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Índice

03 . . . . . . . . . . Manual para coleta, herborização e inventário florístico

07 . . . . . . . . . . Material para coleta

10 . . . . . . . . . . Procedimento para a coleta

12 . . . . . . . . . . Processamento do material coletado

15 . . . . . . . . . . Montagem das exsicatas

17 . . . . . . . . . . Identificação botânica

19 . . . . . . . . . . Referências BibliográficasFoto

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Sobre a autora

Fernanda de Carvalho é Engenheira

Florestal formada pela Universidade

Federal de Viçosa. Continuou seus

estudos na Technische Universität

München, Alemanha, onde cursou

disciplinas do Mestrado em Manejo

de Recursos Sustentáveis com

ênfase em Silvicultura e Manejo da

Vida Selvagem.

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O inventário florístico é um estudo técnico que visa identificar as

espécies da flora ocorrentes em uma área e caracteriza e avalia o

estado de conservação da vegetação.

Manual para coleta, herborização e

inventário florístico

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A eficiência de uma boa

identificação botânica é necessária

para dar subsídio a estudos

taxonômicos, auxiliar na

elaboração de trabalhos científicos

sobre a flora de uma determinada

região, determinar as espécies de

um inventário, facilitar o

conhecimento de plantas

medicinais e tóxicas com objetivo

de melhor utilizá-las e controlá-las

e, armazenar exemplares de todas

as espécies possíveis para

identificação de outras espécies

por comparação.

Tudo isso depende de uma coleta

bem feita, obedecendo a regras

básicas, mas muito importantes,

uma vez que as partes coletadas

não possuem todas as

características da planta no seu

habitat natural.

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O processo de identificação é muito complexo, e exige do identificador,

conhecimentos sobre a morfologia vegetal, já que, só através da

combinação de diferentes características das plantas pode-se chegar a

sua identificação. Identificar a espécie é o primeiro passo para o manejo

correto dos recursos vegetais, pois, não se pode manejar algo que não se

conhece.

Estes levantamentos devem ser realizados com critérios, dado sua

extrema importância, sendo essenciais à elaboração de uma série de

estudos de cunho ambiental como: recomposição vegetal, estudos de

ecologia de comunidades, planos de manejo florestal, planos de gestão

de unidades de conservação, dentre outros.

Com o nome correto de uma planta é possível acessar todas as

informações a ela relacionadas como, por exemplo, dados de

ecofisiologia, fitossociologia, fenologia, distribuição geográfica, dados

tecnológicos e, ainda, indicar usos e potencialidadesda espécie.

A equipe de campo também deve contar, se possível, com um bom

mateiro ou identificador botânico conhecedor da flora local. Além disso,

recomenda-se avaliar com cautela se o mateiro reconhece as mesmas

espécies com o mesmo nome vulgar, dinamizando o levantamento e

evitando-se resultados duvidosos.

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Porém, nem sempre é possível

reconhecer a espécie em campo,

sendo necessário a coleta de

amostras da planta para posterior

identificação. O ideal é coletar

ramos completos, procurando

escolher exemplares com flores e

frutos, se ocorrer, e em

quantidade suficiente para montar

uma exsicata contendo em torno

de três a cinco duplicatas.

No caso de plantas dióicas,

procurar coletar tanto do

indivíduo feminino quanto do

masculino, no sentido de facilitar a

identificação.

Uma outra situação normalmente encontrada em campo, são as grandes

variações morfológicas que algumas espécies apresentam, variando desde

consistência da folha, tamanho, até espécies que apresentam em um mesmo

indivíduo folhas simples e compostas, paripenadas e imparipenadas. Neste

caso, deve-se coletar os diversos tipos de variação encontradas, tomando-se

o cuidado de registrar que se tratam de um mesmo indivíduo.

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Quando não se consegue

reconhecer a espécie em campo,

amostras devem ser coletadas para

posterior identificação. Para a

coleta do material, alguns itens são

essenciais, dentre eles:

• Caderno, lápis ou caneta e

borracha, para registrar as

informações inerentes a cada

amostra coletada;

• Cinto de segurança, como

segurança durante a coleta em

árvores e arbustos;

• Jornal, para acondicionar as

amostras coletadas;

• Folhas de papelão, medindo

cerca de 35 x 28 cm para

intercalar entre as folhas de

jornal que contêm as amostras

coletadas;

• Folhas de alumínio corrugado,

são dispostas entre as folhas de

papelão;

• Peçonha, escadas de alumínio

ou de corda, equipamento de

alpinismo e esporas, para

coletar material botânico nas

árvores, cipós ou arbustos;

• Fita métrica, para medir o

diâmetro ou a circunferência

das árvores;

• Podão, tesoura de poda, faca,

facão ou canivete, usado no

corte de ramos a serem

coletados;

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Page 10: Apresentação do PowerPoint...jornal. Pode-se também, fazer as anotações em papel vegetal e colocar dentro do vidro. Para secagem do material, utiliza-se uma fonte de calor branda,

• Prensas de madeira, para

prender as pilhas formadas

pelos jornais contendo os

exemplares intercalados com

papelão e folhas de alumínio;

• Corda de sisal ou náilon, para

amarrar a prensa;

• Álcool 92,8 0 GL, para borrifar

as amostras coletadas;

• Álcool 70%, para conservar

flores e frutos;

• Recipientes de vidro, para

acondicionar flores e frutos em

meio líquido;

• GPS (Global Position System), é

utilizado para medir altitude e

coordenadas geográficas do

material coletado;

• Binóculos de longo alcance,

para observar a copa das

árvores a fim de localizar flores

e frutos;

• Botas, para caminhar na

floresta;

• Repelente, indicado

principalmente para quem tem

algum tipo de alergia a insetos;

• Etiquetas adesivas ou pedaços

de papel, para marcar as

amostras colocadas nos

recipientes de vidro;

• Sacos de plástico, utilizado para

acondicionar em campo, o

material coletado.

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Para a coleta do material, pode-se utilizar diversos métodos, dentre

eles, o podão, a escalada, o uso de escadas, esporões, etc. Já para a

anotação das informações, normalmente utiliza-se uma caderneta

de coletor, onde são feitas as anotações de dados das plantas

coletadas. Primeiramente anota-se as informações a respeito do

coletor, ou seja, seu nome e número de coleta, a data do

procedimento e o nome dos coletores adicionais quando for o

caso. Logo em seguida, deve-se registrar informações sobre a

localização da planta da qual se deseja coletar amostras, com o

GPS.

Procedimento para a coleta

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Finalmente, devem ser anotadas as

características da planta que não

serão observadas após a

desidratação do material, tais

como: altura e circunferência da

planta, hábito, forma da árvore,

disposição dos ramos, forma do

tronco, tipo de base do tronco,

aspectos das sapopemas,

características da casca,

exsudação, coloração das flores e

tamanho, textura e cor dos frutos,

tipo de odor, denominação local e

uso.

Para facilitar a coleta dessas

informações, pode-se utilizar

também uma ficha de campo com

informações predefinidas de

forma que escolha-se as opções

com um "X".

A seguir, os nomes do país, do

estado, do município, do distrito e

da localidade onde está sendo

realizada a coleta. É necessário

anotar alguns pontos como

referência à localização da planta,

os quais facilitem um possível

retorno ao local. Essas anotações

devem ser tomadas de maneira

que outra pessoa possa localizar a

mesma planta, caso necessite

observá-la posteriormente.

Importante também são as

informações acerca do ambiente,

ou seja, tipo de solo e de

vegetação predominante.

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A prensagem do material coletado requer bastante cuidado e

paciência, pois o mesmo não pode ficar muito agrupado

dificultando o estudo. Deve ser arrumado, no jornal, de maneira a

evidenciar flores ou frutos. As folhas devem ficar arrumadas de

maneira a evidenciar as duas faces (virar algumas folhas para expor

o lado inferior), quando forem muitas ou grandes demais, deve-se

retirar algumas que serão cortadas no pecíolo, para que seja

possível verificar a filotaxia das mesmas.

Processamento do material coletado

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É prático colocar a amostra em jornal apenas entre dois papelões e estes entre os dois lados da prensa de madeira,

fazer uma pequena pressão e amarrar com a corda ou cinta. Os corrugados poderão ser adicionados apenas no final

de todas as coletas de um dia, quando as amostras estarão menos frescas, facilitando a organização das mesmas.

Caso possível corta-se um fruto longitudinalmente e outro transversalmente, para adicionar em cada amostra.

Separar flores e frutos suculentos para conservação em solução: quando for possível separar flores e frutos suculentos

para conservação em álcool 70% ou FAA, não esquecendo de fixar no vidro as mesmas informações anotadas no

jornal.

Pode-se também, fazer as anotações em papel vegetal e colocar dentro do vidro.

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Para secagem do material, utiliza-se uma fonte de calor branda, geralmente

estufas, com temperatura de aproximadamente 45ºC, as amostras serão expostas

o tempo suficiente para secá-las por completo. O material prensado deve ser

examinado regularmente, tendo o cuidadode apertar as cordas e virar aprensa,

pra que o calor seja distribuído igualmente.

A sequência para a montagem do conjunto a ser prensado é: folha de papelão,

folha de alumínio enrugada, folha de papelão, folha de jornal contendo o material

botânico, folha de papelão, folha de alumínio enrugada, folha de papelão. Esta

sequência pode ser repetida quantas vezes for possível de acondicionar na

prensa.

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Para a montagem das excitas utiliza-se cartolina (29,5 x 42 cm).

A planta deverá ser costurada por pontos, com linha e agulha, na

cartolina, permitindo um manuseio mais seguro do material.

Os frutos ou flores que por ventura soltarem do material a ser

costurado poderá ser acondicionado em um pequeno envelope e

ser fixado no canto superior esquerdo da cartolina de montagem.

Montagem das exsicatas

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A etiqueta (12 x 10 cm), é colocada no canto inferior direito da

cartolina de montagem. Geralmente de papel Kraft, a capa (42 x 59

cm), envolve a cartolina com o material já costurado e as duplicatas

em jornal (repetições do material botânico coletado. As duplicatas

ficam acondicionadas em jornais, contendo tantas etiquetas quanto

forem as duplicatas. Estes materiais ficam disponíveis para doações,

trocas e envio para identificação de especialistas.

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O herbário consiste de uma coleção de plantas dessecadas,

constituindo um centro de informações ativo e atualizado, por

permutação de materiais e ou devido às coletas periódicas, que

vêm a incrementam a coleção, devendo portanto todo o material

coletado durante as excursões de campo ser depositado em

herbários.

Identificação botânica

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Todos os exemplares, antes de

serem incorporados ao acervo de

um herbário, devem ser

registrados no livro de registros,

organizado em numeração arábica

crescente, contendo as seguintes

informações: Família, gênero,

espécie, nome do coletor, data e

local de coleta. Além disso, o

fichário que consta da relação de

todas as espécies que compõe o

acervo do herbário, é uma

ferramenta que muito auxilia na

localização de determinadas

espécimes.

Este fichário pode ser ainda

informatizado ou não, organizado

por ordem alfabética, de família,

gênero e espécie.

As amostras devem ser levadas a

um herbário indexado

internacionalmente, ou seja, que

esteja de acordo com as Normas

do Código Internacional de

Nomenclatura Botânica, onde

terão sua identificação confirmada

por um especialista.

Determinar o nome para a

amostra. Quando ocorrer da

amostra nova não coincidir nas

características com nenhuma outra

do herbário, esta é dita “espécie

nova”. Neste caso, deverá ser

enviada a um especialista da

família ou grupo taxonômico onde

ela apresente mais afinidade e este

providenciará sua descrição e

publicação dentro das normas.

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FERREIRA, G. C. Diretrizes para coleta e identificação de material

botânico. Belém-PA: Embrapa, 2006.

INSTITUTO DE BOTÂNICA (São Paulo). Técnicas de Coleta,

Preservação e Herborização de Material Botânico. 1984. 61p.

(Manual N0 4).

Referências Bibliográficas

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O blog Mata Nativa produz diversos conteúdos relacionados

ao inventário florestal e licenciamento ambiental. Para saber

mais sobre o EIA/RIMA, PRAD, PUP, RADA, PTRF, RCA/PCA,

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