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O desenvolvimento do protocolo de cultivo de Gramma brasiliensis como exemplo para outras espécies ornamentais marinhas brasileiras.TRANSCRIPT
O desenvolvimento do protocolo de cul1vo de Gramma brasiliensis como
exemplo para outras espécies ornamentais marinhas brasileiras.
Biólogo Msc. Jonas Rodrigues Leite
Curi/ba, Junho de 2012. Foto: Athila Bertoncini
- Aquarista desde os 8 anos; Marinho desde os 14;
Introdução
-‐ Familia Gramma/dae – 2 Gêneros – 11 sps;
-‐ Peixes de recifes profundos (+ 30 m);
-‐ Apenas G. loreto e G. brasiliensis vivem áreas
rasas;
-‐ G. brasiliensis endêmico do Brasil, registro
mais meridional da distribuição;
Introdução – Espécie
Gramma brasiliensis Sazima, Gasparini & Moura, 1998
Gramma real brasileiro ou Gramma.
Filo: Chordata Classe: Ac1nopterygii Divisão: Teleostei Ordem: Perciformes Família: Gramma1dae
-‐ Ocorre do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro e nas Ilhas oceânicas.
Introdução
-‐ Habita ambientes recifais de 1 a 40 m de prof.;
-‐ Tem preferência por fendas e cavernas;
-‐ Pode alcançar 8 cm de comprimento total;
-‐ Vive solitário ou em grupos com mais de 4
indivíduos;
-‐ Planc^voro, limpadores (Juvenis)
Introdução – Espécie
Introdução
-‐ O único trabalho sobre a espécie é:
Gramma brasiliensis, a new basslet from the western
South Atlan/c (Perciformes: Gramma/dae). 1998.
Sazima, I., Gasparini J.L. & Moura, R. L.
Introdução
Foto: Jean-‐ Christophe Joyeux
Introdução – Espécie
Introdução
Gramma loreto
-‐ Comportamento territorialista;
-‐ Distribuição no habitat (Machos e fêmeas);
-‐ Biologia reprodu/va (Gonocoristas);
-‐ Incubação 10 -‐12 dias;
-‐ Tamanho mínimo 1ª maturação(Macho e
femea) 60 cm;
Introdução
Diferenças entre o G.brasiliensis e o G. loreto
Introdução
-‐ Espécie com alto interesse e valor no mercado de peixes ornamentais marinhos;
-‐ Falta de estudos;
-‐ Deficiência na fiscalização;
-‐ Diminuição da população em alguns pontos de coleta;
A espécie foi considerada ameaçada de sobre-‐exploração
Instrução Norma1va No 5 de 21 de Maio de 2004 do Ministério do Meio Ambiente.
Introdução
-‐ Antes da proibição em 2004 era a 5º espécie
mais coletada e exportada pelo Brasil;
-‐ EUA, Japão e Alemanha;
Introdução
-‐ O Brasil já foi o 5º maior exportador de peixes ornamentais marinhos do mundo;
-‐ Apenas a par/r de 2005 esse comércio começou a ser regulamentado no país;
-‐ 100% extraído do ambiente natural;
Introdução
-‐ Coleta ornamental marinha
-‐ 28 a 44 milhões de dólares por ano;
-‐ São coletados Aprox. 30 milhões de peixes de aproximadamente 1500 espécies;
-‐ 9% de mortalidade (No Brasil 1:7)
-‐ É apontada como causa do declínio de populacional de diversas espécies no Siri Lanka, Kenya, Hawaí, Flórida e Brasil;
Introdução
-‐ A Piscicultura é considerada a principal alterna/va para minimizar os impactos da coleta de peixes ornamentais marinhos;
• Desenvolvimento de economias de países em desenvolvimento (Maiores coletores);
• Conservação dos Recifes de corais (Global);
No Brasil: -‐ A par/r do ano 90, sps exó/cas; -‐ A par/r do ano 2000, sps nacionais em Universidades;
Introdução
No mundo: -‐ Pomacentrídeos do gênero Amphiprion e Pseudochomídeos do gênero Pseudochromis e Pic6chromis;
Jus/fica/va
O estudo da biologia dessa espécies irá auxiliar no manejo deste recurso, e com a produção em ambiente controlado teremos uma alterna/va para fomentar o suprimento de espécies ornamentais na/vas, tanto do mercado nacional como internacional desenvolvendo uma a/vidade com grande potencial, porém ainda pouco explorada no país.
Obje/vo
Estudar a biologia reprodu/va de G. brasiliensis em um ambiente recifal na BA, aplicando os dados de campo junto com metodologias u/lizadas no exterior para desenvolver todas etapas da piscicultura em sistema fechado, desde a formação de casais, desova, larvicultura até a engorda dos alevinos.
Pesquisa no mar -‐ obje/vos específicos -‐ Entender a organização social da espécie (Casais e Haréns);
-‐ Quantos peixes, em cada grupo, distribuição dos sexos;
-‐ Descobrir a proporção entre machos e fêmeas;
-‐ Descobrir o tamanho mínimo da 1ª maturação (M e F);
-‐ Conhecer como é construído o ninho;
-‐ Conhecer como é realizada a côrte;
-‐ Descobrir como é feita a postura dos ovos (Horário, qnts vezes, quantas fêmeas);
-‐ Descobrir o que a espécie come, e se muda o cardápio durante os períodos reprodu/vos
Pesquisa no mar – Área de estudo
Pesquisa no mar -‐ Metodologia
-‐ Estudo histológico (SISBIO número: 22123-‐1): -‐ ≅20 indivíduos (Juvenis e adultos) por estação do ano.
-‐ Dados morfométricos: CP e CT, PT e PG;
-‐ Análise macroscópica: cor, volume, tamanho em relação à cavidade celomá/ca, grau de turgidez, irrigação periférica e a presença ou ausência de sêmen ou ovócitos;
-‐ Coleta e análise do sêmem de 5 machos do ca/veiro;
Pesquisa no mar -‐ Metodologia
-‐ 180 horas de observação subaquá/ca (Abril de 2011, Julho de 2011, outubro de 2011 e Fevereiro de 2012).
-‐ 6 Comportamentos principais relacionados a reprodução: -‐ U-‐turn;
-‐ Guarda ninho; -‐ Alga porta; -‐ Alga dentro; -‐ Limpeza;
-‐ Manutenção;
Pesquisa no mar -‐ Resultados
Pesquisa no mar -‐ Resultados
Pesquisa no mar -‐ Resultados
-‐ Coleta dos indivíduos após o período de observação;
Pesquisa no mar -‐ Resultados
Pesquisa no mar -‐ Resultados
Pesquisa no mar -‐ Resultados
Pesquisa no mar -‐ Resultados
- 2 Vídeos no mar:
Pesquisa no mar -‐ Resultados
Pesquisa no mar -‐ Resultados
Pesquisa no laboratório -‐ Piscicultura
Etapas:
-‐ Coleta e aclimatação das matrizes;
-‐ Formação de casais e ou haréns;
-‐ Determinação do substrato (toca) ideal para a espécie;
-‐ Fazer o registro fotográfico do desenvolvimento dos ovos, larvas, pós larva até a idade de primeira maturação.
Pesquisa no laboratório -‐ Piscicultura
Sistema de quarentena
Pesquisa no laboratório -‐ Piscicultura
Matrizes -‐ Bateria de aquários de vidro (2000 l); -‐ 70 indivíduos de G. Brasiliensis coletados; -‐ 10 aquários de 50 litros-‐ Casais (dois indivíduos); -‐ 10 aquários de 100 litros-‐ Haréns (cinco indivíduos);
Piscicultura -‐ Metodologia
-‐ Larvicultura – Tanques de 50 l; -‐ Engorda – Tanques de 200 a 1000 l;
Alimentação: -‐ Matrizes : Ração e patê; -‐ Larvas : ro^fero e artêmia; -‐ Juvenis: ração para “desmame” e engorda de peixes marinhos;
Piscicultura -‐ Metodologia
-‐ 2 Filmes cul/vo:
Piscicultura -‐ Metodologia
-‐ Metodologia das garrafas pet; -‐ No peixes haréns (100L); -‐ Tamanho aquário casais; -‐ Tipo de ninho; -‐ Posição do ninho;
Piscicultura -‐ Resultados
1 2 3 4 5 6
Quinzena Casal 1 1 3 6 7 9 Harem 2 3 3 4 6 6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
Número de casais e haréns formados após 90 dias (N C=10 / NH=10)
Casal
Harem
Piscicultura -‐ Resultados
-‐ 11 mortes por brigas; -‐ 20 mortes, queda de energia;
Piscicultura -‐ Resultados
Piscicultura -‐ Resultados
Piscicultura – Resultados esperados...
Piscicultura – Resultados esperados...
Piscicultura – Resultados esperados...
- Atualmente, quase 90% das espécies comercializadas para aquários marinhos, não tem protocolos de cultivo definidos;
- Falta de tentativa; - Falta de informações (Aquaristas X Pesquisadores); - Ainda não se consegue manter a espécie saudável em aquários (espaço, alimentação, iluminação, substrato ideal, organização social entre outros); - A maioria das espécies nacionais, mesmo consideradas um importante recurso pesqueiro, nunca foram estudas...
Piscicultura ornamental marinha
Piscicultura ornamental marinha Caminho... - Usar dados da biologia da espécie para criar metodologias para o cultivo (Ex. Gramma, Cvs, Peixes anjo, Borboletas, Opstognathus);
- Usar dados obtidos no cultivo para completar dados desconhecidos da biologia de espécies (Neon gobi, , Liopropoma, Peixes anjo exóticos, palhaços, Pseudocromidae);
Os dois caminhos estarão sempre interligados e cada vez mais, dependentes, um do outro!
Descobrindo, e solucionando as fases críticas para o cultivo...
- Falta investimento, coragem e pioneirismo;
- Exemplo com a piscicultura de corte;
- Tilápia X Espécies nativas - Bagre africano; - Bijupirá; - Pirarucu, Pintado amazônico entre
outros...
Piscicultura ornamental marinha
Conclusão...
A piscicultura ornamental marinha no Brasil, ainda está engatinhando, principalmente com espécies nacionais.
- Faltam pesquisadores; - Faltam disciplinas; - Faltam cursos; - Falta investimento; - Falta regulamentação que valorize e facilite o cultivo;
Piscicultura ornamental marinha
Obrigado pela atenção.
Agradecimentos:
-‐ Equipe de campo; -‐ Equipe do Laboratório; -‐ Orientador; -‐ PPGOAm; -‐ FAPES -‐ Organizadores do WS!!!