bases clínicas e humanisticas para o desenvolvimento da atenção farmacêutica
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Bases Clínicas e Humanisticas para o desenvolvimento da Atenção FarmacêuticaTRANSCRIPT
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"Bases Clínicas e Humanísticas para o Desenvolvimento da
Atenção Farmacêutica"
Prof. Dr. Marcelo Polacow Bisson
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Introdução
• Antes de abordar o tema “Atenção Farmacêutica” é importante traçar um cenário da área farmacêutica no Brasil e no mundo.
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Contexto Histórico• Hepler & Strand (1990) realizaram uma análise
sobre os três períodos que consideram mais importantes da atividade farmacêutica no século XX, definindo-os como:
• o tradicional;
• o de transição; e
• o de desenvolvimento da atenção ao paciente.
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Período Tradicional
• O papel tradicional foi desenvolvido pelo boticário que preparava e vendia os medicamentos, fornecendo orientações aos seus clientes sobre o uso dos mesmos. Era comum prescrevê-los também.
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Período de Transição
• Conforme a indústria farmacêutica começou a se desenvolver este papel do farmacêutico paulatinamente foi diminuindo. Começa assim o período de transição.
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Período de Desenvolvimento de Atenção (“Care”) ao Paciente
• o farmacêutico em meio a uma grave crise de identidade profissional, iniciou sua reação fazendo nascer nos anos 60 a prática da farmácia clínica.
• Passou a se conscientizar do seu papel para a saúde pública.
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Foco no Paciente
• A prática farmacêutica orienta-se para a atenção ao paciente e o medicamento passa a ser visto como um meio ou instrumento para se alcançar um resultado, seja este paliativo, curativo ou preventivo.
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Mercado Farmacêutico Mundial
• O mercado farmacêutico mundial movimenta mais de US$ 500 bilhões no mundo;
• Um dos setores que mais investe em Pesquisa e Desenvolvimento;
• Foco nos negócios (Capital);
• Paciente em segundo plano.
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Mercado Farmacêutico Brasileiro
• As vendas totais foram de US$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre de 2007, contra US$ 2,2 bilhões em 2006;
• Os genéricos ocupam 14,6% do mercado brasileiro (1º trimestre de 2007);
• Total de 260 mil clientes atendidos e 669 milhões de unidades vendidas (dados Abrafarma de 2004).
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Mercado Farmacêutico Brasileiro
• Ministério da Saúde (2003) em 2002 despendeu 1,8 bilhões de reais para a aquisição de medicamentos para uso em unidades ambulatoriais públicas.
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Custos adicionais com o uso do medicamento
• Estima-se que nos EUA as reações adversas a medicamentos sejam a quarta a sexta causa de morte em hospitais, excedendo as mortes causadas por pneumonia e diabetes (White et al., 1999).
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Custos adicionais com o uso do medicamento
• A morbimortalidade por esta causa é considerada comum e o custo estimado é da ordem de 136 bilhões de dólares ao ano (Holland & Degruy, 1997).
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Mudança de paradigma
• a finalidade do trabalho do farmacêutico deixa de se focalizar no medicamento enquanto produto farmacêutico e passa a ser direcionada ao paciente, com a preocupação de que os riscos inerentes à utilização deste produto sejam minimizados.
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Declaração de Tóquio
• Em 1993 a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o documento conhecido como “Declaração de Tóquio” (OMS, 1993) coloca o paciente como foco das ações do farmacêutico.
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“Proposta de Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica”• A “Proposta de Consenso Brasileiro de
Atenção Farmacêutica” (OPAS, 2002) tem por objetivo uniformizar os conceitos e a prática profissional no país.
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“Focos da Proposta de Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica”
• Educação em saúde;
• Orientação farmacêutica;
• Dispensação, atendimento e acompanhamento farmacêutico; e
• Registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados.
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Definição de Atenção Farmacêutica (Consenso Brasileiro)
• É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida.
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Humanização na Saúde
• Nos anos 2000 ganha força as estratégias para implantação de uma Política Nacional de Humanização no atendimento do SUS.
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A humanização tem como bases:
• Valorização dos sujeitos: usuários, trabalhadores e gestores;
• Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos;
• Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de saúde e sujeitos;
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A humanização tem como bases:• Estabelecimento de vínculos solidários e de
participação coletiva na gestão;
• Identificação das necessidades sociais de saúde;
• Mudança nos modelos de atenção e de gestão dos processos de trabalho em saúde;e
• Compromisso com melhoria das condições de trabalho e atendimento.
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Importância da Humanização
• Para enfrentar as graves lacunas quanto ao acesso universal e equânime aos serviços e bens de saúde e à atenção integral à saúde.
• Para modificar o quadro de desvalorização dos trabalhadores da saúde, de precarização das relações de trabalho (baixo investimento em educação permanente, baixa implicação no processo de gestão).
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Implantação da Atenção Farmacêutica e Humanização na
Saúde• Na grande maioria das vezes, o
farmacêutico da farmácia pública ou hospitalar tem uma gama enorme de tarefas burocráticas que o afastam do paciente
• O farmacêutico brasileiro precisa gerenciar melhor seu tempo, diminuindo as tarefas administrativas e aumentando as atividades clínicas.
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Implantação da Atenção Farmacêutica e Humanização na
Saúde• Para isto acontecer, é necessário saber
delegar serviços aos colaboradores diretos, informatizar processos de rotina, portanto o farmacêutico deve mudar sua postura e enxergar o paciente como foco de seu trabalho.
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Etapas Prévias para Execução de Ações de Atenção Farmacêutica
• Convencimento de quem tem poder de mando como Secretários de Saúde Estaduais e Municipais, diretores clínicos de hospitais, proprietários de redes de drogarias e farmácias;
• Colocar o paciente como foco das ações; e
• Definição de projetos específicos de atenção farmacêutica (por doenças, tipos de paciente, tipos de medicamentos).
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Etapas de Execução de Ações de Atenção Farmacêutica
• Atendimento Farmacêutico (entrevista e anamnese);
• Intervenção Farmacêutica; e
• Acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico.
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Etapas de Pós-Execução de Ações de Atenção Farmacêutica
• Avaliação e monitoração de resultados;
• Elaboração de relatórios;
• Publicação científica dos resultados;
• Reavaliação contínua das rotinas;e
• Propositura constante de novos projetos conforme a demanda.