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  • Comit Internacional da Cruz VermelhaOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

    Coordenadas: 461340N, 6814LComit Internacional da Cruz Vermelha Medalha NobelO emblema da Cruz Vermelha tornou-se um smbolo internacional da causa humanitria, protegido pela Conveno de GenebraResidncia SuaPrmio(s) Nobel prize medal.svg Nobel da Paz (1917), Nobel prize medal.svg Nobel da Paz (1944)

    O Comit Internacional da Cruz Vermelha (CICV) uma organizao humanitria, independente e neutra, que se esfora em proporcionar proteo e assistncia s vtimas da guerra e de outras situaes de violncia.

    Com sua sede em Genebra, Sua, possui um mandato da comunidade internacional para servir de guardio do Direito Internacional Humanitrio, alm de ser o rgo fundador do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

    No seu constante dilogo com os Estados, o CICV insiste continuamente no seu carter neutro e independente. Somente sendo assim, livre para atuar de forma independente em relao a qualquer governo ou a qualquer outra autoridade, a organizao tem condies atender aos interesses das vtimas dos conflitos, que constituem o centro da sua misso humanitria.

    ndice

    1 Histria 2 Misso 3 Princpios Fundamentais 4 Emblemas 5 O Direito Internacional Humanitrio (DIH) 6 As operaes do CICV no mundo. 7 Conflito na Sria 8 Operao na Somlia 9 Ligaes externas

    HistriaVer artigo principal: Histria do Comit Internacional da Cruz VermelhaAmbulncia militar alem.

    A organizao foi fundada por iniciativa de Jean Henri Dunant, em 1863, sob o nome de Comit Internacional para ajuda aos militares feridos, (ver: sade militar) designao alterada, a partir de 1876, para Comit Internacional da Cruz Vermelha.

    A assistncia aos prisioneiros de guerra teve grande avano a partir de 1864, quando foi realizada a Conveno de Genebra, para a melhoria das condies de amparo aos feridos, e em 1899, quando foi realizada a Conveno de Haia, que disciplinava as "normas" de guerra terrestre e martima.

    Atualmente, o CICV no tem se limitado apenas proteo de prisioneiros militares, mas tambm a detidos civis em situaes de guerra ou em naes que violem os Estatutos dos Direitos Humanos. Preocupa-se ainda com a melhoria das condies de deteno, a garantia do suprimento e distribuio de alimentos para as vtimas civis de conflitos, a prover assistncia mdica e a melhorar as condies de saneamento especialmente em acampamentos de refugiados ou detidos.

    Tambm tem atuado em assistncia a vtimas de desastres naturais, como enchentes, terremotos, furaces, especialmente em naes com carncia de recursos prprios para assistncia

  • s vtimas.

    O Comit Internacional da Cruz Vermelha baseia-se no princpio da neutralidade, no se envolvendo nas questes militares ou polticas, de modo a ser digna da confiana das partes em conflito e assim exercer suas atividades humanitrias livremente.Navio hospital USNS Mercy, Marinha dos Estados Unidos

    A Cruz Vermelha Brasileira (CVB) uma Sociedade Nacional, fundada em 5 de Dezembro de 1908. A CVB uma organizao independente, neutra, tendo a sua sede nacional localizada na cidade do Rio de Janeiro, tem 23 Filiais estaduais. A Cruz Vermelha Brasileira conta hoje com 15.000 voluntrios que trabalham incansavelmente para levar assistncia Humanitria s pessoas afetadas por desastres naturais, conflitos, violncia armada e seu mandado deriva essencialmente das convenes de Genebra, de 1949.Misso

    A misso da CICV proteger e assistir vtimas dos conflitos armados e outras situaes de violncia, sem importar quem elas sejam. Esta misso foi outorgada pela comunidade internacional e possui duas fontes:

    - as Convenes de Genebra de 1949, que incumbem o Comit de visitar prisioneiros, organizar operaes de socorro, reunir familiares separados e realizar atividades humanitrias semelhantes durante conflitos armados;

    - os Estatutos do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que encorajam a organizao a empreender um trabalho semelhante em pases que no vivem uma guerra internacional, mas possuem situaes de violncia interna, s quais portanto as Convenes de Genebra no se aplicam.

    Suas principais atividades so:

    visitar prisioneiros de guerra e civis detidos; procurar pessoas desaparecidas; intermediar mensagens entre membros de uma famlia separada por um conflito; reunir famlias dispersas; em caso de necessidade, fornecer alimentos, gua e assistncia mdica a civis; difundir o Direito Internacional Humanitrio (DIH); zelar pela aplicao do DIH; chamar a ateno para violaes do DIH e contribuir para a evoluo deste conjunto de normas.

    Alm disso, o CICV procura agir de forma preventiva e atua em parceria com as Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em cada pas, a exemplo da Cruz Vermelha Brasileira (CVB) no Brasil, e com a Federao Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.Princpios FundamentaisNa entrada do CICR

    O trabalho do Comit Internacional da Cruz Vermelha est baseado em sete princpios fundamentais:

    Humanidade - socorre, sem discriminao, os feridos no campo de batalha e procura evitar e aliviar os sofrimentos dos homens, em todas as circunstncias. Imparcialidade - no faz nenhuma distino de nacionalidade, raa, religio, condio social e filiao poltica. Neutralidade - para obter e manter a confiana de todos, abstm-se de participar das hostilidades e nunca intervm nas controvrsias de ordem poltica, racial, religiosa e ideolgica. Independncia - as Sociedades Nacionais devem conservar sua autonomia, para poder agir sempre conforme os princpios do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

  • Voluntariado - instituio de socorro voluntrio e desinteressado. Unidade - s pode haver uma nica Sociedade Nacional em um pas. Universalidade - instituio universal, no seio da qual todas as Sociedades Nacionais tm direitos iguais e o dever de ajudar umas s outras.

    Emblemas

    Desde que o CICV foi criado, seus fundadores identificaram a necessidade de utilizar um emblema nico e universal, facilmente reconhecido. A ideia era que o emblema protegesse no apenas os feridos em campanha, mas tambm as pessoas que prestavam assistncia, incluindo as unidades mdicas, mesmo as do inimigo. De acordo com os Convnio de Genebra e seus Protocolos Adicionais, os emblemas reconhecidos so a cruz vermelha, o crescente vermelho e o cristal vermelho. Estes emblemas esto reconhecidos pelo direito internacional e tm a funo de proteger as vtimas de conflitos e os trabalhadores humanitrios que prestam assistncias s mesmas.

    Quem tem direito a usar os emblemas? Os membros do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, incluindo as unidades de sade das foras armadas, voluntrios das Sociedades Nacionais, delegados do CICV e os meios de transporte de sade.O Direito Internacional Humanitrio (DIH)

    O Direito Internacional Humanitrio (DIH) um conjunto de normas - entre elas Convenes de Genebra e as Convenes de Haia - que rege as prticas de guerra com o objetivo de limitar os efeitos dos conflitos armados por razes humanitrias. Embora a prtica da guerra seja muito antiga, apenas h 150 anos os Estados criaram normas internacionais para proteger as pessoas. O DIH, de quem o CICV recebeu dos Estados o mandato de guardio, tambm conhecido como "Direito da Guerra" ou "Direito dos Conflitos Armados".As operaes do CICV no mundo.

    Com 12,3 mil funcionrios, o Comit Internacional da Cruz Vermelha est presente em mais de 80 pases por meio de delegaes, subdelegaes, escritrios e misses. As atividades fazem parte do mandato da organizao de proteger a vida e a dignidade das vtimas de guerra e de promover o respeito pelo Direito Internacional Humanitrio.Conflito na Sria

    Em resposta violncia que afeta a Sria desde maro de 2011, o CICV presta assistncia s pessoas que esto dentro da Sria, que enfrentam condies de vida extremamente difceis, e as centenas de milhares de srios que tiveram que fugir para a Jordnia e o Lbano. O trabalho do CICV realizado no pas feito em conjunto com o Crescente Vermelho rabe Srio. A organizao distribui alimentos e outros artigos bsicos, restabelece o abastecimento de gua, apoia os servios de sade e restabelece o contato de membros de famlias afastadas pelo conflito.

    O presidente do CICV, Peter Maurer, realizou uma visita de trs dias em janeiro de 2014 ao pas. Durante a misso, ele realizou reunies oficiais com representantes de alto escalo do governo e pressionou para que a organizao tenha maior acesso humanitrio e seguro populao que necessita ajuda. Maurer esteve ainda com famlias deslocadas pelo conflito na zona rural de Damasco e com funcionrios e voluntrios do Crescente Vermelho rabe Srio.

    Presente na Sria desde 1967, o CICV tambm trabalha no Gol ocupado. A organizao se ocupa do restabelecimento dos contatos entre srios e parentes detidos no exterior.Operao na Somlia

    Na Somlia, o CICV presta assistncia emergencial s pessoas afetadas diretamente pelo conflito armado, que vivem em uma situao quase sempre agravada por desastres naturais, e administra extensos programas de primeiros socorros, assistncia mdica e assistncia bsica sade. Promove o respeito ao Direito Internacional Humanitrio (DIH) e

  • realiza projetos de agricultura e gua para melhorar a segurana econmica e as condies de vida da populao.

    O agravamento da seca do Chifre da frica motivou o Comit a aumentar sua operao no pas, no qual milhares de pessoas sofrem com a escassez de gua e de alimentos. A organizao comeou a trabalhar na Somlia em 1977, para responder s necessidades humanitrias da guerra entre este pas e a Etipia.Ligaes externasCommonsO Commons possui imagens e outras mdias sobre Comit Internacional da Cruz Vermelha

    Perfil no stio oficial do Nobel da Paz 1917 (em ingls) Perfil no stio oficial do Nobel da Paz 1944 (em ingls) Comit Internacional da Cruz Vermelha (em portugus) Cruz Vermelha Portuguesa Cruz Vermelha Brasileira Texto da Conveno de Genebra (em portugus) Munies Cluster (em portugus)

    Precedido porHenri la Fontaine Nobel da Paz1917 Sucedido porThomas Woodrow WilsonPrecedido porComit Internacional Nansen para os Refugiados Nobel da Paz1944 Sucedido porCordell HullPrecedido porLinus Pauling Prmio Nobel da Paz1963com Federao Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Sucedido porMartin Luther King Jr.Precedido porAbb Pierre Prmio Balzan para a humanidade, da paz e da fraternidade entre os povos1996 Sucedido porAbdul Sattar Edhi[Expandir]v eNobel da PazCategorias:

    Cruz VermelhaNobel da PazOrganizaes mdicasOrganizaes fundadas em 1863

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    Esta pgina foi modificada pela ltima vez (s) 23h01min de 25 de fevereiro de 2016. Este texto disponibilizado nos termos da licena Creative Commons - Atribuio - Compartilha Igual 3.0 No Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condies adicionais. Para mais detalhes, consulte as Condies de Uso.

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    Direito Humanitrio InternacionalOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

  • (Redirecionado de Direito Internacional Humanitrio)

    O Direito Internacional Humanitrio ou Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA) um conjunto de leis que protege pessoas em tempos de conflitos armados. composto pelas leis das Convenes de Genebra e da Conveno de Haia[1] . Suas leis dizem respeito aos pases em conflito, aos pases neutros, ao indivduos envolvidos nos conflitos, a relao entre eles e a proteo dos civis.

    A utilizao da guerra como um mecanismo de obteno de novos recursos e territrios no um fenmeno novo na histria da humanidade. Por sculos, a guerra fora utilizada para no s moldar mapas como tambm transformar as prprias relaes humanas. O inevitvel avano tecnolgico transformou, com o passar dos sculos, tal ferramenta em um elemento cada vez mais perigoso para os indivduos que se encontravam em suas zonas de atuao. A medida que os exrcitos foram crescendo e se aproximando de cidades ou conglomerados populacionais relevantes, percebeu-se um aumento gradual de inmeras consequncias (muitas vezes letais) para a populao civil. O dano contra populaes civis, assim como a guerra, no um fenmeno recente. Entretanto, as discusses sobre os danos de guerra a civis passou a ser debatido com o advento das Guerras Napolenicas (1803-1815), resultando na regulao de conflitos que passou a ser pensado do entre o fim do sculo XIX e inicio do sculo XX. O maior resultado de tais debates fora o surgimento do Direito Humanitrio como um ferramenta para regular o uso da guerra de forma que seus objetivos e consequncias fossem minimizados principalmente para os grupos fora do conflito, no caso a prpria populao civil.

    O direito humanitrio representa um conjunto de normas e princpios que no se limitam as delimitaes territoriais de um nico Estado, mas sim regem as relaes entre Estados no que tange ao desenvolvimento de conflitos armados entre tais organismos polticos. Nesse sentido, o direito humanitrio representa um conjunto de normas, princpios gerais e costumes que fazem parte do Direito Internacional que, por sua vez, rege as relaes entre Estados por meio de acordos, tratados ou convenes que (em teoria) se tornam obrigaes legais a serem cumpridas pelos seus aderentes. De forma especifica, o direito internacional humanitrio tem como objetivo limitar os efeitos normalmente nefastos causados pelo desenvolvimento de conflitos armados, protegendo as pessoas que no participam ou que deixaram de participar de suas hostilidades alm de restringir os meios e mtodos de combate.

    ndice

    1 Histria dos Direitos Humanitrios 2 Leis 3 Exemplos 4 Crticas 5 Referncias 6 Ver Tambm 7 Ligaes externas

    Histria dos Direitos Humanitrios

    O surgimento do Direito Humanitrio est diretamente ligado aos horrores verificados nas guerras pelo suo Henry Dunant, um filantropo. analisado que, nas suas origens, as guerras eram caracterizadas pela ausncia de regras, o que consequentemente gerava diversas atrocidades e violaes aos direitos bsicos dos indivduos (que no momento no existiam), as quais os vencedores escravizavam os vencidos. Portanto, ainda antes de Dunant, perceber as atrocidades causadas pelos conflitos armados e expor esses fatos em seu livro que viria a ser uma das bases para o Direito Humanitrio Internacional algumas naes antigas, tais como ndia, China e o Imprio Inca j argumentavam favoravelmente pela criao da tica nas Guerras, sendo pioneiros.

    Na Europa esta preocupao com os indivduos e a tica na guerra surge por influncia dos valores do Cristianismo e do Isl. No sculo XIX, ainda no havia nenhuma estrutura no

  • sentido de ajudar os feridos nas batalhas/guerras. Isso comea a mudar com Dunant, conforme mencionado anteriormente. O suo descreve sua experincia vivida durante o conflito armado na Batalha de Solferino, pela unificao italiana, em um livro que seria futuramente utilizado como base para as diretrizes do Direito Humanitrio Internacional. Esse livro foi publicado com o nome Memrias de Solferino em 1862.

    Dunant durante sua viagem focou em ajudar os feridos de guerra, portanto foi realmente o precursor do Direito Humanitrio Internacional. J no sculo XX, os Direitos Humanos ganham relevncia internacional aps a Segunda Guerra Mundial e o esforo dos pases para se evitar futuras barbries que foram verificadas na mesma.Um dos passos mais importantes foram as Convenes de Genebra, de 1949, que juntas formam o Direito de Genebra. Este responsvel pela codificao das normas de proteo da pessoa humana em caso de conflito armado. Vale lembrar que esse tratado diz respeito tanto a militares que estavam fora de combate quanto civis que foram vtimas de crimes de guerra. Outra conveno relevante ao assunto a Conveno de Haia de 1899.

    No entanto, esta se difere ao Direito de Genebra porque trata-se de Estados com Estados. Em outras palavras, o Direito de Haia o direito da guerra propriamente dito, o conjunto de regras que rege a conduta das operaes militares, direitos e deveres dos militares, alm de limitar os meios de ferir o inimigo. Portanto, a Conveno de Haia o tratado que diz respeito regulamentao do uso da fora no conflito armado e uma relao entre Estados, sem envolver diretamente o indivduo como na Conveno de Genebra. A partir disso, essas duas convenes j explicitadas so os dois pilares do Direito Internacional que sustentam o Direito Humanitrio Internacional, sendo que ambas se complementam, mas possuem rea de atuao diferente, enquanto a de Genebra delimita os direitos de deveres de pessoas, combatentes ou no, em tempo de guerra, a de Haia o prprio direito da Guerra em si, servindo de Estados para Estados legitimando a tica nos conflitos armados e guerras.Leis

    Estas so as leis bsicas do direito humanitrio durante um conflito[2] :

    Pessoas que estejam fora de combate ou que no desejam participar diretamente nas hostilidades devem ter suas vidas, integridade moral e fsica preservadas. Sob todas as circunstncias devem ser protegidas e tratadas de maneira humana sem distino. proibido matar ou ferir um inimigo que se renda ou esteja fora de combate. Os feridos ou doentes devem ser acolhidos e tratados pela parte do conflito que os tiver sob seu poder. A proteo tambm vale para equipes mdicas. Os smbolos da Cruz Vermelha devem ser respeitados como smbolos de proteo. Combatentes capturados e civis sob a autoridade de uma parte adversa devem ter suas vidas, dignidade, direitos e convices respeitados. Eles tm o direito de corresponder com suas famlias. Todos devem ser beneficiados por garantias judiciais fundamentais. Ningum deve ser culpado por um ato que no cometeu. Ningum deve ser torturado fisicamente ou mentalmente ou receber tratamento degradante. As partes em conflito no podem se utilizar de meios ou armamento que provoque perdas desnecessrias ou sofrimento em demasia. As partes em conflito devem distinguir civis e combatentes de modo a poupar a populao e as propriedades. A populao civil no pode ser alvo de ataques, estes devem ser direcionados unicamente a alvos militares.

    Exemplos

    Naturalmente, um dos principais grupos que literalmente carregam o estandarte dos Direitos Humanitrios ao redor do mundo a Cruz Vermelha. A associao fora fundada em 1963 teve como sede Genebra, localizada na Sua. Seus membros fundadores foram cinco grandes famlias que se uniram em uma conferncia para trazer propostas de como auxiliar os soldados que, dado recentes eventos com a Batalha de Solferino onde dezenas de milhares morreram e outros tantos ficaram feridos devido s novas tecno

  • logias de artilharia, precisavam de alguma forma de suporte. Os resultados desta primeira reunio proporcionariam regras que hoje nos so quase intuitivas, inclusive na proteo de civis:

    Qualquer indivduo que no esteja em combate ou que no esteja de alguma forma direta participando das hostilidades, precisam sem protegidos. Os doentes e feridos devero receber os devidos cuidados independentemente do lado dos conflitantes que os tiver em posse. Prisioneiros devem ser protegidos contra atos de represlia e violncia, como tortura e humilhaes que afetem sua dignidade como ser humano.

    Esta organizao a mais antiga dos Movimentos de Sociedades Nacionais, alm daquela com mais prestgio. uma das organizaes mais reconhecidas do mundo e venceu trs Prmios Nobel da Paz, em 1917, 1944 e 1963. Podemos ver o resultado e esforo de seu trabalho em inmeros pases. Atualmente os principais centros de operao do grupo so localizados no Afeganisto, Iraque, Nigria, Sudo do Sul, Sria, Ucrnia e Imen, mas no limitados a estes. importante notar sua participao ativa no auxlio e na gesto do nmero colossal de indivduos desabrigados e deslocados de suas anteriores zonas devido aos conflitos recentes na Sria. J se trata de 6,5 milhes de pessoas de acordo com a organizao, alm dos mais de 3 milhes de pessoas que buscam ajuda em campos para refugiados nos pases vizinhos, como Lbia, Turquia, Jordnia e Iraque.

    Por fim, dado a presena do direito humanitrio, uma das regras que se tornaram um elemento de discusso importante ao longo das ltimas dcadas, particularmente ao longo do perodo da Guerra Fria (1945-1991), fora aquela que determina que as partes pertencentes a um conflito possuam limites quanto aos meios que podem ser utilizados em termos de material blico. Nesse sentido, as prprias declaraes de guerra precisam ser compostas de alguma forma e precisam passar por determinados critrios para que sejam consideradas legtimas.Crticas

    evidente que este tipo de intervencionismo possui um coral de crticos consideravelmente extenso. Em primeiro lugar preciso considerar que um pas que se disponibiliza a atender as demandas citadas, compromete no apenas o seu capital, para cuidar por exemplo de soldados inimigos feridos, ou mesmo para organizar abrigos improvisados e campos de refugiados, mas sim compromete a sua prpria soberania nacional. A partir do momento em que um pas assina um tratado se comprometendo a limitar suas aes no campo de batalha, mesmo que este pas tivesse totais capacidades para criar e produzir armamentos que so hoje proibidos por estes tratados internacionais, ele est cedendo parte do seu direito de buscar a qualquer custo a preservao de sua integridade, logo, sua soberania sobre seu prprio territrio.

    Infelizmente, existem inmeros exemplos de violaes do direito internacional humanitrio em diversos conflitos ao redor do mundo. A populao civil encontra-se, cada vez mais, como as vtimas das hostilidades. No entanto, importante mencionar a existncia de casos importantes em que, graas ao Direito Internacional Humanitrio, foi possvel uma proteo de pessoas civis, prisioneiros, doentes e feridos, assim como restries no uso de armas nefastas. Dada as circunstncias de trauma extremo inerentes aplicao do direito humanitrio, o mesmo estar sempre com grandes dificuldades. Sendo assim, fundamental uma aplicao efetiva e continua do direito humanitrio para o mesmo deseje atingir seus objetivos em questo. Devem evitar e punir, sempre que seja necessrio, todas as violaes do direito internacional humanitrio, especialmente a promulgao de leis que servem para punir as violaes mais graves das Convenes de Genebra e Protocolos Adicionais (como os crimes de guerra). Em nvel atual, observou-se a criao de tribunais para punir atos cometidos em conflitos recentes alm de discusses sobre possibilidade de criao de um tribunal internacional permanente, tendo como competncia uma punio mais efetiva para crimes de guerra.Referncias

    CICV - O Direito Internacional Humanitrio Acessado em 23 de maio de 2008

  • Basic Rules of the Geneva Conventions Acessado em 23 de maio de 2008

    Comit Internacional da Cruz Vermelha. O que o direito internacional humanitrio? CAMPOS, Camila. O Surgimento e a Evoluo do Direito Humanitrio. Universidade de Braslia (UNB): Departamento de Relaes Internacionais, 2008. KISSINGER, Henry. Diplomacia. Touchstone Books, Nova Iorque, ed.1, pag 103-136, 1994.

    Ver Tambm

    DEYRA, Michel. Direito Internacional Humanitrio. Procuradoria Geral da Republica: Gabinete de Documentao e Direito Comparado, ed.1, 2009. ALBERICO, Gentili. O Direito da Guerra. Coleo Clssicos do Direito Internacional, 2 edio, 2006.

    Ligaes externas

    Direito Internacional Humanitrio: pilares tericos CLAUSEWITZ, Carl. Da Guerra. Wmf Martins Fontes, ed. 2, 1992. RODRIGUES, Thiago. Guerra e Poltica nas Relaes Internacionais. So Paulo, ed.2, 2010.

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    Guerras NapolenicasOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.Guerras NapolenicasAusterlitz-baron-Pascal.jpgSadler, Battle of Waterloo.jpgTopo: Batalha de AusterlitzAbaixo: Batalha de WaterlooData 1803 1815Local Europa, Oceano Atlntico, Rio da Prata e Oceano ndicoDesfecho Vitria da Coalizo, Congresso de Viena.CombatentesFlag of the Habsburg Monarchy.svg Imprio AustracoFlag of the Kingdom of Prussia (1803-1892).svg PrssiaRssia Imprio RussoFlag of the Kingdom of the Two Sicilies 1816.gif Duas SicliasEspanha EspanhaSucia Reino da SuciaReino Unido Reino UnidoPortugal PortugalFlag of the Kingdom of the Two Sicilies 1816.gif SicliaFlag of the Kingdom of Sardinia.svg SardenhaFlag of the Papal States (1803-1825).svg Estados PapaisPases Baixos Pases BaixosOttoman flag.svg Imprio Otomano (18061810)Flag of Agha Mohammad Khan.svg Prsia (18071812) SuciaSuaFlag of the Prince-Bishopric of Montenegro2.svg MontenegroState flag simple of the Grand Duchy of Tuscany.svg ToscanaFlag of Hanover (1692).svg HanverFlagge Herzogtum Nassau (1806-1866).svg Nassau Frana Imprio Francs

    Prinsenvlag.svg Reino da Holanda Flag of the Napoleonic Kingdom of Italy.svg Reino de Itlia Flag of the Kingdom of Naples (1806).gif Npoles Flag of the Duchy of Warsaw.svg Ducado de Varsvia Flag of Bavaria (striped).svg Baviera Flagge Knigreich Sachsen (1815-1918).svg Saxnia

  • Flag of Spain.svg Espanha (18031808)Dinamarca Dinamarca-NoruegaOttoman flag.svg Imprio Otomano (18071809, 18101812)Flag of Agha Mohammad Khan.svg Prsia (18041807, 18121813) Sucia (18091812)Foras+ 11 000 000 ~ 7 000 000BaixasTotal: 2 000 000 Total: 1 400 000

    Guerras Napolenicas (portugus europeu) ou Guerras Napolenicas (portugus brasileiro) a designao do conflito armado que se estendeu de 1803 a 1815, opondo a quase totalidade das naes da Europa a Napoleo Bonaparte, herdeiro da Revoluo Francesa e ditador militar.[1]

    Napoleo chegou ao poder como 1 Cnsul (1799) vindo a ser coroado imperador da Frana, em 1804, sob o ttulo de Napoleo I. A partir de 1807 conduziu o governo sem atender aos corpos legislativos e com caractersticas autoritrias, imperiais e expansionistas.

    As guerras, a princpio localizadas como conflitos entre soberanos, tornaram-se guerras nacionais a partir da resistncia popular de Espanha e Portugal (Guerra Peninsular) aos invasores napolenicos. Com o apoio da Gr-Bretanha, as naes europeias, derrotadas em sucessivas coligaes, acabaram por se impor a Napoleo na Batalha de Waterloo (1815) e foraram o imperador francs ao exlio.

    ndice

    1 Antecedentes (17891802) 1.1 Data de incio e nomenclatura 1.2 Tticas de Napoleo 2 Preldio 3 Guerra entre o Reino Unido e a Frana (18031814) 3.1 Motivaes britnicas 3.2 Guerra econmica 3.3 Financiando o conflito 4 Guerra da Terceira Coalizo (1803) 5 Guerra da Quarta Coalizo (18061807) 5.1 Polnia 6 Guerra da Quinta Coalizo (1809) 7 Guerras subsidirias 7.1 Guerra de 1812 7.2 Revolues na Amrica Latina 8 A Invaso francesa da Rssia (1812) 9 Guerra da Sexta Coalizo (18121814) 10 Guerra da Stima Coalizo (1815) 11 Efeitos polticos 12 Legado militar 12.1 Inovaes 12.2 Guerra total 13 Referncias

    Antecedentes (17891802)Ver artigos principais: Revoluo Francesa, Guerras revolucionrias francesas, Primeira Coalizo e Segunda Coalizo

    Notcias dos acontecimentos da Revoluo Francesa de 1789 foram recebidas com grande alarde pelas lideranas polticas nos pases pela Europa, o que s piorou quando eles souberam da priso e execuo do rei Lus XVI de Frana. A primeira tentativa de esmagar a recm nascida Repblica Francesa veio em 1793 quando o Imprio Austraco, o Reino da Sarde

  • nha, o Reino de Npoles, o Reino da Prssia, Espanha e o Reino da Gr-Bretanha formaram a chamada Primeira Coalizo. Os franceses tomaram vrias medidas, incluindo conscries em massa (leve en masse), reformas militares e uma poltica de guerra total, que acabaram contribuindo para a vitria e sobrevivncia da Repblica. Ainda assim, o conflito interno persistiu e se tornou uma guerra civil aberta. A Guerra da Primeira Coalizo terminou quando o jovem general Napoleo Bonaparte derrotou os austracos na Itlia e chegou as portas de Viena, impondo a ustria o Tratado de Campoformio. Em 1797, apenas a Inglaterra continuava oficialmente em guerra contra a Frana.[2]

    Porm, em 1798, a Segunda Coalizo foi formada contra a Frana e era composta novamente pela ustria, Reino Unido, Npoles, o Imprio Otomano, os Estados Papais, Portugal, o Imprio Russo, a Sucia e alguns outros pases. Durante a Guerra da Segunda Coalizo, a Repblica Francesa sofria com corrupo e divises internas sob o governo do Diretrio (cinco directeurs que detinham o poder executivo total). A economia francesa estava em frangalhos e no tinha mais os servios de Lazare Carnot, o ministro da guerra que havia supervisionado as campanhas bem sucedidas no exterior aps uma reforma nas foras armadas na dcada de 1790. O general Bonaparte, principal arquiteto da vitria contra a primeira coalizo, lanou uma incurso militar no Egito. Na Europa, a Frana sofria com derrotas e privaes. O principal instigador e financiador da guerra era a Inglaterra, velha rival do pas.[2]

    Bonaparte retornou do Egito em 23 de agosto de 1799 e tomou controle do governo a 9 de novembro do mesmo ano no Golpe de 18 de brumrio, que derrubou o Diretrio e formou o chamado Consulado, liderado por Napoleo. Sob sua liderana, o exrcito francs se rearmou e foi reorganizado. Uma fora de reserva tambm foi mobilizada para futuras campanhas alm do Reno e na Itlia.[3]

    Em todas as frentes, os franceses, sob a liderana de Napoleo, comearam a avanar e empurraram os austracos para longe do seu territrio e tambm afastaram a ameaa da Rssia. Na Itlia, Bonaparte derrotou os austracos novamente nas batalhas de Marengo e Hohenlinden em 1800. Derrotada, a ustria assina o Tratado de Lunville (9 de fevereiro de 1801). Agora isolado, o Reino Unido foi forado a assinar o Tratado de Amiens com a Frana.[3]Data de incio e nomenclatura

    No h consenso sobre quando as guerras revolucionrias francesas terminaram e as guerras napolenicas comearam. As datas para o comeo do conflito so debatidas entre 9 de novembro de 1799, quando Napoleo tomou o poder no 18 de brumrio;[4] ou em 18 de maio de 1803, quando a Gr-Bretanha encerrou o perodo de paz que firmou com a Frana. Outra data debatida 2 de dezembro de 1804, quando Bonaparte se coroou imperador.[5]

    Historiadores britnicos se referem ao perodo quase contnuo de guerras de 1792 a 1815 como a "Grande Guerra Francesa", ou como a fase final da Segunda Guerra dos Cem anos, que teria ido de 1689 a 1815.[6]

    Na Frana, as Guerras Napolenicas so geralmente integradas com as Guerras Revolucionrias Francesas (Les guerres de la Rvolution et de l'Empire).[7]Tticas de Napoleo

    Napoleo foi, e ainda , reconhecido por suas vitrias nos campos de batalha. Historiadores e analistas militares h muito tempo estudam seus feitos.[8] Em 2008, Donald Sutherland escreveu:

    "A batalha ideal Napolenica era manipular o inimigo a uma posio infavorvel atravs de manobras e ardis, forando ele a mandar suas principais foras e reservas para a batalha principal e depois realizar um ataque envolvente com as tropas no comprometidas ou reservas no flanco ou por trs. Tal ataque surpresa ou daria um duro golpe na moral inimiga ou o foraria a quebrar suas linhas. Ainda assim, a prpria impulsividade do inimigo comeava o processo onde um pequeno exrcito francs poderia der

  • rota-los um a um".[9]

    Aps 1807, Napoleo criou uma fora de artilharia bem armada e altamente mvel. O imperador francs, ao invs de contar com sua infantaria para enfraquecer as linhas inimigas, ele agora usava artilharia pesada para enfraquecer o inimigo. Uma vez que a posio inimiga estava amaciada, a infantaria e a cavalaria avanavam em peso.[10]PreldioParte de uma srie sobre aHistria da FranaArmoiries rpublique franaise.svgPr-Histria[Expandir]Antiguidade[Expandir]Idade Mdia[Expandir]Idade Moderna[Expandir]Sculo XIX[Expandir]Sculo XX[Expandir]Portal Franav e

    O Reino Unido no estava feliz com vrias aes tomadas pela Frana aps a assinatura do Tratado de Amiens. Napoleo Bonaparte havia anexado Piemonte e a Ilha de Elba, e se proclamou presidente da Repblica Italiana, um Estado criado pela Frana. Os franceses tambm interferiam bastante nos assuntos comerciais britnicos, apesar dos acordos de paz. Paris tambm reclamava que a Gr-Bretanha ainda dava abrigo a certos indivduos e no calava a imprensa anti-Frana do pas.[11]

    A ilha de Malta havia sido capturada pelos britnicos durante a Guerra da Segunda Coalizo e esse assunto foi tratado em um complexo acordo estipulado pelo 10 artigo do Tratado de Amiens onde a Ordem de So Joo foi restaurada com uma guarnio napolitana. Contudo, o enfraquecimento da Ordem atravs do confisco de seus bens na Frana e Espanha, alm de outros atrasos, evitaram que os britnicos pudessem se retirar da ilha nos trs meses estipulados pelo tratado.[11]

    A Repblica Helvtica foi estabelecida pela Frana quando eles invadiram a Sua em 1798. Os franceses retiraram suas tropas, mas violentas revoltas aconteceram contra o governo, que muitos suos viam como centralizado demais. Alarmado, Bonaparte reocupou o pas em 1802 e imps um acordo de mediao. Esta ao causou ultraje na Gr-Bretanha, que protestou afirmando que este ato violava o Tratado de Lunville. Embora as potncias continentais no estivessem preparadas para agir, os britnicos decidiram enviar um agente para ajudar os suos a obter suprimentos e deu ordens para as suas foras armadas no devolverem a Colnia do Cabo para a Holanda, como eles haviam prometido no Tratado de Amiens. Contudo, a resistncia sua acabou entrando em colapso antes de qualquer mudana significativa nas polticas internacionais e depois de um ms os ingleses decidiram revogar a ordem de no entregar a Colnia do Cabo. Ao mesmo tempo, a Rssia tambm entrou nas discusses sobre a ilha de Malta. Preocupada com a possibilidade de recomeo das hostilidades quando Bonaparte descobrisse que a Colnia do Cabo no havia sido retida, os britnicos comearam a deliberadamente procrastinar sua evacuao de Malta. Em janeiro de 1803, um artigo oficial do governo francs publicou um relatrio de um agente comercial que dizia com quanta facilidade a Frana havia conquistado o Egito. Os britnicos usaram isso como motivo para exigir algum tipo de satisfao e segurana antes de evacuar Malta, que podia ser usado como rota para o Egito. A Frana negou qualquer inteno de tentar anexar o Egito e perguntou que tipo de garantias os ingleses precisavam, mas estes no responderam. Ainda no havia um interesse das partes em recomear as hostilidades, com o primeiro-ministro Henry Addingt

  • on afirmando publicamente que a Gr-Bretanha estava em um profundo estado de paz.[11]

    No comeo de maro de 1803, o governo de Addington recebeu a notcia de que a Colnia do Cabo havia sido reocupada pelo Exrcito Britnico, de acordo com as ordens dadas. No dia 8, novas ordens foram passadas aos militares para se prepararem para uma retaliao francesa, mas a propaganda estatal afirmou falsamente que isso era uma resposta as preparaes que os franceses estavam fazendo e que negociaes com Paris estavam sendo feitas. Napoleo reagiu repreendendo o embaixador britnico na frente de 200 espectadores a respeito das preparaes militares no justificadas do seu pas.[11]

    O governo do primeiro-ministro ingls, Henry Addington, sabia que haveria uma investigao para saber se o motivo das recentes preparaes militares eram justificadas ou no. Durante o ms de abril ele tentou, sem sucesso, buscar apoio de William Pitt para se blindar de qualquer dano poltico.[11] Nesse mesmo perodo, o governo britnico fez um ultimato a Frana, exigindo a reteno de Malta por pelo menos dez anos, a permanente aquisio da ilha de Lampedusa do Reino da Siclia e a evacuo da Holanda. Em retorno, eles reconheceriam as conquistas territoriais francesas na Itlia, se Napoleo se retirasse da Sua e recompensasse o Reino da Sardenha por suas perdas territoriais. France ofereceu, em contra partida, colocar a ilha de Malta em mos russas, para aliviar as preocupaes britnicas, se retirar da Holanda, uma vez que a sada inglesa de Malta estivesse concluda, e formar uma conveno para dar satisfao ao Reino da Gr-Bretanha em outros temas. Porm os britnicos falsamente afirmaram que a Rssia nunca se ofereceu e o seu embaixador deixou Paris.[11] Ainda tentando evitar uma guerra, Bonaparte tentou fazer um acordo secreto com os ingleses onde estes poderiam se manter em Malta se aos franceses fosse permitido ocupar a pennsula de Otranto, em Npoles. Porm todos os esforos foram infrutferos e a Inglaterra oficialmente declarou guerra a Frana em 18 de maio de 1803.[12]

    Em 1804, Napoleo foi coroado Imperador dos Franceses. Sua ascenso no foi diretamente reconhecida por nenhuma potncia europeia.[13]Guerra entre o Reino Unido e a Frana (18031814)Motivaes britnicas

    Os britnicos terminaram sua paz fraca criada pelo tratado de Amiens quando declarou guerra a Frana em maio de 1803. O governo do Reino da Gr-Bretanha estava ficando cada vez mais irritado com Napoleo alterando a ordem poltica na Europa Ocidental, especialmente na Sua, na Alemanha, na Itlia e na Holanda. O acadmico Frederick Kagan diz que os britnicos estavam insultados e alarmados com o controle de Napoleo sobre o territrio suo. O lder francs falou que os ingleses no tinham nada a dizer a respeito dos acontecimentos na Europa continental e queria interromper a circulao de jornais ingleses que difamavam Napoleo.[14]

    A Gr-Bretanha imaginava estar perdendo o controle poltico e sua hegemonia, alm da perda de mercados, e se preocupava que Napoleo iria tentar ameaar suas colnias fora do continente europeu. O autor Frank McLynn afirma que a deciso britnica de ir a guerra contra a Frana em 1803 foi uma "mistura de motivaes econmicas e neurose nacional uma ansiedade irracional sobre os motivos e intenes de Napoleo". Contudo, McLynn argumenta que, no longo prazo, a deciso de fazer guerra foi correta, pois as intenes de Napoleo eram hostis e iam de encontro aos interesses britnicos. Alm disso, Bonaparte no estava preparado para a guerra naquele momento e era o melhor perodo para os britnicos irem a ofensiva. A Inglaterra ento tomou conta de Malta, se recusando a acatar os termos do tratado de Amiens.[15]

    O maior medo dos britnicos era que Napoleo estaria tomando controle da Europa, tornando o sistema internacional instvel e excluindo a Gr-Bretanha do cenrio poltico.[16] [17] [18] [19]

    Muitos acadmicos afirmam que a postura agressiva de Napoleo fez dele inimigo de muitos pases e lhe custou aliados.[20] Em 1808 os franceses j estavam em controle de

  • boa parte da Europa continental, mas o conflito constante com a Inglaterra levou a Guerra Peninsular e a Campanha da Rssia, onde muitos afirmam que foram erros de clculo de Napoleo.[21] [22] [23] [24] [25]

    Nunca houve uma tentativa sria de encerrar um conflito por meio de um acordo de paz. O pedido mais relevante foi feito por Charles James Fox, secretrio de relaes exteriores ingls, em 1806 e terminou em fracasso. Os britnicos queriam reter suas possesses coloniais no exterior e ainda manter Hanver sob seu controle, e em retorno reconheceriam as conquistas territoriais francesas. Os franceses aceitaram deixar aos ingleses Malta, Colnia do Cabo, Tobago e a ndia Francesa, mas queriam a Siclia em troca da restaurao de Hanver, uma condio que os britnicos recusaram.[26]

    Ao contrrio dos seus aliados nas Coalizes, o Reino da Gr-Bretanha esteve sempre em guerra contra a Frana no curso das Guerras Napolenicas. Protegidas por sua superioridade naval, os britnicos travaram poucas batalhas terrestres contra a Frana no curso da dcada, preferindo travar guerra por procurao. O governo britnico gastou enormes quantidades de dinheiro para apoiar outros Estados europeus guerrearem contra Napoleo, chegando a pagar por exrcitos inteiros. Foi dinheiro ingls, por exemplo, que manteve viva a rebelio espanhola na Guerra Peninsular (18081814), apoiando os guerrilheiros. Uma fora Anglo-portuguesa, liderada por Arthur Wellesley, apoiada pelos espanhis, realizaram uma campanha bem sucedida por terra para expulsar os franceses da Espanha, dando a Inglaterra a oportunidade de invadir a Frana pelo sul. Em 1815, o exrcito britnico venceu as tropas de Napoleo em Waterloo.[27]

    Alm de algumas pequenas batalhas navais travadas em alguns cantos do imprio colonial britnico, as guerras napolenicas tiveram um aspecto global bem menor se comparado com a Guerra dos Sete Anos (17561763), que foi o primeiro conflito a ser caracterizado como uma "guerra mundial".[28]Guerra econmica

    Em resposta ao bloqueio naval imposto pelos ingleses contra a costa francesa iniciado em maio de 1806, Napoleo firmou o Decreto de Berlim, em 21 de novembro do mesmo ano, que iniciou o Bloqueio Continental.[29] O objetivo era isolar a Gr-Bretanha economicamente ao tentar encerrar o seu comrcio com o continente. O Reino Unido manteve um exrcito de 220 000 soldados profissionais no auge das Guerras Napolenicas, onde apenas metade estavam disponveis para campanhas, com o resto sendo alocado na Irlanda e em outras possesses coloniais inglesas pelo mundo para garantir sua proteo e que estas prprias no tentassem se rebelar. Cerca de 2,5 milhes de homens serviram nos exrcitos napolenicos (incluindo milcias e guardas nacionais). Muitos desdes soldados eram fornecidos pelos pases satlites de Napoleo. O maior exrcito que ele conseguiu mobilizar para uma campanha foi de 685 000 homens para lutar na Rssia (em 1812), sendo que metade desta tropa eram franceses.[30]

    A marinha real britnica conseguiu impedir o comrcio extra-continental francs ao atacar navios franceses em alto-mar e at tomando pela fora possesses coloniais francesas no exterior mas no pode fazer muita coisa com as relaes comerciais dentro do continente europeu. Alm disso, a Frana tinha uma populao bem maior que a do Reino Unido e tambm tinha uma agricultura muito maior. Contudo, a Gr-Bretanha tinha os maiores parques industriais da Europa e sua dominncia militar nos oceanos garantiu que o pas manteria sua riqueza atravs do comrcio martimo. Isso garantiu que a Frana no conseguiria manter a Europa sob seu controle pela paz, pois os pases de l sempre precisariam de bens e matrias primas encontradas fora do continente. Ainda assim, o governo francs acreditava que conseguiria enfraquecer a Inglaterra ao isola-la do continente e acabar com sua influncia econmica na regio.[31]Financiando o conflito

    Um fator importante para o sucesso britnico foi sua habilidade de mobilizar todos os recursos financeiros e industriais da nao para derrotar a Frana. O Reino da Gr-Bretanha tinha uma populao de 16 milhes de pessoas, metade da populao francesa (que era de um pouco mais de 30 milhes). Ento, com uma populao maior, natural que a Frana ti

  • vesse um exrcito maior. Contudo, os britnicos compensavam isso ao subsidiar, atravs de emprstimos, as foras armadas de pases como ustria e Rssia, que tinham pelo menos 450 000 homens em armas em 1813.[30] [32] Pelos termos do tratado Anglo-Russo de 1803, os britnicos pagariam 1,5 milhes de libras por cada 100 000 soldados que a Rssia conseguisse mobilizar.[33]

    Mais importante, a produo nacional britnica manteve-se forte e seu setor bem organizado de negcios canalizava a produo para as necessidades militares. O Reino Unido usou seu poder econmico para expandir a marinha real, dobrando o seu nmero de fragatas e aumentando o em 50% o seu inventrio de navios de linha, enquanto aumentava o nmero de marinheiros de 15 000 para 133 000 em oito anos aps o comeo das guerras contra a Frana em 1793. Os franceses, enquanto isso, viram sua marinha ser reduzida pela metade.[34]

    O Bloqueio Continental, que visava isolar a Inglaterra economicamente do restante do continente europeu, acabou fracassando devido a corrupo, contrabando e da dificuldade de impr tal bloqueio a todos os portos da regio. No final, a economia britnica sofreu pouco. Os subsdios britnico a Rssia e a ustria mantiveram estes pases na guerra. O oramento britnico em 1814 chegou a 66,000,000 de libras, incluindo 10 milhes para a marinha de guerra, 40 milhes para o exrcito, 10 milhes em emprstimos aos aliados e 38 milhes em juros da dvida nacional. De fato, a dvida pblica subiu para 679 milhes, o dobro do PIB nacional na poca. Fundos vinham de investidores privados e impostos sobre os cidados. Um imposto que viu um acentuado crescimento foi o de terras e sobre novas rendas. O custo total da guerra foi estipulado em 831 milhes de libras. Em contraste, o sistema financeiro francs era inadequado e Napoleo se viu forado a adquirir fundos e requisies nas novas terras conquistadas.[35] [36] [37]Guerra da Terceira Coalizo (1803)Ver artigo principal: Terceira CoalizoO navio britnico HMS Sandwich disparando contra o navio-almirante francs Bucentaure durante a Batalha de Trafalgar. O Bucentaure tambm parece lutando contra o HMS Victory e o HMS Temeraire. Na verdade, o HMS Sandwich no lutou em Trafalgar e sua presena nela foi um erro por parte do pintor Auguste Mayer, autor desta famosa imagem.[38]

    Em 1803, o Reino Unido reuniu seus aliados pelo continente para formar a Terceira Coalizo contra a Frana.[39] [40] Em resposta, Napoleo contemplou invadir a Gr-Bretanha,[41] e reuniu um efetivo de 200 000 homens na cidade de Bolonha para a operao.[42] Contudo, antes que ele pudesse autorizar uma invaso, ele precisava conquistar superioridade naval ou pelo menos afastar a esquadra britnica do Canal Ingls. Um complexo plano para distrair a marinha inglesa foi feito ao ameaar as possesses coloniais britnicas nas ndias Ocidentais, mas fracassou quando a frota Franco-espanhola, sob comando do almirante Villeneuve, foi forada a recuar aps a mal sucedida batalha de Cabo Finisterra, a 22 de julho de 1805. A marinha britnica ento bloqueou Villeneuve em Cdiz, na costa de Andaluzia (sul da Espanha), at ele partir para Npoles em 19 de outubro. Por fim, a esquadra combinada da marinha francesa foi derrotada na decisiva batalha de Trafalgar, em 21 de outubro. O comandante da frota britnica, o almirante Horatio Nelson, morreu no combate. Napoleo ento no veria outra oportunidade de desafiar o poderio ingls no mar, nem ameaaria mais uma invaso das ilhas britnicas. Ele ento voltou sua ateno para os inimigos no continente, que naquela altura estavam se mobilizando contra ele.[43]Situao estratgica na Europa em 1805 antes da Guerra da Terceira Coalizo.

    Em abril de 1805, a Rssia e o Reino Unido assinaram um tratado que visava remover a Frana da Repblica Batava (atual Holanda) e da Confederao Sua. A ustria se juntou a aliana aps a anexao da cidade de Gnova pelos franceses e a proclamao de Napoleo como Reda Itlia em 17 de maro de 1805. A Sucia, que j havia concordado em emprestar a regio da Pomernia sueca como base militar para que as tropas britnicas atacassem a Frana, se juntou a coalizo em 9 de agosto.[44]

    Os austracos foram os primeiros a partir para a ofensiva na guerra ao invadir a B

  • aviera com um exrcito de 70 000 homens sob comando de Karl Mack von Leiberich. Napoleo ento moveu seu exrcito, que estava estacionado na Bolonha, para confrontar os austracos. Em Ulm (25 de setembro 20 de outubro) Napoleo cercou as foras de Leiberich e forou sua rendio, sofrendo pouqussimas baixas no processo. Com o principal exrcito austraco ao norte dos Alpes derrotado, os franceses marcharam em Viena. Ento, afastado de suas linhas de suprimimento, Napoleo teve que enfrentar agora uma fora austro-russa comandado pelo marechal Mikhail Kutuzov, acompanhado pelo imperador russo Alexandre I em pessoa. A 2 de dezembro, ele esmagou essa tropa, nas cercanias de Morvia, na Batalha de Austerlitz. Mesmo em menor nmero, Bonaparte infligiu cerca de 25 000 baixas ao inimigo, sofrendo apenas 7 000 dentre a sua prpria tropa.[44]A rendio da cidade de Ulm aos franceses, em outubro de 1805.

    Derrotada, a ustria no teve escolha se no sair da Coalizo e buscar a paz com a Frana. A 26 de dezembro de 1805 foi firmado o Tratado de Pressburg, que forou os austracos a ceder a regio de Vneto para o Reino de Itlia (governado por Napoleo) e Tirol para a Baviera. Com a sada da ustria da guerra, um impasse apareceu. Napoleo venceu diversas batalhas, mas o poderio completo do exrcito russo no havia sido testado, com o grosso de suas tropas ainda em seu territrio. Bonaparte agora tinha comando absoluto da Frana e havia expandido seu novo imprio ao conquistar a Blgica, os Pases Baixos, a Sua, e boa parte da Alemanha ocidental e o norte da Itlia. Seus apoiadores afirmam que Napoleo pretendia encerrar suas conquistas ali, mas sua mo foi forada a continuar lutando e ganhar novos territrios para o pas a fim garantir segurana nacional diante de pases que se negavam a aceitar os seus feitos.[44] O escritor Esdaille, contudo, discorda e afirma, ao fim da terceira coalizo, as potncias europeias estavam dispostas a aceitar Napoleo como ele era. O autor afirma:

    "Em 1806, tanto a Rssia quanto o Reino Unido possivelmente estava ansiosos para fazer paz e eles podiam at concordar com os termos apresentados e deixar intacto as conquistas de Napoleo. J a ustria e a Prssia queriam simplesmente serem deixadas em paz. Para firmar uma paz slida, ento, poderia at ser fcil. Mas... Napoleo no estava preparado para fazer concesses".[45]

    Guerra da Quarta Coalizo (18061807)Ver artigo principal: Quarta CoalizoNapoleo em Berlim (Meynier). Aps derrotar as foras prussianas em Jena, o exrcito francs marchou em Berlim em 27 de outubro de 1806.

    Alguns meses aps o trmino da Terceira Coalizo contra a Frana, iniciou-se a Guerra da Quarta Coalizo (180607) formada pelo Reino Unido, Prssia, Rssia, Saxnia e Sucia para, novamente, lutar contra Napoleo. Em julho de 1806, Bonaparte formou a Confederao do Reno que firmou uma aliana entre vrios pequenos Estados no corao da Alemanha, na regio da Rennia, e no oeste do pas. Ele amalgamou muitos pequenos pases em um conjunto de ducados e reinos para fazer a governana de pases na Alemanha no prussiana mais fcil. Napoleo elevou os governantes dos dois maiores reinos da Confederao, a Saxnia e a Baviera, para os status de rei.[46]

    Em agosto de 1806, o rei prussiano, Frederico Guilherme III, decidiu fazer guerra contra a Frana, independente da ajuda das outras potncias. O exrcito russo, principal aliado da Prssia, em particular, estava longe demais. A 8 de outubro, Napoleo avanou com suas tropas para o leste do Reno e sobre a Prssia. Napoleo pessoalmente derrotou um exrcito prussiano na Batalha de Jena (14 de outubro de 1806), enquanto o marechal Louis Nicolas Davout tambm os derrotou na Batalha de Auerstedt no mesmo dia. No auge, cerca de 160 000 soldados franceses participavam da campanha contra a Prssia, usando sua mobilidade para derrotar o inimigo. Os prussianos conseguiam mobilizar at 250 000 soldados, sendo que eles sofreram 25 000 baixas, com outros 150 000 sendo feitos prisioneiros. Pelo menos 4 000 peas de artilharia e 100 000 mosquetes foram capturados. Em Jena, o combate no foi to significativo. Mas em Auerstdt o grosso do exrcito prussiano foi destrudo. Ento, a 27 de outubro de 1806, Napoleo marchou em Berlim. L ele visitou a tumba de Frederico, o Grande e ord

  • enou que seus marechais removessem seus chapus quando entraram na tumba para reverencia-lo.[46]

    No total, levou apenas 19 dias para Napoleo subjugar a Prssia e entrar em Berlim. O ponto decisivo da campanha foi sua vitria nas batalhas de Jena e Auerstdt. A Saxnia decidiu ento se afastar dos prussianos e, junto com vrios Estados menores alemes, se aliaram de vez a Frana.[46]O ataque da Guarda Imperial Russa contra a infantaria francesa na Batalha de Friedland, em 14 de junho de 1807.

    No prximo estgio da guerra, os franceses lutaram para forar os russos para fora da Polnia. Os nacionalistas poloneses imediatamente se levantaram em favor da Frana. Soldados alemes tambm ajudaram as tropas de Napoleo, principalmente em cercos militares nas regies da Silsia e Pomernia, com assistncia tambm de soldados holandeses e italianos. Napoleo ento virou-se para o norte para confrontar o que sobrou das tropas russas e para capturar a capital nova da Prssia em Knigsberg. Aps uma vitria contestada em Eylau (78 de fevereiro de 1807), Bonaparte conseguiu forar a rendio da cidade de Danzig aps um curto cerco (24 de maio de 1807). Outra vitria contestada veio na Batalha de Heilsberg (10 de junho de 1807), onde forou os russos a recuar novamente. Uma vitria mais definitiva veio na Batalha de Friedland (14 de junho de 1807), onde conseguiu derrotar o grosso do exrcito imperial russo. Aps esta derrota, o Czar Alexandre I da Rssia decidiu buscar a paz com a Frana e firmou ento o Tratados de Tilsit (7 de julho de 1807). Na Alemanha e na Polnia, novos estados satlites de Napoleo, como o Reino de Vestflia, o Ducado de Varsvia e a Repblica de Danzig, foram estabelecidos.[46]

    Em setembro de 1807, o marechal Guillaume Brune completou a ocupao da Pomernia sueca, permitindo ao exrcito sueco, contudo, fugir com toda a sua munio.[46]

    Impossibilitado de invadir a Inglaterra devido a superioridade naval desta, Napoleo imps o Bloqueio Continental, proibindo os pases do continente europeu de comercializar com o Reino Unido. Os britnicos responderam lanando uma grande ofensiva naval contra o aliado mais fraco da Frana, a Dinamarca. Apesar de declaradamente neutros, os dinamarqueses eram pressionados pelos franceses e russos para apoiar a frota de Napoleo. Londres no podia simplesmente ignorar a ameaa dinamarquesa. Em novembro de 1807, a marinha real britnica bombardeou a cidade de Copenhague, capturando a frota dinamarquesa, garantindo o fluxo de navios ingleses na regio. A Dinamarca no lutou na guerra ao lado da Frana e agora com a perda de suas bases navais ficou ainda mais irrelevante no conflito.[47] [48]Cavalaria polonesa atacando durante a Batalha de Somosierra, na Espanha, em 1808.

    No Congresso de Erfurt (setembrooutubro de 1808), Napoleo e Alexandre I concordaram que a Rssia deveria forar a Sucia a se unir ao Bloqueio Continental, o que levou a Guerra Finlandesa de 180809 e a diviso do territrio sueco em duas partes no Golfo de Btnia. A parte leste se tornou o Gro-Ducado da Finlndia, pertencente a Rssia.[46]PolniaVer artigo principal: Ducado de Varsvia

    Em 1807, Napoleo fortaleceu sua base de poder na Europa oriental. A Polnia sempre fora dividida pelos seus trs vizinhos, mas Bonaparte criou o chamado Ducado de Varsvia, mas este Estado se tornou muito dependente da Frana. O Ducado incorporava territrios que outrora pertenciam a ustria e Prssia. Sua populao era de 4,3 milhes e em 1814 enviou 200 000 homens para lutar ao lado de Napoleo. Incluindo 90 000 que marcharam com ele at Moscou (a maioria no retornou).[49] Os russos fortemente se opuseram a ideia de uma Polnia soberana e independente, e isto foi um dos motivos que levou a Frana a invadir o Imprio Russo em 1812. O Ducado polons foi dissolvido em 1815, aps a queda de Napoleo. A Polnia s voltaria a ser um Estado independente em 1918.[50]

  • A influncia de Napoleo no territrio polons (assim como em outros territrios ocupados e vizinhos) foi imensa, incluindo a implementao do cdigo napolenico, a abolio da servido, e a introduo das burocracias que firmaram a classe mdia local.[51]Guerra da Quinta Coalizo (1809)Ver artigos principais: Quinta Coalizo e Guerra PeninsularA Rendio de Madri (Gros), 1808. Napoleo entrou na capital espanhola perto do auge da Guerra Peninsular.

    A Quinta Coalizo (1809) comeou com uma aliana entre o Reino Unido e a ustria contra a Frana, enquanto os ingleses instigavam a Guerra Peninsular com Portugal e a Espanha contra as tropas francesas de ocupao. Mais uma vez, os britnicos se tornaram a principal figura do conflito, tomando as maiores aes j que o principal teatro de operaes contra Napoleo foi, inicialmente, no mar. A marinha do Reino Unido liderou uma srie de operaes bem sucedidas contra os franceses em suas colnias ultramarinas.[52]

    Em terra, a guerra da Quinta Coalizo viu menos movimentaes militares que as anteriores. Uma delas foi a Expedio de Walcheren de 1809, que envolveu um esforo duplo do exrcito e marinha do Reino Unido para distrair as foras francesas no leste e aliviar a situao dos austracos. Esta operao terminou em desastre quando o comandante, John Pitt, falhou em capturar seu objetivo, a base naval francesa na Anturpia. Durante boa parte da guerra, as operaes militares britnicas em terra (com exceo da pennsula ibrica) viraram apenas aes isoladas executadas pela marinha real, que dominavam os mares aps ter derrotado boa parte da oposio naval por parte da Frana e seus aliados, bloqueando seus portos e bases navais e outras fortificaes costeiras. Estas aes isoladas visavam interromper o trafego naval (civil e militar) francs, atrapalhando suas linhas de comunicao e suprimentos. Quando os pases da coalizo tentavam lanar expedies perto da costa, a marinha britnica os ajudava pelo mar ou desembarcava tropas e suprimentos para eles.[46]

    A guerra econmica continuava com o Bloqueio Continental imposto pela Frana contra o Reino Unido, proibindo o comrcio da Europa com as ilhas britnicas. Devido a falta de suprimentos militares e m organizao nos territrios controlados pela Frana, muitas brechas foram encontradas no bloqueio e muitos lderes em naes dominadas por Napoleo toleravam e at encorajavam o comrcio contrabandista com os ingleses. Em termos de danos econmicos a Gr-Bretanha, o bloqueio foi majoritariamente ineficiente. Na verdade, implementa-lo era mais dispendioso para a Frana. Assim, Napoleo rapidamente percebeu que pases como a Espanha, Portugal e Rssia abertamente desrespeitavam seu bloqueio e invadi-los seria a nica opo. Essas acabaram sendo decises tticas erradas, pois o custo da ocupao do territrio espanhol e da ofensiva contra o Imprio Russo foram astronmicos e comprometeram um elevado nmero de vidas francesas e de aliados, o que acelerou a derrota de Napoleo.[53]

    Ambos os lados lanaram dispendiosas campanhas militares para forar os seus bloqueios. Os britnicos travaram um conflito contra os Estados Unidos na Guerra anglo-americana (181215), enquanto os franceses travaram a Guerra Peninsular (180814) para manter a Espanha sob controle e impedir a comercializao da Pennsula Ibrica com a Inglaterra. O conflito ibrico comeou quando Napoleo invadiu Portugal pois estes se recusaram a tomar parte do Bloqueio Continental e continuaram a comercializar com o Reino Unido. Quando o governo espanhol falhou em manter o sistema continental, a tnue aliana entre a Frana e a Espanha acabou terminando. Tropas francesas avanaram e tomaram grandes pores do pas, incluindo a capital Madri, e instalaram um novo rei no poder, o prprio irmo de Napoleo, Jos Bonaparte. Isso levou a revolta da populao local e uma onda de nacionalismo tomou conta da nao. Os britnicos intervieram, apoiando o movimento de guerrilha espanhola contra a ocupao francesa.[46]A situao estratgica na Europa em fevereiro de 1809.

    A ustria, que estava em paz com a Frana, aproveitou-se do fato que os franceses estavam voltando sua ateno para a Espanha, decidiu reivindicar seu territrio perdido

  • na Alemanha aps sua derrota em Austerlitz (durante a guerra da terceira coalizo). O Imprio Austraco conseguiu avanar bem inicialmente, j que as tropas do marechal Louis Berthier estavam espalhadas pela frente leste. Napoleo deixou cerca de 170 000 homens sob comando de Berthier para defender toda a Europa Oriental.[46]

    Aps ver seu exrcito sofrer diversas derrotas na Espanha, Napoleo decidiu pessoalmente tomar conta da situao e liderou a contra-ofensiva, conquistando algum sucesso. Ele retomou Madri, derrotou o grosso do exrcito rebelde espanhol e forou a retirada dos britnicos da Pennsula Ibrica (Batalha de Corunha, 16 de janeiro de 1809). Mas quando Bonaparte partiu, uma campanha de guerrilha contra a ocupao francesa comeou em larga escala, terminando em milhares de mortos e forando Napoleo a deixar para atrs uma grande tropa (soldados que seriam teis em outras frentes). Enquanto isso, o ataque austraco no leste forou Napoleo a desviar o olhar das foras britnicas devido a sua necessidade de partir para enfrentar a ustria no corao da Alemanha. Os britnicos ento enviaram Sir Arthur Wellesley com um novo exrcito para a Espanha, garantindo que a luta na regio no parasse.[54]

    A guerra na Pennsula Ibrica foi desastrosa para a Frana. Enquanto Napoleo comandava as tropas pessoalmente, a luta esteve bem. Mas quando ele deixou a Espanha, a situao voltou a desandar e o nmero de mortos se multiplicou. Bonaparte subestimou a quantidade de tropas que seria necessrio para manter aquele pas sob controle. No final, o territrio espanhol se tornou um beco sem sada, drenando dinheiro, recursos e soldados da Frana. O historiador David Gates chamou a Guerra Peninsular de a "lcera Espanhola".[55] Uma vez afastado em definitivo do trono da Frana, Napoleo teria dito: "Aquela malfadada guerra me destruiu... Todas as circunstncias dos meus desastres esto unidos por aquele fatal n".[56]

    Enquanto isso, os austracos avanavam sobre o Ducado de Varsvia (atual Polnia), mas acabaram sendo derrotados na Batalha de Raszyn em 19 de abril de 1809. O exrcito polons, aliados dos franceses, tomaram ento de volta a Galcia ocidental, aps conquistarem mais sucessos.[52]

    De volta da campanha na Espanha, Napoleo ento tomou controle das tropas no leste e levou seu exrcito para lanar uma contra-ofensiva ao Imprio Austraco. Depois de algumas batalhas de intensidade baixa, os austracos comeam a recuar, abandonando a Baviera. Bonaparte ento lanou-se sobre a ustria. Tentando atravessar rapidamente o rio Danbio ele enfrentou os austracos na Batalha de Aspern-Essling (22 de maio de 1809). Os franceses no conquistaram seus objetivos e ambos os lados sofreram pesadas baixas. Mas o comandante austraco, o arquiduque Carlos, no se aproveitou do cenrio favorvel e permitiu que Napoleo se reagrupasse. Em julho, o exrcito imperial francs marchou em Viena novamente. Napoleo ento infligiu uma grande derrota aos austracos na Batalha de Wagram, no comeo de julho de 1809. Foi nesta batalha que o marechal francs Carlos Bernadotte foi privado do seu comando quando ele recuou, contrariando as ordens de Napoleo. Um tempo depois, Bernadotte aceitou a oferta de se tornar o prncipe herdeiro da Sucia. Ele mais tarde se tornaria um dos maiores incentivadores dos suecos para se voltar contra os franceses.[46]

    A Guerra da Quinta Coalizo terminou com a assinatura do Tratado de Schnbrunn (14 de outubro de 1809). No leste, apenas rebeldes, liderados por Andreas Hofer, na regio alemo de Tirol, continuavam a lutar contra os exrcitos franco-bvaros at novembro de 1809. Enquanto isso, a guerrilha na Pennsula Ibrica continuava.[46]O Imprio Napolenico Francs em 1812, atingindo sua extenso territorial mxima.

    Em 1811, o Imprio Francs de Napoleo chegou ao auge de sua extenso territorial. No leste, a ustria e a Prssia, cansadas de lutar, tiveram de firmar a paz com Bonaparte novamente. No oeste, britnicos e portugueses permaneciam restritos em uma rea ao redor de Lisboa (atrs das inexpugnveis linhas de Torres Vedras) e resistindo no Cerco de Cdis. Na Espanha, a situao ainda no se acalmara, com os rebeldes lutando contra as tropas francesas por todo o territrio.[57]

  • Para tentar sedimentar a paz, Napoleo desposou Maria Lusa, uma arquiduquesa austraca e filha do monarca Francisco I. Bonaparte esperava firmar um boa aliana com a ustria, ao mesmo tempo que segurava sua prpria posio como imperador ao gerar um filho e herdeiro (algo que sua primeira esposa, Josefina, no conseguiu). Alm do Imprio Francs, Napoleo controlava a Confederao Sua, a Confederao do Reno, o Ducado de Varsvia Reino da Itlia. Outros territrios aliados a Frana eram:

    o Reino da Espanha (governado por Jos Bonaparte, irmo mais velho de Napoleo) o Reino de Vestflia (governado por Jernimo Bonaparte, irmo mais novo de Napoleo) o Reino de Npoles (governado por Joaquim Murat, marido da esposa de Napoleo, Carolina) o Principado de Luca e Piombino (governado por Elisa Bonaparte, irm de Napoleo, e seu marido Flix Baciocchi);

    Guerras subsidirias

    Os acontecimentos na Europa durante as Guerras Napolenicas influenciaram conflitos militares e eventos que aconteceram fora do continente, como nas Amricas e em outros lugares pelo mundo.Guerra de 1812Ver artigo principal: Guerra anglo-americana de 1812

    Ao mesmo tempo que acontecia a Guerra da Sexta Coalizo, apesar de tecnicamente no ser considerada parte das Guerras Napolenicas, aconteceu tambm a Guerra de 1812, com os Estados Unidos declarando guerra contra a Gr-Bretanha. Uma das principais causas do conflito entre essas naes foi a constante interferncia britnica em assuntos navais americanos, com embarcaes dos Estados Unidos sendo atacadas pelos ingleses e seus marinheiros capturados sendo alistados a fora na marinha real britnica. Os franceses tambm interferiram (em um ponto os americanos cogitaram declarar guerra a Frana por isso). Esta guerra acabou terminando em um impasse militar e no houve mudanas territoriais. A paz entre o Reino Unido e os Estados Unidos foi formalmente acertada no Tratado de Gante de 1815. Naquela altura, Napoleo j estava no seu primeiro exlio em Elba. O efeito maior da Guerra de 1812 no contexto dos conflitos na Europa da poca foi que os americanos conseguiram distrair a marinha inglesa o suficiente para dar uma pequena vantagem aos franceses. A compra da Luisiana em 1803, por sua vez, foi pacfica com Napoleo desistindo da ideia de construir um imprio colonial nas Amricas. Ele ento tomou a Luisiana dos espanhis e vendeu a terra para os estadunidenses por US$ 15 milhes de dlares, incluindo US$ 11 milhes em ouro.[58]Revolues na Amrica LatinaVer artigo principal: Independncia da Amrica Espanhola

    Com a abdicao dos reis Carlos IV e Fernando VII e a instalao de Jos Bonaparte como novo rei da Espanha por Napoleo, guerras civis e revolues nas Amricas acabou acontecendo. Entre 1808 e 1833, as colnias espanholas no continente latino-americano comearam, uma aps a outra, a se separar do Imprio Espanhol. Enfraquecida pelas questes internas, a Espanha no teve como resistir por muito tempo.[59]A Invaso francesa da Rssia (1812)Ver artigo principal: Campanha da Rssia (1812)A Batalha de Borodino, pintado por Louis Lejeune. A batalha foi uma das maiores e mais sangrentas das Guerras Napolenicas.

    O Tratados de Tilsit de 1807 resultou na Guerra Anglo-Russa (180712). O imperador da Rssia, Alexandre I, declarou guerra ao Reino Unido aps um ataque ingls contra a Dinamarca em setembro de 1807. Os ingleses apoiavam a frota sueca durante a Guerra Finlandesa e conseguiram vitrias contra os russos no Golfo da Finlndia em julho de 1808, e novamente em agosto de 1809. Contudo, o sucesso do exrcito russo em terra forou a Sucia a assinar a paz, em 1809, e com a Frana, em 1810, se juntando ento ao Bloqueio Continental contra a Gr-Bretanha. Ainda assim, aps 1810, as relaes entre os franceses e os russos comeou a se deteriorar. Em abril de 1812, o Reino Un

  • ido, a Rssia e a Sucia assinaram um pacto secreto contra Napoleo.[60]

    Um dos assuntos centrais na tnue paz que se seguiu ao tratado de Tilsit foi a questo polonesa. Napoleo e Alexandre I divergiam sobre a forma como o pas deveria ser, tornando-se uma nao semi-independente sob controle de ambos. Como o autor Charles Esdaile notou, "havia a ideia implcita de que uma Polnia russa seria, claro, uma guerra contra Napoleo".[61] O historiador Paul Schroeder diz que a questo polonesa foi "a causa maior" da guerra de Napoleo contra a Rssia, mas ele completa afirmando que o fato do governo russo passar a se recusar a se unir ao Bloqueio Continental tambm foi um fator importante.[62]

    Em 1812, no auge do seu poder e influncia na Europa, Napoleo invadiu a Rssia com seu Grande Arme (o exrcito imperial), apoiado por milhares de soldados de Estados satlites e aliados. Sua fora de invaso consistia de quase 650 000 homens (incluindo 270 000 franceses e os demais sendo de naes subservientes ao Imprio, como alemes, poloneses e italianos). Os exrcitos napolenicos cruzaram o rio Neman, em 24 de junho de 1812. A Rssia convocou ento a "Grande Guerra Patritica" para resistir a invaso estrangeira. Napoleo afirmou que o motivo central da guerra era pela Polnia. Assim, os poloneses, em apoio, forneceram 100 000 homens a Bonaparte. Apesar das expectativas polonesas, Napoleo no fez concesses para a Polnia, pois ele queria usar aquele territrio para futuras negociaes com a Rssia.[63]O exrcito francs na Rssia, em 1812.

    O Grande Arme de Napoleo foi avanando pela Rssia, enfrentando pouca resistncia e travando batalhas de pequena intensidade. O primeiro grande confronto, a Batalha de Smolensk, ocorreu entre 16 e 18 de agosto, resultando em uma contestada vitria francesa. Durante esse perodo, o marechal Nicolas Oudinot foi detido na Batalha de Polotsk por uma tropa russa comandada pelo general Peter Wittgenstein. Isso impediu que os franceses chegassem a So Petersburgo. A principal coluna do exrcito francs, liderado por Napoleo, marchava at Moscou.[64]

    Os russos implementaram tticas de terra arrasada, importunando o Grande Arme com a cavalaria leve cossaca. O exrcito francs no conseguiu se adaptar ao novo cenrio adverso.[65] Assim, logo nas primeiras semanas, os franceses comearam a sofrer pesadas baixas.[66]

    Ao mesmo tempo, o exrcito russo recuou por pelo menos trs meses. A ttica de retirada era liderada pelo marechal Michael Andreas Barclay de Tolly e o prncipe Mikhail Kutuzov, feito comandante-em-chefe pelo czar Alexandre I. A politica de evitar combates e destruir o terreno, era interrompida por batalhas pequenas. Porm alguns confrontos de grande intensidade aconteceram, como a Batalha de Borodino, em 7 de setembro de 1812.[67] A luta aconteceu nas cercanias de Moscou e foi uma das mais sangrentas das Guerras Napolenicas, envolvendo 250 000 homens e resultando em 70 000 baixas. Seu resultado foi, no quadro geral, indecisivo, mas deu uma leve vantagem a Napoleo. Bonaparte terminou controlando a regio, mas no destruiu o exrcito russo e nem capturou seus lderes. Longe da Frana, Napoleo foi forado a esticar suas linhas de suprimento e ele no tinha como receber reforos, fazendo com que cada perda fosse sentida. J a Rssia, com uma populao enorme, podia repor suas baixas rapidamente.[68]

    Napoleo entrou em Moscou a 14 de setembro de 1812, aps uma nova retirada por parte do exrcito russo.[69] A populao de Moscou j havia, em sua grande maioria, seguido o governo e abandonou a cidade. Ento, o governador da cidade, Fyodor Rostopchin, ordenou que Moscou fosse queimada.[70] Alexandre I se recusava a capitular e qualquer proposta de paz feita pelos franceses era recusada. Em outubro, sem possibilidade clara de uma vitria, Napoleo comeou a desastrosa retirada do seu exrcito da Rssia.[71]Napoleo se retirando da Rssia, pintado por Adolph Northen.

    Na Batalha de Maloyaroslavets, em outubro de 1812, os franceses tentaram chegar

  • na cidade de Kaluga, onde poderiam encontrar comida e outros suprimentos. Mas o exrcito russo bloqueou o seu caminho. Napoleo foi forado a se retirar pela mesma rota que o levou a Moscou, indo pelas reas destrudas nas estradas prximas a Smolensk. Nas semanas seguintes, o Grande Arme de Napoleo foi pego no meio do inverno russo, sofrendo com, alm do frio, a falta de suprimentos e as constantes aes de guerrilha das milcias russas.[71]

    Quando o que sobrou do exrcito de Napoleo cruzou o rio Berezina em novembro de 1812, apenas 27 000 retornaram em boa ordem, com outros 380 000 sendo mortos ou dado como desaparecidos, alm de outros 100 000 capturados.[72] Bonaparte foi direto para Paris, para preparar sua defesa contra os russos e a campanha se encerrou formalmente em 14 de dezembro, quando os ltimos soldados franceses retornaram da Rssia. Os russos tambm sofreram, perdendo 210 000 homens, mas eles podiam repor essas baixas rapidamente, algo que os franceses no conseguiam.[71]Guerra da Sexta Coalizo (18121814)Ver artigo principal: Sexta Coalizo

    A Frana estava aparentemente exaurida aps a fracassada invaso da Rssia, com Napoleo perdendo mais da metade do seu exrcito. Vendo nisso uma oportunidade, a Prssia, a Sucia, a ustria e vrios Estados alemes decidiram reiniciar as hostilidades e declaram guerra a Frana.[73] O imperador francs afirmou que ergueria um novo exrcito, to grande quanto aquele que havia levado Rssia. Bonaparte rapidamente recrutou entre 30 000 e 130 000 homens de naes do leste que ainda eram leais a ele. Conscries tambm comearam na Frana e depois de alguns meses, ele j tinha 400 000 soldados (a maioria com pouca experincia em combate). Os franceses eventualmente fizeram avanos na Europa oriental, infligindo aos aliados 40 000 baixas nas batalhas de Ltzen (2 de maio de 1813) e Bautzen (2021 de maio de 1813). Estas batalhas envolveram mais de 250 000 soldados, fazendo desta uma das maiores fases das guerras. O ministro de relaes exteriores da ustria, Klemens von Metternich, props, em novembro de 1813, uma oferta de paz a Napoleo. Seria permitido a Napoleo reter o ttulo de Imperador da Frana, mas o pas teria que restaurar suas "fronteiras naturais", abrindo mo das suas possesses na Itlia, Alemanha e Holanda. Napoleo ainda tinha esperanas de vencer a guerra e rejeitou os termos apresentados. Em 1814, contudo, os franceses estavam recuando em todas as frentes. Os aliados da Coalizo agora avanavam rumo ao norte da Frana e ameaavam flanquear a cidade de Paris (a capital do imprio). Napoleo teria ento aceitado as propostas de Metternich para paz, mas j era tarde demais e os aliados rejeitaram qualquer termo de paz que no fosse sua abdicao.[74]A Batalha de Leipzig envolveu mais de 600 000 soldados de diversas nacionalidades, fazendo desta a maior batalha na Europa at a Primeira Guerra Mundial, no comeo do sculo XX.

    Enquanto isso, na Guerra Peninsular, Arthur Wellesley lanou novamente os exrcitos anglo-portugueses em ofensivas pela Espanha aps o ano novo de 1812, cercando e capturando as cidades fortificadas de Cidade Rodrigo e Badajoz. Em julho, uma tropa francesa foi derrotada na importante Batalha de Salamanca. Enquanto os franceses tentavam se reagrupar, os aliados entraram em Madri e depois avanaram sobre a cidade de Burgos, antes de ter que recuar de volta a Portugal aps os franceses ameaarem um grande contra-ataque. Uma consequncia da campanha em Salamanca, a Frana teve que encerrar seu longo cerco a Cdis e recuar das provncias Andaluzia e Astrias.[75]

    Em um movimento estratgico, Wellesley planejou mover sua base de suprimentos principal de Lisboa at a cidade de Santander. Tropas anglo-portuguesas, apoiadas por rebeldes espanhis, avanaram ento pelo norte da Espanha e tomaram o estratgico municpio de Burgos. Em 21 de junho, na Batalha de Vitria, tropas inglesas, portuguesas e espanholas venceram as foras de Jos Bonaparte, encerrando de vez o poder francs na Espanha. Os franceses ento recuaram para fora de praticamente toda a Pennsula Ibrica, indo alm da regio de Pireneus.[76]

    Os beligerantes declararam ento um armistcio a 4 de junho de 1813 (que continuou a

  • t 13 de agosto) onde ambos os lados usaram o perodo para recuperar suas perdas e se reorganizar. Neste meio tempo, a ustria se comprometeu a se unir em sua totalidade a Coalizo contra a Frana (mesmo com a filha do imperador Francisco I sendo a esposa de Napoleo). Os austracos mobilizaram dois grandes exrcitos, adicionando 300 000 homens as foras da Coalizo na Alemanha. No total, os Aliados mobilizaram 800 000 soldados no teatro de operaes alemo.[77]A Batalha de Hanau (3031 de outubro de 1813) foi travada entre uma fora Austro-Bvara e soldados franceses.

    Napoleo reuniu as tropas imperiais, recrutando soldados de todas as regies subordinadas a ele, chegando a 650 000 homens porm apenas 250 000 estavam sob seu controle direto, com outros 120 000 liderados por Nicolas Charles Oudinot e 30 000 com Louis Davout. A maioria de suas tropas no francesas vinham dos Estados alemes da Confederao do Reno, especialmente da Saxnia e da Baviera. Alm disso, ao sul, na Itlia, havia Joaquim Murat no comando dos exrcitos de Npoles e Eugnio de Beauharnais, rei da Itlia, que comandavam mais 100 000 homens. Na Espanha haviam mais 150 000 a 200 000 tropas francesas fatigadas, que recuavam da luta na Pennsula Ibrica e com 100 000 tropas inglesas, espanholas e portuguesas no seu encalo. No geral, as foras aliadas tinham mais que o dobro de tropas do que os franceses. Aps os Estados alemes desertarem Napoleo, sua desvantagem numrica passou a ser superior a 4 para 1.[78]

    Aps o fim do curto armistcio de junho-agosto de 1813, Napoleo retomou a iniciativa e partiu para a ofensiva, derrotando uma tropa russa, austraca e prussiana na Batalha de Dresden (Agosto de 1813). A vitria foi importante, com os franceses vencendo uma luta contra um inimigo numericamente superior e sofrendo poucas baixas no processo. Contudo, a segunda parte da ofensiva, que estava nas mos dos seus marechais, acabou fracassando e assim Bonaparte no conseguiu capitalizar em cima desta vitria. Napoleo recuou para alm do rio elba e se posicionou ao redor da cidade de Leipzig, no leste da Alemanha, para proteger sua principal rota de suprimentos. As foras da Coalizo convergiram sobre ele, com as tropas prussianas vindo de Wartenburg, e os russos e austracos vindo de Dresden (que havia sido reconquistada aps a vitria aliada sobre os generais de Napoleo na Batalha de Kulm), alm de reforos vindos do norte constitudo majoritariamente por militares suecos. Na subsequente Batalha das Naes, travada no norte da Saxnia (entre 16 e 19 de outubro de 1813), 191 000 soldados franceses lutaram contra mais de 430 000 soldados da Coalizo. O combate foi violento, com quase 100 000 homens perecendo (somando as baixas de ambos os lados). Os franceses acabaram sendo superados pelo absurdo nmero de tropas dos aliados e Napoleo foi forado a recuar at a fronteira franco-alem. Uma srie de batalhas de mdia e pequena intensidade foram travadas (incluindo a Batalha de Arcis-sur-Aube, lutada em solo francs), mas a desvantagem numrica era demasiada grande e Napoleo no conseguiu montar uma defesa coesa. Aps a sua derrota em Leipzig, os Estados alemes da Confederao do Reno (outrora seus aliados) se voltaram contra ele e passaram a apoiar a Coalizo. Seu ltimo aliado significativo era o Reino da Dinamarca e Noruega, mas estes estavam isolados e preferiram fazer a paz com as demais potncias europeias, firmando o Tratado de Kiel de janeiro de 1814.[79]O exrcito russo entra em Paris, em 1814.

    Ao fim de maro de 1814, aps uma curta batalha, tropas da Coalizo marcharam em Paris. Antes disso, Napoleo travou, no nordeste da Frana, a chamada Campanha dos Seis Dias, onde tentou desesperadamente deter o avano aliado sobre a capital do seu imprio. Apesar de ter conquistado algumas vitrias estratgicas, ele no cumpriu seu objetivo maior de salvar Paris. Naquele momento, ele detinha pelo menos 70 000 homens, contra mais de 500 000 soldados da Coalizo que invadiam a Frana pelo leste. Nesse meio tempo, pelo Tratado de Chaumont (9 de maro de 1814), as potncias europeias da Coalizo se comprometeram a continuar lutando at que Napoleo estivesse derrotado totalmente.[80]

    Mesmo com a derrota iminente, a queda de Paris e o colapso do seu exrcito, Napoleo estava determinado a continuar lutando. Ele continuou a convocar o povo francs a

  • lutar e chamou suas tropas e conscritos a se apresentar, mas o retorno foi pouco. Seus marechais tambm no tinham inteno de seguir com a guerra, reconhecendo que a situao havia chegado a um ponto sem retorno. Finalmente, a 6 de abril de 1814, Napoleo abdicou do trono. Contudo, ainda haviam combates de pequena intensidade acontecendo na Itlia, Espanha e Holanda durante a primavera daquele ano.[81]

    As potncias aliadas da Coalizo decidiram exilar Napoleo na ilha de Elba, garantindo a ele soberania sobre o lugar mas sob vigilncia martima da esquadra inglesa (que patrulhava a regio) do Mediterrneo. Foi decidido tambm restaurar os Bourbons no trono francs, colocando no poder Lus XVIII. Tudo foi formalizado pela assinatura do Tratado de Fontainebleau, em 11 de abril de 1814. Representantes das principais potncias europeias ento se reuniram no Congresso de Viena e comearam a trabalhar no processo de reconstruo do mapa poltico da Europa.[82]Guerra da Stima Coalizo (1815)Ver artigos principais: Governo dos Cem Dias e Guerra NapolitanaNapoleo retornando a Frana, em fevereiro de 1815, sendo aclamado por suas tropas.

    Ao fim da Guerra da Sexta Coalizo a paz veio a Europa novamente, mas no por muito tempo ou da forma desejada. As potncias que outrora lutaram juntas contra Napoleo comearam a bater boca no Congresso de Viena a respeito do novo mapa do continente. Na Frana, o novo governo de Lus XVIII se tornava cada vez mais impopular. Percebendo a situao agora mais favorvel, Napoleo Bonaparte planejou sua fuga da Ilha de Elba, que ficava a apenas dois ou trs dias pelo mar da costa francesa. Com pequenos barcos e acompanhado de um pequeno destacamento de membros da sua Guarda Imperial, ele desembarcou em Golfe-Juan, na Costa Azul da Frana, em 28 de fevereiro de 1815. Tropas reais francesas foram enviadas para intercepta-lo mas estas mudaram de lado ao v-lo e marcharam com Bonaparte at Paris.[83]

    A notcia que Napoleo regressara ao poder na Frana, em fevereiro de 1815, varreu a Europa e logo uma nova Coalizo anti-Bonapartista (a stima) foi formada, composta pelo Reino Unido, a Rssia, a Prssia, a Sucia, a Sua, a ustria, a Holanda e vrios pequenos Estados alemes. A restaurao de Napoleo foi curta (perodo conhecido como o Governo dos Cem Dias). As potncias Europeias rapidamente reuniram um gigantesco exrcito de mais 700 000 homens inicialmente, com mais reforos a caminho. O imperador francs conseguiu apenas 280 000 soldados. Ele tentou convocar uma conscrio em massa, mas no foi muito bem sucedido. Veteranos tambm foram chamados de volta ao servio. Mesmo assim, a desvantagem numrica era demasiada grande. A Coalizo pretendia unir suas tropas e marchar juntos com um poder avassalador e superar os franceses com seu grande nmero.[83]Wellington em Waterloo, por Robert Alexander Hillingford.A batalha de Waterloo, em 1815.

    Napoleo sabia que suas chances de vitria eram pequenas se enfrentasse de frente as foras unificadas da Coalizo. Ele preferiu pega-los separadamente e derrota-los um a um, antes que pudessem combinar suas foras. Bonaparte tomou 124 000 homens do Exrcito do Norte e atacou as tropas aliadas estacionadas na Blgica.[84] Ele pretendia investir sobre as tropas inglesas e separa-las dos prussianos, inutilizando seus exrcitos. Seu ataque inicial pegou seus inimigos de surpresa, forando o recuo das tropas anglo-holandesas. Os prussianos haviam sido mais cautelosos, concentrando boa parte dos seus exrcitos ao redor de Ligny (nas provncia de Namur). Eles ento lutaram para tentar deter ou ao menos atrasar o avano francs, com o objetivo de dar tempo para as demais tropas aliadas se reagruparem. A 16 de junho de 1815, prussianos e franceses se enfrentaram na Batalha de Ligny, vencida por Napoleo. No mesmo dia, a ala esquerda do exrcito imperial da Frana, comandada pelo marechal Michel Ney, foi bem sucedido em deter o avano do Duque Wellington, comandante das tropas inglesas, que pretendia se unir ao marechal Blcher e os prussianos. Os britnicos, apoiados por holandeses e alemes, acabaram no resistindo ao avano francs na Batalha de Quatre Bras. Ney no conseguiu cortar a retirada de Wellington, mas estes foram forados a recuar, junto com os prussianos. Os ingleses montaram uma nova posio defensiva, no meio de uma escarpa, em terreno elevado, a alguns quilmetros

  • das vilas de Waterloo, na Blgica.[27]

    Napoleo levou ento suas tropas para o corao da Blgica, reunindo seus homens com os de Ney, para perseguir o exrcito britnico de Wellington. Ao mesmo tempo ele ordenou ao marechal Emmanuel de Grouchy para pegar a ala direita do exrcito e detivesse os prussianos enquanto estes estavam se reagrupando. Aps uma srie de erros de clculos, tanto Grouchy e Napoleo falharam em perceber que os prussianos j haviam conseguido se reorganizar e j estavam se reagrupando perto do vilarejo de Wavre, mais perto de Wellington do que o antecipado. O sucesso dos exrcitos da Prssia em se reagrupar rapidamente foi na falha de Napoleo em no conseguir quebrar sua retirada. Grouchy tambm no conseguiu persegui-los adequadamente. Assim, enquanto trs corpos do exrcito prussiano marchavam rumo a Waterloo para apoiar os britnicos e seus aliados, a outra metade da tropa prussiana conseguiu segurar por um tempo as foras francesas do marechal Grouchy antes de recuar (batalha de Wavre, 18-19 de junho de 1815). No final, os 17 000 prussianos (comandados pelo general Johann von Thielmann) mantiveram ocupados 33 000 franceses por tempo suficiente para que estes no chegassem a tempo em Waterloo para ter um papel importante. Napoleo poderia ter sido bem sucedido se esses homens tivessem chegado antes e reforado suas linhas.[27]Mapa da campanha em Waterloo (1815).

    Os franceses evitaram por um tempo avanar contra as posies britnicas em Waterloo, mas a 18 de junho de 1815 foi iniciada a batalha decisiva da Guerra da Stima Coalizo. As tropas imperiais francesas atacaram logo pela manh, avanando lentamente pelo terreno ruim (havia chovido na regio durante toda a noite anterior). Ao fim da tarde, apesar de terem feito alguns progressos, os franceses falharam em expulsar as foras de Wellington das regies elevad