apostila de mercado de trabalho

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 1 Mercado de Trabalho APOSTILA SOBRE MERCADO DE TRABALHO

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Page 1: Apostila de Mercado de Trabalho

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 1

Mercado de Trabalho

APOSTILA SOBRE

MERCADO DE TRABALHO

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Mercado de Trabalho

Capítulo 1

O Mercado de Trabalho

Até pouco tempo, as relações de trabalho eram caracterizadas por meio de contratos formais

realizados entre ‘patrões’ e ‘empregados’. Quanto mais tempo o trabalhador ficasse em uma

empresa, maiores seriam suas chances de ‘fazer carreira’ e menor a possibilidade de ser

rompido o vínculo trabalhista. Neste mesmo cenário, o perfil do trabalhador médio era

constituído por indivíduos do sexo masculino, de baixa escolaridade, formado “no chão de

fábrica”, que trabalhava nas indústrias, diretamente nas linhas de produção.

Hoje, o cenário mudou. Vivemos o aprofundamento da inovação tecnológica e da globalização

do mercado, onde indústrias e conhecimentos espalham-se por todos os cantos do planeta.

Esse movimento de evolução tecnológica e interdependência de mercados fazem com que as

mudanças sejam cada vez mais rápidas, e seus impactos cada vez mais fortes, gerando uma

necessidade de acompanhamento do capital humano nos países desenvolvidos, em especial

nos em desenvolvimento, para conseguirem acompanhar o nível de concorrência

internacional.

O Brasil encontra-se em meio a esse turbilhão de mudanças globais, além sofrer os bônus,

sofre também o ônus dessas mudanças. Assim, a economia brasileira necessita adaptar-se a

realidade atual para ser competitivo no mundo globalizado.

Com a globalização e o avanço tecnológico, o mercado de trabalho ficou cada vez mais

exigente. A cada dia que passa a especialização é um dos fatores predominantes para o

desenvolvimento profissional e a sua respectiva colocação no mercado de trabalho.

Os Jovens e o Mercado de Trabalho

Duas pesquisas, duas realidades. Mais da metade dos jovens brasileiros estão desempregados,

mas ainda assim mostram otimismo; os jovens norte-americanos têm empregos à disposição, e

claro, só podiam estar também otimistas.

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Mercado de Trabalho

Vamos ver do lado brasileiro o que os números mostram em relação aos jovens no mercado de trabalho.

No Brasil, apenas 36% dos jovens entre 15 e 24 anos têm emprego, outros 22% já trabalham,

mas estão desempregados atualmente; na média, os jovens demoram 15 meses para

conseguir o primeiro emprego ou uma nova ocupação, nas regiões metropolitanas. No total,

66% deles, complementam a renda familiar.

O jovem no Brasil

A remuneração mensal - A remuneração é o principal item de satisfação dos jovens que

trabalham: 17% deles dizem que a remuneração mensal é o fator número um de satisfação. A

distribuição percentual, conforme a remuneração é a seguinte:

27% - entre 1 e 2 salários mínimos

26% - até 1 salário mínimo

24% - entre 2 e 3 salários mínimos

19% - mais de 3 salários mínimos

3% - não responderam

1% - não é remunerado

O destino do salário

57% - Parte do que ganham entra no orçamento familiar

30% - Ganham só para si

9% - Tudo o que ganham entram no orçamento familiar

3% - Não responderam

A jornada de trabalho

34% - 8 horas

14% - 6 horas

13% - de 1 a 5 horas

13% - 11 horas ou mais

10% - 10 horas

9% - 9 horas

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Mercado de Trabalho

6% - 7 horas

2% - outras respostas / não responderam

O tempo atrás do emprego

34% - até seis meses

25% - de seis meses a 1 ano

22% - mais de 2 anos

14% - de 1 ano até 2 anos

6% - não responderam

Jovens brasileiros com formação têm mais sucesso

Para os jovens que têm alguma ocupação ou profissão, a realidade é menos dura: embora

somente 41% tenham sido absorvidos pelo mercado formal de trabalho, 82% do universo

estão de alguma forma trabalhando e conseguindo remuneração mensal fixa ou variável.

Segundo a pesquisa, para 79% dos 1.806 jovens entrevistados, apenas ter um emprego já é

motivo de satisfação. Vejamos a distribuição dos entrevistados de acordo com o vínculo

empregatício:

37% não têm carteira assinada

15% têm carteira assinada

15% trabalham por conta própria em ocupação temporária

5% estão em outras situações

3% trabalham por conta própria em ocupação regular

2% são universitários e trabalham como autônomos

2% são funcionários públicos

2% trabalham para a própria família, sem remuneração fixa

1% é de estagiários

Fonte: http://www2.uol.com.br/aprendiz/guiadeempregos/palavra/jbotelho/ge140202.htm Pesquisa da Fundação Perseu Abramo

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Mercado de Trabalho

Capítulo 2 Motivação e Autoestima

Motivação Pessoal Quando pensamos sobre a concepção de um projeto pessoal de vida temos que ter em

mente dois verbos: o fazer e o ser (podemos incluir ainda um terceiro verbo: o ter), ou

seja, o que fazer para ser o que queremos e ter o que queremos. Um projeto começa

com um desejo de estar melhor, uma noção difusa, que não define como; para realizá-

lo é preciso ter clareza para onde se quer ir, construindo uma estratégia para poder

atingir, porém a realização é limitada pelas crenças e paradigmas pessoais. Para

acontecer uma ação bem sucedida é preciso ter disciplina e dedicação.

Uma pessoa interessada em criar um projeto pessoal de vida, seja para escolher uma

carreira profissional, mudar de emprego ou aprimorar suas habilidades, precisa seguir

algumas premissas: é necessário sentir que precisa mudar; que é vantajoso mudar;

que é possível mudar; e que chegou a hora de mudar. Após a definição de que haverá

mudança, é preciso apreender o sistema de crenças pessoais, ou seja, entender as

crenças, as verdades subjetivas, o que influi na forma de sentir e agir. As crenças

existem para a sobrevivência do sujeito, são sistemas lógicos (ou pretensamente

lógicos) gerados numa estrutura mental, as crenças mais significativas se instalam no

período da infância, da formação estrutural do sujeito. Muitas crenças são irracionais,

fantásticas, mágicas, não sendo fundamentada em fatos, mas por estarem ligadas ao

campo emocional, acabam tendo influência quase que absoluta no nosso modo de

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pensar, sentir e agir. O sistema de crenças tem por finalidade evitar a dor (o

sofrimento, o perigo); buscar o prazer (físico, de realização psicológica ou estética); e

proceder a julgamentos primitivos como bom (carinho, calor, prazer) ou ruim (frio, dor,

ausência de carinho).

Não existem pessoas sem sistemas de crenças, porém muitas crenças agem de forma a

limitar o sujeito, ou melhor, agem contra a pessoa, como por exemplo, podemos citar

as crenças catastróficas: problemas não escolhem hora nem lugar, escolhem você; se

algo tiver que dar errado, dará. (a famosa Lei de Murphy). Assim, a questão é definir

que crenças queremos ter. Mudar crenças é mudar a forma de se pensar, e isso não é

nada fácil, é preciso ter dedicação e perseverança e muito planejamento estratégico

para desenvolver um sistema de crenças que façam mais sentido para a forma como se

quer viver.

Os fatores que determinam o sucesso são o entusiasmo, o fazer por prazer, dedicação,

empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor, inovação,

autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação eficaz e,

principalmente, ter clareza para onde se queremos ir e como chegar, além de

desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que impedem o

sucesso são o negativismo, pessimismo, abatimento, baixa auto-estima, insegurança,

inibição, omissão (medo de correr riscos), perfeccionismo (medo de errar), mentiras,

trapaças, tramóias e mau humor.

A atitude construtiva para o desenvolvimento da estrutura do pensamento estratégico

é a reciclagem da imagem (romper com o passado de insucesso), desenvolver

competências (continuamente), evitar a busca frenética de resultados (falsa

produtividade), assumir e cumprir compromissos (evitar justificativas), controlar a

soberba (evitar atitude presunçosa), vencer a inveja (foco produtivo), ser polido, usar a

cortesia (evitar impulsividade), participar, interessar-se pelos outros, saber ouvir,

expor, pedir e negar.

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Mercado de Trabalho

Qualquer pessoa que queira crescer, em qualquer nível da vida, deve lembrar que os

significados do que acontece ou aconteceu, daquilo que se colocam nos caminhos da

vida, depende de como se olha para esses fatos. O passado é aquilo que se acredita

que ele foi e não aquilo que talvez ele tenha sido, por isso mudar a linguagem (o

pensamento) possibilita experimentar novos modos de sentimentos e significados.

Referência: MOACIR, Carlos - "Motivação para Crescer. Gestão de Projeto Pessoal. Competências Essenciais" (2002) apontamentos de aulas ministradas no Curso de Especialização em Psicologia Social das Organizações do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo.

10 dicas para se automotivar Motivação pessoal é um grande diferencial no trabalho. Muitas vezes, o que separa um

profissional bom de outro ruim (ou um excelente de um razoável) não é a universidade

que frequentaram, nem as notas que tiveram, nem seu curriculo, mas sim a

capacidade de se automotivar.

É evidente que as empresa percebem e sabem deste fato — não é segredo para

ninguém. Procuram formas de manter seus funcionários sempre motivados,

apresentando desafios adequados, dando incentivos salariais, benefícios, participação

nos lucros e promoções. Porém — acontece nas melhores famílias — é comum chegar

o dia que o profissional está desmotivado.

Algumas dicas de motivação

Trace uma meta principal importante. Se você se sente em um beco sem saída, acorda

todas as manhãs sem vontade de trabalhar, o que poderia acontecer para que esta

realidade mudasse? Trace uma meta ao mesmo tempo realizável e que represente o

retorno do seu prazer em trabalhar. Talvez abrir um negócio próprio, mudar de área

de atuação, fazer uma nova graduação, ou seja, algo que faça seu coração bater e,

exagerando um pouco, seus olhos encherem de lágrimas.

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Mercado de Trabalho

Trace metas parciais menores. É bem provável que sua meta principal não possa ser

realizada imediatamente. Se pretende abrir um negócio, precisa fazer o plano de

negócio; se deseja mudar de área de atuação, provavelmente fará algum curso na

nova área. Determine metas menores que possam ser concretizadas em curto prazo.

Isso lhe dará autoconfiança, recobrando um pouco da motivação.

Determine recompensas. Nada mais motivador que a sensação de sucesso. Se você

consegue um bom resultado em algo que desejava, terá mais forças para buscar a

próxima vitória. Determine recompensas pessoais para cada meta parcial atingida. O

sentimento de sucesso será reforçado, motivando para novas conquistas.

Use o método do trabalho em tiros. Às vezes estamos numa situação tão extrema de

desmotivação que não conseguimos sequer dar o primeiro passo. Ficamos parados

(deitado no sofá e acordando meio dia?) e a inércia nos impede de sair desta situação.

A técnica de trabalho em tiros (O objetivo é se concentrar como um nadador ou

corredor em um treino, ao realizar várias repetições de atividade intensa e

completamente focada. Assim, você se dedica inteiramente a uma tarefa por um

período muito curto — de um a dez minutos, por exemplo. Depois disso, tem-se um

pequeno período de descanso e repete novamente outro tiro.) é uma grande aliada

nessas horas. Ela acaba de vez com a procrastinação (se deixar para depois — protelar

o que pode ou deve fazer agora) em casos extremos.

Determine as próximas ações. Esta etapa do GTD também evita a procrastinação. Claro

que não é o mesmo que aplicar a metodologia Getting Things Done por completo, mas

em conjunto com o método de trabalho em tiros, facilita a saída da inércia. Determinar

as próximas ações é como um guia de primeiros passos pessoais.

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Mercado de Trabalho

Encontre um parceiro. Encontre alguém que lhe motive. Pode ser um colega de

trabalho com quem possa conversar ou alguém para desenvolver trabalhos em equipe.

É como numa academia de ginástica. Ir sozinho é muito mais difícil do que ir com um

amigo.

Converse com sua família. Apoio familiar em horas difíceis de qualquer natureza é

crucial. Não seria diferente com motivação. Converse com sua esposa / esposo / pai

/ mãe / irmão / irmã, peça opinião, fale o que pensa. O sentimento de conforto dará

tranquilidade para tomar medidas bem pensadas.

Leia um livro. Esta é uma dica bem ampla, devido à enorme variedade de tipos de

livros. Mas é fato que os livros são aliados poderosos. Você pode buscar um livro mais

técnico caso queira aprender algo novo; um romance caso queira abstrair; ou um livro

de auto-ajuda para procurar mais dicas que lhe tirem desta situação.

Pratique um esporte. O resultado é imediato. Quando praticamos esporte, nos

sentimos mais dispostos para tudo. Acordar, trabalhar, conversar, interagir e… praticar

esportes. Se você é uma pessoa de terapia, também é uma boa opção.

Mude de emprego. O ideal é que não precisemos recorrer a métodos conscientes de

motivação pessoal com frequência. Mas, como diz Steve Jobs, se você acorda todas as

manhãs pensando que não fará naquele dia o que gostaria de fazer no último dia de

sua vida, esta pode ser a melhor opção. Tenha cautela e evite decisões precipitadas. Se

estiver determinado, saiba sair do emprego.

Fonte: http://fazendoacontecer.net/2009/08/19/motivacao-pessoal-10-dicas-para-se-automotivar/

Autoestima

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Mercado de Trabalho

Em psicologia, autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma

como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg,

2003).

A autoestima envolve tanto crenças autossignificantes (por exemplo, "Eu sou

competente ou incompetente", "Eu sou benquisto ou malquisto") e emoções

autossignificantes associadas (por exemplo, triunfo ou desespero, orgulho ou

vergonha). Também encontra expressão no comportamento (por exemplo,

assertividade ou temeridade, confiança ou cautela). Em acréscimo, a autoestima pode

ser construída como uma característica permanente de personalidade (traço de

autoestima) ou como uma condição psicológica temporária (estado de autoestima).

Finalmente, a autoestima pode ser específica de uma dimensão particular (por

exemplo, "Acredito que sou um bom escritor e estou muito orgulhoso disso") ou de

extensão global (por exemplo, "Acredito que sou uma boa pessoa, e sinto-me

orgulhoso quanto a mim no geral").

Fonte: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O VALOR DA AUTOESTIMA

A autoestima, juntamente com o amor-próprio, é a base para o ser humano. É a cura

para todas as dificuldades e sofrimentos. E mais, é a cura para todas as doenças de

origem emocional e relações destrutivas.

A autoestima começa a se formar na infância, a partir de como as outras pessoas nos

tratam. Ou seja, as experiências do passado exercem influência significativa na

autoestima quando adultos. Perde-se a autoestima quando se passa por muitas

decepções, frustrações, em situações de perda, ou quando não se é reconhecido por

nada que faz. O que abala não é só a falta de reconhecimento por parte de alguém,

mas principalmente a falta de reconhecimento por si próprio.

Quando a autoestima está baixa a pessoa se sente inadequada, insegura, com dúvidas,

incerta do que realmente é, com um sentimento vago de não ser capaz. Não acredita

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Mercado de Trabalho

ser capaz de ter alguém que a ame, de fazer aquilo que quer, de se cuidar,

desenvolvendo assim um sentimento de insegurança muito profundo, desistindo

facilmente de tudo que começa.

Como ela mesma não se ama se sujeita a qualquer tipo de relação para ter alguém ao

seu lado, tornando-se dependente de relações destrutivas e não conseguindo forças

para sair delas. Vale lembrar que esse processo acontece inconscientemente. A pessoa

não tem consciência do por que está agindo assim, apenas sente o sofrimento que

pode se expressar em forma de angústia, dor no peito, choro, pesadelos, vazio,

agressividade, depressão, punição, doenças.

Culpam os outros pelos próprios erros, encaram todas as críticas como ataques

pessoais e tornam-se dependentes de relações doentes. O maior indicador de uma

pessoa com baixa autoestima é quando sente intensa necessidade de agradar, não

consegue dizer "não", busca aprovação e reconhecimento por tudo o que faz, sempre

querendo se sentir importante para as pessoas, pois na verdade, não se sente

importante para si mesma. Com isso, se abandona cada vez mais.

A autoestima também influencia na escolha dos relacionamentos. Aqueles com

elevado amor-próprio em geral atraem pessoas com a mesma característica, gerando

uniões saudáveis, criativas e harmoniosas. Já a baixa autoestima acaba atraindo ou

mantendo relacionamentos destrutivos e dolorosos. Quando há amor-próprio não se

deixa envolver nem manter relações destrutivas. Há também uma relação direta e

muito importante entre desempenho profissional e autoestima, mas esse é outro

assunto.

A autoestima influencia tudo que fazemos, pois é o resultado de tudo que acreditamos

ser, por isso o autoconhecimento é de fundamental importância para aumentar a

autoestima. Ou seja, confiar em si mesmo, ouvir sua intuição, acreditar em sua voz

interior, respeitar seus limites, reconhecer seus valores, expressar seus sentimentos

sem medo, sentir-se competente, capaz de se tornar independente da aprovação dos

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outros, tudo isso faz com que a autoestima se eleve. Mas é um processo gradativo que

exige trabalho e conscientização.

DICAS PARA ELEVAR SUA AUTOESTIMA

Melhor caminho para o autoconhecimento: diálogo interno

Características da baixa autoestima:

- insegurança

- inadequação

- perfeccionismo

- dúvidas constantes

- incerto do que se é

- sentimento vago de não ser capaz de realizar nada >> depressão

- não se permite errar

- necessidade de: agradar

- aprovação

- reconhecimento

O que diminui a autoestima?

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- críticas e autocríticas

- culpa

- abandono

- rejeição

- carência

- frustração

- vergonha

- inveja

- timidez

- insegurança

- medo

- humilhação

- raiva

- e, principalmente: perdas e dependência (financeira e emocional)

Quando começa a se formar

Na infância. A partir de como as outras pessoas nos tratam. Quando criança pode-se

alimentar ou destruir a autoconfiança. Autoestima baixa geralmente está relacionada a

falsos valores. Crença que é necessária aprovação da mãe ou pai.

Para elevar a autoestima é preciso:

- autoconhecimento

- manter-se em forma física (gostar da imagem refletida no espelho)

- identificar as qualidades e não só os defeitos

- aprender com a experiência passada

- tratar-se com amor e carinho

- ouvir a intuição (o que aumenta a autoconfiança)

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Mercado de Trabalho

- manter diálogo interno

- acreditar que merece ser amado(a) e é especial

- fazer todo dia algo que o deixe feliz. Pode ser coisas simples como dançar, ler,

descansar, ouvir música, caminhar.

Resultados da autoestima elevada

- mais à vontade em oferecer e receber elogios, expressões de afeto

- sentimentos de ansiedade e insegurança diminuem

- harmonia entre o que sente e o que diz

- necessidade de aprovação diminui

- maior flexibilidade aos fatos

- autoconfiança elevada

- amor-próprio aumenta

- satisfação pessoal

- maior desempenho profissional

- relações saudáveis

- paz interior

Lembre-se:

"A pessoa mais especial e importante no mundo é você!"

Fonte:http://cyberdiet.terra.com.br/cyberdiet/colunas/021129_psy_auto_estima.htm por: Rosemeire Zago - Psicóloga clínica.

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Mercado de Trabalho

Capítulo 3 Marketing Pessoal

O modelo de sociedade em que vivemos dita padrões de competitividade

extremamente elevados em praticamente todas as áreas. Tanto em aspectos visuais,

de comunicação e de conhecimento, quanto em outros aparentemente secundários,

pequenas diferenças podem determinar o sucesso ou o fracasso. .Talvez seja um

modelo injusto, mas a realidade é que este é o modelo em que transitamos.

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Mercado de Trabalho

O reconhecimento de competências e habilidades é fundamental para diferenciar e

situar um indivíduo no contexto social em que vive e determina, em grande parte, a

maneira como ele estará posicionado para o sucesso profissional e pessoal.

É fato que nem todos possuem as mesmas competências e habilidades. Porém, muitos

as possuem e, por uma série de fatores, elas não são facilmente reconhecíveis. As

habilidades encobertas geram uma grande desvantagem, especialmente quando a

competição é acirrada. Todos já se perguntaram: porque fulano de tal, sendo menos

preparado, menos hábil, menos esforçado e experiente, galgou sucesso pessoal ou

profissional maior do que o nosso?

Talvez uma das respostas seja a prática do Marketing Pessoal.

Marketing Pessoal pode ser definido como uma estratégia individual para atrair e

desenvolver contatos e relacionamentos interessantes do ponto de vista pessoal e

profissional, bem como para dar visibilidade a características, habilidades e

competências relevantes na perspectiva da aceitação e do reconhecimento por parte

de outros.

Foi-se o tempo em que marketing pessoal era um instrumento político, falso, visando

apenas uma conquista específica. Hoje, para avançar em meio à verdadeira selva social

em que se transformou o capitalismo, ele vem se tornando uma ferramenta cada vez

mais necessária para todos, do mais simples ao mais sofisticado.

Os elementos fundamentais, quando se atesta que o caminho do sucesso é a prática

do marketing pessoal, são:

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Mercado de Trabalho

- A qualidade do posicionamento emocional para com os outros

- A comunicação interpessoal

- A montagem de uma rede relacionamentos (Networking)

- O correto posicionamento da imagem

- A prática de ações de apoio, ajuda e incentivo para com os demais

Posicionamento emocional pode ser definido como sendo a forma com que as pessoas

se lembrarão de um individuo. Algumas pessoas se recordam de outras pela maneira

cortês, positiva e educada como foram tratadas, pela sinceridade e zelo com que

tiveram o contato, enfim, pelas emoções positivas que remetem à imagem de outrem.

Ao contrário, há pessoas que deixam uma imagem profundamente negativa, mesmo

que o contato interpessoal tenha sido curto.

Assim, a prática do marketing pessoal deverá ser responsável por um grande cuidado

na maneira como se dão os contatos interpessoais. São fundamentais para isso,

atitudes que remetam à atenção, simpatia, assertividade, ponderação, sinceridade e

demonstração de interesse pelo próximo, de uma forma autentica e transparente. Reza

uma máxima do marketing pessoal: atenção personalizada a quem quer que seja

nunca é investimento sem retorno.

A comunicação interpessoal pode ser definida como sendo o grande elo que destaca

um individuo em meio à massa. Quando ele fala, quando se expressa por escrito ou

oralmente, quando cria vínculos de comunicação continuada, o individuo externa o

que tem de melhor em seu interior. Assim, usar um português correto e adequado a

cada contexto, escrever bem, vencer a timidez, usar diálogos motivadores e edificantes

e manter um fluxo de comunicação regular com as pessoas é básico para um bom

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Mercado de Trabalho

desenvolvimento do marketing pessoal. Temos sempre a tendência de ver as pessoas

que se comunicam bem como líderes no campo em que atuam.

Rede de relacionamentos pode ser definida como uma teia de contatos, nos mais

variados níveis, fundamentais para o individuo se situar socialmente, tanto de forma

vertical (com relações em plano mais elevado que o seu) quanto horizontalmente (com

seus pares, em plano semelhante).

Quando se fala em rede de contatos, dois desafios surgem imediatamente:

dimensionar os relacionamentos de forma plural, isto é, ser capaz de se relacionar em

qualquer nível, tornando-se lembrado por todos de forma positiva; e manter a rede de

contatos, enviando mensagens periodicamente, fazendo-se presente em eventos

sociais e tratando aos outros com atenção e cordialidade.

Posicionamento de imagem pode ser definido como uma adequação visual ao contexto

social. É fato que a sociedade hipervaloriza a imagem e, exageros à parte, o princípio

do cuidado visual precisa ser analisado realisticamente. Assim, o traje correto e

adequado ao momento, a combinação estética de peças, cores e estilo, bem como os

cuidados físicos fundamentais (o corte do cabelo, a higiene, a saúde dentária, etc) são

importantes para uma composição harmônica e atrativa da imagem.

Finalmente, a prática de ações de apoio, ajuda e incentivo para com os demais são o

grande elemento do marketing pessoal e, como destaque social, a melhor forma de

galgar um lugar nas mentes e corações dos que nos cercam.

Não é preciso dizer que apoiar, ajudar e incentivar as pessoas devem ser um conjunto

de atitudes sinceras, transparentes e baseadas no que se tem de melhor. Até porque

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Mercado de Trabalho

ações meramente aparentes são facilmente detectadas e minam a essência do

marketing pessoal verdadeiro. O segredo, portanto, é sempre se perguntar: de que

maneira posso ajudar? De que forma posso apoiar? Como posso incentivar o

crescimento, o progresso e o bem-estar do próximo?

Quando bem praticado, o marketing pessoal é uma ferramenta extremamente eficaz

para o alcance do sucesso social e profissional. E o melhor é que, além de beneficiar

que o pratica, ele também proporciona bem estar para os que estão ao redor.

Que tal mudar alguns velhos paradigmas e repensar o nosso próprio marketing

pessoal?

Fonte: http://www.skywalker.com.br/ - sérgio Luiz de Jesus

Marketing Pessoal hoje é a ferramenta mais eficiente de fazer com que seus

pensamentos e atitudes, sua apresentação e comunicação, trabalhem a seu favor no

ambiente profissional. Além desses detalhes o cuidado com a ética e a capacidade de

liderar, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a sua volta, também

fazem parte do Marketing Pessoal.

As empresas de hoje analisam muito mais do que sua experiência profissional. A

preocupação com o capital intelectual e a ética são fundamentais na definição do perfil

daqueles que serão parceiros / colaboradores.

Alguns detalhes merecem atenção especial:

• Estar sempre pronto e capacitado para enfrentar mudanças;

• Ter consciência da importância da atitude para a concretização de objetivos;

• Saber focar os problemas e controlar a preocupação e os sentimentos de

frustração e angústia;

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Mercado de Trabalho

• Entender e acreditar a própria capacidade de realização e de superação de

obstáculos;

• Manter-se motivado;

• Usar uma forma gentil e atenciosa de tratar as pessoas, de forma que ela

trabalhe como seu diferencial;

• Seja absolutamente pontual;

• Preocupe-se com a objetividade e a honestidade para que você não seja traído

com detalhes de menor importância;

• Observe com cuidado a roupa que vai usar, adequando-a cuidadosamente à

situação e ambiente; ela pode abrir ou fechar portas;

• Preocupe-se com o seu linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz. Evite

gírias ou expressões chulas, controle suas mãos e braços, fale baixo e devagar;

• Controle suas emoções, mas não as anulem, elas são muito importantes para

mostrar o seu envolvimento ou comprometimento com o tema que está sendo

tratado;

• Cuidado com o uso do celular;

• Não fale demais nem de menos.

Case

O Marketing Pessoal por Max Gehringer

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Mercado de Trabalho

Você sabe como crescer e aparecer dentro da empresa? Conheça os mandamentos do

chamado marketing pessoal.

Por que ótimos funcionários muitas vezes não conseguem ser promovidos? Porque

eles estão fazendo tudo certo, mas esquecem de algo muito importante: o marketing

pessoal.

Num escritório de consultoria fazendo uma pesquisa sobre marketing pessoal -

qualidades que fazem com que alguns consigam se destacar dos demais. Nós pedimos

a cada um dos entrevistados para pegar um papel e escrever o nome de duas pessoas

que, na opinião de cada um, mais se enquadrasse em todos esses itens que vamos

discutir. Por que duas pessoas? Porque cada pessoa tem o direito de votar em si

mesmo.

Ao final da votação, não vamos escolher o melhor ou a melhor. Se a gente

simplesmente pegar um que foi o mais votado, nós vamos criar mais problema do que

qualquer outra coisa para a pessoa. Vamos selecionar três ou quatro pessoas.

Marketing é o conjunto de ferramentas que uma empresa usa para fazer com que seus

produtos sejam conhecidos, apreciados e comprados. Marketing pessoal é para que

um profissional faça exatamente a mesma coisa, só que em benefício da própria

carreira.

Nós começamos a aplicar o marketing pessoal às nossas carreiras a partir do momento

em que o nível dos candidatos no mercado de trabalho começou a ficar muito igual. É

a habilidade que um funcionário tem de aparecer sem ser chato e de conseguir a

simpatia da chefia sem ser puxa-saco.

Eu sempre digo que a melhor avaliação que a gente faz é de garçom. "Eu fico atento no

movimento do cliente", diz o garçom Edson da Silva. Se a gente, inadvertidamente,

olha para o garçom e não precisa de nada, ele nunca está olhando para a gente. "A

gente fica no nosso canto para não atrapalhar o cliente, mas sempre de olho na mesa",

comenta Edson. Quando a gente precisa de alguma coisa, o garçom está olhando para

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Mercado de Trabalho

a gente. Se a gente só conseguir fazer o que o garçom faz, nós nunca vamos ser chatos

na vida.

Veja, a seguir, os dez mandamentos do marketing pessoal.

1º - Liderança

Algumas pessoas têm uma habilidade muito maior de influenciar as outras. "O Clayton

está sempre preocupado se a gente precisa de alguma coisa" comenta a caixa Laísa dos

Santos. "Ele socorre a gente", diz a caixa Ester Alves. O Clayton é um formador de

opinião, e a empresa percebe isso rapidamente.

2º - Confiança

Quando eu pergunto "Quanto foi o jogo?", eu imediatamente olho para uma pessoa.

Eu não falo assim: "quanto foi?", olhando ao redor. Essa é a pessoa em que nós

confiamos.

3º - Visão

É alguém entender o que está fazendo e por que está fazendo, e sugerir pequenas

mudanças para melhorar o próprio trabalho ou o trabalho dos colegas. Do que nós

estamos falando? Pequenas idéias, uma por dia, de R$ 3. Muita gente fica esperando

muito para ter uma grande idéia na vida de R$ 200 milhões e perde a oportunidade de

ter a pequena idéia de todo dia.

4º - Espírito de equipe

É oferecer ajuda aos colegas, mesmo sem ser solicitado. De coração aberto, quantas

pessoas realmente fazem isso?

5º - Maturidade

É saber solucionar conflitos sem provocar mais conflitos. "Ele prefere conversar e não

resolver em discussão", diz o repositor de loja William Matias. "Um ajudando o outro é

que a gente vai ser uma equipe melhor", acredita o repositor de loja Antônio

Raimundo Nascimento.

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Mercado de Trabalho

6º - Integridade

É fazer o seu trabalho sem prejudicar ninguém. Não ser excessivamente ambicioso e

atropelar quem aparece pela frente. Pesquisa instantânea de opinião: quem nunca foi

prejudicado na carreira? Quem tem vontade de prejudicar alguém? Qual das duas

perguntas que eu fiz mostra falta de integridade? A segunda? Se eu tiver o desejo,

assim, de me vingar, isso mostra a minha falta de integridade? Não. O desejo não

mostra. É por isso que nós temos sentimentos, nós temos emoções e, muitas vezes, no

trabalho, nós temos que guardar isso para a gente mesmo. Eu, sinceramente, tenho

vontade de atropelar um monte de gente, mas eu não vou fazer isso.

7º - Visibilidade

Ser o primeiro a levantar a mão quando o chefe precisa de um voluntário para uma

tarefa. O que eu me lembro nos últimos 25 anos da minha vida corporativa, todo

mundo que levantou a mão quando eu pedi um voluntário, hoje, ou é gerente, ou é

diretor, ou é presidente de empresa. Impressionante.

8º - Empatia

É saber elogiar o trabalho de um colega e reconhecer o mérito dos outros. "Foi o

Emerson. Isso foi ontem ainda. Ele montou lá na frente da loja uma exposição de

brinquedos que foi muito lindo mesmo. Elogiei, elogiei na hora", disse o fiscal de loja

Enedino dos Santos.

9º - Otimismo

Não é um otimismo burro, mas um otimismo com causa. A pressão do trabalho nos

leva a imaginar que as coisas são piores do que realmente são.

10º - Paciência

Isso é o que mais acontece com jovens recém-formados no mercado de trabalho.

Normalmente, uma pessoa com excelente formação acadêmica entra em uma

empresa e, seis horas depois, já está começando a pensar por que ela não foi

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Mercado de Trabalho

promovida. De todas as qualidades que nós podemos ter, a paciência é talvez, a que se

a gente não tiver, vai nos prejudicar mais.

Evidentemente, não adianta ter tudo isso se o funcionário não consegue fazer aquilo

que ele é pago para fazer, dar bons resultados de curto prazo.

No grupo, foram três escolhidos. O primeiro é o Fabian, o segundo é o Júlio, e o

terceiro é o Rodrigo.

"Eu busco, no meu dia-a-dia, estar sempre ajudando as pessoas. Eu tenho o espírito de

equipe", explicou o assistente de vendas Rodrigo Zazzera. "Se eu estou ajudando o

companheiro, eu sei que, futuramente, ele vai me ajudar também", ressaltou o

analista de sistemas Fabian Schmidt. "Fiquei surpreso porque eu não vejo um destaque

da minha parte", disse o analista de sistemas Júlio César Arão.

A lição que vocês três estão dando é que basta vocês fazerem o que aprenderam em

casa: ter respeito pelo próximo. São lições que têm milhares de anos, mas é isso que

constrói uma imagem.

Em uma empresa séria, quem tem marketing pessoal recebe atenção da chefia e apoio

dos colegas. Em uma empresa medíocre, a mesma pessoa pode ser vista como uma

ameaça. Em um caso assim, não adianta querer mudar a empresa. É mais sábio mudar

de empresa.

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Mercado de Trabalho

Capítulo 4 O Que é Ser Profissional e

O Momento da Escolha

Ser profissional é possuir um conjunto de qualidades pessoais e refleti-las, de modo

apropriado na vida profissional. Qualidades como competência, ética, honestidade,

moral, ousadia são coisas de nossas personalidades que são quase obrigatórias num

bom profissional.

O "ser" profissional é não extravasar qualidades e defeitos pessoais além do

necessário. O problema é que para isso, nos serve o bom senso que nem todos o têm.

Não fazer de suas qualidades motivo de inveja no ambiente de trabalho, mas de

admiração. Ser ético é ótimo, mas não queira ser a ética encarnada, pois ética demais

atrapalha o andamento de tudo. O super competente vira o puxa saco, o cdf, o

aparecido, prejudicando uma equipe. Profissionalismo é ser regido por um equilíbrio

entre virtudes e defeitos. Ser impaciente é um defeito, mas paciência demais é ser

inerte ou não saber cobrar dos outros; às vezes um murro na mesa é necessário, mas

que seja na mesa, e não no subalterno, muito menos no superior.

O Profissional Atual = um Ser Humano Completo

Estamos vivendo a "era da informação, da velocidade e da orientação para resultados".

Muitas vezes, ficamos atônitos com a rapidez com que as mudanças acontecem. Já não

basta mais sermos especialistas em informática. Precisamos "entender do negócio",

senão como poderemos aplicar nossos conhecimentos em benefício da empresa, ou

em outras palavras: gerar resultados.

Muitos consultores e autores bem-sucedidos de livros de negócios e carreira dizem

que estamos vivendo a era dos multi-especialistas. Precisamos entender de muitos

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Mercado de Trabalho

assuntos: administração, finanças, informática, outros idiomas, pessoas (esta talvez

seja a aptidão mais importante e mais difícil), trabalho em equipe, etc.

Como dominar tantas competências e, ao mesmo, tempo conciliar família, amigos,

atividades físicas e a pressão da empresa por resultados cada vez melhores e em

menor tempo? Com certeza não é fácil, mas é possível crescer profissionalmente e,

principalmente, com ética, sem abrir mão de uma vida pessoal com qualidade.

Conhecimentos são e sempre serão indispensáveis

Lembra do tempo em que era só pegar o diploma, esperar uma proposta de emprego,

trabalhar por "uns trinta anos" na mesma empresa e se aposentar? Essa época

simplesmente acabou. Hoje temos que nos manter em um estado de aprendizagem

contínuo. Educação e aprendizagem não é algo que tem data para terminar em um

momento determinado, como logo após a faculdade ou uma pós-graduação. Para que

o profissional possa manter-se no mercado é necessário estudar sempre, mantendo-se

atualizado com as mudanças tecnológicas, aprendendo a utilizar as novas ferramentas,

aprimorando o conhecimento de outros idiomas e assuntos.

Precisamos conhecer uma infinidade de assuntos, dentro os quais, poderia destacar os

seguintes: conhecimentos sobre finanças e investimentos, noções básicas sobre

contabilidade e economia, matemática financeira, um ou mais idiomas estrangeiros;

preferencialmente inglês e espanhol, bom domínio da gramática e das técnicas de

redação, administração, marketing, gerência de projetos, trabalho em equipe e

orientação para resultados.

Somente o estudo eficaz e continuado é capaz de garantir o domínio de tantos

assuntos. Por isso devemos nos preocupar, em primeiro lugar, em melhorar o nosso

rendimento nos estudos.

Aliás, o princípio de educação pela vida inteira não é nenhuma novidade dos tempos

modernos. Os gregos já defendiam um modelo de educação conhecido como

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Mercado de Trabalho

"paidéia", em que um dos pilares deste modelo era uma educação diferenciada e

continuada, mesmo após a idade adulta. Em resumo: educação e estudo por toda a

vida.

O primeiro dilema: mais estudo demanda mais tempo

Para exemplificar o dilema de arranjar tempo para estudar tudo o que julgamos

necessário ou "que nos dizem" ser necessário, vou utilizar o exemplo da pessoa que eu

melhor conheço neste mundo: "eu".

Em primeiro lugar, temos que entender que não dá para estudar tudo o que achamos

que é importante ou nos dizem (jornais, revistas e sites da moda) ser indispensável

para uma carreira de sucesso. Devemos ser capazes de definir prioridades e segui-las à

risca.

Durante muito tempo comprei muito mais livros do que poderia ler. Cheguei a ter mais

de 30 livros esperando na fila. Constantemente, me preocupava pelo fato de não

conseguir ler e estudar todos os assuntos que eu julgava importantes. Uma simples

pausa para assistir a um jogo de futebol na televisão era motivo para consciência

pesada por não ter aproveitado melhor meu tempo. Onde é que já se viu perder um

jogo do Grêmio?

Neste período, acabei me afastando dos amigos, da família e até minha esposa

queixava-se, com a mais absoluta razão, de que eu quase não ficava com ela. Muitas

vezes eu me preocupava mais em ler um livro, do que em fazer uma análise sobre seu

conteúdo e sobre o valor daquela leitura para mim como ser humano e para a minha

carreira. O importante era diminuir a fila de livros não lidos, mesmo que isso

significasse cada vez menos horas de sono, de lazer e de atividades físicas. Pouco

importava se minha qualidade de vida estava péssima e piorando dia-a-dia.

Talvez o amigo leitor jamais tenha chegado a esse ponto, mas não é difícil concluir que

não dá para estudar tudo. O simples fato de o estudo ter se tornado uma carga muito

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Mercado de Trabalho

pesada, mais uma obrigação do que um prazer, fez com que meu rendimento e meu

humor descessem a níveis preocupantes.

Não dá para aprender tudo ao mesmo tempo: Windows XP, Windows 2000, Linux,

Novell, UNIX, VB, Delphi, Java, Java Script, ASP, ASP.NET, C, C++, C#, XML, segurança,

finanças, economia, administração, fazer um MBA, uma pós... E, se você ainda estiver

vivo, quem sabe, uma cirurgia de ponte de safena.

Estudo e aperfeiçoamento contínuos são fundamentais sim, porém de forma

organizada e, principalmente, planejada. O foco deve estar na aplicação dos

conhecimentos adquiridos. Jamais no conhecimento por si só. Jamais se esqueça dos

seguintes princípios básicos: definição de prioridades e foco na aplicação dos

conhecimentos.

Parece e é o óbvio. Se cada vez temos mais assuntos para estudar, mais aptidões para

desenvolver e menos tempo para tudo isso é fundamental que formemos uma base

bem sólida para enfrentar os desafios atuais e os que ainda estão por vir. Como "base

sólida", considero o domínio de algumas técnicas vitais para que o profissional possa

manter o seu desempenho em níveis sempre elevados. Vamos falar um pouco sobre

alguns tópicos que considero vitais:

Administração do tempo – Saber administrar de maneira racional o "escasso" tempo

que dispomos é de fundamental importância. Muitas pessoas queixam-se de que não

tem tempo para nada, mas se observarmos com mais atenção veremos que mesmo

que o dia tivesse as "tão sonhadas 48 horas", essas pessoas não conseguiriam concluir

as suas tarefas, pelo simples motivo de que não administram corretamente o tempo.

Estamos sem controle do nosso tempo quando acumulamos mais informações do que

podemos absorver, quando trabalhamos de olho no relógio, querendo cumprir uma

carga de trabalho irreal, quando levamos uma vida sedentária com a desculpa que não

temos tempo para praticar uma atividade física ou quando enchemos nossa agenda

com atividades e compromissos.

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Mercado de Trabalho

Serás organizado e não procrastinarás – Não é um mandamento, mas deve ser

encarado como tal. Sabe aquela história que: "na minha bagunça eu me acho"? O

profissional dos dias atuais tem que ser organizado, quer seja no trabalho, quer seja na

sua vida pessoal. No final de cada ano fazer um planejamento para o ano seguinte não

faz mal a ninguém. No planejamento é importante incluir quais os novos

conhecimentos você deseja adquirir, as novas aptidões que deseja desenvolver e,

principalmente, quais os objetivos que deseja alcançar. Parece incrível, mas muitas

pessoas, no meio da correria, não têm a noção exata de quais são seus objetivos.

Como diz um ditado oriental: "de que adianta correr se você está no caminho errado"?

Outra "praga", que deve ser combatida com veemência é a procrastinação, o popular

"empurrar com a barriga". Deixar para depois, começar amanhã ou quem sabe na

semana que vem? Nada disso. Quanto antes iniciarmos nossas tarefas, com mais

tranquilidade e qualidade poderemos completá-las, sem apuros e improvisações.

Trabalho em equipe e delegação de tarefas – Você é admitido na empresa e é mais do

que normal que no seu primeiro emprego, seja alocado para realizar algumas tarefas

operacionais. Mas como todo mundo, você quer evoluir, crescer, ser promovido. É

natural que venha a ocupar, com o passar do tempo, um cargo de gerência. Quem

sabe um dia será diretor, depois vice-presidente e, por que não, presidente. Não

importa o cargo que você ocupa, é fundamental que saiba trabalhar em equipe, em

outras palavras: "colaboração e cooperação". Isso não significa que não deva existir

competição, porém em doses saudáveis. Mas o fato é que somente o trabalho em

equipe é capaz de obter os resultados exigidos atualmente. Pela milionésima vez vou

citar o exemplo do time de futebol formado por onze craques, porém sem espírito de

equipe, onde cada um quer aparecer mais do que o outro. Com certeza este time será

derrotado por uma equipe formada por onze jogadores medianos, porém com forte

espírito de equipe, onde todos colaboram na busca de um objetivo comum. Na medida

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Mercado de Trabalho

em que você vai ocupando cargos com características mais gerenciais do que

operacionais a delegação de tarefas torna-se um instrumento indispensável. Se você

chefia uma equipe é fundamental que confie nela. Com isso é possível delegar tarefas

e manter um nível de acompanhamento racional; pois de nada adianta delegar uma

tarefa e depois acompanhar, passo-a-passo a execução.

Não basta ser competente, os outros tem que saber que você é competente – É

importante que as pessoas saibam que você é um profissional competente, ético e em

que assuntos você pode ser considerado uma referência. Não é uma questão de ser

metido ou se achar o máximo. Devemos cuidar da nossa carreira da mesma maneira

que cuidamos de uma empresa. Tom Peters defende que o profissional deve cuidar da

divulgação do seu talento e habilidades, como se estivesse fazendo a divulgação do

produto de uma empresa. Peters ainda defende a idéia que devemos cuidar desde os

aspectos básicos com uma boa aparência, boa educação até questões mais avançadas

como fazer uma auto-avaliação do tipo: "qual o valor da marca – seu nome – para o

mercado de trabalho". A idéia básica é que você torne-se um profissional que as

empresas necessitem e que seja capaz de fazer o seu marketing pessoal com eficiência.

Outra palavra que está bastante em moda é "netwoking". Esta palavra é utilizada para

fazer referência à nossa rede de relacionamentos. Diversos autores são unânimes em

afirmar que não devemos nos descuidar da nossa rede de relacionamentos. De

preferência devemos ampliá-la para incluir contato com profissionais das mais diversas

áreas. Manter nossa lista de telefones e endereços de e-mail em dia é de fundamental

importância. Muitas vezes uma oportunidade surge na empresa onde um dos seus

contatos/amigos está trabalhando. É natural e ético que o seu contato/amigo indique

você para ocupar a vaga. Existem empresas que dão prêmios em dinheiro, para

funcionários que indicam conhecidos que sejam aprovados e admitidos para ocupar

uma vaga na empresa. A simples indicação não garante o emprego, pois o candidato

deverá passar pelo processo de avaliação da empresa. Além disso, se você não for

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Mercado de Trabalho

competente, o seu amigo/contato não irá indicá-lo, pois ele não quer ser responsável

pela admissão de uma pessoa sem as competências exigidas pela empresa.

É hora de construir uma carreira de sucesso

Agora que você já conhece os fundamentos necessários para criar uma carreira de

sucesso, tais como administrar bem o tempo e a sua lista de contatos, ser organizado e

ter objetivos bem claros, é hora de construir uma carreira sólida e de sucesso.

Parece óbvio, mas devo reforçar a idéia de que o profissional de TI quer seja em nível

operacional, gerencial ou executivo, deve ter sólidos conhecimentos técnicos. Um

ponto importante a destacar é que "conhecimentos técnicos" significam o domínio de

algumas tecnologias essenciais e não, necessariamente, de produtos específicos. Este é

um erro que tenho observado, inclusive, em diversos cursos universitários para a

formação de profissionais de TI, ou seja, ao invés de ensinar tecnologia, ensinam a

utilizar determinados produtos. Claro que existem alguns produtos específicos que,

devido a grande aceitação pelo mercado, devem ser dominados pelo profissional de TI.

A seguir coloco uma lista das tecnologias e alguns produtos específicos que considero

essenciais que o profissional domine:

• Sistemas operacionais, principalmente Windows (9x, 2000, NT e XP), Linux e UNIX. •

Redes de computadores (conceitos, arquiteturas, dispositivos de hardware, etc.). •

TCP-IP e tecnologias relacionadas. • Orientação a objetos. • Princípios de análise e

projeto de software. • Segurança (criptografia, firewall, gerenciamento, VPN, PKI,

certificados digitais, etc.). • Banco de dados (modelo relacional, administração,

integração com a Web, etc.). • Gerência de projetos. • No mínimo uma

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Mercado de Trabalho

ferramenta/linguagem de desenvolvimento. • Internet (arquitetura, utilização, modelo

de desenvolvimento para Web em três ou mais camadas).

Pode parecer muita coisa, mas o domínio destes assuntos segue uma ordem natural e

até intuitiva, mesmo nos atuais dias de correria. A maioria dos profissionais de TI

iniciou sua carreira aprendendo a utilizar um sistema operacional. Em seguida, muito

provavelmente, passou a estudar os princípios básicos de lógica de programação e

uma linguagem para testar os conceitos aprendidos. Em seguida, chegou o momento

de aprender a utilizar algumas ferramentas, como por exemplo, um redator de textos

e uma planilha de cálculos. E assim os conhecimentos vão sendo adquiridos um a um.

O problema está na velocidade com que novas tecnologias e produtos são lançados.

Recém estamos nos sentindo "confortáveis" com o Windows 2000 e já vem a

Microsoft com o Windows XP e, no ano que vem com a nova versão do Windows para

servidores (por enquanto chamada de Whistler, na versão Beta) e logo depois com o

Windows 7) e . Não adianta nos queixarmos, a atitude correta é nos adaptarmos.

No início da Revolução Industrial, quando foram criados os primeiros teares, muitos

empregados ficaram revoltados, com medo de perder o emprego. Outros procuraram

entender a mudança, aprendendo a operar as novas máquinas. Estes últimos

souberam se adaptar a uma situação de mudança e mantiveram seus empregos. Penso

que atitude correta é exatamente esta, ou seja, o profissional de TI precisa adaptar-se

ao ritmo em que vivemos. É simplesmente uma questão de adaptar-se ou ficar para

trás. Aqui quero mais uma vez tocar no ponto central, o qual me levou a escrever este

artigo: "é possível acompanhar o ritmo das mudanças, mantendo-se atualizado, sem

perder em qualidade de vida e convívio com a família e os amigos".

Um aspecto bastante valorizado pelas empresas são as certificações oficiais. Cada

empresa tem o seu próprio programa de certificação. Por exemplo, a certificação mais

valorizada da Microsoft é o título de MCSE – Microsoft Certified Systems Engineer. As

certificações da Cisco, IBM, Sun e Oracle também são bastante valorizadas no

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Mercado de Trabalho

mercado. A certificação serve como uma espécie de atestado, o qual é um indicativo

das qualificações do profissional em um determinado produto ou tecnologia.

Aquele profissional que trabalhava exclusivamente fechado na sala de processamento

de dados, sem um contato mais direto com o restante da empresa, apenas realizando

tarefas estritamente técnicas, não existe mais. Hoje a empresa quer um profissional

completo, ou seja, um ser humano completo.

A Tecnologia da Informação é fundamental como suporte para todas as atividades de

uma empresa. Para que a TI possa atender as expectativas da empresa, dos

funcionários e dos clientes, é fundamental que os profissionais de TI conheçam a

empresa, os funcionários, os processos, os produtos, os clientes e o mercado. Em

outras palavras: conhecer o negócio. Por isso que além dos conhecimentos técnicos

são importantes os conhecimentos já citados anteriormente, tais como: finanças,

administração, marketing, contabilidade, economia, etc.

A alma de uma empresa é formada por pessoas, idéias e objetivos claros e definidos.

Para que as pessoas possam colocar suas idéias na busca de seus objetivos pessoais e

na busca dos objetivos da empresa é fundamental que todos tenham boas capacidades

de relacionamento. A empresa espera que o profissional seja ético, honesto, que tenha

espírito de equipe. Neste ponto a alta direção e os executivos da empresa

desempenham um papel fundamental na criação de um bom ambiente de trabalho. A

empresa tem que saber que os funcionários não ajudarão a empresa a alcançar seus

objetivos se a ela não ajudar o funcionário a realizar seus próprios sonhos. Um bom

ambiente de trabalho inclui uma estrutura sem grandes burocracias com infinitos

níveis hierárquicos que só atrapalham quem quer trabalhar; um ambiente onde a

criatividade é sempre incentivada e não sufocada por normas sem sentido; uma

política de remuneração justa e transparente; desafios constantes e direitos iguais

para todos. São pequenas coisas que podem começar a minar o ambiente de trabalho.

Pequenas regalias para a alta administração, ineficiência na comunicação interna, etc.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 34

Mercado de Trabalho

Dentro deste novo ambiente, o profissional deve ser capaz de se expressar com

naturalidade e eficiência. O domínio da gramática e das técnicas de redação é

fundamental, para que você possa expor suas idéias com clareza. Passamos uma

parcela considerável do nosso tempo respondendo e-mails, elaborando memorandos,

relatórios, notas técnicas e os mais variados tipos de documentos. O profissional que

domina as técnicas de redação tem maiores chances de se destacar e ser lembrado

para promoções. Além da comunicação escrita, também é de grande importância a

habilidade para fazer apresentações, quer seja para um público interno (colegas de

trabalho, chefes, etc.), quer seja para um público externo (clientes, fornecedores, etc.).

Todo este "arsenal" de conhecimentos e aptidões de nada adianta se você não for

"orientado para resultados". Em outras palavras: a empresa não paga você para

trabalhar oito horas ou para realizar determinadas tarefas; você é pago para obter

resultados. Para que você possa obter os resultados esperados pela empresa, são

fundamentais três "Cs": Conhecimento, Contribuição e Comprometimento. Sobre a

importância dos conhecimentos e do trabalho em equipe (contribuição) já falamos.

Mas tudo isso não adianta se você não estiver comprometido com suas idéias, projetos

e objetivos, estes alinhados com os objetivos da empresa. Comprometer-se é buscar os

resultados, dando o máximo de si. Quando um projeto está com problemas, se você

não estiver comprometido com o sucesso do projeto, começará a buscar desculpas que

justifiquem o "possível fracasso", ao invés de trabalhar intensamente na busca de

soluções. O profissional dos dias atuais tem que estar comprometido com os objetivos

da empresa e também com seus objetivos pessoais, a isso chamo de ética pessoal e

profissional.

A vida não é somente trabalho

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Mercado de Trabalho

Leia esta pequena história:

Uma vez um mestre fez uma experiência com seus alunos. Pegou um vaso e encheu-o

com pedras grandes. Depois, ergueu o vaso e perguntou aos alunos: o vaso está cheio?

A turma se dividiu, com alguns dizendo que sim e outros que não. O mestre então

pegou algumas pedras pequenas e colocou-as no vaso. As pedras pequenas se

encaixaram entre as grandes, e o mestre ergueu o vaso, novamente, perguntando: o

vaso está cheio?

Desta vez a maioria da turma respondeu que sim. O mestre, então, pegou um saco de

areia e despejou dentro do vaso. Depois, repetiu a pergunta.

A grande maioria respondeu que sim. O mestre, então, pegou uma jarra de água,

derramou no vaso, e perguntou: o vaso está cheio?

A turma finalmente chegou a um consenso. Todos responderam que sim. Então o

mestre falou: Este vaso é como a nossa vida. Se eu tivesse colocado as pedras

pequenas, a areia ou a água em primeiro lugar, não haveria espaço para as pedras

grandes. As pedras grandes na nossa vida são: família, amigos, carreira, trabalho, lazer

e saúde. É fundamental que não descuidemos delas. Não podemos perder muito tempo

com coisas sem importância (as pedras pequenas), pois corremos o risco de não haver

espaço para as coisas que realmente são importantes (as pedras grandes).

Para mim, foi vital entender que a carreira é importante sim, principalmente em

tempos de alta rotatividade e de busca por profissionais cada vez mais qualificados.

Mas ela não é tudo. Uma carreira de sucesso é sustentada por muitos pilares e, sem

dúvida, família, lazer, amigos e saúde física e mental são alguns dos que têm maior

importância.

Reservar um tempo para a família, programar horas de lazer ou de bate-papo com os

amigos e realizar atividades físicas não podem, de maneira alguma, ser consideradas

atividades que nos "roubam tempo". Às vezes, é importante uma simples parada para

não fazer nada e refletir sobre a vida. A partir do momento em que conseguimos

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Mercado de Trabalho

equilibrar esses aspectos, passamos a ver as coisas com mais clareza e a produzir mais

e melhor.

Planejamento e organização – mais um lembrete

Também não podemos descuidar de dois princípios básicos para uma carreira de

sucesso: organização e planejamento. A cada fim de ano planejo minha carreira para

os 365 dias que vão começar e sempre penso nos seguintes aspectos: novos

conhecimentos que desejo adquirir e aonde vou aplicá-los, provas e exames de

certificação que desejo fazer, projetos que pretendo implementar na minha empresa e

projetos pessoais que quero desenvolver (como escrever livros e artigos, ministrar

palestras e treinamentos).

O planejamento precisa ser feito de maneira consciente. Não adianta planejar uma

carga de atividades que você não vai dar conta. Também é importante ter consciência

de que nem sempre as coisas saem conforme o planejado. É preciso ter criatividade e

flexibilidade para contornar e solucionar imprevistos.

Melhorar a capacidade de organização e de gerenciamento do tempo, também é um

aspecto importante. Muitas vezes me pegava navegando na Internet horas a fio,

saltando de um portal para o outro, maravilhado com a quantidade de informações,

mas não chegava a ler sequer um artigo. Na verdade, nem mesmo lembrava do

assunto que me levou a acessar a Internet. É claro que a Internet é imprescindível,

porém devemos saber utilizá-la a nosso favor, sem nos perdermos na imensidão de

informações disponíveis.

Tomar café, assistir TV, ler um jornal a caminho do serviço, outro no avião, assinar um

monte de revistas; são sintomas do que Richard Saul Wurman descreve como

ansiedade de informação, em livro com este mesmo título. Segundo o autor:

"informação é aquilo que reduz a incerteza, a causa profunda da ansiedade. A

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 37

Mercado de Trabalho

ansiedade da informação acontece quando você sabe o que quer, mas não sabe como

chegar lá".

No começo é difícil. Diversas vezes, em meio a uma atividade de lazer, batia aquela

"dor na consciência" e eu pensava que deveria estar estudando ou terminando um

trabalho qualquer. Porém com o tempo, comecei a perceber a importância dessas

atividades.

Ainda não "zerei" a fila de livros que tenho para ler, nem dediquei o tempo que julgo

necessário para minha vida pessoal, mas confesso que já consigo passar um domingo

inteiro na beira da piscina, no clube, sem ficar com a consciência pesada. Este ano

também tive momentos maravilhosos com minha família e meus amigos. Sinto-me

mais leve e produzindo mais do que antes; consigo valorizar coisas que antes

passavam despercebidas. Até voltei a brincar com crianças, o que antes eu achava algo

irritante e sem graça. O caso era realmente sério!

Pare, viva. É possível crescer profissionalmente e obter sucesso, sem se isolar do

mundo, sem sentir-se sufocado, sem perder o foco no que realmente é importante e

nos faz feliz.

Fonte: www.juliobattisti.com.br/

Referências bibliográficas: Dawson, Roger. 13 Segredos para o Sucesso Profissional. Editora Futura. Figueiredo, José Carlos. Como

Anda Sua Carreira. Editora Infinito. Jensen, Bill. Simplicidade. Editora Campus. Kundtz, Dr. David. A Essencial Arte de Parar. Editora

Sextante. Leby, Pierry. A Conexão Planetária. Editora 34. Minarelli, José Augusto. Empregabilidade. Editora Gente. Oliveira, Marco

A. E Agora José? Editora SENAC. Peters, Tom. Série Reinventando o Trabalho. Editora Campus. Siegel, David. Futurize Sua Empresa.

Editora Futura. Shinyashiki, Roberto. Você, a Alma do Negócio. Editora Gente. Sterneberg, Robert J. Inteligência Para o Sucesso

Pessoal. Editora Campus. Wurman, Richard Saul. Ansiedade de Informação. Cultura Editores Associados.

www.intermanagers.com.br www.rtd.com.br www.futurizanow.com www.techrepublic.com www.plenitudeonline.com.br

www.tompeters.com www.cio.com.br

Dicas Seguem mais algumas: por Luiz Carlos Moreno

1. Administrar suas emoções. Parodiando Blaise Pascal (1623-1662): “O coração tem

razões que a própria razão desconhece”. As emoções, longe de terem razões que a

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Mercado de Trabalho

razão desconhece nunca se manifestam por acaso. Além disso, o seu papel, conforme

os especialistas admitem cada vez mais, é essencial no âmbito da nossa representação

do mundo, no âmbito da visão que nós temos do nosso passado e do nosso futuro, das

nossas sensações de bem-estar ou de mal-estar, das decisões que nós tomamos - ou

que não tomamos.

Alegria, tristeza, medo, cólera, surpresa, nojo, assim como embaraço, simpatia,

admiração ou vergonha: as emoções são as companheiras obrigatórias da nossa vida

interior. Com elas é preciso aprender a portar-se.

2. Aprender a fazer. Saber fazer. Querer fazer. Amar o que faz. Fazer de forma

excelente, esclarece e dá sentido ao que fazemos, dando-lhes um caráter único e

insubstituível, atribuindo consistência e significado para o que vai ser realizado.

3. Aprender muito sobre você mesmo, sua profissão e seu negócio (aquela atividade

da qual você vive), e mais um pouco de cada área do conhecimento. “Não é suficiente

saber que você deve saber. Você também deve colocar em pratica aquilo que sabe”.

4. Aprender... Desaprender... Aprender... Desaprender... Aprender... Educação

continuada: aperfeiçoamento, atualização e desenvolvimento. Pesquisas recentes

sobre desempenho humano, gerencial e comportamento organizacional identificam a

incapacidade de aprender com a experiência como o fator determinante do fracasso

na carreira.

5. Atualizar-se de todas as formas e através de todas as mídias possíveis.

6. Compreender definitivamente que empresa é um negócio que necessita de

resultados, e que estes (exceto os custos) são números vistosos e crescentes.

7. Confiar em si mesmo e... nos outros. Você necessita da colaboração de outras

pessoas para alcançar o sucesso. Ninguém alcança o sucesso sozinho. Existe um

pensamento oriental que diz: “se você emprega um homem, confie nele; se você não

confia nele, não o empregue”. Trabalhar em equipe é sempre mais produtivo, porque

as pessoas se complementam em seus conhecimentos, habilidades e atitudes.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 39

Mercado de Trabalho

8. Disponibilizar o seu talento e suas competências na equipe e na organização.

9. Estabelecer frequentes e intensos contatos com outros profissionais, pares e

amigos e com outras organizações.

10. Fazer o melhor. Uma vez que, se você não quiser ou não puder fazer, tem alguém

que quer e vai fazer.

11. Identificar suas forças e fraquezas. Com o nome de auto-avaliação e

autoconhecimento, constitui um procedimento estratégico.

12. Investir no seu talento e nas suas competências.

13. Pensar. Decidir. Agir. (Respeitando a seqüência).

14. Pesquisar, ler e questionar sempre. Sun Tzu escreveu sob o título ‘buscar

conhecimento’: “Aqueles que sabem quando e onde a batalha será travada podem

dispor de todos os seus recursos no lugar certo. Se não sabe onde, quem e quando a

batalha será travada, suas forças serão incapazes de ajudar umas às outras. A vitória

pode ser criada (mesmo que o inimigo seja mais numeroso, podemos impedir que ele

ataque)”.

15. Reconhecer e prestigiar os méritos alheios. Assumir sua responsabilidade e dar

crédito a quem merece. “Dê crédito e a confiança será mútua – caso contrário, ela não

irá existir”. Se uma empresa é um barco, todos estão no mesmo barco em total

interdependência.

16. Reconhecer que para realizar alguma coisa precisamos de outras pessoas que nos

forneçam idéias, informações, recursos.

17. Saber que “fé absoluta” é mais que convicção profunda.

18. Ser educado é ter respeito para com as pessoas, quem quer que seja, qualquer

que seja sua ocupação ou posição social e/ou profissional.

19. Ter a humildade de reconhecer que sabe pouco e que, portanto, ainda tem muito

que aprender.

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Mercado de Trabalho

20. Ter a ousadia de dizer “não sei”. Esse comportamento requer um misto de

humildade com sabedoria.

21. Usar todos os cérebros que estejam disponíveis na organização e fora dela,

porque é muito provável que você não usa todo o seu cérebro.

22. Valorizar a qualidade, o bem-estar humano e o ambiente. Ambiente aqui

entendido em sentido lato.

Fonte: rh.com.br – Luiz Carlos Moreno: Pedagogo. Pós-graduado em Administração da Educação; em Didática do Ensino Superior; em

Gestão Estratégica e Qualidade.

O Momento da Escolha Dicas para Quem Quer Ingressar no Mercado de Trabalho Mercado de trabalho é o conjunto de oportunidades de empregos oferecidos pelas

empresas públicas, privadas, de economia mista, pelas pessoas físicas etc, com regras

formais e informais estabelecidas para os salários, benefícios, carreira,

comportamentos e, em contrapartida, a disponibilidade de profissionais que desejam

ingressar neste mercado de trabalho.

Como já estamos cansados de saber e de acompanhar, o mercado de trabalho é

competitivo, cada vez mais exigente e está sempre à procura sempre dos melhores

profissionais. Para toda vaga aberta pelas empresas, existem sempre muitos

candidatos procurando emprego. Com isso, existem também algumas dificuldades

para quem quer ingressar neste tão concorrido mercado de trabalho.

Normalmente, as fontes de consultas de empregos são obtidas através de jornais,

empresas especializadas em RH (outplacement e headhunter), portas das fábricas ou

dos estabelecimentos comerciais, câmara de comércio, entidades de classe, amigos,

conhecidos etc.

O primeiro passo para o candidato se apresentar perante uma empresa, é através do

encaminhamento de um currículum vitae ou “currículo”, que pode ser efetuado por

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meios eletrônicos, pelo correio ou pessoalmente. O currículo deverá conter somente

as informações básicas sobre o candidato: nome, endereço, telefones, e-mail, estado

civil, número de filhos, idade, cargo que está se candidatando na empresa, resumo de

suas principais atividades, experiências profissionais, formação escolar e acadêmica,

atividades extracurriculares. O currículo não deverá conter mais do que duas páginas;

o ideal é uma página.

A segunda fase para o candidato, talvez a mais importante, é a participação deste no

processo de seleção, após o recrutamento de seu nome por parte da empresa que

possui a vaga disponível.

Entre todos os métodos utilizados pelas empresas, durante o processo de seleção,

talvez o mais importante continue sendo ainda, a entrevista. E é sobre a entrevista que

teceremos nossos comentários:

1) Como se comportar numa entrevista:

Nunca misturar problemas pessoais com a necessidade do emprego;

Valorizar o trabalho e o emprego;

Concentrar-se na função que está sendo discutida;

Cumprir os horários combinados;

Mostrar motivação à sua profissão e gosto ao trabalho;

Desviar dos assuntos que se sinta inseguro;

Dar situações de contorno aos seus pontos fracos. Ex: fala inglês? Não, mas falo o

espanhol...

Cuidar da postura do corpo. Falar com a cabeça na posição correta. Nunca abaixada ou

erguida demais;

Olhar sempre nos olhos do entrevistador;

Nunca gritar, nem falar baixo demais;

Não se antecipar às perguntas com outros assuntos. Aguardar o momento certo para

falar;

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Mercado de Trabalho

Ser honesto acima de tudo (no que você já fez e no que tem certeza que pode fazer).

Se não sabe a resposta correta para alguma pergunta, simplesmente; responda ao

entrevistador que não tem conhecimento sobre o que está sendo perguntado. É

melhor falar a verdade, do que arriscar em dar uma resposta duvidosa, que você não

pode comprovar mais tarde;

Procurar conhecer e obter informações, antes da entrevista, sobre a empresa na qual

estará participando do processo de seleção;

Demonstrar coragem para novos desafios, sempre com os pés no chão;

Questionar o entrevistador a respeito dos objetivos e planos da empresa e sobre as

características da função pretendida.

2) Como se apresentar para uma entrevista:

Chegar 20 minutos antes do horário marcado e se apresentar 10 minutos antes do

horário combinado. Relaxe "elimine" o aspecto suado, ansioso, apressado etc.

Usar roupa adequada à função que pretende trabalhar e sapatos engraxados. Para as

mulheres, não usar blusa transparente ou decotada, bem como saia curta e higiene

pessoal caprichada;

Cabelos cortados, arrumados e penteados e unhas bem cuidadas;

Não fumar durante a entrevista;

Ser cordial com todas as pessoas da empresa, inclusive com o entrevistador;

Não mascar chicletes;

Não beber no dia anterior e no dia da entrevista;

Não comer alho ou cebola no dia da entrevista;

Nunca usar óculos de sol durante a entrevista;

Não levar pai ou mãe na entrevista;

Cuidar da concordância verbal;

Não usar gírias ou palavrões;

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Mercado de Trabalho

3) O que falar numa entrevista:

Sempre a verdade;

Ser lógico, breve, simples e objetivo;

4) O que não falar numa entrevista:

Não reclamar da localização da empresa;

Não apontar aspectos negativos das atividades da empresa;

Não reclamar dos seus problemas pessoais; nem fale deles;

Não reclamar do emprego anterior, nem dos colegas ou ex-chefe;

Não discutir política, religião, esportes etc;

Não falar do assunto salário, antes da hora certa.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/dicas-para-quem-quer-ingressar-no-mercado-de-trabalho/21056/ Por Paulo Roberto Vieira

Capítulo 5 O Que é um Posto de Trabalho

Definição de trabalho

Podemos definir trabalho como qualquer atividade física ou intelectual, realizada por

ser humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo.

O trabalho na vida do homem

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Mercado de Trabalho

O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi através dele que as

civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual. O trabalho gera

conhecimentos, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento econômico.

Por isso ele é e sempre foi muito valorizado em todas as sociedades.

Diferença entre trabalho e emprego

Vale dizer que há diferença entre trabalho e emprego. Enquanto o primeiro envolve a

atividade executada em si, o segundo refere-se ao cargo ou ocupação de um indivíduo

numa empresa ou órgão público.

O que é um posto de trabalho O posto de trabalho é a unidade elementar de um processo produtivo, da sequência

de trabalho da própria organização, pois, regra geral, corresponde a cada indivíduo e à

respectiva tarefa. É constituído pelo homem e pelos instrumentos e meios auxiliares

indispensáveis à realização da tarefa.

Organização do Posto de Trabalho

O local deve ser adequado às tarefas que um profissional vai desempenhar. O

Ambiente deve ser propício à realização de um trabalho eficiente e eficaz.

É necessário escolher a pessoa certa para determinado trabalho. Para além da

formação acadêmica e cultural, a experiência em diversos setores é muito importante,

assim como as características físicas e psicológicas, que determinam a aptidão da

pessoa certa para o posto de trabalho em evidência. A seleção de pessoal é feita pela

empresa, que depois de ver o currículo de cada candidato, realiza uma entrevista para

melhor conhecer os horizontes profissionais e motivações do trabalhador. Algumas

empresas chegam a recorrer a provas especificas ou testes psicotécnicos.

Conceito de ergonomia no posto de trabalho

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Mercado de Trabalho

A ERGONOMIA é o estudo cientifico da relação entre o homem e os seus meios,

métodos e espaço de trabalho. O seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de

diversas disciplinas cientificas que a compõe, um corpo de conhecimentos que dentro

de uma perspectiva de aplicação, deve resultar numa melhor adaptação ao homem os

meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida.

Administração de Cargos e Salários

O sucesso de qualquer programa, não necessariamente em Cargos e Salários, envolve

a tarefa de mudar a mentalidade, o que não é muito fácil. Portanto, a fixação e ampla

comunicação dos objetivos é muito importante nesta fase. Seu estabelecimento revela

o que e em que grau se pretende alcançar. Dentre outros que a empresa poderá

acrescentar, os principais objetivos que podem ser alcançados pela Administração de

Cargos e Salários, são as seguintes:

• A determinação de estruturas salariais capazes de atrair o tipo de mão-de-obra que a

empresa precisa;

• A elaboração e o uso de análises de cargos para propiciar informes sobre o seu conteúdo e

posterior avaliação, e para outros fins de Recursos Humanos;

• A determinação de valores relativos dos cargos, através da avaliação;

• A correção de distorções salariais, descobertas pela avaliação;

• A determinação de linhas de acesso e o aproveitamento adequado dos mais capacitados;

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Mercado de Trabalho

• O estabelecimento de uma política com base nos níveis da comunidade;

• A definição de responsabilidades;

• A elaboração de normas para assegurar tratamento equitativo;

• A determinação de métodos e práticas de remuneração que evitem o uso ou manutenção de

discriminações injustificadas;

• A obtenção de maior produtividade;

• Outros.

Resumidamente, os objetivos, bem como os seus instrumentos, são os seguintes:

• Hierarquia salarial adequada: executada através de Avaliação de Cargos e Curva

Interna de Salários;

• Correspondência com salários de mercado: executada através de: Pesquisa

Salarial e Nova Estrutura Salarial;

• Estímulo à eficiência: executada através de Estudos para incentivos e Planos de

incentivos.

Descrição de Cargos

A Descrição de Cargos é à base de todo o sistema de Administração de Cargos e

Salários. Pois, a partir da descrição é que os cargos serão avaliados. Portanto, a

descrição deverá ser sucinto, direto e claro, de maneira que qualquer um leigo leia e

entenda.

Capítulo 6 Como o Mercado de Trabalho Funciona

O profissional bem sucedido não precisa apenas saber inovar, trabalhar em equipe e

estar apto a mudanças.

Outras características são exigidas pelo novo cenário.

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Mercado de Trabalho

Novo milênio, novas condutas, conceitos, globalização, explosão de informações... Será

que você está preparado para a nova realidade do mercado?

A competição será cada vez mais forte daqui para frente; ou você se ajusta às novas

condições ou pode desistir. As transformações que estão acontecendo no mercado

cobram de você mudanças internas, de conceitos e até mesmo de hábitos. É uma luta

importante para quem quiser alcançar seus objetivos.

E quais são as características que o novo mercado está exigindo de seus profissionais?

O profissional deste século terá de saber aproveitar as oportunidades, saber colaborar,

competir, estar apto às mudanças, pressões, principalmente saber inovar (com

eficiência) e até mesmo saber ser insubordinado. Resumindo, você terá de conhecer o

mercado globalizado e, como consequência, agir sobre os detalhes, pois aí estará a

grande diferença sobre seus concorrentes. Os conceitos de lealdade, controle e

autoridade estarão também cada vez mais reconhecidos dentro das empresas.

Mas as exigências do mercado não ficam só nisso, envolvem também ter habilidades

nos relacionamentos interpessoais, culturais, reciclar-se, fazer parcerias (partilhar

informações), ser rápido, eficiente e on-line (uso do celular e Internet).

As empresas também estão adaptando-se velozmente a esse novo mercado e, a cada

dia, procuram mais pessoas com novas idéias, conhecimentos e conceitos, pois o fator

experiência não será tão importante quanto era anteriormente. Outras características

que as empresas valorizarão muito mais são saúde e cidadania.

Quando falamos em saúde, estamos falando de sua saúde física e mental. Os cuidados

pessoais são muito importantes, as empresas globalizadas vêem que uma pessoa que

não sabe cuidar de sua saúde pessoal, não tem condições de assumir obrigações

empregatícias.

Já cidadania significa saber relacionar-se com as pessoas que trabalham com você,

seus vizinhos e sua comunidade. Atividades comunitárias e de voluntariado são bem

vistos.

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Mercado de Trabalho

É muito importante também não esquecermos de somar a todas as características

citadas acima a mais importante: a determinação. Precisamos ser lutadores, mesmo

tendo consciência que nem sempre venceremos todas as batalhas.

Fonte: Arlei William Viola - Objetiv@ Consultoria

Capítulo 7 Como Ingressar no Mercado de Trabalho

Manual da Carreira

O novíssimo manual da carreira

Os ingredientes necessários para fazer sucesso

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 49

Mercado de Trabalho

Max Gehringer

Embora às vezes se confundam, e até pareçam sinônimos, emprego e carreira são duas

coisas muito diferentes. Emprego é uma atividade de curto prazo, cujo desfecho é

imprevisível. O emprego pode terminar amanhã cedo, por motivos que nada têm a ver

com o desempenho do ocupante. A chegada de um novo chefe, uma fusão entre

companhias, um programa de redução de despesas, a terceirização de um setor, ou a

venda pura e simples da empresa. Qualquer pessoa conhece vários profissionais que

perderam o emprego por um desses motivos. Mesmo assim, a maioria continua

acreditando que "essas coisas" só vão acontecer com os outros.

Carreira é um processo de longo prazo. E não é apenas, como o nome parece indicar o

encadeamento de vários empregos sucessivos. Carreira é a autogestão da vida

profissional. Como qualquer processo de gestão, requer três habilidades básicas -

planejar, estabelecer objetivos e tomar decisões corretas na hora certa. Nenhuma

dessas habilidades depende da empresa. Todas elas são pessoais e intransferíveis.

Em resumo, o emprego é o presente, uma relação transitória de utilidade mútua. A

carreira é o futuro - uma questão de saber se preparar para poder escolher. O que leva

a duas constatações não muito simpáticas. (1) Quem se preocupa demais com o

emprego esquece a carreira. (2) Alguém que esteja desempregado, ou descontente

com o emprego atual, só pode culpar a si mesmo.

É claro que há outro caminho de sucesso, fora da carreira. O mercado de trabalho é

um funil, cuja borda de entrada está cada vez mais larga e cujo bico de saída está se

estreitando a cada dia. A opção de abrir o próprio negócio, ou de ser um prestador de

serviço autônomo, que hoje ainda é uma via pouco explorada, deverá se tornar no

futuro próximo o caminho preferencial. Não tanto por vocação, mas por necessidade.

Isso não exime os candidatos a empresários de aprender os conceitos de como fazer

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 50

Mercado de Trabalho

carreira nas empresas. Por dois motivos. O primeiro é que muitas lições do manual

valem para os dois casos. Ao contrário do que muita gente pensa, quem abre um

negócio não deixa de ter chefe - passa a ter todos os clientes como chefe. O segundo

motivo é que, em algum momento, os empreendedores de verdade vão ter de saber

lidar com um monte de gente querendo fazer carreira em sua empresa.

Construir uma carreira bem-sucedida é tão simples como preparar um bolo. Mas quem

já preparou um bolo na vida sabe que a falta de um ingrediente não pode ser suprida

pelo excesso de outro. Não adianta ter bastante escolaridade e nenhuma experiência,

ou vice-versa. É preciso ter a quantidade necessária de cada um dos ingredientes. E é

preciso saber dosá-los.

Os 21 ingredientes necessários para uma boa carreira neste século XXI.

ESTABELECER A MARCA

Na Propaganda, existe um conceito fundamental - o Top of Mind. Numa tradução aproximada, isso

significa "a primeira marca que vem à cabeça do consumidor". E ser a primeira marca que é

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Mercado de Trabalho

espontaneamente lembrada tem um valor inestimável. Há marcas tão fortes que valem mais que todos

os ativos da empresa. Em uma carreira profissional, a marca vem do berço: é o nome de batismo. É

preciso investir nele, para fazer com que fique gravado na mente das pessoas com poder de decisão.

Por isso, todas as oportunidades para reforçar o nome devem ser aproveitadas. Por exemplo, fazer

parte de grupos de trabalho que envolvam vários setores. Escrever artigos para o jornal interno. Ser o

primeiro a levantar a mão quando a empresa pedir um voluntário. Deve-se também criar uma

assinatura legível. Um trabalho bem-apresentado, mas identificado por um garrancho, é um trabalho

anônimo. E, ao começar uma conversa, nunca se deve perguntar: "Você lembra-se de mim?". Deve-se

começar dizendo o nome e depois repeti-lo quantas vezes forem necessárias, para que o interlocutor

nunca mais o esqueça.

CRIAR UMA REDE DE RELACIONAMENTOS

Em Português Corporativo, isso chama networking. Não é um círculo de amigos do peito, é uma lista

de pessoas profissionalmente úteis. Essa utilidade é indispensável na hora de conseguir um emprego:

atualmente, de cada dez boas vagas, sete são preenchidas por indicação direta. Como se estabelece

contato com essa gente tão importante? Tudo começa na escola. Alguém que tenha terminado uma

faculdade conheceu, no mínimo, 50 professores e 500 colegas durante os 16 anos de estudo.

Professores conhecem gerentes e diretores. Alguns dos colegas vão atingir, rapidamente, posições

respeitáveis em empresas. Mas apenas um em cada cem alunos se preocupa em preservar esses

contatos - o que é um erro fundamental. Pessoas que ligam para antigos colegas apenas na hora em

que ficam desempregadas (e precisam explicar quem são, ou quem foram) estão praticando o anti-

networking.

Outra maneira de conhecer gente interessante é participando de cursos profissionais de curta

duração. Nesses cursos, o conteúdo é menos importante que o intervalo para o café - o momento de

travar contatos. Porém, é preciso ter em mente que networking não é dizer "muito prazer" e já ir

entregando o currículo. Networking é como uma árvore, que precisa ser plantada e cuidada, para que

um dia possa render frutos. Em alguns casos, é como uma oliveira: só vai dar azeitona depois de 20

anos.

TER UM CURRÍCULO DIFERENTE

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Mercado de Trabalho

Currículo, a origem da palavra explica, é uma breve lista de experiências acadêmicas e

profissionais. Não é uma autobiografia nem é uma obra de ficção, com longos

parágrafos que começam com "Implantei", "Economizei", ou "Liderei". Gerentes de

grandes empresas recebem cerca de 50 currículos por dia, pelo correio postal ou

eletrônico. Como chamar a atenção dessa gente, já que todos os currículos se parecem?

Transformando o currículo no anexo de uma carta pessoal. A carta, de dez linhas, deve

explicar por que o candidato quer trabalhar naquela empresa, e em nenhuma outra

empresa do mundo. Por exemplo, porque desde criancinha é consumidor do produto que a empresa

fabrica. Uma carta bem escrita é a garantia de que o currículo receberá o mínimo de atenção. Já um

currículo-padrão, por mais estético que seja, corre o risco de virar papel reciclado.

PREPARAR-SE PARA A ENTREVISTA

Currículo, a origem da palavra explica, é uma breve lista de experiências acadêmicas e profissionais.

Não é uma autobiografia nem é uma obra de ficção, com longos parágrafos que começam com

"Implantei", "Economizei", ou "Liderei". Gerentes de grandes empresas recebem cerca de 50

currículos por dia, pelo correio postal ou eletrônico. Como chamar a atenção dessa gente, já que todos

os currículos se parecem? Transformando o currículo no anexo de uma carta pessoal. A carta, de dez

linhas, deve explicar por que o candidato quer trabalhar naquela empresa, e em nenhuma outra

empresa do mundo. Por exemplo, porque desde criancinha é consumidor do produto que a empresa

fabrica. Uma carta bem escrita é a garantia de que o currículo receberá o mínimo de atenção. Já um

currículo-padrão, por mais estético que seja, corre o risco de virar papel reciclado.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 53

Mercado de Trabalho

NÃO EXAGERAR NA ENTREVISTA

Nenhum entrevistador vai criar uma série exclusiva de perguntas para cada candidato. Por isso, há

meia dúzia de perguntas recorrentes em entrevistas. O candidato deve ser objetivo nas respostas, sem

exagerar nem se estender demais. Alguns exemplos de perguntas e respostas: 1. Fale um pouco sobre

você - "um pouco" significa "não mais que dois minutos". 2. O que você espera de nossa empresa? -

"Oportunidades". 3. Qual é seu maior defeito? - "Falar quando é preciso ouvir. Mas estou aprendendo

a me controlar". Uma dica: diferentemente do que a maioria dos candidatos pensa, "perfeccionismo"

não é uma virtude que parece um defeito. É um defeito, mesmo. Todo perfeccionista é um mala-sem-

alça. 4. Onde você se vê daqui a cinco anos? - "Nesta empresa. E daqui a dez, também". 5. Por que

você se considera o melhor candidato para esta vaga? - "Não me considero, mas tenho certeza de que

não irei decepcionar". 6. Alguma coisa que você queira acrescentar? - "Sim. Gostaria que o senhor me

desse um par de sugestões para que eu possa começar meu trabalho com o pé direito". Muito

importante - e praticamente ninguém faz - é mandar uma carta para o entrevistador, no dia seguinte,

agradecendo-lhe pela oportunidade da entrevista. Se quatro candidatos foram igualmente bem num

processo de entrevistas, essa carta pode ser o fator de desempate.

ACERTAR NOS CURSOS

Um diploma de curso superior deixou de ser garantia de emprego. Já foi, até a década de 1980, mas

não é mais. Em caso de dúvida - e todo jovem normal de 17 anos tem um caminhão de dúvidas -, o

mais indicado é estudar Administração. É o curso mais genérico que existe e, portanto, o que abre um

leque maior de possibilidades. Mais tarde, quando a carreira começar a engrenar, o jovem poderá

fazer cursos específicos, de acordo com a área de atuação que escolheu. "Falar inglês" também já não

é um diferencial. É uma obrigação profissional, mesmo que a empresa não use o inglês. O inglês

deixou de ser o idioma dos Estados Unidos e dos países britânicos. Tornou-se a língua do mundo dos

negócios. Além do inglês, é recomendável aprender um segundo idioma. Para quem não aprendeu a

manusear computador desde criancinha, um curso de informática é indispensável. O mais importante

é que nenhum profissional, qualquer que seja sua idade, pode se dar ao luxo de passar dois anos sem

fazer um curso. Não para impressionar, mas para estar atualizado. E não importa se a empresa vai

pagar o curso ou não. Cursos não são feitos "para a empresa". São feitos para a carreira.

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Mercado de Trabalho

ENTENDER O CHEFE

Muitas empresas estão chamando os chefes de "líderes", ou de "gestores de pessoas",

porque a palavra "chefe" parece remeter ao tempo dos tupinambás.

Independentemente da terminologia, o chefe é o chefe. Em qualquer carreira, o passo

seguinte sempre passa pela opinião do chefe. Um subordinado pode achar que seu

chefe é um incapaz, incompetente, déspota e desatualizado - e, além disso, não corta os

pelinhos do nariz. Essa opinião pessoal sobre o chefe, mesmo se for correta (e, na

maioria dos casos, não é), só vai causar transtornos à carreira. Chefes tendem a auxiliar aqueles

subordinados que mostram respeito, agilidade e fidelidade. Que os fazem se sentir seguros, não

ameaçados. Que elogiam publicamente as boas coisas que o chefe faz. E vão travar o desenvolvimento

daqueles que contam piadas sobre o chefe e vivem criticando suas decisões, ou a falta delas. É mais

fácil entender tudo isso sendo chefe. Mas só chega a chefe quem soube ser chefiado.

CAUSAR UMA BOA IMPRESSÃO

Quem muda de emprego tende a usar a ex-empresa como referência. Isso é válido, desde que as

referências sejam negativas. Tomar a empresa anterior como modelo bem-acabado é ofender a

empresa atual. Um funcionário recém-contratado, todo mundo sabe, é cheio de conteúdo. Se não

fosse, não teria sido admitido. Mas o primeiro dia em um novo emprego - ou no primeiro emprego - é

que vai criar os rótulos. Rótulos grudam rápido, e não desgrudam mais. Um pós-graduado com MBA e

experiência em Copenhague poderá chegar ao fim do primeiro dia num novo emprego com uma

avaliação do tipo "Ele é um pentelho". Ou "Ele acha que sabe tudo". E nunca mais vai se livrar do

estigma. Ser auto-suficiente é bom, ser autoconfiante é ótimo. Mas existe uma palavra que vai

encantar os colegas e os superiores: humildade. E ela não está nas frases prontas ("Estou aqui para

somar"), mas nas atitudes pessoais. No primeiro contato, todo o passado profissional ou acadêmico

vale menos que um sorriso.

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Mercado de Trabalho

CONTROLAR A ANSIEDADE

Empregados são cheios de idéias. Alguns chegam a ter uma grande idéia por hora. De cada dez funcionários,

pelo menos seis sabem exatamente como a empresa poderia ser mais bem administrada. Mas, estranhamente,

aquele pessoal lá no topo da pirâmide não parece nem um pouco interessado em escutar. Por que isso

acontece? Porque nenhum funcionário é contratado para ter idéias geniais que vão mudar a empresa. Todo

funcionário é contratado com dois objetivos. (1) Executar bem um trabalho predeterminado. (2) Fazer

pequenas sugestões que vão melhorar o próprio trabalho. Só isso? Só. Saber se enquadrar em uma rotina pode

não ser estimulante, mas é necessário. Hoje, com uma oferta de bons candidatos muito superior ao número de

boas vagas, as empresas têm aproveitado para admitir pessoas que são super qualificadas para as funções que

elas vão executar. Na cabeça da empresa, essas pessoas farão o que precisa ser feito. Na cabeça delas, essas

pessoas poderão contribuir com muito mais do que a função exige. Mais ou menos como um engenheiro que

aceite uma vaga de pedreiro - ele não pode sair alterando o projeto do prédio, porque essa não é sua função,

embora ele tenha conhecimento para isso. Saber controlar a ansiedade significa entender a diferença entre "o

que eu devo fazer" e "o que eu posso fazer". Concentrar os esforços no que se deve fazer vai gerar a confiança

da empresa. E aí, futuramente, surgirão as oportunidades para o que se pode fazer. Nessa ordem.

APRENDER A SER LÍDER

Empresas nunca usaram tanto a palavra "liderança". De repente, parece que cada funcionário precisa

ser um líder de carteirinha. Evidentemente, qualquer grupo em que todos decidem agir como líderes

terá como conseqüência o caos absoluto. Quando empresas falam em liderança, elas não estão

dizendo "Esqueça as regras, tome a iniciativa e comece a dar ordens". Elas estão dizendo: "Quando

surgir uma oportunidade para você liderar, esteja pronto para ela". O que não significa que a

oportunidade vai surgir daqui a dez minutos. Ela pode até não surgir neste ano. Enquanto ela não

surge, é importante ter em mente que ser líder é uma coisa, e estar líder é outra. A primeira é uma

característica pessoal permanente, a segunda é uma delegação provisória da empresa. E a empresa

estará de olho naqueles que conseguirão se destacar em situações rotineiras de trabalho. São os que

dão bons exemplos de companheirismo. São aqueles que os colegas procuram quando precisam de

uma ajuda ou de um conselho. São os primeiros a reagir quando aparece uma emergência. Liderança é

a capacidade que algumas pessoas têm de aglutinar um grupo em torno de um objetivo prático - e de

interesse da empresa. É por causa da segunda metade da frase que muitos chefes são

incompreendidos.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 56

Mercado de Trabalho

SER BOM SEM SER BONZINHO

A diferença é muito maior do que o uso do diminutivo parece pressupor. Ser bom vai impulsionar uma

carreira. Ser bonzinho vai retardá-la. O bonzinho é aquele funcionário que os colegas adoram, que o

chefe aprecia e que todo mundo na empresa elogia. Só que o bonzinho passa anos e anos fazendo a

mesma coisa. E isso acontece porque ele não reclama de nada, não pede oportunidades, não contraria

ninguém - nem mesmo quando sabe que tem razão. Pessoas assim são tão raras que os chefes não

admitem se desfazer delas. E o bonzinho vai ficando onde está. Paradoxalmente, sua maior virtude é

também o maior entrave para sua carreira. O bonzinho não precisa aprender a ser bom, porque ele já

é. Ele precisa, apenas, deixar de ser bonzinho.

APROVEITAR AS MUDANÇAS

Empresas mudam. Por incontáveis motivos. Mudam por estratégia, por tecnologia, por pressão da

concorrência, por necessidade de atualização ou por associação com outras empresas. Se existe uma

única certeza, em qualquer empresa, de qualquer setor, é que daqui a cinco anos as coisas serão

diferentes. Mas essa realidade nunca impediu que a palavra "mudança" causasse calafrios. Porque

ninguém vai perguntar: "Qual será o efeito benéfico da mudança para a empresa?". Qualquer ser

humano normal perguntará: "O que vai acontecer comigo?". No fundo, todos nós somos a favor de

qualquer mudança que podemos controlar. Nas empresas, praticamente todas as mudanças estão

fora do controle dos funcionários. Logo, em princípio, somos contra. Aí, existem duas alternativas:

ficar ou sair. Para os que ficam, há três opções: criticar, esperar para ver o que dá ou embarcar. De

modo geral, pode-se dizer que a maioria prefere ficar. E que a atitude da maioria dos que ficam é de

revolta ou de conformismo. Os poucos que embarcam são sempre os primeiros a ser beneficiados pela

mudança, se ela der certo. E, se não der, os que embarcaram ganharão a confiança da empresa. Para

uma carreira, duas coisas são positivas: mudar com a empresa ou mudar de empresa. E uma é

negativa: ignorar mudanças.

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Mercado de Trabalho

SER POLÍTICO

A palavra "político" anda meio desgastada. Por isso, nas empresas, tem quem se

ofenda quando é chamado de político. Mas isso continua sendo um elogio. Saber ser

político é vital para a carreira. O funcionário político pratica aquilo que a Política tem

de melhor: ele costura alianças, se relaciona bem em todas as direções do

organograma, sabe a hora de falar e a hora de engolir um sapo e faz um favor porque

sabe que um dia precisará de um. O primeiro passo para aprender a ser político em uma empresa é o

elogio. Basta escolher um colega não muito apreciado. O casca de ferida. E procurar, entre as tantas

coisas ruins que o casca tenha feito, algo que ele tenha feito de bom. E elogiar o casca pelo trabalho

bem-feito. Qualquer pessoa que conseguir dar esse passo, que às vezes pode até embrulhar o

estômago, começa a trilhar a estrada da política. Para quem não gosta do método, uma informação:

todos os presidentes de empresa são grandes políticos. E não se tornaram políticos depois de chegar à

presidência. Foi o contrário.

CONSTRUIR UMA IMAGEM

Esse é o Marketing Pessoal. É mais fácil entender a importância dele se pensarmos que o profissional é

um produto que está disponível no mercado de trabalho. Como qualquer produto, tem um certo

conteúdo e um certo valor. A questão é: como aumentar esse valor? Fazendo o que as empresas

fazem com seus produtos: marketing. Caprichar no visual e exaltar os pontos bons (porque os pontos

ruins serão ressaltados pela concorrência). Além disso, há outro fator que influencia nossa percepção

de um produto: a freqüência com que o vemos em comerciais. Os mais vistos são os mais lembrados.

O Marketing Pessoal é a propaganda que cada profissional faz de si mesmo, sem exagerar na dose

(para não se tornar ridículo) nem na freqüência (para não se tornar maçante). No mercado de

consumo, um bom produto é aquele que parece valer mais do que custa e oferecer mais do que

promete. Isso - e mais a divulgação disso - faz com ele mereça a fidelidade do consumidor. Como se

sabe, nenhuma empresa faz a propaganda da outra. Nas empresas, também não adianta ficar

esperando que os outros notem o que estamos fazendo e passem a divulgar nossas qualidades.

Nossos colegas estão mais preocupados com o marketing deles que com o nosso. Por isso, um

profissional nunca deve perder uma oportunidade de aparecer. Mas, para aparecer, antes é preciso

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Mercado de Trabalho

realizar. Senão, é propaganda enganosa.

NEUTRALIZAR GENTE RUIM

Nas escolas, há uma resposta correta para cada questão. Para passar de ano, o aluno só compete

consigo mesmo. Se ninguém gostar dele, mas ele tirar boas notas, o objetivo será atingido. Em

empresas é diferente. Existem colegas invejosos, ou dissimulados, que não hesitarão em prejudicar

alguém para se beneficiar. Isso é tão reprovável quanto inevitável. Eles são uma minoria, é verdade,

mas podem causar estragos grandes. Identificar essas pessoas é essencial, e tentar ignorá-las é

ingenuidade. Elas devem ser combatidas. Numa conversa séria, cara a cara, sem levantar a voz e sem

fazer ameaças, apenas mostrando personalidade e exigindo respeito. Conversas assim sempre trazem

resultados concretos, porque a outra característica dos falsos é a covardia. Quando confrontados, eles

murcham e vão procurar outra vítima.

NÃO LEVANTAR BARREIRAS

Frases constantemente repetidas - "Eu não consigo aprender inglês", ou "Tenho pavor

de falar em público", ou "Não me explique porque eu não vou entender" - têm um

efeito perverso. Com o tempo, as pessoas que as repetem acabam se convencendo de

que são piores do que realmente são. A filosofia da auto-ajuda (mote básico:

"Acredite em você, e você vencerá") vende uma imensidão de livros com base numa

simples premissa: de modo geral, os brasileiros se depreciam, ao invés de se apreciar.

É verdade que existem pessoas tão patologicamente introvertidas que não conseguem engatar duas

frases ao fazer uma apresentação em uma reunião. Mas esses são casos clínicos e muito raros. Buscar

conforto em frases negativas pode até atrair ocasionais simpatias. Mas, para a carreira, elas

funcionam como freios. Quando uma delas vem à mente, basta lembrar que o acelerador é o pedal do

lado. Todo profissional bem-sucedido tem sua história de superação pessoal para contar - que

começou como uma simples frase: "Vou tentar", em vez de "Não vou conseguir".

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Mercado de Trabalho

ADAPTAR-SE AO AMBIENTE

Existem empresas que praticam a meritocracia selvagem. Sua característica é o berro. Os que

conseguem resultados acima dos objetivos são regiamente premiados, os que não conseguem são

sumariamente expelidos. Existem empresas que são conservadoras. Sua característica é o bocejo.

Cada passo é cuidadosamente planejado, e as decisões só são tomadas depois de infindáveis reuniões.

Existem empresas de dono, em que o humor do proprietário conduz a mudanças bruscas de direção.

Sua característica é o pânico. Existem empresas em que tudo está previsto em normas escritas, do

traje de trabalho até as dimensões do cartão de visita. Sua característica é o silêncio. E,

evidentemente, existe a percepção de cada empregado - enquanto um acredita que está na melhor

empresa do mundo, seu colega ao lado pensa exatamente o contrário. Os chamados "funcionários

insatisfeitos" são aqueles que não conseguem se adaptar ao sistema adotado pela empresa. Eles

tendem a ver a empresa como ela poderia ser, não como ela é. O resultado é sempre a desilusão, a

falta de comprometimento e as críticas constantes. Só existem duas opções para casos assim. Ou o

funcionário se enquadra ou pede a conta. Nenhuma carreira ganha velocidade quando trafega na

contramão.

CAMINHAR PARA A PROMOÇÃO

A hierarquia é comumente representada como uma escada, na vertical. Mas, na verdade, ela é um

misto entre uma escada e uma rampa. Os degraus são longos e ficam a uma razoável distância uns dos

outros. Uma promoção acontece quando o empregado já percorreu todo o trajeto entre um degrau e

outro e - principalmente - quando já demonstrou que reúne boa parte das aptidões requeridas para

caminhar no degrau seguinte. Isso provoca muitas reclamações. Há situações em que, aparentemente,

o empregado promovido era pior do que o colega preterido. A empresa era míope? Ou foi

favorecimento? Na verdade, os colegas do enjeitado olharam para trás (o que ele já havia mostrado

em seu degrau). A empresa, ao decidir, olhou para a frente (o que o promovido poderia mostrar no

degrau seguinte). Para ser promovida, uma pessoa precisa saber quais são as qualificações exigidas

para o cargo pretendido, tanto pessoais quanto técnicas. E se preparar.

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Mercado de Trabalho

LIDAR COM FRUSTRAÇÕES

O mercado de trabalho tem flores. Mas, na maioria das vezes, são pepinos e abacaxis.

Todo profissional passa por períodos em que (a) ninguém parece notar que ele existe, ou

(b) ele parece ser o culpado por tudo o que acontece em seu setor. Os elogios

desaparecem, as críticas aumentam e os aumentos salariais viram miragem. Nesses

momentos, é necessária uma boa dose de calma e paciência. Quanto mais alguém se

concentrar nas coisas ruins, piores elas parecerão. É importante encontrar maneiras de

se desligar (ler, estudar, dedicar-se a algum hobby). Porém, há um limite para tudo. Um

período de dois anos sem promoções, sem aumentos nem nenhum vislumbre de uma nova

oportunidade já é um alerta. E três anos é o ponto extremo. Se nada aconteceu nesse período, a

probabilidade de que algo aconteça nos próximos três é remotíssima. É hora de mudar.

PREPARAR-SE PARA UMA DEMISSÃO

Ter três empregos diferentes em cinco anos já não é mais visto como um sinal de falta de direção

profissional. De modo geral, a rotatividade aumentou muito. Há empresas em que o "tempo médio de

casa" é de dez anos, mas raramente se encontra nelas alguém com dez anos de casa. Há um grupo

com até três anos, que muda constantemente, e outro grupo estável, com mais de 15 anos. A

estabilidade no emprego, embora ainda valorizada, deixou de ser um fator essencial em novas

contratações. Esse é o lado bom. O lado ruim é que empresas também estão demitindo sem muita

misericórdia. Nos últimos dois anos, algumas pesquisas revelaram que dois terços dos que foram

dispensados (quase três quartos, no caso executvos de nível mais alto) foram surpreendidos pela

demissão. Ficaram revoltados e não entenderam os motivos. Alguns se deprimiram. Outros tentaram

imaginar maneiras criativas de se vingar da empresa. Por maior que tenha sido o choque, todas essas

reações são desperdício de tempo. A decisão de demitir (assim como a decisão de pedir demissão) é

unilateral. Como o juiz que não desmarca o pênalti, mesmo que o time punido se esgoele ao reclamar

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Mercado de Trabalho

da injustiça da marcação, a empresa também não volta atrás. A demissão não deve ser vista como

uma vergonha, ou como uma falha jurídica dos céus. Deve ser encarada naturalmente. No instante em

que ela ocorre, o currículo já deve estar atualizado. E os contatos das pessoas que poderão fazer

indicações também. Uma quantia em dinheiro, suficiente para seis meses de segurança financeira, já

deve estar no banco - para evitar que o demitido aceite uma vaga inadequada, na base do desespero.

Por outro lado, quem está preparado para uma demissão dificilmente é demitido.

ESCOLHER PARA NÃO ENCOLHER

O que é melhor: trabalhar em uma empresa grande ou em uma empresa de porte médio

ou pequeno? A primeira hipótese oferece mais oportunidades de carreira, mas a

segunda hipótese é mais viável estatisticamente. Atualmente, 80% das vagas da

iniciativa privada estão nas empresas menores. Embora as grandes companhias

apareçam mais na mídia, elas vêm diminuindo progressivamente o número de

empregados. Parte das vagas passou a ser terceirizada, outra parte foi enxugada pelos

programas de produtividade. As montadoras do ABC paulista são o perfeito exemplo dessa

transformação. Hoje, em relação há 30 anos, elas montam o dobro de carros com um terço de gente.

Evidentemente, grandes empresas são uma grife. Num processo para admitir oito estagiários em um

banco famoso, aparecem 6 mil candidatos. Por isso, começar a carreira em uma empresa menor é

uma idéia que faz sentido. Mesmo para quem já está empregado numa empresa grande, mudar para

uma menor também tem vantagens - até financeiras. Mas há uma desvantagem: a volta para uma

empresa de grande porte só será possível num nível hierárquico mais baixo.

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Mercado de Trabalho

Capítulo 8 Empregabilidade

Ainda que emprego seja uma das opções para se trabalhar, ela ainda é a alternativa

remunerada mais utilizada sendo desejável que assegure qualidade de vida com o

prazer de trabalhar em um ambiente agradável, no ritmo individualizado, e a

segurança desejável, de tal forma que desapareça o desejo de aposentadoria e o

trabalho seja parte integrante da vida. Trabalhar quando se quer, onde se quer, com

quem se quer, fazendo o que se quer assegura ao trabalho uma dimensão lúdica e

prazerosa.

Práticas convencionais de emprego precisam ser revistas. Conflitos institucionalizados

precisam ser esquecidos. Estruturas rígidas precisam ser flexibilizadas. Novas formas

de relacionamento devem ser adotadas. Sistemas de seleção reformulados.

Vinculações alternativas devem ser praticadas. Discursos ideológicos serem

esquecidos. A realidade está rapidamente sendo modificada, e o emprego não é mais

o emprego seguro, até a aposentadoria, com inserção num quadro de cargos e

salários, pois tudo isso está acabando e para muitos já acabou.

Hoje há três lutas básicas a serem enfrentadas e para cada uma delas existe uma

estratégia para se vencer:

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Mercado de Trabalho

1. Ingressar no Mercado de Trabalho.

2. Preservar o Estágio ou Emprego.

3. Reconquistar um Emprego.

Nessas lutas, o certo é que para se conquistar um emprego os processos convencionais

de enviar currículo, se registrar em agências de emprego, fazer entrevistas, e

procedimentos similares, já não são eficazes. O mesmo acontece com a manutenção

do emprego, pois muitas pessoas são dispensadas, ou se demitem, por não terem

conseguido se ajustar às características da organização onde trabalhavam.

Das três lutas a mais difícil de ser enfrentada é a reconquista de emprego, e por esse

motivo é tão importante preservar o atual. Quanto mais tempo a pessoa fica fora do

mercado de trabalho mais difícil o retorno pelos métodos convencionais.

Há, entretanto, um aspecto positivo nessa competição. Os candidatos a emprego e os

que estão empregados, geralmente não são competentes em empregabilidade. Poucas

escolas preparam para o exercício de uma atividade remunerada. Assim sendo, quem

se prepara para ter empregabilidade leva uma grande vantagem sobre o universo de

desempregados, e assume uma vantagem competitiva na preservação do seu

emprego, sem perder de vista o fato de que emprego é uma das alternativas, havendo

a possibilidade do trabalho autônomo ou da atividade empresarial.

Emprego

Num país como o Brasil, onde a relação de emprego tem até justiça especializada para

julgar as demandas e decidir sobre conflitos, é natural que o empregador busque

alternativas para fugir desses problemas. Assinar uma carteira do trabalho é firmar um

contrato com milhares de cláusulas, a maioria delas “protegendo” o contratado, sendo

um dos motivos pelos quais a relação de emprego fica cada dia mais difícil de ser

estabelecida. O empregador que pode passar esse problema adiante o faz, utilizando,

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Mercado de Trabalho

principalmente, o recurso da terceirização. Essa “solução”, entretanto, contraria a

vontade do empregador que é ter vinculado a ele os seus colaboradores, ciente de que

grande parte do valor de uma empresa está no capital humano, e também por ele se

sentir bem tendo o poder sobre eles.

O sonho do empregador é ter uma equipe que "vista a camiseta" da empresa, que seja

como uma família, como ele costuma dizer nas festinhas de fim de ano, ainda que se

comporte de forma contraditória, evitando dar estabilidade aos seus empregados e

mostrando, tantas vezes quanto possa, que é ele quem manda. Mas, mesmo assim, ele

espera que o empregado tenha sentido de “pertencimento" à empresa, que se refira a

ela dizendo, “a nossa empresa”, que tenha orgulho dela, o mesmo orgulho que ele

tem.

O empregador, na maioria das vezes, não foi preparado para lidar com empregados, é

desajeitado, pouco confiável nas suas decisões sobre pessoas, acha que tem de manter

distância para ser respeitado, comete injustiças, tem preferências pessoais, tem

sentimento de culpa quando ganha dinheiro, procura esconder seu padrão de vida, na

verdade, representa o papel de “patrão”, pois acha que assim é que deve se

comportar. Quando ele dirige uma empresa com Diretorias e Gerências especializadas,

essa postura permeia por esses setores, que procuram se comportar como acham que

o executivo principal deseja. Ainda que apresentado de forma caricatural, esse é o

ambiente mais usual no qual as pessoas desejam se inserir através de um emprego.

Até aqui destacamos a maneira de ser de empresário, caracterizando-o com sendo o

empregador. Mesmo em empresas ou organizações de grande porte, com

administração profissional, a situação não muda muito já que os dirigentes assumem o

papel de empresários e assim se comportam. Ainda que muitas vezes o empregado

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 65

Mercado de Trabalho

não tenha contato direto com o empresário ou com a diretoria que o representa, isso é

irrelevante já que essa maneira de ser está presente no que se denomina "cultura" da

organização.

Um desajuste com a cultura inviabiliza a relação de emprego e, mais cedo ou mais

tarde, o empregado será rejeitado pelo meio onde está indevidamente inserido. Por

esse motivo é fundamental que o candidato a emprego conheça as características da

cultura ideal para ele, pois somente assim poderá saber se está, ou postula, o emprego

adequado ou não. É importante esse entendimento já que a relação de emprego é a

forma mais usual pela qual as pessoas são remuneradas quando trabalham e a

empregabilidade não é um valor absoluto das pessoas, mas sim diretamente

relacionado com as condições do emprego desejado.

As pessoas não são despedidas e/ou têm dificuldade de conseguir emprego por azar,

como se fosse um jogo. As pessoas enfrentam essa situação por atitudes e

comportamentos que podem ser modificados. Assim sendo, a dispensa é sempre

previsível e muitas vezes decorrente de causas evitáveis, e a obtenção de emprego é

dificultada por procedimentos inadequados.

Geralmente o pretendente a um emprego acha que deve dizer qual sua formação, o

que fez até agora na vida, estágios e empregos anteriores, relacionamentos pessoais,

inserção social, e outras informações mais e coloca tudo isso num currículo, como se

isso fosse o suficiente para serem selecionados.

A análise do currículo, quando realizada por pessoas despreparadas, é geralmente

feita por critérios padronizados, tais como: Quanto tempo permaneceu em cada

emprego? (se durou pouco neles, não vai durar mais aqui). Há quanto tempo está sem

emprego formal? (se ninguém o quis até agora...). Ficou muitos anos num emprego e

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 66

Mercado de Trabalho

saiu? (deve estar superado). Investiu muitos anos estudando? (deve ser um teórico).

Solicita um salário abaixo do mercado? (logo, logo vai solicitar aumento). Apresenta

uma faixa de salário ampla? (nem sabe quanto vale).

O desempregado, para sair dessa situação, não tem de pedir um emprego, mas sim

conquistá-lo. O empregador quer ter com ele pessoas que vistam a camiseta da

empresa, que possam ter o sentido de pertencimento, coloquem a empresa acima de

sua vida particular, acima da família, tenham interesse pelo que fazem, não se

atenham a horários de saída, ainda que respeitem os de entrada, ou seja, o que mais

interessa não é o que esse pretendente ao emprego fez até hoje, mas qual seu

comportamento no novo emprego.

Num universo de desempregados, será escolhido aquele que se destaque dessa

multidão, dizendo: “Olha eu aqui! Sou diferente, quero trabalhar, ser útil , pertencer a

uma empresa, ser feliz no trabalho, ter orgulho de estar com vocês”. Para dizer isso

não adianta só mandar currículo, é preciso manifestar a vontade de pertencer e ser

útil, fazendo isso de forma criativa moderna, e fora do convencional, e quando

convidado para a entrevista, transformar esse encontro num entre conhecimento.

Ingressar no Mercado de Trabalho

O melhor mecanismo disponível para ingresso no Mercado de Trabalho é o Estágio,

sendo lastimável que muitos estágios não se transformem em primeiro emprego pelo

simples fato do estudante não estar preparado para se inserir numa organização.

Aqueles que já se formaram e não podem usufruir o sistema de Estágio, devem

considerar que hoje em dia o ingresso é facilitado pelos seguintes motivos:

1. A expectativa de ganho do ingressante é menor do que a de alguém com experiência;

2. As organizações valorizam a familiaridade dos jovens com novas tecnologias;

3. Pessoas experientes são pouco flexíveis e de difícil adaptação;

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 67

Mercado de Trabalho

4. Organizações eficazes valorizam mais o potencial do que a experiência;

5. Investir em pessoas jovens é mais rentável do que em pessoas mais velhas.

A grande deficiência dos jovens reside no fato de não terem recebido uma orientação

quanto ao trabalho em uma organização, mas essa falha pode ser facilmente corrigida.

Preservar o Estágio ou Emprego

Deve-se preservar somente um estágio ou emprego no qual a pessoa esteja feliz.

Permanecer numa relação somente por razões econômico-financeiras é vender tempo

de vida, algo que não tem preço.

A felicidade no trabalho não depende exclusivamente de uma das partes, ela

geralmente é resultante da existência, ou não, de afinidade entre o que se faz e o que

se gostaria de fazer, em como se faz e como se gostaria de fazer, em com quem se

trabalha e com quem se gostaria de trabalhar, entre quando se trabalha e quando se

gostaria de trabalhar, em quanto se ganha e quanto se acha que deveria ganhar, e

assim por diante.

Assim sendo, a pessoa infeliz no trabalho pode vir a ser feliz desde que consiga

compatibilizar a sua maneira de ser com as condições que desfruta na organização, e

isso não é difícil, pois são poucos os casos irreconciliáveis.

Reconquistar um Emprego

A pessoa desempregada, premida pela situação, acaba por cometer erros graves que

vão gerando um encadeamento de fatos negativos, agravando-se a situação.

Um dos erros mais comuns é apostar na remessa de currículos na expectativa de ser

chamada para uma entrevista. Com esse sistema o desempregado transfere para o

empregador a faculdade de fazer a seleção, quando o desejável é que ele defina onde

desejaria trabalhar e partir para a conquista desse emprego.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 68

Mercado de Trabalho

Assumir emprego para não ficar desempregado pode ser uma “solução” desgastante,

geradora de experiências negativas que acabam por inviabilizar completamente a

conquista de um novo emprego.

A primeira coisa que um desempregado tem de fazer é definir se ele realmente tem

perfil para ser empregado, ou se sua vocação é para atuar como autônomo ou como

empresário. Isso é facilmente definido mediante um Teste que estabelece

quantitativamente esse perfil.

Caso realmente ele seja vocacionado para ser empregado é preciso se verificar,

também através de Testes, os valores e atitudes que ele entende como certas e

erradas e isso dará uma avaliação quantitativa de fatores positivos e negativos.

Fonte: http://www.empregabilidade.net

Capítulo 9 Estágio

O Estágio, obrigatório ou facultativo, representa um mecanismo muito eficaz de

complementação educacional, sendo um facilitador de inserção dos estudantes no

mercado de trabalho.

A nova Lei do Estágio corrigiu a situação anterior na qual literalmente os estudantes

eram “jogados” numa organização, sem preparo adequado, pelo fato das instituições

de ensino não incluírem a preparação para o trabalho nos seus projetos pedagógicos.

Agora, somente poderá estagiar quem esteja cursando uma escola que tenha incluído

no seu projeto pedagógico o estágio, sendo exigida uma correlação entre o que é

ensinado e o campo de atuação do estagiário.

Como essa correlação dificilmente pode ser estabelecida em termos

profissionalizantes ou de terminalidades ocupacionais, é preciso buscar uma formação

educacional abrangente e não específica, sendo óbvia a escolha da alternativa de

preparação para o trabalho.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 69

Mercado de Trabalho

Entender o que é uma organização, como elas se estruturam, quais as culturas

vigentes no nosso meio, o que é uma missão, como respeitar os valores, como

participar de uma reunião, como aproveitar o apoio das áreas de recursos humanos, e

tantos aspectos mais que constituem o acervo educacional do Programa de

Empregabilidade.

Como a nova Lei, acertadamente, estabelece a necessidade de existir uma correlação

entre o que é ensinado e a atividade do estagiário, torna-se essencial, e

imprescindível, incluir nos planos de educação conteúdos suficientemente genéricos

que viabilizem a correlação desejada. Estágio diretamente relacionado com

determinada terminalidade profissional é exceção, sendo inviável estabelecer essa

correlação para o caso de estudantes de cursos não profissionalizantes.

Como o Estágio tem a precípua finalidade de inserir o estudante no mercado de

trabalho, é recomendável que essa inserção seja decorrente de uma preparação para o

exercício do emprego. Uma Instituição de Ensino que não proporcione a inclusão de

preparação para o trabalho no seu plano didático, ou alguma outra forma genérica de

ensino de atividades não específicas, certamente impedirá que seus alunos possam

estagiar.

As Concedentes de Estágio que recebam estagiários fora das especificações bastante

claras da Lei 11.788/2008 certamente estarão incorrendo num erro que terá custos

muito elevados. Poderão cobrar esses custos do Agente de Integração que

encaminhou o estágio irregular, mas o melhor seria não ter de entrar num processo

judicial.

No sistema antes vigente os Agentes de Integração recebiam da concedente de estágio

um valor global, sob título de Bolsa Auxílio, do qual retinham uma parcela de até 20%

para remuneração do serviço de intermediação, e repassavam o restante ao

estagiário. Isso agora é ilegal, (Art. 5º § 2º É vedada a cobrança de qualquer valor dos

estudantes, a título de remuneração pelos serviços referidos nos incisos deste artigo),

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 70

Mercado de Trabalho

e o artifício antes utilizado certamente não mais será aceito, já que na prática é o

estagiário que está pagando ao Agente de Integração, pois caso não houvesse essa

dedução ele receberia o total do valor lançado pela concedente como despesa com

estagiário.

No sistema antes vigente a Concedente de Estágio contribuía com uma Bolsa Auxílio,

sendo previsível que a manutenção desse sistema poderá ser considerada como uma

doação ao Agente de Intermediação, e não como um pagamento por serviços

prestados pelo estagiário, mesmo porque quem paga o estagiário nesse sistema é o

Agente de Integração, utilizando a verba recebida da Concedente de Estágio. É

inaceitável essa remuneração de estagiários feita por valores globais parcialmente

distribuídos para os estagiários por um intermediário, com retenção de uma

percentagem para remuneração dos serviços de intermediação. Evidentemente quem

está pagando por esses serviços é o estagiário, e poderá se ressarcir do valor

descontado mediante uma ação trabalhista, por ser essa retenção ilegal. Vale recordar

que quem paga mal, paga duas vezes.

Quanto aos órgãos de administração pública direta, autárquica e fundacional de

qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

incluídos no Art. 9o do texto da nova Lei, é ilegal a contratação de estagiários sem

licitação, já que quando feita através de Agentes de Integração e, mesmo em alguns

casos, de Instituições de Ensino, está implícita nessa contratação a remuneração de

serviços. Por outro lado, não prevalecerá mais a interpretação de que um estágio

irregular não pode gerar emprego por não ser aceito o ingresso na função publica de

alguém sem concurso. Essa interpretação, se antes já era surrealista, agora perde mais

sentido e, certamente, será responsabilizado quem autorizou a contratação irregular,

assumindo pessoalmente os custos dessa ilegalidade. Uma questão trabalhista com

esse objetivo não pretende um ingresso irregular e ilegal no setor público, mas o justo

ressarcimento a quem prestou serviços, autorizados de forma irregular.

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 71

Mercado de Trabalho

No caso das empresas e profissionais liberais, conceder um estágio não deve ser busca

de vantagem financeira com utilização do trabalho de estudantes, mas sim uma

contribuição significativa para o processo educacional, mediante a utilização do

sistema mais indicado para seleção de futuros colaboradores.

Lei de Estágio LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008

Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a

redação do art. 428 da Consolidação das Leis

do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei

nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei nº

9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as

Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e

8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo

único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida

Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de

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Mercado de Trabalho

2001; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam

freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação

profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino

fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

§ 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário

formativo do educando.

§ 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional

e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a

vida cidadã e para o trabalho.

Art. 2º O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação

das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto

pedagógico do curso.

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Mercado de Trabalho

§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga

horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

§ 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida

à carga horária regular e obrigatória.

§ 3º As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação

superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio

em caso de previsão no projeto pedagógico do curso.

Art. 3º O estágio, tanto na hipótese do § 1º do art. 2º desta Lei quanto na prevista no §

2º do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza,

observados os seguintes requisitos:

I - matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de

educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do

ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e

atestados pela instituição de ensino;

II - celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do

estágio e a instituição de ensino;

III - compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas

no termo de compromisso.

§ 1º O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter

acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por

supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no

inciso IV do caput do art. 7º desta Lei e por menção de aprovação final.

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Mercado de Trabalho

§ 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação

contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a

parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e

previdenciária.

Art. 4º A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica-se aos estudantes

estrangeiros regularmente matriculados em cursos superiores no País, autorizados ou

reconhecidos, observado o prazo do visto temporário de estudante, na forma da

legislação aplicável.

Art. 5º As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério,

recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições

acordadas em instrumento jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de

contratação com recursos públicos, a legislação que estabelece as normas gerais de

licitação.

§ 1º Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento

do instituto do estágio:

I - identificar oportunidades de estágio;

II - ajustar suas condições de realização;

III - fazer o acompanhamento administrativo;

IV - encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais;

V - cadastrar os estudantes.

§ 2º É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração

pelos serviços referidos nos incisos deste artigo.

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Mercado de Trabalho

§ 3º Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem

estagiários para a realização de atividades não compatíveis com a programação

curricular estabelecida para cada curso, assim como estagiários matriculados em

cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio curricular.

Art. 6º O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes cedentes,

organizado pelas instituições de ensino ou pelos agentes de integração.

CAPÍTULO II

DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Art. 7º São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus

educandos:

I - celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou

assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte

concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica

do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e

calendário escolar;

II - avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação

cultural e profissional do educando;

III - indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como

responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;

IV - exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis)

meses, de relatório das atividades;

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Mercado de Trabalho

V - zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para

outro local em caso de descumprimento de suas normas;

VI - elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de

seus educandos;

VII - comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de

realização de avaliações escolares ou acadêmicas.

Parágrafo único. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3 (três)

partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao

termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado,

progressivamente, o desempenho do estudante.

Art. 8º É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados

convênio de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo

compreendido nas atividades programadas para seus educandos e as condições de que

tratam os arts.6º a 14 desta Lei.

Parágrafo único. A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição

de ensino e a parte concedente não dispensa a celebração do termo de compromisso

de que trata o inciso II do caput do art. 3º desta Lei.

CAPÍTULO III

DA PARTE CONCEDENTE

Art. 9º As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública

direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do

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Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior

devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional,

podem oferecer estágio, observadas as seguintes obrigações:

I - celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando

por seu cumprimento;

II - ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades

de aprendizagem social, profissional e cultural;

III - indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência

profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para

orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;

IV - contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice

seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de

compromisso;

V - por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio

com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de

desempenho;

VI - manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de

estágio;

VII - enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses,

relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário.

Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação

do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser

assumida pela instituição de ensino.

CAPÍTULO IV

DO ESTAGIÁRIO

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Mercado de Trabalho

Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a

instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante

legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades

escolares e não ultrapassar:

I - 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de

educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional

de educação de jovens e adultos;

II - 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino

superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.

§ 1º O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que

não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta)

horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da

instituição de ensino.

§ 2º Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou

finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos

à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom

desempenho do estudante.

Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2

(dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.

Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que

venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-

transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.

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Mercado de Trabalho

§ 1º A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e

saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.

§ 2º Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do

Regime Geral de Previdência Social.

Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou

superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado

preferencialmente durante suas férias escolares.

§ 1º O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário

receber bolsa ou outra forma de contraprestação.

§ 2º Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira

proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.

Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no

trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do

estágio.

CAPÍTULO V

DA FISCALIZAÇÃO

Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza

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vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os

fins da legislação trabalhista e previdenciária.

§ 1º A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este

artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da

decisão definitiva do processo administrativo correspondente.

§ 2º A penalidade de que trata o § 1º deste artigo limita-se à filial ou agência em que

for cometida a irregularidade.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 16. O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu

representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e

da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração a que se refere o

art. 5º desta Lei como representante de qualquer das partes.

Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das

entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:

I - de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;

II - de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;

III - de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;

IV - acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.

§ 1º Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores

empregados existentes no estabelecimento do estágio.

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Mercado de Trabalho

§ 2º Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos,

os quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles.

§ 3º Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo

resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente

superior.

§ 4º Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de

nível médio profissional.

§ 5º Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez

por cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.

Art. 18. A prorrogação dos estágios contratados antes do início da vigência desta Lei

apenas poderá ocorrer se ajustada às suas disposições.

Art. 19. O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-

Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 428. .................................................................................

§ 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de

Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não

haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem

desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional

metódica.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 82

Mercado de Trabalho

..........................................................................................................

§ 3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos,

exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.

..........................................................................................................

§ 7º Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do

disposto no § 1º deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a

freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental." (NR)

Art. 20. O art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a

seguinte redação:

"Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de estágio em

sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria.

Parágrafo único. (Revogado)." (NR)

Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 22. Revogam-se as Leis nºs 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de

março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de

1996, e o art. 6º da Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001.

Brasília, 25 de setembro de 2008; 187º da Independência e 120o da República.

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Mercado de Trabalho

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

André Peixoto Figueiredo Lima

D.O.U., 26/09/2008 - Seção 1

Capítulo 10

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Mercado de Trabalho

Networking

Networking: Amplie seu circulo de influência “Achar caminhos para se aproximar de todos na unidade. Lutar para que as pessoas se sintam importantes, fazendo parte de alguma coisa maior do que elas próprias” – Colin Powell Profissional: “Eu tenho uma experiência muito boa, minha formação é excelente, meu currículo é impecável mas não encontro uma boa oportunidade de trabalho! O que será que está faltando?” Resposta: NETWORKING!

Afinal o que é fazer Networking? É estabelecer uma rede de relacionamentos com um

grupo de pessoas que poderão exercer influência positiva em sua carreira. Atualmente,

não basta apenas sermos competentes, é essencial que saibamos manter a nossa

empregabilidade. Uma das ferramentas mais eficazes para isso é o network que, aliás,

é mais do que uma ferramenta, é um hábito que bem desenvolvido poderá ajudá-lo a:

• Ter acesso a oportunidades no mercado de trabalho;

• Captar informações relevantes para seu dia a dia;

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Mercado de Trabalho

• Divulgar seu trabalho;

• Obter novos clientes;

• Solicitar conselho;

• Captar recursos financeiros para um projeto;

• Recomendar serviços;

• Etc.

Conhecer uma pessoa, pedir seu e-mail e enviar seu currículo não é fazer networking,

é ser CHATO! Fazer networking leva tempo e requer muita paciência.

O que preciso fazer para não ser considerado inconveniente?

Se a sua abordagem estiver baseada em alguns valores e seu foco for o ganha-ganha,

certamente você não será. Valores indispensáveis não só para networking, mas para

todo e qualquer relacionamento (namorado, amigo, filho, pai, profissionais) são:

respeito, transparência, lealdade e principalmente reciprocidade, pois além do

networking ser uma via de mão dupla, é preciso que o outro QUEIRA e DESEJE me

contatar.

E como é que eu faço para que o outro queira e deseje me contatar? Jeffrey Gitomer

(M.Books, 2007) nos ajuda com algumas dicas:

1. Ofereça valor: coloque a pessoa diante de contatos que possam resultar em

negócios para ela;

2. Seja sincero: mesmo que você comprometa a venda do seu serviço/produto

naquele momento irá gerar maior credibilidade para você.

3. Encontre vínculos: encontre algo em comum que os una.

4. Demonstre conhecimento:fale de coisas que interessem à outra pessoa.

5. Esteja presente: mesmo quando você não precisar de nada.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 86

Mercado de Trabalho

Já ouvi as seguintes perguntas:

P: Tenho que ser amigo do meu contato?

R: Isso dependerá de vocês dois. Caso haja uma afinidade maior entre vocês melhor

ainda, pois o vínculo de confiança se estabelece prontamente.

P: Meu concorrente (pessoa que ocupa o mesmo cargo que o meu em uma empresa

do mesmo segmento da que eu trabalho) pode fazer parte do meu Network?

R: Deve, pois caso você queira se recolocar futuramente ele certamente se tornará um

dos seus principais contatos.

Para expandir ainda mais o seu network, utilize tanto as formas off-line como as

formas on-line:

Off-line:

• Família

• Amigos

• Colegas

• Associações

• Cursos

On-line:

• Redes sociais.

• Diretórios de negócio. Ex: LinkedIn

• Gerenciadores de contato. Ex:

Plaxo

• Fóruns de debate. Ex: Yahoo Group

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 87

Mercado de Trabalho

• Comunicadores. Ex: Skype, MSN

Vale ressaltar que hoje em dia redes de relacionamentos são o quarto segmento mais

popular, acima de e-mail pessoal (dados da Nielsen Online), e os resultados são

tangíveis, pois encontramos pessoas fazendo negócios e amizades a todo o momento.

Mas não fique apenas atrás da telinha, agende um café, um almoço ou um happy hour

com seus contatos e procure levar convidados novos para que a rede já comece a se

multiplicar e prosperar.

Algumas razões para não praticar o networking:

• Despreparo

• Medo da rejeição

• Vergonha

• Procrastinação

• Auto-imagem limitada

A única maneira de superar o medo é começar a desenvolver autoconfiança por meio

de preparo. Treine, treine e treine.

Habilidades que contribuem com o seu networking:

• Ter coragem

• Ser determinado

• Ter empatia

• Saber ouvir

• Ter disciplina

• Ser criativo

Pausa para reflexão

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Mercado de Trabalho

Agora, antes de prosseguir com a leitura, faça uma reflexão sobre como anda seu

desempenho em construir network:

1. Estou constantemente conhecendo pessoas novas?

2. Quando conheço pessoas novas consigo interagir logo de início?

3. Conheço as pessoas “mais importantes”da área em que atuo?

4. As pessoas me ligam para que eu as ajude a fazer contatos?

10 Passos para se construir uma rede de relacionamentos

1. Primeiro estabeleça o que você quer, defina o que você está buscando.

2. Faça uma lista das pessoas que você já conheceu na vida e procure manter

sempre atualizada.

3. Promova seu perfil nas principais redes de relacionamento.

4. Reflita quem são as 15 pessoas mais “influentes” na sua área e faça uma lista

com os respectivos nomes.

5. Verifique se entre as pessoas que você conhece, existe alguém que poderia te

apresentar para essas “pessoas influentes” listadas acima e/ou pesquise estes

nomes em artigos, livros, cursos, fóruns de discussões.

6. Priorize sua lista, organizando seus contatos em dois grandes grupos:

o Pessoas que irão ajudá-lo imediatamente a atingir seu objetivo

o Pessoas que você contatará assim que concluir os contatos do primeiro

grupo

7. Planeje sua abordagem e treine.

8. No contato com estas pessoas, busque informações relevantes e faça com que

elas se interessem por você.

9. Atualize a sua lista, anotando data e informações relevantes do último contato

e uma periodicidade para contatos futuros e qual o meio escolhido (encontro

pessoal, telefone/skype, e-mail, etc.)

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Mercado de Trabalho

10. Para os seus principais contatos descreva quais serão os seus próximos passos e

se dedique a executá-los. AÇÃO, AÇÃO e mais AÇÃO!

Importantíssimo: Que este ciclo nunca termine e vire uma rotina na sua vida.

Como fazer seu Networking cada vez melhor

(com base nas vinte e duas dicas para networking, de José Augusto Minarelli – Editora

Gente, 2001)

1. Tenha interesse na pessoa. De vez em quando faça contato apenas para saber

como vai o outro. William James disse: “O mais profundo princípio da natureza

humana é a ânsia (fome humana insaciável) de ser apreciado”.

2. Seja proativo. Não espere que o outro tome iniciativa

3. Preste atenção no que os outros dizem ou contam. Ser escutado tem um

grande valor.

4. Seja específico e objetivo. Quando pedir ajuda a alguém, ajude o outro a ajudar

você.

5. Seja persistente sempre. Não se aborreça quando sentir certa rejeição, a

pessoa pode não estar em seus melhores dias.

6. Esteja sempre pronto para ajudar os outros, mesmo que o gesto não lhe traga

nenhum benefício imediato.

7. Sente-se perto de desconhecidos. Não fique sozinho nem passe todo o tempo

com aqueles que você já conhece.

8. Nunca faça comentários negativos de ninguém.

Para manter um relacionamento por longo tempo, fique atento aos elementos que

devem ser plenamente utilizados de acordo com Jeffrey Gitomer, autor do Livro Negro

do Networking:

PRIMEIRO, deve haver alguma atração intelectual ou emocional.

SEGUNDO, deve haver algum terreno comum, que seja interessante para os dois.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 90

Mercado de Trabalho

TERCEIRO, deve haver compromisso com uma comunicação regular contendo antes o

“dar” do que o “pedir”.

QUARTO, deve haver encontros ocasionais cara a cara.

Desafio sugerido para aplicação das dicas acima

Escolha três contatos valioso da sua lista, e:

• Identifique quem são e o que significam para você;

• Defina de que forma você pode agregar valor para estas pessoas;

• Prepare-se para fazer o contato de forma assertiva (lembre-se do nosso artigo

anterior);

• Providencie um encontro ou telefonema;

• Defina os próximos passos.

Agora é com você!

Fonte: Por Patricia Wolff - http://www.efetividade.net/2010/03/15/networking-amplie-seu-circulo-de-influencia

Dica

O que é uma networking?

Por MAX GEHRINGER

Uma rede. A Rede Globo de Televisão, por exemplo, tem esse nome porque uma centena de

emissoras afiliadas capta e retransmite o mesmo sinal. Se a Rede Globo fosse americana, ela

não chamaria Rede, chamaria Globo Networking. Foi dessa imagem de 'conexão permanente e

interesses comuns' que o povo de Recursos Humanos sacou o Networking entre pessoas - e é

isso que você está querendo saber como funciona. Essa rede de contatos profissionais é

fundamental. Através dela, você pode conseguir um emprego, ou ser indicada para uma

entrevista. Mas há algumas regrinhas essenciais que precisam ser observadas. A primeira:

nunca peça nada no primeiro contato. Tem gente que é apresentada ao gerente de uma

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Mercado de Trabalho

empresa e já vai botando um currículo na mão dele. Isso é o anti-Networking. A segunda regra:

um Networking não é uma ação entre amigos. É uma ligação entre profissionais que podem se

auxiliar mutuamente. Se você é médica e eu sou advogado, um dia você precisará de um

advogado, e eu de uma médica. Logo, vale a pena ficarmos em contato. Mas e quem está

entrando agora no mercado de trabalho e tem muito a pedir e nada a oferecer? Bom, um

Networking deve começar já no ensino fundamental. Onde estão os antigos colegas de escola?

Vamos reunir a turma? Muitos desses colegas, algum dia, ocuparão cargos importantes. Como

não sabemos quem vai ser o quê, é preciso manter o relacionamento com todos eles. Essa é a

essência do Networking: conhecer o maior número possível de pessoas, e nunca perder o

contato. É preciso também frequentar cursos. Desses cursos rápidos, que duram um ou dois

dias. Nesses cursos, o intervalo para o café já está sendo chamado de Networking-Break. É a

constatação óbvia e prática de que conhecer os participantes será mais importante para a

carreira que o próprio conteúdo do curso.

Extraído da revista Época on line - http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1146611-1667,00.html, acessado em

06/03/2006.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 92

Mercado de Trabalho

Capítulo 11 As Profissões do Futuro

Onde você estará daqui a 5 anos? E daqui a 10 anos? Se essas perguntas já são difíceis

de responder, imagine tentar prever como será o Brasil no futuro. Onde estarão as

oportunidades de emprego? Diversas variáveis devem ser levadas em conta ao se

escolher a carreira profissional.

Num mercado de tantas incertezas, pelo menos uma coisa é certa: a necessidade de

formação acadêmica. Quem não se preparar perderá espaço no cada vez mais

concorrido mercado de trabalho. O clichê "investir na educação é investir no futuro"

nunca esteve tão em voga.

O mercado está expandindo as suas áreas e novos cursos surgem todos os dias com o

propósito de atender demandas por profissionais especializados ou pelo

desmembramento de habilitações tradicionais. Algumas novas graduações podem

representar boas oportunidades de trabalho.

Fique atento: estudiosos e pesquisadores apontam cinco segmentos com potencial de

crescimento das carreiras mais promissoras. São eles: Tecnologia, Agronegócio e Meio

Ambiente, Qualidade de Vida, Educação e Entretenimento.

Tecnologia

A informática e a telefonia celular são apontadas por especialistas como grandes

empregadoras no presente, que devem continuar assim no futuro, enquanto

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Mercado de Trabalho

novidades, como a aguardada tevê digital, prometem abrir todo um novo campo de

trabalho.

A Tecnologia da Informação (TI) envolve hardwares, softwares e serviços. Em

Comunicação, estão os celulares, por exemplo. Em Informação, a área que mais cresce

no mundo é a de software, que diz respeito aos programas. Estes podem ser

produzidos para escala comercial (como Word e Windows) ou customizados, que são

encomendados por empresas para suprir suas necessidades.

Agronegócio e Meio Ambiente

O Brasil é um dos países em boas condições de enfrentar um grande temor do século

XXI: a falta de energia. Além dos recursos naturais que nos permitem ter hidrelétricas,

o País tem uma boa vantagem competitiva na agroenergia, especialmente com a

produção de etanol e biodiesel.

O mercado de trabalho para engenheiros agrônomos (na recuperação de pastagens

degradadas e produção de cana de forma sustentável), gestores (de usinas) e

engenheiros de logística (que cuidarão de escoamento e transporte de produto) irá

crescer.

Paralelamente, amplia-se a consciência ecológica das pessoas e a promoção de um

crescimento sustentável. Profissionais como gestores ambientais (que viabilizam a

exportação de móveis de madeira certificada para países desenvolvidos) e advogados

de direito ambiental serão mais requisitados.

Qualidade de Vida

O setor engloba a área de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, e de serviços.

Encaixam-se no perfil desta indústria profissionais como químicos e revendedores,

psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas - incluindo os quiropraxistas, uma ocupação

que cresce no País. Com a vaidade em alta, médicos dermatologistas e cirurgiões

Page 94: Apostila de Mercado de Trabalho

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 94

Mercado de Trabalho

plásticos têm um amplo mercado pela frente e boa remuneração. Oportunidades de

trabalho, especialmente em spas e clínicas, surgirão também para esteticistas.

Educação

Em um mercado de trabalho que exigirá cada vez mais profissionais multimídia e super

especializados será necessário um grande contingente de professores para suprir esta

demanda por aprendizado. O professor com boa formação e antenado com as

tendências será valorizado.

Entretenimento

Diversão é coisa séria. O mercado de entretenimento se profissionalizou e os

consumidores buscam qualidade.

O grande destaque fica para o turismo. O Ministério do Turismo tem como meta até

2010 gerar 1,7 milhão de empregos e US$ 7,7 bilhões em divisas.

Dentro da internet, então, as oportunidades são incontáveis. Com a popularização da

banda larga, a produção de novelas e filmes para a internet será realidade. Isso

ampliará o mercado de trabalho para roteiristas, diretores produtores e atores.

Fonte: Diário do Nordeste do dia 26 de outubro de 2008.

AS PROFISSÕES DO FUTURO Cinco especialistas em carreira apontam as áreas em que eles acreditam que haverá mais oportunidades nos próximos anos

Áreas

promissoras

Profissões mais cotadas

Por que

Vicky Bloch Sócia-diretora da consultoria de carreira Vicky Bloch & Associados

Meio ambiente Engenheiros e gestores

ambientais

A pressão da sociedade contra a

poluição deverá crescer

Saúde Médicos, enfermeiros e

farmacêuticos A população está envelhecendo

Educação Professores e A educação deverá receber

grandes investimentos

Page 95: Apostila de Mercado de Trabalho

Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 95

Mercado de Trabalho

administradores

Mercado de capitais

Economistas,

administradores, sociólogos

e antropólogos

A globalização favorece

profissionais de formação

diversificada

Marcelo Mariaca Sócio-presidente da Mariaca, empresa de recrutamento de executivos e consultoria de recursos humanos

Bens de consumo

Vendedores, balconistas,

publicitários,

administradores,

economistas e contadores

O aumento da renda da

população favorece o consumo

Tecnologia

Engenheiros, cientistas da

computação e

administradores

O Brasil deverá se tornar um

pólo de serviços de tecnologia

Imóveis

Arquitetos, engenheiros,

corretores, administradores,

economistas e contadores

A carência de moradias deverá

levar a investimentos na área

Dárcio Crespi Diretor-geral da empresa de contratação de executivos Heidrick & Struggles

Mineração Engenheiros civis e de

produção

Por causa da demanda por

metais, estimulada pela China,

deverá abrir novas

oportunidades na área

Tecnologia Engenheiros e cientistas da

computação

O Brasil deverá se tornar um

grande produtor de softwares

Saúde Médicos, farmacêuticos e

administradores

O Brasil é carente de

administradores de hospitais e

planos de saúde

Gerson Correia Sócio-diretor da empresa de contratação de executivos Talent Solution

Tecnologia

Programadores e desenhistas

industriais

A produção de softwares deverá

crescer, em especial a de jogos

virtuais

Petróleo Engenheiros de minas e

energia

A produção em águas profundas

deverá se expandir

Marcelo Ferrari Diretor de desenvolvimento de novos negócios da Mercer Human Resources Consulting

Química Engenheiros químicos e

farmacêuticos

A indústria farmacêutica deverá

investir em novos produtos

Energia Engenheiros agrônomos e

bioquímicos

O Brasil deverá ser campeão em

energias alternativas

Mercado de capitais

Administradores,

economistas, engenheiros e

contadores

A poupança privada vai crescer

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG76342-6012-456-1,00.html

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 96

Mercado de Trabalho

Capítulo 12 Como Elaborar um Bom Currículo

O currículo (também chamado de currículum vitae ou CV) é um documento que

agrupa informações pessoais de um profissional junto a sua formação acadêmica e sua

trajetória no mercado de trabalho, visando demonstrar suas qualificações,

competências e habilidades. De uma forma mais direta, o currículo descreve quem

você é e quais qualidades e experiências profissionais você possui.

Um bom currículo, bem apresentável e redigido, pode não garantir um emprego mas é

sem sombra de dúvidas, um passo importantíssimo para alcançá-lo. Grande parte das

pessoas tem dúvidas em como criar seu currículo, principalmente aquelas que estão

entrando agora no mercado de trabalho.

Modelo de Currículo

1) Cabeçalho ou Topo

No topo do currículo devem aparecer suas informações pessoais: nome completo,

estado civil, idade, endereço completo e, principalmente, seus dados de contato.

Acredite, muitas pessoas esquecem de colocar seu telefone e e-mail atualizados, são

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 97

Mercado de Trabalho

selecionadas e perdem assim a oportunidade de uma entrevista. Número da carteira

de identidade, CPF, Documento Militar e outros documentos ficam de fora.

2) Objetivo

O segundo tópico do seu currículo descreve a que vaga ou oportunidade você tem

interesse em concorrer.

3) Formação

Descreva nesta sessão sua formação acadêmica. Inclua apenas dados relevantes mais

atuais. Nenhum profissional de seleção deseja saber aonde você cursou seu pré-

primário.

4) Experiência Profissional

Nesta sessão você deve listar suas experiências profissionais mais importantes. A

maneira mais utilizada é listá-las em ordem inversa, ou seja, as mais recentes primeiro.

Informe o período em que esteve empregado, o nome da empresa, o cargo exercido,

as principais atividades e possíveis resultados destacáveis obtidos. Observe como isto é

feito no modelo de currículo preenchido disponível para download acima.

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 98

Mercado de Trabalho

5) Qualificações e Atividades Profissionais

Aproveite este trecho do currículo para informar cursos que tenha concluído (que

sejam relevantes para a vaga almejada) e outras qualificações obtidas ao longo de sua

carreira.

6) Informações Adicionais

Utilize esta sessão opcionalmente para informar quaisquer outros dados que julgue

significativos para a vaga.

Dicas de Como Fazer um Currículo

Ao escrever seu currículo você deve observar uma série de regras e dicas que visam

diferenciá-lo entre os demais candidatos a vaga, destacando suas qualidades

profissionais e pessoais. Antes de começar a escrever este documento, procure fazer

uma reflexão sobre sua formação e carreira profissional, identificando seus pontos

fortes. Na hora de redigi-lo, faça-o com calma, sem pressa - leia e releia-o várias vezes

até ter a certeza de que está tudo certo.

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 99

Mercado de Trabalho

Abaixo listamos alguns pontos importantes sobre como fazer um currículo chamativo

e atraente.

1) Não torne-se o "ilustre incomunicável" da vez

Pode parecer mentira, mas não é. Já recebemos inúmeros currículos em que os

autores simplesmente esqueceram-se de colocar seus dados de contato. Resultado:

currículo pré-selecionado durante a fase de triagem e o candidato eliminado por ser

impossível encontrá-lo.

As informações de contato, telefone fixo, telefone celular e e-mail, devem aparecer no

topo do currículo, junto ao nome, endereço e estado civil. Em caso de dúvidas, veja

nosso modelo de currículo. Lembre-se de manter esses dados sempre atualizados. No

caso do e-mail, liste apenas aquele que você utiliza com mais frequência.

2) Vá direto ao ponto

Deixe claro logo no início de seu currículo qual vaga está concorrendo ou qual área

está interessado. Não cite mais de uma vaga ou área, o que transmite a idéia de um

profissional sem foco.

3) Seja seletivo - inclua APENAS o essencial

Lembre-se de que o tempo médio de avaliação de um currículo por parte de um

profissional de seleção é de 45 segundos. Concentre-se naquelas informações

essenciais sobre você e sua carreira e que o diferenciam e capacitam-no para a vaga

em questão.

Se a vaga é para assistente financeiro, não é necessário mencionar sua experiência em

manutenção de impressoras. Se você possui 38 anos e concorre a uma vaga de gerente

comercial, não é necessário citar sua experiência como office-boy aos 15 anos.

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 100

Mercado de Trabalho

Quanto ao número de páginas utilize, no máximo, 3. Para a maioria das vagas, 1 ou 2

páginas bastam.

4) Uma boa apresentação conta muito

Embora o conteúdo certamente fale mais alto, a apresentação do currículo conta

muitos pontos a favor. Um currículo bem apresentável, organizado e impresso em um

bom papel, transmite a idéia de um profissional competente e diferenciado. Utilize

uma boa impressora e papéis brancos, no formato A4, de boa gramatura (90g/m2, por

exemplo). Não utilize xerox nem imprima seu documento frente e verso.

5) Facilite a leitura do avaliador

A maioria dos avaliadores de currículos já passou dos 40 anos. Assim, é natural que

estas pessoas tenham alguma dificuldade na leitura. Facilite este processo e ganhe

alguns créditos.

Use sempre letras na cor preta (ou cinza escuro) e com tamanho igual ou superior a 10

pontos. Evite utilizar fontes rebuscadas. Boas escolhas são Verdana, Georgia ou Arial,

fontes elegantes e formais. Configure seu editor de texto para deixar um espaço entre

as linhas. Deixe uma boa margem entre o conteúdo e a folha.

Agrupe as informações do seu currículo em blocos como Formação Acadêmica,

Experiência Profissional, Atividades e Cursos Complementares.

6) Cuidado com o português

Sempre é válido frisar: muito cuidado com o português. Evite abreviaturas. Após

redigir seu currículo no computador, utilize o corretor ortográfico do seu editor. Peça

sempre algum conhecido de confiança para revisar seu documento após finalizá-lo.

7) Dinheiro é um assunto a ser tratado na entrevista

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 101

Mercado de Trabalho

Não mencione sua pretensão salarial em seu currículo. O valor pode ser um empecilho

para que você seja chamado para uma entrevista, o momento oportuno para debater

sobre este assunto. Evite colocar também seus salários anteriores quando

descrevendo suas experiências passadas.

Dicas de Como NÃO FAZER um Currículo

Ao enviar seu currículo para concorrer a uma vaga de emprego, você deve ter em

mente o seguinte: as pessoas que trabalham com seleção NÃO TÊM TEMPO A

PERDER. Em um processo seletivo esses profissionais recebem centenas, até mesmo

milhares de currículos.

A primeira fase deste processo é a triagem. Nela, os selecionadores têm pouco tempo

para, dada uma pilha de currículos impressos ou ainda em formato digital, decidirem

quais deles devem ser selecionados para a próxima fase e quais vão diretamente para

o lixo. Se você não quer que sua chance de conquistar o emprego termine logo nesta

etapa, siga TODAS as dicas abaixo evitando diversos erros comuns:

1) Número de conta bancária, título de eleitor, MSN, identidade ficam de FORA.

Preencha o currículo apenas com informações ESSENCIAIS. Lembre-se: os

selecionadores NÃO TÊM TEMPO A PERDER.

2) Não importa se você é lindo(a). FOTO apenas se solicitado.

Ainda que você se pareça com o Reynaldo Gianecchini ou com a Gisele Bundchen, não

coloque sua foto em seu CV - isto é completamente desnecessário. As exceções a esta

regra são currículos de candidatos a vagas de modelo ou cuja beleza física esteja

diretamente associada a atividade a ser exercida.

3) Novela mexicana somente na televisão

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 102

Mercado de Trabalho

Embora sua história de vida ou situação atual possa ser de grande interesse para um

seriado televisivo, você deve chamar a atenção do selecionador por suas capacidades

profissionais. Evite escrever no currículo coisas do tipo "Por favor, preciso desse

emprego para sustentar meus 13 filhos doentes" ou ainda "Tenho muita vontade de

trabalhar nessa empresa, até de graça".

4) Papel somente branco - rosa, vermelho, azul, verde e de outras cores NUNCA

Infelizmente algumas pessoas acreditam que devem chamar a atenção pelo excesso.

Enviar seu currículo impresso em papel de cores "espalhafatosas" é certeza de chamar

a atenção... dentre os inúmeros currículos amassados e arremessados na lata de lixo.

5) Evite fonte rebuscadas

Nada de utilizar fontes como Comic Sans ou outras do gênero para chamar a atenção.

Utilizar fonte Times New Roman também não é aconselhável, desde que é uma fonte

comum e sem destaque. Boas escolhas são Verdana, Georgia ou Arial, fontes elegantes

e formais.

6) Não minta JAMAIS

Para não passar por situações constrangedoras ao serem pré-selecionados e, durante a

entrevista, serem pegos em suas mentiras. Um exemplo clássico é o relacionado a

idiomas. O sujeito diz ter nível fluente de inglês e, no meio da entrevista, o

selecionador, sem qualquer introdução, começa a falar nesta língua. O candidato baixa

a cabeça e pronuncia alguma desculpa qualquer. Resultado: MAIS UM ELIMINADO.

7) "Menas", "seje", "emcima" - POR FAVOR, NÃOOOOOOOOOOOOO!!!

Sempre é válido frisar: muito cuidado com o português. Após redigir seu currículo no

computador, utilize o corretor ortográfico do seu editor. Leia e releia seu texto. Peça

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 103

Mercado de Trabalho

sempre algum conhecido de confiança para revisar seu documento antes de enviá-lo

para as empresas.

8) Ninguém quer saber se você é um excelente atacante de futebol do clube do seu

bairro nem que fez um curso sobre como preparar comida chinesa no inverno

passado.

A não ser que você esteja concorrendo a uma vaga de jogador de futebol ou a um

restaurante essa regra é extremamente válida. Muitas pessoas costumam colocar uma

série de baboseiras ao final de seu currículo para preencher espaço. Evite ao máximo

utilizar este recurso para não passar a mensagem de alguém com pouca qualificação

para a vaga em si.

9) Nada de correções utilizando caneta.

A apresentação do currículo é tão importante quanto seu conteúdo. Caso encontre

algum erro, nunca utilize corretivo ou escreva de caneta esferográfica no mesmo.

Imprima uma nova cópia.

10) Não utilize XEROX.

Imprima seu currículo sempre em formato A4, utilizando uma impressora e papéis de

boa qualidade (gramatura 90g/m2). Não utilize XEROX.

Fonte: http://www.meucurriculum.com/

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 104

Mercado de Trabalho

Capítulo 13 Direitos e Deveres do Trabalhador

A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT

A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então

presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil.

Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do

trabalho, nela previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 105

Mercado de Trabalho

Estado Novo até 1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma

legislação trabalhista que atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro

de um contexto de "estado regulamentador".

A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações

trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu

várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso,

ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho

e proteger os trabalhadores.

Seus principais assuntos são:

• Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho

• Jornada de Trabalho

• Período de Descanso

• Férias

• Medicina do Trabalho

• Categorias Especiais de Trabalhadores

• Proteção do Trabalho da Mulher

• Contratos Individuais de Trabalho

• Organização Sindical

• Convenções Coletivas

• Fiscalização

• Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista

Apesar das críticas que vem sofrendo, a CLT cumpre seu papel, especialmente na

proteção dos direitos do trabalhador. Entretanto, pelos seus aspectos burocráticos e

excessivamente regulamentador, carece de uma atualização, especialmente para

simplificação de normas aplicáveis a pequenas e médias empresas.

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 106

Mercado de Trabalho

Os trabalhadores devem manter-se sempre bem informados sobre seus direitos e

deveres. As dúvidas mais frequentes são:

* Carteira de Trabalho assinada desde o primeiro dia de serviço;

* Exames médicos de admissão e demissão;

* Repouso semanal remunerado, (1 folga por semana);

* Salário pago até o 5º dia útil do mês;

* Primeira parcela do 13º salário paga até 30 de novembro. Segunda parcela,

até 20 de dezembro;

* Férias de 30 dias com acréscimo de 1/3 do salário;

* Vale-Transporte com desconto máximo de 6% do salário;

* Licença maternidade de 120 dias, com garantia de emprego até 5 meses depois do

parto;

* Licença paternidade de 5 dias corridos;

* FGTS: depósito de 8% do salário em conta bancária a favor do empregado;

* Horas-extras pagas com acréscimo de 50% do valor da hora normal;

* Garantia de 12 meses em casos de acidente;

* Adicional noturno para quem trabalha de 20% de 22:00 às 05:00 horas;

* Faltas ao trabalho nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1 dia/ano),

alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente próximo (2 dias), testemunho na

Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada por atestado médico;

* Aviso prévio de 30 dias, em caso de demissão;

* Seguro-desemprego.

Deveres do Empregado para com a Empresa.

São deveres do empregado para com o empregador, inclusive, constituindo o seu não-

cumprimento, como motivo para despedimento do empregado por "justa causa":

* Agir com probidade;

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 107

Mercado de Trabalho

* Ter um bom comportamento (aquele compatível com as normas exigidas pelo senso

comum do homem médio);

* Ter continência de conduta (compatível com a moral sexual e desde que relacionada

com o emprego);

* Evitar a desídia (caracterizada como a falta de diligência do empregado em relação

ao emprego, nas formas de negligência, imprudência e imperícia (embora hajam

divergências doutrinárias quanto à inclusão desta última));

* Não apresentar-se no trabalho embriagado (embora alguns autores sustentam que a

embriaguez habitual deve ser afastada da lei como justa causa);

* Guardar segredo profissional (quanto às informações de que dispõe sobre dados

técnicos da empresa e administrativos);

* Não praticar ato de indisciplina (descumprimento de ordens diretas e pessoais);

* Não praticar ato lesivo à honra e boa fama do empregador ou terceiros,

confundindo-se com a injúria, calúnia e difamação;

* Não praticar ofensas físicas, tentadas ou consumadas, contra o empregador, superior

hierárquico ou terceiros (quanto a estes desde que relacionadas com o serviço);

* Exigir serviços superiores às forças do empregado, defesos por lei, contrários aos

bons costumes ou alheios ao contrato;

* Tratar o empregado com rigor excessivo (válido para empregador ou por qualquer

superior hierárquico);

* Colocar o empregado em situação de correr perigo manifesto de mal considerável;

* Deixar de cumprir as obrigações do contrato (ex: atraso no salário);

* Praticar o empregador ou seus prepostos contra o empregado, ou sua família, ato

lesivo da sua honra ou boa fama;

* Ofenderem fisicamente o empregado, o empregador ou seus prepostos, salvo caso

de legítima defesa própria ou de outrem;

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 108

Mercado de Trabalho

* Reduzir o trabalho por peça ou tarefa sensivelmente, de modo a afetar o salário.

Obs.: Para finalizar, o comportamento que se exige do empregado, de forma geral, tem

o seu paradigma na moralidade do homem médio e sua tipificação na lei é taxativa e

exaustiva em relação ao despedimento por justa causa, não cabendo ao empregador

criar outras formas não previstas em lei.

Não pode o empregador praticar, constituindo também justas causas, dando ao

empregado oportunidade de se afastar do serviço sem prejuízo da indenização.

Capítulo 14 Empreendedor e Empreendedorismo

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 109

Mercado de Trabalho

Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e

habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem

origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar.

O empreendedorismo é essencial para a geração de riquezas dentro de um país,

promovendo o crescimento econômico e melhorando as condições de vida da

população. É também um fator importantíssimo na geração de empregos e renda.

O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilidades e competência

para criar, abrir e gerir um negócio, gerando resultados positivos.

Podemos citar como características do empreendedor:

- Criatividade

- Capacidade de organização e planejamento

- Responsabilidade

- Capacidade de liderança

- Habilidade para trabalhar em equipe

- Gosto pela área em que atua

- Visão de futuro e coragem para assumir riscos

- Interesse em buscar novas informações, soluções e inovações

- Persistência (não desistir nas primeiras dificuldades encontradas)

- Saber ouvir as pessoas

- Facilidade de comunicação e expressão

As características do empreendedor de sucesso

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 110

Mercado de Trabalho

O empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do

administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas

e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa.

As características do empreendedor de sucesso são:

1- O empreendedor tem um “modelo”, uma pessoa que o influencia;

2- Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de

realização;

3- Trabalha sozinho;

4- Tem perseverança e flexibilidade;

5- O fracasso é considera um resultado como outro qualquer. O empreendedor

aprende com os resultados negativos, aprende com os próprios erros;

6- Tem grande energia. É um trabalhador incansável. Ele é capaz de se dedicar

intensamente ao trabalho e sabe concentrar os seus esforços para alcançar

resultados;

7- Sabe fixar metas e alcançá-las. Luta contra padrões impostos. Diferencia-se.

Tem a capacidade de ocupar um espaço não ocupado por outros no mercado,

descobrir nichos;

8- Tem forte intuição. O que importa não é o que se sabe, mas o que se faz;

9- Tem sempre alto comprometimento. Crê no que faz;

10- Cria situações para obter feedback sobre o seu comportamento e sabe utilizar

tais informações para o seu aprimoramento;

11- Sabe buscar, utilizar e controlar recursos;

12- É um sonhador realista. Embora racional, usa também a parte direita do

cérebro;

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 111

Mercado de Trabalho

13- É líder. Cria um sistema próprio de relações com os empregados. É comparado

a um “líder de banda”, que dá liberdade a todos os músicos, extraindo deles o

que têm de melhor, mas conseguindo transformar o conjunto em algo

harmônico, seguindo uma partitura, um tema, um objetivo;

14- É orientado para resultados, para o futuro, para o longo prazo;

15- Aceita dinheiro como uma das medidas de seu desempenho;

16- Tem uma ótima rede de relações (networking);

17- O empreendedor de sucesso tem considerável conhecimento do ramo em que

atua;

18- Cultiva a imaginação e aprende a definir visões;

19- Defini quais conhecimentos deve dominar para realizar seus projetos;

20- Cria um método próprio de aprendizagem;

21- O empreendedor não é um aventureiro. Ele assume riscos, mas só aqueles que

pode manter sob seu controle;

22- Tem a capacidade de definir a partir do indefinido;

23- Sempre fica atento ao ambiente em que vive, para assim poder identificar

oportunidades.

Baseado nas pesquisas de Timmons (1994) e Hornaday (1982).

Fonte: O Segredo de Luísa.

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 112

Mercado de Trabalho

Descrição do livro

Com mais de 150 mil exemplares vendidos, O segredo de Luísa se

tornou referência quando o assunto é empreendedorismo.

Adotado por universidades e MBA´s em todo o Brasil, o que faz

este livro ser tão especial e querido pelos leitores é o fato de tratar

do assunto através de uma saborosa história com trama, conflitos,

reviravoltas e personagens por quem nos apegamos e para quem

torcemos.

Usando como fio condutor a trajetória de Luísa, uma jovem mineira entusiasmada com a idéia de abrir

uma empresa para vender a deliciosa goiabada que sua tia produz, Fernando Dolabela ensina passo a

passo tudo o que é preciso saber para ir do sonho ao mercado.

Com uma estrutura completamente inovadora, o livro oferece a alternativa de se concentrar na história

ou se aprofundar nas informações específicas sobre marketing, plano de negócios, finanças,

administração e organização empresarial.

Esses ensinamentos são apresentados à medida que a história evolui, acompanhando o ritmo com que

Luísa vai aprendendo. Assim é possível descobrir aos poucos as etapas necessárias à criação de uma

empresa, desde sua idealização até à garantia de sua sobrevivência.

Além de apresentar um estudo completo da empresa de Luísa - que serve de modelo para qualquer

empreendimento -, o livro inclui testes para ajudar o leitor a conhecer seu perfil e descobrir o potencial

de seu futuro negócio.

Dessa forma interativa e dinâmica, Dolabela mostra como cada um pode desenvolver seus próprios

talentos para obter sucesso como empresário - mesmo que, como Luísa, não tenha nenhuma prática

comercial nem recursos para investir -, contanto que possua uma enorme vontade de realizar seus

sonhos.

• Editora: GMT EDITORES

• Autor: FERNANDO DOLABELA

• ISBN: 857542338X

• Origem: Nacional

• Ano: 2008

• Edição: 1

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 113

Mercado de Trabalho

• Número de páginas: 304

Fatores Internos e Externos à Empresa

Analise dos diferentes fatores que determinam o sucesso de uma empresa e os

diferentes estilos para resolução de problemas.

O atual cenário competitivo no qual as organizações estão inseridas se mostra cada dia

mais acirrado, e a exposição a essa competitividade, bem como a luta travada não

somente para continuar no mercado, mas sim para avançar na frente de seus

concorrentes, faz com que elas passem a considerar diversos fatores que podem levá-

las a obter um diferencial, e um dos itens de maior importância se dá na esfera da

análise dos fatores de influência internas e externas, ou seja, acontecimentos que

tanto podem vir a ajudar ou prejudicar a empresa.

As organizações estudam, preparam, analisam e praticam ações para ter a certeza de

sucesso em sua empreitada, ou na manutenção e crescimento de um mercado já

conquistado.

Boa parte desse estudo é feito com base nos fatores externos, ou seja, aqueles que

muitas vezes independem da própria organização, e é justamente por isso que o

cuidado necessita ser redobrado. Esse cuidado todo tem motivos de sobra, afinal, em

um país como o Brasil, onde mudanças ocorrem a todo o momento, é árduo preparar

o planejamento de maneira a evitar muitas turbulências.

Fatores como: mudanças políticas, econômicas, legais, tecnológicas, ou ainda até

comportamento social fazem parte de fatores externos e podem vir a trazer problemas

para os negócios.

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 114

Mercado de Trabalho

O cuidado que deve ser tomado diz respeito a existir um excesso de zelo nas análises

externas, e em contrapartida um descuido dos fatores que se referem ao ambiente

interno, pois, essa deve ser a primeira análise a ser feita, pois, é o centro de todas as

coisas, é lá que repousam os “órgãos vitais” da organização.

Quando se fala em ambientes interno, as primeiras coisas que surgem provavelmente

são: relacionamento com fornecedores, clientes, acionistas, concorrentes, enfim com

os stakeholders (parte interessada ou interveniente), de uma forma geral.

Não resta dúvida alguma de que o cuidado com o ambiente externo, bem como os

stakeholders, é imperativo para a prosperidade dos negócios, mas nesse complexo

processo de análise há um fator que é tão importante quanto os outros já citados, mas

que por vezes acaba por ser mais valorizado, ou mais preterido, em detrimento de

outros fatores. Esse fator nada mais é do que a valorização do capital humano,

conhecer seus colaboradores.

Neste contexto, existem perguntas que a organização precisa fazer a si própria para

obter alguns parâmetros de como se encontram seus colaboradores em relação ao seu

empregador, perguntas tais como: Os meus colaboradores se sentem bem na

empresa? Como ela a enxerga? Possuem orgulho de trabalhar aqui? Estão satisfeitos

com o que fazem? Acreditam e ou compram nosso produtos/serviços? Como divulgam

a imagem da organização no seu networking (rede de relacionamento pessoal)?

É importante notar que nenhuma das questões está relacionada a qualquer tipo de

remuneração, ou seja, mais do que se preocupar com salários e benefícios, é primordial

saber como está o ambiente de trabalho, como é o relacionamento, se a cultura da

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Mercado de Trabalho

organização é bem assimilada/aceita, se estão bem alocadas em suas funções, enfim,

são coisas que se bem estudadas e tomadas às providências devidas, culminam por

valorizar os colaboradores e os negócios da empresa.

Essa valorização, essa parte humana, muitas vezes é mais importante que unicamente

salários.

Diversos são os casos em que as pessoas são bem remuneradas, porém, não se sentem

a vontade no ambiente, não sentem que todo seu potencial está sendo aproveitado,

não acreditam no que fazem, portanto, para o bem estar da organização, cabe a ela

levantar esses dados, para melhorar seu processo, buscando o melhor para seus

colaboradores, para que eles por sua vez, possam se “doar” no desempenho da sua

função.

A preocupação nesse quesito do fator interno é praticamente compulsória, pois, cada

colaborador é um multiplicador de informações, portanto, se ele se sentir satisfeito e

feliz, passará essa informação direta ou indiretamente para todos seus contatos, sejam

eles clientes, fornecedores, ou até mesmo em seu ciclo de amizade, e esse repasse de

informação é absolutamente favorável.

A estrutura formal de suporta a empresa

A estrutura organizacional deve ser delineada de acordo com os objetivos e estratégias

estabelecidos, ou seja, a estrutura organizacional é uma ferramenta básica para

alcançar os objetivos da empresa, é o instrumento básico para concretização do

processo organizacional.

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Mercado de Trabalho

Para se organizar uma empresa, um estabelecimento, ou qualquer outro processo que

inclua relações interpessoais, são necessárias algumas funções básicas, ou seja, um

bom administrador precisa saber planejar sua empresa, precisa ter pulso e coerência

para dirigir um negócio e, além disso, precisa saber acompanhar, controlar a empresa,

o sistema a seguir identifica as funções básica da empresa.

Planejamento

Controle Organizacional

Direção

Quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia a

empresa alguns aspectos:

- Responsabilidade

- Lideranças

- Motivações

- Organização das funções, informações e recursos

A estrutura organizacional dentro de um contexto geral se divide em duas estruturas, a

informais e formais.

Estrutura Informal

Esse tipo de estrutura se consiste numa rede de relações sociais e pessoais que não é

estabelecida formalmente, ou seja, a estrutura surge da interação entre as pessoas,

desenvolvendo-se espontaneamente quando as pessoas se reúnem entre si.

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Mercado de Trabalho

A informalidade é geralmente, mais instável, pois está sujeita aos sentimentos

pessoais, pois se trata de uma natureza mais subjetiva, ela não possui uma direção

certa e obrigatória

Hoje, em qualquer tipo de empresa, existe a estrutura informal. É errado pensar na

hipótese de que grupos informais apenas se formam dentro de um grupo religioso, ou

até mesmo dentro de uma sala de aula. Muitas estruturas informais existem dentro de

grandes empresas, e apresentam diferentes níveis de atuação.

Os lideres dos grupos informais surgem por várias causas, como por exemplo:

• Idade

• Competência

• Localização no trabalho

• Conhecimento

• Personalidade

• Comunicação

• Dentre várias outras situações.

Vale lembrar que a estrutura informal é um bom lugar para lideres formais se

desenvolverem, porem nem sempre um grande líder informal será um grande líder

formal, pois eles podem falhar com o medo da responsabilidade formal.

Algumas vezes, a estrutura informal se torna uma força negativa dentro da empresa,

porém se a administração conseguir conciliar e/ou integrar os grupos formais com os

informais, haverá uma harmonização nas tarefas, o que aí sim, se torna uma condição

favorável de rendimento e produção.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 118

Mercado de Trabalho

Sendo assim a estrutura informal possui algumas vantagens como, por exemplo:

� Rapidez no processo

� Redução de comunicação entre chefe e empregado

� Motiva e integra os grupos de trabalho

Contudo, possui suas desvantagens:

� Desconhecimento de chefia

� Dificuldade de controle

� Atrito entre pessoas

Com tudo isso, podemos notar que, um executivo astuto sabe muito bem conciliar

esse tipo de informalidade na sua estrutura organizacional.

Estrutura Formal

Essa é a estrutura que a grande maioria das empresas adota, é a estrutura

deliberadamente planejada, e formalmente representada, em alguns aspectos, em

organogramas.

Nessa fase, a definição de suas atribuições se torna mais criteriosa, ou seja, aqui a

estrutura formal pode alcançar proporções imensas.

No desenvolvimento da estrutura formal devem-se considerar os seus componentes,

seus condicionantes e seus vários níveis de influência. Pois será, a partir de uma

estrutura bem implementada que uma empresa irá alcançar seus objetivos

estabelecidos.

Os principais fatores para a criação de uma estrutura formal empresarial são:

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Mercado de Trabalho

� Focar os objetivos estabelecidos pela empresa

� Realizar atividades que podem chegar nesses objetivos

� Distribuir as funções administrativas para cada funcionário desempenhar

� Levar em consideração habilidades e limitações tecnológicas

� Tamanho da empresa

E os componentes chaves para o bom funcionamento dessa formalidade são:

� Sistema de responsabilidade – que é constituído pela departamentalização

� Sistema de autoridade – nada mais é que a distribuição de poder

� Sistema de comunicação – é a interação entre todas as unidades da empresa

� Sistema de decisão – é o poder entender, definir e decidir uma ação solicitada

Uma estrutura organizacional se resume, simplesmente, em uma organização, que é

um desenho gráfico onde mostra cada integrante de uma empresa se delegando a uma

área específica. Podemos identificar num organograma simples de uma pequena

empresa, por exemplo, composta por: Presidência; Diretoria Administrativa; Diretoria

Financeira e seus respectivos subordinados.

Quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia:

� Identificação das tarefas necessárias

� Organização das funções e responsabilidades

� Informações, recursos e feedback aos empregados

� Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos

� Condições motivadoras

O passo-a-passo para a criação da empresa

Por onde começar!?

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Mercado de Trabalho

Se você tem interesse em iniciar seu próprio negócio, mas não sabe exatamente como

fazê-lo, siga os passos a seguir para ter uma noção sobre os principais cuidados para

aumentar suas chances de sucesso.

Deixar de ser funcionário para ser o dono do próprio negócio é o sonho de muitos

brasileiros. Tomar essa decisão é o primeiro passo. Para entrar de vez no meio

corporativo, é fundamental se adaptar aos significados de palavras como

planejamento e plano de negócios.

A preparação serve para estruturar o empreendimento e verificar sua viabilidade.

Conhecer o cliente, qual o seu perfil de consumo, quais os seus hábitos, o que ele

deseja, onde pretende comprar, quando e como está disposto a pagar. Responder a

essas perguntas é essencial. Se você tem essa meta, um caminho pode ser procurar um

contador ou um advogado com experiência na área. Á seguir acompanhe alguns

pontos fundamentais para começar a pensar:

Pesquisa

Esta é a ferramenta mais importante para definir as estratégias. Todos deveriam

contratar uma pesquisa antes mesmo de pensar em abrir um negócio, mas poucos o

fazem. O levantamento ajuda a descobrir o público-alvo, suas necessidades e hábitos.

Público

É preciso conhecer o público para oferecer-lhe um produto ou serviço. Pode ser um

item diferenciado ou algo comum, porém que não exista naquele lugar. O ideal é

encontrar respostas para: que necessidades não estão sendo atendidas? Quanto esse

consumidor quer pagar? Com que frequência consome? Que tipo de produtos e/ou

eles precisam?

O ponto

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Mercado de Trabalho

É preciso estar perto do público (dependendo da atividade), mas não no meio da

concorrência. A localização ideal depende do produto ou serviço oferecido. Tente

responder às seguintes perguntas: as pessoas chegam a pé? De carro? É fácil

estacionar? O ponto tem visibilidade?

Fornecedores

Devem ser escolhidos pela qualidade, preço e confiabilidade. O preço do fornecedor

influencia no valor de venda e nas margens. Não é bom depender de um só, porque

qualquer problema pode acarretar desabastecimento e comprometer o andamento do

negócio.

Inovação

Ser diferente é bom, mas não é pré-requisito. Há espaço para coisas tradicionais,

desde que haja demanda. O errado é oferecer um produto tradicional para um público

que já está atendido.

Preço

Para formar preço de venda, é preciso levar em conta à remuneração dos sócios, o

fluxo de caixa, as datas de pagamento de fornecedores e de recebimentos das vendas.

Finanças

Normalmente, a empresa leva 12 a 24 meses para começar a ter lucro. É preciso estar

preparado para só investir neste período.

Oportunidade

A oportunidade é uma necessidade do cliente que não está sendo atendida. Pode ser

uma inovação, uma antecipação da necessidade que ainda não é percebida pelo

cliente.

Nome

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Mercado de Trabalho

O nome da empresa ou a marca é a forma como o negócio será fixado na “mente” dos

clientes. Marcas com nomes e símbolos de difícil assimilação, ou que não são

associados com o negócio, dificultam a manutenção no mercado.

Sociedade

Numa sociedade, a complementaridade pode ser um diferencial. De nada adianta dois

sócios serem exímios técnicos e não dominarem gestão empresarial. Objetivos comuns

também são essenciais. Ter um sócio significa compartilhar riscos, dividir

investimentos e eventuais prejuízos, além de ter decisões compartilhadas que podem

minimizar erros.

Financiamento

Ao iniciar um negócio, o empreendedor terá de oferecer bens próprios, ou de

terceiros, como garantia do crédito. Quanto menos garantias, mais alto o juro cobrado

pelo banco, para compensar o risco de emprestar dinheiro.

O crédito para novas empresas se divide em dois tipos básicos: investimento e capital

de giro. O investimento é dinheiro destinado à aquisição de bens – como máquinas.

Nesse caso, a máquina é a garantia do banco, pois pode ser retomada em caso de

inadimplência.

O capital de giro é dinheiro para formar estoque ou manter o fluxo de caixa. Esse

financiamento pode ser tomado em diferentes formas e, dependendo das garantias

oferecidas, muda a taxa de juros - via de regra, mais alto que no investimento. O prazo

tende a ser menor, o custo, maior e normalmente não tem carência.

Uma das formas de financiamento é a antecipação de duplicatas, quando o credor

vende os produtos ou serviços a prazo e troca as notas fiscais (títulos) nos bancos pelo

pagamento na hora. O cheque especial é outra alternativa.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 123

Mercado de Trabalho

Antes de emprestar, as instituições financeiras fazem uma análise, que inclui, além das

garantias, o fluxo de caixa e a relação com clientes.

Agora vamos conhecer o passo-a-passo da legalização:

A) Preparação da empresa

1º Passo: Elabore um planejamento da atividade antes de iniciá-la.

Para aumentar as chances de sucesso de qualquer atividade, uma palavra é

fundamental: Planejamento. Um instrumento bastante simples e muito eficiente é o

Plano de Negócios. Qualquer se seja o negócio que pretende montar, você vai precisar

de ajuda, defina se os seus colaboradores serão sócios ou empregados, jamais tente

fazer tudo sozinho. O cônjuge nem sempre é a melhor opção.

Em uma empresa fazemos compras, vendas, pagamentos, precisamos ir a bancos, a

repartições públicas, etc.

É preciso conhecer quais são suas habilidades e características empreendedoras que

você já tem ou precisa desenvolver para estar à frente de seu negócio, e também da

concorrência.

2º Passo - Oriente-se sobre a melhor forma de legalização.

3º Passo – Prepare-se para gerenciar seu negócio de maneira adequada e moderna.

B) Relação de Documentos

� Documentação dos sócios

CPF

RG

PIS

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Mercado de Trabalho

Comprovante de residência

� Documentos do local onde vai funcionar a empresa (busca de local)

Contrato de locação ou de compra e venda

IPTU do imóvel

Planta do imóvel (opcional)

� Busca de nome da empresa (formulário próprio da Prefeitura)

� Defina sua atividade empresarial

� Elabore o contrato social e providencie as averbações necessárias junto aos

cartórios cíveis

� Faça a inscrição da empresa na JUCERJ (registro do contrato social)

� No caso de prestadores de serviços, faça a inscrição da empresa no Cartório de

Registro de Pessoas Jurídicas

� Inscrição da empresa na Secretaria Municipal de Fazenda (Alvará de

Localização)

� Inscrição da empresa na Receita Federal (CNPJ)

� Registro da empresa no conselho regional da categoria (quando necessário)

� Demais inscrições e exigências que forem necessárias

Os sistemas de controles organizacionais

A importância da informação

O conceito de informação deriva do latim e significa um processo de comunicação ou

algo relacionado com comunicação (Zhang, 1988), mas na realidade existem muitas e

variadas definições de informação, cada uma mais complexa que outra. Podemos

também dizer que Informação é um processo que visa o conhecimento, ou, mais

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 125

Mercado de Trabalho

simplesmente, Informação é tudo o que reduz a incerteza... “Um instrumento de

compreensão do mundo e da ação sobre ele” (Zorrinho, 1995).

A informação tornou-se uma necessidade crescente para qualquer setor da atividade

humana e é indispensável mesmo que a sua procura não seja ordenada ou sistemática,

mas resultante apenas de decisões casuísticas e/ou intuitivas.

Uma empresa em atividade é, por natureza, um sistema aberto e interativo suportado

por uma rede de processos articulados, onde os canais de comunicação existentes

dentro da empresa e entre esta e o seu meio envolvente são irrigados por informação.

Atualmente as empresas estão rodeadas de um meio envolvente bastante turbulento

com características diferentes das habituais e os gestores percebem que, em alguns

casos, a mudança é a única constante. “Já Heraclito dizia não há nada mais

permanente do que a mudança” e Drucker (1993a) "desde que me lembro, o mundo

dos gestores tem sido turbulento,... certamente até muito turbulento, mas nunca

como nos últimos anos, ou como será nos próximos."

Por conseguinte, o turbilhão de acontecimentos externos obriga as organizações a

enfrentar novas situações, resultado de mudanças envolventes do negócio e que

constituem ameaças e/ou oportunidades para as empresas, fazendo com que tomar

decisões hoje, exija a qualquer empresário ou gestor estar bem informado e conhecer

o mundo que o rodeia. O aumento da intensidade da concorrência e da complexidade

do meio ambiente faz sentir, no mundo empresarial, a necessidade de obter melhores

recursos do que os dos seus concorrentes e de otimizar a sua utilização.

O aumento do comércio internacional, fruto da crescente interligação entre nações, a

expansão do investimento no exterior e a tendência da homogeneização dos padrões

de consumo fazem com que o mundo seja encarado como um só mercado, em que as

empresas têm de conviver com a competição internacional dentro dos seus mercados

e ao mesmo tempo tentarem penetrar nos mercados externos de forma a aproveitar

as novas oportunidades de negócio.

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Mercado de Trabalho

A empresa ao atuar num mundo globalizado está em estado de "necessidade de

informação" permanente, a vários níveis. A informação e suporte de uma organização

e é um elemento essencial e indispensável à sua existência. A aceitação deste papel,

pelos dirigentes de uma organização, pode ser um fator decisivo para se atingir uma

situação de excelência: quem dispõe de informação de boa qualidade, fidedigna, em

quantidade adequada e no momento certo, adquire vantagens competitivas, mas a

falta de informação nos leva a erros e à perda de oportunidades.

Nos dias atuais muito se fala no papel que a informação possui sobre a realização de

negócios entre as empresas. Há afirmações do tipo “a informação significa poder”, o

que significa que quanto mais informações de qualidade puderem deter, de mais

poderio estará dotada uma organização.

Os controles na empresa

Para desenvolver bem os processos organizacionais, o empresário, tem de criar e

manter controles administrativos que acompanhem o desenrolar das tarefas e

auxiliem a tomada de decisões. Os principais controles que uma empresa deve ter são

os relacionados às áreas de vendas, compras, despesas, estoques e finanças. Veja ao

que cada um deles se destina:

� Controle de vendas – O controle possibilita que o empresário possa prever

receitas e, consequentemente, programar as compras da empresa. Com um

controle bem estruturado, fica mais fácil acompanhar o comportamento

mensal das vendas, as variações sazonais e o tempo médio concedido para

pagamentos realizados a prazo.

� Controle de compras – Esse tipo de controle permite que o empresário

distribua melhor suas compras para os meses seguintes com base nas previsões

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 127

Mercado de Trabalho

de vendas e nos compromissos assumidos. Também permite determinar o

prazo médio das compras.

� Controle de despesas – O principal objetivo desse controle é ter um

acompanhamento da evolução dos gastos mensais de cada item de despesa.

Dessa forma, o empresário pode adotar medidas para conter gastos que

estejam crescendo sem justificativa. Além disso, o controle de despesas é

indispensável à elaboração do cálculo dos custos e do preço de venda de um

produto, serviço ou mercadoria.

� Controle de estoque – Para controlar o estoque, a empresa pode utilizar uma

planilha com uma ficha de controle para cada item, onde serão anotadas as

entradas e saídas de mercadoria ou material.

� Controle de estoque físico e financeiro – O controle físico e financeiro de

estoque tem como objetivo básico informar a quantidade disponível de cada

item existente na empresa, seja matéria-prima ou mercadoria, seja valor

monetário.

� Controle de resultados – O principal objetivo desse controle é ter uma visão

global da comparação entre receitas, despesas e o lucro ou prejuízo apurado no

período avaliado, além de fornecer subsídios para a tomada de decisão e

políticas orçamentárias.

� Controle do contas a pagar e receber – Esse tipo de controle permite o

acompanhamento dos registros das obrigações a pagar com terceiros e sobre

os direitos a receber proveniente das vendas.

� Controle do fluxo de caixa – Esse controle permiti o acompanhamento de

entrada e saída de recursos da empresa, além de contribuir com o processo de

gestão financeira a curto, médio e longo prazo.

A importância do Plano de Negócios

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 128

Mercado de Trabalho

Segundo Sahlman (Sahlman, 1997), importante professor da Harvard Business School,

poucas áreas têm atraído tanta atenção dos homens de negócio nos Estados Unidos

como os planos de negócios. Dezenas de livros e artigos têm sido escritos e publicados

naquele país tratando do assunto e propondo fórmulas milagrosas de como escrever

um plano de negócios que revolucionará a empresa. Isso começa a ocorrer também no

Brasil, devido principalmente ao fervor da nova economia (a Internet) e as

possibilidades de se fazer riqueza da noite para o dia. O cuidado que se deve tomar é o

de se escrever um plano de negócios com todo conteúdo que se aplica a um plano de

negócios e que não contenha números recheados de entusiasmo ou fora da realidade.

Nesse caso, pior que não planejar é fazê-lo erroneamente, e o pior ainda,

conscientemente. Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e

qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o

caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador. É evidente que

apenas razão e raciocínio lógico não são suficientes para determinar o sucesso do

negócio. Se assim ocorresse, a arte de administrar não seria mais arte, apenas uma

atividade rotineira, onde o feeling do administrador nunca seria utilizado. Mas existem

alguns passos, ou atividades rotineiras, que devem ser feitos por todo empreendedor.

A arte estará no fato de como o empreendedor traduzirá esses passos realizados

racionalmente em um documento que sintetize e explore as potencialidades de seu

negócio, bem como os riscos inerentes a esse mesmo negócio. Isso é o que se espera

de um plano de negócios. Que seja uma ferramenta para o empreendedor expor suas

idéias em uma linguagem que os leitores do plano de negócios entendam e,

principalmente, que mostre viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado. O

plano de negócios é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos

empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 129

Mercado de Trabalho

A maioria dos planos de negócios resume-se a textos editados sobre um modelo pré-

determinado e que não convencem ao próprio empreendedor. Geralmente são

escritos como parte dos requisitos de aprovação de um empréstimo, ingresso em uma

incubadora de empresas, solicitação de bolsas ou recursos financeiros de órgãos do

Governo etc, e que são feitos apenas para esse fim, às pressas, sem muita

fundamentação ou, como já foi dito, recheado de números mágicos. Como esperar que

convençam a um investidor, bancos, potenciais parceiros, fornecedores, à própria

empresa internamente, esses que são, geralmente, os públicos-alvos de um plano de

negócios? Deve-se ter em mente que essa ferramenta propõe-se a ser o cartão de

visitas do empreendedor, mas também pode ser o cartão de desqualificação do

mesmo empreendedor em busca de oportunidades. As oportunidades geralmente são

únicas e não podem ser desperdiçadas. E como cartão de visitas, o empreendedor

deve sempre ter à mão o plano de negócios de seu empreendimento, elaborado de

maneira primorosa e cuidadosamente revisado.

A Estrutura Tradicional de um Plano de Negócios

Para elaborar um plano de negócios eficaz existe uma estrutura que é geralmente

apontada, ainda que possam surgir algumas adaptações decorrentes do tipo de

atividade ou das condições particulares da empresa. Por exemplo, é normal que o

plano de negócios de uma empresa implantada há alguns anos no mercado e de maior

dimensão tenha que ser mais exaustiva na elaboração de um plano de negócios do que

uma em estado inicial. Também é natural que uma empresa cujos bens ou serviços

prestados requeiram um elevado grau de sofisticação tecnológica, seja obrigada a

elaborar um plano de negócios mais exaustivo relativamente àquelas empresas que

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Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 130

Mercado de Trabalho

não possuem esse grau de sofisticação. No entanto, quer se refiram a grandes ou a

pequenas empresas, mais ou menos sofisticadas, existe um conjunto de elementos

que, de uma forma mais ou menos desenvolvida, um plano de negócios deve sempre

conter:

1. Sumário executivo. Deverá resumir os aspectos essenciais contidos no plano de

negócios.

2. Apresentação da empresa. Descrição breve da empresa e da sua atividade.

3. Análise do produto ou serviço. Este item deve começar com uma breve

descrição dos produtos ou serviços da empresa, bem como os motivos pelos

quais eles são melhores que aqueles oferecidos pela concorrência.

4. Análise de mercado. Consiste na identificação do mercado alvo e quais as

formas de segmentação do mesmo que foram adotadas pela empresa, de

forma a assegurar a entrada no mercado.

5. Estratégia de marketing. Aqui são descritas as estratégias que serão adotadas

para colocar o produto ou serviço no mercado (ou seja, para o vender).

6. Análise financeira. Deve incluir as previsões financeiras e os demonstrativos da

empresa.

7. Perfil da gestão. Apresentação do perfil dos gestores, dos colaboradores, dos

profissionais externos contratados para prestarem apoio em certas áreas

específicas, etc.

Vamos conhecer com mais detalhe cada um destes elementos:

Sumário Executivo - O sumário executivo abre o plano de negócios e resume os pontos

mais importantes de todos os assuntos abordados no plano. O propósito do sumário

executivo é convencer os leitores potenciais das vantagens do seu negócio e encorajá-

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 131

Mercado de Trabalho

los a ler todo o plano. Assim, devem ser escritos num tom entusiástico, mas sempre

realista, em no máximo uma ou duas páginas. Deve incluir os seguintes tópicos:

• Objetivo do plano. A intenção que esteve por trás da sua elaboração (capação

de capitais próprios ou obtenção de empréstimos, a contratação de pessoas

qualificadas ou garantir o interesse de futuros parceiros) deve estar explícita de

forma clara no sumário executivo.

• Conceito de negócio. O seu negócio deve ser definido de uma forma clara e

breve. Deve indicar o que vai ser vendido, a quem e porque o negócio possui

uma vantagem competitiva.

• Dados financeiros. Apresentação dos pontos mais importantes, incluindo

vendas, lucros, fluxo de caixa e taxas de retorno do investimento.

• Necessidades financeiras. Quantificação em termos financeiros dos montantes

necessários para assegurar a execução do plano de negócios.

• Situação atual da empresa no mercado. Trata-se de descrever brevemente qual

a posição da empresa no mercado.

• Expectativas de crescimento. Consiste em demonstrar que a empresa tem

potencial para crescer e apresentar como pretende assegurar esse

crescimento.

• Realizações importantes. Envolve todos os detalhes e desenvolvimentos que

podem ser importantes para o sucesso da empresa, tais como, marcas,

patentes, ótima localização das instalações, contratos importantes, resultados

de estudos de mercado, etc.

Obs.: Lembre-se que, por vezes, esta é a única parte do plano que o potencial

investidor vai ler, logo deve ser escrito de forma a captar a sua atenção. Se o sumário

falhar na motivação do leitor, o mais certo é que este simplesmente não leia o resto do

plano de negócios.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 132

Mercado de Trabalho

Apresentação da empresa - A existência deste item pressupõe que o leitor do plano de

negócios não conhece quase nada da empresa. Assim, na apresentação da empresa

devem figurar quem é a empresa e os seus responsáveis, assim como o caminho que a

empresa pretende seguir. A Apresentação deve incluir os seguintes tópicos:

• Nome do negócio (incluindo formato jurídico – SA, LTDA, etc.) e dos sócios.

• Histórico da empresa (fundação, como surgiu à idéia, como começou, etc.).

• Objetivos fundamentais da empresa (taxa de crescimento para os próximos

cinco anos, conquista de uma determinada parte do mercado nos próximos

anos, entre outros).

Análise do produto (ou serviço) - Neste item, o plano de negócios deve descrever em

detalhe os bens e/ou serviços que a sua empresa pretende oferecer e a forma como

pretende produzir. Logo, envolve não só a descrição clara e pormenorizada do produto

(características, especificações técnicas, etc.), mas também o processo produtivo. O

objetivo é estabelecer claramente o que distingue o seu negócio dos concorrentes.

Nesta etapa, a análise do produto envolve as seguintes questões:

• Benefícios para o consumidor, mostrando o porque do seu produto (ou serviço)

ser o melhor, ou de qualidade superior do que os outros disponíveis no

mercado.

• Identificação do custo dos recursos humanos (remunerações) e materiais (fixos

e variáveis).

• Apresentação das necessidades de investimento em equipamentos e

instalações. No caso das instalações, refira ainda os motivos da escolha de uma

determinada localização (se esta for um aspecto relevante, claro).

• Considerações sobre a tecnologia, sobretudo no caso desta ser inovadora ou

única, incluindo elementos como caracterização de processos e a possibilidade

de proteção de propriedade industrial (patentes registradas).

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 133

Mercado de Trabalho

• Perspectivas quanto à evolução do produto (ou serviço) no futuro, que pode

passar pela criação de novos produtos (ou serviços) oferecidos ou de simples

alterações nos produtos atualmente oferecidos. Esta perspectiva é de grande

importância, sobretudo em setores de rápido incremento tecnológico, em que

os respectivos ciclos de vida dos produtos tendem a ser mais curtos.

Análise de mercado - A análise de mercado ao nível do plano de negócios, deve incidir

sobre dois aspectos. Em primeiro lugar, deve identificar e caracterizar os concorrentes

(atuais e potenciais), os consumidores (atuais e potenciais), assim como incluir uma

análise do mercado em geral. Em segundo lugar, deve explicar em que momento é que

o produto ou serviço tem condições de sucesso naquele mercado, apresentando quais

as necessidades de mercado que satisfaz e como se diferencia da concorrência em

termos de qualidade, preço, localização, ou quaisquer outros fatores.

Estratégia de marketing - Neste item do plano, são descritas a estratégia global de

marketing e as diversas políticas do marketing mix (Produto, Preço, Distribuição e

Comunicação). A seguir, apresentamos um pequeno sumário das questões a serem

inclusas:

• Estratégia global de marketing. Identificação dos principais elementos do

programa de marketing.

• Preço. Explicação e justificativas da política de preços (métodos de

determinação e objetivos).

• Vendas. Referência à forma como se pretende vender os seus produtos ou

serviços (no estabelecimento, no domicílio do comprador, se vai ou não

constituir uma força de vendas especializada, na internet, etc.).

• Distribuição. Descrição dos canais de distribuição que pretende utilizar.

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Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 134

Mercado de Trabalho

• Comunicação. Trata-se aqui de mostrar o mix de comunicação que irá utilizar

para promover o seu negócio junto do seu público alvo.

• Produto ou Serviço. Aspectos que não tenham sido abordados na “análise do

produto” (embalagem marca, etc.).

Neste item do plano, devem ainda ser incluídas as previsões relativas à evolução futura

das vendas, bem como os critérios utilizados na previsão.

Análise financeira – Este item incorpora o plano financeiro da empresa no seu plano

de negócios, ou seja, é chegado o momento de traduzir em valores, todos os aspectos

já discutidos no plano. As bases da análise financeiras são as demonstrações

financeiras (Demonstração de Resultados, Balanço, Demonstrativo de Origens e

Aplicações de Recursos). Estes instrumentos serão utilizados na análise histórica, para

a projeção da evolução dos negócios nos próximos anos (as previsões não devem ir

para além dos três a cinco anos). Este item deve ainda conter um orçamento de caixa

(previsão dos recebimentos e pagamentos a realizar num determinado período) pelo

menos para o primeiro ano de atividade e, eventualmente, uma análise do ponto de

equilíbrio das vendas (volume de vendas em valor e em quantidade para o qual a

empresa obtém “lucro 0”).

Perfil da gestão - O currículo dos integrantes da equipa de gestão deverão fazer parte

deste item do plano. Além do passado profissional e acadêmico dos principais

responsáveis da empresa, devem ainda ser referenciados:

• A estrutura organizacional da empresa, incluindo títulos e níveis

responsabilidade.

• Descrição das realizações e experiência dos principais responsáveis da

empresa.

• A estrutura de recursos humanos (dimensão, competências, etc.) atual e futura.

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Mercado de Trabalho

• Apresentação dos profissionais externos (advogados, contabilistas, consultores)

aos quais a empresa recorre ou pretende vir a recorrer.

Este item é de extrema importância no plano de negócios, uma vez que as qualidades

e a experiência da equipa (sobretudo dos mais altos responsáveis da empresa) tendem

a ser um aspecto fundamental na análise dos potenciais investidores.

Capítulo 15 Como ser um Vencedor

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Mercado de Trabalho

“A vontade de me tornar, melhor a cada dia é o que me faz sonhar e lutar para

transformar o meu projeto, que um dia foi um simples pensamento, em um sentido de

vida”.

(Adaptado by Teddy) Por Rerisson Bessa

Quem não deseja ser bem sucedido na vida? Eis aqui as sete chaves que abrirão as

portas para o seu futuro brilhante.

Há alguns anos atrás, uma pesquisa feita por MICHAEL JEFFREYS, revelou o que

estimula as pessoas de maior sucesso em termos de motivação. Entre os entrevistados

estão os autores de livros sobre “como ser bem-sucedido” e os palestrantes

motivacionais mais importantes dos Estados Unidos.

1ª CHAVE:

Assuma a Responsabilidade

Em uma sociedade em que as pessoas culpam todo mundo – desde os pais até o

governo – pelo seu fracasso, os superstars motivacionais não aceitam o papel de

vítimas. Seu lema é: “Só depende de mim”.

Eles percebem que, ao dizer que alguém ou algo além de você mesmo o está

impedindo de atingir o sucesso, você está entregando seu poder de bandeja. Está

dizendo: “Você tem mais controle sobre a minha vida do que eu mesmo”.

Veja o caso de Les Brown. Abandonado pelos pais ao nascer e rotulado como

“deficiente mental educável” na infância, tinha todos os motivos para perder a

esperança. Mas, quando no 2º Grau um professor lhe disse: “A opinião de alguém a

seu respeito não deve necessariamente se tornar realidade”, Brown se deu conta de

que seu futuro estava nas próprias mãos. Ele foi em frente e se tornou parlamentar do

estado de Ohio e escritor, ganhando hoje 20 mil dólares por hora como um dos

principais palestrantes motivacionais dos Estados Unidos.

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Mercado de Trabalho

Brown entendeu que você não pode controlar certos elementos da vida, como, por

exemplo, a natureza, o passado e as outras pessoas. Mas pode controlar os próprios

pensamentos e ações. Assumir a responsabilidade pela sua vida é uma das atitudes

que mais promovem a realização pessoal.

2ª CHAVE:

Viva “de Propósito”

Talvez o que mais distinga os superstars motivacionais das outras pessoas seja o fato

de eles viverem a vida “de propósito” – fazendo o que acreditam ter nascido para

fazer. “Ter um objetivo na vida é o elemento mais importante no processo para se

tornar uma pessoa que explora todo o seu potencial”, explica Wayne Dyer, autor do

best seller Seus pontos fracos.

Não viver segundo seus propósitos consiste em fazer apenas o esforço suficiente para

ir levando a vida com um mínimo de problemas. Mas quando você tem propósitos, sua

maior preocupação é fazer bem seu trabalho. Você ama o que faz – e isso se torna

visível. As pessoas querem negociar com você porque sentem o seu

comprometimento.

Como viver “de propósito?” Encontrando uma causa em que se acredita e criando uma

empresa comercial em torno dela. Mike Ferry, ex-vendedor de cursos em

audiocassetes, acreditou que os membros da Associação Americana de Corretores de

Imóveis precisavam de ajuda para desenvolver técnicas de vendas. Ele então fundou a

Mike Ferry Organization, uma empresa de treinamento voltada para o setor

imobiliário. A empresa gerou mais de 20 milhões de dólares por ano em vendas.

3ª CHAVE:

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Mercado de Trabalho

Escreva um Plano

Tentar alcançar seus objetivos sem um plano de ação é como tentar dirigir numa

estrada desconhecida sem um mapa. O tempo, a energia e o dinheiro gastos

provavelmente o fará desistir muito antes de chegar.

Bbrian Tracy, um dos mais bem-sucedidos instrutores na área de vendas, palestrantes

e escritores americanos, afirma: “Objetivos que não vão para o papel não são

objetivos. São meras fantasias”.

Com um mapa nas mãos, contudo, você cai aproveitar a viagem e chegar ao seu

destino o mais rápido possível.

4ª CHAVE:

Pague o Preço

Não há nada de errado em querer uma casa, um carro de luxo ou um milhão de

dólares. O problema é que praticamente todo mundo deseja isso. Mas os bem-

sucedidos descobrem quanto custa realizar o sonho – e depois o fazem acontecer. Sem

reclamar do trabalho que dá.

Les Brown tem um calo na orelha esquerda. Por quê? “Quando decidi começar a fazer

palestras, não tinha credenciais, reputação, credibilidade ou experiência, então

precisei telefonar para muitas pessoas”, explica ele. “Ligava para mais de cem pessoas

por dia a fim de pedir uma oportunidade de falar para seus grupos. Este calo vale

vários milhões de dólares!”

5ª CHAVE:

Torne-se um “expert”

Um fator marcante nos palestrantes motivacionais que entrevistei é o seu fenomenal

estímulo para serem os melhores. Eles fazem de tudo para aprimorar suas habilidades.

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Mercado de Trabalho

Patrícia Fripp, que faz palestras para executivos das maiores empresas dos EUA sobre

como ter mais sucesso na vida, participou de um workshop de humor e contratou um

professor de oratória para aprimorar sua habilidade de falar em publico. Patrícia fez

isso mesmo depois de ser apontada como uma das melhores palestrantes dos

Estados Unidos por uma revista especializada.

Se alguém o filmasse em ação no trabalho, para uma fita com instruções praticas

dirigidas a outras pessoas, você se orgulharia da fita ou ficaria constrangido? Se você

escolheu a ultima opção, decida hoje trabalhar para ser o melhor na sua área. Estude

os especialistas, descubra o que os melhores estão fazendo e depois faça como eles.

6ª CHAVE:

Nunca Desista

Pode soar óbvio, mas quando você está genuinamente comprometido com seu

objetivo, desistir nem passa pela sua cabeça. É preciso estar disposto a fazer o que

quer que seja para alcançá-lo.

Quando Jack Canfield e Mark Victor Hansen compilaram canja de galinha para a alma,

mais de cem editores recusaram o livro. Mas, ao invés de desistirem, os dois

continuaram concentrados naquele objetivo. Mais tarde, uma pequena editora decidiu

publicar o livro, que não apenas se tornou best seller como também deu origem a uma

serie que vendeu mais de 12 milhões de cópias. É a força da perseverança.

Passe a maior parte possível do seu dia trabalhando por seus objetivos e sonhos.

Pergunte a si mesmo: “O que estou fazendo agora está me aproximando do meu

objetivo?” Se não, faça algo que deseja.

7ª CHAVE:

Não se Demore

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Mercado de Trabalho

Em seu livro Live your dreams (Viva seus sonhos), Les Brown recorda uma conversa ao

telefone com a amiga Marion, que, no dia seguinte, morreu. Pouco depois, Brown

estava ajudando a arrumar o escritório da amiga quando deparou com anotações para

uma peça. Infelizmente ela nunca seria publicada. Marion era a única que conhecia o

fim.

Lembre-se: não vivemos para sempre. Os grandes empreendedores sabem disso, mas

em vez de ver esse fato como negativo ou deprimente, usam-no como estímulo. Eles

vão atrás do que querem, realizando os sonhos com energia e paixão. E você pode

fazer o mesmo.

Fonte: Revista Read Digest / www.administradores.com.br

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Capítulo 16 O Poder do Entusiasmo

Entusiasmo é acreditar na nossa capacidade de fazer as coisas acontecerem, de darem

certo, de transformar a natureza e as pessoas.

Não espere ter as condições ideais para se entusiasmar.

Nós é que temos que transformar a nossa vida numa Vida Entusiástica.

Não é a realidade da vida que tem que nos entusiasmar, nós é que temos que

entusiasmar a realidade da nossa vida! Nós é que temos que entusiasmar nossas

idéias...

"DICAS PARA SE VIVER ENTUSIASTICAMENTE"

1- Afaste-se das pessoas e dos fatos negadores e negativos. Se você se deixar envolver

por um ambiente negativo, você vai se transformar numa pessoa negativa.

2- Acredite nos seus "insights" positivos. Os vencedores são aqueles que acreditam nas

suas idéias.

3 - Não reclame constantemente. Quando a gente reclama muito, se habitua a

reclamar cada vez mais e acaba se transformando numa pessoa azeda. É insuportável

conviver com pessoas que só vivem se queixando!

4- Cultive a alegria e o bom humor... Aprenda a sorrir! Terapia do Riso: Habituar-se a

sorrir, a achar graça de si mesmo. O sorriso tem um efeito poderoso em nossa vida; as

pessoas que zombam dos próprios erros são mais felizes e mais fortes.

5- Ilumine seu ambiente de trabalho e da sua casa. A escuridão traz a depressão! O

ambiente determina a condição funcional em que as pessoas agem e fazem as coisas

ocorrerem.

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Mercado de Trabalho

6- Seja alguém disposto a colaborar com os outros. Sempre ache uma maneira de

participar! Traga as pessoas mais próximo de você. Participe, converse com as pessoas

com as quais convive. Interesse-se pelas pessoas à sua volta!

7 - Surpreenda as pessoas com "momentos mágicos". Contagie os outros... Faça com

que ao entrar num ambiente, as pessoas se contagiem com a aura de entusiasmo que

envolve você!

8 - Faça tudo com sentimento de perfeição. Faça as coisas com vontade de fazer! Não

faça nada pela metade! Faça as coisas com desejo de acertar e de criar o mais correto

possível! Ande bem vestido, limpo e perfumado. Tenha orgulho da sua imagem. Gostar

de si próprio, mantendo a auto-estima, é fundamental para o Entusiasmo.

10 - Aja prontamente. Faça agora! "DO IT NOW" Não postergue, não deixe para

amanhã. Quando tiver alguma coisa para fazer, faça imediatamente. Sentiu que é o

momento certo?

- Aja! ! !

"ENTUSIASMO SIGNIFICA TER DEUS DENTRO DE SI."

Descubra o entusiasmo na Vida! Seja capaz de transformar as coisas e fazê-las

acontecer. Não espere as condições ideais, faça o Entusiasmo ocorrer pela crença de

que você é capaz de realizações eficazes e de... VENCER OBSTÁCULOS! ! ! Autor desconhecido

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Bibliografia da Disciplina A Auto - Estima Pasini, Willy / ROCCO Motivação 3.0 - Os Novos Fatores Motivacionais que Buscam Tanto a Realização Pessoal Quanto Profissional Pink, Daniel / Elsevier – Campus O Sucesso Passo a Passo - Col. Cbn Livros Gehringer, Max / Globo Editora Superdicas para Impulsionar Sua Carreira Gehringer, Max / SARAIVA Emprego de A a Z Gehringer, Max / Globo Editora Condutores do Amanhã - Jovens que Entram e Dão Certo no Mercado de Trabalho Leal, Ruy / SARAIVA Manual da Empregabilidade - Col Recur Humanos Leo, Salgado / QUALITYMARK Empregabilidade - Como Ter Trabalho e Remuneração Sempre Minarelli, Jose Augusto / GENTE O Segredo de Luísa Dolabela, Fernando / Sextante / Gmt

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Mercado de Trabalho

Quero Construir a Minha História Dolabela, Fernando / Sextante / Gmt