apostila de desenvolvimento
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Curso de
Desenvolvimento
da
Casa do Caminho
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O QUE É ESPIRITISMO?
Espiritismo é uma doutrina religiosa revelada por Espíritos Superiores, através de médiuns,
codificada por Allan Kardec, Educador francês, em Paris, em meados do século XIX e é
composta de princípios filosóficos, científicos e religiosos.
DIFERENÇA ENTRE ESPIRITISMO, UMBANDA E RELIGIÕES AFRO-INDÍGENAS
Quase todas as seitas ou religiões, por mais inteiriças que sejam, com o tempo sofrem o
fenômeno dos cismas ou, no mínimo, dos movimentos paralelos.
No espiritismo, o movimento paralelo de maior vulto é a umbanda conquanto não tenha
vindo dele ou dele se desagregado, a umbanda tornou-se um movimento paralelo por
haver entre dois práticos similares de mediunismo.
Uma das razões mais evidentes da rápida expansão da umbanda em nosso país é o seu
utilitarismo, o fato de que ela exerce suas práticas visando, de preferência, os interesses
pessoais de ordem material, como sejam: a cura de moléstias, os arranjos de vida, os
negócios, amores contrariados etc; não cuidando do principal, que é o esclarecimento
espiritual dos adeptos, levam sua conduta oral, a difusão evangélica e outras exigências
que levam à espiritualização, que é finalidade das religiões e doutrinas de mais elevada
condição.
Valentim Lorenzetti também lançou luzes sobre o assunto. A seguir o texto O Preto Velho,
que está em seu livro Caminhos de Libertação.
É preciso nos acautelar com respeito a uma tendência que se nota nos meios
simpatizantes do espiritismo, que tem procurado discriminar a Doutrina Espírita
classificando-a em duas: o Kardecismo e a ―outra linha‖.
Mais uma vez esclarece: não existe Kardecismo como religião. Allan Kardec é o
pseudônimo do sábio francês que codificou a Doutrina Espírita; um homem que fez
questão absoluta de deixar claro não ser dele a obra, mas sim dos Espíritos Superiores.
Há um método Kardecista, isto sim; o método do bom senso, que levou Kardec a codificar
ensinamentos esparsos dando-lhes estrutura doutrinária.
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Para essa doutrina, Kardec criou a palavra ESPIRITISMO. E explicou se tratar de uma
revivescência do Cristianismo. Não há no Espiritismo, portanto, nada que não seja cristão.
Ora tentar classificar Espiritismo em subdivisões é jogar cinza num espelho. É tentar
justificar acomodação. ―Sou espírita, mas sigo outra linha: não sou de Kardec‖. Resposta;
não é espírita coisa nenhuma, pois admite tão somente o fenômeno mediúnico e não está
preocupado em nada com a reforma moral, com a vivência evangélica. ―Conhecereis o
espírita pelo seu aprimoramento moral‖, esta é a senha, e não esta: Conhecereis o espírita
pela frequência a reuniões mediúnicas.
―Mas no Kardecismo, não admitem pretos velhos e índios; recebo um preto velho e vários
índios, por isso preciso frequentar os centros de outra linha‖ Já ouvimos alegar. Não é
verdade.
O espiritismo tem um lema: ―Fora da Caridade não há salvação‖. Logo, a Doutrina Espírita
tem duas atitudes para com os preto velho ou índio, ambas dentro da caridade;
1º se o preto velho ou índio, desencarnados, se manifestarem para ajudar o próximo, e não
somente para ―quebrar o galho‖ sem maiores preocupações morais, estão trabalhando
dentro dos preceitos evangélicos, e, portanto, espíritas. Não importa a simplicidade da
linguagem utilizada, o que interessa é a essência do trabalho;
2º se são ainda Espíritos ignorantes e voltados para o mal, são muito bem recebidos no
Centro Espírita para receberem esclarecimentos e vibrações de amor, pois são Espíritos
necessitados e dignos de caridade.
Logo, pretos velhos e índios têm lugar no Espiritismo, como tinham acesso a Jesus tanto o
doutor da lei, a mulher de má vida, o pescador ignorante, o leproso, o cego. E a todos
Jesus atendia com carinho, dispensando atenção diferente para cada um.
O espírito de preto velho ou de índio que realmente queira ajudar encontrará no espiritismo
condições de exercer a caridade, mais ainda, de aprimorar seus métodos de trabalho em
favor do próximo, uma vez que a Doutrina Espírita nos abre a mente para o infinito e nos
ensina todas as implicações da Lei de Causa e Efeito.
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MÉDIUNS
São criaturas de sensibilidade aguçada, que podem registrar a presença de Espíritos e
podem, também, transportar-se para o Plano Espiritual e descrever cenas e fatos. Podem
ouvir Espíritos e emprestar seu corpo físico para servir de veículo de manifestação
temporária de Espíritos desencarnados.
É preciso deixar registrado, contudo, que o fato do indivíduo ser médium não lhe confere,
necessariamente, a coroa de santificação. Médium é apenas um trabalhador da verdade
que, quanto mais moralizado e evangelizado for, melhor terá condições de servir ao
próximo e de ser veículo de Espíritos superiores.
DEFININDO CONCEITOS (Mediunidade de Edgard Armond)
À medida que evolui e se moraliza; o indivíduo adquire faculdades psíquicas e aumenta
consequentemente, sua percepção espiritual. A isso denominamos - MEDIUNIDADE
NATURAL.
A muitos, entretanto, ainda que atrasados em sua evolução e moralmente incapazes, são
concedidas faculdades psíquicas como graça. Não as conquistaram, mas receberam-nas
de empréstimo, por antecipação, numa posse precária que fica dependendo do modo
como forem utilizadas, da forma pela qual o indivíduo cumprir a tarefa cujo compromisso
assumiu, nos planos espirituais ao recebê-la. A isso denominamos — MEDIUNIDADE DE
PROVA.
A primeira situação é ideal a atingir por todos os homens no Tempo e a intuição é a sua
forma mais avançada e perfeita. Permite o conhecimento das coisas e o intercâmbio com
as entidades espirituais sem necessidade do trabalho mediúnico obrigatório.
A segunda é uma tarefa individualizada, recebida em determinadas condições para
utilização imediata, e importa na prática mediúnica como cooperação compulsória.
SENSIBILIDADE INDIVIDUAL (Mediunidade de Edgard Armond)
Existem o mundo físico e o mundo hiperfísico, e as diferenças entre as diversas
manifestações de Matéria, Energia e Espírito, resultam de ordens variáveis de vibrações.
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No universo tudo vibra e se transforma ora evoluindo: Espírito para Energia — Energia
para Matéria; ora evoluindo: Matéria para Energia — Energia para Espírito. E nessa perene
transformação os mundos se entrelaçam harmoniosamente, formando um todo uno e
indivisível.
Quando as vibrações entre os dois mundos se equilibram, se sintonizam, ligações íntimas
se estabelecem, em maior ou menor ressonância. E essa sintonia, quando se verifica entre
habitantes desses mundos, permite como é natural, intercâmbio entre essas entidades.
Pois, a faculdade de oferecer tal sintonização é que constitui o que chamamos
mediunidade. E todos nós possuímos essa faculdade em maior ou menor grau, porque
viemos da mesma origem, temos a mesma constituição e caminhamos para o mesmo fim.
Todos nós oferecemos essa possibilidade, que tanto mais ampla e perfeita se torna quanto
mais alto subimos e disso se conclui, portanto, que a faculdade mediúnica é espiritual e
não material.
A LUCIDEZ (Mediunidade de Edgard Armond)
Lucidez é a faculdade mediante a qual os médiuns podem ver, ouvir e conhecer além dos
sentidos comuns e dos limites vibratórios da luz e do som, naturais ao mundo físico.
Não vêem nem ouvem, é claro, com os sentidos físicos, mas com outros mais elevados,
abertos no plano hiperfísico onde esses sentidos, por outro lado, não se localizam em
órgãos, pois sabemos que se ouve e que se vê por todo o perispírito; e não percebem ou
aquilatam com a Razão, mas por meio de um sentido interno, de grande poder e
amplitude, ainda pouco desenvolvido no homem atual.
TELEPATIA (Mediunidade de Edgard Armond)
Faculdade mediante a qual o médium recebe impressões mentais — idéias e pensamentos
— provindos de um emissor encarnado ou desencarnado. Estas impressões permanecem
no campo da atividade perispiritual.
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VIDÊNCIA (Mediunidade de Edgard Armond)
Também chamada clarividência, é a visão hiperfísica. Usando do mesmo sistema de
simplificação e acompanhando outros autores, dividimo-la em;
Vidência ambiente ou local.
Vidência no espaço.
Vidência no tempo.
VIDÊNCIA AMBIENTE OU LOCAL (Mediunidade de Edgard Armond)
É aquela que se opera no ambiente em que se encontra o médium,atingindo fatos que ali
mesmo se desenrolam e pode ser considerada como sendo a faculdade em seus primeiros
estágios. O médium pode ver Espíritos presentes, cores, luzes, formas. Pode ver também
sinais, quadros e símbolos projetados mentalmente pelos instrutores invisíveis, ou qualquer
Espírito, no seu campo de visão. Quando o fenômeno ganha, com o desenvolvimento,
maior nitidez, poderá ler palavras ou frases inteiras, também projetadas, no momento,
pelos Espíritos comunicantes. Nestes casos nem sempre os simbolos, sinais e letras são
claros, apropriados ou significativos, sendo mesmo às vezes bem inexpressivos, visto que
dependem da capacidade imaginativa, da inteligência ou do poder mental do Espírito
comunicante.
VIDÊNCIA NO ESPAÇO (Mediunidade de Edgard Armond)
É aquela em que o médium vê cenas, quadros, sinais ou simbolos, em pontos distantes do
local do trabalho. Esta visão é obtida, comumente, por dois modos:
1º) pela formação do tubo astral, que é um processo de polarização de um número de
linhas paralelas de átomos astrais, que vão do observador à cena que deve ser vista.
2º) pelo desdobramento, mediante o qual, o Espírito do médium, abandonando
momentaneamente seu corpo físico ou melhor dizendo, exteriorizando-se, é levado ao
local da cena a observar, então diretamente, sendo que, neste caso, a visão é muito mais
nítida e completa.
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VIDÊNCIA NO TEMPO (Mediunidade de Edgard Armond)
É aquela em que o vidente vê cenas representando fatos a ocorrer ou já ocorridos em
outros tempos. Há ainda a observar que, neste caso de visão no tempo, tanto pode o
médium ser transportado em desdobramento à região ou ponto onde se encontram os
clichês astrais, como podem ser estes projetados, pelos Espíritos instrutores, no ambiente
em que se encontra o médium.
PSICOMETRIA (Mediunidade de Edgard Armond)
Esta forma especial de vidência se caracteriza pela circunstância de desenvolver-se no
campo mediúnico uma série de visões de coisas passadas desde que seja pôsto em
presença do vidente um objeto qualquer ligado àquelas cenas.
Apresentando-se, por exemplo, ao vidente um pedaço de madeira poderá ele ver de onde
ela proveio, onde foi a madeira cortada, por quem foi trabalhada, de que construção fez
parte e tudo o mais que com ela se relacione.
AUDIÇÃO (Mediunidade de Edgard Armond)
É a faculdade mediante a qual o médium ouve vozes proferidas pelos Espíritos e sons
produzidos por estes, bem como outros, ligados à própria vida da Natureza. Assim como
sucede com as vozes e os sons reboam às vezes dentro do cérebro do médium e outras
vezes são ouvidas exteriormente, de mais longe ou de mais perto, segundo a capacidade
de audição que o médium manifestar.
INTUIÇÃO (Mediunidade de Edgard Armond)
No esforço da evolução o homem veio do instinto, adquiriu mais tarde a razão e caminha
agora para a intuição, que, todavia, apenas se vislumbra no horizonte.
A obediência às manifestações da intuição é uma das condições fundamentais do
desenvolvimento e ampliação dessa faculdade no indivíduo.
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As mulheres em geral são mais intuitivas que os homens, porque se deixam governar mais
pelo sentimento que pela razão e a intuição não é um produto da razão, mas do
sentimento; é mesmo um sentimento que se tem em certos momentos e circunstâncias, de
determinado assunto, ou determinada situação, e quanto mais aflitiva ou imperiosa e
urgente for a situação, mais alta e rápida falará a intuição, apontando o verdadeiro
caminho ou a verdadeira solução.
Mas, o que é intuição e donde vem ela? É uma voz interior que fala e que deve ser
obedecida sem vacilações; é um sentimento íntimo que temos a respeito de certa coisa ou
assunto; é a verdade cósmica, divina, existente em nosso Eu.
INCORPORAÇÃO (Mediunidade de Edgard Armond)
Esta forma de mediunidade se caracteriza pela transmissão, oral ou escrita, da
comunicação do Espírito e pode ser parcial ou total.
Segundo a divisão que adotamos, os médiuns podem ser: conscientes, semiconscientes e
inconscientes.
CONSCIENTE (Mediunidade de Edgard Armond)
É a mesma mediunidade erroneamente denominada intuitiva. O Espírito comunicante
aproxima-se do médium, não mantém contato perispiritual e, telepaticamente, transmite as
idéias que deseja enunciar. O médium telepaticamente as recebe e, com palavras suas,
fraseado, ademais e estilo próprios, faz a transmissão com maior ou menor fidelidade e
clareza.
Após a transmissão da idéia original o Espírito não pode influir na retransmissão porque
não pode agir sobre o médium senão pelo pensamento. Esta é a mediunidade dos
tribunos, dos pregadores, dos catedráticos e, na forma escrita, dos escritores e poetas; a
mediunidade, enfim, daqueles que manifestam ―inspiração momentânea‖.
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SEMI-CONSCIENTE (Mediunidade de Edgard Armond)
Nesta modalidade e havendo entre médium e Espírito comunicante a indispensável
afinidade fluídica (equilíbrio vibratório) o Espírito comunicante entra em contato com o
perispírito do médium e, por intermédio deste, atua então sobre o corpo físico, ficando os
órgãos vocais do médium sob controle do Espírito ‗comunicante e isso sucede sem que,
como também na modalidade anterior, seja afastado do corpo o Espírito do médium, ou
perca ele a consciência própria, o conhecimento do que se passa em tôrno. O médium fica,
vamos dizer, em semi-transe, semi-adormecimento, sujeito porém à influência do Espírito
comunicante e impossibilitado de furtar-se a ela, salvo se reagir deliberadamente.
INCONSCIENTE (Mediunidade de Edgard Armond)
Deve quando o espirito comunicante fala e tem liberdade ambulatória desdobrada em
transe sonambúlico e transe letárgico; e o que a caracteriza é o fato de o Espírito do
médium exteriorizar-se do corpo físico temporariamente passando então este, mais ou
menos inteiramente, à disposição e controle do Espírito comunicante.
O transe é sonambúlico quando o Espírito comunicante fala. e tem liberdade ambulatória,
podendo tomar objetos, levantar-se, sentar-se, locomover-se, de um lugar para outro; e é
transe letárgico quando, ao contrário, o Espírito fala mas o corpo do médium permanece
imóvel, com ou sem rigidez.
Em grande número de casos de exteriorização o médium, enquanto fora do corpo físico,
permanece consciente do que se passa nesse outro plano, porém de nada se lembra
quando regressa ao corpo carnal.
PSICOGRAFIA (Mediunidade de Edgard Armond)
Outra forma de incorporação parcial é a manifestação escrita cujo nome 53 técnico é
psicografia. O Espírito comunicante utiliza-se do braço e mãos do médium, previamente
postos em condições de abandono e após um treinamento mais ou menos trabalhoso.
O Espírito comunicante utiliza-se do braço e mãos do médium, previamente postos em
condições de abandono e após um treinamento mais ou menos trabalhoso.
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Há, todavia médiuns que escrevem comunicações ditadas pelos Espíritos sem que estes
exerçam ação mecânica sobre o braço do médium.
TRANSFIGURAÇÃO (Mediunidade de Edgard Armond)
A transfiguração, em sua natureza intima, é aparentemente um efeito físico, porém,
segundo os pontos de vista deste nosso estudo, deve ser classificada como incorporação.
O Espírito operante atua sobre o médium, adormece-o e o desliga parcialmente do corpo
denso e o. faz para provocar um relaxamento dos centros nervosos e, consequentemente,
dos tecidos orgânicos da região que pretende modificar em seu aspecto.
Em seguida se interpõe entre o perispírito desligado e esse corpo denso, de forma a poder
assumir o comando dos conjuntos orgânicos pertencentes ou ligados à região onde quer
operar.
O parcial desligamento do médium produz um estado de liberação dos tecidos e centros
nervosos dos quais o espírito operante assume então, como dissemos, o comando.
Com sua vontade age ele fortemente, atraindo ao seu próprio perispírito, que passa então
a servir de molde temporário, os tecidos relaxados e indefesos da região visada, os quais
então se vão adaptando, acomodando-se, ao novo molde e assim aparentando as formas
e demais características orgânicas do Espírito operante.
LEVITAÇÃO (Mediunidade de Edgard Armond)
É o fato de pessoas ou coisas serem erguidas ao ar sem auxílio exterior de caráter
material, contrariando assim, aparentemente, as leis da gravidade.
A ação do Espírito sobre o material a levitar se realiza pela utilização das suas próprias
mãos convenientemente materializadas, ou com auxilio de hastes, bastões, espátulas, etc.,
fluídicas, previamente condensadas; ou ainda, mas isto em casos mais raros, pela força do
próprio pensamento fortemente concentrado.
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TIPTOLOGIA (Mediunidade de Edgard Armond)
Nesta classe de fenômenos, tomando-se como tipo clássico as mesas falantes, verifica-se
que ocorrem casos de levitação parciais, que facilitam as pancadas batidas com os pés da
mesa.
Tiptologia também são os ―raps‖, pancadas sobre móveis, etc, obtidos pelos Espíritos
mediante a condensação de fluidos pesados, que projetam sobre as superfícies visadas;
utilizam-se eles também de suas próprias mãos, previamente materializadas, no nível
necessário à produção destes fenômenos.
MATERIALIZAÇÃO (Mediunidade de Edgard Armond)
Para a produção deste fenômeno, o Espírito operante, tendo conseguido tirar do médium,
dos assistentes e do ambiente que lhe é próprio, o volume necessário de fluído pesado,
combina-o com fluído mais fino, oriundo do plano espiritual, condensa-o ao ponto que
baste para revestir com ele o perispírito do Espírito que vai manifestar-se, tornando-o
assim visível aos olhos materiais.
VOZ DIRETA (Mediunidade de Edgard Armond)
Existe quando os Espíritos comunicantes, ao invés de falarem incorporados em um
médium, ou usando de processos telepáticos, já estudados, fazem-no diretamente, através
de um aparêlho vocal improvisado no plano invisível.
Modalidades deste fenômeno são os assobios, o canto etc., e para sua produção, em
geral, é utilizada pelos Espíritos a matéria plástica fluídica denominada ectoplasma.
DESDOBRAMENTO (Mediunidade de Edgard Armond)
Desdobramento é um processo de exteriorização do perispírito e dele decorrem vários
outros fenômenos, de nomes bizarros, mais para diante enumerados, que os
investigadores do psiquismo indevidamente entronizam em separado e de forma
independente.
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No desdobramento o Espírito, no veículo menos denso do perispírito, abandona o corpo
carnal ao qual, todavia, como sempre sucede nestes casos, permanece ligado pelo cordão
umbilical fluídico.
O desdobramento pode ser consciente ou inconsciente, segundo seja voluntário ou
compulsório e, como ambos os casos interessam igualmente, vamos enumerar alguns
detalhes e inverter a ordem para tratar em primeiro lugar do fenômeno inconsciente.
Este tanto pode ser provocado por encarnados como por desencarnados que, comumente,
se utilizam de processos hipnóticos, mergulhando o paciente em sono sonambúlico.
Podem também ocorrer em casos de morbidez psíquica: emoções profundas, depressões
graves, misticismo exagerado, desejo de desencarne, etc., quando o indivíduo, por efeito
desses estados anormais, fica sujeito a forças estranhas e imprevistas.
DESDOBRAMENTO CONSCIENTE (Mediunidade de Edgard Armond)
Ou também chamados ―voluntários‖ são os provocados pelos próprios interessados, no
exercício de práticas de auto-realização psíquica.
A saída do corpo provoca uma sensação de formigamento e frio, e nessa ocasião qualquer
temor ou dúvida impede a saída, como também, sem a perfeição relaxação muscular, não
haverá saída, salvo quando o períspirito for puxado por espíritos desencarnados nos
desdobramentos inconscientes.
Ao regressar, o espírito normalmente recorda o que viu, salvo se foi regresso precipitado,
mas para facilitar as recordações, dar ao subconsciente, previamente, antes do exercício
ou mesmo quando já desdobrado, sugestões repetidas nesse sentido.
BILOCAÇÃO (Mediunidade de Edgard Armond)
Fenômeno mediante o qual se constata a presença de um mesmo Espírito encarnado em
dois lugares, aparentemente ao mesmo tempo.
Aparentemente, porque os Espíritos, conquanto possam irradiar seus pensamentos para
muitos lugares ao mesmo tempo — os superiores, bem entendido — não possuem
realmente o dom de ubiquidade.
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A bilocação não é uma faculdade mediúnica mas um fato que se verifica em determinadas
circunstâncias e que decorre do desdobramento, porque para encarnados não se pode dar
bilocação sem exteriorização do Espírito.
Portanto, o fenômeno, do ponto de vista mediúnico, é sempre passageiro e tem dois
aspectos consecutivos e complementares: desdobramento no primeiro e incorporação,
vidência ou materialização, no segundo.
Incorporação quando o Espírito, abandonando seu corpo carnal no local onde se encontra,
dá uma comunicação, falada ou escrita, em local diferente; vidência quando, exteriorizado
do corpo em dado local, se manifesta astralmente em outro; e, finalmente, materialização
quando, desdobrado num local, condensa-se de forma a poder ser visto em outro, por uma
ou mais pessoas, mesmo não dotadas da capacidade de vidência.
MEDIUNIDADE CURADORA (Mediunidade de Edgard Armond)
É a capacidade possuída por certos médiuns de, por si mesmos, curarem moléstias,
provocando reações reparadoras de tecidos e órgãos do corpo humano, inclusive as
oriundas de influenciação espiritual.
Assim como há médiuns que emitem fluidos próprios à produção de efeitos físicos
concretos (ectoplasmia) há-os igualmente para a emissão daqueles que operam as
reparações acima referidas.
O médium curador goza da aptidão de captar esses fluidos leves e benignos nas fontes
energéticas da Natureza, irradiando-os, em seguida, sobre o doente, revigorando órgãos,
normalizando funções, destruindo placas e quistos fluídicos produzidos por auto-obsessão
ou por influenciação direta.
Já sabemos que a maior parte das moléstias de fundo grave e permanente não pode ser
curada, porque representam resgates cármicos em desenvolvimento, salvo quando há
permissão do Alto para fazê-lo, mas em todos os casos há benefícios para o doente
porque, no mínimo, se conseguirá uma atenuação do sofrimento.
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OBSESSÕES (Mediunidade de Edgard Armond)
Obsessão, no entendimento geral, significa loucura mas nós, espíritas, sabemos que são
desvios momentâneos e passageiros do equilíbrio psíquico, que nem sempre afetam a
mente.
Dividimos as obsessões, quanto à origem, em internas e externas. No primeiro caso o
doente é o obsessor de si mesmo; existe, pois, uma auto-obsessão cujas causas podem
ser: hipertrofia intelectual ou excesso de imaginação; vida contemplativa ou misticismo;
esfôrço introspectivo sistemático, fixações mentais inalteráveis etc.
O doente constrói para si um mundo mental divergente, povoado de idéias fortes ou
mórbidas, que se tornam fixas, ou de ‗concepções abstratas ou fantasiosas que se
sobrepõem à Razão, estabelecendo no campo da mente um regime de desvario,
deslocando-a do campo das realidades ambientes. Nestes estados há sempre predomínio
do subconsciente.
No segundo caso a obsessão é externa quando provocada por agentes estranhos, alheios
ao doente, que podem ser: a) diretos: entidades desencarnadas b) indiretOS larvas
(pensamentos formas) e outras espécies de influenciação telepática.
Em todos estes casos a perturbação tem duração mais ou menos limitada e, afastada a
causa, cessam os efeitos, quase sempre recuperando a mente sua normalidade anterior.
A CORRENTE (Mediunidade de Edgard Armond)
Chama-se ―corrente‖ ao conjunto de forças magnéticas que se forma em dado local,
quando indivíduos de pensamentos e objetivos idênticos se reunem e vibram em comum,
visando a sua realização.
Nessa corrente, além da conjugação de forças mentais, estabelece-se o contacto entre as
auras, casam-se os fluidos harmonizam-se as vibrações individuais, ligam-se entre si os
elementos psíquicos e forma-se uma estrutura espiritual da qual cada componente é um
elo, mas elo vivo, vibrante, operante, integralizador do conjunto. Um pensamento ou
sentimento discordante individual, afeta toda a estrutura, dissocia-a, desagrega-a e
prejudica o trabalho, assim como o elo quebrado de uma corrente a torna fraca ou
imprestável.
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A formação de uma boa corrente magnética é, pois, a condição primária para a realização
de todo e qualquer bom trabalho espiritual, qualquer que seja o objetivo da reunião.
SINAIS PRECURSORES (Mediunidade de Edgard Armond)
Além das perturbações psíquicas em si mesmas há ainda vários outros sinais que indicam
o afloramento de faculdades e que variam segundo a natureza desta.
Assim, para a LUCIDEZ temos:
SONHOS E VISÕES: Nesse período de que estamos tratando o médium sonha com
intensidade e nitidez cada vez maiores. Em seguida, no semi-sono, os sonhos passam a
ser verdadeiras visões, cada vez mais perfeitas e significativas. E, em grau mais avançado,
muitas vezes mesmo em plena vigília, primeiro no escuro e mais tarde no claro, passa a
distinguir as cores áuricas das pessoas e dos objetos, formas indistintas e confusas dos
planos hiperfísicos.
Na maioria das vezes as visões são desagradáveis; representam animais estranhos, e
formas ou seres humanos grotescos e mesmo repugnantes e isso porque o
desenvolvimento começa, quase sempre com a interferência de Espíritos inferiores, que
provocam tais visões, quando não é o próprio médium que diretamente vê tais coisas, nas
esferas inferiores do Umbral.
AUDIÇÃO: O médium ouve vozes, rumores, de princípios incompreensíveis, mais ou
menos nítidos em seguida, mesmo não se tratando de mediunidade auditiva. Outros
padecem de zumbido nos ouvidos e muitos há que de tal maneira se tornam sensíveis a
tais coisas, que chegam a não poder conciliar o sono, com grave risco para sua saúde
física e mental.
Para a Incorporação temos:
ADORMECIMENTO: Os médiuns que, por efeito de sua própria perturbação, não
conseguem concentrar-se ou dominar-se, mormente no curso dos trabalhos práticos, são
submersos, pelos próprios protetores invisíveis, em um sono mais ou menos profundo,
durante o qual agem sobre eles, afastando as causas perturbadoras ou trabalhando nos
órgãos da sensibilidade, para a necessária preparação. Agem também assim sobre
aqueles que vem para o trabalho espiritual em condições físicas impróprias, por cansaço
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ou moléstia ou ainda por efeito de preocupações intensas, ligadas à vida material; todas
estas condições são incompatíveis com o trabalho e exigem cuidados reparadores.
FLUIDOS: À medida que a sensibilidade se apura o médium sente, cada vez mais
intensamente, fluidos que tanto podem vir de encarnados como de 107 desencarnados
presentes à sessão; e, conforme seja o grau dessa sensibilidade podem também provir de
entidades de maior hierarquia protetores do trabalho ou para os quais, durante ele, se
apelou e que, nestes casos enviam, às vezes de grandes distâncias, suas radiações
poderosas.
Pelo seu teor vibratório esses fluidos agem sobre o perispírito do sensitivo de forma
agradável ou não, produzindo boa ou má impressão, provocando reação suave e
reparadora ou violenta e dolorosa.
Pela natureza, pois, dos fluidos que sente, pode o médium determinar a presença ou a
ação de entidades ou forças boas ou más, do mundo invisível.
Convém também dizer que os fluidos agem de preferência em determinadas regiões do
organismo, ou melhor, refletem sua ação em lugares de eleição do organismo físico,
segundo sua própria natureza e variando de indivíduo para indivíduo. Assim uns sentem
fluidos pesados, (de Espíritos inferiores) no alto da cabeça, à esquerda, outros à direita,
outros no braço, nas pernas, no epigastro, e fluidos leves (de Espíritos superiores) nestes
ou naqueles pontos do corpo, sistematicamente.
IDÉIAS E IMPULSÕES ESTRANHAS: Sensíveis como são aos fenômenos hiperfísicos os
médiuns começam a perceber, nesse período pré-medíúnico, idéias estranhas, que lhes
surgem na mente de forma às vezes obsidiante, bem como impulsos de ‗agirem em
determinados sentidos, de fazerem tal ou qual coisa, de que também jamais cogitaram.
E como podem, nesses primeiros tempos, devido à sua natural inexperiência, sofrer
arbitrariamente influência de bons e maus Espíritos, é necessário vigiar sempre, interferir
com a razão continuamente, analisando tais idéias e impulsos, não se deixando levar por
eles e optando sempre pelo que for mais criterioso e justo.
ENTORPECIMENTO, FRIO E RIGIDEZ: Os protetores, durante esse período que estamos
analisando, agem sobre os órgãos da sensibilidade, bem como sobre todo o sistema
nervoso justamente visando o preparo do campo para as atividades mediúnicas e essa
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ação muitas vezes provoca reflexos nos músculos, inibições na corrente sanguínea e nas
terminações nervosas, do que resultam os fenômenos citados, se bem que sempre em
carater passageiro.
O entorpecimento ora é nos braços e mãos, ora nas pernas e pés, sendo também às vezes
precedido de uma incômoda sensação de formigamento da epiderme em geral.
―BALLONNEMENT‖: Adotamos esta expressão francesa para indicar a sensação de
dilatação, estufamento, inchamento de mãos, pés e rosto do médium, que muitas vezes
ocorre antes do transe. E‘ ainda efeito da exteriorização, do deslocamento do perispírito do
médium dentro do arcabouço físico para ceder lugar, parcial ou totalmente, ao Espírito
comunicante.
Todas estas perturbações são próprias do período pré-mediúnico e podem mesmo avançar
um pouco a dentro no período do próprio desenvolvimento mas terminam sempre por
cessar à medida que as faculdades se desenvolvem e educam, entrando em atividade
normal.
CORRENTE (Técnica da Mediunidade de C. Torres Pastorino)
Aqui começamos a entrever que a mediunidade pode ser medida e considerada com todos
esses termos. A diferença reside nisto: a corrente elétrica é produzida por um gerador, e a
corrente mental é produzida pela nossa mente e transmitida por nosso cérebro. No cérebro
temos uma válvula que transmite e que recebe, tal como um aparelho de rádio. Mas vamos
devagar.
Consideremos, por enquanto, que cada cérebro pode emitir em vibrações ou frequência
alta ou baixa, de acordo com o teor dos pensamentos mais constantes. O amor vibra em
alta frequência; o ódio, em baixa frequência. São polos opostos. Quanto mais elevados os
pensamentos, em amor, mais alta a frequência e mais elevada a ciclagem.
As vibrações, as ondas, as correntes utilizadas na mediunidade são as ondas e correntes
de ―pensamento‖. Quanto mais fortes e elevados os pensamentos, maior a frequência
vibratória e menor o comprimento de onda. E vice‐versa.
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O que eleva a frequência vibratória do pensamento (vimo‐lo) é o amor desinteressado;
abaixa as vibrações tudo o que seja contrario ao amor: raiva, ressentimento, mágoa,
tristeza, indiferença, egoísmo, vaidade, enfim qualquer coisa que exprima separação e
isolamento.
CONDENSADOR (Técnica da Mediunidade de C. Torres Pastorino)
Chamam‐se condensadores (ou capacitores) os aparelhos constados de tal maneira,
que tenham, intercalados, corpos ―bons condutores‖ de eletricidade e material ―isolante‖
(dielétrico). O fato de não se tocarem entre si os ―condutores‖, faz que a corrente, mesmo
não passando de um a outro, provoque a criação, entre eles, de um ―campo elétrico‖.
Assim, um condensador cria um campo elétrico entre cada chapa, no espaço ocupado
pelo material isolante.
No ambiente mediúnico, os assistentes e médiuns são verdadeiros condensadores, que
formam o ―campo eletromagnético‖. Entre cada criatura existe o material isolante (o ar
atmosférico). E por isso o campo se tornará mais forte quando houver mais de uma
pessoa.
Os médiuns são verdadeiros condensadores variáveis, com capacidade para selecionar os
Espíritos que chegam. Então recebem e transmitem cada comprimento de onda por sua
vez, dando as comunicações de cada um de per si. Quanto maior a capacidade do médium
de aumentar e diminuir a superfície do campo estabelecido pelas ―placas‖, tanto maior a
capacidade de receber Espíritos de sintonia diversa: elevados e sofredores.
Há médiuns, porém, que parecem fixos em determinada onda: só recebem e transmitem
determinada espécie de Espíritos, provando com isso a falta de maleabilidade de sua
sintonia.
Para modificar a sintonia, o condensador variável movimenta as placas, aumentando ou
diminuindo a superfície do campo. Os médiuns podem obter esse resultado por meio da
prece, modificando com ela o campo elétrico, e conseguindo assim captar e retransmitir as
estações mais elevadas, os espíritos superiores.
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ACUMULADOR (Técnica da Mediunidade de C. Torres Pastorino)
Chamamos acumulador o aparelho que armazena energia química. Essa energia, uma vez
armazenada, é fornecida e distribuída sob forma de corrente elétrica, até que o acumulador
se esgota. Entretanto, é possível recarregar o acumulador, forçando‐se através dele uma
corrente em sentido oposto.
BATERIA (Técnica da Mediunidade de C. Torres Pastorino)
Denominasse bateria uma série de acumuladores ligados entre si, aumentando, com isso,
a capacidade de armazenamento e também o tempo em que consegue permanecer sem
esgotar‐se. Grande semelhança com a mediunidade. Cada criatura constitui um
acumulador, capaz de armazenar a energia espiritual (eletromagnética). Entretanto, essa
energia pode esgotar‐se. E se esgotará com facilidade, se houver ―perdas‖ ou ―saídas‖
dessa energia com explosões de raiva, ou com ressentimentos e mágoas prolongadas,
embora não violentas. Cada vez que uma pessoa se aborrece ou irrita, dá ―saída‖ à
energia que mantinha acumulada, ―descarrega‖ o acumulador de força (ou fluidos), diminui
a carga e, portanto, se enfraquece, O segredo é manter‐se inalterado e calmo em qualquer
circunstância, mesmo nas tempestades morais e materiais mais atrozes.
Todavia, se por acaso o acumulador se descarrega, pode ser novamente carregado, por
meio de exercícios de mentalização positiva e de prece em benefício dos outros, ou seja,
prece desinteressada. Portanto, é realmente carregado com uma energia em direção
oposta: se ficou negativo, carregar‐se‐á com energia positiva.
Na mediunidade, quando um médium não é capaz de fornecer energia suficiente a sós,
reúne‐se com outros, formando uma ―reunião‖. Esta é constituída ―em série‖, (não em
paralelo), e por isso é que todos se sentam em redor de uma mesa. A bateria assim
formada conserva em si e pode utilizar uma energia eletromagnética muito maior. Daí as
comunicações em reuniões serem mais eficientes que com um médium isolado, por melhor
que seja ele.
Também a bateria pode esgotar‐se. Mas a vibração das ondas de pensamento e a prece
podem carregar novamente a bateria. Esse processo é com frequência utilizada nas
reuniões, durante ou após a manifestação de espíritos muito rebeldes, que descarregam a
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energia: uma prece repõe as coisas em seu lugar, infunde novas energias à ―bateria‖ e
permite a continuação dos trabalhos.
Como vemos mediunidade ou comunicação de Espíritos não é fenômeno religioso, mas
puramente física, eletromagnético, obedecendo a todas as leis da eletrônica.
Muitas vezes, mesmo sem ―incorporação‖, pode um Espírito aproximar‐se (encostar‐se) a
um aparelho (médium), ―sugando‐lhe‖ os elétrons e deixando‐o com mal estar, por vezes
com dores, embora o desencarnado dali se afaste aliviado. Isso ocorre com todos. Mas os
médiuns, por serem mais sensíveis, percebem essas diferenças de elétrons. Para o
médium, bastará um passe de recuperação.
A sensibilidade dos médiuns faz que eles percebam a aproximação de um Espírito como
uma descarga elétrica, manifestado por vezes por um ―arrepio‖ violento que lhes percorre a
espinha, ou por um eriçar‐se dos pelos dos braços, imitando a ―pele de galinha‖:
representa isso a entrada ou a saída de elétrons. Daí haver duas espécies desses
arrepios: um desagradável, quando o Espírito ―suga‖ elétrons que saem de nosso corpo,
exprimindo a presença de um Espírito enfermo ou perturbado; outro agradável, de bem
estar, significando um ―banho‖ de elétrons que nos penetram, quando o Espírito é benéfico
e, portanto nos fornece energia.
AS PONTAS: A eletricidade positiva ou negativa se agrega mais nas pontas ou
extremidades pontuadas. Daí terem nascido os para‐raios. Essa a razão pela qual as
mãos, os pés e sobretudo os dedos, são as partes mais carregadas em nosso corpo. Por
esse motivo os passes são dados com as mãos abertas (o que em o Novo Testamento se
diz ―impor as mãos‖), para que os elétrons fluam através dos dedos.
Os passes, portanto, são um ―derramamento‖ de elétrons, através das pontas dos dedos,
para restabelecer o equilíbrio daquele que recebe o passe, e que deles está carecente.
Assim os obseda‐ dos (permanentemente ―sugados‖ por amigos invisíveis), os fracos de
saúde, os que lidam com multidões, precisam periodicamente de passes reequilibrantes,
recebendo um acréscimo de elétrons. Por essa razão, as pessoas doentes (a quem faltam
elétrons) não deverem dar passes: ao invés de dá‐los, tirariam os poucos do paciente,
depauperando‐o ainda mais.
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TRANSFORMADOR (Técnica da Mediunidade de C. Torres Pastorino)
O transformador é um aparelho que consiste em duas bobinas (um fio fino isolado,
geralmente por verniz) enroladas num núcleo de ferro doce. A corrente, ao passar pelo fio
em redor do ferro, magnetiza‐o e desmagnetiza‐o muitas vezes por segundo. Funciona o
transformador de acordo com o número de espiras (voltas), dessa primeira bobina, e com o
número de espiras da outra bobina (secundária) de saída, que é magnetizada por indução.
Daí verificamos, na prática, que, em certas reuniões mediúnicas, há elementos humanos
que funcionam como verdadeiros transformadores que aumentam a corrente. Quase
sempre são pessoas que não são médiuns, e até que muitas vezes se julgam inúteis na
reunião. Ficam ali parados, concentrados, firmes, mas nada sentem. No entanto, estão
servindo incalculavelmente para o bom êxito das comunicações; são os chamados
―estacas de sustentação‖ de uma reunião. Sem a presença deles, a reunião se tornaria tão
fraca que quase nada produziria.
Como há esses transformadores que aumentam a corrente, existem os que agem de modo
inverso: diminuem a corrente. São aqueles que se ―isolam‖ do conjunto, ou porque
permaneçam preocupados com seus pensamentos próprios, ou porque cedam ao cansaço
e durmam: a interrupção de corrente trabalha como um transformador que diminui a
corrente, embora não na corte.
MAGNETISMO (Técnica da Mediunidade de C. Torres Pastorino)
POLOS: As propriedades magnéticas não se manifestam em toda a extensão do ímã, mas
apenas nas extremidades, chamadas polos. Quando se trata de uma barra, por exemplo,
aparece o magnetismo nas pontas; entre os dois polos há uma região que não apresenta
propriedades magnéticas, sendo por isso denominada neutra.
Assim também no corpo humano, as partes que revelam maior magnetismo são as
extremidades, sobretudo as dos membros superiores tendo‐se estabelecido
experimentalmente que o lado direito tem magnetismo positivo (doação) e o lado esquerdo
magnetismo negativo (absorção), porque atrai, coisas negativas, e por isso os romanos o
chamavam sinistro. Daí o aperto de mão ser feito sempre com a direita, pois a esquerda
absorveria os fluidos pesados da outra pessoa. Também o sinal da cruz na própria criatura
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e a bênção dada pelos sacerdotes (passes em forma de cruz) são realizados com a mão
direita. Os passes magnéticos de doação realizam‐se com a mesma mão. Nos canhotos,
porém, o magnetismo é inverso: positivo à esquerda, negativo à direita.
Nas comunicações, vimos que as telepáticas obedecem às leis da sintonia vibratória; mas
as realizadas por ligações fluídicas podem efetuar‐se por simples atração magnética. Aí
temos dois casos:
1. O desencarnado é mais forte e positivo e se liga ao encarnado por um ponto negativo
deste (é o caso anterior da obsessão);
2. O desencarnado é mais fraco (enfermo, sofredor, etc.) e a ligação é feita do encarnado
(positivo) para o desencarnado, ligando‐se exatamente no ponto magnético mais fraco do
desencarnado: o órgão enfermo. Essa a razão por que os médiuns, quando incorporam,
sentem nos próprios órgãos as mesmas sensações desagradáveis ou dores lancinantes
que o desencarnado está sentindo: a ligação foi feita entre o órgão sadio do aparelho (polo
positivo) e o órgão enfermo do comunicante (polo negativo).
BIOLOGIA (Técnica da Mediunidade de C. Torres Pastorino)
A - Sistema Nervoso
Sendo o trabalho mediúnico todo feito através do sistema nervoso, há grande desgaste.
Essa a razão também de os médiuns, em muitos casos, saírem das sessões com forte
sensação de cansaço e até de esgotamento, necessitando de alimentação e repouso.
Por isso também os obsidiados, e sobretudo os que sofrem de possessão permanente,
emagrecem e caem em prostração e estafa nervosa, sendo necessário tratamento médico
e, quando gravemente atingidos, até de sonoterapia.
Em vista disso, os médiuns não devem trabalhar senão uma ou, no máximo, duas vezes
por semana, em sessões de desobsessão: a recuperação tem que ser total, antes de
ser‐lhes solicitado outro esforço básico e esgotante.
B - Plexos
Esses plexos assumem grande atividade na recepção mediúnica, quando é atingido o
chakra frontal. Suas ligações diretas entre a hipófise, o olho (gânglio oftálmico), o ouvido
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(libra carótico‐timpânica) e o nariz (ligação com o nervo nasal) fazem desse conjunto de
dois plexos o distribuidor de sensações, diante das vibrações recebidas pela chakra frontal.
Por isso, as vibrações recebidas pelo chakra frontal se transformam em vidência, desde
que não reproduzem a figura vista, mas a faixa vibratória alcançada, sobretudo a cor. Daí,
também, a facilidade maior de ouvir‐se o som da voz durante as vidências. Não é,
evidentemente, o som de uma voz articulada, como se proviera através do ar em ondas
sonoras: é um som inarticulado, sentido dentro do cérebro, sem som, mas ao mesmo
tempo com todas as características da palavra articulada; a ideia penetra de forma audível,
através do nervo auditivo, e repercute cerebralmente. Difícil de explicar, mas
imediatamente compreendido por quem já tenha experimentado o fenômeno.
Ocorre ainda a recepção por via nasal dos odores, ou melhor, das vibrações odoríferas do
plano astral, o que desenvolveremos ao falar do sentido do olfato.
Plexos Cervical e Laríngeo
Conforme estamos verificando, a atuação no chakra laríngeo
repercute nos dois plexos, movimentando toda a área governada
por eles. A influência no plexo cervical provoca fenômeno bastante
comum: o médium com frequência ouve antes de falar, as palavras
que vai dizer, e sente uma pressão leve em toda a região da
garganta.
Ao ligar‐se fluidicamente ao chakra laríngeo, atinge mais
particularmente, porém, o plexo laríngeo, dominando totalmente o
aparelho fonador, desde os músculos involuntários dos pulmões,
para expulsão controlada do ar a ser utilizado na fala, até a
traqueia, a laringe, as cordas vocais e a língua. O Espírito atua
como controlador, de forma que o médium não consegue
resistir‐lhe. Tem a impressão, por vezes, de que lhe colocaram na
garganta um aparelho de comando, que passa a falar
independente da vontade do sensitivo.
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Nesses casos, verificamos que há mudanças no timbre da voz, na musicalidade da frase,
na pronúncia das palavras; ora surge um sotaque estrangeiro, ora o Espírito fala
diretamente em sua língua de origem, às vezes totalmente desconhecida do sensitivo.
Plexo Cardíaco
O plexo cardíaco é largamente comprometido na mediunidade passista. Daí a emoção ou
até comoção dos sensitivos que possuam bem desenvolvido esse chakra, o que é mais
frequente nas mulheres.
A atuação direta no chakra cardíaco atinge, comumente, o ritmo do coração, que pode
apresentar taquicardia, braquicardia ou disritmia.
Sendo todo formado pelo sistema simpático, qualquer atuação que vibratoriamente o
atinja, é sentida repercussivamente em todo o organismo. Assim observamos aparecerem,
geralmente, alterações na respiração, que se torna mais profunda e rápida.
Plexo Epigástrico ou Plexo Solar
O plexo solar é o mais atingido no setor da mediunidade receptiva, na faixa dos sofredores
e necessitados comuns, sobretudo na daquela que, tendo perdido o corpo físico, também
perderam a noção da própria personalidade, de nada mais se recordando. Sabem que
existem porque sofrem, sentem dores, aflições, angústias, calor ou frio, como qualquer
animal irracional, mas não sabem mais quem são nem quem foram quando encarnados na
Terra. Com esses nada adianta perguntar, pesquisar, inquirir: são quase autômatos, em
quem só restam a sensibilidade do etérico e as emoções do astral, sem nenhuma ou com
pouquíssima participação do intelecto: a amnésia é total (ou quase), julgando‐se ainda
presos ao corpo físico, mas abandonados de todos os parentes e amigos, acabando por se
esquecerem deles.
De modo geral a ligação desses pobres Espíritos é feita exclusivamente para tentar um
reequilíbrio deles (e por vezes do próprio médium que a elas está ligado) a fim de facilitar o
atendimento por parte dos "samaritanos do astral". Não adianta querer doutriná‐los ou
curá‐los, pois quase sempre são refratários a melhoras imediatas, sendo indispensável o
tratamento a longo prazo ou a reencarnação imediata para esquecimento do passado. O
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meio mais eficaz de atendimento, a nosso ver, é constituído pela prece e pelo hipnotismo,
induzindo‐os ao sono profundo, a fim de serem levados pelos enfermeiros e internados nos
hospitais do espaço, onde a paciência dos médicos espirituais os irá tratando por meio da
sugestão continuada.
Plexo Lombar
Há forte atuação nesse plexo, quando há ligação do Espírito no chakra esplênico.
Sendo, quase sempre, vampiros que sugam vitalidade do médium, observamos
repercussões em toda a região lombar e abdominogenital, com tremores nas pernas, que
parecem enfraquecidas e doloridas.
Com frequência as pessoas atingidas vão emagrecendo e definhando a olhos vistos, sem
que nenhum facultativo descubra a causa real: todos os órgãos são perfeitos, tudo
funciona bem, e a pessoa constantemente se depaupera. Uma boa sessão de
desobsessão, todavia, pode curá‐la.
C – Sentidos e Outros Temas
Olfato: Digna de menção, embora não muito citada, a capacidade da sensação olfativa do
plano astral. Os médiuns percebem e distinguem três tipos de odores nesse plano.
1. O odor da aura da pessoa, suave e agradável quando há elevação; acre e insuportável
no involuído, ou em quem está envolto em fluidos pesados por vícios habituais e
degradantes;
2. O odor do pensamento, doce e perfumado se provém de pensamentos bons; metálico e
causando forte impacto no chakra cardíaco (plexo cardíaco e glândula timo) quando de
baixo teor vibratório;
3. O odor dos sentimentos, perfumado, de flores, quando bons, e fétidos quando maus ou
raivosos.
Interessante anotar que as pessoas possuem tipos de odor característicos individuais, que
podem ser identificados mesmo de longe, desde que exista ligação fluídica entre a pessoa
e o sensitivo; de tal forma que é possível dizer quais os tipos de pensamento ou
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sentimento que determinada pessoa está emitindo naquele momento, mesmo que os dois
estejam separadas por longas distâncias. Já o odor da aura só é percebido de perto.
Outra observação: com frequência o sensitivo percebe a emissão tempos depois. Dá‐se
isso quando ate se acha ocupado ou distraído; mas os fluidos odoríferos mantêm‐se em
seu redor, circundando‐o de tal modo que, quando este desperta, percebe o odor, e o
identifica, apenas não sendo capaz de apurar há quanto tempo se deu a emissão.
TATO - A pele ou tegumento externo cobre todo o corpo, exceto nos orifícios naturais,
onde continua nas mucosas. Constitui‐se de epiderme, por fora, e do cório, logo abaixo.
Interessa‐nos a parte do órgão do tato, que é servido Por numerosíssimas terminações
nervosas, em bulbos sob o derma (os corpúsculos de Passini, os de Krause, e os de
Ruffini), os que terminam livremente (corpúsculos de Meissner) e as terminações nervosas
da epiderme, que ficam na capa mucosa de Malpighi.
Interessam, também, a nosso estudo, os pelos, que são formações epidérmicas,
implantados em depressões cilíndricas do derma (folículos pilosos). A cada um deles está
ligado pequeno músculo, o arrector pili (eriçador do pelo).
O órgão do tato tem bastante atuação no setor da sensibilidade mediúnica.
Vejamos alguns efeitos:
Sensibilidade – arrepios:
1) Quando de um médium de suficiente sensibilidade se aproxima um Espírito
desencarnado (e por vezes mesmo uma criatura encarnada que não tenha sido percebida
por seus sentidos) a aura do Espírito toca na aura do médium e os nervos cutâneos são
atingidos e sensibilizados. Dá‐se então pequeno (ou forte) choque nervoso, que faz que se
contraiam os arrectores pilorum, eriçando‐se os pelos, e a pele fica arrepiada.
2) Quando o médium percebe a aproximação de uma entidade, pode distinguir se se trata
de alguém com elevação espiritual e bons sentimentos, se houver contacto com excitação
dos bulbos de Krause (sensação de frescor ou frio, como ar condicionado); ou se o Espírito
é involuído e de más intenções, pois neste caso são atingidos os bulbos terminais e os
corpúsculos de Ruffini (sensação desagradável de calor).
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3) Quando há passagem de um Espírito, ou quando ele se liga ou desliga, o médium
recebe uma descarga nos nervos epidérmico, sobretudo ao longo da coluna vertebral,
contraindo‐se todos os arredores pilorum, dessa região, geralmente subindo do cóccix ao
occipital. A mesma sensação é experimentada quando alguém depara repentinamente, por
exemplo, com um cachorro, assustando‐se por temê‐lo.
4) Mesmo quando não há, propriamente, aproximação de Espírito, pode o sensível, ao
evocar mentalmente ou por palavras, o nome de uma pessoa ou um fato, sentir o arrepio
(pele de galinha) mais ou menos intenso, sendo mais frequente nos antebraços que no
corpo inteiro. Trata‐se de uma emissão do simpático da própria criatura, sob o impacto da
emoção, provocando irradiação pela superfície cutânea.
RECOMENDAÇÕES ÚTEIS (Pontos da Escola de Médiuns - Curso de Aperfeiçoamento – Tomo IV)
A ignorância, a superstição e oi fanatismo lavram por toda parte e, se há espíritos de
responsabilidade que não se manifestam e nem colaboram em ambientes degradantes,
outros há que se manifestam em quaisquer meios e circunstâncias, desde que haja
médiuns irresponsáveis dispostos a recebe-los.
Dentre os hábitos inconvenientes que devem ser abolidos citaremos alguns, simplesmente
como exemplos:
Exigir o nome de espírito comunicante é um hábito reprovável porque a identidade pessoal
deve ficar ao critério do espírito e, raramente, surgirá a necessidade de ela ser revelada. A
regra é esta: não se indague nomes, mas analise o que o espírito diz ou faz porque, se o
fruto for bom, boa será também a árvore.
Crer cegamente no que diz o espírito é erro crasso. Este hábito, além de reprovável é
perigosos porque, tratando-se de espírito inferior ou maldoso, aproveita-se ele da
ignorância e da boa fé dos incautos para satisfazer vícios seus, maus desejos, ou
malévolos intuitos, quando não ocorrem simplesmente o desejo de mistificar ou fazer
galhofa. Pelo fato de se dar como protetor do Centro não se segue que se trata de espírito
sábio, bondoso ou hierarquicamente elevado.
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O misticismo exagerado que faz com que as sessões tomem o caráter de um culto fúnebre
e misterioso, no qual os guias e protetores são considerados personagens sobrenaturais e
atemorizantes devem ser abolidos.
No espiritismo não há misticismo; os espíritos são seres como nós, somente habitando, no
momento, esferas de atividades diferentes; com eles podemos conversar, discutir, trocar
ideias livremente, sem descambar, é claro, para a desatenção, o desrespeito, a falta de
cortesia e de amor cristão.
Protetores à direita... são declarações sem significação e que se torna, além disso, ridícula.
Tanto faz que o espírito protetor fique à direita, como à esquerda, atrás ou à frente do
médium. O que se quer dele não é saber onde está colocado, mas ver como atua e auxilia
os trabalhos.
Os espíritos superiores, falam pouco e, quando se entendem, defendendo certos temas ou
pontos de vista, produzem frutos preciosos no campo do esclarecimento ou da
evangelização.
Médiuns agitados são aqueles que batem os pés e mãos, bufam, gemem, contorcem-se,
gritam, etc.,durante o trabalho. Três circunstâncias podem provocar essa agitação:
a) Vício do médium – que pode ser corrigido com auto-sugestão do próprio médium;
b) Vício do espírito comunicante – que deve ser advertido pelo diretor dos trabalhos;
c) Desconchavo nas afinidades vibratórias entre os dois períspiritos. Neste caso deve-se
pedir providência ao mentor espiritual desencarnado e melhorar a harmonia da
corrente.
Hegemonia de médium – Outro erro pernicioso é este de os médiuns tomarem conta das
sessões e só se fazer o que eles determinam. O médium é simplesmente o agente do
intercâmbio pode haver em dado momento, sem prejudicar em nada a realização das
reuniões espíritas. A finalidade principal do espiritismo é a reforma moral dos aspectos e,
para essa reforma, o intercâmbio não é indispensável.
As imagens de cera, barro, porcelana, vidro, madeira e agora de plástico, bem como
quadros pintados representando santos, deuses e gênios e que são adorados tanto pelos
cultos primitivos de terreiro, candomblés, macumbas e feitiçarias, como por algumas
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religiões antigas de feição mundana e dogmática, são cultos supersticiosos de idolatria e
que por isso não devem ser usados pelos espíritas.
Os retratos, gravuras e litografias, tanto de trabalhadores da doutrina já desencarnado,
como os que representam o Divino Mestre Jesus Cristo, podem ser usados, discretamente,
sem caráter de culto, sem sentimentos edificantes ou adorativos, fugindo sempre da
idolatria perniciosa. Quando aos amuletos não devem ser usados, apesar de
recomendados pela magia como condensadores de força fluídica benéfica ou protetora,
pois é sempre uma crendice errônea e inútil.
Aos espíritas basta a assistência de Deus, através o recurso maravilhoso da prece que
deve ser utilizada como poderoso meio de ligação com o Alto.
São muitos usados os defumadores nas sessões de terreiro e nas casas particulares,
porém seu uso é contraproducente, porque os responsáveis pelos maus ambientes
domésticos são as próprias pessoas que ali residem. Em relação aos bons espíritos seu
uso é absolutamente inócuo, nenhuma influência exercendo na sua permanência ou
ausência nesses lares.
Música e canto – diversos trabalhos espíritas, para maior eficiência, se beneficiam de
música apropriada e esta não será naturalmente a musica fútil, criada para a dança e o
lazer como também não será aquela criada como expressão das paixões e dos
sentimentos animalizados do homem, mas sim, a musica serena, a melodia suave que
eleva o espírito e o transporta às esferas celestiais, a música harmoniosa cujas vibrações
correspondem às dos sentimentos elevados de fé, amor e alegria. Para preparar ambiente
de vibrações elevadas, para tudo serve a música, conquanto não representa um alto ritual
mas simplesmente preparatório e auxiliar, nos trabalhos espíritas.
PASSES (Segurança Mediúnica – João Nunes Maia)
As modalidades de passes são diversas, como diversas são as ondulações de fluidos
transmitidas pelos médiuns aos diversos enfermos.
O passista deve ser confiante nos poderes de Deus e na assistência dos guias espirituais,
acrescentando seus valores da forma como os requisitos da doutrina pedem e induzem ao
procedimento. Nunca deves pensar que és o melhor, pelas curas que são feitas com a tua
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ajuda. São muitas as mãos que trabalham em tudo o que realizas. Cultiva a humildade no
que pensas e falas.
As energias que te circundam são sensíveis aos teus sentimentos.
O passe individual é uma doação direta de um para o outro e concreta na sua estrutura
bioquímica. Quando estamos em plena harmonia com a vida universal, todas as nossas
células vibram uníssonas na doação comum de vida para vida.
PASSES À DISTÂNCIA (Segurança Mediúnica – João Nunes Maia)
O passe é uma transmissão de energia que pode ser feita à distância, sem perda dos
valores magnéticos.
O médium curador precisa ser dotado de muita fé, confiança esta que isola todos os
contrários e atinge o enfermo.
No momento da doação, não deixes que pensamentos negativos povoem a tua mente,
abre as portas dos teus sentimentos com uma oração e visualiza, circundado por uma
avalanche de fluidos curativos, onde o róseo e o verde claro são a tônica.
Nesse tratamento, é formada uma corrente de luz do curador ao enfermo e, por esse canal,
emitimos o que pensamos.
Vejamos a nossa responsabilidade diante desse trabalho de caridade. Tudo na vida requer
preparo e todo preparo pede esforço e tempo para ser mais útil, a quem quer que seja. O
médium curador não pode ser exigente, alterado, discutidor, displicente e nunca, jamais,
querer ser o maior dentre seus companheiros, porque, sem eles, o que poderá fazer?
QUANDO NÃO CONVÉM DAR PASSES (Curso de Passes da Federação Espírita de São
Paulo)
a) Em casos de obsessões violentas, só aplicar o passe contando com o apoio
espiritual e material indispensável e suficiente ao bom desempenho dessa tarefa.
b) Nos bares. Quando a prática do passe no mesmo lar assumir característica de rotina
ou quando formos ali atender comodismo ou vergonha do paciente em ir ao centro.
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c) Em hospitais, detenções, manicômios ou outro ambiente público, salva em condições
de muita necessidade e atendendo aos seguintes requisitos:
1. Possuir autorização tanto da casa em nome da qual se faça o atendimento;
2. Concordância e aceitação desse tratamento por parte do paciente e ou de
seus responsáveis;
3. Estar em equipe de pelo menos dois membros;
4. Poder antes fazer a leitura de uma mensagem, seguida de uma prece e
voltando a fazer outra prece no encerramento. Vale lembrar que nestes
casos, é necessário vigilância redobrada e equilíbrio inabalável não apenas
no sentido de se manter em perfeita sintonia com a espiritualidade superior,
mas coibir gestos, bocejos, incorporações e toques que se em condições
normais são injustificáveis, agora são literalmente impróprios;
5. Quando o bom senso não recomendar e a prudência não determinar.
INCORPORAÇÃO DURANTE O PASSE
A participação de um espírito, na doação do passe, não se reconhece pela sua
manifestação ostensiva, isto é pela precipitação do fenômeno de incorporação ou de
psicofonia ou de efeito físico. A participação é esse derramar fluidos, imprimindo ao fluido
natural do passista as qualidades de que ele carece.
ROUPAS E ADEREÇOS
O passista deve se vestir coerentemente, sem agredir o paciente com uso de roupas
extravagantes, superdecotadas, justas demais ou que denotem características de
exibicionismo. Quando aos braços cheios de joias e os dedos cheios de anéis,
recomendamos cautela no uso desses enfeites para quem aplica passes, pois seu uso
exagerado provoca alguns inconvenientes: barulhos e chocalhos excessivos devido à
movimentação das mãos e dos braços, dificultando a concentração por parte do paciente e
dos demais passistas.
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MEDIUNIDADE DE CURA (Segurança Mediúnica – João Nunes Maia)
A mediunidade de cura é um dom grandioso, que foi usado, com exuberância, por Nosso
Senhor Jesus Cristo, na Sua passagem pela Terra. O médium de cura deve tomar certas
providências em relação à sua própria conduta, pois a sua mente influi, poderosamente,
sobre todos os seus centros de forças, e estes canalizam as suas indescritíveis energias
para onde os pensamentos do medianeiro determinarem, somadas a outras tantas
riquezas, de que o coração é portador.
Os fluidos vitais armazenados pelo baço, que mais se enraízam no seu duplo, são
fornecidos pelo astro rei, que nos fecunda a todos, e são sempre reavivados pelos nossos
sentimentos de amor, ou então desmerecidos pelos nossos impulsos inferiores.
O médium curador que já se dispôs a tal empreendimento não pode se esquecer da
alegria, aquela que nasce dos bons princípios e valoriza o esquema de vida em todas as
suas diretrizes. Não deve perder a paciência com os que sofrem. Eles já sofrem!... E, às
vezes, desconhecem o que o medianeiro já conhece. Deve ouvir com tolerância e
conversar com discernimento, para que possa fazer nascer nos corações torturados,
aquela força divina que se chama esperança.
Não devemos perder tempo. Não deixemos passar nem um minuto, sem nos lembrarmos
da nossa disciplina e educação. Antes dos nossos trabalhos mediúnicos, não nos
esqueçamos de rememorar o que foi feito no percurso do dia e os pensamentos criados
pela mente ou assomados em nosso mundo mental. Façamos uma avaliação, tornemos a
fazê-la e, se porventura tivermos de consertar alguma coisa, consertemo-la logo, entrando
em oração, no sentido de nos prepararmos para o trabalho da luz.
Logo que te deparares frente a um enfermo, sentirás a tua influência invadindo-lhe a aura
e, se a vigilância não for exercida, os fluidos negativos que circulam em teu organismo
poderão passar com profundidade para o enfermo, causando desastres de difícil reparo. A
troca de fluidos entre as pessoas é lei do equilíbrio.
Combate, nos teus sentimentos, todos os tipos de melindres. Eles são sutis. Por vezes,
desconheces sua existência palpitando no fundo da alma.
Eles se escondem nas dobras da vaidade e têm ainda o poder de chorar, para mostrar
com mais evidência que alguém os feriu.
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No momento de curar os enfermos ou dar alívio aos que padecem, não podes alimentar o
ódio, pois ele gera imprudência. Não podes assegurar a inveja, pois ela faz crescer a
usura. Não podes cultivar a prepotência, pois ela irrita a sensibilidade, dispersando o que
de bom os céus nos ofertam.
O médium de cura começa a curar pela fala, que predispõe o enfermo à ação benéfica dos
fluidos.
O médium curador deve obedecer à lei natural em sua alimentação do dia-a-dia. Comer
para viver e nunca viver somente para se alimentar.
Quando fores chamado ao trabalho de cura, não te esqueças do preparo pela oração. A
prece é feita de fios que nos ligam aos poderes maiores com segurança, e o que passa por
eles, na forma de energia, é impulsionado pela fé.
NOÇÕES SOBRE FLUIDOS (Autores diversos)
Todos vivemos em um universo constituído de partículas, raios, ondas, energias e fluidos
que não conseguimos perceber normalmente.
A própria matéria é constituída de pequenas porções chamadas átomos, que são tão
pequenas que não podem ser vistas.
Mas, mesmo assim, sabemos, que a matéria compacta que conhecemos e que compõe
uma cadeira, uma mesa, um papel etc. , é formada pela união dessas partículas.
Estamos imersos em um mundo de matéria sutilizada, refinada, invisível, porem, real, e
que tem como fonte primeira, uma substância que é denominada FLUIDO CÓSMICO
UNIVERSAL (FCU), que dá todas as formas materiais já conhecidas, e, provavelmente,
muitas outras que ainda nos são desconhecidas.
Os fluidos estão sujeitos à impulsão da mente do Espírito, quer encarnado ou
desencarnado; o pensamento e as emoções dão lhes uma determinada estrutura de maior
ou menor densidade, conforme a pureza ou harmonia com que são emitidos. Quanto mais
elevados são os pensamentos e as emoções, os fluidos são mais harmônicos, agradáveis,
luminosos, saudáveis. Quanto mais inferiores mais desarmônicos, desagradáveis,
doentios.
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Constantemente estamos irradiando de nós o que realmente somos, e impregnando com
esse fluído particular as coisas, o ambiente, os objetos, e influindo sobre as pessoas que
aceitam e assimilam essa energia.
Educando o nosso pensamento, podemos irradiar uma quantidade maior de fluidos de
qualidade superior, que metabolizamos com a nossa mente. Daí a importância de mantê-la
sempre em estado de elevação.
RADIAÇÕES (Passes e Radiações de Edgard Armond)
Todos os Espíritos, encarnados ou desencarnados, possuem a faculdade de emitir e
projetar radiações a quaisquer distâncias, por maiores que sejam.
Entre os desencarnados, como é óbvia, tal faculdade é exercido livremente e em sentido
amplo, por ausência do entrave natural, que é o corpo físico. Tais projeções, como também
ocorrem com os pensamentos, são tão rápidas que ultrapassam mesmo a velocidade da luz
e essa condição é que faz supor possuírem os Espíritos o dom de ubiquidade, isto é, o de
estarem ao mesmo tempo em dois lugares diferentes, coisa que, na realidade jamais
ocorre. As radiações podem ser mentais e fluídicas.
RADIAÇÕES MENTAIS (Passes e Radiações de Edgard Armond)
A radiação mental é um processo intelectual mediante o qual se emite e projeta a
determinado alvo pensamentos concordantes com o motivo que determinou a projeção.
Um indivíduo colocado em A, mentalmente visualiza outro indivíduo colocado em B e sobre
ele projeta, por exemplo, pensamentos de força, coragem, e confiança.
O indivíduo alvo, colocado em B, mesmo não possuindo a sensibilidade necessária para
sentir as radiações que lhe estão sendo enviadas, recebe-as em sua mente e se beneficia
dos efeitos correspondentes. Se estava enfraquecido, desencorajado, desanimado, sente-
se agora estimulado, dotado de nova energia e confiança.
Esta radiação, como se vê, no fundo não passa de uma transmissão telepática e o
processo se realiza de mente para mente, uma funcionando como emissora, outra como
receptora.
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RADIAÇÕES FLUÍDICAS (Passes e Radiações de Edgard Armond)
Radiação fluídica é uma ação de ordem mística que consiste em se emitir, pelo coração,
vibrações amoráveis destinadas, normalmente, a beneficiar necessitados.
Numa se emitem pensamentos e, noutra, sentimentos, coisas qualitativamente bastante
diferentes.
Um indivíduo em A acha-se doente, perturbado e pede auxílio.
O operador em B concentra-se, formula uma prece, mentalmente focaliza o necessitado
em A, estabelece em seu próprio íntimo o desejo sincero de auxiliá-lo e, em seguida, deixa
que de seu coração fluam as ondulações vibratórias de reconforto.
CORAÇÃO E MENTE (Passes e Radiações de Edgard Armond)
Se se trata de moléstias, essas ondulações serão fluidos de equilíbrio, vida e saúde; se se
trata de perturbações psíquicas, esses fluidos serão luz e pureza capazes de destruir as
vibrações pesadas, provindas de obsessores ou vampiros; se se trata, enfim, de depressão
física ou moral, esses fluidos serão forças e otimismo, capazes de restabelecer a
tonalidade vital do necessitado.
Em todos os casos, o coração age como uma emissora de ondas, cuja potência
fundamental é o sentimento amorável, o desejo sincero de servir, auxiliar, socorrer.
Nos casos de radiações mentais, a eficiência depende do poder de vontade do emissor, de
sua capacidade de projetar ondas telepáticas mais ou menos poderosas; mas, nos casos
das radiações fluídicas, a força está no sentimento, na capacidade do emissor em sentir a
necessidade do próximo, no desejo ardente de beneficiá-lo e na capacidade de produzir
em si mesmo e, em seguida, projetar ao alvo ondas de luz, de vida e de amor.
Nas sessões de curas, por meio de radiações à distância, o processo é sempre
engrandecido, avolumado, pela força das vibrações em conjunto e pela formação de uma
poderosa core rente emissora de base.
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CONDIÇÃO DE FUNCIONAMENTO (Passes e Radiações de Edgard Armond)
Os médiuns escalados para o intercâmbio espiritual deverão permanecer próximos aos
dirigentes do trabalho.
Os participantes devem chegar antes do início da preparação, conservando-se em silêncio,
nos seus lugares, em meditação, preparando-se para o trabalho. Solicita-se aos
participantes que evitem permanecer em conversa nas portas de acesso ao salão. Uma
vez iniciada a preparação, a admissão não mais será permitida.
A música será adequada ao tipo de trabalho; a tonalidade deverá ser suave, concorrendo
para harmonizar o ambiente e elevar o padrão vibratório.
ROTEIRO
PREPARAÇÃO: Leitura ou comentário de um tema evangélico. Convite aos presentes para
se recolherem intimamente.
Expansão das auras: cada qual promoverá a expansão da aura, ligando-se com os
companheiros que se acham em volta, assim permanecendo até que o ambiente fique
impregnado de radiações e fluidos amorosos, emanados dos corações.
Contato com os irmãos espirituais: as ligações serão feitas na seguinte ordem: primeiro,
cada qual se ligará com o seu protetor individual; segundo ligação com os elementos da
segurança; terceiro, com o produtor espiritual do trabalho; quarto, com os mentores da
Casa; quinto, com as Fraternidades (Prece das Fraternidades); sexto, com Ismael; sétimo,
com Jesus; e oitavo, com o Pai, proferindo-se o Pai Nosso e a Prece dos Aprendizes do
Evangelho.
VIBRAÇÕES
A – Pelos doentes cujos nomes se encontraram no livro de anotações, no fichário de
tratamento espiritual ou, ainda, nas papeletas sobre a mesa.
B – Vibrações simultâneas, envolvendo os grupos espíritas, principalmente aqueles que
são integrados à Aliança e pela Aliança Espírita Evangélica.
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C – Vibrações para a Câmara de Passes.
VIBRAÇÕES COLETIVAS
A – Pelo estabelecimento da Paz entre os homens;
B – Pela união fraterna das filosofias e religiões em torno do Mestre;
C – Em favor das instituições assistenciais e hospitalares, abrangendo toda a humanidade
sofredora;
D – Pelas crianças e velhos desamparados;
E – Pelos espíritos em sofrimento no umbral, nas trevas e em particular pelos suicidas;
F – Pelos nossos lares, como santuário das almas em esforço de renovação cristã;
G – Por nós mesmos, como trabalhadores humildes do Cristo.
DIFEENÇA ENTRE MAGNETISMO E HIPNOTISMO
Este trabalho não comporta muito desenvolvimento porém, como mesmo nos meios
espíritas, permanece muita confusão a respeito destas duas modalidades de aplicações
fluido-telepáticas, julgamos útil escrever este capítulo para assinalar as diferenças
existentes entre uma e outra coisa.
Por exemplo: quando se fala em hipnose, não se sabe se se trata de fenômeno provocado
ou espontâneo, hipnótico ou magnético.
Muita tinta tem sido gasta tratando das diferenças entre uma coisa e outra e hoje, nos
meios cultos do espiritualismo, é considerado clássico e obrigatório o conhecimento destas
diferenças.
A ação hipnótica, portanto, visa o cérebro, onde provoca uma acumulação de fluidos que, a
seu turno, determina um estado congestivo fluídico cerebral; este estado destrói a
atividade mental consciente, nulifica o pensamento, deixando o paciente à inteira
disposição do operador.
Hipnotização e fascinação são sinônimos porque o sono hipnótico é provocado justamente
por processos que cansam ou deslumbram os órgãos dos sentidos: fixação de objetos
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brilhantes, superfícies polidas, luzes, rumores, posições forçadas dos olhos ou, ainda,
sugestões.
Como exemplo, veja-se a demonstração prática ao fim do capítulo.
Por outro lado, o hipnotismo não busca somente o bem-estar do homem pela cura de seus
males, mas também a exibição de fenômenos psíquicos ou meras pesquisas do campo
subjetivo da alma humana.
Portanto, conforme seu uso, poderá ser ou não nocivo à saúde e ao bem-estar físico do
homem e não ajunta elemento algum de colaboração à sua evolução espiritual.
O magnetismo, bem ao contrário, em todos os casos de perturbações físicas, busca
justamente o restabelecimento do equilíbrio nervoso e não serve para exibições, sobretudo
pelo fato, já explicado de que seus resultados não se apresentam imediatamente, mas são
demorados e discretos.
Enquanto os hipnotistas, diz Bué, ―dirigindo-se especialmente no cérebro, procuram lançar
fora do seu equilíbrio os centros nervosos, os magnetizadores, poupando cuidadosamente
o encéfalo e concentrando toda sua ação sobre o epigastro e o sistema nervoso
ganglionar, empenham-se em equilibrar da melhor maneira a corrente nervosa, de modo a
obterem a mais elevada expressão da autonomia funcional do ser‖.
No estado sonambúlico, que ambos provocam, se bem que por processos
dessemelhantes, as diferenças são ainda mais notáveis: no sonambulismo provocado
hipnoticamente, o sensitivo, ao invés de estar concentrado, devaneia e, por isso, é estéril
no que se refere a manifestações psíquicas de lucidez (clarividência, clariaudiência, etc.).
Nos casos de letargia, extinguem-se os sentidos físicos; o cérebro não recebe nem
transmite impressão alguma e o sensitivo não reage a nenhuma impressão psíquica; ao
passo que no sonambulismo magnético, ele se concentra, fecha-se para as coisas
exteriores, abre-as para as impressões do mundo invisível, podendo dele transmitir tudo
que vê, ouve, sente e compreende, fazendo mesmo predições, profecias, etc.
Do ponto de vista espírita, compreende-se bem o que nestes dois casos se passa: o
paciente, hipnotizado, não se exterioriza do corpo físico e cai em estado de perturbação
psíquica; está hipersensibilizado, mas inibido de ver, ouvir ou sentir algo do mundo físico;
ao passo que o paciente magnetizado desprende-se, exterioriza-se; está realmente em
transe sonambúlico e, por isso, é que é sensível às coisas do mundo hiperfísico.
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Tudo isso o indivíduo que dá passes precisa saber para evitar consequências
desagradáveis nas aplicações, como também para poder classificar as informações ou
manifestações produzidas pelo paciente, quando magnetizado.
Já vimos que se se agir violenta e diretamente sobre o cérebro e centros sensoriais, como
no hipnotismo, provoca-se perturbações: fenômenos neuromusculares, como espasmos,
convulsões, letargias, catalepsias, etc., além da anulação da consciência e do
pensamento; o paciente fica suspenso entre os dois mundos, sem consciência neste e sem
lucidez no outro; mas, se se agir sobre os centros vegetativos, preferentemente sobre o
plexo solar, deixando que a natureza orgânica reaja, a consciência individual aumentará e
as faculdades psíquicas se desdobrarão, manifestanto-se fenômenos de lucidez: vidência,
audiência, premonição, etc.
Não há espaço neste pequeno volume para entrarmos em detalhes dos processos de
magnetização; tais conhecimentos, bem como os referentes à constituição e ao
funcionamento do organismo humano, os leitores poderão obtê-los consultando obras
técnicas sobre o assunto.
Limitamo-nos a dizer que o hipnotismo não deve interessar aos espíritas, que sempre
visam o bem do próximo e suas necessidades. Entretanto, não sendo bons médiuns e
desejando, mesmo assim, cooperar no campo das curas, dediquem-se aos passes
materiais, campo muito vasto onde poderão prestar bons serviços; mas se receberam a
dádiva sagrada da mediunidade curadora, devotem-se aos passes espirituais, que são os
mais perfeitos, mais úteis e positivos e os mais capazes de realizar o beneficio de que
tanto necessita a humanidade sofredora.
REQUISITOS EXIGIDOS PARA FUNÇÕES DO ENTREVISTADOR (Manual para Orientação e
Encaminhamento Espiritual de Moacyr Petrone)
O servidor de uma sala de entrevista precisa fazer-se ciente de que o trabalho ali
desenvolvido é coisa muito séria; todos os cargos são grande responsabilidade e são
atendidas pessoas que, às vezes não compreendem muito bem ou entendem errado o que
se lhes orienta, ou ainda, entendem com distorções. Eis por que deve os entrevistadores
primar pela paciência, pela simplicidade no falar e pela clareza do que deve orientar. Em
tazão disso solicita os seguintes requisitos dos candidatos a entrevistador.
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TER ACIMA DE 25 ANOS – porque antes dessa idade, com raras exceções, não se tem
maturidade necessária; geralmente o jovem é impulsivo, tem pouca experiência, tem
muitas ilusões e isso pode prejudicar o trabalho e o entrevistado. A pessoa mais madura,
via de regra, tem melhores condições pela vivência, tem mais compreensão e convicção
em sua crença. Embora saibamos que há em toda faixa etária exceções positivas e
negativas.
OUVIR BEM – para atender bem o que o entrevistado fala e não fazê-lo repetir várias
vezes a mesma coisa. É desagradável para o entrevistado sentir que não está sendo
entendido e pode até dificultar uma entrevista que caminhava bem, mormente se o caso do
entrevistador estiver ligado a envolvimento espiritual.
FALAR COM CLAREZA – é o mesmo do que já foi exposto; se a pessoa não entende o
que falamos perde o interesse pela entrevista e não vê a hora em que ela termine.
NÃO FUMAR – o fumo é um vício prejudicial, uma dependência que leva o viciado a
enervar-se, se este passa algum tempo sem fumar; além disso, o fumante exala cheiro
forte, tornando desagradável o ambiente, sobretudo um ambiente fechado.
ALCOOL – é semelhante ao fumo ou pior, porque altera o raciocínio e dá mais vazão à
perturbação e às interferências prejudiciais numa entrevista.
CULTURA – a cultura, isto é, a nossa disposição para estudarmos muito, para lermos tudo
aquilo que descortina novas ideias, o saber, enfim ajudam a desempenhar melhor a tarefa;
atendemos número maior de pessoas em menos tempo (quando mais conhecimento, mais
facilidade teremos em atender) e ainda há o fato de que se atende um número respeitável
de pessoas. Se falarmos de maneira errada ou sem firmeza ou demonstrando pouco
conhecimento, ou ainda, se tivermos dificuldades para nos expressarmos, que seja pela
palavra oral ou escrita (dificuldade em preencher a ficha, por exemplo), causaremos má
impressão e poderemos fazer com que ele, o entrevistado, perca a confiança, na
entrevista, a esperança de ver atendida sua necessidade. Não há pretensão de sermos
letrados, é suficiente sermos bem alfabetizados, escrevermos corretamente e com
facilidade, sobretudo, termos vivência, conhecimento doutrinário e como dissemos acima,
estarmos sempre preocupados em estudar disciplinadamente e continuamente.
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TER VIVÊNCIA – sem vivência na Doutrina ou na vida cotidiana, em casa ou no trabalho
material, lá fora, não termos condições de bem atender aos problemas dos outros, nem de
orientá-los. Costuma-se dizer que a pessoa que aceita essa tarefa já nasceu feita e teve
uma vida em que conviveu com problemas ou teve oportunidade de assistir a dramas e
casos, nesta existência ou em vidas anteriores. Porém não podemos confiar só neste
aspecto. É preciso estudarmos muito as obras espíritas, verdadeiros repositórios de
ligações e cuidarmos, diuturnamente, de nossa reforma íntima. Temos que ter uma vida
irrepreensível se desejamos servir melhor, se comparecem sempre, quando os encarnados
dão motivos ou oferecem oportunidades de serem ajudados.
O ENTREVISTADOR JÁ NASCE FEITO, ISTO É, JÁ VEM MAIS OU MENOS AFETO À
FUNÇÃO?
Podemos dizer que sim, pois em nossas vidas fazemos entrevistas a todo instante e nelas
uns mais que outros se revelam; é como orador, o esportista, o professor, o médico e todas
as demais atividades que requerem inclinação.
Contudo, para ser entrevistador na tarefa espiritual de assistência, é necessário um
preparo mais especializado, um conhecimento mais profundo dos porquês dos
acontecimentos de uma encarnação, do porquê dos problemas que afligem a Humanidade
e qual a interferência do plano espiritual na vida de cada um. É importante que esteja bem
a par do que Kardec nos transmitiu, somando à experiência e a vivência que a Doutrina
Espírita acumulou, desde o advento da Codificação.
QUAIS AS EXIGÊNCIAS REQUERIDAS AO ENTREVISTADOR
1º- Saber ouvir com atenção, mas, sobretudo, com paciência. Falar e escrever com
clareza. Estar sempre disposto e alegre, pois só assim fará um trabalho correto e de
alcance junto ao entrevistado, em prol de seu equilíbrio.
2º- Deve ser Espírita e ter cursado escolas doutrinárias (curso completo).
3º- Não se deve descuidar nunca do seu aprimoramento intelectual e doutrinário, pois,
dessa forma, terá maiores possibilidades de identificar com maior rapidez os problemas da
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pessoa atendida, sejam eles de ordem cármica (psíquica ou somática) ou problemas de
causas presentes.
4º- Eliminar todo e qualquer vício, tais como: fumo, álcool, gula, sensualismo e tudo o mais
que enfraqueça o controle correto do corpo físico, favorecendo assim ter sempre um
instrumento à altura da tarefa importante que é orientar e encaminhar. Não mencionamos,
por nos parecer absurdo, o problema do tóxico; inadmissível a um espírita.
5º- O melindre é uma pedra enorme no caminho daquele que procura servir no campo da
orientação e no da Assistência Espiritual. Por isso, os servidores devem estar atentos para
não caírem em negativismos, quando chamados à pontualidade, à disciplina, à obediência
a diretores e supervisores e às normas funcionais do setor onde prestam serviços.
6º- No atendimento ao público, deve ser discreto (saber sentir e guardar para si dramas
inconfessáveis e lacunas morais). Ter discernimento (examinar com sensatez problemas e
situações, dando a melhor orientação). Ter perseverança (não abandonar a tarefa nos
primeiros obstáculos) e providenciar forças para levar a tarefa pelo maior lapso de tempo
que for possível, aproveitando a oportunidade de servir com efetividade a um nobre mister.
Ter espírito de sacrifício, isto é esquecer o próprio bem-estar em benefício do próximo e
também buscar a própria evangelização para servir cada vez melhor.
7º- Evitar gestos bruscos, atitudes cabalísticas, místicas e ares de grande solenidade à
entrevista, achando-se possuidor de um grau de superioridade. Em nenhuma hipótese,
sentir-se superior a quem quer seja só porque é um Entrevistador. Fazer o trabalho de
Entrevistador com muito amor no coração, com muita humildade e espírito de serviço.
QUAIS AS MEDIUNIDADES REQUERIDAS POR UM ENTREVISTADOR
No serviço da Orientação e Encaminhamento, a prática mostra que os melhores
Entrevistadores são os inspirados, isto é, aqueles que têm possibilidade de ligar-se, sob o
influxo de uma inspiração, com o Plano Espiritual. O que facilita a eclosão desse
intercâmbio é o conhecimento da Doutrina e sua prática, a constante reforma íntima, um
grande amor à tarefa e aos semelhantes, enfim, o caminho do progresso espiritual,
possibilitando a ascensão, mesmo como encarnados. Outros tipos de mediunidades,
incorporação, vidência etc., não são necessários e muitas vezes, até atrapalham, pois o
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Entrevistador pode falar coisas que o entrevistado não esteja em condições de entender ou
que ainda não seja hora de lhe dizer (principalmente vidência).
ENTREVISTA, ORIENTAÇÃO E ENCAMINHAMENTO.
É preciso ter muito cuidado na análise dos dados, porque sempre as respostas e
observações dos entrevistados costumam vir misturada com inverdades, ficção e
preconceitos. Assim, devem-se buscar sinais que revelam atitudes negativas e positivas do
entrevistado e colocar tudo dentro do que a Doutrina Espírita ensina. Evitar colocar na
ficha coisas que choquem, em presença do entrevistado. Se necessário, faze-lo depois.
Usar sempre a primeira pessoa do plural no tratamento com entrevistado, quando quiser
referir-se à Casa Espírita. Nunca dizer: Eu aconselho... Eu o oriento...
Dentro do possível, a entrevista deve ser curta, ou seja, sucinta, breve, sintética, salvo
quando se tratar de casos profundos ou complexos.
Memorizar detalhes e nomes é simpático e impressiona bem.
Exercitar a capacidade de analisar, dando bastante atenção ao entrevistado, sempre
afável, com um sorriso.
Deixar o entrevistado à vontade, recebendo-o cordialmente; aproveitar o máximo do tempo,
pois uma quantidade razoável de tarefeiros do Plano Espiritual está no trabalho,
cooperando de várias maneiras, com o intuito do aproveitamento máximo da oportunidade
de servir e também pelos outros Assistidos que estejam esperando sua vez de serem
atendidos.
Não fazer revelações chocantes, expondo o entrevistado a grandes preocupações
desnecessariamente.
Não se aprofundar em perguntas que o entrevistado já demonstre impossibilidade de
responder, nem deixar perguntas sem a necessária resposta (se necessário, recorrer ao
supervisor), pois há perguntas que não podem ser respondidas, de pronto, ou que
demandam esclarecimentos mais aprofundados.
Evitar curiosidade e nunca se espantar com os detalhes da vida pessoal do entrevistado,
seja o detalhe psicológico, médico ou de qual quer outra natureza.
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Ouvir, suficientemente, bem todos os detalhes da entrevista, sabendo procurar os seus
objetivos; fazer perguntas abertas, diretas, através de um roteiro objetivo, sem duplo
conteúdo ou sentido, nem fora do momento, sem propósito; nem caminhar em circulo.
Não esquecer o nome do entrevistado (se necessário, anota-lo); não contar casos ou
acontecimentos ao entrevistado, para não desviar-se do objetivo principal da entrevista.
Mudar o foco da atenção, com jeito, para resolver o problema do entrevistado, tirando-o do
negativismo para esperança na bondade de Deus e com a ajuda dos Mentores Espirituais.
Verificar o estado mental do entrevistado, o que não é difícil, pois, sugestões sem nexo,
manias de perseguição e outros sintomas facilmente detectáveis levarão a verificar a
melhor maneira de avaliar e encaminhar.
Nunca estipular prazo para a cura do mal ou para resolução dos problemas particulares do
interessado, sejam de ordem material ou espiritual.
Nunca entrar no campo das discussões pessoais, políticas, religiosas, raciais ou
esportivas, a fim de evitar-se tumulto ou má impressão da Casa Espírita ou da Doutrina.
Não descuidar da vigilância, da oração, do Evangelho no lar, pois sempre há
possibilidades da presença de espíritos necessitados ou desejosos de envolver ou
desencaminhar alguém. É bom lembrar-se de que ninguém está isento de envolvimento;
basta deixar cair o padrão vibratório.
A orientação não consiste em resolver o problema particular, mais sim encaminhar,
amorosamente, o indivíduo, estimulando-o a crescer espiritualmente, a fim de obter
condições de controlar as próprias dificuldades.
Desta forma, útil se torna a análise dos lados profissional, educacional, familiar, social e
emocional, procurando enquadrar todos os problemas dentro da Lei de Causa e Efeito. É
importante ter cuidado ao falar na Lei de Causa e Efeito, pois, em certos casos, o assistido
não está em condições de entender ou não tem esclarecimento suficiente para entender
uma verdade, muito clara, mas talvez impossível de ser assimilada.
Aprender a desligar-se, por necessidade e convivência do trabalho, dos problemas
apresentados pelo entrevistado. Primeiro, para não envolver-se com eles, depois, para
guardar privacidade do que lhe foi confiado.
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Analisar, detalhadamente, as histórias fantásticas, pois muitas vezes, o instinto de defesa
do entrevistado foge às perguntas.
Ser realmente paciente, cordial, compreensivo; ter muito amor (renúncia, devoção e
desprendimento) ao próximo, pois a rotina da Assistência Espiritual coloca o entrevistador
frente aos problemas profundos complexos, angustiantes. É preciso estar preparado para
suportar toda a negatividade de que as pessoas são portadoras, sem deixar cair o
equilíbrio interior.
O entrevistador hábil é capaz de ver a pessoa com problemas, identificar-se com sua
personalidade, reconhecer a sua individualidade, ser objetivo na entrevista e não se
envolver, emocionalmente, com as necessidades e sentimentos do entrevistado.
O bom entrevistador, não deve esquecer de que as pessoas perturbadas se encontram, na
maioria das vezes, fora do equilíbrio normal e precisam de quem as compreenda, evitando,
assim, atitudes descaridosas, como busca de falhas ou vícios no terreno meramente
pessoal; para isso, deve-se abster de fazer perguntas indiscretas ou frívolas.
Enfatizar sempre: a Assistência Espiritual não dispensa o tratamento médico.
Se o entrevistador perceber que o entrevistado está necessitando de tratamento médico,
orientar para que procure um médico de confiança dele, isto é, que ele conheça; nunca
especificar nomes, pois pode parecer que a Casa Espírita tem alguma vantagem com isso.
DA ENTREVISTA PROPRIAMENTE DITA
A) Tratar o entrevistado com carinho e sem exageros; fazê-lo sentir, discretamente, que
dentro da Doutrina Espírita o médium não é adivinho. Não descrever vidências,
mesmo que as tenha; não fazê-lo crer que tem esta ou aquela dor, pois a está
sentindo. Enfim não dar um de medianeiro com envolvimento de Mentor e dar
detalhes do caso por antecipação sem ouvir o interessado.
B) Deixar o entrevistado falar à vontade, ouvindo, pacientemente, a sua história; à
medida que ele for falando, mentalmente, analisar e verificar o que está dizendo.
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C) Procurar conduzir a entrevista com positivismo; não deixar o entrevistado ficar
repetindo coisas negativas de sua vida, procurando, com isso, colocar o problema
sobre uma ótica mais amena e com grandes possibilidades de normalização.
PERGUNTAS INICIAIS, PARA CONHECIMENTOS DOUTRINÁRIO E RELIGIOSO.
A) Depois de convidar o entrevistado a sentar-se: Qual o seu nome?
B) É a primeira vez que vem a casa?
C) Se for da segunda vez em diante, perguntar: Qual foi o resultado da última
assistência espiritual? Seguiu a prescrição feita, sem faltas, isto é, na sequencia
certa? Como se sente?
D) Já frequentou alguma Casa Espírita? Como eram suas práticas?
PERGUNTAS SOBRE DOENÇAS FÍSICAS COM ENVOLVIMENTO ESPIRITUAL.
A) Tem algum tipo de dor? Onde sente dores? Localizadas ou disseminadas? (quando
sente dor de cabeça como se fosse apertada por um cinto, é notório o envolvimento
espiritual).
B) Está fazendo tratamento médico? (incentivar o cumprimento do que prescreveu o
médico).
C) Consegue fazer, ou habitualmente faz, prece para dormir? Consegue termina-la com
facilidade?
ENTREVISTADOR.
Se a pessoa estiver desempregada, o entrevistador procurará incentivá-la a fazer esforços
para obtenção de trabalho, dando-lhe, se possível, algumas sugestões, mas nunca
assumir o compromisso de arranjar-lhe emprego.
Não deve o entrevistador ajudar oi entrevistado com dinheiro; essa não é sua função; além
de trazer-lhes, de retorno, novas solicitações, isto tornaria impossível o atendimento de
sempre mais e mais necessitados dessa ajuda.
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Não aceitar, nem permitir que lhe façam elogios; procurar, humildemente mostrar que outro
companheiro faria o mesmo e, às vezes, até melhor.
Não revelar vidência, inspiração, nem nada que se relacione com a mediunidade,
principalmente não dizer ao assistido que ele é médium ou que está vendo ‖algo‖ ao seu
lado.
Não esquecer que tal procedimento é proibido na orientação.
Não prometer curas ou soluções para o caso do Assistido.
Lembra-lo de que a ―cura‖ depende mais dele mesmo, através da reforma intima e da
prática dos ensinamentos do Evangelho de Jesus.
Não fazer consultas a distância; poderá auxiliar os outros, através do próprio exemplo (indo
ao centro e passar pela entrevista).
Aconselhar, isso sim a colocar o nome, idade e endereço em papel adequado, colocando-o
no recipiente destinado as vibrações.
ENCERRAMENTO DO TRABALHO.
Como ocorre com todo trabalho de intercâmbio, cumpre a todos agradecer a presença e o
trabalho dos Mentores Espirituais. Aproveitar a oportunidade para vibrar pelos
necessitados, de modo geral. Dá-se a palavra ao Plano Espiritual na Prece de
Encerramento.
DA OBSESSÃO – CONCEITO E CAUSAS (Coem: Centro de Orientação e Educação Mediúnica).
Obsessão – conceito: consultando a primeira obra da Codificação Kardequiana – o Livro
dos Espíritos – encontramos a pergunta 459 e sua respectiva resposta. Influem os
Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? R: Muito mais do que imaginais.
Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem. Todavia, os espíritos
completando a explicação respondem na questão 466, formulada pelo codificador: Desde
que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; Só quando queiras o
mal, podem eles ajudar-te para a prática do mal... mas outros também te cercarão
esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que restabelece o equilíbrio da balança e
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te deixa senhor dos teus atos. Sabedores que todos vivemos cercados pelo Mundo
Espiritual, que não está lá, distante, afastado do mundo material, mas, sim, ligado,
entremeado reagindo constantemente sobre este último, passemos ao estudo da
obsessão, que depende fundamentalmente da ligação, estabelecida no enunciado acima,
entre encarnados e desencarnados.
A Obsessão consiste no domínio que os maus espíritos assumem sobre certas pessoas,
com o objetivo de escravizá-las e submeter à vontade deles, pelo prazer que
experimentam em fazer o mal. Pode-se dizer, também que obsessão é a ação persistente
que um espírito mau exerce sobre um individuo.
Os caracteres da obsessão variam de simples influência moral, sem sinais exteriores
perceptíveis, até a completa perturbação do organismo e das faculdades mentais.
A mecânica obsessiva baseia-se no envolvimento fluídico através do períspirito. Quando
um espírito quer atuar sobre um indivíduo, envolve-o por assim dizer, no seu períspirito
como se fora um manto; interpenetrando-se os fluidos, os pensamentos e as vontades dos
dois se confundem e o espírito, então, se serve do corpo do indivíduo como se fosse seu,
fazendo-o agir à sua vontade, falar, escrever, etc..
ALGUMAS REGRAS PRÁTICAS PARA O TRABALHO DE DESOBSESSÃO
Não se deve realizar sessão de doutrinação do obsessor com obsidiado presente, pois o
esquecimento do passado por parte do encarnado é fator favorável à solução do processo
obsessivo. Caso contrário, o obsidiado saberá para onde e a quem dirigir sua revolta pelo
sofrimento que passa, fundindo-se muito mais ao seu perseguidor.
Quando o obsidiado compreende a sua situação e concorre com sua vontade e preces,
para sua libertação, o trabalho se torna menos difícil.
Nunca revelar situações do passado, esclarecidas durante a sessão, ao obsidiado, mas,
sim, de posses desses esclarecimentos, buscar orienta-lo no sentido de vencer os
pendores negativos.
Nunca tomar o obsidiado como pobre vítima e o obsessor como cruel algoz; mas, sim,
encarar o processo como merecedor de todo o amor fraternal, e considerar tanto o
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obsessor, como o obsidiado, irmãos desequilibrados, necessitados de correção energética
e amparo caridoso.
Somente lançar-se a empreitada do trabalho de desobsessão, se contar com grupo de
médiuns capacitados, harmonizados, conhecedores da doutrina.
PREPARO PARA A REUNIÃO (Desobsessão pelo Espírito de André Luiz)
No dia marcado para as tarefas de desobsessão, os integrantes da equipe precisam, a
rigor, cultivar atitude mental digna, desde cedo.
Ao despertar pela manhã, o dirigente, os assessores da orientação, os médiuns
incorporadores, os companheiros da sustentação ou mesmo aqueles que serão visitas
ocasionais no grupo, devem elevar o nível do pensamento, seja orando ou acolhendo
ideias de natureza superior.
Evitar deliberadamente rusgas e discussões, sustentando paciência e serenidade, acima
de quaisquer transtornos que sobrevenham durante o dia.
Cada componente do conjunto é peça importante no mecanismo do serviço. Todo o grupo
é instrumentação.
A alimentação, durante as horas que precedem o serviço de ntercâmbio espiritual, será
leve.
A digestão laboriosa consome grande parcela de energia, impedindo a função mais clara e
mais ampla do pensamento, que exige segurança e leveza para exprimir-se nas atividades
da desobsessão.
Aconselháveis os pratos ligeiros e as quantidades mínimas, crendo-nos dispensados de
qualquer anotação em torno da impropriedade do álcool, acrescendo observar que os
amigos ainda necessitados do uso do fumo e da carne, do café e dos temperos excitantes,
estão convidados a lhes reduzirem o uso, durante o dia determinado para a reunião,
quando não lhes seja possível a abstenção total.
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DOUTRINAÇÃO (Qualidade na Prática Mediúnica – Manoel Philomeno)
Para alguém ser um bom doutrinador não basta ter boa vontade mas saber desempenhar
a função.
O médium doutrinador, que é também um indivíduo susceptível à influência dos Espíritos,
pode desajustar-se no momento da doutrinação, passando a sintonizar com a Entidade
comunicante e não com o seu Mentor e, ao perturbar-se, perde a boa direção mental
ficando a dizer palavras a esmo.
Observa-se, às vezes, mesmo em reuniões sérias, que muitos companheiros excelentes,
ao invés de serem objetivos, fazem verdadeiros discursos no atendimento aos Espíritos
sofredores, referindo-se a detalhes que não têm nada com o problema do Comunicante.
Não é necessário ser um técnico, um especialista, para desempenhar a função de
Doutrinador. Porém, é preciso não abdicar do bom senso. Deste modo, quando o Espírito
incorporar, cabe ao doutrinador acercar-se do médium e escutá-lo para avaliar o de que
ele necessita. Não é recomendável falar-se antes do comunicante procurando adivinhar
aquilo que o aflige. A técnica ideal, portanto, é ouvir-se o que o Espírito tem a dizer, para
depois orientá-lo, de acordo com o que ele diga, sempre num posicionamento de
conselheiro e nunca de um discutidor. Procurar ser conciso, porque alguém em
perturbação não entende muito do assunto que seu interlocutor está falando.
No atendimento mediúnico o doutrinador deve ser breve, porque nas discussões
infindáveis e nas doutrinações que não acabam nunca o medianeiro se desgasta
excessivamente, e o que se deve fazer é preservá-lo ao máximo.
A função das comunicações dos Espíritos sofredores tem por finalidade primordial o seu
contato com o fluido animalizado do médium para que ocorra o chamado choque anímico.
Allan Kardec usou a expressão fluido animalizado ou animal, porque, quando o Espírito se
acopla ao sensitivo para o fenômeno da psicofonia ou psicografia, recebe uma alta carga
de energia animalizada que lhe produz um choque.
Quando se dá a incorporação, o Espírito recebe um choque vibratório que o aturde. Se
nessa hora forem dadas muitas informações, este estado se complica ainda mais e a
Entidade não assimila, como seria de desejar, o socorro de emergência a ser ministrado.
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O doutrinador deve ser breve, simples e, sobretudo, gentil, para que o desencarnado
receba mais pelas suas vibrações do que pelas palavras. Imaginemos alguém que teve
uma parada cardíaca e subitamente desperta num Hospital de Pronto Socorro com uma
sensação de desmaio. A situação é comparável ao despertar pela manhã depois de uma
noite de sono. Qual a nossa reação psicológica se alguém, aproximando-se da nossa
cama, nessa hora nos diz: — "Você já morreu". Damos uma risada e respondemos: —
"Qual nada! Estou aqui, no quarto, acordado". E continuamos, no entanto, a manter as
impressões do sono. No caso de um Espírito desencarnado que se comunica, nesse
momento é a vibração do interlocutor que vai torná-lo mais seguro, embora as palavras
ditas suscitem nele alguns conflitos. Somente são necessários alguns esclarecimentos
preparatórios para que os Mentores façam-no recordar-se da desencarnação em outra
ocasião.
Qual é a abordagem correta do doutrinador, quando identifica a presença de um
Espírito mistificador?
Detectada a farsa da Entidade perturbadora, o dever do orientador é desmascará-lo. Deve
dizer que está em uma atividade muito séria, e que ele vindo burlar, perturba o trabalho,
que tem finalidade superior.
Abrimos um parêntese para dizer que os Benfeitores Espirituais permitem que venham
Espíritos mistificadores para tornar o médium humilde, não alimentando a presunção de
que é perfeito, invulnerável a quaisquer situações dolorosas. Depois, para treinar os
doutrinadores a separarem o joio do trigo e, por fim, porque, quando o Espírito burlão,
mistificador, se comunica, também é credor de misericórdia, de caridade, pois está em
sofrimento. Essa máscara aparente, com que se apresenta, é o mecanismo de
autonegação da sua realidade e merece ser necessariamente esclarecido, com bondade e
compaixão, para que se dê conta de que a farsa não encontrou receptividade e,
despertado, a partir daí, os Instrutores Espirituais prossigam no atendimento,
demonstrando-lhe os sofrimentos porque vai passar, derivados da larga mentira que haja
proposto a si mesmo e aos outros.
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Todavia, a tarefa do doutrinador é a de esclarecer, identificando a mistificação, sem que o
médium se sinta melindrado com isso. O fenômeno da mistificação nenhuma relação tem
com a mediunidade, aliás, a sua existência é própria da qualidade mediúnica.
Allan Kardec fala, textualmente, que o médium excelente não é aquele que tem a
capacidade de dar comunicações superiores, e sim aquele que tem facilidade de se
comunicar com diferentes Entidades. Quando se trata de uma única, estamos diante de
uma fascinação. A mediunidade é polimorfa, sendo um telefone por onde falam todos
aqueles que se lhe acerquem, cabendo ao medianeiro a postura dignificante para não
sintonizar com os Espíritos perversos, senão com objetivo caritativo.
DÚVIDAS
Observam-se médiuns com permanentes dúvidas quanto à autenticidade das
comunicações, mesmo quando estas ocorrem por seu intermédio. Como superá-las?
Insistindo no exercício da educação mediúnica. Sempre usamos uma imagem um tanto
grotesca. Quando se vai ao dentista, a primeira frase que ele pronuncia é: — "Abra a
boca". Se nós dissermos: — "Não vou abrir", nada poderá ser feito.
Na prática mediúnica a primeira atitude do sensitivo é abrir a boca (da alma) e ficar
aguardando a ideia para exteriorizá-la. A tarefa do doutrinador — que conhece a pessoa —
é a de examinar o que o médium está falando. Daí, a necessidade do relacionamento
antecipado para aquilatar a qualidade do comunicado.
Segundo Allan Kardec, no fenômeno mediúnico há nuances de natureza anímica, porque é
da personalidade. Se o Espírito dá um recado, o médium transmite-o da forma como
entendeu, por uma razão a considerar: o pensamento do comunicante possui uma
linguagem universal, portanto, a interpretação é feita pelo intermediário. O médium não é
uma máquina gravadora. Se alguém, no final dos trabalhos nos perguntar como foi a
prática mediúnica de hoje, vamos contar conforme a entendemos. Vai ser autêntico porque
retrata o espírito do trabalho de intercâmbio espiritual e será também um fenômeno
pessoal, porque as ideias são vestidas com as palavras do narrador.
Ninguém pode esperar, durante a prática mediúnica, que se comunique um Espírito
falando grego ou turco imediatamente. Ele tem que usar o médium. Se o sensitivo não teve
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nenhuma encarnação na Grécia ou na Turquia não poderá falar o idioma desses países,
simplesmente, porque não possui matrizes sedimentadas no seu perispírito para que se dê
o fenômeno de xenoglossia.
Um exemplo: sou um indivíduo analfabeto e digo a duas pessoas: — "Dê este recado a
beltrano". Uma de média cultura e outra lúcida. Pergunta-se: — "Quem dará melhor o
recado?". A que tiver melhor capacidade intelectual, é o lógico. Assim é na questão da
mediunidade: os médiuns mais bem dotados possuem uma capacidade maior de transmitir
o pensamento das Entidades comunicantes.
É preciso também adicionar-se aí, o fator filtragem, que é fruto de um trabalho de
educação mediúnica, a longo curso, no qual se incluem a sintonia e o exercício.
OVÓIDE (O Espiritismo de A a Z)
Ovóides são esferóides vivos, tristes mentes humanas sem apetrechos de manifestação.
Sentindo-se em clima adverso ao seu modo de ser, o homem primitivo, desenfaixado do
envoltório físico, recusa-se ao movimento na esfera extra-física, submergindo-se
lentamente, na atrofia das células que lhe tecem o corpo espiritual, provocado pelo
pensamento fixo-depressivo que lhe define o anseio de retorno ao abrigo fisiológico. Nesse
período afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu o seu corpo espiritual,
transubstanciando-se num corpo ovóide, o que ocorre, aliás, a inúmeros desncarnados
outros, em situação de desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma, segundo a nossa
maneira atual de percepção, expressa o corpo mental da individualidade, a encerrar
consigo, conforme os princípios ontogenéticos da Criação Divina, todos os órgãos virtuais
de exteriorização da alma, nos círculos terrestes e espirituais. Inúmeros infelizes,
obsidiados na idéia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confinados a visioso apego,
quando desafivelados do corpo físico, envolvem sutilmente aqueles que sed lhes fazem
objetos da calculada atenção e, auto-hipnotizados por desapareça mediante a
reencarnação. Perdendo o corpo físico e sentindo-se em clima adverso, o homem primitivo
recusa-se ao movimento na esfera extra física. Volta-se para si mesmo e afunda-se na
atrofia das células que formam seu corpo espiritual, por monoideísmo auto-hipnotizante.
Todo esse estado é gerado por uma ideia fixa e depressiva: voltar ao abrigo do corpo
físico. Nessa situação, podemos dizer que o desencarnado perdeu seu corpo espiritual,
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transubstanciando-se num corpo ovóide. Essa transubstanciação é sempre o resultado
dum desequilíbrio. O ovóide, de acordo com a concepção do autor espiritual expressa o
corpo mental da individualidade, a encerrar consigo, todos os orgçaos virtuais da
exteriorização da alma, nos círculos terrestres e espirituais.
CONDUTA DOS MÉDIUNS (Qualidade na Prática Mediúnica de Manoel Philomeno de Miranda)
Se te candidatas à mediunidade, no serviço com Jesus, renuncia a quaisquer glórias ou
aos enganosos florilégios da existência, porque jornadearás pela senda de espinhos, pés
sangrando e mãos feridas, coração azorragado, sem ouvidos que entendam os teus apelos
mudos...
Solidão e abandono muitas vezes para que o exercício do dever enfloresça o amor no teu
coração em favor dos abandonados e solitários.
Apostolado de silêncio, culto do dever, autoconhecimento — eis o caminho da glória
mediúnica...
Mediunidade não é apenas campo experimental com laboratório de fórmulas mágicas. É
solo de serviço edificante tendo por base de trabalho o sacrifício e a renúncia pessoal.
Médiuns prodígios sempre os houve na Humanidade.
Não te empolgues apenas com as notícias dos Mundos Felizes. Há muita dor em volta de
ti, e até atingires as Esferas Sublimes há muito o que fazer.
Almas doentes em ambos os planos enxameiam em volta da mediunidade.
Dedicando-te à seara mediúnica não esqueças de que todos os começos são difíceis e de
que a visão colorida e bela somente surge em toda a sua grandeza aos olhos que se
acostumaram às paisagens aflitivas onde o sofrimento fez morada...
Para que os Mentores Espirituais possam utilizar-te mais firmemente faz-se necessário
conhecer tua capacidade de serviço em favor dos semelhantes.
Antes de pretenderes ser instrumento dos desencarnados, acostuma-te a ser portador da
luz clara da esperança onde estejas e com quem estejas...
Para conquistar a segurança nas passividades o médium adotará alguns procedimentos;
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Equilíbrio — sem uma perfeita harmonia entre a mente e as emoções, dificilmente
conseguem, os filtros psíquicos, coar a mensagem que provém do Mundo Maior;
Conduta — Não fundamentada a vida em uma conduta de austeridades morais, só mui
raramente logra, o intermediário dos Espíritos, uma sintonia com os Mentores Elevados;
Concentração — Após aprender a técnica de isolar-se do mundo externo para ouvir
interiormente, e sentir a mensagem que flui através das suas faculdades mediúnicas,
poderá conseguir, o trabalhador, registrá-la com fidelidade;
Oração — Não exercitando o cultivo da prece como clima de serenidade interior, ser-lhe-á
difícil abandonar o círculo vicioso das comunicações vulgares, para ascender e alcançar
uma perfeita identificação com os instrutores da Vida Melhor;
Disposição — Não se afeiçoando à valorização do serviço em plena sintonia com o ideal
espírita, compreensivelmente, torna-se improvável a colheita de resultados satisfatórios no
intercâmbio mediúnico;
Humildade — Escasseando o autoconhecimento, bem poucas possibilidades o médium
disporá para uma completa assimilação da mensagem espiritual, porquanto, nos
temperamentos rebeldes e irascíveis, a supremacia da vontade do próprio instrumento
anula a interferência das mentes nobres desencarnadas;
Amor — Não estando o Espírito encarnado aclimatado à compreensão dos deveres
fraternos em nome do amor que edifica, torna-se, invariavelmente, medianeiro de
Entidades perniciosas com as quais se compraz.
O aprendiz da mediunidade deve ser dócil à voz e ao comando dos Espíritos superiores,
através de cuja docilidade consegue vencer-se, corrigindo os desvios da vontade viciada.
O estudo renova os clichês mentais ensejando visão feliz dos quadros da existência que se
assinala de esperança e otimismo.
A boa leitura propõe a empatia; ao mesmo tempo colore e ilumina as torpes situações com
luminosas luzes de amanheceres felizes.
Evitai tanto o desalento quanto a presunção, que são inimigos lúridos, a corroerem o metal
da alma, desarticulando as engrenagens psíquicas imprescindíveis ao labor a que desejais
ser fiel.
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Aproveitai sempre de qualquer circunstância ou comentário o lado melhor, a parte boa, de
modo a aprenderdes a filtrar os valores bons, mesmo quando ocultos ou mesclados na
ganga das paixões.
Aprendei o comedimento, selecionando o que podeis e devereis dizer, porquanto o bom
médium não é apenas aquele que recebe os comunicados com perfeita sintonia, e sim, o
que se abstrai, por seleção automática e natural, às questões deprimentes e perniciosas
como médium que se faz bom para o bem geral.
Doa as tuas horas disponíveis ao exercício da mediunidade nobre: fala, escreve, ensina,
aplica passes, magnetiza a água pura, ora em favor do teu próximo, intervém com
bondade e otimismo nas paisagens enfermas de quem te busca; ajuda, evangeliza os
Espíritos em perturbação, sobretudo, vive a lição do bem, arrimado à caridade, pois
médium sem caridade pode ser comparado a cadáver de boa aparência, no entanto, a
caminho da degeneração.
SER ESPÍRITA (Eu Te Busco – Luiz Sérgio)
O ser humano precisa saber: o que é felicidade? Muitos julgam que é a ausência da dor.
Não, não é só isso. Felicidade é lutar por uma consciência tranquila, em paz, lutar sempre,
mesmo quando parecer que adversidade está se aproximando. A felicidade não é somente
ausência da dor, é muito mais; é a luta que o ser humano deve travar contra suas más
tendências, acreditando em Deus, crendo que Jesus é um ser perfeito, à semelhança do
Pai Todo Poderoso e que por Deus fomos criados simples e ignorantes, portanto somos o
que somos por uma espécie de decisão voluntária, que podemos modificar por convicção,
graças à fé raciocinada que a Doutrina Espírita tão bem ensina em seus livros doutrinários.
Acreditando firmemente nos poderes da razão, o homem busca valores em si mesmo e
não luta contra os defeitos do seu próximo, pois os valores do homem o fazem não temer
se entregar mais as novas relações e nada esperar delas.
A felicidade é o homem conhecer Deus e respeitar os seus estatutos, e quando esta lei
aflora na consciência humana, o homem não pratica injustiça.
O trabalho dos Espíritos mensageiros do Senhor é elucidar, nos núcleos que acreditam
que Deus não mata que a vida continua além-vida e que cada ser humano precisa usar a
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fé raciocinada para buscar a verdade da vida e da morte, e tudo fazer para tornar-se
melhor. Se a Doutrina Espírita não melhorar o ser humano ela perderá sua real tarefa, pois
aos espíritas muito foi revelado. O espírita que adentrar numa Casa Espírita e não colocar
sua crença irrestritamente nos poderes da razão ignorando sua responsabilidade como
filho de Deus que é não está ainda em condições de receber as revelações do Alto. Ele
está brincando com o Espírito Santo, e ai dele, pois muito será cobrado daquele que muito
recebeu. O verdadeiro espírita respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os
esforços da prática do bem e deve trabalhar pela paz entre todos os povos e entre todos
os homens independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou
social.
O espírita verdadeiro não espera receber de Pedro a chave do céu. Estudando a Doutrina,
conhece Pedro; e quem foi ele? Foi aquele que falou que o Cristo era filho de Deus,
através de sua gloriosa mediunidade. Por que hoje aqueles que se dizem espíritas estão
ainda brincando de carrinho de corrida, não parando em nenhuma Casa para construir,
dentro do seu próprio coração, um altar de amor a Deus e ao próximo?
Ser espírita é muito mais do que a criatura humana imagina. Ser espírita é ter
conhecimento de que a morte não existe que o corpo é um empréstimo de Desus. O plano
físico é uma fábrica de roupas alugadas à qual teremos de devolver um dia a roupa usada
com dignidade ou não. Isto não importa para Deus, importa sim para nossa consciência,
pois nosso Espírito é eterno. O que destrói o Espírito, contudo é dor do remorso de não ter,
principalmente se foi espírita quando encarnado, procurado modificar sua alma, às vezes
até renunciado às facilidades e prazeres do mundo físico.
A Doutrina Espírita não pertence somente aos que se dizem espíritas. Ela é a terceira e
ultima Revelação Divina, ela foi dada por Deus para o crescimento de toda a humanidade,
pois isso deve ser estudada, analisada, e não somente alguns núcleos espíritas.
A Doutrina é a luz que deve tirar a catarata dos olhos dos orgulhosos, prepotentes e
pseudo-sábios, pois ela é o cristianismo redivivo, no qual os seus seguidores não devem
ficar trancafiados em seus núcleos de oração, pois na Doutrina não temos sacerdotes e
nem é necessário vestirem-se de púrpura tornando-se inquisidores implacáveis, desejando
queimar quem com eles não simpatiza, e cobrir de glórias os que consideram seus gurus.
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Não isso não é Doutrina Espírita, pois ela é simples e sopra em todos os lugares, através
dos atos nobres dos verdadeiros espíritas.
O que torna preciso é que os que estudam a Doutrina jamais julguem tudo saber, pois em
cada livro de codificação existe um universo de ensinamentos que o homem não tem
capacidade de compreender em uma só existência porque só compreenderemos a beleza
dos livros doutrinários quando o nosso Espírito se tornar humilde, desprovido da vaidade e
prepotência. Nenhum encarnado pode dizer que tudo sabe de Doutrina Espírita, pois o
planeta ainda é de provas e expiações e o homem do plano material longe ainda está de
se libertar da matéria física. Não é por se dizer espírita ou levantar uma casa espírita que
ele vira santo.
A espiritualidade está preocupada com o espiritismo, pois muitos julgam que basta levantar
uma casa Espírita, construir um orfanato, um asilo de idosos ou uma creche que já estão
tornando-se melhores. São muito válidas as obras assistenciais, pois fora da caridade não
há salvação, porem o que mais falta hoje nas fileiras espíritas né a humildade, e a vontade
de cada um que busca a casa Espírita de se livrar de suas velhas companhias, suas
tendências perniciosas.
Só quem ama pode colocar a Doutrina Espírita no coração. Ela é o Cristo em ação, abrindo
o caminho como o grande pastor de almas, que o Pai bondoso colocou ao nosso lado para
nós levar até Ele. O homem só é bom quando reconhecer que é obra de Deus e que tem
de seguir as leis imutáveis do criador.
Que a paz esteja com todos. Lazaro José
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Prece de Caritas
Deus nosso Pai, que Sois todo poder e bondade,
dai força àqueles que passam pela provação,
dai luz àqueles que procuram a verdade,
e ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus, dai ao viajante a estrela Guia, ao aflito a consolação,
ao doente o repouso.
Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito, a verdade,
à criança o guia, ao órfão, o pai.
Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem, e
esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores,
derramarem por toda à parte a paz, a esperança e a fé.
Deus, um raio, uma faísca do Vosso divino amor pode abrasar a Terra,
deixai-nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita, e
todas as lagrimas secarão,
todas as dores acalmar-se-ão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós,
como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha,
nós Vos esperamos com os braços abertos.
Oh! bondade, Oh! Poder, Oh! beleza, Oh! perfeição,
queremos de alguma sorte merecer Vossa misericórdia.
Deus, Dai-nos a força no progresso de subir até Vós,
Dai-nos a caridade pura,
Dai-nos a fé e a razão,
Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas
O espelho onde refletirá um dia a Vossa Santíssima imagem.