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Campinas – SP17 Outubro de 2013
IT744
Eletrônica de Potência para
Geração, Transmissão e Distribuição de
Energia Elétrica
Tópicos em Teorias de Potência em Condições
não Ideais de Operação
Helmo K. Morales ParedesGASI - Grupo de Automação e Sistemas Integráveis
UNESP – Univ. Estadual Paulista
Campus Sorocaba
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Helmo K. M. Paredes
Professor Assistente Doutor (MS 3.1) do Curso em Engenharia deControle e Automação da Universidade Estadual Paulista Júlio deMesquita Filho, (UNESP) Campus de Sorocaba;
Graduou-se em Engenharia Elétrica pela Universidad Nacional de
San Agustín (UNSA) Arequipa, Perú, em 2001. Obteve os títulos demestre e doutor em Engenharia Elétrica pela FEEC/UNICAMP em2006 e 2011 respectivamente;
Atuou como pesquisador visitante no Dipartimento di Ingegneria
dell’Informazione da Università di Padova, Itália, de outubro de2009 a junho de 2010;
Em 2011 obteve o “Best paper award” no IEEE Transaction on
Power Electronics.
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
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Ementa 1 e 2
Ementa 1: Análise e teoremas clássicos de circuitos
elétricos monofásicos e trifásicos;
Circuitos elétricos monofásicos lineares sob condição senoidal;
Circuitos elétricos trifásicos lineares balanceados e
desbalanceados sob condição senoidal;
Impactos de formas de onda não senoidais nos sistemas de energia
atuais: instrumentação, medição, tarifação, compensação, etc.
Ementa 2: Análise de circuitos elétricos monofásico e
trifásicos em condições não senoidais e/ou assimétricas;
Técnicas de análise: série de Fourier, método de Fortescue,
teorema de Blayksley, operadores matemáticos, etc;
Considerações sobre a história de algumas teorias de potência;
Considerações sobre a situação atual dos sistemas elétricos;
Definição de novas teorias de potência para circuitos elétricos
lineares e não-lineares e/ou desbalanceados.Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
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Ementa 1
1. Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
monofásicos;
2. Impactos das ondas não senoidais na análise de circuitos
monofásicos;
3. Circuitos polifásicos lineares balanceados e
desbalanceados sob condição senoidal;
4. Impactos de formas de ondas não-senoidais e
desequilibradas nos sistemas de energia atuais:
instrumentação, medição, tarifação, compensação, etc.
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
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Notação adotadaAnálise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Variáveis temporais são representadas através de letras
minúsculas em itálico (, , , ...);
Valores médios e eficazes são representados por letras
maiúsculas em itálico (, , , ...); Fasores são representados através de letras maiúsculas,
em itálico e negrito com ponto superior ( , , ...)
Indicadores serão representados por siglas maiúsculas
em itálico (, , , ...).
O significado dos parâmetros e das grandezas será
explicado à medida que aparecerem.
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
6Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Em qualquer instalação (circuito) elétrico alimentado em
CA, a potência instantânea, transferida entre uma fonte e
uma carga, é obtida pelo produto dos sinais de tensão
e corrente, medidos em um determinado ponto da rede
(por exemplo, PAC):
Análise e teoremas clássicos de
circuitos elétricos
Potência instantânea monofásica
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7Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de
circuitos elétricos
Excitação senoidal monofásica
Inicialmente consideraremos um sistema monofásico
senoidal, com a tensão e corrente dadas por:
onde: , : valores de pico (máximos) das ondas;, : valores eficazes (rms) das ondas;: frequência angular (π π/); : diferença angular entre tensão e corrente; : frequência; : período da onda senoidal.
8Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de
circuitos elétricos
Excitação senoidal monofásica
! ! "#"#
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9Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de
circuitos elétricos
Excitação senoidal monofásica
$#%&#%"
! ! "#"#'(&%ó*'
+ ! ! "#"#
Percebe-se que a potência instantânea contém uma parte
constante e uma parte oscilatória com o dobro da frequência
() das ondas de tensão e corrente;
Verifica-se, portanto, que a parte oscilatória é composta de
duas parcelas que oscilam em quadratura: uma parcela
oscila com e vale e a outra parcela oscila
com "# e vale "#.
Potência ativa “,” Potência reativa “-”
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Energia transformada em energia mecânica, em calor ou
em outra modalidade (produz trabalho útil).
Energia necessária para excitar os campos magnéticos (L)
ou elétricos (C), mas não produz trabalho útil.
, + ! ! -"#i (t)
p(t)
C
A
R
GA
+v (t)
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
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11Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
, + ! ! -"#
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
ANÁLISE NODOMÍNIO DO TEMPO
12Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
A tensão e a corrente senoidais:
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Análise da potência em termos de fasores
também podem ser representadas através dos fasores,cujas magnitudes e ângulos no plano complexo são:
∡/ ∡
012 012 012 012
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13Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
∡/ ∡
ou seja, as potências ativa e reativa correspondem àsprojeções de S nos eixos real e imaginário do planocomplexo, formando o chamado triângulo de potências.
Assim, define-se a potência aparente complexa "4" como sendo o produto:
4 ∗ ∡ ! 6 "#Portanto: 4 , ! 6-
Análise da potência em termos de fasores
14Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Para relacionar as parcelas ortogonais de potência (, e -)do plano complexo com as do domínio do tempo,devemos lembrar da analogia com os vetores girantesusados na análise fasorial.
Potências ativa e reativano plano complexo
e sua evolução temporal
Análise da potência em termos de fasores
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15Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
A evolução temporal das parcelas associadas a , e -, pode serinterpretada da seguinte forma: Enquanto os círculos representam o Lugar Geométrico (LG) das
parcelas girantes -"6 e ,+ ! 76, as projeções sobre
os eixos imaginário e real são dadas por:
ℑ89-"6: -"#ℜ79,+ "6: ,+
e representam a evolução temporal das parcelas ortogonais (, e -) da
potência instantânea
Análise da potência em termos de fasores
16Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Portanto, usando essa mesma analogia dos vetoresgirantes, pode-se interpretar a própria evolução de ,que tem “S” como amplitude.
P
QS
Qsen 2t
P(1+cos 2t)
m
e
P(1+cos 2t)+Qsen 2t
, + ! ! -"#
4 , ! -
Análise da potência em termos de fasores
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17Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência consumida pela carga, perdas de transmissão e de geração.
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
No exemplo, podemos representar as seguintesimpedâncias:;< : para a fonte de alimentação;;4 : para a rede;;= : para a carga.
Sistema monofásico com perdas
, + ! ! -"#
18Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Sistema monofásico com perdas
Potência consumida pela carga, perdas de transmissão e de geração.
Neste caso a potência obtida depende do ponto de medição: Se a tensão é medida no ponto 2, o produto mede a
potência efetivamente consumida pela carga; Se a tensão for medida no ponto 1, o produto + medirá
também as perdas de transmissão na rede; O produto 7 inclui também as perdas de geração da fonte.
, + ! ! -"#
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19Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Sistema monofásico com perdas
Potência consumida pela carga, perdas de transmissão e de geração.
, + ! ! -"#
“Portanto, quando as perdas não são desprezíveis, deve-se
escolher cuidadosamente o ponto de medição. A escolha
inadequada do ponto de medição pode gerar erros de
tarifação tanto para o consumidor como para a
concessionária.”
20Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência Aparente (VA)
Potência Ativa (W)
Potência Reativa (VAr)
Fator de Potência
P
S
φφφφ
Q
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Excitação senoidal monofásica
,
- "#
4 , ! -
,4
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21Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Portanto, define-se como Fator de Potência (>, ) arelação entre a potência ativa e a aparente:
No caso monofásico senoidal essa relação também podeser escrita como:
Assim, o >, mede a fração de potência efetiva (,) que
está sendo transferida em relação à máxima que poderia
ser transferida (4 ), considerando as magnitudes
(valores eficazes) de tensão e corrente dadas.
>, ? +, /
>, ,4 ,, ! -
22Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
A fração (FP) deixa de ser máxima quando a potênciareativa (-) é diferente de zero. Portanto, a potênciareativa reduz o fator de utilização da linha, além deaumentar as perdas de transmissão.
Essa é uma razão importante para procurar reduzir acirculação de potência reativa na rede.
Além disso, por ser uma energia oscilatória, com médianula, teoricamente não necessita de fonte primária paraexistir.
Basta excitar os campos elétricos (em capacitâncias) oumagnéticos (em indutâncias) com tensões e correntessenoidais para que essa energia reativa se estabeleça.
Fator de potência
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23Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência ativa (,) é o fluxo unidirecional de energiatransformado pela carga em energia útil.
Potência reativa (-) é o fluxo bidirecional de energiatrocado entre a carga e o resto do circuito (não produztrabalho útil) que está presente no sistema elétrico.
Fator de potência (>,) indica quanto de potênciatotal fornecida (4) é efetivamente utilizada comopotência ativa (,), dando uma ideia da eficiência deutilização da energia elétrica pela carga(equipamento) ou instalação.
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
24Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
A maioria das cargas são indutivas e precisam de umcampo magnético para operar:
Motores; Transformadores; Reatores; Lâmpadas de descarga, etc.
O campo é necessário, mas não produz trabalho útil
As concessionárias fornecem energia para produzir oscampos magnéticos e trabalho útil.
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Os consumidores (usuários) pagam por todo isso!
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25Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Um motor de indução é uma carga típica com >, indutivo(corrente atrasada em relação à tensão aplicada). Essasituação, comum em instalações industriais, causa umbaixo >,, com “absorção” de potência reativa (Q>0).
Para compensar o baixo >, conecta-se um capacitor emparalelo com o motor, de modo que a potência reativa“fornecida” pelo capacitor seja igual à potência reativademandada pelo motor.
Princípio da correção do FP
26Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Potência ativakW
Potência reativakVar
S=VI
kVA
Energia fornecida pela distribuidora e
pago pelo consumidor
(carga)
>, /, A
Potência ativakW
S=VI
kVAPotência ativadisponível kW
>, +, /
Tarifação (medidores)
Carga(motor)
Compensação (Capacitor)
, 4
Potência reativafornecida pelo capacitor
kVar
Potência reativafornecida pelo capacitor
kVar
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<
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Potência ativakW
S=VI
kVAPotência ativadisponível kW
>, +, /
Potência reativafornecida pelo capacitor
kVar
Potência ativakW
Potência ativadisponível kW
>, /, B
Potência reativakVar
Potência reativafornecida pelo capacitor
kVar
S=VI
kVA
Em ambos os casos o
consumidor (carga) não
pagará pelo consumo de
energia reativa
28Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
P
SL
φφφφL QS
QC
φφφφ
QL
, – Potência ativa da carga; -C – Potência reativa da carga; 4C – Demanda de potência
da carga (não corrigida no fornecimento);
φφφφL – Fator de potência inicial;
-= – Potência reativa do capacitor;
- – Potência reativa da carga corrigida;
4 – Demanda de potência corrigida no fornecimento.
φφφφ – Fator de potência corrigido.
Princípio da compensação
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
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29Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
SL
φφφφL
QL
Significado físico do princípio da compensação
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
QC
-= -C
, 4DEAntes da compensação:
Depois da compensação:
>, ,4C C
>,DFG ,4DE +, /
,
30Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Vantagem da compensação do FP
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Se antes da compensação a corrente estava atrasada de umângulo φφφφ em relação à tensão, após a compensação acorrente está em fase com a tensão.
Considerando que, a potência útil do motor não mudou,pode-se concluir que a corrente após a compensação ficoureduzida para seu valor mínimo, dado por:
DE 4DE ,
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31Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Vantagem da compensação do FP
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Portanto, a compensação do FP traz como benefício paraa concessionária, a minimização da corrente na rede parao atendimento de uma dada carga ,, alimentada natensão .
Além de reduzir as perdas de transmissão, resulta umafolga na capacidade da linha que permite atender novosconsumidores, utilizando os mesmos condutores.
DE 4DE ,
32Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Vantagem da compensação
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
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Ementa 1
1. Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricosmonofásicos;
2. Impactos das ondas não senoidais na análise de circuitosmonofásicos;
3. Circuitos polifásicos lineares balanceados edesbalanceados sob condição senoidal;
4. Impactos de formas de ondas não-senoidais edesequilibradas nos sistemas de energia atuais:instrumentação, medição, tarifação, compensação, etc.
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
34Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
circuito monofásico
Agora consideraremos o mesmo sistema monofásico,porém com tensão e corrente não senoidais dadas por:
onde:H, H : valores eficazes das h-ésimas componentes harmônicasda tensão e corrente;IH ,JH : ângulos das h-ésimas componentes harmônicas datensão e corrente;H : ordem harmônica;+ : frequência angular fundamental.
K HH+ ! IHL
HM+
Impactos das ondas não senoidais
K HH+ ! JHL
HM+
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35Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Os valores eficazes da tensão e corrente (sinaisperiódicos com período ) são:
+NO
/ + ! P
onde:
P K HL
HM
+N O
/ + ! P
P K HL
HMe +, + são valores eficazes das componentes fundamentaisda tensão e corrente.
circuito monofásico
36Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Vejamos o que ocorre se adicionarmos, por exemplo, uma terceira (3a) harmônica na tensão medida, ou seja:
Impactos das ondas não senoidais
circuito monofásico
+ + ! Q Q+O valor eficaz dessa função periódica, com período , será :
+NO
/ + ! Q
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37Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
circuito monofásico
+NO
/ + ! Q
Note-se que, essa expressão corresponde ao teorema dePitágoras para o triângulo retângulo e mostra que a soma dasmagnitudes das tensões harmônicas não é direta, mas simortogonal.
Q
+
38Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Grandezas de interesse:
Distorção Harmônica Total (RP)
>R + I+ J+
RP ++ P+
RP ++ P+
Fator de Deslocamento (>R) – defasamento angular
entre a corrente e tensão na frequência fundamental:
circuito monofásico
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39Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Para exemplificar como os harmônicos influem no FP de um
circuito (instalação), vamos assumir que a tensão seja
senoidal e a corrente contenha harmônicos.
Para isso, lembremos que o FP é dado por: >, ,4
>, ,4 ++++ ++ ! RP
>R+ ! RP
e como (por hipótese) somente as correntes contêm
harmônicas, praticamente só existirá potência ativa associada
à componente fundamental. Dessa forma podemos escrever:
Impactos das ondas não senoidais
circuito monofásico
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Similarmente para o caso de corrente senoidal e tensão
distorcida (não senoidal) temos:
>, ,4 ++++ ++ ! PR
>R+ ! PR
Portanto, o FP diminui pela simples presença de
correntes harmônicas ou tensões harmônicas.
Impactos das ondas não senoidais
circuito monofásico
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41Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Por exemplo, admitindo-se um RP /%, o FP resultaria:
Assim, se a medição de tensão e corrente inclui as
harmônicas, o consumidor que absorve ou gera correntes
harmônicas na realidade, já estará sendo penalizado por
isso, no caso em que o FP estiver abaixo do limite mínimo.
com isso, o valor mínimo permitido de 0,92 cairia para 0,9021
>, >R+T/, /, BA/U ∙ >R /, BA/U(+)
Impactos das ondas não senoidais
circuito monofásico
42Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Suponhamos uma carga linear com impedância ; W ! 6C.
Assumindo que W seja independe da frequência, teremos
diferentes reatâncias para diferentes frequências:
;+ W ! 6+CH +;Q W ! 6Q+CH Q
Assim o circuito se apresenta mais indutivo para as
harmônicas do que para a fundamental.GCQ Q+C QGC+ No caso de elementos capacitivos ocorre o contrário, a
reatância diminui com o aumento da ordem harmônica.G=Q +/Q+= G=+/Q
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43Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
A potência instantânea é expressa por:
+ ! Q + ! Q ++ ! QQ ! +Q ! Q+ Os dois primeiros termos podem ser interpretados como
potências instantâneas da fundamental e da 3a harmônica.
Essas parcelas oscilatórias são do mesmo tipo já analisado
anteriormente, com valores médios (,+ e ,Q) e parcelas
em quadratura (-+ e -Q). Muda apenas a frequência com
que oscilam (+ e U+).
44Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
A potência instantânea é expressa por:
Os dois últimos termos correspondem à interação de
frequências distintas de tensão e corrente. Essas parcelas
também são oscilatórias e apresentam, por definição, valor
médio nulo por período, uma vez que:
+ ! Q + ! Q ++ ! QQ ! +Q ! Q+
+N +H+O /
/
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45Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Os valores médios por período podem ser interpretados com
relativa facilidade como sendo:
, +++ ! QQQ ,+ ! ,Q- ++"#+ ! QQ"#Q -+ ! -Q
Nota-se, que ,+ e ,Q são, de fato, somáveis, por serem
médias temporais constantes;
No entanto, -+ e -Q a rigor não são somáveis por se
tratar de parcelas de potência que oscilam com
frequências distintas.
Portanto, a soma - não tem um significado físico que sirva
para compensação reativa.
46Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Por essa mesma razão, a potência aparente complexa dada
por 4 ∗ também não tem uma interpretação física
clara. Se analisarmos o produto de fasores complexos:
4 ∗ , ! 6-ou ainda a relação de magnitudes:
4 + ! Q + ! Qe sabendo que os produtos de termos cruzados não
contribuem para os valores médios, 4 resulta:
4 ++ ! QQ 4+ ! 4Q
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47Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
e portanto:
4 ++ ! QQ 4+ ! 4Q
4 ,+ ! ,Q ! -+ ! -QComo interpretar essa soma?
44+
4Q
,+,Q-+
-Q 44+
4Q,+ ,Q
-+ -Q
Soma planar das potências reativas
harmônicas?
Soma em quadratura das potências
reativas harmônicas?
48Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Podemos perceber a dificuldade em definir o FP na presença de
harmônicas. O que seria a relação?
Temos que lembrar que essas relações fasoriais
correspondem apenas às parcelas médias por período
(obtidas em função de valores eficazes das tensões e
correntes).
Os produtos cruzados nessa conta não são nulos
instantaneamente. Isso significa que podem existir interações
entre frequências que não estão sendo computadas através
dos valores médios?
>, ,4 ,+ ! ,Q4
25
49
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
-150
-100
-50
0
50
100
150
v(t
)[V
] &
i(t
) [A
]
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
p(t
)
tempo [s]
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Exemplo de Simulação #1– Carga resistiva (R)
Para exemplificar, consideraremos que uma tensão eficaz de 127V,60Hz, contendo 20% de 3a harmônica seja aplicada a uma cargaresistiva de 2 ΩΩΩΩ. +X + ! Y, Z Q+
Nota-se que, a corrente é proporcionalà tensão (mesma forma de onda) eque por isso a potência instantânea éestritamente positiva.
Apesar de haver diversas parcelas oscilatórias de potência
sobre o resistor, nada retorna para a fonte.
W UQ, Y + ! +, X Q+
50
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
-150
-100
-50
0
50
100
150
v(t
)[V
] &
i(t
) [A
]
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
p(t
)
tempo [s]
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidaisComo fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Exemplo de Simulação #1– Carga resistiva (R)
Para exemplificar, consideraremos que uma tensão eficaz de 127V,60Hz, contendo 20% de 3a harmônica seja aplicada a uma cargaresistiva de 2 ΩΩΩΩ. +X + ! Y, Z Q+
Nota-se que, a corrente é proporcionalà tensão (mesma forma de onda) eque por isso a potência instantânea éestritamente positiva.
Apesar de haver diversas parcelas oscilatórias de potência
sobre o resistor, nada retorna para a fonte.
W UQ, Y + ! +, X Q+
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51Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidaisComo fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Exemplo de Simulação #1 – Carga resistiva (R)
Portanto, para carga resistiva, a potência aparente coincide com apotência ativa, resultando >, + mesmo havendo harmônica natensão (na hipótese da resistência não ser função da frequência).
+X ! Y, Z +B, Y+9V: UQ, Y ! +, X UZ, XU9A: 4 AQAX, /X9VA:
>, ,4 +, /, W W+]
,+! WQ]
,Q UQ, Y ! +, X AQAX, /A9W:
Fazendo a análise mediante fasores, temos:
52
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
-150
-100
-50
0
50
100
150
v(t
)[V
] &
i(t
) [A
]
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
0
2000
4000
6000
8000
10000
p(t
)
tempo [s]
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Repetindo-se a simulação anterior, porém com carga indutiva(W Ω, C Z_`).
Neste caso, nota-se que acorrente deixou de serproporcional à tensão.
A indutância da carga alteratambém a forma de onda dapotência instantânea, napresença da harmônica, queapresenta valores negativos,indicando que existe troca deenergia (potência reativa) entrea fonte e a carga.
+X + ! Y, Z Q+ ?
27
53
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
-150
-100
-50
0
50
100
150
v(t
)[V
] &
i(t
) [A
]
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
0
2000
4000
6000
8000
10000
p(t
)
tempo [s]
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Repetindo-se a simulação anterior, porém com carga indutiva(W Ω, C Z_`).
Neste caso, nota-se que acorrente deixou de serproporcional à tensão.
A indutância da carga alteratambém a forma de onda dapotência instantânea, napresença da harmônica, queapresenta valores negativos,indicando que existe troca deenergia (potência reativa) entrea fonte e a carga.
+X + ! Y, Z Q+ ?
54Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Fazendo a análise mediante fasores, temos:
;+ W ! GC+ ! +, Y/A , Y/Y9Ω:;Q W ! GCQ ! Z, YZ Z, BZU9Ω:
+ +;+ Y/, X/9A:Q Q;Q Y, +Z9A:
+X ! Y, Z +B, Y+9V:
4+ ++ UZQA, B/ VA4Q QQ +Q/, YU9VA:
GC+ +CGCQ QGC+
28
55Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
+X ! Y, Z +B, Y+9V: Y/, X/ ! Y, +Z Y/, BU9A: 4 UYBB, AQ9VA:
>, ,4 /, XAX >,+ ,+4+ /, XBA, W W+]
,+! WQ]
,Q Y/, X/ ! Y, +Z Y+BQ, A9W:
Na presença da reatância, o >, considerando só a fundamental, édiferente do >, com a harmônica. Isto se deve ao fato de que aimpedância agora é função da frequência e o >, resulta diferentepara cada frequência.
A QUESTÃO É: como compensar o >, nessas condições ?
56Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Observemos o que ocorre se conectarmos, em paralelo com acarga, uma capacitância ajustada para compensar apenas osreativos na frequência fundamental.
Sabemos que:
Para a compensação paralela, temos que achar o capacitor quetenha a mesma susceptância da carga indutiva:
;C+ W ! 6+CcGC+
! 6+, Y/A9Ω:
d=+ dC+dC+ GC+W ! GC+ /, Z/Z9S: = dC++ UQX, UX9µF:
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental
29
57Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Refazendo a análise por fasores, incluindo o capacitor 6G=) emparalelo com a carga indutiva ( ; W ! 6GC), teremos, após osdevidos cálculos:
;+ Q, +QX Ω;Q +, AZQ9Ω:
+ +;+ Z/, ZA9A:Q Q;Q +Q, XA9A:
4+ ++ Y+Z/, BU VA4Q QQ QY/, /+9VA:
4 + ! Q + ! Q YYQA, //9VA:
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental
58Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Como a tensão sobre a carga ;C não mudou, e o capacitor nãoconsome potência ativa, continuamos com :,+ Y/, X/ Y+Z/, BA 9W:,Q Y, +Z Y, AZ9W: , Y+BQ, A9W:
>, ,4 Y+BQ, AYYQA, // /, BQA >,+ ,+4+ Y+Z/, BAY+Z/, BU +, /De fato, se corrigiu o >, para a fundamental,
porém não o >, global.
Porém agora o >, resulta:
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental
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59Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
-150
-100
-50
0
50
100
150
v(t
)[V
] &
i(t
) [A
]
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
0
2000
4000
6000
8000
10000
p(t
)
tempo [s]
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental
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Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
-150
-100
-50
0
50
100
150
v(t
)[V
] &
i(t
) [A
]
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
0
2000
4000
6000
8000
10000
p(t
)
tempo [s]
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental
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61Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental e pela harmônica
A potência reativa absorvida pela carga nas duas frequências é:
-C GC++ ! GCQQ +, Y/A Y/, X/ ! Z, YZY, +Z QBBY, A9VAr:Assumindo que esse montante deverá ser compensado pelocapacitor, ou seja:
-= d=++ ! d=QQ = + ! QQ QBBY, A9VAr:= QBBY, A QXX +X ! QY, Z 586,7586,7586,7586,7Q9lF:
62Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental e pela harmônica
Repetindo a análise anterior por fasores, para o novo capacitor6G=) em paralelo com a carga indutiva (; W ! 6GC), teremos,após os devidos cálculos:
;+ Q, +Q+ Ω;Q , /YB9Ω:
+ +;+ Z/, YU9A:Q Q;Q +, QZ9A:
4+ ++ Y+Y+, + VA4Q QQ Q+Q, ZZ9VA:
4 + ! Q + ! Q YZAB, BQ9VA:
32
63Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
Como a tensão sobre a carga ;C não mudou, e o capacitor nãoconsome potência ativa, continuamos com :
,+ Y/, X/ Y+Z/, BA 9W:,Q Y, +Z Y, AZ9W: , Y+BQ, A9W:4+ ++ Y+Y+, + VA4Q QQ Q+Q, ZZ9VA:
4 + ! Q + ! Q YZAB, BQ9VA:
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental e pela harmônica
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Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
>, ,4 /, BZU >,+ ,+4+ /, BBA
Ou seja, a compensação reativa pela fundamental e pela harmônica ainda não garante >, +, /. Existem outras parcelas
não ativas em jogo, devido às interações cruzadas das frequências, que não são compensadas pelo capacitor.
Assim, >, resulta :
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental e pela harmônica
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65
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
0
2000
4000
6000
8000
10000
p(t
)
tempo [s]
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
-150
-100
-50
0
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v(t
)[V
] &
i(t
) [A
]
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
A conclusão é que para a correção do >, na
presença de harmônicas não basta instalar
capacitores. É necessário primeiro eliminar as
harmônicas.
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental e pela harmônica
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0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
0
2000
4000
6000
8000
10000
p(t
)
tempo [s]
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
-150
-100
-50
0
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100
150
v(t
)[V
] &
i(t
) [A
]
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das ondas não senoidais
Como fica a potência quando se tem tensão com harmônicas?
A conclusão é que para a correção do >, na
presença de harmônicas não basta instalar
capacitores. É necessário primeiro eliminar as
harmônicas.
Exemplo de Simulação #2 – Carga resistiva-indutiva (RL)
Compensação reativa pela fundamental e pela harmônica
34
67
Ementa 1
1. Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricosmonofásicos;
2. Impactos das ondas não senoidais na análise de circuitosmonofásicos;
3. Circuitos polifásicos lineares balanceados edesbalanceados sob condição senoidal;
4. Impactos de formas de ondas não-senoidais edesequilibradas nos sistemas de energia atuais:instrumentação, medição, tarifação, compensação, etc.
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
68Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica Define-se como circuito trifásico, senoidal, balanceado umsistema composto por três circuitos iguais, conectados em estrela(Y com ou sem fio de retorno) ou triângulo (∆∆∆∆), e alimentado portrês fontes alternadas senoidais com mesmas amplitudes,defasadas de 120o entre si.
ea
eb
ec
1200
12001200
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
35
69Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
Sistema trifásico sem condutor de retorno (neutro)
m ! n ! 0 /+mn ! +0n +m0mn ! 0n m0
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
7m ! 7n ! 70 /
70Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
Sistema trifásico com condutor de retorno (neutro)
m ! n ! 0 o /+m ! +n ! +0 +o /
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
7m ! 7n ! 70 /m ! n ! 0 o /
36
71Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
m n ZpQ0 ! ZpQ
m n ZpQ 0 ! ZpQ
mm ! nn ! 00 m ! n ! 0 ! q
Num sistema trifásico com carga balanceada, as tensões ecorrentes podem ser representadas como:
A potência trifásica instantânea será definida como a somadas potências instantâneas nas três fases a, b, c:
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
1200
72Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
Q Q,
+ ! + ZpQ! + ! ZpQ Q %"
Nota-se que, neste caso os termos oscilatórios se cancelammutuamente.
Assim, a potência ativa trifásica resulta igual à componenteconstante da potência instantânea:
A componente constante da potência instantânea resulta:
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
37
73Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
q "# "# "# "# ZpQ "# "# ! ZpQ /
A componente oscilatória da potência instantânea resulta:
Portanto, a potência trifásica balanceada instantânea vale:
Este resultado mostra que os termos oscilatórios também secancelam mutuamente, resultando zero a potênciaoscilatória!
Q Q,
Circuitos elétricos polifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
74Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
Isso significa que não há potência reativa - /)?
Ao contrário do sistema monofásico, a potência instantânea transferida das fontes para as cargas no sistema trifásico
senoidal balanceado não é oscilatória.
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
! q QANÁLISE NO
DOMÍNIO DO TEMPO
38
75Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
-m -n -0 "#
De q fica claro que cada fase contribui com sua própriapotência reativa, ou seja:
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
q "# "# "# "# ZpQ "# "# ! ZpQ /
76Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise da potência em termos de fasores
Uma vez que o cálculo da potência instantânea forneceapenas a potência ativa ,, como se obtém a potência reativatotal, - no sistema trifásico?
Para isso faremos o cálculo da potência complexa utilizandofasores. Sabemos que o produto do fasor tensão de fase peloconjugado do fasor corrente da mesma fase resulta apotência aparente dessa fase.
Portanto, no caso trifásico balanceado, devemos obter asoma das 3 fases:
4 4m ! 4n ! 40 mm∗ ! nn∗ ! 00∗
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
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77Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
4 ∡ ! ∡ +/∡+/ ! ! ∡ Z/∡Z/ !
4 Q∡ Q ! 6"#4 Q, ! 6Q-
Análise da potência em termos de fasores
Assim, a potência aparente complexa trifásica "4"resulta:
Note-se que essa soma é diferente da soma no domínio do tempo, onde as potências reativas das três fases se
cancelavam ao longo do tempo. Nesta soma complexa se apresentam as demandas de potências ativa e reativa das três fases separadamente, e não como funções temporais.
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
78Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Discutir sobre a conveniência ou não dessa representaçãopara o caso trifásico é importante, porque ela esconde o fatode que se pode compensar a demanda instantânea dereativos das fases sem a necessidade de elementosarmazenadores de reativos, já que a soma instantânea é zerono caso senoidal balanceado.
Essa interação entre fases é um fenômeno ainda mais complexo de se interpretar na presença de harmônicas.
Análise da potência em termos de fasores
4 Q, ! 6Q-
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
40
79Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Análise da potência em termos de fasores
Portanto, a potência aparente total de uma carga balanceadaalimentada por tensões senoidais é:
4 Q QC , ! -onde:
, Q, Q- Q- Q"#
Potência ativa total
Potência reativa total
C Q Q
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
80Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Q Q,
-m -n -0 "#,m ,n ,0
Potências trifásicas instantâneas como vetores girantes no plano complexo.
q /
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOSAnálise da potência em termos de fasores
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81Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Circuitos elétricos trifásicos sob condições senoidais e BALANCEADOS
Energia ativa: parcela consumida pela carga, perdas de transmissão e de geração.
Da mesma forma que no caso monofásico, a parcela consumidapelas cargas é dada pelo produto das tensões medidas junto àcarga (ponto 2) pelas correntes das respectivas fases;
Se as tensões forem medidas no ponto 1, estaremos incluindoas perdas de transmissão, sobre ;4 . Como o sistema ébalanceado não há perdas no neutro (o /) e só haveráperdas nos condutores das fases;
Se utilizarmos as tensões das fontes no produto com ascorrentes, estaremos incluindo também as perdas de geração(;< ). Em todos os casos teremos potências trifásicas nãooscilatórias (constantes), enquanto o sistema for senoidal ebalanceado.
82Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência e fator de potência em circuitos trifásicos senoidais com carga desbalanceada.
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
No caso em que as tensões e correntes estejam desbalanceadastemos que analisar se o sistema possui ou não condutor deretorno (neutro).
Caso haja condutor de retorno, poderá haver corrente nessecondutor, dada pela soma das correntes nas 3 fases:
m ! n ! 0 o r /
m ! n ! 0 o r /No caso da tensão temos: o ?
42
83Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
m m n n ZpQ0 0 ! ZpQ
m m mn n ZpQ n0 0 ! ZpQ 0
Num sistema trifásico com carga desbalanceada, as tensões ecorrentes podem ser representadas como:
Onde: m,n,0 : valores eficazes das tensões das fases a, b, c;
m, n, 0 : valores eficazes das correntes das fases a, b, c;
m, n, 0 : ângulos entre as tensões e correntes.
1200
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
84Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
0 000 + ! ZpQ 00"#0 "# ! ZpQ
A potência instantânea resulta:
mm ! nn ! 00 m m Tqm
! n n Tqn
! 0 0 Tq0
m mmm + mm"#m"#n nnn + ZpQ nn"#n"# ZpQ
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
43
85Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
0 000 + ! ZpQ 00"#0 "# ! ZpQ
m mmm + mm"#m"#n nnn + ZpQ nn"#n"# ZpQ
Nota-se que, todas as parcelas resultam oscilatórias, cuja somanão é constante como no caso balanceado.
Como todos os termos são produtos de senóides comfrequência fundamental, essas oscilações tem o dobro dafrequência fundamental, como era no caso monofásico.
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
86Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
,m mmm,n nnn,0 000
-m mm"#m-n nn"#n-0 00"#0
Cada fase contribui com uma potência ativa e potênciareativa:
A potência média (potência ativa total) corresponde à somadas potências ativas das 3 fases:
, ,m ! ,n ! ,0
- -m ! -n ! -0E a potência reativa total resulta:
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
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87Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica Por outro lado, para cada fase a potência aparente resulta:
4m mm; 4n nn ; 40 00essa representação de ,, - e 4 pode levar a duas definiçõesde potência aparente e fator de potência total:
1). Potência aparente e fator de potência aritmética:
4F 4m ! 4n ! 402). Potência aparente e fator de potência vetorial:
4 , ! -
>,F ,4F
>, ,4
1910192019331941
.....
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
88Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
,m
,n
,0
-m
-n
-0
4m
4n
404 -
, 4 4F
4m 4n40
Interpretação geométrica da potência aparente vetorial (4) e
aritmética (4F) por meio dos triângulos de potência.
4F t 4>,F ? >,
Para condição equilibrada a potênciaaparente vetorial e aritmética sãoidênticas (4 4F ). No entanto, paracondição desequilibrada o resultado édiferente, onde:
Potência instantânea trifásica
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
45
89Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
,
q
Para assinalar que existe uma parcela oscilatória, costuma-serepresentar as parcelas como sendo:
! q
“Quanto maior o desbalanço(desequilíbrio), maior a
amplitude da oscilação de potência resultante”
Potência trifásica média e oscilatória
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
90Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Potência instantânea trifásica
,
-m r -n r -0
,m r ,n r ,0q r /
Representação das potências para o caso desequilibrado
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
46
91Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Compensação reativa trifásica
Parece óbvio que a correção do FP trifásico, tanto no casobalanceado como desbalanceado, requer o cancelamento daspotências reativas das três fases. No caso balanceado isso pode serobtido pela conexão de capacitores (iguais) em paralelo com acarga (normalmente em conexão ∆∆∆∆);
No caso desbalanceado, a compensação exigiria capacitoresdistintos por fase, e isso perpetuaria a condição de desequilíbriodo circuito. O melhor que se pode fazer nesse caso é conectarcapacitores iguais, calculados pela potência reativa média. Issonão compensa o FP de cada fase, porém não introduz novodesequilíbrio no circuito.
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
92Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Efeitos do desbalanceamento
Com o desbalanceamento perde-se a vantagem dapotência trifásica instantânea ser constante. Isto tem umindesejável impacto sobre motores elétricos, quedesenvolvem conjugado oscilatório, mesmo sob cargamecânica constante;
No caso de sistemas de proteção, o desbalanceamentopode causar desligamento por sob ou sobretensão, e nossistemas de medição pode causar erros devido ao maufuncionamento do instrumento (elementos de indução).
Circuitos elétricos trifásicos sobcondições senoidais e DESBALANCEADOS
47
93
Ementa 1
1. Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricosmonofásicos;
2. Impactos das ondas não senoidais na análise de circuitosmonofásicos;
3. Circuitos polifásicos lineares balanceados edesbalanceados sob condição senoidal;
4. Impactos de formas de ondas não-senoidais edesequilibradas nos sistemas de energia atuais:instrumentação, medição, tarifação, compensação, etc.
Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
94Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Impactos das formas de ondasnão-senoidais e desequilibradas
Falta analisarmos o efeito de harmônicas no sistema trifásico.Como vimos no caso monofásico, as análises com harmônicasficam bem mais complexas, devido às interações entrefrequências. No caso trifásico, essa situação se complicaainda mais, pois aparecem também interações entre as fases.
Essas questões serão abordadas ao longo dos próximos itens.
E o efeito de harmônicas na rede trifásica?
48
95Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
a
c
b
m
m - 1
C
A
R
G
A
Wa
Wb
Wc
Wm-1
.
.
.
.
.
.
Este método geral diz que emum circuito de “m” condutoressão necessários m-1 medidores(wattímetros) para medir apotência ativa total.
Segundo este método um doscondutores é assumido comoreferência para as medidas dastensões (m-1).
BLONDEL (1983)
Medição de potência em circuitos polifásicos
, ,um ! ,un ! ,u0!. . . !,u8w+
Wattímetro
96Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
, ,um ! ,un
vab
*
Za
* Wa
vbc
** Wb
Carga
Zc
Zb
ia
ib
ic
a
c
b
Sistema trifásico a 3 fios, método dos 2 Wattímetros
Normalmente, por razões de simetria visual, a fase “b” é considerada a referência (e não na fase “c” como no circuito acima)
Wattímetro
Medição de potência em circuitos
trifásicos
49
97Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Sistema trifásico a 4 fios, método dos 3 Wattímetros
, ,um ! ,un ! ,u0 Wattímetro
Medição de potência em circuitos
trifásicos
98Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Para circuitos trifásicos sem condutor de retorno (neutro), as
medidas dos wattímetros não podem ser associadas com a
transferência de energia de cada fase;
Para circuitos trifásicos com condutor de retorno (neutro), as
medidas dos wattímetros, não incluem as grandezas (tensão e
corrente) do condutor de retorno (neutro);
Método dos m-1 Wattímetros
Medição de potência em circuitos
trifásicos
Considere-se a relação básica para “m” fases:
K8
M+PERGUNTA: Quem são as tensões ?
50
99Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
A escolha do referencial de tensão, circuitos trifásicos
com e sem condutor de retorno
Baseado na proposta de Blondel, podemos medir as tensões
trifásicas como tensões fase-fase (tensão de linha), no caso a 3 fios
ou fase-neutro (tensão de fase), no caso a 4 fios;
Em circuitos trifásicos a 3 e 4 fios, as tensões também poderiam
ser medidas em relação a um ponto comum externo ao circuito
(ponto de referência virtual), como sendo tensões de fase virtual;
O ponto de referência virtual (*), correspondente “ao ponto de
conexão comum de resistências iguais, conectadas a cada um dos
“8” condutores do circuito, no qual se deseja medir as tensões”.
1983 (Blondel); 1922/1950 (Buchholz); 1962/1993 (Depenbrock)
Medição de potência em circuitos
trifásicos
100Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
A escolha do referencial de tensão, circuitos trifásicos
sem condutor de retorno (3 fios)
m∗ ! n∗ ! 0∗ /m0 ! 0n nmm ! n ! 0 /m ! n 0
Referência na fase C Referência num ponto virtual (*)
Medição de potência em circuitos
trifásicos
51
101Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
A escolha do referencial de tensão, circuitos trifásicos
sem condutor de retorno (3 fios)
m∗ ! n∗ ! 0∗ /m0 ! 0n nmm ! n ! 0 /m ! n 0
Referência na fase C Referência num ponto virtual (*)
Neste caso, como não existe caminho para corrente de
sequência zero (componente homopolar), também não há
tensões de sequência zero nos terminais da carga. Esta é uma
consequência direta das leis de tensões e correntes de
Kirchhoff.
Medição de potência em circuitos
trifásicos
102Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
A escolha do referencial de tensão, circuitos trifásicos
com condutor de retorno (4 fios)
m∗ ! n∗ ! 0∗ ! o∗ /mo ! no ! 0o Q/ m ! n ! 0 ! o /m ! n ! 0 o Q/
Referência no neutro Referência num ponto virtual (*)
vn* = 3v0?
Medição de potência em circuitos
trifásicos
52
103Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
A escolha do referencial de tensão, circuitos trifásicos
com condutor de retorno (4 fios)
m∗ ! n∗ ! 0∗ ! o∗ /mo ! no ! 0o Q/ m ! n ! 0 ! o /m ! n ! 0 o Q/Referência no neutro Referência num ponto externo (*)
Neste caso, a presença do condutor de retorno permite a
existência de componentes de sequência zero:
Com referência no neutro, tais componentes podem ser
obtidas pela somatória das tensões e correntes medidas;
Com referência no ponto virtual, a detecção se dá diretamente
através do quarto transdutor.
Dúvida: Como relacionar o∗ com /?
Medição de potência em circuitos
trifásicos
104Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 3 fios
0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.140
50
100
150
200
Te mpo [s]
Am
plitu
de [
V]
Vrm sab
Vrm sbc
Vrm sca
a) Referência na fase B
0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.140
50
100
150
200
Tempo [s]
Am
plitu
de [
V]
Vrm sab
Vrm sbc
Vrm sca
b) Referência no ponto virtual
0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.140
50
100
150
200
T empo [s]
Am
plitu
de [
V]
V rm sab
V rm sbcV rm sca
c) Medição nos terminais da carga
Caso: VTCD
Afundamento de
tensão entre as fases B
e C, de 220V para
100V durante 4 ciclos.
São Iguais
m∗ ! n∗ mn
53
105Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 3 fios
0 2 4 6 8 10 12 14 160
20
40
60
80
100
Harmonic order
Mag
(%
of
Fu
nd
am
en
tal)
a) Referência na fase B
0 2 4 6 8 10 12 14 160
20
40
60
80
100
Harmonic order
Mag
(%
of
Fu
nd
am
en
tal)
b) Referência no ponto virtual
0 2 4 6 8 10 12 14 160
20
40
60
80
100
Harmonic order
Mag
(%
of
Fu
nd
am
en
tal)
c) Medição nos terminais da carga
Caso: Harmônicas
Foram inseridas na fonte,
harmônicas ímpares até a
15ª ordem, com
amplitude de 50% da
fundamental.
São Iguais
Em todos os casos foram
filtradas os componentes
homopolares
(harmônicas 3, 9 e 15)
106Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 3 fios
0,000,000,000,000,000,000,000,004
0,00
0,00
0,00
K 0 (%)
0,00
0,00
0,00
K 0 (%)
0,00
0,00
0,00
K 0 (%)
0,00
0,00
0,00
K 0 (%)
10,0010,0010,0010,003
19,4919,4919,4919,492
15,9215,9215,9215,921
K – (%)K – (%)K – (%)K – (%)
Medidas nas terminais da carga
Referência no ponto virtual
Referência na fase BValor teóricoTeste
TABELA 2 – Fator de desequilíbrio de acordo com cada topologia de medição
114,79 0
- 114,79 0
0 0
Ângulo
125,21 0
- 125,210
0 0
Ângulo
144 0
- 104,4 0
0 0
Ângulo
132 0
- 104,4 0
0 0
Ângulo
208,59171,34208,59208,59Vc
159,81171,34159,81159,81Vb
179,61197,57179,61179,61Va
AmplitudeAmplitudeAmplitudeAmplitude
Teste 4Teste 3Teste 2Teste 1Tensões na fonte
TABELA 1 – Tensões e ângulos programados na fonte
Desequilíbrio: xw yz x/ /
z
54
107Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 3 fios
0,000,000,000,000,000,000,000,004
0,00
0,00
0,00
K 0 (%)
0,00
0,00
0,00
K 0 (%)
0,00
0,00
0,00
K 0 (%)
0,00
0,00
0,00
K 0 (%)
10,0010,0010,0010,003
19,4919,4919,4919,492
15,9215,9215,9215,921
K – (%)K – (%)K – (%)K – (%)
Medidas nas terminais da carga
Referência no ponto virtual
Referência na fase BValor teóricoTeste
TABELA 2 – Fator de desequilíbrio de acordo com cada topologia de medição
114,79 0
- 114,79 0
0 0
Ângulo
125,21 0
- 125,210
0 0
Ângulo
144 0
- 104,4 0
0 0
Ângulo
132 0
- 104,4 0
0 0
Ângulo
208,59171,34208,59208,59Vc
159,81171,34159,81159,81Vb
179,61197,57179,61179,61Va
AmplitudeAmplitudeAmplitudeAmplitude
Teste 4Teste 3Teste 2Teste 1Tensões na fonte
TABELA 1 – Tensões e ângulos programados na fonte
Desequilíbrio: xw yz x/ /
z
O próprio sistema filtra as componentes homopolares
108Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 4 fios
Caso: VTCD
Afundamento de tensão nas fases B e C,
de 127V para 50Vdurante 4 ciclos.
a) Referência no neutro
0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.140
20
40
60
80
100
120
Tempo [s]
Am
plitu
de [
V] Vrm s
a
Vrm sb
Vrm sc
b) Referência no ponto virtual
0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.140
20
40
60
80
100
120
Tempo [s]
Am
plitu
de [
V]
Vrm sa
Vrm sb
Vrm sc
Vrm sn
c) Medição nos terminais da carga
0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.140
20
40
60
80
100
120
Tempo [s]
Am
plitu
de [
V] Vrm s
a
Vrm sb
Vrm sc
Com oponto virtual é
diferente !
55
109Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 4 fios
0 2 4 6 8 10 12 14 160
20
40
60
80
100
Harmonic order
Ma
g (
% o
f F
un
da
me
nta
l)
b) Referência no ponto virtual
Caso: Harmônicas
Foram inseridas na fonte, harmônicas ímpares até a
15ª ordem, com amplitude de 50% da
fundamental.
a) Referência no neutro
0 2 4 6 8 10 12 14 160
20
40
60
80
100
Harmonic order
Ma
g (
% o
f F
un
dam
en
tal)
c) Medição nos terminais da carga
0 2 4 6 8 10 12 14 160
20
40
60
80
100
Harmonic order
Ma
g (
% o
f F
un
da
me
nta
l)
Com o ponto virtual os harmónicas
homopolaresforam atenuadas!
110Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 4 fios
Desequilíbrio: xw yz x/ /
z
10.000.002.500.0010.000.0010.000.004
0.00
8.02
0.00
K 0 (%)
0.00
2.01
0.00
K 0 (%)
0.00
8.02
0.00
K 0 (%)
0.00
8.02
0.00
K 0 (%)
10.0010.0010.0010.003
19.4919.4919.4919.492
15.9215.9215.9215.921
K – (%)K – (%)K – (%)K – (%)
Medidas nas terminais da carga
Referência no ponto virtual
Referência no neutroValor teóricoTeste
TABELA 4.4 – Fator de desequilíbrio de acordo com cada topologia de medição
114.79 0
-114.790
00
Ângulo
125.21 0
-125.210
00
Ângulo
144 0
- 104,4 0
00
Ângulo
132 0
-104,40
00
Ângulo
208.59 V171.34 V208.59 V208.59 VVc
159.81 V171.34 V159.81 V159.81 VVb
179.61 V197.57 V179.61 V179.61 VVa
AmplitudeAmplitudeAmplitudeAmplitude
Teste 4Teste 3Teste 2Teste 1Tensões na fonte
TABELA 4.3 – Tensões e ângulos programados na fonte
56
111Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 4 fios
Desequilíbrio: xw yz x/ /
z
10.000.002.500.0010.000.0010.000.004
0.00
8.02
0.00
K 0 (%)
0.00
2.01
0.00
K 0 (%)
0.00
8.02
0.00
K 0 (%)
0.00
8.02
0.00
K 0 (%)
10.0010.0010.0010.003
19.4919.4919.4919.492
15.9215.9215.9215.921
K – (%)K – (%)K – (%)K – (%)
Medidas nas terminais da carga
Referência no ponto virtual
Referência no neutroValor teóricoTeste
TABELA 4.4 – Fator de desequilíbrio de acordo com cada topologia de medição
114.79 0
-114.790
00
Ângulo
125.21 0
-125.210
00
Ângulo
144 0
- 104,4 0
00
Ângulo
132 0
-104,40
00
Ângulo
208.59 V171.34 V208.59 V208.59 VVc
159.81 V171.34 V159.81 V159.81 VVb
179.61 V197.57 V179.61 V179.61 VVa
AmplitudeAmplitudeAmplitudeAmplitude
Teste 4Teste 3Teste 2Teste 1Tensões na fonte
TABELA 4.3 – Tensões e ângulos programados na fonte
Com referência no ponto virtual, as componentes homopolares, aparecem
divididos por 4!
112Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 4 fios
a) Referência no neutro b) Referência no ponto virtual
c) Medição nas terminais da carga
Caso: Harmônicas
Foram inseridas na fonte, harmônicas ímpares até a
15ª ordem, com amplitude de 50% da
fundamental.
57
113Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Exemplo de Medição 4 fios
a) Referência no neutro b) Referência no ponto virtual
c) Medição nas terminais da carga
Caso: Harmônicas
Foram inseridas na fonte, harmônicas ímpares até a
15ª ordem, com amplitude de 50% da
fundamental.
O fator de atenuação das componentes
homopolares é ¼
12.5%
12.5%
12.5%h 3
h 9
h 15
Destes resultados verifica-se que a diferença nas tensões, está associada à existência das
componentes homopolares(sequência zero).
114Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Em circuitos trifásicos com 3 condutores, as duasmetodologias apresentam resultados idênticos devido àausência das componentes homopolares;
Em circuitos trifásicos com 4 condutores quando ocorre aflutuação do ponto comum dos medidores (ponto virtual“*”), ocorre a “filtragem” das componentes homopolares;
Exemplo de Medição 3 e 4 fios
Conclusão – Escolha do referencial de tensão
58
115Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Se o neutro (n) for utilizado como referência, estarão sendomedidas as tensões de fase efetivamente impostas aosconsumidores (m,n,0_o ), havendo ou não componentes desequência zero.
No caso de se utilizar o ponto virtual (*) como referência, énecessário interpretar as medidas: as componentes desequência zero aparecem parcialmente nas tensões de “fase”(m,n,0_∗) e na tensão de neutro (o∗).
Essa discrepância pode ser resolvida através da transformadade Blakesley (1894), aplicada à sequência zero do sistema.
Medição de tensão 4 fios
Discussão – Escolha do referencial de tensão
116Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Medição de tensão 4 fios
Compatibilização das medidas
Considere-se um circuito trifásico a 4 fios alimentando umacarga.Os medidores de tensão em relação à referência comumexterna (ponto virtual “*”) podem ser representados através deresistores iguais (R) de valor elevado.
Considere-se apenas o caminho para medição da
componente de sequência zero.
*
C
A
R
G
A
n
c
b
a
R
59
117Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Medição de tensão 4 fios
Compatibilização das medidasDo divisor de tensão resulta:
Portanto, a tensão medida entre oneutro e o ponto virtual correspondeà queda de tensão provocada pelacorrente de sequência zero, atenuadade um fator 1/m ou seja 1/4, no caso a4 fios.
Assim, a tensão de fase virtual resulta:
Uma vez que a tensão de fase é dada por:
o∗ ∗o QZ/
mo m∗ ! ∗o mT ! mw ! /
m∗ mT ! mw ! +Z/
Transformação de Blakesley
Circuito de sequência zero
118Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Medição de tensão 4 fios
Compatibilização das medidas
Uma vez constatada a relação entre o∗ e /, podem-serecuperar as tensões fase-neutro como sendo a soma das tensõesmedidas em relação ao ponto virtual da seguinte forma:
Portanto, uma simples correção no algoritmo é necessária para relacionar as tensões medidas com referência
interna(n) e externa (*) !
mo mT ! mw ! / m∗ o∗no nT ! nw ! / n∗ o∗0o 0T ! 0w ! / 0∗ o∗
60
119Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Medição de tensão 4 fiosCompatibilização das medidas
b) Referência no neutroReferência no ponto virtual
0 2 4 6 8 10 12 14 160
20
40
60
80
100
Harmonic order
Mag
(%
of
Fu
nd
am
en
tal)
Harmônicas
a) Referência no neutroReferência no ponto virtual
0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.140
20
40
60
80
100
120
Tempo [s]
Am
plitu
de [
V] Vrm s
a
Vrm sb
Vrm sc
VTCD
TABELA – Fator de desequilíbrio
10.000.0010.000.004
0.00
8.02
0.00
K 0 (%)
0.00
8.02
0.00
K 0 (%)
10.0010.003
19.4919.492
15.9215.921
K – (%)K – (%)
Referência na fase B
Referência no ponto virtualValor teórico
Teste
120Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Medição de tensão 4 fiosCompatibilização das medidas
A escolha da referência de tensão, em circuitos sem condutor deretorno (3 fios), do ponto de vista de medição de tensão (análisede indicadores de QEE) é irrelevante;
A escolha da referência de tensão em circuitos com condutor(4 fios) de retorno, é determinante para análise de indicadoresde QEE (medição de tensão);
A diferença entre as duas estratégias de medição, deve-sebasicamente à presença das componentes homopolares;
O teorema de Blakesly permite determinar o fator de atenuaçãodas componentes homopolares e, portanto, estabelece aestratégia de compatibilização das medições de tensão.
61
121Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Medição de tensão 4 fiosCompatibilização das medidas
Método de Blondel (m-1 medidores), é válido sob condiçõesgerais, com ou sem assimetrias e/ou distorções;
A referência interna (um dos condutores) e externa (pontovirtual) para medição das tensões pode levar a umequacionamento distinto para o cálculo de potências emcircuitos com condutor de retorno:
mom ! non ! 0o0 m∗m ! n∗n ! 0∗0 ! o∗o,o ,m ! ,n ! ,0 ,∗ ,m ! ,n ! ,0 ! ,o
4o 4m ! 4n ! 40 4∗ 4m ! 4n ! 40 ! 4o-o -m ! -n ! -0 -∗ -m ! -n ! -0 ! -o
122Sorocaba, SP – Prof. Dr. Helmo K. Morales Paredes – 2o Semestre de 2013
Proliferação de cargas monofásicas, bifásicas lineares e/ou não lineares
O agravamento dos problemas atuais com harmônicos narede deve-se à pulverização das fontes harmônicas, atémesmo no nível doméstico.
Atualmente a maioria das cargas comerciais e domésticastambém são não-lineares, pois contêm algum tipo deconversor ou controle ou chaveamento eletrônico.
televisores, aparelhos de som, computadores, copiadoras,dimmers, reatores de iluminação, equipamentos deescritório, condicionadores de ar, aquecedores e fornoselétricos, máquinas de lavar, etc
Impactos de formas de ondasnão-senoidais e desequilibradas
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Impactos de formas de ondasnão-senoidais e desequilibradas
Como taxar quem gera harmônicos e tem FP acima do
limite mínimo de FP?
Como fica a compensação e a tarifação do circuito elétrico
(instalação) na presença de tensões e correntes harmônicas
e/ou assimetrias (desequilíbrio/desbalanço)?
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Próxima Aula - Ementa 2
Análise de circuitos elétricos monofásico e trifásicos emcondições não senoidais e/ou assimétricas;
1. Técnicas de análise: série de Fourier, método de Fortescue,operadores matemáticos, etc;
2. Considerações sobre a história de algumas teorias depotência;
3. Considerações sobre a situação atual dos sistemas elétricos;
4. Definição de novas teorias de potência para circuitoselétricos lineares e não-lineares e/ou desbalanceados.
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Arequipa - Perú
2
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-Vp
P Q = 0
t
p(t)
i(t)
v(t)
Vp
Ip
-Ip
P = VIcos
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+ ! , + ! Análise e teoremas clássicos de
circuitos elétricos
,
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Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
"#"# -"#
V
I
- p(t)
Vp
Ip
-Vp
-Ip
t
Qi(t)
v(t) Q = VI sen
P = 0
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Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
i (t)
p(t)
+v (t)
"#"# -"#-
10
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φφφφ
"#
! "# | !
Se a tensão e a corrente senoidais podem ser representadaspor:
Portanto, a corrente também pode ser decomposta em duasparcelas em quadratura (ortogonais):
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
∡//m ∡
Análise da 4 e >, em termos da decomposição de corrente
4 | ! ! "# Assim, a potência aparente (4) também poderá ser definidacomo:
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4 , !- m ! ~
ou seja, cada componente de corrente (m e ~) pode serassociada à potência ativa e à potência reativa.
Portanto, a potência aparente resulta:
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Análise da 4 e >, em termos da decomposição de corrente
Corrente ativa
Corrente reativa
m , ~ - "#
onde:
30
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; W ! 6GPor outro lado, se os parâmetros equivalentes de cargasão conhecidos, temos:
Análise da 4 e >, em termos dos parâmetros equivalentes da carga
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
então o valor eficaz da corrente da carga e suascomponentes (ativa e reativa) pode ser expressas emtermos destes parâmetros:
< ! 6dou
m < ~ d assim, as potências, aparente, ativa e reativa resultam:
4 , < - d
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>, ,4 m mm ! ~ <
< ! d
Finalmente, o Fator de Potência (>,) também pode serexpressa em termos dos valores eficazes das componentesda corrente ou pelos parâmetros equivalentes da carga:
Análise e teoremas clássicos de circuitos elétricos
Análise da 4 e >, em termos dos parâmetros equivalentes da carga
No caso de uma carga indutiva, a susceptância necessáriado compensador (capacitor) para a compensação total é:
d= = - ~ d21
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Componentes simétricas
Da análise das componentes simétricas, essa soma corresponde a3 vezes a corrente de sequência zero (o Q/).
As componentes de sequência positiva e negativa podem serobtidas respectivamente pelas somas:
m ! n ! 0 o
onde :
m = e j120°°°° é um operador deganho unitário, que adianta afase em 120°°°°
mT +Q m ! mm ! mmmw +Q m ! mm ! mm
m mT ! mw ! m/Essa decomposição também pode ser aplicada para as tensões
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Medição de potência em circuitos trifásicos