apresentação cespeb ensino de ciências 2016 - educação ambiental aula 3

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Desenvolvendo projetos de Educação Ambiental e Educação em Ciências a partir da escola Leonardo Kaplan (EDU/UERJ) Maria Jacqueline Girão S. Lima (FE/UFRJ) Natalia Rios (CAp/UFRJ)

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Page 1: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

Desenvolvendo projetos de Educação Ambiental e Educação em Ciências a partir da escola

Leonardo Kaplan (EDU/UERJ)Maria Jacqueline Girão S. Lima (FE/UFRJ)

Natalia Rios (CAp/UFRJ)

Page 2: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

Sustentabilidade e Conflito Ambiental: análise a partir de categorias da Justiça Ambiental

Page 3: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

• LOUREIRO, C. F. B. Sustentabilidade: de que, para quem, para o quê?. In: LOUREIRO, C. F. B. (Org.).Sustentabilidade e Educação: um olhar da ecologia política. São Paulo: Cortez Editora, 2012, pp. 55-73.

• QUINTAS, J. S. Caracterização de problemas e conflitos ambientais. In: Introdução à Gestão Ambiental Pública, Brasília: IBAMA, 2ª edição, Série Educação Ambiental, 5, 2006, pp. 63-68.

Page 4: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

3ª Aula: sustentabilidade e conflitos ambientais: uma leitura da justiça ambiental.

• O que vimos até aqui:- perspectivas da EA: conservadora e crítica- inserção da EA nas escolas (dificuldades e potencialidades)- investida do setor privado nas escolas- discursos hegemônicos sobre o ambiente: não-conflito; consumo consciente; capitalismo verde:

O desenvolvimento sustentável ou Sustentabilidade.

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Sustentabilidade de que?Termos em disputa

O conflito ambiental na perspectiva da Justiça ambiental.

A educação ambiental escolar em contextos de conflitos sócio-ambientais: o caso de Campos Elíseos - DC

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Campos Elíseos

Mapa retirado do site do Governo do estado do Rio de Janeiro. Disponível em:

<http://www.governo.rj.gov.br/ municipal.asp?m=72>.Acesso em: jan. 2010

Zona de sacrifício: Locais sistematicamente escolhidos para a implementação de

empreendimentos potencialmente poluidores.

•População de baixo poder aquisitivo.

•Precariedade de infra-estrutura urbana.

•Concentração de empresas da área química e petroquímica de alto impacto ambiental (poluição do ar, do solo, do lençol freático...) e de riscos de acidentes.

•Histórico de acidentes.

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Page 8: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

Pólo Industrial de Campos Elíseos

Conjunto de empresas que atualmente constituem o Pólo Industrial de Campos Elíseos. (Disponível em: http://www.apellce.com.br/mapa_de_acesso.php)

Page 9: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

Cenários de Acidentes

Mapa das Áreas Vulneráveis de cada empresa componente do APELL-CE e da área vulnerável do Pólo Industrial considerando o pior cenário de acidentes. 1.Marilândia; 2. Pilar; 3. Centro de Campos Elíseos; 4. Saraiva; 5. Ana Clara; 6. Vila Serafim; 7. Parque Império; 8. Nosso Bar; 9. Bom Retiro; 10. Parque Moderno

(Disponível em: http://www.apellce.com.br/mapa_area_vulneravel.php. Acesso em: jan. 2011)

Page 10: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

Perímetro Crítico de Acidentes

Recorte espacial da área de abrangência do Perímetro de 1000m, considerado espaço crítico de acidentes da REDUC, retirado do trabalho de Corbiniano Silva (SILVA, 2007).

Page 11: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

Educação ambiental naquele contexto...

• Questão de economia de água• Hábitos de consumo• Questões alimentares• Reciclagem de lixo

- Sem água encanada, sem rede de esgoto- Baixa renda- Merenda escolar como importante refeição- Ocupação com reciclagem

E aí? seguimos com os

discursos e práticas

tradicionais nas escolas?

Como construir um discurso coerente nas

práticas escolares?

Page 12: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

O que é Justiça ambiental?• INJUSTIÇA AMBIENTAL:“a condição de existência coletiva própria a sociedades

desiguais onde operam mecanismos sociopolíticos que destinam a maior carga dos danos ambientais do desenvolvimento a grupos sociais de trabalhadores, populações de baixa renda, segmentos raciais discriminados, parcelas marginalizadas e mais vulneráveis da cidadania.” (ACSELRAD, 2004. p. 10)

• JUSTIÇA AMBIENTAL:“práticas que asseguram que nenhum grupo social, seja ele étnico, racial, de classe ou gênero, “suporte uma parcela desproporcional das conseqüências ambientais negativas de operações econômicas, decisões de políticas; (...) que asseguram acesso justo e equitativo, direto e indireto, aos recursos ambientais do país; assegurem amplo acesso às informações relevantes sobre o uso dos recursos ambientais e destinação de rejeitos e de localização de fontes de riscos ambientais (...); favorecem a constituição de sujeitos coletivos de direitos, movimentos sociais e organizações populares para serem protagonistas na construção de modelos alternativos de desenvolvimento, que assegurem a democratização do acesso aos recursos ambientais e a sustentabilidade do seu uso. (ACSELRAD, 2004 p. 10 e 15. Grifos meus)

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Categorias do movimento de justiça ambiental

• Extorsão pela chantagem do desemprego• Situação de Vulnerabilidade ambiental• Zonas de sacrifício

Categorias que ampliam a abordagem da questão ambiental, elucidando mecanismos concretos da associação entre aspectos sociais, econômicos e políticos com a degradação ambiental. Também estão explicitadas nestas categorias situações de violações de direitos individuais e coletivos.

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Possibilidades de práticas e discursos escolares: reflexões iniciais

• Fortalecimento discursivo das lutas de grupos atingidos por violações e degradação ambiental, junto à população como um todo. Isto significa o intuito de construir uma percepção comum favorável a lutas e conquistas destes grupos, entendendo suas situações de vulnerabilidade como violações aos direitos humanos e sustentabilidade ambiental e não aceitando sua legitimação sob quaisquer argumentos econômicos ou tecnológicos.

• Construção de uma cultura de justiça, democracia e sustentabilidade para superação de uma democracia de baixa intensidade (O´Donnell)

Page 15: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

Pensando as possibilidades escolares

• “ Consideramos que a democratização da educação, para além da universalização do acesso a todos os níveis de ensino, passa também por encará-la como um processo político do qual educadores/as e educandos/as, do campo e da cidade, precisam se apropriar massivamente, para decidir e construir um projeto de sociedade que priorize a vida, em que os direitos e interesses coletivos não sejam pisoteados pelos particulares.” Luiz Américo Araújo Vargas (2001)

Page 16: Apresentação CESPEB Ensino de Ciências 2016 - Educação Ambiental Aula 3

Outros conflitos...

• https://www.youtube.com/watch?v=BVarX9IROIg

Qual o conflito ambiental descrito no vídeo?Quais os sujeitos de direitos envolvidos?Como relacionar estas situações de conflito à

discussões da EA?