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Elaboração do manual:Juliana Borel

Jornalista formada pela UniverCidade eassistente editorial na Casa Lygia Bojunga

Título As três MariasPáginas 256Autora Rachel de QueirozIdioma Língua Portuguesa Categoria 2Temas “Sociedade, política e cidadania”;

“Confl itos da adolescência”. Gênero literário RomanceInterdisciplinaridade Geografi a, História, Literatura

Romance: texto narrativo, de caráter imaginativo, constituído pelos elementos estruturadores: espaço, tempo, enredo, perso-nagens e narrador. Sua característica principal é a de recriar a realidade, interpretando-a; no entanto, essa recriação precisa respeitar a verossimilhança (coerência) interna da obra.

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Conversa com o professor

Caro professor, você está recebendo As três Marias, publicado por Rachel de Queiroz, em 1939. A narrativa, em primeira pes-soa, transporta facilmente o leitor para dentro do universo vivi-do pelas amigas Maria José, Maria da Glória e Maria Augusta.

As Marias se conhecem em um internato e convivem da adolescência à vida adulta, passando por dilemas, experiências e desilusões que envolvem o crescimento, as descobertas e as imposições da sociedade, principalmente, à mulher.

O livro é uma excelente oportunidade para trabalhar com os alunos esses temas e ainda outros como feminismo, pers-pectivas de futuro e construção de identidade.

As três Marias possibilita o desenvolvimento de atividades enriquecedoras que ajudarão no aprimoramento dos alunos não só como leitores, mas como indivíduos pensantes e capazes de elaborar suas próprias questões.

Mãos à obra e bom trabalho!


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Quem escreveu a história

Rachel de Queiroz nasceu em 17 de novembro de 1910, em Fortaleza, Ceará. Chegou ao Rio de Janeiro com a família em 1917, fugindo da seca que assolava sua terra natal. Pouco depois, seguiram para Belém do Pará, onde ficaram por dois anos. Aos 9 anos, de volta à Fortaleza, ingressou no Colégio da Imaculada Conceição, onde fez o curso normal, e, em 1925, se formou.

Em 1927, com o pseudônimo de Rita de Queirós, começou a publicar no jornal O Ceará, tornando-se redatora efetiva. Seu primeiro romance, O Quinze, veio alguns anos depois, em 1930, tratando da luta de um povo para sobreviver em meio à seca e à miséria. O livro foi premiado pela Fundação Graça Aranha e teve grande repercussão. Com apenas 20 anos, en-tão, Rachel despontava no cenário literário do país com uma narrativa realista e de fundo social.

Sua carreira dividiu-se entre crônicas (foram mais de 2 mil), contos, romances, teatro e traduções (traduziu cerca de quarenta obras para o português).


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Publicou João Miguel (1932), Caminho de pedras (1937) e As três Marias (1939), que conquistou o prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira. Em 1950, publicou em folhetins, na revista O Cruzeiro, o romance O galo de ouro.

No teatro, a autora marcou presença com as peças Lampião (1953) e A Beata Maria do Egito (1958), pela qual recebeu o prêmio de teatro do Instituto Nacional do Livro. Para a tele-visão, escreveu O padrezinho santo.

Aventurou-se também pela literatura infantil escrevendo os livros O menino mágico (1967), Cafute e Pena-de-Prata (1986), com ilustrações de Ziraldo, e Andira (1992).

Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a integrar a Aca-demia Brasileira de Letras (ABL), eleita em 4 de agosto de 1977. Faleceu no dia 4 de novembro de 2003, aos 92 anos.


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Mergulho no livro

As personagens de As três Marias revelam uma profundida-de singular. São ao mesmo tempo simples — pessoas com as quais nos identificamos ou que podemos conhecer — e também complexas — personagens com características que somente um bom escritor consegue evidenciar por meio de sua construção narrativa.

Com olhar sensível e feminino, Rachel de Queiroz explora e potencializa sutilezas e estranhezas de pessoas, criando cená-rios cheios de vivacidade e verossimilhança. O leitor mergulha com facilidade em sua narrativa, acreditando e se envolvendo, com paixão, nos dilemas de cada personagem.

A autora apresenta ao leitor situações comuns à vida de qualquer pessoa, das mais corriqueiras (amizades verdadeiras, traquinagens de escola, autoritarismo de professores e supe-riores) às mais marcantes (perdas, desilusões, construção de identidade, imposições e pressões da sociedade).


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As três Marias do título — Maria José, Maria da Glória e Maria Augusta, a Guta, protagonista que narra em primeira pessoa — se conhecem em um austero internato só para me-ninas, comandado por freiras. Embora tenham características comuns a adolescentes de suas idades (o sonho de um grande amor, o desejo de viver aventuras etc.), as três têm personali-dades bem distintas, que vão se solidificando e se mostrando ao longo da narrativa.

Guta representa a transgressão e a vontade de fazer diferen-te do que a família e a sociedade esperam dela. Vinda do sertão, sua mãe, jovem cheia de vida e ousadia, morre de uma doença desconhecida quando Guta tem apenas 7 anos. Seu pai casa-se então com uma mulher muito boa, mas severa, que tem por objetivo tornar Maria Augusta uma moça casadoira exemplar.

Maria José representa a força da religião. Seu pai se apaixo-na por outra mulher e abandona a família, deixando sua mãe desgostosa e revivendo cotidianamente o drama da rejeição. Maria José, então, agarra-se à fé e à religião.

Já Maria da Glória simboliza as tradições da época. Sua mãe morre no parto, e ela é criada com zelo e carinho pelo pai. Ao perdê-lo, Glória passa a se vestir de preto, carregando nos bra-ços um violino, e a encarnar a aristocracia na tragédia (p. 28).

Repare como este breve perfil de cada Maria já nos possibili-ta levantar muitas reflexões. Todas sofreram perdas, cada uma a seu modo (a primeira perde a mãe, a segunda perde o pai, a terceira perde os dois). Aproveitar que o livro aborda o tema e falar sobre o assunto (morte/abandono) é de fundamental


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importância para que os alunos possam refletir e amadurecer a ideia da perda.

O internato, ambiente em que se passa o início da história, também pode ser analisado. A descrição do colégio como “uma cidadela”, cercado e fechado de “muros altos” com “pátios quadrados”, “numa quietude mourisca de claustro” (p. 35), nos passa a impressão de um local grande e austero. Se, de um lado, estão as pensionistas em seus belos uniformes de seda, aprendendo a se tornarem moças de família (esposas e mães), de outro temos o orfanato (que fica dentro da escola), em que meninas vestem “xadrez humilde”, aprendem a trabalhar, coser e tecer rendas que as pensionistas vestirão mais tarde em seus casamentos, denunciando a segregação social.

“Só as víamos juntas na capela, alinhadas nos seus bancos do outro lado do corredor, quietinhas e de vista baixa, porque as regras que lhes exigiam modéstia, humildade e silêncio eram ainda mais severas do que as nossas” (p. 35-36). A passagem traz a oportunidade de debater as diferenças de classe, além de levantar reflexões sobre privilégios sociais. Existem? O que são? O que caracteriza alguém como um privilegiado social? Hoje em dia há uma extensa discussão sobre o assunto.

Em contrapartida, as personagens do orfanato trazem também a oposição à vida de regras e imposições sofridas pelas pensionistas. Jandira, filha de uma mulher da vida; Hosana e sua amizade passional com Maria José; e a sardenta de cabelos vermelhos, com sua história sangrenta, simbolizam a liberdade, a rua e os perigos que, em vez de repugnarem as pensionistas, exercem uma forte atração sobre elas.


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É por meio dessas personagens que podemos notar o colégio como um universo de personalidades femininas dos mais diferentes tipos, cheias de complexidades, um organismo vivo e multifacetado, em contraponto à aparência do universo educacional tradicional vivenciado pelas internas.

Os acontecimentos ali podem suscitar as mais diferentes questões e reflexões acerca do ambiente escolar: sua diversi-dade, as experiências vividas e sofridas dentro dele, o amparo ou desamparo de professores e diretores. Explorar isso com os alunos será de grande valia para seu trabalho.

Depois que as três Marias se formam na escola, vemos o de-senvolvimento delas como mulheres adultas. Acompanhando os acontecimentos da vida dessas personagens, encontramos temas mais profundos e pertinentes para serem levantados em sala de aula.

Maria da Glória, que representa mais fortemente as tradi-ções, logo arruma um namorado bacharel com quem se casa. Sua imagem simboliza um protótipo de felicidade, a “única” que deveria ser almejada e desejada pelas mulheres naquela época. Será que isso mudou nos dias atuais? Sugerimos refletir com os alunos (meninos e meninas) sobre como o papel da mulher na sociedade já se transformou desde então e de que maneira pode continuar sendo ampliado e modificado.

Maria José adulta vai se agarrando cada vez mais à religião, representando o papel da grandeza da mulher virtuosa e sofre-dora. Seria esta uma outra característica esperada da mulher na sociedade ainda hoje? Aquela que está pronta a cuidar do


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outro, que sofre e não reclama, que tem sempre um instinto maternal? Será essa ainda a visão que se tem da mulher?

Maria Augusta tem uma intensa vontade de viver um gran-de amor e se ocupar da própria vida, por isso sai da casa dos pais e vai morar com Maria José: “E parecia-me que a felicidade começava. Viver sozinha, viver de mim, viver por mim, livrar--me da família, livrar-me das raízes, ser só, ser livre!” (p. 92). Porém, o entusiasmo com esta vida totalmente independente logo vira tédio. Ainda latejava em Guta um desejo intenso de viver, de conhecer o mundo, uma ideia um pouco literária, vinda dos livros que costumava ler.

É nesse momento que a personagem conhece Raul, um homem mais velho, artista, casado e sedutor, com quem passa a ter uma relação proibida. Vive então sua primeira decepção, uma vez que Raul lhe diz que só a quer como amante. Este relacionamento é uma excelente oportunidade de levantar questões sobre a objetificação da mulher, sobre relacionamen-tos tóxicos (o que são? O que caracteriza um relacionamento deste tipo? Como se livrar e a quem pedir ajuda?).

Por meio do personagem de Aloísio, amigo de Guta apaixo-nado por ela, podemos abordar o suicídio e suas consequências. Ao tomar pastilhas soníferas para se matar, dando como razão o amor não correspondido da amiga, o personagem abre uma porta importante para se falar sobre o tema. Guta é vista pela sociedade como a grande culpada do ato de Aloísio, refletindo um pensamento ainda muito atual: a mulher como culpada do mal que a cerca ou que lhe acontece. Aloísio nunca tinha


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revelado seu amor a Guta e ela é pega de surpresa tanto quanto os outros sobre o suicídio do amigo. Por que ela seria culpada? Por que esperavam dela um comportamento de viúva?

A pressão das pessoas ao redor de Guta acaba gerando de-pressão e abatimento. Para fugir um pouco, faz uma viagem ao Rio de Janeiro, onde conhece Isaac, por quem se apaixona perdidamente. Os dois têm uma intensa conexão e Guta se sente segura para ter sua primeira relação sexual. No entanto, precisa voltar para sua cidade e os dois se separam.

A nova decepção (mais uma vez a perda do afeto que deseja) se torna ainda mais grave quando a jovem sofre um aborto espontâneo. Assim, marcada por mágoas, tristezas e desilu-sões que jamais sonhara ter um dia, nos seus idos tempos de colégio interno, Guta toma um trem e retorna à casa dos pais.

Podemos entender As três Marias como um romance fe-minista (embora a escritora preferisse não usar este rótulo), que expressa a força da mulher mesmo quando ela passa por situações desagradáveis em que o homem é, aparentemente, o mais forte.

O penumbroso Isaac, o tímido suicida, o próprio pintor (...). E para engrandecer o pai de Maria da Glória, a romancista o amansa desagradavelmente, fazendo ele permitir que a filha o chame de “mãe”. (...) São homens fortemente incapa-zes, figuras de... vingança, entre mulheres nítidas. (p. 228)


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Pré-leitura

Professor, para o trabalho com As três Marias, você poderá:

1) sugerir/solicitar uma pesquisa sobre a vida e a obra de Rachel de Queiroz. Você poderá combinar com os alunos, antecipadamente, alguns tópicos ou temas;

2) pedir que descrevam o ambiente escolar. Que tal pedir para que escrevam um perfil dos melhores amigos?

3) pedir aos alunos uma leitura prévia de outros contos ou textos de Rachel. Isso poderá ser compartilhado em roda ou em um mural da escola;

4) sugerir a leitura do discurso proferido por Rachel de Queiroz ao tomar posse na Academia Brasileira de Le-tras. Ela fala sobre seu primeiro contato com a poesia, aspectos de sua vida e muito mais;

5) fazer uma lista de títulos ou estimular os alunos a compartilharem livros que já tenham lido e que falem sobre a condição feminina na sociedade.


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Propostas de atividades

Professor, neste espaço, há propostas de atividades que podem ser usadas na escola, ampliando, dessa forma, ainda mais a relação dos estudantes com a leitura e com os conhecimentos linguísticos, literários e estilísticos. A seu critério, as atividades poderão ser de-senvolvidas em grupos, duplas ou individualmente pelos alunos:

1) traçar o perfil resumido de cada Maria, evidenciando as características em comum e as que as diferem;

2) que tal convidar mulheres e homens que tenham es-tudado em colégio interno para irem à escola e contar suas experiências?

3) solicitar uma pesquisa sobre a luta feminina pelo voto, por direitos iguais e pela entrada no mercado de trabalho;

4) solicitar uma linha do tempo, até os dias atuais, que mostre os progressos da emancipação feminina;


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5) solicitar que escrevam redações com diferentes temas conexos aos do livro;

6) pedir aos estudantes para dramatizarem algumas partes da história e contextualizarem com o momento atual, com roupas, acessórios e cenários. Convidar a comunidade para participar (famílias, vizinhos, fun-cionários);

7) fazer uma leitura dramatizada do romance, incluindo a participação de todos os alunos, na atuação, monta-gem, produção, ensaios etc.;

8) produzir resenhas do livro (resumos críticos, com co-mentários sobre a linguagem e as temáticas abordadas);

9) solicitar aos alunos que recriem as partes da história que mais chamaram a atenção deles: as recriações dos trechos podem ser na forma de um poema, um texto em cordel, uma ilustração, uma colagem;

10) desenvolver, em grupos, uma entrevista ficcional com Rachel de Queiroz, a partir de dados da cronologia, do prefácio e das informações encontradas no livro;

11) transformar algumas partes do livro em poesia de cordel. Depois, vocês podem musicar alguns tex-tos e montar uma apresentação oral ou até mesmo gravar e montar pequenos vídeos a serem exibidos coletivamente;

12) discutir a diferença entre gêneros textuais (romance, conto, crônicas etc.). O que caracteriza cada expressão de texto dessas? Qual a diferença entre eles?;


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13) pesquisar outros autores que exploram o sertão, o Nor-deste, o universo feminino e outras temáticas encon-tradas no livro. Que tal uma apresentação oral sobre os elementos em comum e aspectos que diferenciam um autor do outro?;

14) criar diálogos novos entre os personagens do livro que mais chamaram a atenção dos alunos;

15) que tal pedir para que transformem a história, ou parte dela, em história em quadrinhos?;

16) pesquisar aspectos da cultura (gastronomia, arte etc.) e da natureza (paisagens, clima etc.) de Fortaleza e do Rio de Janeiro (cidades que aparecem no livro);

17) pesquisar roupas, costumes e músicas da época em que o livro foi lançado. A atividade ajudará a contex-tualizar o livro;

18) escolher um personagem e escrever uma carta para ele, dando conselhos ou emitindo opiniões.


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Pós-leitura

Para dar continuidade ao trabalho sobre os temas encontrados no livro de Rachel de Queiroz, você pode apresentar em sala filmes, livros e canções que abordem as mesmas questões.

Algumas indicações de filmes que também tratam do universo feminino na sociedade são As sufragistas (2015, classificação 14 anos) e O sorriso de Mona Lisa (2003, classi-ficação 12 anos).

Entre os livros que podem ser lidos e que abordem a vivên-cia em internatos ou os conflitos do amadurecimento, estão O Ateneu, de Raul Pompeia, e David Copperfield, de Charles Dickens.

Você pode ainda apresentar canções antigas, que reflitam um pensamento machista sobre que lugar a mulher deveria ocupar na sociedade, e contrapor com músicas que mostrem o ponto de vista atual sobre o papel da mulher. “Emília”, de Wilson das Neves (Quero uma mulher que saiba lavar e cozinhar / Que de


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manhã cedo me acorde na hora de trabalhar) e “Amélia”, de Mário Lago (Amélia não tinha a menor vaidade / Amélia é que era mulher de verdade) podem ser comparadas a “1º de julho”, de Renato Russo (Sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina / Mas sou minha, só minha e não de quem qui-ser) e “Pagu”, de Rita Lee (Porque nem toda feiticeira é corcunda / Nem toda brasileira é bunda / Meu peito não é de silicone / Sou mais macho que muito homem).


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Interdisciplinaridade

O livro de Rachel de Queiroz, além de ser uma porta de entra-da para a leitura de sua magnífica obra, pode ser associado e trabalhado nas disciplinas de História, Geografia e Literatura.

A interdisciplinaridade, uma das propostas apresentadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), tem por objetivo tornar o aprendizado dos alunos ainda mais amplo e abrangente por meio de uma interação feita entre diferentes disciplinas. A superação do ensino fragmentado possibilita a criação de um saber crítico-reflexivo, aumentando a capaci-dade de compreensão da realidade.

As três Marias apresenta informações complementares que podem servir de base para um trabalho interdisciplinar. Isso porque possui aspectos relacionados à:

1. Literatura: suscitando o estudo sobre gêneros literário; 2. Geografia: ao expor dois estados diferentes (Ceará e

Rio de Janeiro), podendo levantar estudos e pesquisas sobre


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climas, vegetação, biomas, além de diferenças culturais de um estado para outro;

3. História: por ser de uma época anterior à dos alunos, a leitura do romance possibilita estudos e pesquisas sobre a sociedade do período, o contexto político, a estrutura social da época e os costumes, além de questões históricas sobre a emancipação feminina.


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Para saber mais...

Bibliografia:

Para alunos e/ou professores:

DICKENS, Charles. David Copperfield. Tradução de José Rubens Siqueira; ensaios de Jerome H. Buckley, Sandra Guardini Vasconcelos e Virginia Woolf. São Paulo: Pen-guin Classics/Companhia das Letras, 2018.

POMPEIA, Raul. O Ateneu. 9 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993.

QUEIROZ, Rachel de. As três Marias. 28 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2018.


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Sites:

Academia Brasileira de Letras (ABL):

http://www.academia.org.br/academicos/rachel-de-queiroz/biografia

http://www.academia.org.br/academicos/rachel-de-queiroz/discurso-de-posse

Acesso em maio de 2018.

Portal E-biografia:

https://www.ebiografia.com/rachel_queiroz/ Acesso em maio de 2018.

Vídeos:

YouTubeRachel de Queiroz – Documentário (entrevista)https://www.youtube.com/watch?v=M93zWe4kbZQAcesso em maio de 2018.

Filmes (Atenção à classificação etária):As sufragistas (Sarah Gavron, 2015, Reino Unido). Classifica-

ção: 14 anos.O sorriso de Mona Lisa (Mike Newell, 2003, Estados Unidos).

Classificação: 12 anos.


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