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Terraplenagem e Estradas ANTT 2013 Teoria e Questes Comentadas Profs. Fbio Amorim e Marcus V. Campiteli Aula 0
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AULA 0: TERRAPLENAGEM E ESTRADAS
Ol, Pessoal
Saiu o edital para Especialista em Regulao de Servios de
Transportes Terrestres da ANTT, na rea de Engenharia Civil (cargo
13).
So 23 vagas iniciais e vo corrigir a prova discursiva de 58
candidatos. O prazo deste concurso de 1 ano aps a homologao
do resultado final, prorrogvel por mais 1 ano. Portanto, h a
possibilidade de chamarem bem mais candidatos do que os 23
iniciais, conforme os concursos anteriores.
A prova est marcada para o dia 11 de agosto de 2013.
Portanto, d tempo de se preparar, desde que de forma objetiva e
focada. E esse o objetivo deste curso, ao apresentar a vocs a
teoria das normas e livros de forma consolidada e amigvel,
juntamente com as questes do Cespe relativas aos assuntos
tratados.
Faz parte da prova especfica, matrias de Terraplenagem e
Estradas, previstas nos subitens 1.5 e 1.6 do edital. Alm disso,
iremos abordar, tambm, o item 7 (conservao rodoviria). O curso
que oferecemos abranger as matrias desses itens.
O desafio do estudo dessa especialidade conseguir
objetividade diante da sua vasta abrangncia. Essa a contribuio
que almejamos alcanar com este curso. Afinal, o edital j est na
praa. No temos tempo a perder.
Este curso est constitudo por 4 aulas alm desta,
demonstrativa. As aulas sero divididas da seguinte forma e com as
seguintes datas estimadas:
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Aula 0: Especificao de materiais: caractersticas fsicas
(imediato)
Aula 1: Terraplenagem (17/6)
Aula 2: Pavimentao (24/6)
Aula 3: Drenagem (1/7)
Aula 4: Conservao Rodoviria (8/7)
Agora, deixem-nos apresentar. Somos engenheiros civis
formados pelo Instituto Militar de Engenharia IME e trabalhamos
como auditor de controle externo no Tribunal de Contas da Unio
TCU.
Fbio Amorim
Nesses nove anos de minha experincia profissional sempre
atuei com obras rodovirias. Durante cinco anos, trabalhei como
engenheiro militar, atuando na construo de rodovias.
Posteriormente, durante um ano, trabalhei como especialista em
regulao na Agncia Nacional de Transportes Terrestres, atuando
diretamente na fiscalizao das concesses rodovirias. Atualmente,
no TCU, realizo auditorias nas obras rodovirias executadas por meio
de recursos federais.
Na rea de concursos, esta a terceira parceira com o prof.
Marcus e com o Estratgia Concursos. Ano passado lanamos um
curso de obras rodovirias para o concurso pblico do DNIT, o qual
teve uma tima avaliao dos alunos.
Na minha vida de concurseiro, nos concursos voltados
engenharia civil, obtive xito nos concursos da ANTT (2008), MPOG
(2008) e TCU (2009), cujos assuntos cobrados guardam grande
consonncia com os assuntos exigidos no Edital da ANTT.
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Marcus V. Campiteli
Trabalhei durante seis anos como engenheiro militar e estou a
sete no TCU, dos quais quatro na Secob (antiga secretaria de obras),
sempre participando de auditorias em obras pblicas.
Fiz mestrado em engenharia civil na UnB e conclu com a
dissertao: Medidas para Evitar o Superfaturamento em Obras
Pblicas decorrente dos Jogos de Planilha.
Na trajetria de concursos, aps a elaborao de resumos,
resoluo de muitas questes do Cespe e estudo focado, obtive
aprovao nos concursos de Perito da Polcia Federal em Engenharia
Civil, em 2004, e Auditor Federal de Controle Externo do TCU na rea
de obras pblicas, em 2005. Hoje trabalho neste ltimo.
Na rea de aulas, ministrei cursos de engenharia civil,
presenciais e distncia, para o concurso do TCU de 2009 e 2011
(Cathedra e Grancursos, chegando a 70% de aprovao), TCM/RJ de
2011, TC/DF de 2012, TC/ES 2012, Cmara dos Deputados de 2012,
CGU de 2012, Perito da Polcia Federal 2012, INPI 2013, CNJ 2013,
DNIT 2013 e CEF 2013.
Agora que vocs nos conheceram um pouco melhor,
retornemos ao nosso curso.
Para a elaborao da teoria e resoluo das questes de obras
rodovirias, buscam-se as definies existentes nos manuais e
normas de servio do DNIT. Eventualmente, podero ser utilizadas
outras fontes oficiais, tais como normas do DER-SP. Isso
importante porque, como vocs vero nas questes, parte relevante
delas tirada dessas fontes oficiais. Adota-se subsidiariamente livros
de autores renomados, a exemplo do Milton Vargas, Homero Pinto
Caputo, apostilas do IME e outros.
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A ideia de tirar as resolues das fontes oficiais direcionar o
estudo de vocs, mostrar a fonte das questes. Com o curto espao
de tempo disponvel e com a quantidade de matrias cobradas no h
como estender muito o estudo.
Essa metodologia visa objetividade buscada neste curso, cuja
finalidade o acerto mximo das questes da prova. Prope-se a
leitura adicional das fontes oficiais citadas, todas acessveis
livremente no sitio do DNIT.
Vale lembrar ainda que as aulas no tm como objetivo ensinar
os assuntos nos moldes como feito durante os cursos de graduao.
O objetivo principal dessas aulas expor os tpicos mais importantes
de cada matria, de uma forma clara e objetiva, possibilitando,
assim, o acerto das questes do concurso vindouro.
As questes estaro dispostas de forma didtica por assunto e
no por banca ou prova.
Ao longo das aulas, compartilharemos com vocs dicas de
tcnicas de estudo que j deram certo com muitos candidatos,
inclusive conosco.
Ao final da parte das questes comentadas, listaremos as
questes apresentadas novamente, sem os comentrios, para que
vocs possam treinar. Logo aps, encontrar-se- o gabarito.
Crticas e sugestes podero ser encaminhadas ao seguinte
endereo de e-mail: [email protected].
Ento, vamos aula demonstrativa para que vocs possam
conhecer melhor o que encontraro ao longo do curso, no que tange
s questes comentadas!
Bons estudos e boa sorte!
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AULA 0: MATERIAIS CARACTERISTICAS FSICAS
SUMRIO PGINA
APRESENTAO DO CURSO 1
1. LIGANTES ASFLTICOS 5
2. AGREGADOS 35
3. SOLOS 49
4. QUESTES COMENTADAS 70
5. LISTA DE QUESTES APRESENTADAS NA AULA 80
6. GABARITO 95
7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 96
Ol, Pessoal
Sero objetos de estudo desta aula os ligantes asflticos e
agregados da pavimentao asfltica, alm dos solos utilizados nas
obras de terraplenagem e pavimentao. Ento, mos obra!
1. OS LIGANTES ASFLTICOS
O asfalto um material amplamente utilizado nas rodovias
brasileiras. Estima-se que 95% das estradas sejam pavimentadas por
um revestimento asfltico.
Sendo assim, diversas propriedades do asfalto justificam a
sua ampla utilizao. Podemos citar as seguintes:
Ligante proporciona uma grande adesividade com os agregados
que compe uma mistura asfltica;
Impermeabilizante proporciona uma proteo da rodovia quanto
penetrao de gua na sua estrutura;
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Pouco Reativo proporciona um comportamento inerte em relao
aos demais elementos que convivem no mesmo ambiente que o
asfalto, garantindo, assim, uma boa durabilidade ao pavimento.
importante destacar a definio dos principais termos que
envolvem o asfalto:
Betume: comumente definido como uma mistura de
hidrocarbonetos solvel no bissulfeto de carbono;
Asfalto: mistura de hidrocarbonetos derivados do petrleo de forma
natural ou por destilao, cujo principal componente o betume,
podendo conter ainda outros materiais, como oxignio, nitrognio e
enxofre, em pequena proporo;
Alcatro: uma designao genrica de um produto que contm
hidrocarbonetos, que se obtm da queima ou destilao do carvo,
madeira, etc. um produto que no mais usado em pavimentao
haja vista seu poder cancergeno e sua baixa qualidade como ligante.
Produo
A obteno do asfalto feita a partir do refino do petrleo,
ocasio em que so separadas fraes leves (gasolina, diesel,
querosene, etc.) e fraes pesadas, como o cimento asfltico de
petrleo (CAP).
Este ltimo, o CAP o principal ligante asfltico utilizado na
pavimentao. J os demais ligantes so obtidos a partir do CAP.
Os tipos de ligantes asflticos
Podemos classificar da seguinte forma os principais ligantes
asflticos disponveis para a pavimentao no Brasil:
a) Cimentos asflticos de petrleo;
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b) Asfaltos modificados por polmero;
c) Asfaltos modificados por borracha de pneus;
d) Asfaltos diludos;
e) Emulses asflticas.
Pessoal, depois dessa breve introduo, vamos falar especificamente
sobre cada um dos tipos de ligantes asflticos e suas propriedades
fsicas!
CIMENTOS ASFLTICOS DE PETRLEO (CAP)
No Brasil, utiliza-se a denominao CAP para os asfaltos
obtidos a partir da destilao do petrleo. Desse modo, o CAP
constitudo por uma mistura de hidrocarbonetos (cerca de 95%) e
outros elementos em pequenas propores como oxignio, enxofre,
nitrognio e alguns metais.
Em temperatura ambiente, o CAP apresenta um
comportamento extremamente viscoso. Em razo disso, o CAP deve
ser aquecido em altas temperaturas durante a sua estocagem,
manuseio e aplicao.
No entanto, as temperaturas de estocagem manuseio e
aplicao devem ser limitadas em 177C, caso contrrio, se aquecido
demais, o CAP pode perder grande parte de suas propriedades fsicas,
prejudicando sua qualidade e desempenho, e, consequentemente,
afetando negativamente o revestimento asfltico executado. A essa
deficincia, d-se o nome de envelhecimento do asfalto.
Na realidade, ao aquecer excessivamente o CAP, h uma
perda de suas fraes mais volteis, ocorrendo uma oxidao da
composio, deixando o asfalto quebradio, mais viscoso e menos
flexvel.
A imagem abaixo ilustra o tanque de estocagem do asfalto.
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Tanque de estocagem do asfalto
Portanto, o CAP deve ser mantido a menor temperatura
possvel, de modo manter suas propriedades, sem impossibilitar seu
manuseio e aplicao.
Utilizao
Em obras rodovirias, o cimento asfltico atua como um
ligante dos demais elementos de uma mistura asfltica, normalmente
constituda de agregados minerais e outros materiais de enchimento.
Revestimento asfltico
Cimento Asfltico de
Petrleo
Agregados minerais
(brita e areia)
Materiais de enchimento
(filler)
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Propriedades Fsicas
As propriedades fsicas dos cimentos asflticos esto
intrinsecamente associadas sua temperatura. Em baixas
temperaturas, o CAP se comporta quase como um slido. J para
temperaturas mais altas, o CAP se apresenta mais fluido.
Assim, para cada faixa de temperatura, so esperados
determinados desempenhos do asfalto, os quais so avaliados por
meio de diversas medies padronizadas, como veremos a seguir.
Dureza
A dureza uma medida da consistncia dos asfaltos. Para a
determinao da dureza realizado o ensaio de penetrao,
normatizado pela ABNT NBR 6576/98 e Norma DNIT 155/2010-ME1.
Resumidamente, esse ensaio consiste na penetrao de
uma agulha padro de 100g numa amostra de CAP, por 5 segundos,
temperatura de 25C. A dureza representada pela profundidade
da penetrao, em dcimos de milmetro.
Os resultados dos ensaios de penetrao so utilizados para
classificar os cimentos asflticos no Brasil.
A partir de julho de 2005, segundo Resoluo da ANP2 n 19
de 20053, somente so produzidos quatro tipos de cimentos asflticos
de petrleo no Brasil: CAP 30-45, CAP 50-70, CAP 85-100 e CAP 150-
200.
Esses nmeros associados representam a faixa de
penetrao a qual o CAP deve possuir. Assim, o CAP 50-70, por
1 Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT155_2010_ME.pdf
2 Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis
3 Disponvel em http://nxt.anp.gov.br/nxt/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2005/julho/ranp%2019%20-
%202005.xml
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exemplo, deve possuir uma penetrao entre 50 e 70 dcimos de
milmetro.
Penetrmetro Universal: equipamento utilizado no ensaio de
penetrao.
Analogamente, no caso do CAP 30-45, sua penetrao varia
de 30 a 45 dcimos de milmetro. Sendo assim, com uma penetrao
menor, o CAP 30-45 possui uma maior dureza, ou seja, mais
consistente e mais viscoso em comparao ao CAP 50-70.
Viscosidade
A viscosidade uma propriedade fsica que caracteriza a
resistncia de um fluido ao escoamento.
Conceitualmente, a viscosidade pode ser representada pela
seguinte frmula:
=
/
Onde:
T = tenso aplicada;
/ = velocidade de deformao
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Desse modo, os materiais mais viscosos se deformam numa
velocidade menor, se comparados aos menos viscosos, quando
submetidos determinada tenso.
A viscosidade normalmente associada consistncia do
material. Assim:
Materiais mais viscosos so mais consistentes, ou menos fluidos;
Materiais menos viscosos so menos consistentes, ou mais fluidos.
A viscosidade do asfalto convencional medida no Brasil por
meio do ensaio de viscosidade Saybolt-Furol4, normatizado pela
ABNT-NBR 14950/2003.
Resumidamente, o ensaio consiste em inserir o asfalto
dentro de um recipiente, e aquec-lo em determinadas temperaturas.
No caso do CAP, a viscosidade medida a 135C, 150C e 177C.
Aps o aquecimento, o asfalto escoa por um orifcio at atingir o
volume de 60ml. Assim, a medida de viscosidade representada pelo
tempo pelo qual o asfalto escoa no aparelho at completar esse
volume, sendo a unidade da medida em segundos Saybolt-Furol
(SSF).
As normas brasileiras exigem do CAP 50-70, por exemplo,
uma viscosidade mnima de 141 SSF a 135C.
4 Vdeos disponveis em
http://transportes.ime.eb.br/MATERIAL%20DE%20PESQUISA/LABOTATORIO/LAB%20LIGANTES/03_ensaios_cimento_asfaltico_04.htm#ViscosidadeSayboltFurol
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Viscosmetro Saybolt-Furol
A importncia da medida da viscosidade dos asfaltos no se
limita ao seu enquadramento nas especificaes vigentes. O estudo
da viscosidade tambm se faz importante para se determinar a faixa
ideal de temperatura que o asfalto deve possuir durante a sua
mistura com os agregados, proporcionando, assim, uma perfeita
cobertura dos mesmos. Essa faixa deve ser estabelecida pelas
temperaturas cujas viscosidades variam de 75 SSF e 95 SSF, como
demonstra o grfico abaixo.
O estudo de viscosidade tambm se faz necessrio para
determinar a faixa de temperatura ideal de compactao do
pavimento asfltico quando o mesmo aplicado na pista. Essa faixa
deve corresponder s temperaturas cujas viscosidades estejam no
intervalo de 125 SSF e 155 SSF, como indica o grfico a seguir.
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Outra caracterstica importante que se demonstra pelo
grfico acima, que a viscosidade varia de forma inversa em relao
temperatura. Assim, temperaturas inferiores ensejam num
comportamento mais viscoso (ou mais consistente) do asfalto.
Outras medidas fsicas
Alm da dureza e da viscosidade, diversas outras avaliaes
foram incorporadas s normas de asfaltos com o objetivo de analisar
o desempenho do ligante nas obras de pavimentao asfltica.
Iremos tratar adiante dessas avaliaes!
Ponto de amolecimento
O ponto de amolecimento tambm uma medida emprica,
e se refere temperatura na qual o asfalto adquire determinada
condio de escoamento, de fluidez. Essa condio justamente o
amolecimento do asfalto.
Como exemplo, as normas brasileiras exigem do CAP 50-70
um ponto de amolecimento mnimo de 46C.
T1 T2 T3 T4
75
95
125
155
Temperatura C
Log Viscosidade
(SSF)
Faixa de
Compactao
Faixa de
Mistura
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O ensaio por meio do qual se obtm o ponto de
amolecimento normatizado pela ABNT NBR 6560/2000 (Ensaio de
anel e bola5). O DNIT normatiza esse ensaio por meio da Norma
131/2010-ME.6
Em suma, o ensaio consiste em inserir uma pequena
amostra de asfalto em meio a um anel metlico padronizado e sob
uma bola de ao tambm padronizada. Essa amostra imersa em um
recipiente com gua e aquecida a uma taxa de 5C/minuto. O ponto
de amolecimento obtido quando a bola de ao atinge a placa de ao
que faz parte do conjunto padronizado.
Conjunto padronizado utilizado no ensaio de ponto de amolecimento
(anel e bola)
Ductilidade
A ductilidade a capacidade do asfalto de se alongar na
forma de um filamento. Por meio dessa caracterstica, possvel
avaliar a coeso dos asfaltos.
5 Vdeos do ensaio disponveis em
http://transportes.ime.eb.br/MATERIAL%20DE%20PESQUISA/LABOTATORIO/LAB%20LIGANTES/03_ensaios_cimento_asfaltico_03.htm#PontodeAmolecimento 6 Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT131_2010_ME.pdf
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O ensaio que normatiza essa avaliao a ABNT NBR
6293/2001. O DNIT tambm normatiza esse ensaio por meio da
norma DNIT 163/98-ME7.
Basicamente, o ensaio consiste em inserir uma amostra de
asfalto em um molde padronizado, o qual imerso na gua, a uma
temperatura de 25 C, e esticado em um aparelho, chamado de
ductilmetro8.
A medida de ductilidade obtida pelo alongamento da
amostra, em centmetros, antes da ruptura da amostra de asfalto.
Para o CAP 50/70, por exemplo, a ductilidade deve ser de,
no mnimo, 60 cm.
Ensaio de ductilidade em execuo
Solubilidade
A solubilidade uma medida que tem por objetivo
verificar a pureza do asfalto, sendo utilizado para medir a quantidade
de betume presente na amostra de asfalto. As especificaes tcnicas
7 Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME163-98.pdf
8 Vdeos do ensaio disponveis em
http://transportes.ime.eb.br/MATERIAL%20DE%20PESQUISA/LABOTATORIO/LAB%20LIGANTES/03_ensaios_cimento_asfaltico_02.htm#Dutilidade
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exigem um grau de pureza de, no mnimo 99,5% para os cimentos
asflticos.
Para a solubilidade ser avaliada, realizado um ensaio9,
normatizado pela ABNT NBR 14855/2002. Basicamente, o ensaio
consiste em misturar o asfalto a um solvente (tricloroetileno,
normalmente), e, aps isso, filtrar essa mistura atravs de um
cadinho perfurado.
A quantidade de material retido no cadinho representa as
impurezas do asfalto.
Ponto de Fulgor
O ponto de fulgor representa a menor temperatura na qual
os vapores emanados pelo asfalto se inflamam em contato com uma
chama padronizada.
Vimos nesta aula que o asfalto pode ser aquecido a
temperaturas de at 177C. Deve-se assegurar, porm, que, nessa
temperatura, no exista riscos de exploses ou incndios.
Assim, a norma estabelece que o ponto de fulgor deva ser
de, no mnimo, 235C para os cimentos asflticos, o que d certa
segurana para o manuseio na temperatura limite de 177C.
A norma brasileira10 que regra esse ensaio a ABNT NBR
11341/2004, sendo que o equipamento utilizado nesse ensaio
representado pela figura a seguir (Vaso Cleveland).
9 Vdeos do ensaio disponveis em
http://transportes.ime.eb.br/MATERIAL%20DE%20PESQUISA/LABOTATORIO/LAB%20LIGANTES/03_ensaios_cimento_asfaltico_02.htm#SolubilidadeTeordeBetume 10
Vdeos do ensaio disponveis em http://transportes.ime.eb.br/MATERIAL%20DE%20PESQUISA/LABOTATORIO/LAB%20LIGANTES/03_ensaios_cimento_asfaltico_02.htm#PontodeFulgor
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Equipamento utilizado no ensaio de Ponto de Fulgor
Espuma
Os cimentos asflticos de petrleo no devem conter gua.
O asfalto aquecido misturado com gua pode gerar espumas em
razo da formao de bolhas de gua aquecidas.
Desse modo, a liberao dessas bolhas aps o aquecimento
pode causar exploses, implicando em acidentes tanto no
armazenamento quanto no transporte dos asfaltos.
Apesar de no haver ensaios normatizados para verificar a
presena de gua no CAP, o normativo vigente estabelece que o CAP
no pode apresentar espuma quando aquecido a 175C11.
Assim, juntamente com o ensaio de ponto de fulgor, um
ensaio que atesta a segurana do asfalto utilizado.
11
Vdeos disponveis em http://transportes.ime.eb.br/MATERIAL%20DE%20PESQUISA/LABOTATORIO/LAB%20LIGANTES/03_ensaios_cimento_asfaltico.htm#Espumagua
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Suscetibilidade Trmica
O pavimento asfltico est sujeito variao que ocorre na
temperatura ambiente ao longo de sua vida til.
Apesar dessa variao, para ser utilizado em servios de
pavimentao, desejvel que no haja alteraes significativas das
propriedades mecnicas dos asfaltos.
Para avaliarmos a sensibilidade do asfalto variao de
temperatura, podemos utilizar uma medida chamada de
suscetibilidade trmica, criada a partir da aplicao do procedimento
formulado por Pfeiffer e Van Doormaal, por meio do qual obtido o
ndice de suscetibilidade trmica, ou ndice de penetrao (IP):
=20500(tan )
1+50(tan ) ,
Onde:
tan =log 800log P
PA25;
PA = temperatura do ponto de amolecimento do CAP (em C);
P = Penetrao do CAP (em dcimos de milmetro)
As normas brasileiras exigem que os cimentos asflticos
tenham um ndice de suscetibilidade entre -1,5 e +0,7.
Valores superiores a +1 indicam asfaltos oxidados, pouco
sensveis a elevadas temperaturas e quebradios em temperaturas
mais baixas. J os valores de IP inferiores a -2 indicam asfaltos muito
sensveis a elevadas temperaturas.
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ASFALTOS MODIFICADOS POR POLMERO
Os asfaltos modificados por polmero so uma classe
especial de cimentos asflticos, cujas composies so obtidas a
partir da adio de polmeros elastmeros ao cimento asfltico
convencional.
Por definio, esses polmeros so macromolculas
sintticas, com propriedades elsticas, e, quando aquecidos, se
decompe antes do amolecimento.
Por meio dessas modificaes, os cimentos asflticos tm
suas propriedades melhoradas em relao ao asfalto convencional,
entre as quais podemos citar:
Aumento da resistncia formao de trilhas de roda;
Aumento da resistncia ao envelhecimento e oxidao;
Aumento da vida de fadiga;
Aumento da flexibilidade e elasticidade (elastmeros);
Reduo dos custos de manuteno dos pavimentos.
A melhoria de desempenho proporcionada pelos asfaltos
modificados resulta em um custo mais elevado das obras.
Normalmente, o custo desses asfaltos cerca de 50% superior ao
dos asfaltos convencionais.
Sendo assim, os asfaltos modificados so indicados para
rodovias com trfego pesado, e com condies adversas de clima,
onde o benefcio necessrio de desempenho compense o custo de
construo a maior.
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Propriedades Fsicas
A Resoluo n 32/201012 da ANP estabelece os padres de
qualidade esperados dos cimentos asflticos modificados por
polmeros elastomricos.
Muitas das exigncias se referem s propriedades fsicas
que j vimos nesta aula, como a penetrao, o ponto de
amolecimento, entre outros.
A referida norma classifica os asfaltos modificados nos
seguintes tipos: CAP 55/75-E, CAP 60/85-E e CAP 65/90-E.
IMPORTANTE!
Dissemos anteriormente que a classificao dos cimentos
asflticos convencionais se d por meio do ensaio de penetrao.
Como exemplo, citamos o caso do CAP 50/70, que possui uma
penetrao que varia de 50 a 70 dcimos de milmetro.
No caso dos asfaltos modificados, porm, o critrio de
classificao dado por meio de duas propriedades fsicas: o ponto
de amolecimento e a recuperao elstica. De tal forma, por
exemplo, o CAP 60/85-E possui um ponto de amolecimento mnimo
de 60C. Trataremos, agora, da recuperao elstica.
Recuperao elstica ou retorno elstico
O comportamento elstico caracterstico dos asfaltos
modificados. Sendo assim, por meio do ensaio normatizado pela
ABNT, NBR 14.756/2004, pode-se avaliar o percentual de
12
Disponvel em http://nxt.anp.gov.br/nxt/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2010/setembro/ranp%2032%20-%202010.xml
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recuperao elstica do asfalto. Tal ensaio tambm normatizado
pelo DNIT, por meio da Norma 130/2010-ME13.
Para o ensaio de recuperao elstica tambm utilizado o
ductilmetro (equipamento do ensaio de ductilidade), com a
utilizao de um molde diferenciado.
Basicamente, o ensaio consiste em esticar o molde em 20
0,5cm (L1) a uma velocidade de 5cm/min. Aps isso, o ligante
seccionado com o auxlio de uma tesoura, e, em seguida, o material
deixado em repouso no equipamento durante 60 minutos, a 25C.
Com isso, a parte esticada do asfalto tende a retornar ao
tamanho original.
Depois, o ductilmetro manuseado at que as duas
extremidades do corpo de prova encostem uma na outra, quando
feita outra medida (L2) no equipamento.
Assim, o percentual de recuperao elstica calculado pela
expresso:
% =1 2
1 100
Como dissemos anteriormente, a recuperao elstica um
dos critrios de classificao dos asfaltos modificados. Assim, o CAP
60/85-E deve possuir uma recuperao elstica, mnima, de 85%.
A imagem abaixo evidencia como esse ensaio consegue
diferenciar um asfalto convencional e um asfalto modificado.
13
Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT130_2010_ME.pdf
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A amostra inferior, de asfalto modificado, mostra uma elasticidade
maior que a amostra superior, de asfalto convencional.
A imagem a seguir demonstra o comportamento das
mesmas amostras aps o corte.
Pode-se perceber que o retorno elstico da amostra inferior, de asfalto modificado, maior que o da amostra superior.
Viscosidade
Pessoal, quando falamos sobre a viscosidade dos cimentos
asflticos convencionais, explicamos que sua medida era estabelecida
empiricamente por meio do viscosmetro Saybolt-Furol, esto
lembrados?
Todavia, para os asfaltos modificados por polmeros, a
viscosidade medida por outro equipamento, chamado de
viscosmetro Brookfield, amplamente utilizado na Europa e nos
Estados Unidos.
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Viscosmetro Brookfield
Apesar de ser um equipamento mais caro que o Saybolt-
Furol, a vantagem da utilizao desse equipamento a possibilidade
de obter a curva viscosidade x temperatura de forma mais rpida, e
com apenas uma amostra.
ASFALTOS MODIFICADOS POR BORRACHA DE PNEUS
Alm do polmero, outra forma de incorporar benefcios ao
asfalto, melhorando seu desempenho, por meio da adio de
borracha de pneus.
Existe tambm um ganho ambiental com essa adio, pois
so utilizados pneus inservveis para a fabricao do asfalto-borracha,
ou asfalto modificado por borracha moda de pneus.
Esse produto pode ser obtido de duas formas:
a) Terminal Blending a borracha moda adicionada ao asfalto
convencional, e misturado em equipamentos especiais pelas
empresas distribuidoras de asfaltos, sendo assim um produto
estocvel;
b) Continuous Blending a borracha moda adicionada ao asfalto
convencional, e misturado no prprio local da obra, anteriormente
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usinagem do concreto asfltico, sendo assim um produto no
estocvel.
A Resoluo n 39/200814 da ANP que estabelece os
padres de qualidade do asfalto-borracha do tipo Terminal Blending.
Nessa norma, so definidos os desempenhos esperados quanto ao
ensaio de penetrao, ponto de amolecimento, ponto de fulgor,
recuperao elstica, entre outros.
Alm disso, so definidos os dois tipos de asfalto-borracha
fabricados no Brasil: o AB-8 e o AB-22.
Caractersticas Fsicas Viscosidade
Pessoal, quanto ao asfalto-borracha, a viscosidade uma
caracterstica importante, pois, por meio dessa medida que so
classificados os asfaltos-borracha.
Da mesma forma como o asfalto modificado por polmero, a
viscosidade do asfalto-borracha obtida por meio do viscosmetro
Brookfield.
Assim, por exemplo, o AB-8 deve possuir uma viscosidade,
a 175 C que varia entre 800 e 2000 cP [centiPoise]. O AB-22, entre
2200 e 4000 cP.
14
Disponvel em http://nxt.anp.gov.br/nxt/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2008/dezembro/ranp%2039%20-%202008.xml?fn=document-frameset.htm$f=templates$3.0
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Utilizao
O asfalto-borracha pode ser empregado na fabricao de
concreto asfltico, servio esse normatizado pelo DNIT por meio da
norma ES-112/200915.
Em linhas gerais, com o asfalto-borracha h uma sensvel
melhoria no desempenho do concreto asfltico, com aumento da sua
resistncia e desempenho, o que garante uma vida til mais
prolongada ao revestimento.
Pessoal, vale ressaltar que esse aumento de desempenho
relativo, ou seja, varia conforme as caractersticas da rodovia, em
termos de carga, clima e estrutura.
Como contrapartida, o custo do servio quando utilizado o
asfalto-borracha maior em comparao ao asfalto convencional.
OS ASFALTOS DILUDOS
Pessoal, vimos que o asfalto deve ser aquecido a altas
temperaturas para poder ser estocado, manuseado e transportado,
esto lembrados?
Pois bem, para determinados usos, o manuseio e aplicao
do CAP em altas temperaturas torna-se um inconveniente, alm de
trazer riscos de acidentes.
Dentro desse contexto que surgem os asfaltos diludos, ou
cut-backs, os quais so fabricados a partir da mistura CAP com um
diluente voltil, obtido tambm a partir do petrleo.
15
Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT112_2009_ES.pdf
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Assim, com essa diluio, obtm-se um ligante asfltico no
estado lquido em temperaturas ambientes e, dessa forma, podendo
ser estocado, manuseado e aplicado sem a necessidade de
aquecimento.
Tipos
Existem dois tipos de asfaltos diludos: cura mdia (CM) e
cura rpida (CR).
A cura do asfalto diludo se refere velocidade de perda
dos elementos volteis (solvente) aps a sua aplicao.
Melhor explicando, o asfalto diludo, aps a sua aplicao,
perde os elementos volteis que fazem parte da sua composio.
Assim, aps esse tempo de cura, o produto final volta a ter a
consistncia inicial do CAP, ou seja, semisslido.
Essa diferenciao da velocidade de cura (rpida e mdia)
conseguida a partir da utilizao de diferentes tipos de solventes, da
seguinte forma:
CR: o solvente utilizado a nafta, mais voltil, sendo que a
cura ocorre numa velocidade maior (rpida);
CM: o solvente utilizado o querosene, menos voltil, e a cura
ocorre numa velocidade menor (mdia).
A Resoluo da ANP n 30/200716 estabelece as
especificaes tcnicas dos asfaltos diludos fabricados no Brasil,
dividindo em quatro categorias diferentes:
Cura Rpida: CR-70 e CR-250;
16
Disponvel em http://nxt.anp.gov.br/nxt/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2007/outubro/ranp%2030%20-%202007.xml
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Cura Mdia: CM-30 e CM-70.
Veremos adiante a diferena entre eles.
Utilizao
O principal uso desse ligante em obras rodovirias no
servio de imprimao, que consiste na aplicao do asfalto diludo
sobre uma superfcie de base concluda, anteriormente execuo do
revestimento asfltico, com o objetivo de impermeabilizar e conferir
aderncia entre a camada de base e do revestimento.
Para esse servio, o asfalto diludo CM-30 o produto mais
utilizado no Brasil.
ATENO!
Apesar de estarem normatizados no Brasil tanto os asfaltos
de CM quando de CR, segundo a norma do DNIT (ES-144/2010)17,
devem ser utilizados no servio de imprimao apenas os asfaltos
diludos do tipo CM.
Servio de imprimao asfltica onde utilizado o asfalto diludo. 17
Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT144_2010_ES.pdf
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Propriedades Fsicas
As normas brasileiras estabelecem alguns critrios de
qualidade a respeito asfaltos diludos. A principal delas que merece
ser citada justamente aquela que classifica os asfaltos diludos,
trata-se da viscosidade cinemtica.
Viscosidade Cinemtica
A viscosidade cinemtica outra forma de medida da
viscosidade dos materiais. Trata-se da razo entre a viscosidade e a
respectiva massa especfica do material. Nesse caso, a unidade de
medida o centistoke (cSt).
Assim, a classificao dos asfaltos diludos provm do limite
inferior de viscosidade cinemtica admissvel para cada tipo desse
ligante.
Assim, o CM-30, por exemplo, tem uma viscosidade
cinemtica que varia de 30 a 60 cSt, a 60 C. Para o CM-70 a
viscosidade cinemtica varia de 70 a 140 cSt, na mesma temperatura
de 60 C.
Por esses nmeros, percebe-se que o CM-30 menos
viscoso que o CM-70, ou seja, menos consistente e possui uma
fluidez maior.
Como o CM-30 menos viscoso, presume-se que seja
utilizado menos CAP e mais solvente, se compararmos com o CM-70,
correto?
E realmente isso que ocorre, o CM-30 possui cerca de
52% de CAP, enquanto que o CM-70, cerca de 63%.
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IMPORTANTE!
Assim, em razo dessa maior quantidade de CAP, o CM-70
utilizado apenas quando da imprimao em camadas de bases com
textura mais aberta. Para as bases mais usuais, de textura mais
fechada, utiliza-se o CM-30.
Outras Propriedades Fsicas
As demais propriedades fsicas exigidas para os asfaltos
diludos j foram vistas anteriormente nesta aula. Tratam-se da
viscosidade Saybolt-Furol e do Ponto de Fulgor.
AS EMULSES ASFLTICAS
A emulso pode ser definida como a disperso de
pequenas partculas de um lquido em outro lquido, sendo que esses
lquidos so imiscveis.
Sendo assim, nas emulses asflticas, os lquidos
imiscveis so o CAP e a gua.
Entretanto, a emulso no se forma quando o CAP e a
gua so misturados, haja vista a elevada viscosidade do CAP.
Ento, para que seja obtida uma emulso, necessrio
que o CAP seja transformado em pequenas partculas, possibilitando
a sua disperso na gua.
Alm disso, utilizado um elemento auxiliar, chamado de
agente emulsificante, como o objetivo de dar estabilidade emulso,
evitando a reaproximao das partculas dispersas de CAP.
Assim, em linhas gerais, as emulses asflticas so
compostas por:
-
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30 a 50% de fase aquosa,
50 a 70% de CAP e
0,1 a 2,5% de agentes emulsificantes.
Vantagens
Podemos citar as principais vantagens da aplicao de
emulses asflticas em obras rodovirias:
- Excelente adesividade;
- Viabiliza a confeco de misturas com agregados mesmo midos;
- Permite a estocagem do ligante em temperatura ambiente;
- Possibilita a estocagem de misturas asflticas;
- Dispensa equipamentos sofisticados de usinagem, transporte e
aplicao;
- Enseja a confeco de misturas asflticas com baixa demanda
energtica.
Tipos de Emulses Asflticas
As especificaes brasileiras para as emulses asflticas
so definidas por meio da Resoluo n 7/198818 do Conselho
Nacional de Petrleo.
Os tipos de emulso fabricados no Brasil so classificados
da seguinte forma:
18
Disponvel em http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/folder_resolucoes/resolucoes_cnp/1988/rcnp%207%20-%201988.xml
-
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- Quanto ruptura: rpida (RR), mdia (RM) ou lenta (RL);
- Quanto faixa de viscosidade: (1) ou (2);
- Quanto carga inica do emulsificante: catinica (C).
Ruptura
Dissemos que as emulses so partculas dispersas de
CAP num meio aquoso, com a adio de agentes emulsificantes que
conferem estabilidade emulso.
A ruptura se refere justamente quebra do equilbrio da
emulso pelo seu contato com o agregado.
Melhor explicando, quando a emulso misturada com o
agregado, quimicamente, ocorre o rompimento da pelcula que
envolve as partculas de asfalto.
Esse rompimento possibilita novamente a unio entre as
partculas de asfalto. O resultado dessa ruptura, ento, que os
agregados ficaro recobertos, apenas, pela pelcula de asfalto.
Visualmente essa ruptura perceptvel, j que a emulso
apresenta uma colorao marrom, e aps o rompimento, uma
colorao preta, caracterstica do asfalto residual.
Amostra de emulso asfltica, de colorao marrom.
-
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Desse modo, a velocidade pela qual ocorre essa ruptura
considerada na classificao das emulses: RR, RM ou RL.
Faixa de Viscosidade
As emulses do tipo (1), como o RR-1C, possuem uma
menor viscosidade em relao s emulses do tipo (2), como o RR-
2C.
Como exemplo, as especificaes brasileiras estabelecem
que a viscosidade Saybolt-Furol da emulso RR-1C, a 50C, deve
estar entre 20 e 90 SSF. J a emulso RR-2C, a viscosidade deve
estar entre 100 e 400 SSF.
A utilizao de emulses do tipo (1) ou (2) depende do
servio a ser executado, como veremos mais adiante nesta aula.
Carga Inica
A carga inica est ligada ao agente emulsificante
utilizado na fabricao da emulso. As emulses catinicas, por
exemplo, so fabricados a partir de agentes do tipo amina.
Justamente essas emulses que so produzidas no
Brasil, por apresentar um melhor desempenho nos servios de
pavimentao.
A carga inica est ligada tambm adesividade da
emulso ao agregado a ser envolvido. desejvel que se tenha uma
boa adesividade entre ambos, de modo a promover uma melhor
cobertura do asfalto residual sobre o agregado.
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Assim, as emulses catinicas apresentam melhor
adesividade aos agregados cujas cargas eltricas superficiais so
eletronegativas, tais como os arenitos e granitos. J as aninicas
apresentam melhor adesividade aos agregados do tipo eletropositivo,
de natureza calcria.
Utilizao
As emulses asflticas so utilizadas em diversos servios
de obras rodovirias, falaremos um pouco mais sobre os principais
servios.
Pintura de Ligao
Esse servio consiste na aplicao uniforme de emulso
asfltica, com o objetivo de promover a aderncia entre a camada de
base e o revestimento asfltico, ou entre camadas asflticas, sendo
desejvel que a ruptura da emulso ocorra de forma rpida nesse
servio.
Sendo assim, a norma no DNIT ES-145/201019 determina
que para esse servio seja utilizada a emulso asfltica do tipo RR-
1C, em razo da facilidade de aplicao (menos viscosa), alm de
proporcionar um menor custo de execuo, j que o preo de
aquisio desse insumo menor que o da emulso RR-2C.
Apesar disso, algumas normas estaduais ainda admitem a
utilizao da emulso RR-2C.
Como se trata de uma emulso de ruptura rpida, o
rompimento desse ligante ocorre em, no mximo, 20 minutos aps a
aplicao, em boas condies climticas.
19
Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT145_2010_ES.pdf
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Tratamentos Superficiais
O tratamento superficial um revestimento que consiste
na aplicao de ligantes asflticos e agregados, submetido
compresso.
O ligante asfltico utilizado nesse servio comumente a
emulso de ruptura rpida RR-2C, conforme indicam as normas do
DNIT ES-146/201020, 147/201021 e 148/201022. Outro tipo de ligante
que pode ser utilizado, de acordo com a mesma norma, o CAP 150-
200, apesar de no ser usual.
Alm disso, algumas normas regionais ainda admitem a
utilizao da emulso RR-1C.
Pessoal, citamos os principais exemplos de utilizao das
emulses asflticas em obras rodovirias. De fato, so materiais
bastante utilizados em diversos servios de pavimentao. A tabela
abaixo exemplifica bem isso:
Servio Emulso Asfltica
recomendada (DNIT)
Pintura de Ligao RR-1C
Tratamentos Superficiais RR-2C
Macadame Betuminoso RR-2C
Pr-misturado a frio RM-1C, RM-2C e RL-1C
Lama Asfltica RL-1C
20
Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT146_2012-ES.pdf 21
Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT147_2012-ES.pdf 22
Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT148_2012-ES.pdf
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2. OS AGREGADOS
Pessoal, como dissemos anteriormente, as misturas
asflticas so constitudas de ligantes asflticos, agregados e outros
materiais de enchimento.
Pois bem, neste captulo falaremos sobre os agregados
utilizados em pavimentao.
Sua aplicao nas camadas de pavimento ampla. Pode ser
empregado tanto na camada de revestimento (pavimentos flexveis
ou rgidos) quanto nas camadas inferiores, como a base e a sub-
base.
Classificao
Vamos tratar agora da classificao dos agregados:
Quanto natureza
Agregados Naturais so constitudos de gros oriundos da alterao
das rochas pelos processos de intemperismo ou produzidos por
processos de britagem. Exemplos: pedregulhos, seixos, britas, areias,
etc.
Agregados Artificiais so aqueles em que os gros so produtos ou
subprodutos de processo industrial por transformao fsica e qumica
do material. Exemplos: escria de alto forno, argila calcinada, argila
expandida.
Quanto ao tamanho
Agregado Grado o material com dimenses superiores a
2,00mm, ou seja, fica retido na peneira n 10 (2,0 mm). Exemplos:
britas, cascalhos, seixos, etc.
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Agregado Mido o material com dimenses inferiores a 2,00mm e
superiores a 0,075mm, ou seja, passa na peneira n 10 (2,0 mm) e
fica retido na peneira n 200 (0,075 mm). Exemplos: p de pedra,
areia.
Agregado de enchimento ou material de enchimento o que passa
pelo menos 65% na peneira n 200 (0,075 mm). Exemplos: cal
extinta, cimento portland, etc.
O esquema abaixo facilita o entendimento:
Quanto distribuio dos gros
Graduao Densa aquela que apresenta distribuio contnua,
com material fino, suficiente para preencher os vazios entre os
agregados maiores, resultando numa densidade prxima mxima.
Graduao Aberta aquela que apresenta distribuio contnua,
mas com insuficincia de material fino (menor que 0,075mm) para
preencher os vazios entre as partculas maiores, resultando em um
maior volume de vazios.
Graduao Uniforme (tipo macadame) aquele que apresenta a
maioria de suas partculas com um mesmo tamanho, ou seja, de
granulometria uniforme, onde o dimetro mximo ,
aproximadamente, o dobro do dimetro mnimo.
2,00 mm 0,075 mm Agregado
Grado
Agregado
Mido Enchimento
mais que 65% (peneira 200) (peneira n10)
DIMENSES
-
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Pessoal, o grfico a seguir mostra o comportamento da curva
granulomtrica dos agregados densos, abertos, uniformes e
descontnuos:
Observem que para a graduao densa, existe uma
quantidade de 20% de material passante na peneira com abertura de
2mm, ou seja, existe uma quantidade boa de agregado mido capaz
de preencher os vazios gerados pelo agregado grado.
Para os agregados de graduao aberta, existe uma
quantidade de aproximadamente 4% de material passante na peneira
com abertura de 2mm, ou seja, existe uma pequena quantidade de
agregado mido, a qual no capaz de preencher os vazios do
agregado grado.
Quanto aos agregados de graduao uniforme,
observem que a faixa granulomtrica se concentra entre os dimetros
de 10mm e 30mm aproximadamente, tendo, portanto, a maioria dos
gros com tamanho dentro dessa faixa.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,01 0,1 1 10 100
Po
rce
nta
gem
pas
san
te %
Abertura das peneiras (mm)
Densa
Aberta
Uniforme
Descontnua
-
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A distribuio contnua se refere ao fato de o agregado
apresentar gros em todas as faixas granulomtricas. Pelo grfico,
isso pode ser visualizado (em graduao densa e aberta) por no
haver uma mudana na curvatura das respectivas linhas.
A distribuio descontnua pode ser caracterizada pela
pequena porcentagem de materiais com tamanho intermedirio,
havendo assim uma descontinuidade no tamanho dos gros dos
agregados. No grfico, a distribuio descontnua proporciona uma
mudana na curvatura da curva granulomtrica, como podemos
visualizar no grfico anterior.
Definio dos principais agregados
Pessoal, iremos tratar nesta aula das propriedades fsicas
dos principais agregados utilizados em pavimentao. Sendo assim,
a vo algumas definies importantes:
Pedra afeioada: pedra bruta, trabalhada para fins especficos.
Exemplo: pedra para caladas (paraleleppedos);
Pedra marroada: pedra bruta, fragmentada por meio de marro
(martelo de ferro), com dimenses que permitem o manuseio;
Pedra no marroada: pedra bruta, no trabalhada;
Brita: material resultante da britagem da pedra;
Brita classificada: a brita cuja granulometria atende a determinados
limites de dimetro
Brita corrida (ou bica corrida): brita obtida sem granulometria
definida;
Pedrisco: brita com dimetro entre 6,4mm e 2,00mm (portanto um
agregado grado);
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P de pedra: brita com partculas menores que 2,0mm (portanto um
agregado mido).
Propriedades Fsicas
Para garantir um bom desempenho no pavimento, os
agregados precisam atender a diversos requisitos.
Por meio das propriedades fsicas, podemos avaliar o
comportamento dos agregados, e analisar sua adequao para serem
utilizados em revestimentos ou em camadas inferiores como a base e
a sub-base do pavimento.
As propriedades fsicas requeridas dos agregados so:
granulometria, forma, absoro de gua, resistncia ao desgaste,
durabilidade, limpeza, adesividade, massa especfica aparente,
densidade real do gro e densidade aparente do gro.
Iremos discorrer, agora, sobre todas essas propriedades.
Granulometria
A granulometria do agregado representada por sua
curva granulomtrica (vimos anteriormente um exemplo dessa
curva).
Uma granulometria adequada assegura a estabilidade da
camada onde o agregado utilizado, da sua importncia. Essa
estabilidade est relacionada ao atrito entre os gros.
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O ensaio de granulometria, por meio do qual se obtm a
curva granulomtrica do agregado, normatizado pela norma DNER-
ME 083/98.23
Por exemplo, para os concretos asflticos, existem trs
faixas granulomtricas nas quais os agregados devem se enquadrar:
Faixa A, Faixa B e Faixa C, conforme o grfico a seguir. Nessas
faixas existem limites inferiores e superiores nas quais a
granulometria do agregado deve se enquadrar.
Como se pode visualizar no grfico, a faixa
granulomtrica A possui agregados maiores em comparao com as
demais faixas.
Outros conceitos importantes advm da granulometria:
Dimetro Mximo corresponde a abertura da menor peneira na qual
passam, no mnimo, 95% do material.
Dimetro Mnimo corresponde a abertura da maior peneira na qual
passam, no mximo 5% do material.
23
Disponvel em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME083-98.pdf
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,01 0,1 1 10 100
Po
rce
nta
gem
pas
san
te %
Abertura das peneiras (mm)
Faixa A
Faixa B
Faixa C
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Dimetro Efetivo (D10) o ponto caracterstico da curva
granulomtrica para medir a finura do solo, que corresponde ao
ponto onde 10% dos gros do solo possuem dimetro inferior a ele.
Coeficiente de Uniformidade representa a distribuio do tamanho
dos gros do solo. Valores prximos de 1 indicam curva
granulomtrica quase vertical, com os dimetros variando em um
intervalo pequeno, enquanto que, para valores maiores, a curva
granulomtrica ir se abatendo e aumentando o intervalo de variao
dos dimetros. A frmula dada por: Cu = D60 / D10, onde D10 o
dimetro efetivo, e D60 o ponto da curva onde 60% dos gros do
solo possuem dimetro inferior a ele.
Exemplo:
Pessoal, no exemplo acima, o dimetro onde 95% dos gros
passam de 8 mm. Assim, o dimetro mximo de 9,5 mm, que
corresponde menor peneira (3/8) de dimetro superior a 8 mm.
05
101520253035404550556065707580859095
100
0,01 0,1 1 10 100
Po
rce
nta
gem
pas
san
te %
Abertura das peneiras (mm)0,075 9,5
0,45
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J o dimetro onde 5% dos gros passam de 0,2 mm.
Assim, o dimetro mnimo de 0,075 mm, equivalente maior
peneira (n 200) de dimetro inferior a 0,2 mm.
Por fim, o dimetro efetivo de 0,45 mm que corresponde
ao percentual de 10% de material passando.
Segundo a norma DNIT 031/2006-ES, a faixa
granulomtrica a ser escolhida deve ser aquela cujo dimetro
mximo do agregado seja inferior a 2/3 da espessura da camada.
Assim, para uma camada de 4,5 cm, por exemplo, o dimetro
mximo do agregado dever ser de 30,0 mm.
Forma
A forma dos agregados influi diretamente na resistncia ao
cisalhamento das misturas asflticas.
Assim, para se obter uma melhor resistncia, desejvel
que os gros possuam formas cbicas e de arestas afiladas,
resultando assim num maior intertravamento dos gros.
Gros lamelares (em formato de lmina) ou alongados no
so desejveis. Vejam as fotos abaixo:
agregados cbicos (desejveis) agregados lamelares (indesejveis)
-
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Para se avaliar a forma dos gros, utilizado chamado o
ndice de forma, normatizado pela norma DNER-ME 086/94. Esse
ndice varia de 0 a 1, onde o valor 1 denota uma tima cubicidade, e
o valor 0 denota agregados lamelares.
Como exemplo, para os agregados utilizados em concretos
asflticos, o ndice de forma deve ser superior a 0,5, conforme
determina a norma DNIT 031/2006-ES. Tal ndice tambm exigido
para os tratamentos superficiais.
Absoro de gua
A absoro de gua a medida utilizada para avaliar a
porosidade dos agregados. O ensaio que possibilita a obteno da
porosidade a normatizado por meio da norma DNER-ME 081/98.
Basicamente, o ensaio consiste em submergir os agregados
no perodo de 24 horas e avaliar a quantidade absorvida de gua por
uma determinada massa de gros.
Tal avaliao torna-se importante, pois os agregados
porosos absorvem tambm os ligantes no caso dos revestimentos
asflticos. Desse modo, para agregados porosos existe a necessidade
de uma maior taxa de ligante em comparao aos agregados menos
porosos.
Apesar de a norma de concreto asfltico no estabelecer
regras para a porosidade dos agregados, no desejvel a utilizao
de agregados muito porosos em pavimentao.
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Resistncia ao desgaste
Os agregados utilizados em pavimentao devem tambm
possuir uma boa resistncia ao desgaste. O processo de fabricao
das misturas asflticas, bem como a ao do trfego de veculos
sobre as camadas mais superficiais revestimento asfltico,
demandam essa resistncia dos agregados.
Com o objetivo de avaliar o desgaste dos agregados
comumente utilizado o ensaio de abraso Los Angeles (DNER-ME
035/98). Para os agregados utilizados em camadas inferiores de sub-
base e base, tambm requerido determinado desempenho nesse
mesmo ensaio.
Basicamente, o ensaio de abraso Los Angeles consiste em
inserir, dentro do equipamento mostrado na foto abaixo, 5 kg do
agregado e esferas de ao normatizadas.
Equipamento para ensaio de abraso Los Angeles
O equipamento sofre diversas rotaes, de modo que os
agregados sofram um desgaste proporcionado pelo contato com as
esferas.
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Por meio da avaliao da massa de agregados retidos na
peneira n 12 (1,7mm) antes e depois das rotaes, que se obtm
o ndice de abraso.
O ndice pode variar de 0 a 100%. Dessa forma, o ndice
zero representa agregados muito duros e extremamente resistentes
ao desgaste, indicando que houve nenhum desgaste aps o ensaio de
abraso. J o ndice 100% representa agregados muito sensveis ao
desgaste.
As normas do DNIT exigem ndices iguais ou inferiores a
50% para os agregados serem utilizados em pavimentao.
Entretanto, caso os agregados no atinjam esse
desempenho, possvel que sejam feitas novas avaliaes para que
se possa decidir, em definitivo, pela adequabilidade do agregado
quanto resistncia ao desgaste. Para o caso dos agregados de
misturas asflticas, h o ensaio normatizado em DNER-ME 401/99
determinao do ndice de degradao de rochas aps compactao
Marshall, com ligante IDML e sem ligante - IDM.
J para os agregados utilizados em camadas inferiores de
base e sub-base, e tambm para os agregados de misturas asflticas
admitida a utilizao de agregados com ndice de abraso superior
a 50% no caso de em utilizao anterior o agregado tiver
comprovado desempenho satisfatrio.
Pessoal, fiquem atentos a esses detalhes!
Durabilidade
Os agregados utilizados em pavimentao tambm sofrem
com a ao do meio ambiente ao longo de sua vida til.
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Assim, com o objetivo de avaliar a durabilidade dos
agregados, existe um ensaio normatizado que avalia o
comportamento do agregado submetido a solues padronizadas de
sulfato de sdio ou de magnsio (DNER ME-089/94).
Basicamente, o ensaio consiste em imergir nessa soluo
uma determinada quantidade de agregados, por cinco vezes com
durao de 16 a 18 horas cada ciclo. A perda de massa dos
agregados decorrente dessas imerses deve ser inferior a 12% para o
caso dos agregados utilizados em misturas asflticas.
Para os agregados usados em camadas inferiores, a
tolerncia chega a ser de 20% para a soluo em sulfato de sdio.
Limpeza
Os agregados para serem usados na pavimentao asfltica
devem ser isentos de substncias nocivas, tais como argila, matria
orgnica, vegetao, etc. Tais exigncias caracterizam, assim, a
limpeza do agregado.
No caso dos agregados midos, existe um ensaio em que
possvel avaliar o percentual de impurezas. Trata-se do ensaio de
equivalente de areia (DNER-ME 054/97).
Basicamente, tal ensaio consiste em obter uma amostra
com gros inferiores a 4,8 mm e inseri-la em uma soluo
padronizada de cloreto de clcio, glicerina e formaldedo dentro de
uma proveta. Aps 20 minutos em repouso, a soluo contendo o
agregado agitada, e, aps isso, aguarda novamente em repouso
por mais 20 minutos.
O resultado pode ser demonstrado na figura a seguir:
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O equivalente de areia obtido a partir da relao entre a
altura, na proveta, dos agregados, e a altura das impurezas.
Desse modo, quanto maior for o resultado dessa relao,
maior ser a quantidade de agregados em comparao a quantidade
de argila (impurezas) nos agregados, correto? Portanto, desejvel
que o equivalente de areia seja o maior possvel.
As normas de pavimentao exigem que o equivalente de
areia para os agregados seja de, no mnimo, 55%.
Adesividade
desejvel que os agregados possuam uma boa
adesividade com os ligantes asflticos. Essa propriedade no deve ser
afetada na presena de gua, o que comprometeria a utilizao do
agregado e o desempenho do pavimento.
A fim de verificar o desempenho do agregado quanto
adesividade, foi normatizado o ensaio DNER-ME 078/94.
Basicamente, o ensaio consiste em envolver uma amostra
de agregados ao ligante (CAP, emulso ou asfalto diludo).
Posteriormente, essa amostra imersa na gua no perodo de 72
horas.
Agregados
Argila (impurezas)
Soluo
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O resultado do ensaio considerado satisfatrio se o ligante
envolto no agregado no se deslocar. Caso contrrio, ser necessrio
acrescentar mistura asfltica algum melhorador de adesividade.
Podemos dividir esses melhoradores de adesividade em dois
grupos:
a) Slidos cal extinta, p calcrio, cimento portland;
b) Lquidos dopes.
Massa especfica aparente
A massa especfica se refere relao entre a massa e o
volume dos agregados, comumente conhecida como densidade.
Dentro desse conceito de massa especfica, existem trs grandezas
fundamentais: massa especfica real, aparente e efetiva.
Os conceitos de massa especfica real e efetiva sero
apresentados posteriormente quando iremos falar dos solos. Por
agora, nos ateremos massa especfica aparente.
Por definio, a massa especfica aparente a relao entre
a massa do agregado seco e seu volume, incluindo-se os vazios
permeveis.
O volume representado pela linha pontilhada
Nesses vazios a gua fica retida mesmo no caso de a
superfcie do agregado estar seca.
Vazios
permeveis
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Para os agregados grados, a massa especfica seca
obtida conforme a norma DNER-ME 195/97. Para os agregados
midos, conforme a norma DNER-ME 194/98.
Pessoal, vimos neste captulo as principais propriedades fsicas dos
agregados. Agora vamos falar sobre o ltimo captulo na nossa aula
de hoje!
3. SOLOS
Segundo o DNIT, no mbito da engenharia rodoviria, o solo
definido como todo tipo de material orgnico ou inorgnico,
inconsolidado ou parcialmente cimentado, encontrado na superfcie
da terra. Em outras palavras, solo representa qualquer material que
possa ser escavado.
Descrio dos solos
Como vimos, a definio de solos bastante genrica, desse
modo, faz-se necessrio classific-los de acordo com as suas
propriedades fsicas principais.
A classificao mais comum se refere composio
granulomtrica, onde os solos so classificados da seguinte forma:
Pedregulho: frao do solo que passa na peneira de 3 e retida na
peneira de 2,00 mm (n 10);
Areia: frao do solo compreendida entre as peneiras de 2,00 mm
(n 10) e retida na peneira de 0,075 mm (n 200);
Areia Grossa: frao do solo compreendida entre as peneiras de
2,00 mm (n 10) e de 0,42 mm (n 40);
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Areia fina: frao do solo compreendida entre as peneiras de 0,42
mm (n 40) e de 0,075 mm (n 200);
Silte: frao do solo com tamanho dos gros compreendido entre
0,075 mm (peneira n 200) e 0,005 mm;
Argila: frao do solo com tamanho dos gros abaixo de 0,005 mm.
Podemos agregar essa classificao anterior em trs grupos, com
caractersticas bem definidas:
Areias e Pedregulhos (solos de comportamento arenoso): possuem
granulao grossa, e gros constitudos principalmente de quartzo
(slica pura). Seu comportamento pouco varia com a quantidade de
gua que envolve os gros. So solos praticamente desprovidos de
coeso. Sua resistncia deformao est atrelada ao entrosamento
e atrito entre os gros.
Silte: solos intermedirios, podendo apresentar comportamento
tendendo ao arenoso ou ao argiloso, a depender da sua distribuio
granulomtrica, da forma e da mineralogia dos gros.
Argilas (solos com comportamento argiloso): possuem granulao
fina, com gros lamelares, alongados e tubulares, com elevada
superfcie especfica. Sua constituio de minerais arglicos. O
comportamento varia sensivelmente com a quantidade de gua que
envolve os gros. So solos coesivos. A coeso varia conforme a
umidade, sendo maior em argilas mais secas.
Pessoal, agora que j tiramos o essencial das definies mais
importantes de solos, vamos s propriedades fsicas e mecnicas dos
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solos! O que veremos a partir de agora possui grande incidncia em
questes de concursos!
Propriedades Fsicas e Mecnicas
As propriedades fsicas e mecnicas que iremos tratar aqui
so: permeabilidade, capilaridade, compressibilidade, elasticidade,
contratilidade e expansibilidade, e resistncia ao cisalhamento.
Normalmente, as questes de prova tem cobrado cada vez menos
conhecimento com base na decoreba, e mais em termos de
raciocnio. Nessa linha que pretendo apresentar essas propriedades
dos solos, ok?
Permeabilidade
A permeabilidade uma propriedade que os solos
apresentam ao permitir a passagem de gua sob a ao da gravidade
ou de presso. A permeabilidade de um solo medida pelo valor de
seu coeficiente de permeabilidade (k). Esse coeficiente representa a
velocidade de escoamento atravs da massa do solo, sob a ao de
um gradiente hidrulico.
Desse modo, quanto maior o ndice de vazios de um solo,
maior ser a velocidade de escoamento da gua, e, portanto, maior
ser seu coeficiente de permeabilidade.
Numa comparao entre os solos arenosos e os argilosos,
aqueles possuem uma maior permeabilidade, e numa comparao
entre solos arenosos de graduao aberta e densa, esses possuem
uma menor permeabilidade.
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Capilaridade
a propriedade que os solos apresentam de poder absorver
gua por ao da tenso superficial, inclusive opondo-se fora da
gravidade.
Pessoal, nesse caso, o raciocnio inverso ao da
permeabilidade. Nos solos com um maior nmero de vazios,
predomina a ao da gravidade, tornando mais dificultosa a
capilaridade dentro de um solo.
O mesmo raciocnio pode ser feito com relao
capilaridade em funo do tamanho das partculas de um solo. Solos
de partculas menores, como as argilas, possuem elevada superfcie
especfica e um pequeno ndice de vazios, portanto tem uma
capacidade maior de capilaridade em relao aos solos arenosos.
Explicando de uma forma mais simples, a capilaridade
ocorre porque as molculas de gua se agarram superfcie das
partculas de solo.
Compressibilidade
a propriedade que os solos apresentam de se deformar,
com diminuio de volume, sob a ao de uma fora de compresso.
A compressibilidade se refere quando da compactao de
solos no saturados, e tambm quando do adensamento de solos
saturados. No caso da compactao, a reduo de vazios se d
custa da expulso de ar, enquanto no adensamento, pela expulso de
gua. Ambos esses casos se referem, portanto, propriedade
compressvel dos solos.
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Importante destacar que o adensamento de um solo
saturado funo de sua permeabilidade. Solos permeveis, como os
arenosos, tem uma facilidade maior de escoar (e expulsar) a gua.
Essa facilidade, em contrapartida, no se encontra em solos
pouco permeveis, como os argilosos.
Elasticidade
A elasticidade a propriedade que os solos apresentam de
recuperar a forma original, aps cessado um esforo que os
deformem.
desejvel que os solos aplicados em pavimentao,
quando submetidos ao do trfego, recuperem-se quase
completamente das deformaes (elsticos). Por exemplo, a cada
ao do trfego, h uma deformao do solo e uma recuperao da
forma original.
Entretanto, a repetio dessas deformaes elsticas, de
forma excessiva, resulta no fissuramento do pavimento.
Contratilidade e Expansibilidade
So propriedades tpicas das argilas. A contratilidade se
refere diminuio do volume do solo em razo da diminuio da
umidade. A expansibilidade o oposto, ou seja, o aumento de
volume do solo decorrente do aumento de umidade.
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Resistncia ao Cisalhamento
A resistncia ao cisalhamento dos solos definida como a
mxima presso de cisalhamento que o solo pode suportar sem
sofrer ruptura.
Tal resistncia tem fundamental importncia para evitar
problemas como escorregamentos de taludes naturais, de barragens,
de aterros sobre solos de baixa resistncia, entre outros.
Por exemplo, a figura a seguir ilustra um talude comumente
encontrado em obras rodovirias:
A superfcie curva representada por AB simboliza
superfcie por meio da qual ocorre o escorregamento do talude. Desse
modo, deve haver um equilbrio entre a resistncia ao cisalhamento e
o peso do macio a ser deslocado
Essa resistncia determinada em funo de dois
parmetros principais do solo: o atrito e a coeso.
O atrito representa a interao entre duas superfcies na
regio de contato. Quanto maior o atrito entre as superfcies,
naturalmente, menor a probabilidade de ocorrerem deslizamentos
entre essas superfcies.
A coeso uma caracterstica tpica dos solos argilosos,
onde ocorre uma ligao entre os gros que permite manter-se
coeso, com resistncia, mesmo sem a ocorrncia de presses
P
A
B
Resistncia ao Cisalhamento
-
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externas ao solo. Como vimos anteriormente, as areias e pedregulhos
no possuem essa coeso.
Desse modo, a resistncia ao cisalhamento representada
pela seguinte frmula:
= . tan +
Onde C representa a coeso dos solos, a presso efetiva
normal ao plano de ruptura, e representa o ngulo de atrito interno
do solo.
Graficamente pode ser apresentado da seguinte forma:
Caracterizao dos Solos
Nem todo tipo de solo pode ser empregado em
pavimentao rodoviria, preciso que o solo tenha determinadas
caractersticas que garantam o desempenho esperado, em termos de
resistncia e durabilidade.
Iremos ver a partir de agora, quais so as caractersticas
esperadas dos solos utilizados em pavimentao.
Granulometria
C
T
-
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Assim como os agregados, a granulometria dos solos torna-
se importante para caracterizar os solos. Vimos anteriormente que a
descrio dos solos (areia, argila, silte, etc) feita com base no
tamanho dos gros.
Para os solos, a anlise granulomtrica tambm feita por
peneiramento, segundo a metodologia estabelecida na norma DNER-
ME 080/94.
Entretanto, a anlise por peneiramento possvel ser feita
apenas para partculas de dimetro superior a 0,075mm (equivalente
peneira n 200). Para os solos com dimetro menor que 0,075 mm
utiliza-se o mtodo de sedimentao (DNER-ME 051/94).
Esse mtodo de sedimentao estabelece o dimetro das
partculas a partir da velocidade de sedimentao em um lquido de
viscosidade e peso especfico conhecidos.
O resultado, da mesma forma que os agregados, a
apresentao da curva granulomtrica dos solos.
Para demonstrar como a granulometria uma caracterstica
exigvel dos solos utilizados em pavimentao, tomemos o exemplo
dos solos empregados na base do pavimento. exigido do solo o
enquadramento em determinadas faixas granulomtricas, as quais
garantem uma estabilidade do solo, conforme a figura a seguir,
segundo a norma DNIT 141/2010-ES.
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Faixas granulomtricas exigidas para a camada de base em rodovias
com trfego elevado.
Todavia, no caso de o solo no se enquadrar em nenhuma
das faixas granulomtricas, ser necessrio mistur-lo com outro
solo, de modo a garantir a estabilidade granulomtrica da camada de
base.
Vale destacar que a exigncia da faixa granulomtrica no
se estende a todos os servios de uma obra rodoviria. Para o
subleito das rodovias, por exemplo, no so feitas quaisquer
exigncias quanto a essa caracterstica.
Limites de Consistncia
Por meio da caracterizao dos limites de consistncia,
podemos avaliar a plasticidade dos solos. A plasticidade uma
propriedade caracterstica das argilas, e consiste na capacidade de
ser moldado sem variao de volume, sob certas condies de
umidade.
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10
20
30
40
50
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0,01 0,1 1 10 100
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Abertura das peneiras (mm)
Faixa A
Faixa B
Faixa C
Faixa D
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Com o objetivo de delimitar a umidade na qual o solo
apresenta essa condio plstica, existem dois valores a serem
conhecidos: o limite de liquidez e o limite de plasticidade.
Limite de Liquidez
Os solos muito midos apresentam certa fluidez, quando
dizemos que esses solos se encontram em estado lquido.
Quando ocorre a perda de umidade desse solo, ele passa
para o estado plstico. A umidade equivalente ao limite entre o
estado lquido e plstico denominada limite de liquidez, ou LL.
Quanto maior a capacidade do em absorver a gua sem
entrar no estado lquido, maior ser o limite de liquidez desse solo.
Limite de Plasticidade
Esse mesmo solo em estado plstico, ao perder umidade,
chega a apresentar certa desagregao quando trabalhado. Esse
estado chamado de semisslido. A umidade equivalente ao limite
entre os estados plstico e semisslido chamada de limite de
plasticidade, ou LP.
Desse modo, podemos visualizar da seguinte forma esses
limites de consistncia:
Umidade
Crescente
Estado
Lquido
LL LP
Estado
Plstico Estado
Semisslido
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A diferena numrica entre o LL e o LP chamada de ndice
de plasticidade (IP). Esse ndice representa o intervalo de umidade
em que o solo se encontra no estado plstico. Ou seja, quanto maior
o IP, maior ser o intervalo onde o solo se encontrar em estado
plstico. Na prtica, dizemos que quanto maior o IP maior ser a
plasticidade do solo.
O IP tambm pode ser interpretado como a quantidade
mxima de gua a ser adicionada ao solo, de modo que ele passe do
estado plstico para o estado lquido.
Como a plasticidade uma caracterstica das argilas,
podemos dizer que o IP funo da quantidade de argila presente no
solo.
Sendo assim, em solos arenosos, sem a presena de argila,
o IP zero. Nesse caso, dizemos que o solo no plstico.
Ensaios
Limite de Liquidez
O limite de liquidez obtido de forma emprica por meio do
equipamento denominado aparelho de Casagrande. O ensaio
normatizado pela norma DNER-ME 122/9424.
24
Disponvel em http://www.youtube.com/watch?v=1N_jc014LH0
-
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Aparelho Casagrande
O ensaio consiste em inserir amostras de solo na concha do
aparelho com diferentes teores de umidade.
Para cada amostra, a espessura do solo na parte central
deve ser de 1cm. Aps isso feito uma canelura (abertura) na
amostra, com um cinzel padronizado.
Em seguida, iniciado o ensaio propriamente dito. A cada
giro da manivela a concha se eleva e desce tocando a base do
aparelho (esse ciclo chamado de golpe). O nmero de golpes do
aparelho contado at o momento em que as bordas do solo se
unam, numa extenso de 1 cm.
Normalmente so feitos ensaios com trs a cinco umidades
diferentes. Como resultado, tem-se o grfico umidade (%) x nmero
de golpes. De forma lgica, quanto maior a umidade do solo, menor
ser o nmero de golpes necessrios para unir as bordas.