapas, da qual saiu
vencedora a nova gestão “Por um CCET
integrado e consolidado”, dirigida pelo
professor Pedro Leite, por 51,9% dos votos.
Foram mais de 1.400 votantes nesse Centro.
VEleição define nova gestão de Centro da UFS
otação
A apuração do plebiscito ocorrido na ADUFS
sobre a Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (EBSERH) nos Hospitais
Universitários (HU) revela que a maioria da
comunidade acadêmica da UFS não concorda
com a implantação desse novo modelo de
gestão. De um universo de 744 votantes, 720
foram contrários à EBSERH, representando
97% do total. Apenas 24 dos votantes se
posicionaram a favor.
Nacionalmente, o número de pessoas
contrárias à implantação da EBSERH chegou a
60 mil; segundo os organizadores do plebiscito,
apenas três mil pessoas foram favoráveis à
adesão. O resultado local e nacional do
plebisc ito mostra de forma clara o
posicionamento da comunidade acadêmica
sobre a EBSERH.
O plebiscito ocorreu em todo o Brasil de 02
a 19 de abril, promovido pelas entidades
ligadas à educação e saúde federais. O objetivo
foi informar e mobilizar a comunidade
universitária contra a privatização dos HUs e do
Sistema Único de Saúde (SUS). Os votos foram
coletados junto à comunidade acadêmica e
entre os usuários dos HUs das Instituições
Federais de Ensino (IFE).
Campanha ADUFS
Com o slogan “Aderir à EBSERH é privatizar a
saúde e educação ao mesmo tempo”, a ADUFS
iniciou, em abril deste ano, uma campanha para
divulgar os riscos e prejuízos da EBSERH. Foram
confeccionados banners, adesivos e bótons para
distribuição entre a comunidade universitária e
a população em geral.
Após a etapa inicial de disseminar os efeitos
da EBSERH na universidade, a ADUFS está se
empenhando em fortalecer a adesão de
professores, técnicos e estudantes na
mobilização contra a empresa, como forma de
pressionar a reitoria da UFS a não aprovar o
projeto de privatização da saúde.
A implantação da EBSERH vem recebendo
críticas e gerando amplas discussões por propor
uma lógica que inclui privatização e
mercantilização do sistema hospitalar público e
da educação como um todo. As entidades
ligadas ao ensino superior federal afirmam que a
EBSERH traz uma série de prejuízos, entre eles
retirar o caráter público dos HUs, ferir a
autonomia universitária e prejudicar a
população usuária dos serviços assistenciais
prestados pelos hospitais-escola.
Com 97% dos votos, comunidade acadêmica da UFS rejeita EBSERH
3
Chapas vencedoras: CCET - “Por um CCET integrado e
consolidado”.Diretor (a): Pedro Leite de SantanaVice-Diretor (a): Fábio dos Santos
CCSA - “Social Aplicada”.Diretor (a): Débora Eleonora Pereira
da SilvaVice- Diretor (a): Valéria Aparecida
Bari CECH - “Diálogo, diversidade e
transparência”.Diretor (a): Iara Maria Campelo
LimaVice- Diretor (a): Maria Lêonia
Garcia Costa Carvalho CCBS - “Consolidando a
integração”.Diretor (a): Antônio Carvalho da
PaixãoVice- Diretor (a): Charles dos Santos
Estevam.
Professor vota na eleição de Centro da UFS
Nº 4
4
especialSão João
Cultura e tradição
Origem do São João!
Segundo artigo publicado pelo professor
José Augusto, a festa de São João foi
introduzida no Brasil pelos portugueses em
1538, sendo bem aceita pelos indígenas
devido às brincadeiras, adivinhações,
batizados, tudo em volta da fogueira. No
Brasil, foram incorporadas as comidas típicas
como canjica, pamonha, manaué, pipoca,
milho verde assado e cozido, quase todas de
origem indígena. O São João no Brasil coincide
com o inverno, numa homenagem simples
que é dedicada ao santo. Mesmo numa era
em que as culturas se globalizam, a festa de
São João persiste culturalmente e se constitui
num dos períodos mais alegres do ano.
José Paulino da SilvaGraduado em Filosofia e Educação. Possui Mestrado em Filosofia e História da Educação pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e Doutorado em Educação pela UNICAMP/SP. Foi coordenador do curso de Mestrado em Educação, no Departamento de Educação da UFS; Pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, Pró-reitor em Assuntos Estudan�s e Vice-reitor (Gestão 92 a 96). Possui trabalhos publicados na área de Educação, História – especificamente a Guerra de Canudos e Cultura Popular. Livros publicados: “I�nerários de Libertação” (2004, Ed. Sotaque Norte), “Elogio da Amizade” (2012, Ed. Sotaque Norte). Foi um dos par�cipantes da fundação da ADUFS.
Luis Alberto dos SantosGraduou-se em Serviço Social pela UFS em 1972, tornou-se Especialista em Planejamento da Dimensão Social do Desenvolvimento em 1976, Mestre em Educação pela FGV em 1983. Foi admi�do por concurso público para trabalhar como professor da UFS em 1975. Foi presidente do PT, diretor do Centro de Educação e Ciências Humanas, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários. Possui grande conhecimento em militância e na luta da classe trabalhadora.
José Augusto de AlmeidaLicenciado em Matemá�ca pela Universidade Federal de Sergipe, em 1979. Possui Pós-Graduação em Metodologia do Curso Superior pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Maceió-AL (1992). A carreira profissional envolve ensino na rede estadual, municipal, par�cular e universidades par�culares. No Colégio de Aplicação da UFS, leciona Matemá�ca e Informá�ca. Acredita que a vinculação matemá�ca à realidade sociocultural é de grande importância para o sucesso de sua aprendizagem. Par�cipa do programa Aquarela Nordes�na da Rádio Aperipê há 20 anos.
Aglaé D' Ávila Fontes Licenciada em Filosofia pela UFS, com Pós-Graduação em Educação Infan�l (UFS) e Especialização em Educação Musical (UFBA). Par�cipou da gestão de vários órgãos públicos municipais e estaduais. É professora adjunta da UFS, pesquisadora da Cultura Popular, folclorista, escritora, consultora em Arte-educação em diversos países e estados brasileiros, presidente da Comissão Sergipana de Folclore e vice-presidente da Comissão Nacional de Folclore. Possui diversos livros publicados, entre eles, “O folclore e a educação musical”, “Danças e Folguedos”, 'Eu não tenho onde morar' e 'Menino tangedor de sonhos'.
Boletim ADUFS
Cultura
Beatriz Gois DantasFormada em Geografia e História pela Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe, Mestra em Antropologia Social pela UNICAMP, é professora emérita da UFS, ins�tuição na qual desenvolveu sua vida acadêmica. Pesquisadora nas áreas de folclore, cultos afro-bras i le i ros , etno-h i stór ia ind ígena e artesanato. Algumas de suas obras publicadas são: Vovó Nagô e Papai Branco: usos e abusos da África no Brasil (1988), A Taieira de Sergipe: pesquisa sobre uma dança tradicional do Nordeste (1972) e A renda de Divina Pastora. Catálogo de exposição (2001). Par�cipou em várias obras cole�vas e tem ar�gos publicados em revistas especializadas.
‘’Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o teu coração
O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xóte, baião no salão
E no terreiro
O teu olhar, que incendiou
Meu coração.’’
(Olha Pro Céu, Luiz Gonzaga)
Ao ouvir essa música, uma das mais
conhecidas de Luiz Gonzaga, fica impossível
não sentir a magia do mês junino, com todas
as duas tradições, crendices, brincadeiras,
comidas e danças. Nesta edição do Boletim
ADUFS, a equipe editorial traz para os leitores
um material especial sobre o São João.
A Diretoria da ADUFS homenageia 5
professores que são verdadeiros símbolos
para a cultura Sergipana, seja por suas
carreiras acadêmicas de contribuição para a
sociedade, seja pelo repertório literário ou
pelas pesquisas que engrandecem o Estado.
Você também pode conferir neste especial
uma entrevista com o professor José Augusto
de Almeida, do Colégio de Aplicação (Codap),
na qual ele aborda seu tema de estudo: Luiz
Gonzaga, o cantador do sertão. Segundo José
Augusto, Luiz Gonzaga influenciou várias
gerações de músicos e foi o maior
representante da música popular brasileira,
em especial a música do Nordeste, por
divulgar ritmos alegres e contagiantes como
o xaxado, o baião, o xote, o coco, entre
outros.
Perfil dos homenageados
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Nº 4Entrevista
5
peculiaridades da vida e da musicografia de
Luiz Gonzaga?
Prof. José Augusto – A musicografia de Luiz
Gonzaga é extensa e conta toda sua história.
Ouvindo “Noites Brasileiras”, por exemplo,
você percebe como era feito o São João.
Interessante é a mudança que o São João
sofreu depois de Luiz Gonzaga, como ele criou
uma nova imagem para o Nordeste e divulgou
suas festas. Em “A Dança da Moda”, por
exe m p l o, o u v i m o s “ N o R i o tá t u d o
mudado/Nas noites de São João/Em vez de
polca e rancheira/O povo só pede, só dança o
baião”, que mostra essa mudança.
Para interpretar uma música de Luiz
Gonzaga, você precisa conhecer um pouco da
história e do contexto dela. Por exemplo, a
música “Boi Bumbá”, de 1968, fala sobre as
partes de um boi. Um momento da música diz
“Pra onde vai a barrigueira?/Vai pra Miguel
Pereira/E a vassoura do rabo?/Vai pro Zé
Nabo”. Quem é esse Zé Nabo? Ele era prefeito
de Miguel Pereira. 20 anos depois, Luiz
Gonzaga grava outra música, chamada “Cabo
a Rabo”, e Zé Nabo aparece nela de novo. Luiz
Gonzaga cita nomes conhecidos em suas
músicas com frequência.
Quando Luiz Gonzaga começou a gravar,
ele sempre procurava pessoas que tivessem
nível superior e que conhecessem o Nordeste
para enriquecer suas músicas. “Asa Branca”
foi uma delas: é uma música de origem
folclórica e ganhou mais beleza com a
contribuição de Humberto Teixeira, como no
trecho “Quando o verde dos teus olhos/Se
espalhar na prantação/Eu te asseguro não
chore não, viu/Que eu voltarei, viu/Meu
coração”. Outro exemplo foi Zé Dantas, que
era médico e é um dos compositores de
“Samarica Parteira”, que conta a história de
um parto.
Luiz Gonzaga foi uma pessoa única. Você
não pode estudar a cultura nordestina sem
citar ele. Não só no Nordeste, onde ele ajudou
a criar igreja, fundar hospital, mas também na
região Sudeste, na cidade de Miguel Pereira,
Rio de Janeiro, sua influência é forte. Se você
chegar lá e perguntar quem é Luiz Gonzaga,
todo mundo sabe.
Alguns discos sofreram censura. Em 1968,
ele gravou “Pra não dizer que não falei das
flores”, de Geraldo Vandré, e o disco só pode
voltar a circular em 1980. Há a música “Paulo
Afonso”, que mostra quem deu a ideia da
Quando se trata de estudos sobre Luiz
Gonzaga, a primeira pessoa a quem recorrer
na UFS é o professor José Augusto de
Almeida, também conhecido como Zezinho.
Ao longo dos anos, esse professor de
Matemática do Colégio de Aplicação
(CODAP) reuniu um acervo que inclui livros,
peças e discos do músico que considera uma
inspiração: o compositor, instrumentista e
cantor Luiz Gonzaga. Em entrevista, José
Augusto fala sobre o significado dos festejos
juninos, a influência de Luiz Gonzaga na
música popular brasileira e o legado que
deixou para a cultura do Nordeste.
Boletim ADUFS – Como surgiu o interesse
pelo tema Luiz Gonzaga?
Prof. José Augusto – Comecei a trabalhar
nos estudos sobre Luiz Gonzaga na época em
que José Paulino era vice-reitor da UFS, na
década de 90. Mas já comprava os discos dele
nos anos 60 e 70. Tenho, mais ou menos, 40
livros no acervo de Luiz Gonzaga. Ele era tema
de estudo em Universidades do Sul e Sudeste
do país, tema para mestrado, doutorado,
artigos e pesquisas, mostrando sua trajetória.
Outro ponto é que toda criança que foi
criada em fazenda recebeu uma influência
muito forte de Luiz Gonzaga. Eu mesmo, com
dois ou quatro anos, quando vivia no Povoado
Gameleira, em Campo do Brito, lembro as
músicas no rádio. “Noites Brasileiras”, “Olha
pro Céu”, “Fogueira de São João”, são algumas
famosas dele.
Na época junina, havia uma festa simples,
onde todo mundo se misturava. Existiam as
brincadeiras, as crendices, as danças, o
batizado na fogueira, tudo isso só depois eu
fui entender melhor o significado: elas
aumentavam os laços entre a família e os
moradores da cidade.
Quando vim para a cidade grande, tomei
um choque. A festa não era genuína.
Infelizmente, parece que a cultura e o
material didático ensinados na sala de aula
vêm do Sul. A capital está perdendo sua
identidade cultural, deixando suas raízes,
assimilando a modernidade que vem de
outros Estados. Com uma orla bonita como
essa que temos, deveria ter forró e
apresentações folclóricas o ano todo. Em
Campina Grande e Caruaru, o São João dura
30 dias; aqui já diminuíram para 10. É preciso
haver um resgate nesse sentido.
Boletim A D U FS – Quais são as
criação da usina, “Vozes da Seca”, que ensina o
nordestino a conviver com a seca. Há também
uma, chamada “Apologia ao Jumento”, que é
um protesto contra a venda da carne de
jumento para a França.
Ele criou uma composição instrumental
com o grave e o agudo, a zabumba e o
triângulo, algo que não existia antes. Foi ele
quem primeiro criou um trio especificamente
nordestino, que saia mais barato do que viajar
com uma banda composta por violão, violino, e
outros instrumentos de orquestra.
Ele também sofreu preconceito, assim como
outros artistas da música popular brasileira,
como Noel Rosa, Pixinguinha, Ari Barroso,
Augusto Calheiro, todos eles sofreram
dificuldade na carreira. Por outro lado, deixou
m u i t o s s e g u i d o r e s , o s c h a m a d o s
gonzaguianos, que, por exemplo, repetiram a
ideia do trio nordestino. Maria Inês é um deles,
considerada até como Luiz Gonzaga de saia.
Hoje nós temos um contingente expressivo
d e m ú s i co s n o rd e st i n o s . N ó s te m o s
Mestrinho, que tocava com Dominguinhos, o
filho postiço de Luiz Gonzaga, Erivaldinho do
Acordeon, o próprio Erivaldo de Carira, Luiz
Paulo, nós temos todos esses artistas que
seguiram a ideia da festa junina iniciada por
Luiz Gonzaga.
Boletim ADUFS – Os festejos juninos estão
sofrendo um processo de mudança que muitas
vezes gera polêmica. O que o senhor tem a falar
sobre o assunto?
Prof. José Augusto – Com a morte de Luiz
Gonzaga, surgiram bandas variadas, mas nesse
ponto entra a parte política. Se você contratar
um sanfoneiro bom, ele cobra entre 3 a 4 mil
reais; já se você contratar uma banda famosa,
vai sair de 200 mil reais para cima. Isso dá
margem para desvios, e a cultura se perde
nessa seleção musical. Muitas vezes, chamam
gente que não tem nada a ver com a festa
junina.
Algo inquestionável é que a cultura está
sempre em movimento. Não sou um daqueles
saudosistas que acham que nada deve mudar,
pelo contrário. Agora, a partir do momento em
que você começa a mudar muito, botar
lambada no São João, você está perdendo a
identidade cultural. As mudanças têm que vir,
mas sem perder as características. Você não
pode perder suas raízes, o estilo de música, o
xote, o xaxado, a marchinha junina, conhecer a
importância do São João.
Luiz Gonzagao Rei do Baião
C
Medida Provisória mantém distorções na carreira docente
arreira DocenteBoletim ADUFS
6
Pontos conflitantes
Para o sindicato nacional, uma análise
preliminar da MP 614/2013 comprova que a
medida não aborda os elementos centrais da
desestruturação e limita-se a aplicar novas
roupagens em torno de antigos problemas.
“A medida não enfrenta a falta de critério
evolutivo nos degraus de ascensão na
carreira, a discrepância na valoração dos
regimes de trabalho e da titulação, e muito
menos aborda a pseudo-estratificação da
estrutura. Ao contrário, aumenta a confusão
ao denominar as classes com letras e a estas
impor denominações secundárias, que
teriam efeito qualificador”, argumentou
Marinalva de Oliveira, presidente do ANDES-
SN.
A presidente ainda critica a fragilização do
regime de Dedicação Exclusiva e o fato de a
MP não tratar da ambiguidade de se ter duas
figuras de Professor Titular na mesma carreira
com critérios e formas de ingresso distintas, o
que a simples redução das exigências para
concurso ao chamado Titular Livre não
minimiza.
Quanto às condições para participação em
concursos de ingresso na carreira, o sindicato
entende que esta é uma questão que sempre
foi resolvida no âmbito da autonomia
universitária. Também questiona por que o
governo não exige as mesmas condições para
as instituições privadas, nas quais o percentual
de doutores é mais baixo.
O sindicato nacional, juntamente com as
seções sindicais, está avaliando os próximos
passos da sua intervenção para conquistar
avanços efetivos em termos da reestruturação
da carreira dos professores federais, tendo
como referência o projeto construído no
debate nacional pelos próprios docentes.
Com informações do ANDES-SN
Em um ato que vem provocando polêmica
entre os setores ligados ao ensino superior
federal, o governo publicou no Diário Oficial a
Medida Provisória 614/2013, que reabre o
debate sobre o conteúdo da Lei 12.772/2012,
que trata da estruturação do Plano de
Carreiras e Cargos de Magistério Federal.
A medida, publicada em 15 de maio, foi
criada para dar resposta às intensas críticas
que surgiram após a entrada em vigor da Lei
12.772, em março deste ano, principalmente
no que diz respeito ao ingresso de docentes
com titulação nos quadros das universidades
federais.
Na visão do ANDES-SN, a MP 614/2013 é
mais uma atitude unilateral e autoritária do
Poder Executivo, que apenas maquia a
solução de falsos problemas e não traz
nenhum aspecto que trate de reverter a
desestruturação da carreira dos docentes das
Instituições Federais de Ensino ( IFE),
consolidada pela Lei 12.772.
MP 614/2013
Uma das principais alterações que a medida
aponta no texto original da Lei 12.772 é a
mudança na classificação da carreira de
magistério superior, que passa a ser
estruturada em classes A, B, C, D e E, e
respectivos níveis de vencimento, de acordo
com a titulação do ocupante do cargo.
Outro ponto de destaque foi que se
retomou a exigência do título de doutor na
área do concurso como requisito de ingresso
na Universidade, reconhecendo que são as
Universidades que devem decidir as
condições e exigências para preenchimento
dos cargos docentes, conforme prevê a
Constituição Brasileira.
O texto aponta ainda redução no tempo
de doutoramento ou experiência exigido para
a prestação de concurso de Titular Livre para
10 anos, ao invés de 20 anos, assim como
também se alterou a redação do artigo que
regulamenta as parcelas remuneratórias que
os docentes em regime de Dedicação
Exclusiva podem receber.
EntrevistaRecém-chegado das discussões acerca da MP no sindicato nacional, em Brasília, o professor e diretor financeiro da ADUFS, Elyson Carvalho, aborda suas impressões sobre o tema:
ADUFS - Na visão do ANDES, a nova medida não modifica a essência da lei, ou seja, mantém as distorções na carreira docente. Qual o propósito do governo em manter o mesmo discurso, mesmo depois de todas as propostas de reestruturação apontadas pela categoria docente?
Prof. Elyson - As ações do governo têm sempre apontado para uma desestruturação das universidades federais, tornando-as pouco atra�va para novos professores, bem como para a sociedade. A falta de inves�mentos nas IES públicas e o financiamento por parte do governo federal das IES privadas deixam claro que as distorções na carreira docente não são mo�vadas apenas por questões orçamentárias, retomando a ideia de priva�zação das universidades federais.
ADUFS - A MP está na Câmara dos Deputados para apreciação, e de lá seguirá para o Senado. Entre os parlamentares, já existe uma indicação do que eles pensam sobre a medida? São favoráveis ou contrários?
Prof. Elyson - Ainda não sabemos qual o opinião dos deputados e senadores, no entanto, muitos parlamentares têm procurado o ANDES-SN para saber qual a opinião do nosso sindicato sobre a MP. Dessa forma, foi elaborado e divulgado entre os parlamentares um texto enfa�zando que a MP 614/2013 não resolve a desestruturação trazida com a Lei 12.772/2012.
ADUFS - Quais são as ações em andamento no sindicato nacional no sen�do de promover um embate contra a MP 614/2013, e qual a par�cipação das seções sindicais - incluindo a ADUFS - nesse processo?
Prof. Elyson - Na verdade, os esforços do ANDES-SN estão focados em aproveitar a publicação da MP para reabrir as negociações com o governo, uma vez que sua publicação é a prova de que as discussões e alterações na carreira docente federal não foram encerradas com a Lei 12.772/2012.
7
Nº 4Artigo
tem impedido o saudável exercício do ócio
criativo, fundamental como a liberdade para
a produção intelectual.
Sobre esse assunto, recordo-me de um livro
que marcou minha vida intelectual nos idos
dos anos 1980 e que pode nos ajudar a
i n t e r p e l a r e s s a b u r o c r a t i z a ç ã o d a
universidade brasileira. O Direito à Preguiça,
de Paul Lafargue, lançado em 1980, pela
editora Kairós, trazia certa simpatia pela
ideologia do progresso e que o avanço
tecnológico poderia ampliar nosso tempo
livre, possibilitando aos trabalhadores
usufruírem a cultura e o lazer. A grande
repercussão deste libelo no movimento
operário do século XIX, superado apenas pelo
Manifesto Comunista, de K. Marx e F. Engels,
pode nos ajudar a refletir para um debate que
reputo como atualíssimo: a dialética entre o
direito ao trabalho e o direito à preguiça. Na
universidade brasileira, vivemos atualmente
um processo massacrante de intensificação e
precarização do trabalho docente, tendo
como foco o produtivismo defendido como
política de Estado, que, ao invés da libertação
que o desenvolvimento tecnológico poderia
nos proporcionar, o que vemos é um
aprisionamento do nosso tempo livre ao
mundo do trabalho.
Nos anos 1990, Milton Santos já
denunciava esse processo, afirmando que a
universidade não pode se preocupar apenas
com a produtividade, mas criar a sua
capacidade de gerar subversão e indignação.
Cada vez mais os governos de todos os
m at i ze s i d e o l ó g i co s tê m ata ca d o a
autonomia universitária, garantida pela
Constituição Federal de 1988, no seu artigo
207. Talvez a nossa incompetência em
exercer esse direito tenha favorecido ações
estatais de controle do processo de trabalho
d o s p r o f i s s i o n a i s q u e a t u a m n a s
universidades públicas brasileiras. Esse é um
processo de adequação da instituição
universitária ao processo de globalização
neoliberal.
A implantação do SIGAA na UFS foi uma
imposição política e burocrática da reitoria
sem o devido diálogo com a comunidade
universitária. Não quero aqui ser confundido
com algumas opiniões “ludditas” de rejeição
absoluta à tecnologia e ao “sistema”, mas
entendo que temos a obrigação de denunciar
os problemas que sua implantação tem
causado nos dois últimos anos.
Quando do seu início no ano de 2012, o
“sistema” causou uma série de transtornos aos
pesquisadores que tentavam preencher o
formulário de registro de projetos para o
Programa de Bolsas de Iniciação Científica
(PIBIC) e persistiu durante o corrente ano. O
autismo da burocracia universitária da UFS
impede um diálogo mais profundo sobre os
prejuízos impingidos aos docentes por essas
intempéries do “sistema”. Alguns inspirados
estudantes que já experimentaram o
“sistema” na Universidade Federal do Ceará
chamam-no de “persigaa”. Não por acaso.
Interessante observar que os atuais
responsáveis pela pesquisa na UFS afirmaram,
pessoalmente, que o problema foi apenas
comigo, mas consultando outros professores
percebi que atingiu cerca de 70 professores
desta instituição. Talvez o problema de
comunicação entre a Pró-Reitoria de Pesquisa
e P ó s - G r a d u a ç ã o ( P O S G R A P ) e o s
pesquisadores se restrinja ao meu e-mail
institucional, que, aliás, não funciona como
deveria numa instituição que se quer
universitária. O erro, segundo a burocracia
universitária, é sempre do professor-
pesquisador e não do “sistema”.
Confesso que me sinto desestimulado a
prosseguir num processo seletivo que não
oferece alternativa quando o “sistema” não
funciona. Apesar de algumas funcionalidades,
aliás, muito interessantes para o exercício do
trabalho docente, não podemos deixar de
registrar os inúmeros problemas advindos da
implantação do “sistema”, como podemos
identificar no e-mail enviado pelo DAA, datado
de 21 de maio último, adiando o início do
próximo semestre 2013.2, devido aos
“problemas na preparação da oferta e durante
o processo de matrícula, ambos envolvendo o
novo sistema eletrônico de gerenciamento
(SIGAA)”.
Na minha modesta opinião, devemos
informar aos dirigentes das instituições
federais de ensino superior que eles não são
apenas “gerentes” da crise universitária e sim
partícipes da luta por uma universidade
pública, gratuita e de qualidade.
Afinal, qual universidade queremos?
Prof. Dr. Antônio Fernando de Araújo Sá
Departamento de História
Universidade Federal de Sergipe
Quando cheguei à Universidade Federal de
Sergipe, em 1991, percebi que pouco se
produzia do ponto de vista da pesquisa
universitária e a pós-graduação não era
prioridade no reitorado. O ensino era o meio
e o fim da UFS em meio às mudanças
ideológicas e políticas experimentadas com o
avanço do neoliberalismo na política
educacional no Brasil, apesar da intensa
resistência dos funcionários públicos
f e d e r a i s . A b n e g a d o s d o c e n t e s s e
desdobravam entre inúmeras tarefas e a
infraestrutura do campus era muito precária,
sem muitas possibilidades de permanência
nos departamentos e laboratórios. Mesmo
assim publicávamos num esforço hercúleo de
produzir ciência na periferia da periferia
universitária.
Muita coisa mudou e vemos que hoje
n o s s a u n i v e r s i d a d e a v a n ç o u ,
consideravelmente, na direção da integração
do ensino, pesquisa e extensão. Contudo, a
extensão continua não sendo prioridade nas
universidades brasileiras hoje. Pior ainda é
que o processo de burocratização da
universidade pode prejudicar as conquistas
duramente levadas a cabo pelo conjunto de
professores e técnicos administrativos nas
últimas décadas.
Foram implantados múltiplos mecanismos
de controle social do trabalho docente e
técnico-administrativo, estabelecendo um
n o v o p a r a d i g m a p a r a s e p e n s a r a
universidade. Moldou-se uma concepção
hegemônica de Universidade em que o
conhecimento constitui-se no principal fator
de produção, o que o torna produto,
mercadoria. Desde o governo Collor, a
Universidade passou a ser o alvo preferencial
dos grupos hegemônicos do mercado,
apoiados pelas políticas de governo, na
medida em que, no capitalismo globalizado,
educação e conhecimento são tidos como
eixos da transformação produtiva e do
desenvolvimento econômico.
As inúmeras avaliações que temos
vivenciado desde os anos 1990 devem ser
inser idas nesse contexto, tentando
consolidar uma “pedagogia” da concorrência,
da produtividade e da eficiência. Isso tem
levado o trabalho docente para além do
campus da universidade, imiscuindo inclusive
no nosso parco tempo de lazer com seus
pareceres e processos administrativos. Isso
A BUROCRACIA, A PESQUISA E O SIGAA NA UFS
S
Começa a 2ª etapa da Campanha de filiação do ANDES
A campanha de sindicalização do ANDES-SN, com o slogan
“Um a mais é muito mais!”, entrou em sua segunda fase no
mês de junho. A novidade desta etapa é que cada Seção
Sindical poderá incluir sua própria marca nas peças, como a
que se vê no banner ao lado.
A nova marca do ANDES-SN e a nova campanha de filiação
foram lançadas durante o 32º Congresso e disponibilizadas
às seções sindicais de todo o Brasil. A campanha ANDES-SN
2013 tem a formiga como seu elemento-chave, escolhida
por simbolizar a sociedade organizada, onde cada uma tem
um papel único e importante, a comunicação inteligente, a
força, o espírito coletivo, a individualidade dentro da
coletividade e o grande número.
Filiação ADUFS
O maior compromisso da ADUFS é lutar pela qualidade da
educação pública e pela valorização do trabalho docentes.
A ADUFS oferece aos professores associados vários
serviços, entre eles o convênio de saúde com a Unimed e
assessoria jurídica para defender os direitos dos docentes,
disponibilizada todas as quartas-feiras no período das 15h
às 17h. Há, ainda, os Grupos de Trabalho, abertos a todos os
docentes, que cumprem importante papel na formulação
das políticas da ADUFS.
Para se filiar, dirija-se à ADUFS para preencher a ficha de
sindicalização, autorização do débito e entregar uma cópia
do seu contracheque. Nossa luta é conjunta e você faz parte
dela!
Campanha pela anulação da Reforma da Previdência
coleta assinaturas
Seção
ADUFSSindical
www.adufs.org.br
ANDES - CSP CONLUTAS
ADUFS atualiza dados de professores filiados
Durante os meses de maio e junho o Fórum Nacional das En�dades dos Servidores Públicos Federais e pelo Espaço de Unidade e de Ação promoveu uma campanha de coleta de assinaturas com o obje�vo de anular a Reforma da Previdência de 2003 e seus efeitos, entre eles o Funpresp (Fundação De Previdência Complementar do Servidor Público Federal). Em Sergipe, a lista de coleta das assinaturas ficou disponível na sede da ADUFS. No abaixo-assinado, reivindica-se o reconhecimento da nulidade da Reforma da Previdência de 2003 (Emenda Cons�tucional 41), devido à comprovação de compra de votos que viabilizou sua aprovação no Congresso Nacional, conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento do processo in�tulado “mensalão”. O julgamento do STF condenou vários ex-integrantes do governo e par�dos de sua base aliada. Para as en�dades envolvidas na campanha, a reforma não pode con�nuar em vigor.
Desde o dia 03 de junho, a ADUFS iniciou o recadastamento dos professores filiados ao sindicato nacional. O obje�vo da ação é atualizar os dados dos docentes a fim de garan�r a comunicação com os filiados e o registro de informações per�nentes ao trabalho da associação. Para se recadastrar, basta abrir a página da ADUFS na internet e acessar o link “Recadastramento”, na parte superior do site. Lá, há um formulário on-line onde deve redigir seus dados pessoais, como endereço, contato, lotação e dados bancários. Todas as informações são protegidas pelo sistema da ADUFS.
Encontre o site da ADUFS no seguinte endereço:
http://adufs.org.br/
www.adufs.org.brfacebook.com/adufsse.secaosindicalandes
indicato