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CASO CLÍNICO DE CASO CLÍNICO DE PEDIATRIA. PEDIATRIA.

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Page 1: Apresentação de caso

CASO CLÍNICO DE CASO CLÍNICO DE PEDIATRIA.PEDIATRIA.

Page 2: Apresentação de caso

MOTIVO DE CONSULTA.MOTIVO DE CONSULTA.

QD: Fezes amolecidas há 1 QD: Fezes amolecidas há 1 diadia

Paciente de 1 mês e 4 dias Paciente de 1 mês e 4 dias que consulta por evacuações que consulta por evacuações menos consistentes que o menos consistentes que o habitual e aumento da habitual e aumento da frequência das evacuações frequência das evacuações com enterroragiacom enterroragia

Page 3: Apresentação de caso

HMAHMA

Paciente de 1 mês e 4 dias que consulta por Paciente de 1 mês e 4 dias que consulta por um quadro de evacuações menos um quadro de evacuações menos consistentes que o habitual há 24-36 consistentes que o habitual há 24-36 horas, associado a aumento da frequência horas, associado a aumento da frequência das evacuações para 4-5 por dia das evacuações para 4-5 por dia (principalmente depois da ingesta (principalmente depois da ingesta alimentar – mamadas), enterroragia leve alimentar – mamadas), enterroragia leve (mãe descreve como presença de sangue (mãe descreve como presença de sangue ao limpar o bebê) e maior irritabilidade. ao limpar o bebê) e maior irritabilidade. Nega anorexia e vômitos.Nega anorexia e vômitos.

Page 4: Apresentação de caso

ANTECEDENTES PESSOAISANTECEDENTES PESSOAIS

Nascimento a termo, parto cesáreo Nascimento a termo, parto cesáreo por desproporção céfalo-pélvica.por desproporção céfalo-pélvica.

Lactação artifical desde o Lactação artifical desde o nascimento, tendo havido troca do nascimento, tendo havido troca do tipo de leite no início por apresentar tipo de leite no início por apresentar cólicas.cólicas.

Trânsito intestinal de 1-2 evacuações Trânsito intestinal de 1-2 evacuações por dia com fezes de consistência por dia com fezes de consistência endurecida.endurecida.

Page 5: Apresentação de caso

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO BEG, corado, hidratado.BEG, corado, hidratado. Sem exantema ou petéquias.Sem exantema ou petéquias. Cardíaco: 2BRNF sem sopros.Cardíaco: 2BRNF sem sopros. Respiratório: MVFD sem ruídos adventícios.Respiratório: MVFD sem ruídos adventícios. Abdominal: Abdome flácido, plano, indolor a Abdominal: Abdome flácido, plano, indolor a

palpação superficial e profunda, sem palpação superficial e profunda, sem visceromegalias, RHA presentes e normoativos visceromegalias, RHA presentes e normoativos em todo abdome, peristaltismo aumentado.em todo abdome, peristaltismo aumentado.

Orofaringe e otoscopia normal.Orofaringe e otoscopia normal. SNC: ausência de sinais meningeos e SNC: ausência de sinais meningeos e

focalizações, fontanela normotensa.focalizações, fontanela normotensa.

Page 6: Apresentação de caso

Com esta Com esta sintomatologia, em sintomatologia, em

que patologias que patologias deveríamos deveríamos

pensar?pensar?

Page 7: Apresentação de caso

PATOLOGIAS QUE CURSA PATOLOGIAS QUE CURSA COM DIARRÉIA.COM DIARRÉIA.

INFECCIOSAINFECCIOSA..

- Enteral: GECA.- Enteral: GECA.

- Parenteral: ITU, generalizadas (septicemia, pneumonia, meningite).- Parenteral: ITU, generalizadas (septicemia, pneumonia, meningite). NÃO INFECCIOSA.NÃO INFECCIOSA.

- Alteração da dieta.- Alteração da dieta.

- Dieta hiperosmolar.- Dieta hiperosmolar.

- Intolerância alimentar.- Intolerância alimentar.

- TGI: Dça Celíaca, EC, gastroenterite eosinófila, invaginação intestinal, - TGI: Dça Celíaca, EC, gastroenterite eosinófila, invaginação intestinal, vôlvulo, dça de Hirschprung, enterocolite necrotizante, peritonite, vôlvulo, dça de Hirschprung, enterocolite necrotizante, peritonite, apendicite.apendicite.

- Outros: Dças metabólicas, endocrinopatias, tumores, laxantes, ATB , - Outros: Dças metabólicas, endocrinopatias, tumores, laxantes, ATB , hipertermia, antimetabolitos,.hipertermia, antimetabolitos,.

Page 8: Apresentação de caso

QUAIS EXAMES QUAIS EXAMES SOLICITAR A ESTE SOLICITAR A ESTE

PACIENTE?PACIENTE?

Page 9: Apresentação de caso

EXAMES EXAMES COMPLEMENTARES.COMPLEMENTARES.

LaboratorialLaboratorial: : Hemácias: 3.17 x 10Hemácias: 3.17 x 106 6 (3.2-4.5)(3.2-4.5)

Hb: 9.9 g/Dl Hb: 9.9 g/Dl (9.5-12.5)(9.5-12.5) Ht: 29.2Ht: 29.2%(32-44).%(32-44). Leucocitos: 5.1 x 10Leucocitos: 5.1 x 1066/mm/mm33 (6-15 x 10(6-15 x 1066))

NN 28.5% 28.5% (20-55),(20-55), EoEo4.4% 4.4% (1-7)(1-7)BB0.6% 0.6% (0-1)(0-1)LL51% 51% (40-75)(40-75) MM 15.5% 15.5% (2-9)(2-9)))..

Plaquetas: 324000/mmPlaquetas: 324000/mm33. . (200.000-400.000).(200.000-400.000). Uréia, creatinina, transaminases e íons normais.Uréia, creatinina, transaminases e íons normais. COPROCULTIVOCOPROCULTIVO: Negativo.: Negativo. HEMOCULTIVOHEMOCULTIVO: Negativo.: Negativo. ECO ABDOMINALECO ABDOMINAL: Fígado, pâncreas, baço, e rins sem alterações, : Fígado, pâncreas, baço, e rins sem alterações,

aumento de gases nas alças, sem sinais de invaginação.aumento de gases nas alças, sem sinais de invaginação. ECGECG: Taquicardia sinusal (150bpm).: Taquicardia sinusal (150bpm). Rx TÓRAXRx TÓRAX: nada digno de nota: nada digno de nota

Page 10: Apresentação de caso

Hipótese diagnósticaHipótese diagnóstica

GASTROENTEROCOLIGASTROENTEROCOLITE AGUDA.TE AGUDA.

Page 11: Apresentação de caso

GASTROENTEROCOLITE GASTROENTEROCOLITE AGUDA.AGUDA.

Infecção da mucosa do tubo Infecção da mucosa do tubo digestivodigestivo

Em países industrializados a Em países industrializados a mortalidade é baixa, mas em países mortalidade é baixa, mas em países do 3º mundo está entre as primeiras do 3º mundo está entre as primeiras causas de mortalidade em menores causas de mortalidade em menores de 5 anos.de 5 anos.

Page 12: Apresentação de caso

GASTROENTEROCOLITE GASTROENTEROCOLITE AGUDA.AGUDA.EtiologiaEtiologia

INFECÇÃO BACTERIANA.INFECÇÃO BACTERIANA. - E. Coli.- E. Coli. - Salmonella.- Salmonella. - Shigella.- Shigella. - Campylobacter enteritis.- Campylobacter enteritis. - Yersinia enterocolítica.- Yersinia enterocolítica. - Outras: Aeromonas, Clostridium, Bacillus cereus, S. aureus, - Outras: Aeromonas, Clostridium, Bacillus cereus, S. aureus,

Vibrio cholerae, etc. Vibrio cholerae, etc. INFECÇÃO VIRALINFECÇÃO VIRAL - Rotavirus.- Rotavirus. - Adenovirus entérico.- Adenovirus entérico. - Virus Norkwalk.- Virus Norkwalk. INFECÇÃO PARASITÁRIA.INFECÇÃO PARASITÁRIA. - Giardia intestinalis.- Giardia intestinalis. - Criptosporidium.- Criptosporidium.

Page 13: Apresentação de caso

GASTROENTEROCOLITE GASTROENTEROCOLITE AGUDA.AGUDA.

Quadro ClínicoQuadro Clínico Aumento do nº de evacuações e Aumento do nº de evacuações e diminuição da consistência das diminuição da consistência das fezesfezes

Leve: < 5 evacuações /dia.Leve: < 5 evacuações /dia. Moderada: 5-10 evacuações /dia.Moderada: 5-10 evacuações /dia. Grave: >10 evacuações /dia.Grave: >10 evacuações /dia.VômitosVômitos: : Normalmente no início, intensos, Normalmente no início, intensos,

autolimitados. autolimitados. Sintomas geraisSintomas gerais:: Os mais importantes e Os mais importantes e

que devem ser buscados ativamente são os de que devem ser buscados ativamente são os de desidratação (olhos encovados, pele seca, desidratação (olhos encovados, pele seca, fontanelas deprimidas, língua seca, diminuição do fontanelas deprimidas, língua seca, diminuição do turgor cutâneo….)turgor cutâneo….)

Page 14: Apresentação de caso

DIAGNÓSTICO.DIAGNÓSTICO.

Clínica compatível.Clínica compatível.Exames laboratoriais (diagnóstico Exames laboratoriais (diagnóstico

etiológico)etiológico) - Exame de fezes a fresco: parasitas, leucócitos e - Exame de fezes a fresco: parasitas, leucócitos e

hemáciashemácias

- Coprocultura.- Coprocultura.

- Sorologia.- Sorologia.

- Detecção de toxinas bacterianas.- Detecção de toxinas bacterianas.

Page 15: Apresentação de caso

TRATAMENTO GECA.TRATAMENTO GECA.

REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA.REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA. - - Rehidratação oral.Rehidratação oral.

- Rehidratação parenteral (em desidratação moderada-- Rehidratação parenteral (em desidratação moderada-grave, desnutrido ou se o ambiente social da cça for grave, desnutrido ou se o ambiente social da cça for desfavorável) desfavorável)

ALIMENTAÇÃOALIMENTAÇÃO: : Manter a lactação materna ou Manter a lactação materna ou artificial. Usar fórmulas sem lactose, se ao reiniciar a artificial. Usar fórmulas sem lactose, se ao reiniciar a alimentação houver agravamento da diarréia.alimentação houver agravamento da diarréia.

ATBATB: : não devem ser prescritos sistematicamente pois não devem ser prescritos sistematicamente pois há outros agentes etiológicos não bacterianoshá outros agentes etiológicos não bacterianos

Page 16: Apresentação de caso

EVOLUÇÃO.EVOLUÇÃO.

Durante o ingresso houve redução do Durante o ingresso houve redução do nº de evacuações e desapareceu a nº de evacuações e desapareceu a enterorragia, sendo normal o aspecto enterorragia, sendo normal o aspecto das fezes na alta.das fezes na alta.

Recomendado controle evolutivo Recomendado controle evolutivo pelo pediatra devido a boa resposta pelo pediatra devido a boa resposta e pela tolerância a ingesta da e pela tolerância a ingesta da hidratação via oral.hidratação via oral.

Page 17: Apresentação de caso

PRESCRIÇÃOPRESCRIÇÃO

Hidratação oralHidratação oralAntipirético se houver Antipirético se houver

febrefebre– DipironaDipirona

Controle do pediatra na Controle do pediatra na atenção primária.atenção primária.

Page 18: Apresentação de caso

Dois dias após alta, a Dois dias após alta, a criança é trazida criança é trazida

novamente a novamente a emergência devido a emergência devido a novos episódios de novos episódios de

enterorragiaenterorragia

Page 19: Apresentação de caso

ENFERMIDADE ATUAL.ENFERMIDADE ATUAL.

A mãe comente que ao chegar em A mãe comente que ao chegar em casa reiniciou o quadro com raias de casa reiniciou o quadro com raias de sanguinolentas muito pequenas, que sanguinolentas muito pequenas, que se exacerbou na noite anterior a se exacerbou na noite anterior a consulta assumindo a forma de uma consulta assumindo a forma de uma enterorragia abundante não enterorragia abundante não misturada às fezes. Refere misturada às fezes. Refere frequência das evacuações de 5 a 6 frequência das evacuações de 5 a 6 por dia.por dia.

Page 20: Apresentação de caso

ENTERRORAGIA NO ENTERRORAGIA NO LACTENTELACTENTE

-Dça hemorrágica do RN .Dça hemorrágica do RN .-Diátese hemorrágica.Diátese hemorrágica.-Invaginação intestinal.Invaginação intestinal.

-Hérnia hiatal.Hérnia hiatal.-Fissura analFissura anal

-Alergia a leite ou outros alimentos.Alergia a leite ou outros alimentos.-Vôlvulo.Vôlvulo.

-Enterite bacteriana.Enterite bacteriana.-Pólipo.Pólipo.

-Corpo estranho.Corpo estranho.-Varizes esofágicas.Varizes esofágicas.

-Hemangioma ou telangiectasia familiar.Hemangioma ou telangiectasia familiar.-Úlcera péptica.Úlcera péptica.

-Duplicacão intestinal.Duplicacão intestinal.-Divertículo de Meckel.Divertículo de Meckel.

-Colite ulcerosa.Colite ulcerosa.

Page 21: Apresentação de caso

E AGORA, QUAIS E AGORA, QUAIS EXAMES EXAMES

SOLICITAR?SOLICITAR?

Page 22: Apresentação de caso

EXAMES EXAMES COMPLEMENTARES.COMPLEMENTARES.

Laboratorial.Laboratorial. - Hemácias: 2.88 x 106; Hb: 8.9 g/dL; Ht: 25.4%.- Hemácias: 2.88 x 106; Hb: 8.9 g/dL; Ht: 25.4%. - Leucocitos: 7100 (Discreta leucopenia com prevalência de - Leucocitos: 7100 (Discreta leucopenia com prevalência de

monócitos e linfócitos).monócitos e linfócitos). - PCR: 54,2.- PCR: 54,2. PRICK TEST.PRICK TEST. - Positivo para - Positivo para lactoglobulina (3 x 3) e caseína (2 x 2).lactoglobulina (3 x 3) e caseína (2 x 2). - Negativo para ovo, soja e frutos do mar- Negativo para ovo, soja e frutos do mar RAST TEST.RAST TEST. - IgE específica para leite de vaca: 0.57 KUI/L.- IgE específica para leite de vaca: 0.57 KUI/L. - IgE específica para clara e gema de ovo: <0.35 KUI/L.- IgE específica para clara e gema de ovo: <0.35 KUI/L. RECTOSCOPIARECTOSCOPIA. . Mucosa retal eritematosa de aspecto Mucosa retal eritematosa de aspecto

rendilhado com pequenas úlceras superficiais. Retirada de rendilhado com pequenas úlceras superficiais. Retirada de material para a biópsia da ampola retal.material para a biópsia da ampola retal.

Page 23: Apresentação de caso

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA.HIPÓTESE DIAGNÓSTICA.

ENTEROCOLITE ENTEROCOLITE SECUNDÁRIA A SECUNDÁRIA A

ALERGIA A ALERGIA A PROTEÍNAS DO LEITE PROTEÍNAS DO LEITE

DE VACA.DE VACA.

Page 24: Apresentação de caso

ATUAÇÃO.ATUAÇÃO.

NUTRAMIGEN (Alimentação com NUTRAMIGEN (Alimentação com hidrolizado proteico).hidrolizado proteico).

TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE HEMÁCIAS.HEMÁCIAS.

CONTROLE NA CONTROLE NA GASTROENTEROLOGIA.GASTROENTEROLOGIA.

Page 25: Apresentação de caso

EVOLUÇÃO.EVOLUÇÃO.

Evolução clínica Evolução clínica favorável.favorável.

Diminuição da Diminuição da frequência das frequência das evacuações com evacuações com diminuição dos episódios diminuição dos episódios de enterorragiade enterorragia

Page 26: Apresentação de caso

ALERGIA A PROTEINAS DO ALERGIA A PROTEINAS DO LEITE DE VACA.LEITE DE VACA.

- As proteínas do leite de vaca são os primeiros As proteínas do leite de vaca são os primeiros antígenos com os quais o recém nascido tem contato.antígenos com os quais o recém nascido tem contato.

- HipersensibilidadeHipersensibilidade: Reação adversa causadapela : Reação adversa causadapela exposição a doses toleradas pela população geral de exposição a doses toleradas pela população geral de um determinado agente antigênico (nesse caso um um determinado agente antigênico (nesse caso um alimento).alimento).

-- -- AlergiaAlergia: Existe a alergia desencadeada por um : Existe a alergia desencadeada por um mecanismo imunológico mediado por IgE e outro tipo mecanismo imunológico mediado por IgE e outro tipo que não é mediada por IgE que não é mediada por IgE

-- -- Hipersensibilidade não alérgicaHipersensibilidade não alérgica: que se trata : que se trata na verdade de uma intolerância enzimática, na verdade de uma intolerância enzimática, farmacológica, etc.farmacológica, etc.

Page 27: Apresentação de caso

Hipersensibilidade a alimentosHipersensibilidade a alimentos

Alergia a alimentos Alergia a alimentos Hipersensibiidade Hipersensibiidade

não alérgica não alérgica

Alergia a alimentos Alergia a alimentos Alergia a alimentos Alergia a alimentos

mediada por IgE não mediada por IgEmediada por IgE não mediada por IgE

Page 28: Apresentação de caso

ALERGIA A PLV MEDIADA ALERGIA A PLV MEDIADA POR IgE.POR IgE.

PrevalênciaPrevalência: 2-5% das cças.: 2-5% das cças. Fatores de risco.Fatores de risco.

- Atopia familiar.- Atopia familiar.- Administração intermitente de pequena - Administração intermitente de pequena

quantidades de PLV durante o aleitamento quantidades de PLV durante o aleitamento materno.materno.

- Introdução da alimentação artificial com Introdução da alimentação artificial com leite de vacaleite de vaca

Diagnóstico.Diagnóstico.- História clínica.- História clínica.- Demostração de sensibilização por testes - Demostração de sensibilização por testes

cutâneos ou por IgE sérica específica para PLV cutâneos ou por IgE sérica específica para PLV (IgE>2.5KUI/L).(IgE>2.5KUI/L).

- Prova de provocação-tolerância.- Prova de provocação-tolerância.

Page 29: Apresentação de caso

ClínicaClínica..- Aparece logo após (alguns dias) a introdução do - Aparece logo após (alguns dias) a introdução do

alimento contendo o alérgeno.alimento contendo o alérgeno.- Latência dos sintomas: De minutos a horas.- Latência dos sintomas: De minutos a horas.- A quantidade de leite necessária para provocar - A quantidade de leite necessária para provocar

sintomas e a gravidade são variáveis sintomas e a gravidade são variáveis - Período intercrítico assintomático.- Período intercrítico assintomático.- Os sintomas mais frequentes são:- Os sintomas mais frequentes são:

a) Cutâneos (70%).a) Cutâneos (70%).b) Digestivos (13%).b) Digestivos (13%).c) Respiratórios (1%).c) Respiratórios (1%).d) Anafilaxia (1%) – Quadros severos, risco de d) Anafilaxia (1%) – Quadros severos, risco de

vidavida

Historia natural.Historia natural.- Bom prognóstico a curto e médio prazo na primeira - Bom prognóstico a curto e médio prazo na primeira

infância.infância. - Aos 12 meses, 30% das crianças - Aos 12 meses, 30% das crianças alérgicas são tolerantes, e aos 2 anos este percentil aumenta alérgicas são tolerantes, e aos 2 anos este percentil aumenta para 86%.para 86%.

- Em pacientes com alergia persistente pode ocorrer - Em pacientes com alergia persistente pode ocorrer alergia a outros alimento em 64% dos casos, também pode se alergia a outros alimento em 64% dos casos, também pode se associar a asma em 72,7% e sensibilidade a antígenos inalados associar a asma em 72,7% e sensibilidade a antígenos inalados em 81,8%em 81,8%

Page 30: Apresentação de caso

ALERGIA A PLV NO MEDIADA ALERGIA A PLV NO MEDIADA POR IgE.POR IgE.

PrevalênciaPrevalência: 4.4%, decrescendo com a : 4.4%, decrescendo com a idade, atingindo apenas 0,4% aos 4 anos.idade, atingindo apenas 0,4% aos 4 anos.

Responsável por 15-20% dos quadros de Responsável por 15-20% dos quadros de cólicas em lactentes.cólicas em lactentes.

Diagnóstico:Diagnóstico:- História clínica compatível.- História clínica compatível.- Demostração de alterações - Demostração de alterações

morfológicas ou funcionais do sistema morfológicas ou funcionais do sistema digestivo e testes imunológicos que digestivo e testes imunológicos que confirmam a sensibilização mediada por IgE.confirmam a sensibilização mediada por IgE.

- Prova de provocação/tolerância - Prova de provocação/tolerância controlada pode ser aplicada se a clínica for controlada pode ser aplicada se a clínica for duvidosa e já houver um prazo médico de duvidosa e já houver um prazo médico de evolução.evolução.

Page 31: Apresentação de caso

ClínicaClínica::- Acomete principalmente todo o sistema - Acomete principalmente todo o sistema

digestivo, podendo ou não estar associado a sintomas digestivo, podendo ou não estar associado a sintomas cutâneos, respiratórios, e neurológicos.cutâneos, respiratórios, e neurológicos.

- Diferente da alergia mediada por IgE a - Diferente da alergia mediada por IgE a associação com desnutrição nesse caso é frequente.associação com desnutrição nesse caso é frequente.

Existem numerosos quadros clínicos:Existem numerosos quadros clínicos:1.1. Esofagite, gastrite e gastroenterocolite eosinofílica.Esofagite, gastrite e gastroenterocolite eosinofílica.2.2. Enterocolite.Enterocolite.3.3. Colite, proctocolite eosinofílica.Colite, proctocolite eosinofílica.4.4. Enteropatia associada a PLV.Enteropatia associada a PLV.5.5. Cólicas do lactente.Cólicas do lactente.6.6. ConstipaçãoConstipação

LaboratorialLaboratorial::- Leucocitose, eosinofilia periférica (principalmente em Leucocitose, eosinofilia periférica (principalmente em

gastrites, enterocolites e proctocolites).gastrites, enterocolites e proctocolites).- Acidose, anemia, devido a má absorção e enteropatia Acidose, anemia, devido a má absorção e enteropatia

perdedora de proteínas.perdedora de proteínas.- Perda de gordura e sangue nas fezes.Perda de gordura e sangue nas fezes.

Page 32: Apresentação de caso

EndoscopiaEndoscopia::- Infiltração de eosinófilos.- Infiltração de eosinófilos.- Microabscessos eosinofílicos nas criptas intestinais.- Microabscessos eosinofílicos nas criptas intestinais.- Atrofia das vilosidades em diferentes graus ao longo - Atrofia das vilosidades em diferentes graus ao longo

do intestino delgado do intestino delgado - ESTES ACHADOS NÃO SÃO PATOGNOMÔNICOS- ESTES ACHADOS NÃO SÃO PATOGNOMÔNICOS

História natural:História natural:- Tolerância mais precoce que na alergia mediada por - Tolerância mais precoce que na alergia mediada por

IgEIgE- Maior gravidade, intolerância mais prolongada.- Maior gravidade, intolerância mais prolongada.- Quanto menor a idade de início, mais curto é o período - Quanto menor a idade de início, mais curto é o período

de intolerância.de intolerância.- O quadro mais benigno é a proctocolite e esofagite - O quadro mais benigno é a proctocolite e esofagite

que se resolvem em geral no 1º-2º ano de vidaque se resolvem em geral no 1º-2º ano de vida- Há sensibilidade clínica associada a outros alimentos - Há sensibilidade clínica associada a outros alimentos

(ovo, soja, aves, cereais, frutas secas, aves, e também a (ovo, soja, aves, cereais, frutas secas, aves, e também a hidrolizados).hidrolizados).

Page 33: Apresentação de caso

TRATAMENTO.TRATAMENTO.-RETIRADA DE PROTEÍNA RETIRADA DE PROTEÍNA

DE LEITE DE VACA DA DE LEITE DE VACA DA DIETA.DIETA.

-SUSTITUIÇÃO POR SUSTITUIÇÃO POR PRODUTOS PRODUTOS

NUTRICIONALMENTE NUTRICIONALMENTE ADEQUADOS.ADEQUADOS.

Page 34: Apresentação de caso

FÓRMULAS ESPECIAS.FÓRMULAS ESPECIAS.

LEITE DE SOJA.LEITE DE SOJA.- Não usar em prematuros, em cças com Não usar em prematuros, em cças com

enfermidades renais e em <6 meses.enfermidades renais e em <6 meses.- Já existem casos descritos de enteropatia Já existem casos descritos de enteropatia

secundária a soja que também é secundária a soja que também é potencialmente antigênica.potencialmente antigênica.

- Há diminuição da biodisponibilidade de Há diminuição da biodisponibilidade de alguns íons (Zn, Ca, Mg, Fe, Cu).alguns íons (Zn, Ca, Mg, Fe, Cu).

- Não é indicado em alergia não mediada Não é indicado em alergia não mediada por IgE em cças <12 meses com sintomas por IgE em cças <12 meses com sintomas digestivos.digestivos.

- Baixo custo e com sabor mais agradávelBaixo custo e com sabor mais agradável

Page 35: Apresentação de caso

FÓRMULAS HIDROLIZADAS.FÓRMULAS HIDROLIZADAS.

SEMI ELEMENTARESSEMI ELEMENTARES..- Indicadas para cças com hipersensibilidad a PLV com- Indicadas para cças com hipersensibilidad a PLV com

clínica digestiva (Não contém lactose, o que pode clínica digestiva (Não contém lactose, o que pode comprometer o desenvolvimento de uma flora colônica comprometer o desenvolvimento de uma flora colônica adequada).adequada).

EXTENSAMENTE HIDROLIZADAS.EXTENSAMENTE HIDROLIZADAS.- Indicada para pacientes com reações mediadas por IgE - Indicada para pacientes com reações mediadas por IgE

com função digestiva normal (contém lactose, a qual pode com função digestiva normal (contém lactose, a qual pode estar contaminada com caseína que pode dar problemas de estar contaminada com caseína que pode dar problemas de intolerância).intolerância).

ELEMENTARES.ELEMENTARES.- Aminoácidos sintéticos. - Aminoácidos sintéticos. - Indicados quando não há resposta aos hidrolizados.- Indicados quando não há resposta aos hidrolizados.- Custo elevado.- Custo elevado.

Page 36: Apresentação de caso

REINTRODUÇÃO DO LEITE REINTRODUÇÃO DO LEITE DE VACA.DE VACA.

Não exitem indicadores claros de quando uma Não exitem indicadores claros de quando uma criança já é tolerante a PLVcriança já é tolerante a PLV

Tentar a reintrodução a partir de um ano, Tentar a reintrodução a partir de um ano, sempre que não haja ocorrido transgressões à sempre que não haja ocorrido transgressões à dieta em meses anteriores.dieta em meses anteriores.

Se a primeira manifestação da alergia for a Se a primeira manifestação da alergia for a anafilaxia, esperar pelo menos 2 anos.anafilaxia, esperar pelo menos 2 anos.

Ao fazer a prova de tolerância é necessária a Ao fazer a prova de tolerância é necessária a supervisão médica e intensa monitorizaçãosupervisão médica e intensa monitorização

Se der na prova intolerância a PLV, esparar pelo Se der na prova intolerância a PLV, esparar pelo menos 6 meses para fazer a próxima prova de menos 6 meses para fazer a próxima prova de tolerância.tolerância.

Uma vez alcançada a tolerância, já hão haverá Uma vez alcançada a tolerância, já hão haverá mais clínica de alergia a PLVmais clínica de alergia a PLV