bacias de acumulaÇÃo e amortecimento para...

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¹ Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT. Brasilia DF. Fone (61) 3315 8495 ² Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT. Brasilia DF. Fone (61) 3315 8495 ³ Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT. Brasilia DF. Fone (61) 3315 8495 1 BACIAS DE ACUMULAÇÃO E AMORTECIMENTO PARA CONTROLE DA DRENAGEM DE RODOVIAS. Alex de Sousa Bento 1 ; Simoneli Fernandes Mendonça 2 ; Kamila Meneses da Silva 3 RESUMO A implantação de rodovias bem drenadas, requer atenção quanto à previsão de sistemas de drenagem adequados que promovam a segurança viária aos usuários nos períodos chuvosos. Nesse sentido, durante a definição das alternativas é importante considerar à redução de impactos ao meio ambiente, bem como buscar atender ao princípio da economicidade na execução das obras. A partir dessas ponderações o objetivo geral é promover uma avaliação do uso de bacias de acumulação para drenar as águas superficiais provenientes das bacias de contribuição presentes em uma interseção que será implantada na BR-277, km15, integrante do Anteprojeto de Engenharia de Acesso à 2ª Ponte Internacional sobre o Rio Paraná. No local, situação sem obra, há uma bacia de acumulação natural drenada por infiltração com excedente, possivelmente, atingindo uma galeria próxima com diâmetro de 80cm. A solução pré-existente consiste em uma drenagem convencional através de bueiros com deságue final em uma bacia de dispersão a cerca de 400 metros da interseção. A solução proposta prevê manter no local a acumulação natural das águas superficiais das redes de drenagem através de um conjunto de bacias de acumulação com a vazão excedente extravasada para a galeria de drenagem existente, que já recebe às aguas superficiais daquele local. A partir da caracterização da área, serão apresentadas as metodologias de cálculo para o volume de acumulação necessário considerando as situações de vazão efluente constante e de vazão efluente variável. Além disso, será apresentada uma análise comparativa das duas soluções propostas, considerando à redução de impactos ao meio ambiente e a economia de recursos estimada em cerca de R$2.000.000,00. PALAVRAS-CHAVE: drenagem, bacias de amortecimento, rodovias. ABSTRACT The deployment of well-drained highways requires attention to proper drainage systems forecast that promote road safety to users in rainy periods. In this sense, during the definition of alternatives is important to consider the reduction of environmental impacts, as well as for the principle of economy in the execution of the works. From these considerations, general objective promote an evaluation of using accumulation basins to drain to surface waters from the present contribution basins in an intersection that will be deployed on the BR-277, km15, Member of the provisional draft of access Engineering to second international bridge over the Parana River. On site, there's a work situation, natural retention basin drained by infiltration with surplus possibly reaching a nearby Gallery with 80 cm diameter. The pre- existing solution consists of a conventional drainage through storm drains with drainage system end in a bowl of dispersion at about 400 meters from the intersection. The solution proposed provides for keeping in place the natural accumulation of surface water drainage networks through a set of bowls of accumulation with surplus flow buried extravasated for the existing drainage Gallery, which already receives to surface waters from that location. From the characterization of the area, will be presented the methodologies of calculation for accumulation necessary considering the constant effluent flow situations and variable effluent flow. In addition, a comparative analysis of the two solutions proposed, considering the reduction of impacts to the environment and Resource Economics estimated at R$ 2,000,000,00. KEY WORDS: drainage, accumulation basins, highways.

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¹ Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT. Brasilia – DF. Fone (61) 3315 8495

² Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT. Brasilia – DF. Fone (61) 3315 8495

³ Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT. Brasilia – DF. Fone (61) 3315 8495 1

BACIAS DE ACUMULAÇÃO E AMORTECIMENTO PARA

CONTROLE DA DRENAGEM DE RODOVIAS.

Alex de Sousa Bento1; Simoneli Fernandes Mendonça2; Kamila Meneses da Silva3

RESUMO

A implantação de rodovias bem drenadas, requer atenção quanto à previsão de sistemas de drenagem adequados

que promovam a segurança viária aos usuários nos períodos chuvosos. Nesse sentido, durante a definição das alternativas

é importante considerar à redução de impactos ao meio ambiente, bem como buscar atender ao princípio da

economicidade na execução das obras. A partir dessas ponderações o objetivo geral é promover uma avaliação do uso de

bacias de acumulação para drenar as águas superficiais provenientes das bacias de contribuição presentes em uma

interseção que será implantada na BR-277, km15, integrante do Anteprojeto de Engenharia de Acesso à 2ª Ponte

Internacional sobre o Rio Paraná. No local, situação sem obra, há uma bacia de acumulação natural drenada por infiltração

com excedente, possivelmente, atingindo uma galeria próxima com diâmetro de 80cm. A solução pré-existente consiste

em uma drenagem convencional através de bueiros com deságue final em uma bacia de dispersão a cerca de 400 metros

da interseção. A solução proposta prevê manter no local a acumulação natural das águas superficiais das redes de

drenagem através de um conjunto de bacias de acumulação com a vazão excedente extravasada para a galeria de drenagem

existente, que já recebe às aguas superficiais daquele local. A partir da caracterização da área, serão apresentadas as

metodologias de cálculo para o volume de acumulação necessário considerando as situações de vazão efluente constante

e de vazão efluente variável. Além disso, será apresentada uma análise comparativa das duas soluções propostas,

considerando à redução de impactos ao meio ambiente e a economia de recursos estimada em cerca de R$2.000.000,00.

PALAVRAS-CHAVE: drenagem, bacias de amortecimento, rodovias.

ABSTRACT

The deployment of well-drained highways requires attention to proper drainage systems forecast that promote

road safety to users in rainy periods. In this sense, during the definition of alternatives is important to consider the

reduction of environmental impacts, as well as for the principle of economy in the execution of the works. From these

considerations, general objective promote an evaluation of using accumulation basins to drain to surface waters from the

present contribution basins in an intersection that will be deployed on the BR-277, km15, Member of the provisional draft

of access Engineering to second international bridge over the Parana River. On site, there's a work situation, natural

retention basin drained by infiltration with surplus possibly reaching a nearby Gallery with 80 cm diameter. The pre-

existing solution consists of a conventional drainage through storm drains with drainage system end in a bowl of

dispersion at about 400 meters from the intersection. The solution proposed provides for keeping in place the natural

accumulation of surface water drainage networks through a set of bowls of accumulation with surplus flow buried

extravasated for the existing drainage Gallery, which already receives to surface waters from that location. From the

characterization of the area, will be presented the methodologies of calculation for accumulation necessary considering

the constant effluent flow situations and variable effluent flow. In addition, a comparative analysis of the two solutions

proposed, considering the reduction of impacts to the environment and Resource Economics estimated at R$

2,000,000,00.

KEY WORDS: drainage, accumulation basins, highways.

2

INTRODUÇÃO

Um dos fatores essenciais para a contribuição de um tráfego seguro é a presença de sistemas

de drenagem adequados na rodovia.

Para que se tenha uma rodovia bem drenada é importante obter o máximo de informações do

local, tais como: relevo, clima, pluviometria, uso e ocupação do solo, cobertura vegetal, entre outros.

A obtenção de informações a partir de sistemas de informações geográficas, bem como visitas

de campo também é de suma importância para definição das bacias de contribuição e dos parâmetros

hidrológicos, obtendo um estudo hidrológico confiável, a fim de evitar equívocos no projeto de

drenagem.

Durante a definição das alternativas para o projeto de drenagem, é importante considerar à

redução de impactos ao meio ambiente, bem como buscar atender ao princípio da economicidade na

execução das obras.

Considerando estes fatores, neste trabalho serão estudadas as bacias de acumulação e

amortecimento. Estes dispositivos de armazenamento comumente conhecidos como

reservatórios/bacias de acumulação permitem o retardo do escoamento, atenuando o pico dos

hidrogramas e possibilitando a recuperação da capacidade de amortecimento perdida pela bacia

devido à impermeabilização do solo da região da bacia hidrográfica. Tucci (1995).

A implantação de bacias de acumulação em drenagem de rodovias reduz o pico de

escoamento, evita perturbações a jusante do corpo estradal, facilita a infiltração da água no solo,

alimenta o lençol freático, regula e distribui os fluxos de água quando alcançado o nível máximo de

acumulação reduzindo os impactos de escoamento concentrado, evita inundações e destruição de

habitações lindeiras a rodovia e do meio receptor de jusante, evita que descargas de bueiros e sarjetas

sejam lançados diretamente em terrenos desprotegidos acelerando possíveis processos erosivos. Lima

(2006).

O dimensionamento dessas estruturas é dependente do volume de escoamento gerado, o qual

depende das características de precipitação pluviométrica e das áreas de contribuição ao escoamento.

O seu correto funcionamento depende principalmente das características do solo no qual será

construído, sobretudo quanto a sua capacidade de infiltração da água que deverá ser considerada. Já

a sua vida útil ou intervalo para manutenção está atrelado diretamente com as características e

quantidades de sedimentos presentes no escoamento superficial. Oliveira (2012).

Motivado por essas características, o presente trabalho teve como objetivo geral promover

uma avaliação do uso de bacias de acumulação para drenar às aguas superficiais provenientes das

bacias de contribuição presentes em uma interseção que será implantada na BR-277, km15, integrante

do Anteprojeto de Engenharia de Acesso à 2ª Ponte Internacional sobre o Rio Paraná, localizada no

município de Foz do Iguaçu/PR. Como objetivos secundários, o estudo será estendido à:

Obter o volume de acumulação necessário considerando as situações de vazão efluente

constante e de vazão efluente variável, bem como indicar o método de cálculo mais

consistente.

3

Promover uma análise comparativa entre a bacia de acumulação (alternativa escolhida) e uma

alternativa pré-existente baseada em um sistema de drenagem convencional, considerando à

redução de impactos ao meio ambiente e a economia de recursos estimada.

A alternativa pré-existente consiste em drenar as águas a partir um conjunto de bueiros que

por fim serão escoadas por um bueiro metálico a ser construído por processo não destrutivo por cerca

de 390 metros com deságue final em uma bacia de dispersão. Esta solução já existia e não faz parte

do desenvolvimento deste trabalho. A solução será utilizada para se comparar a segunda alternativa,

proposta a seguir.

A segunda opção baseia-se na utilização de bacias de acumulação e amortecimento. Neste

caso, propõe-se a construção de bacias de acumulação escavadas nas áreas vizinhas das alças externas

da interseção em questão, aproveitando os terrenos remanescentes das áreas a serem desapropriadas

em função da construção da interseção. A vazão excedente será extravasada para a galeria de

drenagem existente, que já recebe às aguas superficiais daquele local.

DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO

Aspectos Gerais

Para o estudo selecionou-se a interseção que será implantada na BR-277, km15 (Figura 1).

Trata-se de um local de acumulação natural das águas superficiais das redes de drenagem. As cotas

do terreno naquela área formam lagoas temporárias, as águas são drenadas por infiltração com

excedente, possivelmente, escoando para uma galeria próxima que já recebe as águas superficiais da

rodovia.

Com a construção da interseção, que está toda projetada em aterro, parte dessa área será

ocupada, comprometendo essa acumulação natural das águas superficiais. Logo, deverá ser dado um

destino adequado às águas superficiais que escoam para este local. O problema é que por se tratar de

um local com cotas abaixo das cotas das áreas adjacentes, tornam-se limitadas as alternativas de

estruturas de drenagem adequadas para solucionar este problema.

Destaca-se que a área está em expansão urbana, mas as bacias de contribuição ainda possuem

áreas com características mistas rurais e urbanas, com a presença de várias zonas de cultivo e campos,

pouca mata densa, algumas zonas comerciais e poucas residências. O terreno possui declividade

variando de 1 a 3%, o relevo é suavemente ondulado e predomina o solo do tipo argila arenosa

avermelhado. De acordo com os estudos de sondagem verificou-se presença de 0,10m de nível

d’água. Vetec (2013).

O clima de Foz de Iguaçu é subtropical úmido mesotérmico, classificado por Köppen como

Cfaclima subtropical: temperatura média no mês mais frio inferior a 18ºC (mesotérmico), e

temperatura média no mês mais quente acima de 22ºC; com verões quentes, geadas pouco freqüentes

e tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, contudo sem estação seca definida. Vetec

(2013).

4

Figura 1. Mapa de localização da área de estudo.

Estudos Hidrológicos

Para a caracterização do regime de chuvas da região foram selecionados os dados do posto

pluviométrico nº 02554002, Salto Cataratas, por apresentar uma séria história de 64 anos.

A partir dos dados hidrológicos, foi feito o tratamento estatístico considerando a precipitação

de projeto obtida por registros pluviométricos e por desagregação da precipitação diária, obtendo

assim a vazão de projeto e por conseguinte o dimensionamento hidráulico das bacias de acumulação.

Na figura 2 são apresentadas as delimitações das bacias de contribuição e das bacias de

acumulação.

5

Figura 2. Delimitação das bacias conforme mapa

6

METODOLOGIA

Conforme já exposto, será detalhada a metodologia proposta para a adoção de bacias de

acumulação como alternativa para drenar as águas superficiais provenientes das bacias de

contribuição que desaguarão no local da interseção.

Bacias de Acumulação e Amortecimento

O procedimento adotado engloba duas propostas para obter o volume de acumulação

necessário para amortecer a vazão, de forma que não sobrecarregue a galeria de jusante com 80cm de

diâmetro, conforme detalhado a seguir.

Volume da bacia de acumulação para vazão efluente constante

O cálculo do volume de acumulação para vazão efluente constante foi feito com base em

algumas simplificações, a vazão de entrada e de saída foram consideradas constantes, esta última

fixada em 30% da capacidade da galeria existente de jusante, sendo definido:

Vt = Vo+Ve-Vs (1)

Onde:

Vt = Volume necessário de acumulação; Vo = Volume inicial, que é o volume referente a uma lamina de água de 0,5m, que será

drenada por infiltração, para manter a condição natural, e que poderá estar cheia no início de um

evento.

Ve = Volume que entra na bacia de acumulação, até que ela esteja cheia, sendo;

Ve = Qe*Te (2)

Vs = Volume que sai da bacia de acumulação, até que ela esteja cheia, sendo;

Vs = Qs*Te (3)

Te = Tempo de enchimento.

Qs = Vazão de saída, adotada como um percentual da capacidade da galeria de jusante, no

caso 30%.

Qe = Vazão de entrada, calculada pelo método Racional (bacia < 4km²) para uma precipitação

de duração “Te”, assim:

Qe = C*A*i (4)

Onde:

A= Área de contribuição da bacia hidrográfica, 0,25817 km²; e

C = Coeficiente de escoamento, tendo sido adotado 0,5.

i = Intensidade da precipitação média máxima para tempo “Te”, com tempo de recorrência de

15 anos.

A partir destas considerações foram calculados os volumes necessários (Vt) para uma série de

tempos de duração verificando qual resultaria em um maior volume. Primeiro para a Bacia de

Acumulação de Montante isoladamente, conforme resultados apresentados na Tabela 1, e em seguida

7

para as duas bacias, ligadas por um bueiro de 80cm de diâmetro (funcionando como vaso

comunicante), consideradas como um só reservatório, conforme resultados apresentados na Tabela 2.

Tabela 1. Bacia de Acumulação de Montante

Te (h) V0 (m³) It Qe

(m³/s) Ve (m³) QS(m³/s) VSt (m³) Vt (m³)

0,17 2767,325 180,93 2,44 1490,834 0,264 161,64 4096,517

0,67 93,13 1,25 3024,364 637,06 5154,630

1,17 65,12 0,88 3692,842 1112,48 5347,690

1,67 51,08 0,69 4134,439 1587,89 5313,870

2,17 42,60 0,57 4480,543 2063,31 5184,557

2,67 36,84 0,50 4767,225 2538,73 4995,822

3,17 32,63 0,44 5013,021 3014,15 4766,200

3,67 29,39 0,40 5228,809 3489,56 4506,570

4,17 26,82 0,36 5421,551 3964,98 4223,896

4,67 24,72 0,33 5595,994 4440,40 3922,920

5,17 22,97 0,31 5755,522 4915,82 3607,032

5,67 21,48 0,29 5902,644 5391,23 3278,736

6,17 20,19 0,27 6039,271 5866,65 2939,945

6,67 19,08 0,26 6166,893 6342,07 2592,150

7,17 18,09 0,24 6286,699 6817,49 2236,539

7,67 17,21 0,23 6399,652 7292,90 1874,075

8,17 16,43 0,22 6506,543 7768,32 1505,548

Tabela 2. Bacia de Acumulação de Jusante Te (h)

V0 (m³) It Qe

(m³/s) Ve (m³) QS(m³/s) VSt (m³) Vt (m³)

0,17 6586,578 180,93 6,49 3970,490 0,264 161,64 10395,426

0,67 93,13 3,34 8054,693 637,06 14004,212

1,17 65,12 2,34 9835,028 1112,48 15309,129

1,67 51,08 1,83 11011,120 1587,89 16009,804

2,17 42,60 1,53 11932,889 2063,31 16456,155

2,67 36,84 1,32 12696,399 2538,73 16744,249

3,17 32,63 1,17 13351,020 3014,15 16923,452

3,67 29,39 1,05 13925,720 3489,56 17022,734

4,17 26,82 0,96 14439,045 3964,98 17060,642

4,67 24,72 0,89 14903,631 4440,40 17049,811

5,17 22,97 0,82 15328,499 4915,82 16999,261

5,67 21,48 0,77 15720,325 5391,23 16915,669

6,17 20,19 0,72 16084,197 5866,65 16804,125

6,67 19,08 0,68 16424,090 6342,07 16668,600

7,17 18,09 0,65 16743,166 6817,49 16512,259

7,67 17,21 0,62 17043,990 7292,90 16337,665

8,17 16,43 0,59 17328,668 7768,32 16146,926

Volume da bacia de acumulação para vazão efluente variável

Foi realizado com base no método do hidrograma triangular. Considerando que a vazão de

entrada aumentaria, linearmente, até o tempo de concentração, e se manteria assim até o final da

chuva, quando começaria a reduzir, também linearmente até zerar. E a vazão de saída aumentaria

8

linearmente até se igualar a vazão de entrada, quando começaria a reduzir, também linearmente até

zerar. Os gráficos 1, 2 e 3 ilustram esse conceito.

Gráfico 1. Volume que entra na bacia de acumulação.

Gráfico 2. Volume que sai da bacia de acumulação.

Gráfico 3. Volume máximo armazenado na bacia de proposta.

Nessa simulação foram considerados duas bacias de armazenamento cada um com sua

respectiva contribuição.

Portanto os volumes de armazenamento das bacias de montante (M) e de jusante (J), serão:

VtM = VoM+VetM-VstM (5)

VtJ = VoJ+VetJ-VstJ (6)

9

Vo = Volume inicial. Adotado VoM=2.767,325m³ e VoJ= 3.819,252m³

Vt = Volume máximo armazenado, ocorre no instante “Tet”.

Vet = Volume que entra na bacia de acumulação, até o instante “Tet”.

Vst = Volume que sai da bacia de acumulação, até o instante “Tet”.

Assim, a vazão de entrada na bacia de acumulação de montante é:

QetM = AM *C*it (7)

A vazão de entrada na bacia de acumulação de jusante é:

QetJ = AJ * C * it + QstM (8)

A = Área da bacia de contribuição, AM = 0,09694km² e AJ= 0,16124km²

C = Coeficiente de escoamento, tendo sido adotado 0,5.

it = Intensidade da precipitação média máxima para tempo “t”, com tempo de recorrência de

15anos.

Tc = tempo de concentração, que foi calculado por Kirpich [0,95*(L3/(H*L))0,385], resultando

em tc=0,17h, sendo:

L = Comprimento do talvegue principal, 0,474km; e

H = Desnível máximo em metros, 9,06m.

O tempo de concentração foi calculado com base nos dados da bacia de contribuição de

montante, pois esta resulta em um maior tempo de concentração, sendo assim este o instante no qual

passaríamos a ter toda a área das bacias contribuindo, desta forma:

O tempo de enchimento no tempo t será:

Tet = t + (Qet + Qst) ∗Qet

Tbt−t (9)

Substituindo o tempo de base no tempo t por:

Tbt =8

3∗ tc + (t − tc) (10)

Têm-se:

Tet = t + (Qet + Qst) ∗ Qet ∗5

3∗ tc (11)

A vazão máxima de saída Qst foi calculada:

para bacia de Jusante através da formula de Manning, em função da altura da

lamina d’água (“hJ”) e do dispositivo de saída, no caso um canal de concreto retangular

com 1,00m de altura, 0,50m de largura e 0,1% de declividade;

10

para bacia de montante, com bueiro com 0,80m de diâmetro e 1% de

declividade interligando a bacia de jusante, trabalhando como conduto forçado, sendo

utilizada a equação de Bermoulli, com perda de carga calculada por Hazen-Williamns.

Portanto para a Bacia de Acumulação de Jusante:

QstJ =AhJ

μ∗ RhJ

2

3 ∗ dJ1

2

Sendo:

AhJ = Área molhada, AhJ=0,5*hJ;

= Coeficiente de rugosidade do concreto, =0,015;

RhJ = Raio hidráulico, RhJ=0,5hJ/(0,5+2hJ); e

dJ = Declividade, dJ=0,001.

Colocando “QstJ” em função de “hJ”:

QstJ =0,5hJ

0,015∗ (

0,5ℎ𝐽

0,5+2ℎ𝐽)

2

3 ∗ 0,0011

2 (12)

“hJ” é a altura da lamina d’água contada a partir da base do canal de saída da bacia de jusante.

Calculando “hJ” em função do volume máximo armazenado (VtJ), considerando o seguinte:

VtJ = VoJ+hJ*(AhJ+AbJ)/2, sendo:

AbJ = Área do reservatório de jusante no nível da soleira, AbJ = 7.748,974m².

AhJ = Área no nível “hJ”; “AhJ” foi deduzida a partir da área da borda ou do topo “ATJ”, que

corresponde a hJ = 1,00 e da área “AbJ”, da seguinte forma:

AhJ = ((ATJ-AbJ)/1)*hJ+AbJ

ATJ = 8.179,032m².

Portanto;

VtJ = VoJ+hJ*(((ATJ-AbJ)/1)*hJ +2AbJ)/2 (13)

A vazão para a Bacia de Acumulação de Montante:

QstM = ((hM-hJ)/L*C1,85*RhM1,17*AhM1,85)(1/1,85) (14)

(hM-hJ)/L = A perda de carga por comprimento do tubo;

C = Coeficiente de rugosidade do concreto no caso entre 100 e 140, foi adotado 120;

RhM = Raio hidráulico, que no caso coincide com o raio do tubo 0,40m;

AhM = Área interna do tubo no caso AhM = *RhM2

11

hM = Altura da lâmina d’água contada a partir da base do canal de saída da bacia de montante

que possui a mesma cota do canal de saída de jusante, calculada em função do volume máximo

armazenado (VtM), considerando o seguinte:

VtM = VoM+hM*(AhM+AbM)/2

Sendo:

AbM = Área do reservatório de montante no nível da soleira, AbM = 5.624,477m².

AhM = Área no nível “hM”; “AhM” foi deduzida a partir da área da borda ou do topo “ATM”,

que corresponde a hM=1,00, da seguinte forma:

AhM = ((ATM-AbM)/1)*hM+AbM

ATM = 5.989,899m²

Portanto:

VtM = VoM+hM*(((ATM-AbM)/1)*hM +2AbM)/2 (15)

As fórmulas apresentadas foram organizadas em uma planilha do Excel (Tabela 3), e com

auxílio da ferramenta “Atingir meta”, e de um “macro” foram deduzidos valores para “hJ” e para a

perda de carga “hM-hJ” até encontrar o mesmo resultado para os dois pares de fórmulas “13” e “21”

e “14” e “18”. Desta forma foi calculado o volume máximo armazenado para vários tempos de

duração de chuva, a partir do tempo de concentração e o maior volume encontrado foi considerado o

volume mínimo necessário para a bacia de acumulação.

Para chuvas com duração inferior a 2,67h, esta formulação não convergiu para um resultado,

provavelmente porque para estas durações, como a bacia de contribuição de jusante é maior, o fluxo

de água no bueiro que liga as duas bacias de acumulação será, por algum tempo, no sentido inverso,

de jusante para montante.

12

Tabela 03

t (h) It

Montante Jusante

QEM

(m³/s) VEM (m³) TEM

QSM

(m³/s) VSM (m³)

VtM (m³)

(F-03M) VtM (m³)

(F-04M) hM

QEJ

(m³/s) VEJ (m³) TEJ

QSJ

(m³/s) VSJ (m³)

VtJ (m³)

(F-03M) VtJ (m³)

(F-04M) hJ

0,17 180,93 2,44 745,76 0,453 0,00 0,00 3513,09 3648,02 0,1558 4,05 1240,40 0,451 0,03 27,94 5031,71 5031,71 0,1558

0,67 93,13 1,25 2640,85 0,953 0,00 0,00 5408,18 5757,91 0,5228 2,09 4392,45 0,930 0,17 282,28 7929,42 7929,42 0,5228

1,17 65,12 0,88 3424,68 1,453 0,00 0,00 6192,01 6508,66 0,6514 1,46 5696,16 1,411 0,22 557,21 8958,21 8958,21 0,6514

1,67 51,08 0,69 3924,10 1,953 0,00 0,00 6691,43 6908,61 0,7195 1,14 6526,83 1,892 0,25 840,28 9505,80 9505,80 0,7195

2,17 42,60 0,57 4305,12 2,453 0,00 0,00 7072,45 7161,18 0,7623 0,95 7160,56 2,375 0,26 1128,37 9851,45 9851,445 0,7623

2,67 36,84 0,50 4615,53 2,950 0,01 27,27 7355,58 7355,58 0,7952 0,83 7724,64 2,859 0,28 1426,54 10117,35 10117,35 0,7952

3,17 32,63 0,44 4878,67 3,443 0,02 103,07 7542,92 7542,92 0,8269 0,75 8299,24 3,343 0,29 1745,33 10373,16 10373,16 0,8268

3,67 29,39 0,40 5107,76 3,935 0,03 182,23 7692,85 7692,85 0,8521 0,68 8827,62 3,829 0,30 2069,26 10577,61 10577,61 0,8520

4,17 26,82 0,36 5311,09 4,427 0,03 263,86 7814,56 7814,56 0,8726 0,63 9320,66 4,315 0,31 2396,52 10743,39 10743,39 0,8724

4,67 24,72 0,33 5494,19 4,920 0,04 347,26 7914,25 7914,25 0,8894 0,59 9785,53 4,803 0,32 2725,73 10879,06 10879,06 0,8891

5,17 22,97 0,31 5660,94 5,413 0,04 431,94 7996,33 7996,33 0,9032 0,56 10227,21 5,291 0,32 3055,80 10990,67 10990,67 0,9028

5,67 21,48 0,29 5814,20 5,906 0,05 517,47 8064,05 8064,05 0,9146 0,53 10649,31 5,779 0,33 3385,88 11082,68 11082,68 0,9142

6,17 20,19 0,27 5956,11 6,399 0,05 603,55 8119,88 8119,88 0,9239 0,50 11054,51 6,268 0,33 3715,27 11158,49 11158,49 0,9235

6,67 19,08 0,26 6088,34 6,892 0,06 689,91 8165,75 8165,75 0,9316 0,48 11444,88 6,758 0,33 4043,41 11220,72 11220,72 0,9311

7,17 18,09 0,24 6212,20 7,385 0,06 776,35 8203,18 8203,18 0,9379 0,46 11822,07 7,249 0,33 4369,87 11271,46 11271,46 0,9373

7,67 17,21 0,23 6328,76 7,879 0,06 862,68 8233,41 8233,41 0,9430 0,45 12187,39 7,739 0,34 4694,26 11312,39 11312,39 0,9423

8,17 16,43 0,22 6438,88 8,373 0,06 948,78 8257,43 8257,43 0,9470 0,43 12541,91 8,231 0,34 5016,29 11344,87 11344,87 0,9463

8,67 15,72 0,21 6543,27 8,867 0,06 1034,52 8276,08 8276,08 0,9501 0,42 12886,53 8,722 0,34 5335,72 11370,06 11370,05 0,9494

9,17 15,08 0,20 6642,55 9,361 0,07 1119,81 8290,06 8290,06 0,9524 0,40 13221,99 9,214 0,34 5652,36 11388,89 11388,89 0,9517

9,67 14,50 0,20 6737,21 9,855 0,07 1204,58 8299,96 8299,96 0,9541 0,39 13548,96 9,707 0,34 5966,04 11402,17 11402,17 0,9533

10,17 13,97 0,19 6827,69 10,349 0,07 1288,75 8306,27 8306,27 0,9552 0,38 13867,98 10,200 0,34 6276,64 11410,58 11410,58 0,9544

10,67 13,48 0,18 6914,38 10,844 0,07 1372,27 8309,44 8309,44 0,9557 0,37 14179,53 10,693 0,34 6584,07 11414,72 11414,72 0,9549

11,17 13,02 0,18 6997,59 11,338 0,07 1455,09 8309,82 8309,82 0,9558 0,36 14484,06 11,186 0,34 6888,24 11415,07 11415,07 0,9549

11,67 12,60 0,17 7077,61 11,833 0,07 1537,19 8307,74 8307,74 0,9554 0,35 14781,94 11,680 0,34 7189,11 11412,08 11412,08 0,9546

12,17 12,21 0,16 7154,70 12,328 0,07 1618,54 8303,48 8303,48 0,9547 0,35 15073,50 12,174 0,34 7486,63 11406,13 11406,12 0,9538

12,67 11,85 0,16 7229,06 12,823 0,07 1699,10 8297,29 8297,29 0,9537 0,34 15359,06 12,668 0,34 7780,77 11397,54 11397,54 0,9528

13,17 11,51 0,15 7300,90 13,318 0,07 1778,86 8289,37 8289,37 0,9523 0,33 15638,89 13,163 0,34 8071,52 11386,62 11386,62 0,9514

13,67 11,19 0,15 7370,40 13,813 0,07 1857,81 8279,92 8279,92 0,9507 0,33 15913,25 13,657 0,34 8358,88 11373,62 11373,62 0,9499

14,17 10,89 0,15 7437,72 14,308 0,08 1935,93 8269,11 8269,11 0,9489 0,32 16182,37 14,152 0,34 8642,86 11358,77 11358,77 0,9480

14,67 10,61 0,14 7502,98 14,804 0,08 2013,23 8257,08 8257,08 0,9469 0,31 16446,46 14,647 0,34 8923,45 11342,26 11342,26 0,9460

15,17 10,35 0,14 7566,33 15,299 0,08 2089,69 8243,97 8243,97 0,9447 0,31 16705,72 15,142 0,34 9200,68 11324,29 11324,29 0,9438

13

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Bacias de acumulação

Para a simulação considerando a vazão efluente constante, os resultados apresentados nas

Tabelas 1 e 2 indicam um volume necessário de acumulação de 5.347,690m³ para a bacia de

acumulação de montante e de 12.836,746m³ para a bacia de acumulação de jusante, totalizando

17.060,642m³ de volume de acumulação, que seria atingido em uma chuva com duração de 4,17

horas.

Para a simulação considerando a vazão efluente variável, os resultados apresentados na tabela

3 indicam um volume necessário de acumulação de 8.309,821m³ para a bacia de acumulação de

montante e de 11.415,068m³ para a bacia de acumulação de jusante, totalizando 19.724,889m³ de

volume de acumulação, que seria atingido em uma chuva com duração de 11,17 horas.

Também foram previstas pequenas bacias de acumulação localizadas nas ilhas das

intercessões, que drenarão por infiltração devido às pequenas vazões.

Neste caso, indica-se a implantação das bacias de acumulação de montante e de jusante para

a situação de vazão efluente variável.

Comparação entre sistema de drenagem convencional (solução pré-existente) e bacias de

acumulação recomendadas.

A solução pré-existente consiste em uma drenagem convencional através de bueiros com

deságue final em uma bacia de dispersão a cerca de 390 metros da interseção, conforme ilustrado na

figura 3.

Nesse caso, para se chegar ao ponto de deságue proposto, a tubulação passará por um trecho

com terrenos altos até chegar à cota da bacia de dispersão, chegando a atingir 7 metros de

profundidade, para evitar essa volumosa e cara escavação foi prevista a execução do bueiro pelo

método não destrutivo.

Com relação às bacias de acumulação recomendadas, será necessário escavar 19.724,889 m³,

executar um bueiro de concreto com 0,80cm de diâmetro e um canal de concreto retangular com

1,00m de altura, 0,50m de largura e 0,1% de declividade.

14

Tabela 4. Quadro comparativo de custos entre sistema convencional de drenagem e bacias de amortecimento

Código Descrição Unidade Preço

Unit.

Convencional Bacias de acumulação

Quant. Preço Total Quant. Preço Total

2 S 04 311 20 BUEIRO MET.S/INTERRUPÇÃO TRAF.D=2,00 M

REV.EPOXY DNER-ES-285. m m 3.603,14 380,88 1.372.363,96 0,00

2 S 04 100 52 BSTC Ø 0,80 CA-1 m 534,19 652,50 348.558,98 123,00 65.705,37

3 S 04 100 52 BSTC Ø 0,80 CA-3 m 615,26 0,00 73,10 44.975,51

2 S 04 100 53 BSTC Ø 1,00 CA-4 m 887,28 49,50 43.920,36 0,00

2 S 04 100 54 BSTC Ø 1,20 CA-1 m 980,72 23,50 23.046,92 0,00

3 S 04 100 54 BSTC Ø 1,20 CA-4 m 1.179,71 52,50 61.934,78 0,00

2 S 04 100 55 BSTC Ø 1,50 CA-4 m 1.735,33 76,50 132.752,75 0,00

2 S 01 100 22 ESC. CARGA TRANSP. MAT 1ª CAT DMT 50 A

200M C/E m³ 5,95 3.733,42 22.213,85 37.608,93 223.773,13

2 S 03 940 01 REATERRO E COMPACTAÇÃO m³ 30,19 2.764,82 83.469,89 0,00

2 S 04 101 02 Boca BSTC D=0,80m normal und 1.502,68 1,00 1.502,68 2,00 3.005,36

1 A 01 418 51 Concr.estr fck=18MPa c.raz uso ger conf/lanç AC/BC m³ 322,78 1,20 387,34

2 S 04 930 02 Caixa coletora de sarjeta - CCS 02 und 1.735,49 9,00 15.619,41 1,00 1.735,49

2 S 04 930 03 Caixa coletora de sarjeta - CCS 03 und 1.703,67 1,00 1.703,67

2 S 04 930 04 Caixa coletora de sarjeta - CCS 04 und 1.668,28 1,00 1.668,28

2 S 04 930 06 Caixa coletora de sarjeta - CCS 06 und 2.190,30 6,00 13.141,80

2 S 04 930 08 Caixa coletora de sarjeta - CCS 08 und 2.123,08 1,00 2.123,08

2 S 04 962 06 Caixa de ligação e passagem - CLP 06 und 2.945,73 1,00 2.945,73

Referência - Sicro2 - Janeiro de 2015 - com desoneração. Total 2.126.966,13 Total 339.582,20

.

15

Figura 3. Solução pré-existente

16

CONCLUSÃO

Os resultados mostram que não é apropriado calcular o volume de acumulação utilizando a

vazão efluente constante, pois o volume encontrado é cerca de 20% inferior ao volume obtido

considerando a vazão efluente variável, que é a simulação mais próxima da realidade. Assim, a opção

a ser adotada será projetar as bacias de acumulação de montante com 8.309,821m³ e a bacia de

acumulação de jusante com 11.415,068m³, totalizando 19.724,889m³.

Para escolher o sistema de drenagem a ser adotado é importante estudar as alternativas, pois

o custo-benefício é um fator relevante a ser considerado. Nesse, caso observou-se que, ao se adotar

as bacias de acumulação em vez do sistema de drenagem convencional supracitado, haverá uma

economia em cerca de R$ 1.787.383,93, além de haver redução de impactos ao meio ambiente, pois

houve a preocupação em se manter a acumulação natural existente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIMA, H. M.; SILVA, E. S.; RAMINHOS, C. Bacias de acumulação para gestão do escoamento:

métodos de dimensionamento e instalação. Rev. Esc. Minas vol.59 no.1 Ouro Preto, Jan./Mar. 2006.

OLIVEIRA, J.M. Caracterização físico-hídrica de bacias de acumulação e infiltração e estimativa de

perda de solos em estradas não pavimentada. 2012. Tese. Pós-Graduação em Agronomia,

Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012.

TUCCI,C.E.M. Drenagem Urbana. ABRH. Editora da Universidade. UFRGS . Porto Alegre,1995.

Vetec Engenharia Ltda. Base de dados Projeto Básico e Executivo de Engenharia para Construção da

Ponte Internacional sobre o Rio Paraná ligando o Brasil (Foz do Iguaçu) e o Paraguai (Presidente

Franco). Dezembro de 2013.