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A adequação da arquitetura aos padrões sociais e culturais

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Page 1: Artigo

UnilesteMG – Arquitetura e Urbanismo.

Humanidades III – Amanda B. Machado.

Ianna Rolim Rodrigues

A adequação da arquitetura aos padrões sociais e culturais

Resumo: A arquitetura dispõe-se a mudar através dos tempos não só acompanhando

as evoluções tecnológicas e o criando a possibilidade de luxo, mas também ser

funcional e procurar a evolução que se adeque as necessidades sociais e culturais de

cada época.

Palavras chave: Noções de conforto, padrões de vida, adequação, arquitetura,

funcionalidade.

O desenvolvimento tecnológico, a viagem por diferentes continentes e a descobertas

de novas técnicas possibilitaram inúmeras evoluções na arquitetura. Essas evoluções

criaram necessidades culturais diferentes na sociedade, criando a possibilidade de

determinado “luxo”, que na realidade se adéqua mais a novas necessidades do que ao

luxo propriamente dito. Essas evoluções proporcionam uma reorganização no antigo

padrão urbano modificando noções de conforto e necessidade que buscam ser

resolvidos pela, em constante evolução, arquitetura.

A cidade, com o passar do tempo, busca adequar-se a novas noções de higiene,

salubridade e organização urbana. A fragmentação da cidade de acordo com as

funções vem na busca de uma melhor organização no padrão social e cultural que

agora necessita de uma área central para divisão comercial e social e uma área mais

familiar longe dos centros urbanos, mas não isolada.

Dentro da casa surge a necessidade de espaços bem divididos com a individualidade

de cada um, procurando ser especifico para exercer determinadas funções (quarto pra

dormir, sala para assistir televisão, etc.). Em um espaço onde antes não era possível

ter-se essa divisão e todas as atividades eram exercidas em um mesmo cômodo

agora a divisão adequada e essa nova noção de conforto trás novas possibilidades

para a moradia, tornando o espaço habitacional mais organizado.

O conforto esta ligado a costumes sociais e a cultura, as necessidades e o padrão de

vida de casa um, a casa deixa de ser apenas uma habitação comum para ser uma

maquina de morar. A habitação deixa de ser algo pré moldado para tornar-se algo

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criativo, pratico e funcional que atenda as necessidades e adeque-se ao padrão de

vida de seu morador. A casa passa a ser algo como uma roupa que você manda fazer,

ela é a sua medida, torna-se pessoal e vem para atender a suas necessidades. A casa

passa a ser levada em consideração de acordo com as tradições e não o ponto de

vista estilístico.

A arquitetura, com o passar dos séculos, aparece criando para a sociedade o que é

necessário seguindo o padrão modernismo onde “o mais é menos” e fazendo da casa

adequada para cada um. As construções arquitetônicas passam a serem moldadas

para o seu morador. Para uns ela é o abrigo ao fim do dia cansativo e serve apenas

para dormir, e para outros ela é um lugar para receber amigos e ainda há aqueles com

uma grande família que necessitam de um grande espaço. Ao contrario dos dois

últimos que necessitam de espaço (um para família e outro para receber os amigos) o

primeiro não necessita de uma casa grande ou de uma ampla sala de estar jantar se

para ele a casa é apenas para dormir.

Por mais que a busca por satisfazer essa necessidade de conforto dentro do ambiente

domestico pareça algo simples é ao mesmo tempo complexo, pois deve levar-se em,

conta diferentes fatores que satisfaçam as necessidades e padrões de vida. A

sensação de conforto tem a ver com cada individuo.

Busco então, através desse artigo, mostrar que a casa deixa de ser pré moldada para

passar a ser individualista e ter a identidade do seu usuário levando em consideração

ideias sobre conforto, bem-estar, o surgimento da domesticidade, noções culturais e

comportamento social nos levando a perceber a diferença da necessidade de conforto

nos ambientes através do tempo e o que define o conforto para cara individuo.

Embora alguns arquitetos modernistas criem o funcionalismo através da própria

construção e da não ornamentação acreditando que é “supérfluo” a obra arquitetônica

busca atender as necessidades e gostos do morador não seguindo um conceito geral

e buscando ser a identidade do mesmo.

Referências:

- RYBEZYNSKI, Witold. Casa: Pequena história de uma idéia.

- Aula Um – Introdução a noção de conforto.

- TUBÚRCIO, Isa Helena. A face pública da arquitetura ordinária; análise crítica da

arquitetura residencial recente de Belo Horizonte.

- MONTANER, Josep Maria. Depois do movimento moderno; arquitetura da segunda

metade do século XX