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CARTOGRAFIA A LINGUAGEM DA GEOGRAFIA

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COMEÇO DE CONVERSA

Chegar a um lugar desconhecido utilizando um mapa requer uma série de conhecimentos que só são adquiridos num processo de alfabetização diferente. Ele não envolve letras, palavras e pontuação, mas linhas, cores e formas. É a aprendizagem da linguagem cartográfica.

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A IMPORTÂNCIA DA CARTOGRAFIA

A cartografia tornou-se importante na educação contemporânea, tanto para o aluno atender às necessidades do seu cotidiano quanto para estudar o ambiente em que vive. Aprendendo as características físicas, econômicas, sociais e humanas do ambiente, ele pode entender as transformações causadas pela ação do homem e dos fenômenos naturais ao longo do tempo.

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Saber ler mapas faz com que a pessoa consiga pensar sobre territórios e regiões que não conhece”Sua linguagem é usada no ensino não só da Geografia, mas também da História e das Ciências em geral. Conhecê-la significa adquirir boa parte do suporte necessário para a construção do conhecimento.

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REPRESENTAR, INTERPRETAR E MAPEAR Um trabalho com mapas, na sala de

aula, deve ser precedido de um período em que a representação se forma — dissociação dos significados e significantes — e em que se constroem, lenta e gradativamente, as relações espaciais e a própria consciência do mundo físico e social.

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O aluno é considerado o mapeador, aquele que representa a realidade física e social, inicialmente por meio de símbolos convencionados por ele próprio. Quando adquire a consciência da representação, ele pode tornar-se um usuário, aquele que lê e interpreta mapas elaborados por outros.

Como mapeadores, os alunos são codificadores que emitem uma mensagem recorrendo a mapas e interpretam a mensagem elaborada por outra pessoa. Iniciando o aluno em sua tarefa de mapear, estamos, portanto, mostrando os caminhos para que se torne um leitor consciente da linguagem cartográfica.

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EQUÍVOCOS METODOLÓGICOS

Há no mercado editorial uma proliferação de cadernos de mapas mudos para o aluno colocar nome de países e rios, ou pintar países, estados ou municípios. Essas tarefas são mecanicistas e não levam à formação de conceitos quanto à linguagem cartográfica.

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A ação para o aluno entender a linguagem não está em pintar ou copiar contornos, mas em “fazer o mapa”. Ao acompanhar metodologicamente cada passo do processo — reduzir proporcionalmente, estabelecer um sistema de projeções para que haja coordenação de pontos de vista (descentralização espacial) —, ele se familiariza com a linguagem cartográfica.

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Mesmo depois disso o aluno sentirá dificuldades em organizar um sistema de signos de forma ordenada, mas é vivenciando essas dificuldades que ele irá construir noções profundas de organização de um sistema semiótico. Ao ter de generalizar, estabelecer uma classificação e selecionar as informações que devem ser mapeadas, o aluno será forçado a tomar consciência dessas informações — as pertinentes e as não pertinentes —, o que melhorará seu raciocínio lógico.

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Por intermédio dessa ação de mapear, e não de cópias ou pinturas de mapas, dá-se um verdadeiro passo metodológico para o aprendizado de cartografia.

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UM PROCESSO EM TRÊS PARTES

1 - Tarefas operatórias para a construção de pré-aprendizado, que facilitarão a leitura de mapas. São elas as atividades de orientação, observação de pontos de referência, localização com a utilização de retas coordenadas como pontos de referência, coordenação de pontos de vista, proporcionalidade, conservação de forma, tamanho e comprimento.

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2 - Atividades de codificação do cotidiano para o exercício da função simbólica no mapeamento, facilitando, dessa forma, a compreensão da relação significante versus significado, pela criação de significantes a fim de que a criança represente e organize uma legenda.

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3 - Leitura propriamente dita, ou seja, decodificar, ligando o significante ao significado para melhor compreensão da legenda e de toda a simbologia dos mapas. Todo o procedimento parece estar de acordo com o pensamento de Jean Piaget, para quem o “ensino da representação não consiste na apresentação de uma lista de palavras a aprender, mas antes no desenvolvimento da capacidade de representar o conhecimento já construído a nível prático”.

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Dessa forma são construídos os pré-requisitos para a leitura de mapas, com a compreensão de: • proporcionalidade e projeção; • relação codificação versus decodificação ou a relação significante versus significado dos signos cartográficos e de toda a linguagem cartográfica; • retas coordenadas como pontos de referências;• orientação e localização;

• pontos de referência para a localização; • limites e fronteiras.

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CARTOGRAFANDOA cartografia — a técnica e a arte de produzir mapas — é a linguagem da Geografia. Mapas físicos, políticos e temáticos revelam os aspectos visíveis da paisagem ou as fronteiras políticas, espelham projetos de desenvolvimento regional ou contribuem para organizar operações militares.

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Os mapas e cartas geográficas correspondem a instrumentos fundamentais da linguagem e da análise geográficas. Eles têm uma função primordial: conhecimento, domínio e controle de um determinado território. Por isso, são fonte de informações que interessam a quem tem poder político e econômico.

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ELEMENTOS PRINCIPAIS DE UM MAPA

Todo bom mapa deve conter quatro elementos principais: título, escala, coordenadas geográficas e legenda. Esses elementos asseguram a leitura e a interpretação precisas das informações nele contidas.

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TÍTULO

Descreve a informação principal que o mapa contém.Um mapa com o título “Brasil físico” deve trazer o nome e a localização dos principais acidentes do relevo, assim como os principais rios que cortam o país. Já um mapa com o título “Brasil político” necessariamente terá a localização e o nome das unidades federativas, assim como as suas respectivas capitais e, eventualmente, outras cidades principais.

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ESCALA Indica a proporção entre o objeto real e

sua representação cartográfica, ou seja, quantas vezes o tamanho real teve de ser reduzido para poder ser representado;

Deve-se estabelecer a escala de um mapa antes de sua elaboração, levando em conta os objetivos de sua utilização, lembrar também que diferentes escalas servem para diferentes tipos de necessidade;

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A indicação da escala de um mapa é direta quando feita junto a legenda. As escalas podem ser: (1) numéricas; (2) gráficas; (3) de declividades; e (4) de cores.

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ESCALA NÚMERICA

Ela vem indicada por números, por exemplo: 1:50.000 (lê-se um por cinqüenta mil), cada centímetro no mapa, equivale a 50.000 cm ou 500m na realidade. Quanto menor for o denominador (no exemplo 50.000), maior será a escala, portanto mais detalhes poderão ser representados. Assim, a escala 1:50.000 é maior que a escala 1:5.000.000.

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Categoria

Escala Finalidade do mapa

Grande

1:50 / 1:100 Plantas arquitetônicas e de engenharia.

1:500 a 1:20.000

Plantas urbanas, projetos de engenharia.

Média

1:25.000 a 1:250.000

Mapas topográficos.

Pequena

acima de1:250.000

Atlas geográficos e globos.

OS TIPOS DE ESCALA

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ESCALA GRÁFICA A escala gráfica aparece sob a forma de

uma reta dividida em várias partes, cada uma delas com uma graduação de distâncias. A sua utilidade é a mesma da escala numérica.

0 20 40 60 80 100 KM Essa escala gráfica indica que 1

centímetro no papel corresponde a 20 quilômetros na superfície representada.

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ESCALA DE DECLIVIDADES

A escala de declividades é aquela que permite medir inclinações das vertentes e rampas da vias quando o relevo é representado por curvas de nível , hachuras (produz efeito de sombra ou meio tom) e esbatidos (impressão de relevo obtida com o emprego do claro-escuro).

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ESCALA DE CORES Escala usada para representação do

relevo nos mapas, empregam-se escalas de cores que, conforme certas regras, indicam as zonas de altitude e depressão. Em geral colocadas junto às legendas, essas escalas designam com cores diferentes a altitude dos planos horizontais ou as curvas que limitam tais zonas

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COORDENADAS GEOGRÁFICAS São linhas imaginárias traçadas sobre os

mapas, essenciais para a localização de um ponto na superfície terrestre.

Essa localização é o resultado do encontro de um paralelo e sua respectiva latitude (o afastamento, medido em graus, do paralelo em relação ao Equador) e de um meridiano e sua respectiva longitude (o afastamento, medido em graus, do meridiano em relação ao meridiano principal ou de Greenwich).

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LEGENDAS Permitem interpretar as informações

contidas no mapa, desde a constatação da existência de um determinado fenômeno até os diferentes graus de intensidade em que ele se apresenta.

As legendas podem vir representadas por cores, hachuras, símbolos ou ícones de diversos tipos, ou utilizar combinações dessas várias representações.

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No uso de legenda com cores, é necessário seguir algumas regras determinadas pelas convenções cartográficas. O azul, por exemplo, presta-se para a representação de fenômenos ligados à água, como oceanos, mares, lagos, rios.

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Na representação de um fenômeno com várias intensidades, a graduação da cor utilizada deve manter relação direta com a intensidade do fenômeno. Assim, num mapa de densidades demográficas, as maiores densidades são representadas por uma cor ou tonalidade mais forte do que as menores densidades.

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Ao produzir representações cartográficas de fenômenos da natureza, as cores também podem sugerir as características do fenômeno. Em geral, os mapas climáticos utilizam as cores “quentes” (alaranjado, vermelho) para representar climas “quentes” (tropical, equatorial, desértico), ficando as cores “frias” reservadas aos climas mais frios.

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