apostila da andrews university - escatologia bíblica
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ESCATOLOGIA BÍBLICA (Clique na palavra ÍNDICE)
Curso de Extensão da Andrews University
6-19/12/1976 - IPAE
CONTEÚDO
I PARTE - A ORIGEM PROFÉTICA DA I.A.S.D.
Do livro: Answers to Objections, Capítulo 10, pp. 575-594
Autor: F. D. Nichol
Editora: Review and Herald Publishing Association
Tradução de: Siegfried Kümpel
II PARTE - A CONDIÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO
DO ADVENTO
Do Livro: Our Firm Foundation
Autor: F. D. Nichol
Tradução de: Siegfried Kümpel
III PARTE - O PROPÓSITO MORAL DA PROFECIA
Autor: L. F. Were
Tradução de: Siegfried Kümpel
IV PARTE - OS REIS QUE VÊM DO ORIENTE
Autor: L. F. Were
Tradução de: Siegfried Kümpel
Escatologia Bíblica 2
ÍNDICE
I – A ORIGEM PROFÉTICA DA IASD......................................5
Nenhuma Nova Atitude.................................................................6
Como Resolver o Dilema..............................................................7
Exame do Primeiro Ponto.............................................................8
Dirigentes Posteriores Falam......................................................10
Exame do Segundo Ponto...........................................................13
Certas Profecias Cumpridas........................................................14
Exame do Terceiro Ponto............................................................18
Sra. White Defende os Mileritas.................................................19
Exame do Quarto Ponto..............................................................21
A Essência do Milerismo............................................................22
Para Cima na Luz Crescente.......................................................23
Ficar Firmes no Registro.............................................................24
II – A CONDIÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO
DO ADVENTO..............................................................................28
As Grande Revoluções do Décimo Sexto Século.......................28
O Décimo Oitavo Século Marcado pelo Racionalismo..............30
As Escrituras Sagradas Minadas pelo Racionalismo..................31
A Idéia do Progresso Mundial.....................................................32
A Reação Contra o Domínio da Razão.......................................33
O Teólogo Schleiermacher..........................................................34
Forças Operantes à Abertura do Século Dezenove.....................35
O Movimento Milerita................................................................36
Pregação da Primeira e Segunda Mensagem..............................37
O Surgimento dos Adventistas do Sétimo Dia............................38
Ponto de Vista Restrito no Início Com Respeito à Mensagem
do Terceiro Anjo.....................................................................40
A Verdadeira Medida da Tríplice Mensagem.............................41
Doutrinas e Profecias Apresentadas na Tríplice Mensagem.......42
Escatologia Bíblica 3
A Mensagem do Segundo Anjo..................................................44
A Mensagem do Terceiro Anjo...................................................45
Tríplice Mensagem Muitas Vezes Pregada
em Ambiente Limitado Demais..............................................47
Pregando a Tríplice Mensagem Mais Completamente..............48
1. A Tendência para a União das Igrejas.....................................48
O Concílio Mundial e o Segundo Advento.............................50
2. O Crescente Poderio de Roma................................................51
Conversões à Roma.................................................................52
As Palavras Proféticas da Sra. White......................................54
3. O Declínio da Liberdade.........................................................55
Nosso Exame Resumido.........................................................56
Os Dilemas dos Líderes Religiosos.........................................60
A Primeira Mensagem Angélica.............................................63
A Segunda Mensagem Angélica.............................................64
A Mensagem do Terceiro Anjo...............................................66
Proclamar o Sábado Mais Amplamente..................................68
III – O PROPÓSITO MORAL DA PROFECIA........................70
Introdução...................................................................................70
Prefácio.......................................................................................72
1 - As Escrituras Foram Dadas para Revelar a Jesus..................73
2 - Os Judeus Erraram Não Estudando As Escrituras Na Luz
do Propósito Moral de Deus. Uma Advertência para Hoje.....75
2.1 - Os Judeus estudavam as Profecias, mas sem
compreensão espiritual....................................................77
2.2 - Os Judeus eram literalistas rígidos..................................82
3 - A História se Repete..............................................................83
4 - Falácia Fundamental do Futurismo........................................92
5 - Mais Falhas Futurísticas........................................................94
6 - Futurismo e o Livro do Apocalipse.......................................95
7 - O Pentecostes trouxe luz sobre o propósito moral da profecia.....97
Escatologia Bíblica 4
8 - Jesus Está Reinando Agora....................................................99
9 - Todas As Escrituras Morais Vibrantes de
um Salvador Vivo................................................................102
10 - A Aplicação Individual da História da Profecia..................110
11 - Aplicando O Princípio em Conexão Com o Estudo
do “Armagedom”.................................................................112
12 - O Propósito Moral das Profecias de Daniel.........................120
13 - Realidades Cristãs Reveladas nos Quadros Proféticos
do Apocalipse.......................................................................124
14 - "Cristo em Vós" - A Certeza da Vitória...............................135
IV – OS REIS QUE VÊM DO ORIENTE................................147
Introdução......................................................................................147
1. A Questão Oriental - Campo Fértil para Profecias Falsas........150
Origem do Armagedom Político-Militar...................................159
O Armagedom em Relação à Turquia.......................................160
O Armagedom se Torna um Conflito Entre o Oriente
e o Ocidente...........................................................................162
A Tendência de Volta aos Pontos de Vista
dos Pioneiros.............................................................................167
2. Haverá Guerra entre o Oriente e o Ocidente?...........................169
3. Satanás Instigará Guerras e Lutas para Eventualmente Unir
o Mundo Contra a Igreja...........................................................173
4. "Os Reis que vêm do Lado do Nascimento
do Sol" - Uma Mensagem Gloriosa para a Igreja.....................177
5. Torcendo os Fatos para Enquadrar a Interpretação...................184
6. Quando Todos os Olhos Serão Dirigidos ao Oriente................190
7. Os Reis do Oriente Especialmente Mencionados.....................192
8. Conclusões Baseadas Sobre Fundamentos Falhos....................194
9. Conclusões Baseadas em Fatos Positivos.................................201
Escatologia Bíblica 5
A ORIGEM PROFÉTICA DA IGREJA ADVENTISTA DO
SÉTIMO DIA
Os adventistas do sétimo dia declaram que este movimento de
Advento surgiu numa época especial da história para fazer um trabalho
específico para Deus em cumprimento de certas profecias. Esta
declaração é a base verdadeira e histórica do apelo que fazemos a todos
os homens, nos termos da segunda mensagem angélica, para "sair" e se
juntar a este movimento.
À vista disto nós precisamos nos familiarizar com a história do
começo do movimento. Já em 1849 James White compreendeu esta
necessidade em relação das experiências históricas da principio de 1840,
que viram o surgimento do movimento do advento. Disse ele: "A fim de demonstrarmos o cumprimento da profecia, nós temos que
nos referir à história. Para mostrar o cumprimento da profecia relativa aos quatro reinos universais do segundo e sétimo capítulos de Daniel, nós temos que nos referir às histórias destes reinos. Negue a história, e a profecia não tem valor. Justamente assim com as profecias relacionadas ao movimento do segundo advento". – Present Truth, Dezembro, 1849, pág. 46.
Nós não precisamos apenas conhecer a história do início de 1840
como nós conhecemos um período da história secular mas ver também a
movimento Adventista do Sétimo dia no ambiente daqueles tempos. Tem
havido não somente muita ignorância entre nós com relação às raízes
históricas do Adventismo do Sétimo Dia, mas também um desejo atuante
da parte de alguns de desassociaremos do movimento do Advento do
início de 1840, que é geralmente conhecido como Milerismo.
Duas razões têm produzido este desejo: Primeiro, os Mileritas
marcavam uma data para o advento, que os lançou no escárnio naquele
tempo e que os tornou o objeto de ridículo desde então. Naturalmente
nós desejamos escapar do ridículo neste ponto, e nós somos enfáticos e
corretos, em nossa declaração que os adventistas do sétimo dia jamais
marcaram data. Segundo, ao redor dos Mileritas formou-se um fantástico
Escatologia Bíblica 6
rol de histórias que os retrata como fanáticos loucos. E de fato nós não
queremos ser conhecidos como os filhos espirituais de fanáticos.
Nenhuma Nova Atitude
Não é somente interessante mas um fato despertador que o desejo
de ser desassociado do movimento de Miller que alcançou seu clímax em
1844, não é nada novo. Já se manifestou quase imediatamente depois do
desapontamento de 22 de Outubro de 1844, e foi muito ativo no tempo
em que Tiago White escrevia em Dezembro de 1849. O Senhor não
viera, como esperavam, e portanto a profecia dos 2.300 dias
aparentemente não se cumpriu. O resultado foi que muitos adventistas
nominais começavam a negar que Deus estava ligado ao movimento de
1844. Eles pois apostataram, alguns deles até aliviados por não serem
mais conhecidos como pertencendo a um movimento que cometera um
grande engano teológico. Contra todos estes Tiago White trabalhou,
como ele certamente tinha que fazer se ele cria que Deus inspirava o
movimento do Advento.
Hoje, a situação é um tanto diferente. Nós, como Adventistas do
Sétimo Dia, não desejamos questionar, por exemplo, a interpretação
básica da profecia usada pelos Mileritas em medir os limites da profecia
dos 2.300 dias. Nós não negamos a liderança de Deus no movimento de
1844. Nós sentimos, embora alguns de nós não entendêssemos
claramente, que nós precisamos manter uma conexão precisa com o
movimento de 1844 para provar que o Adventismo do Sétimo Dia surgiu
em cumprimento da profecia. Mas nós muito freqüentemente
procuramos apagar, ou ao menos hesitamos em admitir, uma íntima e
conseqüente relação profética entre o movimento de 1844 conhecido
como Milerismo e a Adventismo do Sétimo Dia conhecida hoje. As
razões para isto, como já afirmamos, são o nosso embaraço pela
marcação da data dos Mileritas das histórias de atos fanáticos em que
eles notoriamente caíram.
Escatologia Bíblica 7
Assim, embora passivamente estivéssemos dispostos a admitir que
ns Mileritas são nossos parentes, embora não muito chegados, nós fomos
habituadas a tratá-los como parentes pobres.
Como Resolver o Dilema
Este dilema infeliz desaparece, e a origem genuinamente profética
da Igreja Adventista do Sétimo Dia aparece marcada, ao estabelecermos
os seguintes sete pontos:
1º - Que o movimento Adventista do Sétimo Dia é um filho direto
do movimento do Advento de Guilherme Miller, geralmente conhecido
como Milerismo.
2º - Que é necessário crer nesta relação a fim de achar uma
explicação de certas profecias na Bíblia, e para provar que a Igreja
Adventista do Sétimo Dia é de fato o último movimento de Deus no
mundo.
3º - Que um estudo do Milerismo abrilhantará nossa própria fé na
origem divina e na liderança do nosso movimento Adventista do Sétimo
Dia, e que proverá uma resposta inteiramente satisfatória às acusações
difamatórias feitas pelos inimigos da verdade por um século.
4º - Que o fato de sermos descendentes do movimento Milerita não
requer que nós subscrevamos os pontos de vista individuais que podem
ter sido mantidos por qualquer pregador Milerita. Nem requer que nós
minimizemos a qualquer grau a significação dos ensinos distintos
desenvolvidos sob a mensagem do terceiro anjo, mas sim o contrário.
5º - Que o fato dos Mileritas, geralmente, marcarem uma certa data
para a vinda do Senhor não precisa embaraçar os adventistas do sétimo
dia hoje.
6º - Que a história dos excessos fanáticos pelos Mileritas são em
grande parte uma mistura de falsidade, e que autoridades eminentes no
terreno da história admitem.
Escatologia Bíblica 8
7º - Que o desapontamento de 22 de outubro de 1844, não provê
base para a acusação de que Deus daí em diante não estivesse no
movimento do Advento, e portanto não no movimento Adventista do
Sétimo Dia que surgiu do Despertamento do Advento de 1840.
A seguinte discussão dos quatro primeiros pontos apareceu
originalmente como um extra do The Ministry de setembro de 1944, que
foi impresso por resolução da Comissão da Conferência Geral.
Exame do Primeiro Ponto
Evidência suficiente para apoiar o primeiro ponto poderia ser
aduzido simplesmente por perguntar e responder algumas perguntas
simples, como segue:
- Que movimento religioso chegou ao seu clímax na América em
1844?
- O grande movimento da segunda vinda sob Guilherme Miller,
geralmente conhecido como Milerismo.
- Onde e quando o movimento Adventista do Sétimo Dia começou?
- Na América em 1844.
- Quem foram os primeiros adventistas observadores do sábado?
- Uma companhia de Mileritas em Washington, New Hampshire.
- Quem foram os primeiros dirigentes no movimento Adventista do
Sétimo Dia?
- Sem dúvida foram James White, Sra. White e José Bates.
- Qual foi o seu fundo religioso?
- Tiago White fora um pregador Milerita. Ellen Harmon White
aceitou o Milerismo como moça, e ela, com seus pais, foi excluída da
Igreja Metodista em Portland, Maine, por causa de suas convicções
mileritas. José Bates foi um dirigente no movimento Milerita, ocupando
vários cargos nas associações gerais dos Mileritas e tendo sido
presidente em uma das mais importantes destas associações.
Escatologia Bíblica 9
- Quais foram alguns outros dos pioneiros primitivos dos
adventistas do sétimo dia?
- Hirã Edson e Frederick Wheeler.
- Quais foram suas conexões religiosas?
- Ambos estes homens, eram Mileritas. Edson foi o homem que,
passando pelo campo na manhã posterior ao desapontamento, recebeu a
luz sobre o santuário que Cristo entrara no santíssimo no dia 22 de
outubro. Edson, com outro irmão Milerita, estava a caminho na manhã
de 23 de outubro para "encorajar alguns de nossos irmãos" após o
desapontamento.
- Para quem os nossos primeiros dirigentes adventistas do sétimo
dia trabalharam quase exclusivamente por alguns anos depois de 1844?
- Para os seus associados no movimenta Milerita.
Os fatos incontestáveis precedentes da história parecem ser
suficientes em si para liquidar a questão de nossa origem. Mas a casa
torna-se consistente quando nós ouvimos o testemunho dos próprias
pioneiros adventistas do sétimo dia. Procuraram eles apagar sua relação
com o Milerismo para posar como alguma causa nova e diferente? Não,
eles afirmavam vigorosamente que eles eram os verdadeiros sucessores
espirituais daquele movimento do segundo Advento do início de 1840.
Em 1850 nós publicamos o Advent Review, o predecessor do Review and
Herald. O primeiro número começa assim: "Nosso desígnio nessa revista é de animar e refrescar a verdadeiro
crente, mostrando o cumprimento da profecia no trabalho maravilhoso do passado de Deus ao chamar e separar do mundo e da igreja nominal, um povo que está olhando para o segundo advento do querido Salvador." – Advent Review, vol. 1, pág. 1.
Em outras palavras, nossos pioneiros adventistas do sétimo dia
neste Advent Review estavam elogiando o assim chamado movimento
Milerita. Eles então procederam a combater aqueles "adventistas" que
negavam a direção de Deus nele:
Escatologia Bíblica 10
"Ao recapitularmos a passado, nós citaremos muito dos escritos dos dirigentes na causa do advento (Milerismo) e demonstraremos que eles no passado advogavam ousadamente e publicavam para a mundo, a mesma posição, relativa ao cumprimento da profecia nos grandes movimentos diretores do Advento em nossa experiência passada, que nós ocupamos agora; e que quando a hoste do advento esteve toda unida em 1844, eles olhavam sobre entes movimentos na mesma luz em que nós as vemos hoje, e assim demonstramos quem abandonou a fé original. – Ibid. (ênfase deles)
Em vez dia procurarem apagar sua relação com o movimento
Milerita, nossos pioneiros ousadamente declaravam que eles eram
aqueles que estavam mantendo a fé original. Este número da Advent
Review está quase cheio com artigos de dirigentes Mileritas, reimpressos
de Jornais Mileritas do começo de 1840. Dois membros da "comissão
publicadora" que publicou este Advent Review foram Tiago White e Hirã
Edson. A capa apresenta o que segue em tipos especiais: "O Advent
Review, Contendo Testemunhos Excitantes, Escritos no Espírito Santo,
por muitos das Dirigentes na causa do Segundo Advento, Mostrando Sua
Origem e Progresso Divinas". Abaixo estava uma linha da Escritura:
"Chame à lembrança os Dias Passados".
Dirigentes Posteriores Falam
E qual é o testemunho de nossos pioneiros do Sétimo Dia nos anos
que sucederam? É claro? Tiago White num editorial na Review and
Herald de 1833 declarou: "Nós reconhecemos que estamos desapontados, e então não
entendiam o evento a ocorrer no fim dos dias; porém, nós afirmamos que isto não afeta na mínima a evidência da vinda imediata de Cristo." – Review and Herald, 17 de fevereiro de 1853, p. 156.
Nossos pioneiros jamais falavam de outros que estivessem
desapontados em 1844. Eles sempre diziam, "Nós ficamos
desapontados".
Escatologia Bíblica 11
Um editorial da mesma pena no Review and Herald de abril de
1854, anunciou: “Nós declaramos que nos mantemos na fé do advento original....
Quanto às grandes doutrinas fundamentais ensinadas por Guilherme Miller, nós não vemos nenhuma razão para mudar nossas concepções...
"Enquanto o Advent Review ocupa sua presente posição, deve-se esperar que suas colunas serão enriquecidas com artigos inspirados sobre o segundo advento das penas de Guilherme Miller, Litch, Fitch, Hale, Storrs, e outros escritos já a dez ou doze anos." – pág. 101.
Em 1867 o Review and Herald continha um editorial de Urias
Smith que descrevia um dos objetivos para a publicação desta revista
semanal da igreja: "Um de seus objetivos especiais é uma recapitulação do grande
movimento do advento passado, isto é, o movimento antes do desapontamento em outubro de 18441. Que adventista que participou daquele movimento pode olhar para trás não se rejubilará de alegria, e pode senão desejar por manifestação do Espírito de Deus, em poder igual, em conexão com o trabalho agora? E coma pode uma pessoa possivelmente entrar com algum entusiasmo sobre as novas teorias e esquemas imaginados desde 1844, que o abrigam a abandonar todo o trabalha prévio àquele tempo, ou como errôneo ou prematuro? Se Deus não esteve no trabalho então dir-nos-á qualquer adventista em que tempo Ele esteve nele desde então?...
"Nós não podemos ser agradecidos demais que nós não fomos abandonados para escorregarmos do fundamento tão solidamente posto em 1844 para o movimento do advento destes últimos dias... Toda a teoria do advento que foi imaginado, que ignore o trabalho passado, é um castelo no ar, uma pirâmide sem uma base, um edifício sem um fundamento." Review and Herald, 17 de Dezembro de 1867, pág. 8.
Em 1877 o livro de Urias Smith, O Santuário, foi publicado. Neste
ele declarou: "A geração presente viu um movimento religioso tal como nenhuma
outra geração jamais testemunhou; uma agitação mundial do assunto da segunda vinda de Cristo, chamando a centena de milhares de crentes na
Escatologia Bíblica 12
doutrina. O tempo tem continuado; e sob o nome de Milerismo agora recebe o escárnio leviano das multidões descuidadas." – The Sanctuary, p. 13.
"O grande movimento do advento de 1840-1844... fez parte da ordem e propósito de Deus. Ele portanto deve ainda ser um povo na terra como resultado daquele movimento. Ele ainda deve ser uma verdade entre os homens levando alguma relação daquele grande trabalho, e deve haver alguma explanação correta do grande desapontamento ligado com aquele movimento". – Ibid., p. 21.
Adiante na mesma obra existe um capítulo intitulado "A fé Original
do Advento" que discute o ponto em estudo que fora debatido com
intensidade entre adventistas do sétimo dia e adventistas do primeiro dia: "Os adventistas do sétimo dia são às vezes acusados como sendo um
mero trato do movimento da advento, seguidores de conclusões laterais e recém-criadas pretensões. Nós declaramos, e o demonstraremos, que nós somos os únicos que aderimos aos princípios originais de interpretação sobre os quais todo o movimento do advento se baseava, e que somos os únicos que estamos seguindo aquele movimento a seus resultados e conclusões lógicos". – Ibid., p. 1020.
Em 1885 George I. Butler, então presidente da Associação Geral,
escreveu uma série de artigos para o Review and Herald sob o título
geral "Experiência do Advento"; Ele começou assim: "Os velhos Adventistas de '44 estão rapidamente desaparecendo. Só
um pequeno punhado permanece entre nós. A massa de nosso povo não é pessoalmente conhecedor dos fatos relacionadas com o passar do tempo (em 22 de outubro de 1844). O curto período de confusão que seguiu antes do surgimento da mensagem do terceiro anjo, e os eventos ligados com sua história inicial. Não obstante existem fatos do mais profundo interesse ligados com este período interessante, que tem uma conexão vital com nosso trabalho presente. Esta mensagem está ligada com toda aquela experiência por laços indissolúveis."
No fim do ano de 1890 Urias Smith começou uma série de
editoriais no Review and Herald sob o título geral "A Origem e a
Escatologia Bíblica 13
História da Mensagem do Terceiro Anjo". Ele falava do "grande
movimento do advento da presente geração" "movimento que tem
progredido em mais de meio século". Ele declarou que um movimento
que mantém um tão importante lugar na obra de Deus, e está destinado a
se fazer sentir tão profundamente no mundo religioso, deve ter muitos
incidentes interessantes ligados com seu desenvolvimento e progresso".
Então ele adiciona imediatamente: "Guilherme Miller, de Law Hampton, Nova York, foi o homem que na
providência de Deus, foi provido para dirigir neste trabalho... Não foi senão em 1831 que ele manifestou publicamente sua opinião.. O ano de 1831 pode portanto ser estabelecido como o ano quando a primeira mensagem angélica começou a ser proclamada." – Review and Herald, 16 de dezembro de 1890, p. 7760
Este é o testemunho dos pioneiros para o primeiro meio século de
nosso movimento, e pode alguém, estar melhor qualificado que eles?
Aquele testemunho é claro e permite somente uma conclusão.
Exame do Segundo Ponto
A relação dos adventistas do sétimo dia para com o movimento
Milerita torna-se ainda mais evidente, se isto fosse possível, quando nós
examinamos o segundo ponto; isto é, que nós precisamos crer numa
íntima relação entre nós mesmos e o Milerismo a fim de achar uma
explicação de certas declarações proféticas e a fim de provar que o
movimento Adventista do Sétimo Dia é o último movimento de Deus no
mundo. Logo após 1844 alguns Adventistas do Primeiro Dia começaram
a duvidar da genuinidade de sua "experiência" de 1844. Nossos pioneiros
adventistas do sétimo dia argüiam que fazer isto importava em remover
os fatos históricos sobre os quais certas profecias dependiam como prova
de seu cumprimento. Tiago White disse em 1849: "Se nós negarmos a nossa santa experiência nos grandes movimentos
dirigentes, no passado, tal como a proclamação do tempo em 1843 e 1844,
Escatologia Bíblica 14
então nós não podemos demonstrar o cumprimento daquelas profecias relacionadas àqueles movimentos. Portanto, aqueles que negaram sua experiência passada, enquanto seguiam a Deus e a Sua Santa Palavra, negaram ou mal aplicaram uma porção da Palavra segura." – Present Truth, Dezembro de 1849.
Agora, não é possível para nós hoje "negar" uma "experiência" de
1844. Nós ainda não tínhamos nascido. Mas quando nós procuramos nos
desassociar daquela."experiência" não vamos nós tão longe quanto é
possível para não irmos negando a "experiência" e não enfraquecemos
nós a conexão entre a profecia e seu cumprimento? É um fato
interessante que uma das primeiras produções da pena de um pioneiro
adventista do Sétima Dia – Marcos Quilométricos e Altos Montões do
Segundo Advento, escrito por José Bates em 1847 procurou estabelecer a
fé do "pequeno rebanho", por mostrar o cumprimento de certas profecias
em conexão com o movimento Milerita. Diz ele: "O desígnio do autor das seguintes páginas o de fortalecer e encorajar
os sinceros de coração, ao humilde povo de Deus, que esteve e ainda estão, dispostos a guardar os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, de manterem Sua experiência passada, na corrente conexa dos eventos maravilhosos e o cumprimento da profecia, que foram se desenvolvendo durante as sete pragas." - pág. 2.
Certas Profecias Cumpridas
Desde aquele tempo em diante os pioneiros adventistas do sétimo
dia procuraram mostrar a direção divina no movimento Milerita e a
relação dos Adventistas da Sétima Dia para com aquele movimento por
se referirem a certas profecias.
1º - A Visão de Habacuque 2:2,3. Esta foi a ordem profética de
"escrever a visão, grava-a sobre tábuas" cumulada à declaração que a
"visão ainda está para cumprir no tempo determinado", que "se apressa
para o fim, e não falhará; se tardar, espera-o". Os mileritas criam que a
Escatologia Bíblica 15
publicação de seus mapas proféticos em 1842 cumpriram a primeira
parte deste texto. Eles criam que a passagem da primeira data marcada
para a Advento (o ano Judaico de 1843 que terminava na primavera de
A.D, 1844) foi seguida pelo "tardar" da visão, e que a data final de 22 de
outubro de 1844, cumpriria a predição, "se apressa para a fim, e não
falhará".
Comentando esta profecia, Tiago White em 1850 declarou: "Se a
visão não falou no outono de 1844, então ela jamais falou, e jamais
falará". Ele firmemente acreditou que Habacuque 2:2,3 se cumpriu da
maneira coma os Mileritas a pregavam. A Sra. White aplica a profecia da
mesma maneira. (veja Testimonies, vol. 1, p. 52; Primeiros Escritos, p.
236.)
2º - A Parábola das Dez Virgens. os mileritas criam que esta
parábola, que também é uma profecia, tinha a sua aplicação e
cumprimento em 1844. A "demora" do noivo eles entendiam como
sendo o tempo entre sua primeira expectativa da vinda de Crista (no fim
do ano Judaico de 1843, isto é, na primavera de 1844) e o verdadeiro
tempo do cumprimento da profecia dos 2.300 dias a 22 de Outubro de
1844. Eles entenderam a declaração Escriturística, "A meia noite se
ouviu um clamar", de ser o sonido da verdadeira mensagem como o fim
da profecia dos 2.300 dias, que começou a ser ouvida no verão de 1844.
De fato as próprias palavras da parábola foram usadas: "Eis o noivo! Saí
ao seu encontro".
Os pioneiros adventistas do sétimo dia continuavam a crer que esta
parábola e profecia cumpriu-se em 1844 (veja por exemplo, O Conflito
dos Séculos, pp. 393-398; Thoughts on Daniel and the Revelation, p.
640.) Em sua primeira visão a Sra. White descreveu a "Luz brilhante
posta" na começo da vereda" rumo ao reino, como "o clamor da meia-
noite". – Primeiros Escritos, p. 14.
Escatologia Bíblica 16
3º - A Profecia de Apocalipse 3:1-10. Os adventistas do sétimo dia
têm consistentemente tomado a posição que o movimento Milerita
preenche o cumprimento desta profecia. A igreja de Filadélfia alcançou
seu clímax mo grupo "que recebeu a mensagem do advento até outono
de 1844, quando "todos os corações batiam em uníssono" e "egoísmo e
cobiça, foram postos de lado" – Thoughts in Daniel and the Revelation,
p. 395. A porta fechada e a porta aberta daquela profecia nós entendemos
que signifiquem o fechamento da porta do primeiro compartimento e a
abertura da porta do segundo compartimento no santuário celestial a 22
de outubro de 1844. (veja Conflito dos Séculos, p. 430). Obviamente nós
não podemos aplicar esta profecia à igreja de Filadélfia a não ser que
creiamos que o movimento Milerita de fato era de Deus e apresentava
aquele estado de "amor fraternal" requerido pelo símbolo.
4º - A Profecia de Apocalipse 10: o anjo com um pequeno livro em
sua mão. Esta profecia pode ser entendida somente em termos do
desapontamento Milerita. Nossa crença denominacional é a de que a
doçura da Esperança em 1844, contrastada à amargura depois do
desapontamento, cumpriu a profecia a respeito do pequeno livro ser doce
na boca mas amargo no ventre. A declaração, "ainda profetizes a
respeito", nós entendemos como predição da pregação da mensagem do
terceiro anjo. (veja Thoughts in Daniel and the Revelation, pp. 527, 528).
5º - A seqüência das três Mensagens Angélicas de Apoc. 14:6-12.
Esta profecia nos amarra ao movimento Milerita de uma maneira como
nenhuma outra faz. Em primeiro lugar nós mantemos que o anjo de
Apocalipse 10 é idêntico com a do primeiro anjo de Apocalipse 14." –
Ibidem pág. 521. Em seguida nós cremos que a mensagem do primeiro
anjo de Apoc. 14 teve o seu mais completo cumprimento "na pregação
de Miller e seus as associados. (Conflito, p. 368). Nós cremos
igualmente que a segunda mensagem começou a ser ouvida quando os
Escatologia Bíblica 17
pregadores Mileritas apelavam aos crentes do Advento de sair das
igrejas. (Ibid. p. 389).
Nós cremos que a mensagem do terceiro anjo começou a ser ouvida
logo após o desapontamento em 1844 sob a pregação das pioneiros dos
adventistas do sétimo dia. Mas nós também cremos que a terceira
"seguiu-os, não para invalidá-las, mas somente para unir-se com elas". -
Thoughts in Daniel and the Revelation, p. 664.
Portanto nós temos realmente uma mensagem tríplice para o
mundo. Esta é uma só teologia Adventista do Sétimo Dia. Mas sendo
que isto é assim, nós somos hoje, as pregadores de uma mensagem que
constitui o coração e a essência da pregação Milerita, adicionando-lhe
uma terceira mensagem e verdades relacionadas. Como poderíamos estar
mais intimamente ligados com o Milerismo? Falando das três mensagens
de Apocalipse 14, Tiago White disse: "A verdade e o trabalho de Deus neste movimento, começando com as
trabalhos de Guilherme Miller, e alcançando a fim das provas, é ilustrado par estes três anjos... Estes anjos ilustram as três grandes divisões da movimento genuíno...
"Os Adventistas da Sétimo Dia asseguram o grande movimento do Advento (de 1844), portanto, têm utilidade para as mensagens. Eles não podem poupar estes elos na corrente dourada da verdade, que ligam o passado com o presente e o futuro, a mostram uma bela harmonia no grande total.
"Eu o repito. As três mensagens (angélicas) simbolizam as três partes do movimenta genuíno." – Life Incidents, pp. 3fi6, 307.
Isto está de acordo com a citação da Sra. White com respeito "as
três mensagens angélicas de Apocalipse 14. "Todos estão unidos.", ela
declara. (veja Testimonies, vol. 6, pág. 17).
A inevitável conclusão disto é melhor expresso nas palavras de
George I. Butler. Comparando a experiência de 1844 com a nossa, ele
diz: "Se a experiência do advento não foi de Deus, isto não pode sar. Se
aquilo foi um movimento fanático, este tem que sê-lo também. Mas se a primeira mensagem foi um movimento profético verdadeiro, este certamente
Escatologia Bíblica 18
o é também. A mensagem dos "três anjos" constitui apenas uma série. Eles se mantêm de pé ou caem juntos." – Review and Herald, 10 de fevereiro de 1885, p. 89. (veja também sua declaração sobre a interligação das três mensagens em Review and Herald, 14 de abril de 1185, p. 233.)
A luz das fatos históricas precedentes e as declarações proféticas,
certamente sã uma conclusão é possível: os adventistas do sétimo dia são
uma extensão lógica e um desenvolvimento direto do movimento
profético levantado por Deus na América nas primeiras décadas do
século dezenove e conhecidos geralmente como Milerismo.
Exame do Terceiro Ponto
Nós chegamos agora ao terceiro ponto: Que o estuda do Milerismo
iluminará nossa própria fé na imagem divina e liderança do movimento
adventista da Sétimo Dia e proverá uma resposta totalmente satisfatória
às acusações difamatórias feitas pelas inimigas da verdade por cem anos.
Como já foi citado, o Pastor Butler declarou: "Se o movimento
Milerita foi um movimento fanático, este deve sê-lo também. Mas se a
primeira mensagem foi um movimento profético, este certamente o é."
Esta declaração não somente nos liga ao Milerismo; torna imperativo
que saibamos a verdade a respeito do movimento. Nossos pioneiros
sentiram isto completamente. Isto explica porque o Review and Herald
apresentou muitos artigos pelos anos em defesa de Miller e o movimento
do Advento dos inícios de 1840. Estes artigos são militantes e
específicos. Veja esta declaração típica de George I. Butler: "Não houve "vestimentas de ascensão" ou quaisquer loucuras...
Durante a noite quando a tempo passou houve reuniões durante toda a noite. Houve uns ajuntamentos de canalha embriagados uivando alto ao redor, tornando a noite horrível. Mas os crentes oravam muito seriamente a Deus para guardá-los, protegê-los e salvá-los". – Review and Herald, 17 de fevereiro de 1885, pp, 105, 106.
Escatologia Bíblica 19
As mais ridículas e tolas histórias a respeito dos adventistas foram
disseminadas, e narradas tão confidencialmente que muitos creram nelas.
Foi aí que surgiu e se originou a história das "vestimentas de
ascensão".... Jamais houve uma mentira mais ridícula e vergonhosa". –
Ibid, 24 de fevereiro de 1885, p. 1210.
A Sra. White defende os Mileritas
A Sra. White freqüentemente se referiu ao reavivamento do espírito
que procedia de lembrar os dias passados do movimento do advento.
Mas ela escreveu mais especificamente em defesa dos Mileritas contra as
acusações de fanatismo. Ela mesmo sofrera sob estas acusações, pois ela
foi uma Milerita. No Grande Conflito, começando com o capítulo 18,
"Luz Para os Nossos Dias", ela devota vários capítulos à discussão de
Miller e o despertamento do Advento no século 19, particularmente a
movimento na América. Não há nada vago em seus escritos. Foi o
seguinte que ela disse, em parte, para enfrentar a acusação de fanatismo
lançado contra Miller e seus associados: “Nos dias da Reforma, os inimigos desta atribuíam todos os males do
fanatismo aos mesmos que estavam a trabalhar com todo o afã para combatê-lo. Idêntico proceder adotaram os oponentes do movimento adventista. E não contentes com torcer e exagerar os erros dos extremistas e fanáticos, faziam circular boatos desfavoráveis que não tinham os mais leves traços de verdade. ...
“De todos os grandes movimentos religiosos desde os dias dos apóstolos, nenhum foi mais livre de imperfeições humanas e dos enganos de Satanás do que o do outono de 1844. Mesmo hoje, depois de transcorridos muitos anos, todos os que participaram do movimento e que permanecem firmes na plataforma da verdade, ainda sentem a santa influência daquela obra abençoada, e dão testemunho de que ela foi de Deus.
“Miller e seus companheiros cumpriram a profecia e proclamaram a mensagem que a Inspiração predissera, mas não o teriam feito se tivessem compreendido completamente as profecias que indicavam o seu
Escatologia Bíblica 20
desapontamento e outra mensagem a ser pregada a todas as nações antes que o Senhor viesse.” – O Grande Conflito, pág. 397, 402, 405.
A negativa vigorosa da Sra. White contra falsas acusações contra os
Mileritas está em completa harmonia com o testemunho unido de todos
os pioneiros. Ela sentiu muita claramente que seria uma tolice elogiar
Miller e seu trabalho como de Deus, e de afirmar que os adventistas do
sétimo dia surgiram do Milerismo, sem procurar libertar a mente do
leitor das loucas acusações contra os Mileritas.
O que a Sra. White da experiência pessoal e através de inspiração
podia dizer categoricamente negando as acusações de fanatismo, nós
hoje podemos dizer se quisermos tornar o tempo para examinar as fontes
históricas. Nenhuma declaração mais certa jamais foi feita de que muitas
histórias circulavam sobre Mileritas "que não tinham a mais leve
semelhança da verdade". Ninguém precisa ler muito nos relatórios
originais sem chegar à conclusão que a mais inconsciente companhia de
calúnia e engano foi feita contra os crentes do advento. Nós devíamos ter
sabido de antemão que havia pouca verdade nas histórias fanáticas, pois
aí está a declaração devastadora da Sra. White. Mas quase dominador é o
poder das rumores, insinuações, e das falsas histórias. Parecem ser tão
plausíveis. A mera repetição delas parece dar-lhes o que lhes faltava
originalmente, a indicação de autoridade. E, podemos muito bem
confessar – eles quase enganaram a alguns dos eleitos.
Sem dúvida é conveniente que tenhamos uma resposta pronta para
estas falsas histórias. Cada enciclopédia, de fato quase cada obra de
referência, declara que nós saímos do movimento do Advento de Miller
de 1840, e por inferência, se não diretamente, liga-nas com o alegado
fanatismo do movimento. Mas apropriado como possa ser para nós
termos uma resposta pronta, esta não é a razão porque os Adventistas
deviam conhecer a verdade sobre o Milerismo. Existe uma razão mais
importante. Nós precisamos conhecer a verdade a respeito daquele
movimento para conservar nossos próprios pensamentos limpos e nossa
Escatologia Bíblica 21
própria fé firme na origem divina do presente movimenta do qual somos
uma parte.
Exame do Quarto Ponto
Nós chegamos agora ao ponto quatro: o fato de sermos oriundos do
movimento Milerita não requer que nós subscrevamos os pontos de vista
individuais que podem ter sido mantidos por qualquer Milerita. Nem
sequer que nós minimizamos em qualquer grau a significação dos
ensinos distintos desenvolvidos sob a mensagem do terceiro anjo, mas
antes o contrário.
Seria muito errado pensar dos adventistas do sétimo dia como
estando limitados em sua ordem de doutrinas por causa de sua relação
com o Milerismo. Nem se exige qualquer conclusão tal pelo fato de
nossa conexão histórica. Um editorial no Review em 1854 torna isto
claro: “Nós não temos nenhuma idéia que Guilherme Miller possuía toda a luz
em cada ponto. A vereda do justo devia brilhar mais e mais até que o dia perfeito viesse. Ele lançou torrente de luz sobre as profecias; mas o assunto do santuário devia ser revelado ao rebanho que aguardava, no período da terceira mensagem...
"Quanto às grandes doutrinas fundamentais ensinadas por Guilherme Miller, nós não vemos razão para mudarmos nossa concepção. Nós reivindicamos toda a luz do tempo passado sobre este tema glorioso, e achamos que seja o céu. E nós alegres permitimos a providência de Deus, e ao claro testemunho da Bíblia corrigir a nossa concepção sobre o santuário, e dar-nas um mais harmonioso sistema de verdades, e uma base mais firme de fé." – Review and Herald, 18 de abril, 1854, pp. 100, 101.
Devia ser lembrado que Miller jantais procurou criar uma nova
denominação com uma declaração de credo em toda doutrina. Antes, ele
considerava o movimento do Advento como um apelo para estudar e crer
a grande verdade, a volta pessoal e breve de Cristo, no ambiente de
certas profecias. O milerismo não fui uma denominação, não era
Escatologia Bíblica 22
sinônimo de um credo. O fato precisa ser conservado claro em nossas
mentes. As crenças individuais dos diversos pregadores ou leigos – eles
eram virtualmente de todas as persuasões religiosas – podem ter colorido
o pensar de tais pessoas, mas estas não davam ao movimento sua cor
real. A verdadeira cor do movimento foi a do dourado alarido da manhã
do Advento Foi um movimento do Advento – um movimento cujo
caráter distinto resultava do seu ambiente profético. Nós nunca devíamos
esquecer que o próprio Milerismo estava preocupado primeiro com o
propósito, maneira, e tempo do advento.
A Essência do Milerismo
Quando o movimento chegou ao seu clímax em 1844, o chamado
para sair das igrejas tornou-se forte e claro. Este chamado serviu para
fazer o Milerismo aparecer mais claramente dos outros grupos religiosos.
Assim o movimento chegou a seu clímax no dia 22 de outubro de 1844,
com uma grande verdade distinguindo-o, a hora do juízo de Deus às
mãos, a primeira mensagem angélica; e com um chamado separador de
sair da Babilônia, a segunda mensagem angélica. Qualquer coisa além
disto não é da essência do Milerismo. Por exemplo, quando um
preeminente Milerita, George Storrs, Apresentou seu ponto de vista
sobre a natureza do homem – pontos estes que tanto nós e os dirigentes
do Adventismo do primeiro dia cremos hoje – Miller e a maioria de seus
associados se opôs à doutrina tanto por serem estranhos ao singelo
propósito do movimento como por serem, como pensavam, errôneos.
Se mantivermos na mente este fato histórico facilmente
estabelecido que o movimento de Miller foi um grande despertamento
sobre uma verdade central no ambiente de certas profecias, e portanto
em cumprimento da profecia, não temos nenhuma dificuldade em
compreender como os pioneiros dos adventistas do sétimo dia podiam
escrever tão claramente como o fizeram com relação de nossa conexão
com eles, enquanto ao mesmo tempo mantendo que Deus dera aos
Escatologia Bíblica 23
adventistas do sétimo dia certas verdades não entendidas nem pregadas
no movimento Milerita. Nossos pioneiros adventistas do sétimo dia viam
um significado no trabalho que se formava sob suas humildes pregações
depois de 1844, primeiro e principalmente porque eles criam que era o
cumprimento da terceira mensagem angélica – a terceira numa série
ligada divinamente. Eles viam a muito distinta doutrina do sábado do
sétimo dia, por exemplo, no ambiente daquela terceira mensagem
angélica, e declararam que somente naquele ambiente podia a força real
da doutrina ser compreendida nestes últimos dias.
Para Cima na Luz Crescente
A mensagem tríplice, que começou como uma pregação fervorosa
daquela única verdade central do Segundo Advento pessoal, e que em
seguida chamou os homens a sair de Babilônia, assumiu sua completa
dimensão sob a mensagem do terceiro anjo, coma uma reforma em todos
os assuntos de doutrina e vida na preparação para o Advento. Isto
concorda com o plano que Deus seguiu em todos os tempos, dirigindo
homens â frente em luz crescente.
O interesse despertado no estudo da Bíblia, particularmente das
profecias, sob a mensagem do primeiro anjo, colocou os homens em uma
posição ideal para Deus lhes dar iluminação. A separação das igrejas os
livrou do empecilho que tantas vezes impede os homens de aceitar nova
luz, o temor do que os seus associados na igreja pensariam. Desta
maneira Deus preparou homens para a mensagem do terceiro anjo.
Examinando fervorosamente as Escrituras, certos que Deus os dirigia até
aí, e desejando seguir adiante em novas verdades, nossos pioneiros
adventistas do sétimo dia procuraram a Deus com alto clamor e lágrimas.
A Sra. White conta das muitas vezes que se reuniam para estudar a
Bíblia e para orar. "Às vezes toda a noite era despendida em solene
investigação das Escrituras, para que pudéssemos compreender a verdade
para nosso tempo". – Christian Experience and Teachings, p. 193.
Escatologia Bíblica 24
A luz veio, a verdade desdobrou-se com tal estudo e também sob o
ímpeto do Espírito de Profecia, um dom dado em cumprimento da
profecia. Em breve o completo significado da mensagem do terceiro anjo
rompeu sabre os nossos pioneiros, e juntamente com isto veia uma
compreensão de outras verdades que tinham sido ou negligenciadas ou
distorcidas pelos séculos. O movimento do Advento assim desenvolveu
em sua forma final para preparar um povo preparada a encontrar seu
Deus. Mas, como as declarações de nossos pioneiros tornam
transparentemente claro, esta fase final do movimento do Advento para
os últimos dias foi sempre vista por eles como o desenvolvimento lógico
e profético de um trabalho começado por Deus quando Ele despertou
homens para pregar a primeira mensagem angélica.
Ficai Firmes no Registro
O registro histórico e o testemunho de nossos pioneiros adventistas
do sétimo dia não deixam margem a uma possível dúvida concernente a
nossa origem e a honorabilidade e significação profética desta origem.
Nós precisamos firmarmo-nos por esse registro e testemunho. Para agir
de outra maneira – dar crédito a histórias tolas sobre os Mileritas, e então
procurar de separar nosso movimento do Milerismo para escapar às
manchas das histórias – desmentiria o testemunho de nossos próprios
pioneiros, sem dizer nada dos fatos evidentes da história. Ainda mais
importante, isto removeria dos adventistas do sétimo dia sua validação
profética. É – marcar isto bem – também sujaria os bons nomes de
nossos pioneiros adventistas do sétimo dia – pois eles foram Mileritas,
como George I. Butler disse bem: "Se aquele (movimento de Miller) foi
um movimento fanático esse deve sê-lo também". – Review and Herald,
10 de fevereiro de 1885, p. 89. E como Urias Smith declarou
enfaticamente: "Toda a teoria do Advento que foi preparada, que ignore
o trabalho passado" (do então harmonioso corpo de crentes Adventistas)
"antes de 22 de outubro de 1844), é um castelo no ar, uma pirâmide sem
Escatologia Bíblica 25
base, um edifício sem um fundamento". – Ibid, 17 de Dezembro de 1867,
p. 8. E o que seria senão ignorar "o trabalho passado" se procurarmos
nos desassociar dele?
Certamente aqui se aplica a admoestação da mensageira de Deus,
que, depois de "rever nossa história passada" dos dias mileritas em
diante, declarou: "Nada temos que temer do futuro, exceto que nos
esqueçamos da maneira que o Senhor nos guiou, e seus ensinos em nossa
história passada." – Life Sketches, p, 196.
(Prova para apoiar os pontos cinco, seis e sete é oferecida sob
"Second Advent" Objections, pp. 261-275.)
Nota: Os Adventistas do Sétimo Dia e o Despertamento do
Advento em Outros Países
Alguém poderá perguntar: Não é verdade que o despertamento do
Advento era muito mais vasto do que o Milerismo na América, e não
deveríamos nós colocar antes os adventistas do sétimo dia no ambiente
daquele movimenta maior? Inquestionavelmente, o despertamento não se
confinou a um país. A sra. White explica isto em O Grande Conflito. Ela
descreve o interesse no Advento que se desenvolveu em vários países,
em maior ou menor grau, e provavelmente mais na Inglaterra que em
outros países continentais. Mas deste trabalho na Inglaterra ela escreve:
“O movimento ali não tomou forma definida como na América do
Norte; o tempo exato do advento não era geralmente tão ensinado.” – O
Grande Conflito, p. 362. Ela acrescenta que a data de 1844 para o
Advento foi ensinado, explicando que um inglês, Robert Winter, "que
recebera na América do Norte a fé do advento, voltou a seu país natal
para anunciar a vinda do Senhor", os Mileritas muitas vezes falavam da
disseminação de sua convicção profética aos vastos cantos da Terra,
especialmente pela literatura. Depois de descrever a pregação do
Advento em outros países, a Sra. White continua: “A Guilherme Miller e seus cooperadores coube a pregação desta
advertência na América do Norte. Este país se tornou o centro da grande
Escatologia Bíblica 26
obra do advento. Foi aqui que a profecia da mensagem do primeiro anjo teve o cumprimento mais direto. Os escritos de Miller e seus companheiros foram levados a países distantes.”
“A mensagem do segundo anjo de Apocalipse, capítulo 14, foi primeiramente pregada no verão de 1844, e teve naquele tempo uma aplicação mais direta às igrejas dos Estados Unidos, onde a advertência do juízo tinha sido mais amplamente proclamada.” – Idem, 368, 389.
Ainda mais, e muito importante, a pregação em outros países não
tem os detalhes históricos que calham especificamente na maioria das
declarações proféticas que estivemos considerando. Por exemplo, a
profecia de Habacuque 2:2,3 encontrou seu cumprimento exato somente
nos eventos do movimento Milerita. O mesmo é verdadeiro da parábola
e da profecia das dez virgens, o tempo da demora, o clamor da meia-
noite. O focalizarem a data de 22 de outubro de 1844, como o fim da
profecia dos 2.300 dias, pertenciam ao movimento de Miller. A profecia
do livro pequeno, primeiro doce depois amargo, aplica-se
especificamente ao movimento do Advento como encontrado na
América. Finalmente, como a Sra. White afirma, a primeira e segunda
mensagens angélicas encontraram seu mais completo "cumprimento" e
aplicação na América.
É absolutamente apropriada para nós de vermos o adventismo do
sétimo dia no molde geral do despertamento do advento em vários
países. Se Deus é a fonte do despertamento espiritual, porque não
deveríamos nós aguardar que Ele despertaria corações individuais em
muitos países como o fim de todo o tempo profético se aproximasse?
Mas, o fato de que existe propriamente um ambiente geral para o
surgimento dos adventistas do sétimo dia não diminui de qualquer
maneira o fato que existe um ambiente específico para o nosso
surgimento, e este ambiente é o movimento do Advento na América
chamado Milerismo. Nós sempre cremos e pregamos, como vitais para a
significação profética de nosso movimento, que ele apareceu no tempo
específico em cumprimento de profecias específicas. Somente no
Escatologia Bíblica 27
Milerismo estão especificações precisas e completamente cumpridas.
Este é o testemunho unido de nossos pioneiros adventistas do sétimo dia.
Escatologia Bíblica 28
A CONDIÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO DO
ADVENTO
Através de toda a nossa história as três mensagens angélicas têm
sido o centro de nossas pregações. Como Tiago White declarou: "A Verdade e o Trabalho de Deus neste movimento, começando com
os trabalhos de Guilherme Miller, e alcançando o fim do período de provação, é ilustraria por estes três anjos.... Estes anjos ilustram as três divisões do movimento genuíno...
"Os adventistas do sétimo dia mantêm o grande movimento do Advento (de 1844), portanto têm utilidade nas mensagens.... Eles não podem deixar de usar estes anéis na corrente dourada da cidade, que une o passado com o presente e o futuro, e mostram uma linda harmonia no conjunto total.
"Eu o repito, as três mensagens (angélicas), simbolizam as três fontes do movimento genuíno."
Para compreender corretamente e avaliar o movimento do Advento
e sua distinta mensagem tríplice, nós devemos estudá-la não somente
em sua relação para com o mundo todo em nosso redor mas também em
relação à espécie de mundo que o precedeu. Portanto esta referência se
inicia com um relatório do período precedente ao movimento do
Adventismo.
As Grandes Revoluções do Décimo Sexto Século
A linha divisória entre o mundo medieval e o moderno, sob o efeito
religioso, foi a Reforma Protestante do décimo sexto século. É o
acontecimento mais importante (Ellen. G. White, 55, Life Incidents,
(1868, ed.), pp. 306, 307), que sem dúvida, foi a nova compreensão
sobre a fonte de autoridade religiosa. Os Reformadores Protestantes
disseram que as Escrituras, não a igreja, são a fonte verdadeira.
Naqueles anos de início do século ocorreu também uma revolução
científica. Copérnico, conhecido como o pai da moderna astronomia, foi
Escatologia Bíblica 29
um contemporâneo de Lutero. Foi ele o primeiro homem que começou
claramente a formular a verdadeira teoria da operação dos corpos
celestiais. Até aí a Terra tinha sido considerada como o centro do
universo, os homens criam que o sol, a lua e as estrelas se moviam ao
redor da Terra. A primeira relação para com a teoria de Copérnico, foi
que ela faz com que este mundo, e o homem, parecessem muito sem
importância. Os historiadores da ciência falam da revolução de
Copérnico, tão grande foi o transtorno causado pelas novas idéias
científicas. Nós veremos imediatamente que o pensamento científico,
começou a influir sobre o pensamento religioso, no princípio colorindo-o
e então dominando-o.
Ao se iniciar o décimo sétimo século, ouviu-se a voz de Galileu, um
dos fundadores da moderna ciência experimental. A idéia da experiência
nos parece tão comum, mas em seus dias era nova e revolucionária. O
método de estabelecer a verdade de qualquer ponto de vista, tinha
anteriormente sido por um exame de proposições filosóficas e por
deduções lógicas. Mas Galileu partiu da teoria de que o único meio de
ter a certeza de que uma proposição é carta, foi a de verificá-la contra as
evidências dos nossos cinco sentidos . esta base primária do mundo
científico moderno aqui nos interessa porque ela gradualmente também
veio a ser usada no âmbito religioso.
A revolução religiosa não ficou confinada ao campo religioso e
científico. Na primeira parte do décimo sétimo século viveu Descartes,
pai da filosofia moderna, que rompeu com a filosofia da Idade Média,
começando com a premissa maior da dúvida, em vez da fé e da crença.
Desta maneira o ceticismo tornou-se dominante no campo da filosofia.
Quando nos lembramos que através de todas as filosofias e da teologia
do período medieval tinham estado interligadas, bem como ainda estão
entrelaçadas no pensamento católico nós podemos ver quão grande foi a
revolução no mundo filosófico.
Escatologia Bíblica 30
O Décimo Oitavo Século Marcado pelo Racionalismo
A próxima grande figura que desponta na área do pensamento
científico, foi Sir Isaac Newton, que morreu em 1727. Cabe-lhe o crédito
pela formulação detalhada das leis da mecânica celeste. Pela primeira
vez apresentou-se em maneira formal não somente as moções de todos
os corpos celestes mas também as leis para explicar estas moções. Todo
o universo ficou parecido com uma vasta maquina que operasse
ritmicamente, nunca falhando, cada parte movendo-se em relação a
outras partes como umas rodas e eixos de uma grande máquina.
Naturalmente, este quadro do universo começou imediatamente a
atingir os pensamentos dos homens em toda a parte. Para os de mente
céptica, a compreensão newtoniana do universo foi usada para apoiar um
universo sem Deus, de teoria mecânica.
O décimo oitavo século viu um rápido desenvolvimento no campo
da ciência experimental. Uma das marcas distintas daquele século foi o
seu desencantamento do dogma e da tradição e sua exaltação da natureza
e da razão humanas.
Na França o Racionalismo levou os homens ao ateísmo e ao culto
da Razão, tão dramaticamente ilustrado na Revolução Francesa.
Do outro lado do Canal, na Inglaterra, e mais longe ainda, na
América, esta luz da falsa razão não brilhou tão encantadoramente. Nos
países de fala inglesa os homens não se tornaram ateus, mas antes
deístas. Os deístas criam que Deus era a base da origem desta terra, e de
todos sobre ela. Mas eles tão completamente criam na idéia de leis
naturais irrompíveis, que eles não podiam encontrar lugar para Deus,
desde que o mundo foi posto em movimento. De maneira que
inventaram a idéia de um tipo de Deus dominador ausente. Deus criara o
mundo e então se ausentou aos recessos turvos da eternidade para
comungar consigo, deixando o mundo correr como um relógio de corda.
Escatologia Bíblica 31
Em seus anos jovens Guilherme Miller foi afetado pelo deísmo
cético, até que, como ele confessou não estar bem certo se existia Deus
ou se existia qualquer plano ou propósito para o mundo.
As Escrituras Minadas pelo Racionalismo
A. exaltação da razão humana e a glorificação da natureza e das leis
naturais, que podem ser entendidas, ao menos em parte, pela
experimentação, levou a questionar da necessidade da revelação.
Certamente o Deus do deísmo não Se preocuparia em prover uma
revelação. Ainda mais, é fácil de ver como homens que vieram a exaltar
a razão concluíram que a validade de qualquer revelação alegada devesse
ser medida em termos de se é razoável crer.
Não há nada mais distinto na revelação das Escrituras do que a
profecia e os milagres. Ambos naturalmente foram duramente atingidos
pelos racionalistas. O ataque, plausível e militante, foi simplesmente de
que é pouco razoável crer que eventos podiam ser preditos ou de que
milagres da Escritura podem ter ocorrido. Para os racionalistas do
décimo oitavo século o relatório bíblico dos milagres pareciam-se às
histórias maravilhosas encontradas em religiões não cristãs. Portanto,
por que deviam crer os milagres relatados na Bíblia? Mantende em
mente este argumento pois nós o encontraremos básico no pensar de
líderes nominalmente cristãos, uns cem, ou mais anos depois.
O próprio fato que a profecia e os milagres são dois dos pilares
principais que mantêm a doutrina da inspiração da Bíblia, significa que
os racionalistas depunham uma estima baixa nas Escrituras quando eles
não a desprezavam totalmente.
A principal das doutrinas bíblicas descontadas foi a de que o
homem está perdido em pecado sem esperança. Ao mesmo tempo os
racionalistas começaram a concluir que nas descobertas que se fazia no
ambiente científico se encontrava a esperança para um mundo melhor.
Escatologia Bíblica 32
A Idéia do Progresso Mundial
Aqui nós achamos as raízes da teoria da perfectibilidade do homem
e do progresso inevitável do mundo que finalmente dominaria todos os
campos de pensamento. Neste ponto o filósofo francês Rousseau,
aparece, declarando que o homem é intrinsecamente bom, embora mau
atualmente, e que o paradoxo se explica pelo preparo errado que a
maioria dos homens recebe, e o mau ambiente em que a maior parte dos
homens têm que viver. Se isto fosse a verdade, então está dentro da
capacidade do homem de soltar o bem crescente que há nele e assim
produzir para si uma salvação secular própria, através da educação
própria e ambiente apropriado.
Os pensamentos de Rousseau entoavam com as premissas básicas
do pensamento do século dezoito, isto é, o avanço se pode encontrar
explorando a natureza e educando a mente.
Enquanto tudo isto ocorria no mundo do pensamento secular, uma
idéia começou a ser promovida no mundo religioso protestante que iria
finalmente colorir todo o pensamento religioso do século posterior. Um
teólogo chamado Daniel Whitby, no começo do século dezoito,
estabeleceu a idéia que o mundo devia se converter antes do fim do
tempo, de que haveria um milênio de crescente santidade antes do
Advento. Não levou muito tempo que esta déia da conversão do mundo e
um milênio de justiça precedente ao Advento foi vastamente aceito.
A doutrina de Whitby foi em muitos aspectos a contraparte
espiritual da idéia secular da perfectibilidade do homem e o inevitável
progresso do mundo. Sua doutrina também marcava uma intensa
separação do princípio protestante da interpretação literal da Bíblia, e
assim preparou o caminho para maiores livres manejos das Escrituras –
posteriores desatenções no manejo das Escrituras.
Escatologia Bíblica 33
A Reação Contra o Domínio da Razão
Contra o uso céptico da razão no terreno secular, e no quase igual e
despido escolasticismo nas grandes igrejas do Estado, veio uma reação.
No mundo religioso a reação se revelou no movimento pietista.
No mundo filosófico levantou-se uma escola de pensamento que
tinha seu objetivo em derrubar a supremacia da razão, que pretendia que
pode ser conhecido com certeza mas o que pode ser observado e
objetivamente verificado pelos cinco sentidos. Deste desafio filosófico à
razão um escritor observou:
"Agora confrontamos o novo grande clamor do idealismo
filosófico, e uma de suas mais evidentes formas, que marcou a passagem
de um século para outro, (do décimo oitavo ao décimo nono), e à luz do
qual somente a história teológica de nosso período se torna inteligível."
Este desafio ao mau domínio da razão cética foi, ao menos em parte
uma tentativa de defender a religião. De fato, alguns destes filósofos
eram teólogos. Mas a cura para o racionalismo que ofereciam
demonstrou ser quase tão má como a própria enfermidade, porque ela
popularizou a idéia que até aí fora anátema em todos os círculos
religiosos, a idéia panteísta de Deus. Os racionalistas tinham afastado a
Deus nos distantes arcanos da eternidade, quando não O aboliram. Os
filósofos procuravam trazê-Lo para perto entra vez., Mas na procura de
trazê-Lo para perto eles foram ao outro extremo e fizeram-nO uma parte
de toda a natureza, da montanha, árvore, vale e rio.
É verdade que a palavra panteísmo não é usada por esses filósofos,
ou pelos teólogos que vieram gradualmente a aceitar este conceito de
Deus. Em vez disso, eles falavam de um "Deus imanente." Um escritor
bem descreveu a doutrina de um Deus imanente como simples "alto
Panteísmo", o que significava que o Deus pessoal da Bíblia foi
evaporado no espírito movente e essência de toda a criação.
Escatologia Bíblica 34
O mesmo escritor que fala deste "mais alto Panteísmo", da seguinte
maneira conclui seu exame da filosofia de Immanuel Kant e dos outros
filósofos idealistas que o seguiram:
"Nós temos que perguntar se dentro desta grande, ou ao menos
imponente conjuntura de idéias se possa achar lugar para o ser pessoal de
Deus e o homem que contém um lugar central através do ambiente
inteiro do pensamento bíblico, e sem o qual a religião cristã poderá nem
existir nem ser concebida."
Esta escola filosófica não podia deixar de influir no pensamento
teológico, porque a teologia e a filosofia tinham se relacionado
tradicionalmente bem, e, como já foi dito, alguns destes filósofos eram
de fato teólogos. Ainda mais, os líderes nesta escola de filosofia eram
alemães, e a Alemanha já era um reconhecido centro de pensamento
filosófico. Aquele país devia tomar mais e mais a liderança no campo da
teologia ao iniciar-se o século dezenove. (2. H. R. Mackintosh, Types of
Modern Theology, p. 19. 3. Ibid, p. 30).
O Teólogo Schleiermacher
Nós não podemos terminar a discussão das forças que operaram na
mudança dos pensamentos religiosos dos homens no século dezoito sem
mencionarmos mais um nome, o do teólogo alemão Schleiermacher.
Dele um escritor registra bem:
“Seu trabalho no fim do décimo oitavo século abriu uma nova era
não somente em teologia como um todo, mas ainda mais claramente na
interpretação científica da religião.”
Ele preocupava-se em proteger a religião do racionalismo, mas ele
caiu na mesma cova como os filósofos idealistas, se de fato não foi
puxado para a cova para lê-los. "A luta entre o Panteísmo e crença cristã
herdada durante toda a sua vida" "Nós somos deixados mais que a
metade em dúvida se ele por 'Deus' quer dizer um ser de caráter
específico."
Escatologia Bíblica 35
O escritor de quem acabamos de citar conta como as proposições
panteístas de Schleiermacher o levaram a manchar a doutrina bíblica da
criação.
"As idéias assumidas do imanentismo, que dirigem sua mente...
tornavam difícil para ele encontrar até um meio de valor em tais idéias
como "criação do nada", ou a absoluta liberdade de Deus em chamar o
universo à existência. A razão de fato é de que a doutrina da Criação,
compreendida como a Bíblia a compreende, salienta aquela diferença
precisa e a distância entre Deus e o homem que e o alvo do panteísmo
místico ou especulativo abolir." Tão influente foi o pensamento de
Schleiermacher que nós o encontramos afetando definidamente o
pensamento religioso aqui na América, um século depois, como
descobrirmos em tempo próprio. (4. Ibid, p. 31, 5: Ibid, p. 51, 6. Ibid, p.
59, 7. Ibid, p. 81).
Somemos agora as forçar; operantes ao mudarmos do décimo
oitavo ao décimo nono século:
Forças Operantes à Abertura do Século Dezenove
A investigação e descoberta científica foi gradualmente criado uma
impressão entre os intelectuais, e até certa parte entre o público em geral,
que a ciência tem a chave para o futuro e tem a fórmula para determinar
o que é a verdade.
A idéia do valor e respeitabilidade inerente e potencial do homem,
conjugada com a idéia filosófica do progresso mundial, estava
vagarosamente tomando conta das mentes dos homens.
Um exame crítico de todos os relatórios anteriores, conhecidos
popularmente como alta crítica quando aplicados ao relatório bíblico,
estava em caminho, embora tal crítica até aí tinha sido escassamente
aplicada às Escrituras. Em círculos religiosos e filosóficos uma
compreensão imanente e mística de Deus e assim de todo o mundo
sobrenatural, estava começando a infetar o Cristianismo.
Escatologia Bíblica 36
Não obstante, nenhum destes pontos de vista, tinha lá pelos 1840,
mudado de qualquer maneira a compreensão de Deus e da teologia cristã
que o Protestantismo em geral trouxera dos tempos da Reforma. É
verdade que o Cristianismo em geral aceitara então a idéia pós-Reforma
da conversão do mundo, com o seu milênio de santidade terrestre
precedente ao Advento. Sem dúvida, também, as igrejas se tornaram
inconscientemente manchadas com a visão mística de Deus e o
sobrenatural que era mantido pelos filósofos e outros. Mas, devia-se
repetir, que existe um entendimento em geral entre os historiadores
eclesiásticos que até mais ou menos a metade do século dezenove, a
teologia Protestante estava essencialmente sem mudança. Isto foi por
duas razões:
Primeiro, leva tempo para o fermento de novas idéias de mudar a
forma e o caráter de alguma cousa tão grande como o Protestantismo.
Segundo, a teoria darwiniana da evolução, que parecia valorizar,
coordenar, e dar significação adicional a muitas das novas idéias na
ciência e na filosofia, não fora ainda proclamada.
O Movimento Milerita
Neste momento histórico tão espiritual e intelectual significativo, o
movimento do Advento começou sob a pregação de Guilherme Miller, à
consideração do que nós agora nos dedicamos. Para evitar confusão, nós
denominaremos estes primeiros poucos anos do movimento do Advento
Milerismo, para o distinguir do movimento adventista do sétimo dia,
que emergiu como uma entidade distinta depois de 1844.
O Movimento Milerita, embora começasse com a pregação de
Miller em 1831, não se tornou um movimento bem definido até 1840.
Foi então que um número de outros ministros se uniram com Miller para
levar avante um trabalho conjugado. De então até 22 de outubro de 1844,
o movimento cresceu intensivamente em força, até que sua mensagem
foi ouvida através de toda a América e em terras longínquas.
Escatologia Bíblica 37
Os oponentes teológicos do Milerismo estavam dispostos a
concordar que certas profecias bíblicas grandes se acabavam de cumprir
ou estavam por se cumprir, e de que uma mudança momentosa nos
negócios que o evento principal, pendente, era a vinda literal, pessoal, de
Cristo com juízos de fogo, pois eles criam na conversão do mundo. O
mundo secular tinha de maneira mais evidente vindo a crer na
perfectibilidade do homem e do progresso geral do mundo, e portanto
estavam indispostos de dar ouvidos às pregações mileritas. Ainda mais, a
doutrina da vinda pessoal e literal de Cristo era contrária à mística e
panteísta idéia de Deus, que já ganhava um ambiente definido em
círculos intelectuais; embora não esteja claro até que ponto afetava o
pensamento do clero em 1940. Portanto, não é difícil ver por que a
pregação milerita enfrentou uma oposição tão generalizada.
Pregação da Primeira e Segunda Mensagem
Os Mileritas jamais deixaram de salientar o fato de que não
pregavam uma doutrina nova nem estranha, que em vez disso eles
estavam recebendo a esperança e o ensino dos apóstolos e, por sua vez,
dos Reformadores do décimo sexto século. Eles também declaravam que
cumpriam Apoc. 4:6 e 7. Damos em seguida as palavras de um de seus
mais preeminentes oradores:
“Nós vemos a proclamação que foi feita, como sendo a do anjo que
proclamou, „é vinda a hora de seu juízo.‟ (Apoc. 1:6 e 7). É um clamor
que deve alcançar toda,s as nações; é a proclamação do „evangelho
eterno‟ ou „este evangelho do reino‟. De uma outra maneira, este clamor
tem ido adiante pela terra onde quer que seres humanos se encontrem, e
nós tivemos a oportunidade de ouvir do fato.” (itálicos supridos).
Quando as igrejas quase uniformes zombavam de suas pregações,
ridicularizando até a idéia da vinda literal e pessoal de Cristo, os
Mileritas então proclamaram: "Caída é Babilônia." Eles geralmente
declaravam isto em termos da linguagem de Apoc. 18, e desta maneira
Escatologia Bíblica 38
foram capazes de não somente fazer um anúncio mas de transmitir uma
ordem: "Sai dela, povo Meu." Porém, embora fizessem a proclamação,
primeiro nos termos de Apoc. 18, eles chamaram a atenção ao fato de
que a mesma mensagem em essência é encontrada em Apoc. 14:8, e que
é uma mensagem que segue em seguida à de Apoc. 14: 6 e 7. Em outras
palavras, eles creram que estavam proclamando o que nós descrevemos
como a primeira e segunda mensagens angélicas. Em sua denúncia das
igrejas como Babilônia, elas tornaram central na acusação o fato de que
ao igrejas assumiram uma visão espiritualizada das Escrituras, e desta
maneira vaporizavam a grande verdade da vinda literal de Cristo.
Na controvérsia Milerita com as igrejas com respeito à
espiritualização, nós encontramos em embrião, toda a controvérsia
adventista com as igrejas sobre sua espiritualização das mais literais
passagens da Escritura.
Depois de 22 de outubro de 1844, o movimento próprio de Miller se
dissolveu antes que qualquer questão séria fosse levantada sobre a
terceira mensagem de Apocalipse 14.
O Surgimento dos Adventistas do Sétimo Dia
Entre os grupos mileritas divergentes e perplexos no princípio de
1845, encontrava-se alguns que estavam completamente persuadidos que
não havia engano na interpretação básica da profecia, de que 1844 era o
grande ano, e que eles apenas se apegassem à sua fé e pedissem ao
Senhor por luz, eles em breve veriam onde o engano particular se
encontrava e poderiam continuar dali, construindo sobre os fundamentos
já postos. Este pequeno grupo, pequeno e mal definido, foi o núcleo do
Movimento Adventista do Sétimo Dia. (8. Josias, Litch em Advent
Shield, nº 1, (1844), págs. 86 e 87).
Como este pequeno grupo foi corrigido em sua compreensão do
significado do santuário é tão bem conhecido dos Adventistas para ser
discutido aqui. Bem conhecida era também a história de como a verdade
Escatologia Bíblica 39
do sábado, o sétimo dia, foi levada ao grupo de crentes adventistas, em
Washington, New Hampshire, por uma Batista do Sétimo Dia, Rachel
Preston. Mas o que parece não ser tão bem conhecido é de como a
verdade do sábado se ancorou na mensagem do terceiro anjo, e por sua
vez, se tornou central à pregação profética dos adventistas do sétimo dia.
Em poucas palavras a história é a seguinte: Em 1846, José Bates,
um dos pertencentes ao pequeno grupo original que constituía nossos
pais espirituais, escreveu um folheto a favor do sábado, o sétimo dia.
Naquele folheto ele usa o simples e elementar argumento em favor do
sábado, isto é, de que fora estabelecido na Criação, e reafirmado no Sinai
por ser incluído nos Dez Mandamentos, que são o código moral para
todos os homens em todos os tempos. Naquele mesmo folheto ele se
refere rapidamente à ponta pequena de Daniel 7, que pensaria em mudar
os tempos e as leis, especialmente a lei do sábado. Ele pergunta aos
crentes do Segundo Advento, o grupo para quem o folheto foi
preparado, porque eles não duvidariam desta parte da profecia de Daniel,
sendo que tinham tão grande confiança em todas as visões de Daniel.
Na segunda edição deste folheto, publicada em janeiro de 1847,
Bates expande o argumento profético pelo sábado unindo a citação de
Daniel à declaração de João em Apoc. 14:9-11. Ao fazê-lo ele conseguiu
duas coisas: proveu um novo argumento pelo sábado e um novo
argumento contra o domingo. Ele realmente fez muito mais do que isto,
quando ele e seus associados na observância do sábado logo
compreenderam. Ele deu uma interpretação às palavras de João em
Apocalipse 14:9-11, que qualificou os remanescentes observadores do
sábado do Milerismo de sair a outros crentes do Advento com o apelo
que era mais ou menos assim: Todos nós durante o movimento Milerita
críamos que Deus nos proveu para pregar a mensagem do anjo de Apoc.
14: 6 e 7. Todos nós oramos que Deus nos chamou também para pregar a
mensagem de Apocalipse 14:8. Mas por que devíamos nós estacionar
com estas duas passagens quando a Bíblia revela claramente que uma
terceira seguirá? Não é esta terceira uma verdade presente e sensível para
Escatologia Bíblica 40
estes dias que seguem imediatamente a 1844, e não deveríamos crer nela
e em seguida proclamá-la?
Assim José Bates e seus associados apelavam aos Adventistas
observadores do domingo. Em geral suas respostas eram que não
estavam mais certos das mensagens do primeiro e segundo anjos, e
portanto como poderiam eles esperar de ter certeza sobre a terceira?
Foi esta crescente atitude de descrença da parte de outros
adventistas que levaram Tiago White a afirmar: "Nós pretendemos estar
na fé adventista original." Naturalmente, nossos pioneiros declaravam
que outras pessoas adventistas, por causa de suas dúvidas quanto à
primeira e segunda mensagem, se não sua renúncia delas, tinham
"abandonado a fé original." (No The Advent Review aquelas quatro
palavras estão em grandes letras maiúsculas).
É evidente, portanto, que desde o começo este movimento
adventista do sétimo dia considerou como básico e central suas crenças e
as suas pregações da terceira mensagem dos anjos de Apoc. 14:6-11.
Ponto de Vista Restrito no Início Com Respeito
à Mensagem do Terceiro Anjo
Para manter claro o relatório histórico, deveria ser lembrado de
passagem que no princípio nossos antepassados espirituais consideravam
a primeira e a segunda mensagens como tendo sido dadas, no sentido que
elas tinham sido completamente cumpridas, e assim não deviam mais ser
uma parte da pregação Adventista. Este ponto de vista é compreensível
ao nos lembrarmos o que criam sobre três fatos importantes.
1. Eles criam que a fase investigativa do juízo, que precede o
advento de Cristo, era a fase do juízo executivo, e seria excessivamente
breve. Assim, a "hora do Seu juízo" poderia ser considerado como
descrevendo primeiro a vinda de Cristo em glória. Esta mensagem os
homens tiveram ampla oportunidade de ouvir e agir. Se não tivesse sido
pregada em toda a extensão da América e nos países distantes?
Escatologia Bíblica 41
2. A mensagem do segundo anjo era considerada como de um fato
totalmente cumprido, que Babilônia caíra, e num determinado ponto da
história, em 1844.
3. O mundo em geral tinha passado seu dia de graça, misericórdia –
a porta da oportunidade estava fechada.
Daí nossos antepassados espirituais criem que eles deviam focalizar
a terceira mensagem, e consistentemente eles criam bem no próprio
começo que eles deviam proclamar esta mensagem aos companheiros
adventistas, que não estavam sob a condenação do segundo anjo, e que
eram inteiramente conhecedores com o relato, alcance da primeira
mensagem angélica. (9. Review and Herald, April, 18, 1844, p. 101. 10.
Ibid., Aug. 1850, nº 1, p. 1).
A Verdadeira Medida da Tríplice Mensagem
Mas o valor e a importância da tríplice mensagem não deve ser
medido apenas da parte de nossos pais, mas por um estudo das próprias
mensagens, e então, por sua vez, por uma comparação das declarações
proféticas destas mensagens com os eventos decorridos. Não nos
esqueçamos que nós cremos que as três mensagens angélicas são
declarações proféticas relacionadas com os eventos dos últimos dias.
Portanto, os anos que decorressem proveriam prova maior ou
desaprovariam as declarações que os adventistas tinham sempre feito,
que as mensagens são aquelas mais necessitadas pelo mundo nos últimos
dias. Em outras palavras, a pretensão do movimento adventista que foi
iniciado por Deus para pregar uma mensagem diferente e muito
apropriada para as últimas horas da história terrena devia encontrar sua
validez nos eventos da história que deviam ocorrer desde o dia de nossa
primeira pregação em 1840 até a última hora da história terrestre.
Deus jamais é surpreendido. Ele não espera pôr em andamento um
movimento ou a mensagem longamente após o tempo em que é preciso;
antes Ele o põe em movimento para antecipar uma necessidade. Desta
Escatologia Bíblica 42
maneira, os desencadeantes eventos da história, como se enquadram na
mensagem profética de Deus provêem de uma validez convincente, pois
eles revelam a previsão divina dAquele que deu a mensagem. Têm os
eventos que se transformam desde 1844, até ao nosso tempo provido
apoio às nossas predições proféticas baseadas em Apocalipse 14, e nossa
declaração que a nossa mensagem, portanto, é mais apropriada e
verdadeira hoje do que jamais poderia ter sido antes? Esta é plenamente
a questão diante de nós, e é por isto que eu intitulei meus estudos, "A
Crescente Propriedade de Tempo da Tríplice Mensagem."
Doutrinas e Profecias Apresentadas na Tríplice Mensagem
Não obstante, antes de eu apresentar um esboço dos anos de 1844
ao presente, me permitam apresentar as doutrinas e predições proféticas
que são ou explícitas ou implícitas na tríplice mensagem:
1º - Deve-se proclamar uma mensagem nos últimos dias da história
terrestre, mensagens que não é um evangelho novo, nem uma fórmula
para salvação, mas "o evangelho eterno". Evidentemente será necessário
salientar muito especificamente este evangelho eterno, a fim de
encontrar algum item que deve se desenrolar nos últimos dias da história
terrestre.
2º - Existe um chamado aos homens para que adorem, não a um
Deus panteísta, nem um Deus evolucionista, nem um Deus místico, mas
o Deus Criador, os homens devam "temer a Deus... e adorar Aquele que
fez os céus e a terra." Evidentemente existe a necessidade nos últimos
dias para salientar uma grande verdade elementar, com respeito à
natureza, o caráter e a autoridade de Deus.
3º - Uma mensagem deve ser dada anunciando um clímax à história
da terra, e isto sem demora. Mas o clímax deve ser em juízo, rápido e
decisivo, não em transição imperceptível de santidade pela conversão
universal. Nós podemos corretamente aqui unir os juízos investigativo e
executivo, ao considerarmos a última importância desta mensagem do
Escatologia Bíblica 43
juízo. Em outras palavras, deve haver uma grande necessidade de pregar
uma verdade particular com respeito ao caráter dos eventos que estão no
fim do caminho, que os homens podem saber definitivamente o que está
À FRENTE. Existe a necessidade de apresentar o que teólogos
descreveriam como uma escatologia finamente preparada, uma doutrina
das últimas coisas, uma doutrina do juízo e do Advento.
4º - Esta mensagem de que a hora do juízo de Deus é vinda, tem
implícita em si, a mensagem que Cristo vem a segunda vez,
pessoalmente, externamente e em breve. Foi somente quando homens
começaram a aceitar a doutrina da conversão do mundo e um milênio
terrestre que eles permitiram que a doutrina da vinda literal de Cristo se
apegasse em suas mentes. As Escrituras sempre uniram conjuntamente o
fato de final juízo de Deus com a vinda pessoal de Cristo. Não é uma
extensão sem garantia do texto dizer que a mensagem da hora do juízo é
também a mensagem da vinda literal de Cristo pela segunda vez.
5º - Mas esta mensagem do juízo que focaliza nossas mentes no
clímax da história da terra também leva o nosso olhar diretamente ao
santuário nos altos céus, para verificar a maneira em que o trabalho
expiador de Cristo pelo pecado é executado. Evidentemente deve haver
uma necessidade grande e crescente nos últimos dias da história da terra
de trazer aos homens uma clara compreensão da realidade do pecado e
mostrar que nós podemos ser purificados dele. A mensagem conta com o
fator tempo; ela começa em 1844.
6º - Está implicado nesta tríplice mensagem um chamado para
guardar a santa lei de Deus, pois o chamado de "temer a Deus", à vista
do juízo, pode apropriadamente ser relatado em termos de Ecl. 12:13 e
14: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os
Seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque
Deus há de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas, quer
sejam boas, quer sejam más." Aqui temos uma mensagem de explícita
obediência a uma norma moral claramente definida.
Escatologia Bíblica 44
Esta conclusão razoável que um chamado para guardar a lei de
Deus é implícita na tríplice mensagem, é reforçada pela descrição dos
santos de Deus que é apresentada imediatamente seguido o anúncio da
tríplice mensagem: "Aqui está a perseverança dos santos, os que
guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." Apoc. 14:12.
A Mensagem do Segundo Anjo
7º - Uma mensagem deve ser dada de que as organizações religiosas
caíram espiritualmente, caíram do alto nível espiritual no qual deviam
andar, caíram das grandes verdades cardeais que deviam distinguir os
seguidores de Cristo. Vai além dos limites desta preleção apresentar a
evidência que Babilônia descreve as igrejas caídas. Este ponto eu posso
te como certo ao dirigir-me a um auditório adventista.
Que esta queda de Babilônia é progressiva pode ser concluído do
fato que a mensagem é repetida em Apoc. 18, mas com ênfase elevada e
novos detalhes. Embora o primeiro e o terceiro anjo de Apoc. 14, são
mencionados como clamando em uma "alta voz", o segundo anjo não é
assim descrito. Eu não salientaria este ponto, embora seja um fato
interessante que os nossos pioneiros fizeram. E, por contraste, eles
também salientaram o fato que o anjo de Apocalipse 118, tinha "grande
poder", e a terra é "iluminada por sua glória", e "ele clamou fortemente
com uma voz alta."
Embora Babilônia tenha caído, ela contém muitos do povo de Deus.
A tarefa dos que proclamam a segunda mensagem, é a tarefa de chamar
homens para fora. Evidentemente as condições no mundo religioso
devem se desenvolver para que haja a necessidade de ressoar nos dias à
frente, um novo e mais alto clamor que nunca tenha sido feito antes:
"Caiu, caiu Babilônia," "Sai dela, povo Meu."
Escatologia Bíblica 45
A Mensagem do Terceiro Anjo
8º - Existe explícita uma advertência contra o culto dominical.
Outra vez posso dizer, parenteticamente, que vai além do ambiente
destas conferências mostrar que a marca da besta é o culto ao domingo.
Isto eu devo poder considerar entendido ao dirigir-me a uma conferência
de ministros adventistas.
9º - Existe implícito na tríplice mensagem um chamado para
guardar o santo sábado de Deus, o que é evidente por duas razões: (1)
Nós já descobrimos que existe implícito o chamado para guardar a santa
lei de Deus, que inclui o sábado; e, (2) se devemos advertir os homens
contra a observância do sábado errado, é evidente que a nossa mensagem
não está completa até que tenhamos apresentado a mensagem do
verdadeiro sábado.
10º - A Tríplice Mensagem apresenta cinco profecias:
a) Que Roma e os Estados Unidos estarão dominando. Não nos
esqueçamos que em toda a discussão da terceira mensagem nós devemos
pensar dela em relação ao décimo terceiro capítulo de Apocalipse, pois a
besta, e a imagem da besta, mencionados em Apocalipse 14:9,
encontram a sua explicação no décimo terceiro capítulo. De fato, é no
verso 16 daquele capítulo que nós primeiro achamos uma referência da
marca da besta. Portanto, vendo a terceira mensagem angélica no
fraseado do décimo terceiro capítulo, nós estamos certos ao declarar que
a terceira mensagem contém uma profecia que nos últimos dias Roma e
os Estados Unidos estarão dominando nos negócios mundiais.
b) Que o Protestantismo estará dominando nos negócios dos
Estados Unidos.
c) Que o Protestantismo estará, de alguma maneira ao menos,
unido. Obviamente, se o Protestantismo deve adquirir uma posição
dominante nos negócios da nação, ele deve apresentar uma frente bem
mais unida do que foi a de 1844. Naquele tempo o marco de destaque do
Escatologia Bíblica 46
Protestantismo nos Estados Unidos, como em outra parte, foi a sua
qualidade divisória e guerreira.
d) Que haverá uma cooperação unida entre Roma e os Estados
Unidos. Como poderia a segunda besta de Apocalipse 13 chamar os
homens a fazer uma imagem à primeira besta, que recebeu e se
recuperou da ferida mortal, a não ser que houvesse um entendimento
único entre eles? E é da besta e de sua imagem que o terceiro anjo fala.
e) Que nos últimos dias o Sábado do Sétimo Dia terá um
significado como um sinal de aliança com Deus. O contexto claramente
o implica.
Eu não creio ter passado os limites da dedução razoável das
palavras da Escritura, no que eu aqui tenho dito à medida que as
doutrinas e declarações proféticas, ou explícitas ou implícitas na tríplice
mensagem. De fato, creio que estou apenas relatando a posição
adventista há muito tempo estabelecida e a interpretação destas
mensagens.
Nossos pioneiros brevemente compreenderam que a tríplice
mensagem contém as proposições aqui enumeradas, o que significa que
eles rapidamente que a sua primeira vaga concepção da primeira e
segunda mensagem angélica como estando no passado, estava errada, a
que em vez disto, o primeiro anjo é seguido pelo segundo e então pelo
terceiro, não no sentido mensagens completas separadas, mas antes no
sentido de uma mensagem que aumenta, crescendo em volume e
tornando-se tríplice em caráter. Assim eles rapidamente viram que todas
as três mensagens têm significado e tempo determinado até o fim da
história da terra. Muito particularmente, eles vieram com o tempo a
entender que a queda de Babilônia é progressiva, o que importava em
colocar no futuro o dia de sua completa queda ou apostasia total.
Escatologia Bíblica 47
Tríplice Mensagem Muitas Vezes Pregada
em Ambiente Limitado Demais
Que esta tem sido nossa crença desde os mais primitivos tempos
é evidente de nossa literatura. Porém, um exame daquela literatura
através dos longos anos até agora, revelará, eu creio, essencialmente isto
com respeito a nossas pregações das três mensagens:
1º - Nós geralmente apresentamos a mensagem do primeiro anjo em
uma maneira um tanto restrita, isto é, simplesmente em apoio da doutrina
do juízo investigativo, que devia começar no fim do período dos 2.300
dias.
2º - Nós apresentamos a mensagem do segundo ano especialmente
em termos de queda das igrejas em 1844, e em termos de certas provas
de apatia espiritual imediatamente subseqüente a isto. E eu poderia
adicionar que estas provas de apatia espiritual nos anos subseqüentes a
1844, têm muitas vezes sido de um caráter vago e geral; em outras
palavras, uma espécie de acusação geral das igrejas como faltando
vitalidade e vigor espiritual. De fato, nossa literatura, particularmente em
décadas recentes, parece conter relativamente pouco sobre a mensagem
do segundo anjo, comparado com o primeiro e o terceiro. Um exame dos
assuntos titulares de muitos evangelistas por um número de anos tem
impressionado em mim a mesma conclusão.
3º - Através dos anos nós temos apresentado inquestionavelmente a
terceira mensagem angélica de maneira militante e diretamente. Porém, a
maior parte de nós apresentavam-na quase exclusivamente em termos
simplesmente de guardar o "sétimo dia", como a Lei de Deus manda em
vez de guardar o dia como o papado manda.
Agora tudo isto é bom até o ponto que alcançou, mas nestas três
mensagens estão predições proféticas para os últimos dias, e se a
pregação adventista com Apoc. 14:6-11 como apoio deve tornar-se cada
vez mais apropriada a nosso tempo, do que os anos que passam deviam
ter nos levado a dar força aumentada e largura e exatidão a nossas
Escatologia Bíblica 48
pregações destas três mensagens angélicas. Não posso escapar da
convicção, que nós não temos exposto a tríplice mensagem com a
amplitude crescente que os eventos que mudam nos anos garantem.
O que estes eventos que mudam têm sido, e como estão
relacionados às mensagens tríplices, eu agora vou procurar expor.
Pregando a Tríplice Mensagem Mais Completamente
A fim de apresentar um ambiente histórico adequado para uma
avaliação da tríplice mensagem, é necessário adicionar à nossa
investigação da apostasia religiosa uma investigação de certos
desenvolvimentos dos tempos modernos. Eu penso em três que implicam
no aspecto profético da tríplice mensagem: 1) a tendência para a união
da igreja, 2) o poder crescente Roma, 3) o declínio da liberdade no
mundo. Consideremo-los em ordem:
1) A Tendência para a União da Igreja:
Primeiro, a tendência para a união da igreja. As diferenças em
pontos de vista doutrinários eram em grande parte responsáveis pelas
corporações religiosas separadas do Protestantismo. Mas quando a Bíblia
começou a perder seu status único como um livro inteiramente inspirado,
as igrejas começaram a perder o interesse nas doutrinas. E ao diminuir
tal interesse, resultou um certo tipo de tolerância entre as igrejas, uma
tolerância que surgiu do sentimento que não havia nada realmente
merecedor de lutas no terreno doutrinário. Com os muros doutrinários
caindo entre as denominações, o maior dos obstáculos à união das
igrejas, caiu.
Então veio a grande depressão, com dias mais escuros a seguir, para
apressar a tendência a favor da união das igrejas. Os eclesiásticos
começaram a apelar pela união visando assegurar para a cristandade uma
força adicional para encontrar os males ameaçadores do que começaram
a descrever como uma nova Idade Escura.
Escatologia Bíblica 49
Na América, um número de organizações religiosas foram
organicamente unidas com outras organizações religiosas. O mesmo
também se materializou em outros países. Criou-se também o Concílio
Federal de Igrejas de Cristo na América, agora fundido no Concílio
Nacional das Igrejas. Hoje, algumas das maiores organizações nesta
federação são a exploração séria da possibilidade de uma união real de
todo o Protestantismo na América.
Mais recentemente se cristalizou um longo e planejado Concílio
Mundial de Igrejas, que procura atingir, incluir todo o cristianismo não
Católico Romano. Em 1938, quando os planos para este Concílio
Mundial estavam definidamente tomados, forma o órgão do Concílio
Federal das igrejas declara em editorial: "Uma nova tendência está permeando as igrejas – uma tendência
uniforme em vez de divisória. Existe uma compreensão aprofundada ao fato que a própria natureza da igreja, como o único corpo de Cristo, requer união. Também existe a elevada compreensão que a situação do mundo que confronta todas as igrejas hoje é um chamado de clarim pela União."
De fato, tão forte foi esta "nova tendência", mesmo em 1938,
quando aquele editorial foi escrito, que em janeiro do ano seguinte, numa
reunião da comissão provisional do Concílio Mundial, a seguinte
resolução foi tomada:
"O presidente fica autorizado a escrever ao Vaticano dando
informações a respeito da formação do Concílio Mundial e
demonstrando a esperança de que em vista de seus interesses comuns em
opor-se ao secularismo disseminado e paganismo que houvesse ao
menos alguma medida de cooperação Católico-Romana em certos
aspectos do Concílio.
O concílio foi finalmente criado em 1948, numa reunião impressiva
que houve em Amsterdã, Holanda, à qual vieram dignitários de igrejas
da maioria da cristandade não Católica Romana. A próxima de ser
mantida em 1954 nos Estados Unidos.
Escatologia Bíblica 50
O Concílio Mundial e o Segundo Advento
59 – Federal Council Bulletin, Junho de 1938, pág. 4.
60 – The Christian Century, 22 de fev. de 1939, pág. 242.
Uma comissão especial que tem estudado o tema para esta reunião
de 1954, entregou aos líderes da igreja um relatório preliminar. A não ser
que este relatório seja abandonado ou materialmente revisto, a sessão
próxima do Concílio Mundial discutirá a relação de Jesus Cristo quanto à
vida da igreja no passado, no presente e no futuro. Este relatório inclui
uma discussão da doutrina da segunda vinda de Cristo como a esperança
do homem.
Porém, embora o relatório use a frase “a vinda de Cristo”, e até
empresta as palavras de Cristo de S. Mateus 24, deixa o assunto todo do
segundo advento desastradamente fora de foco. Os construtores do
relatório confessam que eles não sabem como Cristo virá, ou
precisamente o que Ele fará pela Sua vinda, para não dizer nada sobre o
estarem na completa ignorância sobre o quando Ele virá.
De fato, existem alguns teólogos, particularmente nos Estados
Unidos, onde a idéia otimista de um céu terrestre ainda dormita, que
estavam bem certos que o salientar o Segundo Advento marcava um
passo em retrocesso. Eles temiam que isto distrairia a mente dos
eclesiásticos dos problemas presentes do mundo. Alguns teólogos
americanos francamente declararam que eles não sabiam o que o
relatório queria dizer quando falava de segunda vinda.
Este relatório da comissão especial co Concílio Mundial das Igrejas,
revela que com respeito ao Segundo Advento, o clímax do plano de Deus
para a salvação do homem, muitos teólogos sentem a necessidade do
reavivamento desta doutrina, mas parecem estranhamente ignorantes a
seu respeito.
Escatologia Bíblica 51
O Crescente Poderio de Roma
Examinemos agora o crescente poder de Roma. O Papado recebeu
um imenso crescimento de poder como resultado da Primeira Guerra
Mundial. Alguém observou que o único vencedor naquela guerra foi a
Igreja Católica. Antes da guerra começar havia catorze nações às quais
enviados papais eram acreditados. No fim da Primeira Guerra Mundial o
número aumentara para trinta e dois.
Para maior discussão do relatório, veja: Revista Ecumênica, janeiro
de 1952, págs. 161-173; abril, 1952, págs. 282-285; julho, 1952, págs.
413-426.
Esta revista é trimensal, publicada pelo Concílio Mundial de
Igrejas. Por causa da reação por eclesiásticos americanos veja também a
“Correspondence”, seção do Christian Century, nas semanas
imediatamente posteriores à publicação do relatório.
Em 1929, Mussolini e o secretário papal de estado assinaram um
Tratado Político, uma Concordata, e Acordo Financeiro, que corrigia os
erros que o Papado declarava que Vítor Emanuel cometera contra eles,
em 1870, e mudou o status papal da de prisioneiro do Vaticano à de um
governante livre e soberano, o Rei da cidade do Vaticano.
Alguns meses após a assinatura do Tratado, o Papa, ao falar a
jornalistas católicos da Itália, descreveu o ano de 1929 como “este
momento tão histórico, tão importante, que fica entre o passado e o
futuro; que fecha o passado e abre o futuro.”
Provavelmente, uma das maiores provas do poderio crescente do
Papado é o crescimento da Igreja Católica na América. Os Estados
Unidos emergiram da Primeira Guerra Mundial inquestionavelmente a
mais poderosa nação do mundo e também a mais rica. É compreensível
que Roma deveria olhar a América como a terra da promessa. Não é
necessário alistar os vários meios em que a Igreja Católica nos Estados
Unidos procurava ganhar influência e poder, para mais do que suficiente
Escatologia Bíblica 52
evidência apresente em si mesmo em toda a parte é do conhecimento
geral de todos os adventistas do sétimo dia.
Eu mencionei uma amostra impressionante de evidência, a escolha
de Myron C. Taylor pelo presidente Roosevelt, em 1959, como enviado
ao Vaticano. Muito bem podia o Christian Century dizer em comentário
editorial sobre a escolha: "O despacho de Mr. Taylor ao Vaticano é de
mau agouro à neutralidade e à liberdade religiosa nos Estados Unidos."
É um fato significativo que apesar de todos os protestos dos
círculos protestantes, o presidente Roosevelt, e então mais tarde o
presidente Truman, combinaram manter um enviado no Vaticano. No
momento o assunto é nebuloso, e ninguém cabe exatamente o que está na
mente do Presidente com respeito às futuras relações com Roma. Isto
tem que ficar no campo da especulação.
Mas não é especulação dizer que nestes anos que atingiram a
Segunda Guerra Mundial, Roma grandemente aumentou sua posição e se
torna facilmente o mais estratégico centro de negócios internacionais.
62º - Citado por John La Farge, S. J., em America, jan, 4, pág. 304.
63° - 3 de janeiro de 1940, pág. 4.
Conversões à Roma
Uma prova única do poder de Roma é encontrada na conversão de
certos intelectuais à Igreja Católica Romana. Os intelectuais de hoje são
notórios na indiferença a toda a religião, não obstante existe um número
suficiente de tais homens que se uniram à Igreja Católica, ano após ano e
valorizam o dar-se ao assunto alguma consideração. Pode haver apenas
uma pouca dúvida que uma grande razão está acima de todas como
explicação da conversão de tais homens ao Catolicismo Romano.
Thomas Huxley estava certo em sua compreensão da natureza humana
quando ele declarou que os homens anelam por alguma autoridade
segura que eles podem aceitar e que leva a um fim as seus árduas e
muitas vezes admirável procura da verdade e da certeza de viver.
Escatologia Bíblica 53
Um escritor que é um professor num colégio denominacional
declarou nos primeiros anos de depressão: "Para muitos estudantes, a tentativa de viver sem norma de conduta ou
de crença religiosa, envolve um esforço militar tão insuportável que eles estão prontos a creditar e seguir qualquer religião guia que assuma um ar de certeza. São precisamente os estudantes mais céticos que são os mais qualificados a ceder a um ataque inesperado de credulidade, pela simples razão que são eles que sentem a falta de certeza religiosa mais dolorosamente."
O mesmo autor imediatamente acrescentou esta nota marginal
iluminadora: "Mais de uma vez eu fiquei surpreso, ao terminar uma conversa com
um estudante radicalmente cético, de me fazer ele uma pergunta obviamente esquisita a respeito das pretensões da Igreja Católica Romana." – Walter Marshall Norton, Theism and Modern Mood, pp. 12 e 13.
O Protestantismo tão completamente abandonou os ensinos
autoritários por áridas especulações que tem pouco apelo para os que
procuram certeza espiritual. Sob o título “Pregação Protestante: Pagã ou
Cristã?” um ministro protestante escreveu um artigo em que ele atacou
seus companheiros ministros, por abandonarem as verdades eternas da
religião revelada à discussão de questões. que não podem prover auxílio
para as almas humanas. O parágrafo final de seu artigo mostra a relação
desta situação à questão das conversões ao Catolicismo: "Eu não tenho nenhum preconceito contra a igreja Católica Romana.
Seria impossível para mim com o intelecto aceitar seus ensinos. Porém, se o Catolicismo falhar no fim, será porque os homens e mulheres, cansados de alma, se levantam dispostos a esquecer seus muitos remanescentes arcaicos do passado, e se ajoelharam diante do altar, onde para eles uma avenida as pode levar à presença de seu Deus... O católico romano continuamente é ensinado que sua alma exige o culto de seu Deus, enquanto que o Protestante corre entre suas igrejas para ouvir o Ver. A, que é um brilhante e popular pregador. Ele vai, com o seu irmão pagão, a fim de prender-lhe por algum tempo a seu filósofo favorito." – J. Burford Parry no The Congregationalist, 15 jan, 1951, pág. 78.
Escatologia Bíblica 54
As Palavras Proféticas da Sra. White
Coloque ao lado, esta declaração feita pela Sra. White há muitos
anos que demonstra ser profética: “Uma época de grandes trevas intelectuais demonstrou-se favorável ao
êxito do papado. Provar-se-á ainda que um tempo de grande luz intelectual é igualmente favorável a seu triunfo. Nos séculos antigos, quando os homens estavam sem a Palavra de Deus e sem conhecimento da verdade, seus olhos estavam vendados, e milhares se enredavam, não vendo a cilada que lhes era armada sob os pés. Nesta geração muitos há cujos olhos se tornam ofuscados pelo resplendor das especulações humanas - da "falsamente chamada ciência"; não percebem a rede e nela caem tão facilmente como se estivessem de olhos vendados. É o intuito de Deus que as faculdades intelectuais do homem sejam tidas na conta de um dom proveniente de seu Criador, e empregadas no serviço da verdade e da justiça; mas, quando são acariciados o orgulho e a ambição, e os homens exaltam as suas próprias teorias acima da Palavra de Deus, pode então a inteligência causar maior dano que a ignorância. Assim a falsa ciência da atualidade que mina a fé nas Escrituras Sagradas, mostrar-se-á tão bem-sucedida no preparar o caminho para a aceitação do papado com seu formalismo aprazível, como o fez a retenção do saber ao abrir o caminho para o seu engrandecimento na Idade Média.” – O Grande Conflito, pp. 572, 573.
Por séculos os cristãos têm olhado para um ou para outro de duas
fontes de autoridade, a Bíblia ou a igreja, o que significa a Igreja
Católica.
A controvérsia sobre se a Bíblia ou a Igreja é a suprema autoridade,
tem sido a cruz verdadeira do conflito entre Roma e o Protestantismo.
Somente à medida que o Protestantismo estabeleceu a Bíblia como a
verdadeira voz de Deus falando a nós, tem ele sido capaz de oferecer aos
homens o que satisfaz os mais profundos desejos de suas almas, uma
autoridade certa.
É à luz disto que nós podemos ver a sinistra importância da
moderna apostasia, que levou multidões crescentes de membros da igreja
Escatologia Bíblica 55
protestante, não dizer nada das hostes de membros sem igreja, de ver a
Bíblia como um misto de folclore e belas atitudes. Nós falamos muitas
vezes de completar a Reforma. Seria talvez mais exato de falar em
começar a Reforma novamente. A contra-reforma romana na última
parte do século XVI, para recuperar a Europa para o papado, jamais feriu
o protestantismo com uma pancada tão mortal, como o faz o movimento
evolucionista moderno que começou na última parte do século IXX. Em
outras palavras, a moderna apostasia no protestantismo pavimentou o
caminho para um reavivamento do poder romano.
Hoje os Estados Unidos são o poder saliente no mundo político, e
Roma, no mundo religioso. Ambos têm um inimigo comum, crêem eles,
no Comunismo, fato este que certamente procurará ligá-los sempre mais
conjuntamente. As implicações disto tenta-nos a fazer predições
detalhadas, mas eu evito profetizar. Os evidentes fatos são suficientes em
si mesmos, e assim são as profecias do Livro de Deus. A estes eu me
referirei um pouco mais tarde.
O Declínio da Liberdade
Vejamos agora o terceiro desenvolvimento profético importante de
nossos dias, o declínio da liberdade. Este declínio é o reverso da longa
tendência que começou no século XVIII. Foi então que novas e
revolucionárias concepções da natureza do estado e os direitos do
homem individual começaram a ser largamente promovidos. Foi na
última parte daquele século que um novo tipo de governo foi
estabelecido aqui na América, e houve uma revolução na França que
marcou o começo do fim dos reis e imperadores na Europa.
A tendência para a democracia e a liberdade, os direitos do
indivíduo, e os direitos dos pequenos pode ser dito que chegou a um
clímax na Primeira Guerra Mundial, que o Presidente Woodrow Wilson
declarou ser uma guerra que faria o mundo seguro para a democracia.
Mas aquela guerra, que trouxe tal destruição a governos longamente
Escatologia Bíblica 56
estabelecidos, pavimentou o caminho para governadores mais poderosos
e novos. O desmoronamento da economia das nações nos anos de
depressão, aumentados com a Segunda Guerra Mundial, criou uma
situação singular de instabilidade econômica e suspeitas e temores
internacionais. Isto por sua vez parece despertar governos centrais mais
fortes, e sempre mais fortes, em certos países ao menos, e por uma louca
multiplicação de regulamentos governamentais em virtualmente todos os
países. De modo compreensível estes regulamentos são mais evidentes
na área das compras e vendas, uma atividade central ao funcionamento
de qualquer sociedade livre e vital à vida de cada cidadão.
Ao mesmo tempo Roma tem sido agressiva militante onde quer que
tivesse oportunidade em diferentes terras para suprir qualquer oposição à
Igreja Católica. Isto tem sido mais evidente na Espanha e em outros
países sul-americanos.
A regimentação crescente da cidadania na maioria dos países, uma
regimentação crescente sujeita às vezes à necessidade econômica, às
vezes às más ambições dos ditadores, e às vezes a ambos, tem
evidentemente escurecido o céu da liberdade. Nós ouvimos homens falar
agora da penumbra da democracia, a fim do grande dia dos direitos
humanos que despertaram tão auspiciosamente a dois séculos agora. E
estas sombras extensas têm apenas acrescido as tensões e perplexidades
no mundo da religião. Paradoxalmente, estas sombras lançam luz sobre a
profecia de Apocalipse 13, que está entrelaçada com a mensagem do
terceiro anjo.
Nosso Exame Resumido
Vou resumir agora este exame. No mundo do pensamento religioso
e outros, a história dos últimos três séculos é a história da secularização
do homem. O crescente domínio da ciência, com sua aparente habilidade
de explicar todos os mistérios da vida e sua habilidade evidente de
Escatologia Bíblica 57
prover conforto e satisfação para o homem tem sido a causa real neste
processo secularizado.
O homem tende naturalmente, em sua condição de pecado, a
confinar seu pensamento a este mundo. Se a ciência comprovou para sua
satisfação que existe evidência de um mundo além, e que Deus
realmente não é necessário na explicação deste mundo, ou como um
auxílio de melhorá-lo, o resultado inevitável não poderia ser outro que a
secularização do homem. Então com a liderança religiosa capitulando às
premissas científicas, não havia freio para a secularização. Ainda mais,
com todos os grandes centros de cultura doutrinando a juventude com
idéias que, se não eram hostis ao sobrenatural, ao menos o descontavam
ou ignoravam-no e uma sorte secular para o homem tornou-se
virtualmente inevitável.
Se eu tivesse que descrever em uma palavra os métodos do homem
no vigésimo século com respeito ao sobrenatural, eu usaria a fria e dura
palavra secular.
Em 1948, foi publicado um volume relevante intitulado A Fé Cristã
e o Secularismo. Neste livro um grupo de escritores apresenta o permear
do secularismo em todo o departamento da vida. Aqui segue o primeiro
parágrafo: “O secularismo não é mais, como foi a cem anos atrás, uma revolta
intelectual contra o domínio teológico. Tornou-se a atmosfera mestra de nossa cultura. O descrevê-lo é como descrever o ar ao nosso redor. Nenhuma faca teológica pode dissecá-lo; é persuasivo demais e fluido para ser capturado na rede de qualquer sistema de idéias. Nós estamos tão completamente ajustados a ele que não o marcamos, mas somente aqueles traços salientes de nossa cultura para a qual ele é o fundamento permanente."
O escritor adiciona imediatamente, e corretamente, "o secularismo é
ateísmo prático." – Leroy E. Loemker, The Nature of Secularism in the
Christian Faith and Secularism, edited by J. Richar Spann, pág. 11.
Escatologia Bíblica 58
Há apenas uns poucos meses Arnold J. Toynbee, um dos mais
eminentes historiadores do presente, escreveu um artigo muito admirável
para uma revista trimestral religiosa em que ele apresentou o que ele
acreditava ser a crise real no mundo hoje. Ele declarou: “O conflito fundamentai não é político mas religioso; e a linha divisória
entre os dois campos religiosos não é o limite político de âmbito mundial entre uma esfera russa ou americana de influência política. A linha atravessa o mundo inteiro espiritual dentro de cada alma viva na terra hoje, qualquer título de cidadania política que lhe possa ter sido estampado sobre o seu corpo pelo acidente do nascimento.
“A razão ativa porque nossas almas estão em labor espiritual hoje, resulta de a nossa geração estar tendo que lidar com uma das crises da história religiosa humana...
“A tentação de cultuar-se a si mesmo em vez de cultuar um Deus verdadeiro agora revelado jamais deixou de preocupar o homem; e sua tentação de cometer este erro intelectual e pecado espiritual jamais esteve tão forte como chegou a ser durante este último século e meio.... Esta escolha fatal entre o culto a Deus e culto do homem, e não uma luta efêmera por supremacia política entre a Rússia e a América, é o ultimo item que desafia a todos nós em nossa geração."
Isto, geralmente, descreve o homem no meado do vigésimo século.
E como poderia a situação ser outra à luz das forças que operam no
mundo científico, filosófico e religioso, e no educacional, de tirar a
realidade de Deus e torná-Lo desnecessário na explanação da natureza, e
então vaporizá-lo em um Deus panteísta, ou de eliminá-Lo
completamente.
Para os que desejam ver uma exibição cortante de como este culto
do homem, este ponto de vista naturalista da vida, domina o pensamento
hoje, ao menos nos grandes centros de cultura, eu submeto o volume,
publicado em 1944 pela Imprensa da Universidade de Colúmbia,
intitulado O Naturalismo e o Espírito Humano. Neste livro um grupo de
quinze professores de colégios e universidades representando uma seção
Escatologia Bíblica 59
central dos centros de cultura na América, e estabeleceram atentamente o
ponto de vista antisupernaturalista sobre toda a vida.
Antes de começar a era moderna, isto é, antes das grandes
descobertas da astronomia, o homem pensava que esta pequena terra era
o centro do universo criado por Deus, e que ele era o objeto principal da
atenção de Deus. Mas isto não lhe dava nenhum sentido de orgulho, pois
ele também se considerava culpado diante do grande Deus, cujo olho
atento estava fixo sobre ele. As descobertas de Copérnico, que de repente
revelaram as vastidões do universo, tinham por algum tempo um efeito
dissimulador sobre o homem, pois agora ele ficou revelado como um
objeto pequeno num mundo muito pequeno, ficando a girar sobre um
vasto império. Muitos homens deixaram de alargar sua idéia de Deus
para casar-se com o universo aumentado. Desta maneira eles
inevitavelmente sentiram que eles não podiam ter mais a certeza que eles
estavam recebendo o cuidado providencial, direto de Deus. Este
sentimento de que o homem está só, vagando e insignificante, marcou o
começo do que é conhecido como a moderna mania do homem, uma
mania que se tornou geral quando as igrejas começaram a ser manchadas
gradativamente de pensamentos céticos.
Mas os anos que passavam produziram uma estranha evolução no
ponto dd vista humano. Ao passar ele a dominar a natureza pelos
avanços da ciência, seu sentimento de inadequação e isolamento
espiritual tendiam a ceder diante de um senso de suficiência própria. E
um pensamento cético tendeu sempre a fazer a Deus e o céu parecer
irreal, a terra começou a aparecer sempre maior como o único lugar de
habitação e o próprio centro de todo o interesse do homem. Assim, o
homem gradualmente começou a sentir mais uma vez que ele habitava
no centro do universo – ao menos tudo parecia incidental a esta terra.
mas agora é um centro no qual o olho de Deus não está mais focalizado
para guiar o homem ao ele andar por este mundo, ou de pedir-lhe contas
por todos os seus atos, pois ele não mais crê que Deus o guia; ele nem
mais crê que Deus o fez; ele evoluiu.
Escatologia Bíblica 60
Mas ao ele andar por este mundo, o centro e a circunferência de
todos os interesses da sua agora secularizada mente e espírito, ele ouve
distantes ruídos e vê lampejos de luz que cegam, as exibições dos
grandes feitos do homem, a bomba atômica. E acima do tumulto ele
ouve a predição que este mundo e tudo sobre ele estão provavelmente
sentenciados ao aniquilamento através das tentativas mutuamente
suicidas daqueles que são levados a usar as últimas invenções deste
maravilhoso século científico. A história passada não conhece nenhum
paralelo a isto, nenhum ponto onde os homens coletivamente tenham
sido levados a um tão elevado ponto de independência secular de Deus,
somente para se acharem de pé à margem de um abismo. O movimento
neo-ortodoxo ao qual me referi anteriormente não é grande que chegue,
nem forte que chegue para alternar este quadro materialmente. E
certamente os liberais, não importa quão castigados possam agora estar,
estão inteiramente despreparados, pelas próprias pesquisas que têm, para
oferecer escape dos dilemas de nosso tempo, cada catástrofe que impede.
Os Dilemas dos Líderes Religiosos
Num mundo como este os dilemas da liderança religiosa moderna
são muito grandes. Primeiro, perderam a fé na Bíblia e no Deus de seus
pais. Agora têm que perder a fé no homem. Eles declaram que o homem
era um anjo embrião, mas adora duas guerras mundiais, campos de
concentração, e a bomba atômica, revelaram os maus espíritos que o
controlam.
Os líderes religiosos abandonaram a idéia de um céu no além, como
o grande alvo da vida. Eles zombaram dos adventistas e de outros como
nós, por oferecerem uma “torta nos céus dentro de um pouco”. Eles viam
esta terra como um céu potencial censuravam a todos que deixavam de
cooperar com eles em planos legislativos e sociais, para apressar esta
transformação celeste de nossa terra. Agora têm que admitir com tristeza
de que existe uma pequena oportunidade, se alguma, deste mundo ser
Escatologia Bíblica 61
assim transformado. Embora eles confessem que pode ser transformado
em chamas, incendiado por fogos atômicos.
Eles tinham geralmente minimizado e muitas vezes abandonado o
evangelho eterno, o poder de Deus para a salvação do coração
individual, em favor de um evangelho social que de alguma maneira
salvaria os homens coletivamente pela melhoria de seu ambiente. Mas
eles acharam que o evangelho social parece não funcionar, ao menos não
da maneira que eles anteciparam, e muitos deles agora confessam que
existe uma pequena razão para crer que os reinos deste mundo podem ser
transformados no reino de Deus.
Os lideres religiosos abandonaram a fé na salvação do homem,
particularmente a salvação da juventude, através dos meios de um apelo
evangelístico, e adotaram a teoria da salvação pela educação. O que
aconteceu eles não tinham antecipado, os colégios das igrejas se
tornaram desesperadamente seculares, sem dizer nada das escolas
estaduais. Ainda mais, uma melhor educação muitas vezes se
demonstrava, não em justiça crescente, mas em formas mais sutis de mal
na vida dos homens. A educação universitária demonstrou não ser
barreira à entrada numa penitenciária.
Os lideres religiosos removeram a ênfase das igrejas na
evangelização do mundo num grande programa missionário estrangeiro,
primeiro porque eles lançavam dúvidas no meio único, eficaz do plano
bíblico de salvação, e segundo porque eles aceitaram a ciência das
religiões comparativas, que pareciam provar que outras religiões podiam
ser quase tão boas como o cristianismo. Agora lamentavelmente acham
que o mundo todo de não-cristãos está permeado de idéias explosivas e
revolucionárias, que criam uma ameaça a todas as coisas que a religião
cristã defendia, uma ameaça à própria vida da humanidade.
Os 1íderes religiosos procuravam harmonizar todas as idéias
religiosas com pensamentos e métodos científicos. Se as idéias não
podiam ser harmonizadas, então as idéias deviam ser abandonadas em
favor da ciência. Agora eles lamentam descobrir que a ciência se
Escatologia Bíblica 62
enganou. Não se preocupavam em descobrir a Deus, como teólogos de
mente nebulosa sentimentalmente haviam declarado. A ciência não se
preocupava em descobrir a Deus, mas apenas as operações da natureza.
Os líderes religiosos exaltavam a ciência como virtualmente o novo
Messias, que nos devia salvar da enfermidade, prolongar nossas vidas,
dar-nos controle maior sobre os elementos, e virtualmente levar-nos à
terra prometida de um milênio terrestre. Agora, estão desiludidos pela
descoberta que a ciência deu a guerrear seus novos limites e criou a
ameaça da explosão obliteração mundial.
À vista destes dilemas, os lideres protestantes procuram descobrir
na união das igrejas uma nova força para enfrentar a ameaça do que eles
confessam ser um novo paganismo, lutando pelo controle das mentes dos
homens. Eles compreendem que a união das forças protestantes somente
é alguma coisa aquém do seu alvo ideal. Por isto eles exploram as
possibilidades de estabelecer relações mais íntimas com Roma, embora
eles tenham maiores desconfianças, contrariedades.
No finalizar deste triste e desiludido recital, eu faço a mais
importante pergunta que se poderia fazer em círculos religiosos hoje:
Qual é a mensagem que Deus quer que seus oradores proclamem numa
hora como esta? E oferecer a prova específica da verdade desta resposta,
que eu repita o que eu disse quando estávamos examinando o início do
movimento do Advento. Nós jamais devemos esquecer que os
adventistas têm mantido sempre que as três mensagens angélicas são
declarações proféticas com respeito aos últimos dias.
Portanto, se nossa interpretação delas é correta, estas três
mensagens deveriam ser única e crescentemente a verdade para todos os
homens hoje, o sabor da vida para a vida ou da morte para a morte. De
fato, neste mesmo ponto o movimento do Advento realmente depende
para a valorização de suas pretensões de que surgiu a fim. de trazer aos
homens uma mensagem para um tempo particular da história da terra.
Examinemos estas mensagens.
Escatologia Bíblica 63
A Primeira Mensagem Angélica
Nos últimos dias "o evangelho eterno" deve ser proclamado. Que
significado e força aquela frase adquiriu ao estudarmos a história do
pensamento religioso durante o século. Num mundo em que grande parte
abandonou o evangelho eterno, por abandonar a crença na queda do
homem e o sacrifício substituinte de Cristo, deve ser ouvido outra vez
nas últimas horas da história terrestre "o evangelho eterno". Aqueles que
devem proclamá-lo devem construir outra vez os fundamentos de muitas
gerações. Eles não são os pregadores de novas a estranhas doutrinas mas
do evangelho eterno.
Este evangelho deve ser pregado a toda a nação, tribo, língua e
povo. Num tempo em que o mundo religioso perdeu sua visão de
missões estrangeiras, porque ele perdeu o caráter divino do evangelho,
um movimento deve surgir para reafirmar a distinção e a supremacia da
mensagem cristã a todos os homens em todas as terras, e declará-la aos
quatro cantos da terra.
Uma mensagem deve ser proclamada para "adorar Aquele que fez
os céus e a terra". Num dia em que o mundo em parte abandonou a idéia
de um Deus pessoal como Criador, um grande Deus que chega para
controlar todas as coisas, e aceitou a idéia de um Deus panteísta, ou ao
menos um deus finito, misturado no processo da natureza, quando de
fato o mundo em grande parte abandonou o culto de Deus pelo culto do
homem, nós tomamos como nosso clamor de batalha: "Adorai Aquele
que fez os céus, a terra, e o mar, e as fontes das águas", pois "o Senhor
Deus onipotente reina."
Nós chamamos os homens a adorar a Deus "pois é vinda a hora do
Seu juízo." Num dia em que os homens em parte perderam qualquer
crença escatológica claramente definida, qualquer crença, nas últimas
coisas da história terrestre, e também perderam a fé na possibilidade de
melhorar este mundo; num dia em que os homens sentem que o mundo
está disparando rumo a um fim cego, explosivo, e sem sentido, quão vital
Escatologia Bíblica 64
que devesse soar a solene e significativa verdade que o destino da terra
está nas mãos de Deus e que a hora de Seu juízo é vinda, a hora do juízo
investigativo que em breve alcançará o clímax no juízo executivo do
segundo advento. O mundo não está correndo a um fim cego e sem
significado; está se movendo sem parar para aquele fim que os santos
profetas predisseram, aquele fim quando homens estarão perante a barra
do juízo de Deus para receber um galardão pelos feitos praticados no
corpo a doutrina do juízo de Deus que está dando significado à vida num
tempo em que todo o significado parece ter sido afastado da vida.
Num dia quando homens abandonaram amplamente as idéias do
pecado, e portanto pelo trabalho intermediário de Cristo pelos pecadores,
quão importante que clamemos bem alto a mensagem do serviço do
santuário, que está agora em sua fase final. É quando os homens vêem a
Cristo ministrando Seu sangue para 1avar, purificando a culpa do
penitente que eles podem sentir outra vez a terrível realidade do pecado e
o preço que foi pago para nossa salvação.
Num dia quando o mundo em geral considera todas as normas
morais como apertas as mudanças do pensar e da moral do homem, com
um declínio moral é evidente, quão importante clamar bem alto que
Deus virá para julgar todos os homens pela Sua santa lei, e que aqueles
que permanecerem de pé nestes dias, serão aqueles que guardam os
mandamentos de Deus.
A Segunda Mensagem Angélica
A mensagem deve proclamar "Caiu Babilônia." Quão apropriada
esta mensagem quando tudo a nosso redor prova claramente que a
apostasia tem gradativamente engolfado o mundo religioso. Notem que
eu uso a palavra "gradativamente". A queda de Babilônia tem sido
progressiva. Esta é a conclusão que devemos alcançar de nosso exame da
história religiosa, e esta é a compreensão da queda de Babilônia que a
Sra. White a tanto tempo atrás esclareceu ao movimento do Advento,
Escatologia Bíblica 65
quando estávamos inclinados a compreender a queda de Babilônia como
tendo sido completa no começo da história do Advento. Na primeira
edição de O Grande Conflito (1888), a Sra. White escreveu: “A mensagem do segundo anjo, porém, não alcançou o completo
cumprimento em 1844. As igrejas experimentaram então uma queda moral, em conseqüência de recusarem a luz da mensagem do advento; mas essa queda não foi completa. Continuando a rejeitar as verdades especiais para este tempo, têm elas caído mais e mais. ... Mas a obra da apostasia não atingiu ainda a culminância.” (O Grande Conflito, p. 389)
A nova edição de 1911, também afirma que "o processo de.
apostasia ainda não alcançou sua culminância." Nós sabemos que a
culminância deve encontrar-se no engatilhar dos interesses protestantes e
católicos e a colocação da marca da besta. Mas o ponto importante que a
Sra. White esclarece tanto é que a queda descrita pelo segundo anjo é
progressiva, para que a apostasia de 1844 aumentaria à medida que os
anos decorriam. Quão verdadeiro isto se cumpriu.
Porém, permiti que eu chame vossa atenção a uma diferença
evidente entre o fraseado da velha e a nova edição do The Great
Controversy. Na velha edição nós lemos nesta mesma linha: "No
capitulo 18 do Apocalipse, numa mensagem que ainda está no futuro, o
povo de Deus é chamado a. sair de Babilônia." Na mesma edição,
publicada em 1911, está frase reza, "em uma mensagem que ainda é
futura", foi apagada. Em outras palavras, a Sra White em 1911 declarou
que a mensagem dos versos introdutórios de Apoc. 18, não é mais futura.
Os adventistas sempre têm considerado a mensagem nesses primeiros
versos de Apoc, 18, como a reafirmação da segunda mensagem angélica,
só em tonalidade mais preponderante, como se um último apelo devesse
ser dado aos homens. Certamente ao olharmos atrás sobre nosso exame
de história religiosa notamos como a apostasia veio à exuberância na
primeira parte do século vinte, nós somos levados espontaneamente a
clamar em alta voz, "Caiu, caiu Babilônia; sai dela, povo meu."
Se no começo do século vinte, a queda progressiva de Babilônia
tinha alcançado o ponto em que a Sra. White pôde declarar que a
Escatologia Bíblica 66
mensagem de Apocalipse 18, não está mais no futuro, nós devíamos
fazer a mensagem do segundo anjo mais central à nossa pregação como
nunca antes. Nós não somos pregadores de coisas fáceis. Nós temos uma
mensagem do juízo, bem como de salvação a proclamar aos homens.
A Mensagem do Terceiro Anjo
Como pregadores da tríplice mensagem, nós devemos declarar que
“se qualquer homem adorar a besta e sua imagem, e receber seu sinal”,
os últimos juízos de Deus virão sobre ele. Como já foi dito antes, esta
mensagem é uma profecia, implicada do grande poder de Roma e dos
Estados Unidos, e o poder unido do Protestantismo Americano nos
últimos dias. Também, é uma profecia, com respeito a colaboração unida
de Roma e dos Estados Unidos. Nós também já notamos que quando
examinado em conjunção de Apoc. 13, é uma profecia implicada de
estonteantes cortes de liberdade nos últimos momentos da terra. Agora,
no tempo em que vemos estas mesmas profecias se cumprindo diante de
nossos olhos, nós podemos clamar com novo poder contra aquilo que é o
sinal, a marca desta apostasia, chegada ao clímax, a Instituição do
Domingo.
E, ao nós pregarmos deveríamos apresentar o domingo em sua mais
ampla condição como a marca da apostasia do homem em todas as
idades, pois é um símbolo desse afastamento da verdadeiro Deus que
criou os céus e a terra, que distinguiu o homem caído desde os tempos
mais remotos. Paulo declara que os homens se afastaram do verdadeiro
Deus porque O glorificavam não como Deus, mas, "adorando e servindo
a criatura, em lugar do Criador " Rom. 1:25. Nos antigos tempos era
central o culto ao sol, e então no cristianismo falsificado veio "o homem
do pecado" exaltando-se "a si mesmo sobre tudo que se chama deus" e
"ostentando-se como se fosse o próprio Deus." II Tess. 2:3 e 4. Por ele o
domingo pagão foi introduzido na igreja tanto como uma marca de seu
poder e como um substituto para o sábado, o que sempre nos lembra que
Escatologia Bíblica 67
Deus, o Criador está cima de todos. O domingo também aparece como o
único símbolo unificador do Protestantismo, e o Protestantismo agora
fica distinto por sua negação da criação, sua diminuição de Deus, e sua
exaltação do homem. O domingo pois aparece como a marca
identificadora das religiões pagã, papal e Protestantismo, todos os que,
por sua vez, têm exaltado a criatura sobre o Criador.
É alto tempo para nós, salientarmos mais amplamente a segmentos
Protestantes amantes da Bíblia que quando eles observam o domingo, em
honra da ressurreição, declarando que são mais cristãos do que os que
guardam o sábado em honra da. criação, eles esquecem que é a criação
com sua perfeição, seguida pela queda do homem, que dá significado à
morte de Cristo e da ressurreição. Quando a criação é desfeita o
significado da ressurreição desaparece. Como, então, pode ser mais
importante de honrar o evento da ressurreição, do que o evento da
criação. Quanto mais importante do que o fundamento da criação seja
preservado, para não cair toda a estrutura do cristianismo, inclusive a
ressurreição.
Estou me lembrando de uma conversa que tive com um ministro
batista quando a controvérsia fundamentalista moderna, chegou ao seu
auge. Ele deplorou as divergências nas igrejas e também apostasia geral.
Então ele se virou para mim, e disse: "Eu suponho que em vossa igreja,
vós tendes a mesma divisão?" Eu lhe declarei que, em vez de nós termos
uma divisão, nós não tínhamos sequer um começo dela. Ele olhou-me
admirado e perguntou se eu podia talvez explicá-lo. Eu respondi: "Como
seria possível um adventista dar crédito à teoria evolucionista, quando
cada semana eles separam um dia inteiro como memorial dAquele que
criou os céus e a terra, como o livro de Gênesis descreve?" Ele olhou-me
admirado por um momento e então exclamou: "Eu jamais pensei no
sábado dessa maneira antes."
Escatologia Bíblica 68
Proclamar o Sábado Mais Amplamente
Homens e mulheres pregadores da tríplice mensagem, é chegado o
tempo de ajudarmos aos homens a verem o sábado desta maneira. É
chagado o tempo de proclamarmos o sábado mais completamente, como
o sinal, a marca daqueles que não têm parte na apostasia mundial, a
marca dos que realmente crêem que o Senhor Deus Onipotente reina,
que Ele é o Criador dos céus e da terra, e criará um coração novo
naqueles que põem sua confiança nEle. Sim, a marca daqueles que crêem
que este mundo não está no pulso de forças frias e sem sentido, levando-
nos não sabemos para onde, mas antes que, o mundo está sob a mão
diretora de um Ser Divino que o criou, não em vão, e que virá em breve
para recrear esta terra em justiça.
Quão apropriado que um dia quando a apostasia mais claramente se
revela em um ataque sobre a. criação e um Deus pessoal, os céus deviam
comandar que homens sejam chamados para exaltar o memorial da
criação e o Deus da criação.
É alto tempo para nós lembrarmos de maneira mais ampla que
fizemos antes que a apostasia crescente da negativa da criação deu a
Roma certas de suas forças únicas hoje. Pois, como já notamos, seu
apelo aos homens é o apelo da certeza e afirmativa no meio de um século
cético. Em outras palavras, a apostasia do Protestantismo, fortalece as
mãos de Roma. Assim a renúncia do relatório da criação, produziu um
efeito duplamente mau. O Protestantismo apostatado, sob a autoridade da
razão humana, lançou fora o relatório da criação. O catolicismo apóstata,
sob a autoridade da tradição, levantou o domingo como uma marca de.
seu poder. Assim o sábado aparece revelado como símbolo da oposição
bíblica para as duas grandes forças de apostasia no mundo cristão, nestes
últimos dias. O sábado que guardamos é o sinal que mostramos ao
mundo que nós não temos parte em nenhuma apostasia; é um testemunho
que damos a todos os homens que, nossa aliança está no Deus dos tantos
Escatologia Bíblica 69
profetas e apóstolos, e que a nossa esperança está nAquele que fez os
céus e a terra.
Eu vejo significado cada vez mais crescente nas palavras da Sra.
White, que "ao início do tempo de angústia fomos cheios do Espírito
Santo ao sairmos para proclamar o sábado mais amplamente."
(Primeiros Escritos, p. 33). Nós podemos pregar o sábado com uma
plenitude que era impossível aos pioneiros lhe darem. Está na natureza
da profecia em cumprimento que quando o tempo estiver à mão, a
mensagem de Deus pode ser vista em sua plenitude e devia ser pregada
em sua plenitude também.
Nós podemos apertas concluir que se nenhuma tríplice mensagem
tivesse sido especialmente escrita sobre as páginas da profecia Bíblica,
alguma coisa semelhante precisaria ser proclamada hoje para enfrentar a
última grande apostasia. Desde o começo nós como um povo,
declaramos que a justificação para a existência deste movimento, residia
em nossa declaração que nós tínhamos uma mensagem especial a
proclamar, a tríplice mensagem. Nós fizemos esta declaração num tempo
quando nossa pregação do sábado, parecia aos homens, uma mera
discussão tola sobre dias, e quando nossa declaração sobre a. apostasia
na cristandade não parecia mais que a propaganda de entusiastas
proselitistas. Nós fizemos esta declaração, numa hora quando nossa
declaração do juízo vindouro parecia como se fosse os ruídos de
clarinistas irracionais. Mas fizemos nossa declaração, proclamando que o
futuro demonstraria verdadeiras todas as nossas predições. O tempo
abaliza completamente esta declaração. Levantemo-nos e terminemos o
trabalho de Deus.
Escatologia Bíblica 70
O PROPÓSITO MORAL DA PROFECIA
Introdução
Os estudantes da Bíblia reconhecem a vasta importância de terem
compreensão correta, acerca destas profecias que ainda faltam cumprir-
se. Como será o futuro? Podemos nós saber em que tipo de mundo nós
viveremos amanhã? Ou haverá alguém amanhã? Tão discordantes são as
vozes dos que pretendem saber o que as profecias da Bíblia predizem,
que o homem comum é tentado a dizer, com os exilados judaicos
perplexos e desesperados do cativeiro babilônico: "Já não vemos os
nossos símbolos; já não há profeta, nem, entre nós, quem saiba até
quando." Sal. 74:9.
Mas é a parte da fé crer que Deus está: ainda em Seu céu, embora
nem tudo está bem com o mundo, e para crer que Ele deve ser revelado a
nós nas Sagradas Escrituras a real verdade a respeito do futuro do
mundo. Como podemos nós interpretar o que Ele nos deu?
Os judeus há dezenove séculos possuíam tudo o que Deus tinha
então revelado. Como eles devia, ter compreendido corretamente o que
Deus proclamara. Por que fizeram eles uma tão grande vituperação a
respeito de todas as profecias com respeito a seu Messias? E quando nós
vemos o grande número de cristãos hodiernos adotando o mesmo
método de interpretação profética que era usado pelos fariseus, como
podemos ter qualquer confiança que estes homens sabem o que estão
fazendo?
É inegável que os futuristas modernos, representados por um sem
número de Institutos Bíblicos e pela Bíblia, adotaram o mesmo extremo
"literalismo" que os judeus mantinham no tempo de Cristo. Este método
diluído de interpretação profética, enviou seu verdadeiro Messias ao
Calvário, e lançou-os na destruição nacional e numa segunda Diáspora
aos quatro ventos. Como pode qualquer cristão de mentalidade espiritual
Escatologia Bíblica 71
seguir tais métodos de interpretação nestes dias da última crise da
humanidade?
Cada estudante do assunto notou que todas as profecias, tanto do
Velho Testamento como do Novo, são dadas num ambiente
distintamente judaico ou Palestiniano. Mas em vez de adotar um
literalismo crasso, são inteiramente contrários a todos os muitos casos,
onde interpretações de profecias do Velho Testamento, foram dadas no
Novo, porque não nos perguntar quantas profecias podiam ter sido dadas
ao judeus com qualquer senão no ambiente da condição judaica ou
Palestina? Não seria essencial que estas profecias fossem dadas em
linguagem que pareceria ser inteligível a eles, ao menos em algum
sentido? Não havia realmente outro caminho consistente com o propósito
distintamente moral ou espiritual pelo qual as profecias foram dadas,
Mas se nós aceitamos verdadeiras as declarações tanto de Cristo como de
Paulo com respeito ao absoluto término de todos os especiais privilégios
e oportunidades dos literais descendentes de Abraão, nós somos
obrigados a interpretar as profecias, apesar de seus ambientes palestinos,
à luz dos mais elevados valores espirituais, trazidos pelo evangelho
desde a crucificação e ressurreição de nosso Senhor.
Este pequeno livro trata de todos esses problemas. Com uma
profusão de textos, e com um claro vislumbre nos princípios
fundamentais de interpretação profética, o senhor Louis Were deu-nos
aqui um trabalho que merece estudo cuidadoso e contínuo. Não solveu
todos os problemas; nem professa fazê-lo. Mas, nos aponta a direção
certa. Continuemos a estudar esses assuntos tão vitais, até que o Dia raie,
e a Estrela do Dia se erga para nunca mais se pôr.
George MaCready Price
Loma Linda, Califórnia
Escatologia Bíblica 72
Prefácio
A salvação é ensinada não somente nos Evangelhos, mas também
nas profecias. O autor procura esclarecer a verdade vitalmente
importante, que a verdadeira interpretação das profecias ilustra como a
salvação é realizada, e também fortalece a alma para resistir ao pecado.
Como a Palavra de Deus é a "servente" que, através da operação do
Espírito Santo, gera a nova vida (1 Pedro 1:23), que a vida é reavivada e
fortalecida tantas vezes como a Palavra de Deus é lida e recebida na
alma (1 Tess. 2:13). O "homem novo" (Col. 3:10, etc.), vive e cresce,
"por toda a palavra que procede da boca de Deus." (Mat. 4:4; 1 Pedro
2:2; 2 Pedro 3:18).
Ao purificar a vida (1 Pedro 1:22), e construir a alma (Atos 20:32),
o Salvador encarece a necessidade de esconder "cada palavra" das Santas
Escrituras (Mat. 4:4). O inimigo incansável procura tornar ineficiente aos
estudantes da Bíblia a energia vitalizante contida em certas profecias
importantes das Sagradas Escrituras. Ele o faz por meio de interpretações
errôneas.
O Salvador não somente diz, "Examinai as Escrituras" (João 5:39),
mas Ele também inquire: "Como lês?" (Luc. 10:26). Por interpretações
errôneas é possível de "acrescentar" ou "tirar" da Palavra de Deus, contra
o que somos explicitamente aconselhados (Apoc. 22:18,19). Aquele que
estuda as Escrituras de maneira "aprovada por Deus," é-nos dito ser "um
obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra
da verdade." (2 Tim. 2:15).
Uma compreensão verdadeira das profecias bíblicas venda o ensino
evangélico que a Presença confortadora do Salvador garante proteção e
libertação de inimigos hostis; a vitória é garantida através do Espírito de
Deus que em nós habita.
Este livrinho é enviado com a oração, que Deus abençoe seus
leitores com uma compreensão mais clara do propósito moral das
profecias e com a certeza de que Cristo, o Rei da glória, reina no coração
Escatologia Bíblica 73
confiante e dê a vitória sobre o pecado. "Nós somos mais que
conquistadores por Aquele que nos amou." (Rom. 8:37).
"Cristo em vós esperança da glória." (Col. 1:27).
Louis F. Were
Melbourne, Victória, Austrália
As Escrituras Foram Dadas para Revelar a Jesus
Corretamente entendidas, as profecias são tão importantes e contêm
tanto com respeito aos Evangelhos como outras porções das Escrituras.
Deus inspirou os profetas a escrever as profecias das Escrituras a fim de
por elas, os homens pudessem achar a salvação. A Bíblia não e um livro
composto de porções contendo os fatos eseenciis do evangelho e outras
menos importantes partes contendo as profecias. Satanás procura
diminuir o propésito moral das profecias, e, por falsas interpretações,
rouba-lhes a sua vitalidade.
As palavras introdutórias do Apocalipse informam-nos
distintamente que as profecias nesse livro maravilhoso foram dadas
como "a Revelação de Jesus cristo" (Apoc. 1:1), um estudo dos
princípios basicos sobre os quais o Apocalipse está baseado, capacita-
nos a saber que todas as profecias biblicas são uma "Revelação de Jesus
Cristo", como o Salvador daqueles que põem sua confiança nEle, como
Destruidor do mal. A interpretação de profecias que não estabelecem
mais claramente a luz do Evangelho de Cristo não são inspiradas por
Deus. As interpretações das profecias que não se centralizam em Jesus
como Salvador, ou como Destruidor do mal, são indicações erradas das
Escrituras.
No antigo santuário, e mais tarde no templo dos judeus, somente os
que se dedi.cavam ao santo ofício do sacerdócio, eram permitidos de ver
as glorias maravilhosas visíveis, dentro do edifício sagrado. E somente
Escatologia Bíblica 74
aqueles cujas vidas são dedicadas a Deus são permitidos ver as belezas
internas do templo da verdade. Disse Jesus aos dirigentes judaicos:
"Examinai as Escrituras, pois nelas vós pensais achar a vida eterna, e são
elas que de mim testificam." (João 5:39).
O Novo Testamento mostra como Jesus cumpriu as profecias do
Velho Testamento. No desdobrar do Evangelho, o Novo Testamento usa
1.500 citações de sentenças e frases das Escrituras Velho Testamento. O
primeiro verso de São Mateus, mostra uma das principais razões para
escrever o livro de São Mateus e o Novo Testamento; isto é, para
mostrar o cumprimento das profecias do Velho Testamento em Jesus e
Seu trabalho de Salvação. Através de Jesus, o cumprimento das profecias
do Velho Testamento, é garantido. (Veja 2 Cor. 1:20; Atos 15:27-37). O
livro de São Mateus contém 99 referências diretas às Escrituras do Velho
Testamento. Nove vezes ele usou a fórmula: "Para que se cumprisse"
(Veja S.Mat, 1:22 e 23; 2:15, 17 e 23, etc.), e em outras vezes referiu-se
ao cumprimento das profecias do Velho Testamento, dizendo: "porque
assim está escrito por intermédio do profeta" (Mat. 2:5); "Então se
cumpriu o que foi dito por intermédio do profeta" (Mat. 27:4); "Tudo
isibo, porém, aconteceu para que se cumprisse as Escrituras dos
profetas" (Mat. 26:56); "Porque está escrito" (Mat. 26:31, etc.). Assim
São Mateus ilustra o fardo dos escritores do Novo Testamento para
mostrar o nascimnto, vida, ministério, morte, ressurreição de Jesus e o
desenvolvimento de Sua Igreja e seu trabalho, todos cumprem as
profecias do Velho Testamento.
As primeiras palavras que nós lemos no Evangelho de São Mateus,
dirigem nossa mente de volta às profecias que foram dadas a Davi e a
Abraão. Enquanto Salomão foi o filho que se assentou no trono de Davi
nos dias imediatamente seguindo à predição, as mais cumpridas e o
veriiadeiro cumprimento deve se cumprir por "quem é maior do que
Salomão" (Mat. 12:42). A paz e a sabedoria da primeira parte do reino
de Salomão, quando pessoas vieram de longe para aprenderem dele,
encontram sua mais ampla aplicação em Cristo. Davi devia ter um filho
Escatologia Bíblica 75
que se assentaria no seu trono ( 2 Sam. 7:12, 13 e 16; Luc, 1:32 e 33). A
Abraão foi permitido um filho que seria o canal de bençãos. Isaque foi o
cumprimento imediato; mas Isaque prefigurou o cumprimento maior em
Jesus, que, pela Sua igreja, abençoa o mundo (Gál. 3:16 e 29; 4:28). As
profecias Velho Testamentaes que estabeleceram a vinda dos filhos de
Abraão e Davi, estão concentradas no primeiro verso de São Mateus: "O
livro da geração de Jesus Cristo, o filho de Davi, o filho de Abraão."
Assim, desde o seu começo, o Novo Testamento toma as coisas do
Velho Testamento e as aplica em conexão com Cristo e Seu trabalho de
redenção. Cristo e Sua salvação é o tema central da Bíblia, e para
esclarecer o caminho da salvação era o único propósito pelo qual as
Escrituras foram escritas. Assim como o sol, está refletido em cada um
dos milhões de gotas de sereno, assim Jesus, "a luz do mundo," brilha
em cada capítulo da Bíblia. “Em toda página, seja história, preceito ou profecia, irradia nas
Escrituras do Antigo Testamento a glória do Filho de Deus. Em tudo quanto encerrava de instituição divina, todo o judaísmo era uma encadeada profecia do evangelho. De Cristo „dão testemunho todos os profetas‟.” Atos 10:43.” – DTN, 211, 212.
Os Judeus Erraram Não Estudando As Escrituras Na Luz do
Propósito Moral de Deus. Uma Advertência para Hoje
Os religionistas judeus eram mestres no conhecimento externo das
Escrituras, não obstante, com toda a sua leitura do Velho Testamento,
não entendiam as jprofecias. Não somente as profecias se cumpriram
abundantemente diante de seus olhos, mas eles mesmos ajudavam a
cumpri-las, e não obstante estavam demasiado cegos espiritualmente
para reconhecer seu cumprimento. Pedro declarout "E todos os profetas,
a começar com Samuel, assim todos quantos depois falavam, também
anunciaram estes dias." (Atos 5:24). Paulo proclamou: "E quando eles
(os judeus), cumpriram tudo quanto dEle estava escrito... a promessa que
Escatologia Bíblica 76
fora feita aos pais, Deus cumpriu o mesmo a nós seus filhos, em ter Ele
levantado a Jesus outra vez." Atos 15:27-55).
Quando as profecias Velho Testamentaes, que os judeus conheciam
tão bem, eram "lidas todo sábado," foram cumpridas tão
cuidadosamente, como podiam ser tão cegos a seu cumprimento?
Especialmente quando eles ingloriamente ajudaram a cumpri-las? Em
Atos 15:27, nos é dito a razão: “Pois os que habitavam em JeruJalém, e
as autoridades, não conhecendo a Jesus nem os ensinos dos profetas que
se leêm todos ps sábados, quando o condenaram, cumpriram as
profecias." Porque não conheciam a Jesus porque não estavam bem com
Deus que enviara a Jesus – eles liam mal as profecias do Velho
Testamento com respeito à vinda do Messias e o estabelecimento do Seu
reino. Se tivessem aceito a Jesus como seu Senhor, este lhes teria dado
liberdade do pecado, e com poder para viver uma vida pessoal de
vitória,teria vindo discernimento espiritual para verem o propósito moral
da profecia.
Um escritor, disse: “Os guias judaicos tinham estudado os ensinos dos profetas a respeito
do reino do Messias; haviam-no feito, porém, não com o sincero desejo de conhecer a verdade, mas com o desígnio de encontrar provas para apoiar suas ambiciosas esperanças.” DTN, 212.
Se tivesse havido harmonia no coração com o propósito de Deus,
teria havido discernimento para entender aquele propósito.
A interpretação correta das profecias relacionadas aos eventos
futuros e presentes, quando examinados, demonstrarão harmonia com a
experiência cristã presente. Quanto mais soubermos do caráter de Deus,
e quanto mais nos tornamos como Ele, tanto mais estaremos qualificados
experimentalmente a compreender as Escrituras. "Que o Deus de nosso
Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e
de revelação no pleno conhecimento dEle: iluminados os olhos do vosso
coração." (Efés. 1:17 e 18). "Crescei na graça, e no conhecimento de
Escatologia Bíblica 77
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." (2 Pedro 5:18). Quanto mais
crescermos na graça, tanto maior é nosso conhecimento de nosso
Salvador – conhecimento prático e experimental. “A alma que se volve
para Deus em busca de auxílio, de apoio, de poder, mediante diária e
fervorosa oração, terá aspirações nobres, percepções claras da verdade e
do dever,” (O Maior Discurso de Cristo, p. 85).
"Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede
da boca de Deus." (Mat. 4:4). Nosso Senhor copiou de Deut.8:5, onde
esta declaração é dada como a razão moral, porque Deus deu o maná aos
filhos de israel. Ele queria que eles o aplicassem pessoalmente em
conexão com o Salvador. Se os judeus nos dias de nosso Senhor,
experimentassem em seus corações a renovação diária do maná dos Céus
– se estivessem vivendo de toda a palavra de Deus – eles teriam aceito
com prazer a aplicação espiritual do Salvador da dádiva do maná a Ele
mesmo. (Veja São João 6:31-66). "Muitos, portanto de Seus discipulos,
quando ouviram isto, disseram: Esta é uma declaração dura; quem a
pode ouvir.... Desde este tempo muitos de Seus discípulos voltaram
atrás, e não andavam muito com Ele). Suas vidas não estavam em
harmonia com as Escrituras, por isto não O entenderam.
Os judeus estudavam as profecias, mas sem compreensão espiritual
Ao declinar a condição espiritual de uma igreja, mais atenção é
dada às partes externas da religião e menos às internas – uma casca –
morta em vez de um grão vivo. Causas literais que têm sido instituídas
por causa de seu significado espiritual, perdem seu sentido espiritual, e o
serviço da igreja degenera em formalismo; a letra é encarecida ao o
espírito se evaporar. Assim foi na experiência do antigo Israel, e tem se
repetido na experiência da Igreja Cristã.
“Os judeus perderam a vida espiritual de suas cerimônias,
apegando-se às formas mortas.” (DTN, 29).
Escatologia Bíblica 78
Como um exemplo da perda da visão dos judeus, note o seguinte
extrato: “Deus dissera a Moisés com referência a Suas ordenanças: „Também
as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeira entre os teus olhos.‟ Deut. 6:8. Essas palavras têm profunda significação. À medida que a Palavra de Deus é meditada e posta em prática, o homem todo é enobrecido. Num trato justo e misericordioso, as mãos revelarão, como um selo, os princípios da lei divina. ... Os olhos, dirigidos para um nobre fito ... Pelos judeus dos dias de Cristo, porém, todas estas coisas não eram discernidas. O mandamento dado a Moisés fora interpretado no sentido de que os preceitos da Escritura deviam ser usados sobre o corpo. Eram, portanto, escritos em tiras de pergaminho e presos, muito ostensivamente, em torno da cabeça e dos pulsos.” (DTN, 612).
Sua orgulhosa disposição de apresentar uma aparência de justiça
aos olhos de seus semelhantes, levou-os a interpretar as Escrituras de
acordo. Se tivessem sido mansos e meigos de coração, eles teriam
percebido a importância espiritual de Deut. 6:8.
Isaias profetizara: "A glória do Senhor se manifestará, e toda a
carne a verá, pois a boca do Senhor o disse. (Isa. 40:15). Mas antes da
visível glória de Deus, seria manifesta por ocasião do segundo advento, a
gloria espiritual de Deus seria revelada no caráter e na vida do Senhor
Jesus, se os judeus t.ivessem apreciado a comunhão com Deus e
entendido Seu caráter eles teriam discernido a glória de Deus na vida de
Jesus e teriam visto que o profeta falou da revelação da glória espiritual
antes da glória literal de Deus ter sido revelada.
A necessidade dos judeus da visão espiritual foi também ilustrada
pela sua cegueira ao significado da profecia em Ageu 2:7-9. Comentando
sobre esta profecia, o autor de O Grande Conflito , págs. 23 e 24, diz: “Este templo (o de Salomão) foi o edifício mais magnificente que o
mundo já viu. Contudo o Senhor declarou ... „A glória desta última casa será maior do que a da primeira.‟... Então foi feita a promessa de que a glória desta última casa seria maior do que a da anterior. Mas o segundo templo não igualou o primeiro em esplendor; tampouco foi consagrado pelos visíveis
Escatologia Bíblica 79
sinais da presença divina que o primeiro tivera. Não houve manifestação de poder sobrenatural para assinalar sua dedicação. Nenhuma nuvem de glória foi vista a encher o santuário recém-erigido. ... Durante séculos os judeus em vão se haviam esforçado por mostrar que a promessa de Deus feita por Ageu se cumprira; entretanto, o orgulho e a incredulidade lhes cegavam a mente ao verdadeiro sentido das palavras do profeta. O segundo templo não foi honrado com a nuvem de glória de Jeová, mas com a presença viva dAquele em quem habita corporalmente a plenitude da divindade ... Com a presença de Cristo, e com ela somente, o segundo templo excedeu o primeiro em glória.”
Se os judeus tivessem estado bem com Deus, eles teriam
reconhecido a grandeza e a glória de Deus, brilhando no caráter de
Cristo; eles teriam visto desta maneira o cumprimento da profecia de
Ageu. Quando Jesus disse: "Pois eu vos digo: Aqui está quem é maior
que o templo." (Mat. 12:6), eles teriam reconhecido a presença de Deus,
a quem somente eles pensavam maior que o templo. (Veja 2 Crôn. 618).
Eles teriam visto o cumprimento da profecia de Mal. 5:1: "De repente
virá ao seu templo o Senhor."
Jesus também disse: "A rainha do Sul se levantará no juízo com
esta geração, e a condenará; porque veio das campinas da terra para
ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que
Salomão." Se os judeus tivessem lido a história do Velho Testaniento
direito, eles teriam visto que a história de pessoas notáveis, tais como
Salomão, estava registrado nas Escrituras para tipificar a vinda de
alguém maior, mesmo o Messias a tanto tempo prometido, e quando
Jesus fez estas declarações, eles teriam visto facilmente o glorioso
privilégio que era deles.
O Velho Testamento contém muitas predições com respeito ao
reino do Messias. "No tempo... quando nosso Senhor apareceu, existia uma expectativa
geral entre os judeus da vinda do Messias, e Seu reino era chamado „o mundo por vir‟, „a Jerusalém Celestial‟, „o reino dos céus‟, ou „o reino de Deus‟. Para entrar no reino era preciso tornar-se Seu discípulo. Os judeus
Escatologia Bíblica 80
tinham concepções muito erradas de sua natureza; e era necessário que nosso Senhor os corrigisse. Isto Ele faz nos ensinos de Si mesmo, e dos Seus discípulos. A natureza do reino de Deus deve ser aprendida, portanto, do Novo Testamento." (Augu's Bible Handbook, pág. 205)
Quando o Messias veio, "aos Seus", "os Seus não o receberam".
(João 1:11). Os judeus rejeitaram a Cristo, porque sua interpretação do
Velho Testamento do reino esperado, não era o que eles queriam. Seus
corações não estavam preparados para a espécie de reino que Ele
pregava.
Disse o escritor já citado: "Alguns dos fariseus tinham vindo a Jesus, exigindo 'quando o reino de
Deus viesse.' Mais de três anos tinham decorrido, desde que João Batista, dera a mensagem, que como o chamado de trombeta soava pela terra, 'O reino dos céus está aí.' E ainda estes fariseus não viram indicação do estabelecimento do reino. Muitos dos que rejeitaram a João, a cada passo tinham se oposto a Jesus, estavam insinuando que Sua missão falhara. Jesus respondeu: „O reino de Deus não vem com visível a aparência. Não dirão: Ei-Lo aqui ou lá está! Porque o reino de Deus está dentre em vós. O reino de Deus começa no coração. Não olheis aqui ou alí pois manifestações de poder terrestre marcam Sua vinda.... Porque não é atendido por pompa mundana, vós estais em perigo de deixar de discernir a glória de Minha missão.‟ ”
Os judeus olharam para a frente ao tempo em que, com o advento
do Messias, todas as predições com respeito à exaltação de Israel em Seu
reino literal, teriam o seu grande cumprimento. A natureza dupla do
reino do Messias, suas naturezas espirituais não podiam compreender.
Não querendo ver cada natureza dupla profetizada pelos videntes de
Israel, eles falharam em ver a verdade que a primeira fase do reino tinha
que ver com a humilhação e a batalha contra o mal interno. Cristo tinha
que sofrer antes de entrar na glória. (S. Luc. 24:25, 26 e 46; 1 Ped. 1:11)
Igualmente, o "Israel" associado com Ele teria também primeiro que
sofrer antes que reinassem na glória com Ele (2 Tim. 2:16; 1 Ped. 4:l)).
Escatologia Bíblica 81
O orgulhoso coração humano gostaria de participar na glória, mas
não na humilhação e o sofrimento, que são essenciais para a entrada no
reino. (Atos 14:22). A primeira fase do reino do Messias é o reino da
graça, durante cujo tempo e oportunidade são oferecidos para uma
preparação do coração para a glória vindoura.
"Vida"'é um sinônimo para "o reino de Deus" (Mar. 9:45 e 47; Mat.
18:9) e no reino da graça Jesus dá vida espiritual. No reino da glória Ele
dá vida eterna. Cristo, pelo Seu Espírito, agora reina em todo o coração
na terra sujeito a Ele. (Col. 1:15, 26 e 27; 3:14; 1 João 3:14; 5:11-15;
João 3:3 e 7; Fil. 3:20; Heb. 12:23, margem Efes: 2:6, etc.). Este era o
reino que "estava próximo". (Mat. 3:2; 4:17, etc.). Esta era a mensagem
básica dos sermões de Paulo. (Veja Atos 20:25, 28:23 e 31). As profecias
com respeito ao reino do Messias, estão agora se cumprindo
espiritualmente, mas alguém precisa ter aquele conhecimento espiritual
do Espírito de Cristo habitando em nós, afim de apreciarmos
completamente seu cumprimento hoje.
O falhar em ler as profecias na luz da obra de salvação de Cristo,
levou os judeus a compreenderem mal as profecias que eles conheciam
tão bem. A não ser que nossas interpretações das profecias revelem a
Cristo, nós também falharemos em assimilar seu sentido verdadeiro. Os
judeus foram levados a rejeitar a Cristo por causa de sua errônea
interpretação das profecias com respeito a Israel; eles esqueceram ou
passaram pelo propósito moral das profecias – a salvação pessoal do
pecado. "E chamarás Seu nome Jesus; pois Ele salvará Seu povo dos
seus pecados." (Mat. 1:21). Orgulho espiritual, egoísmo e pecado em
seus corações entenebreceram seu discernimento espíritual. “Ao passo que os israelitas desejavam o advento do Messias, não
tinham um reto conceito da missão que Ele vinha desempenhar. Não buscavam redenção do pecado, mas libertação dos romanos. ... Eles tinham estudado as profecias, mas sem percepção espiritual. ... O orgulho lhes obscurecia a visão. Interpretavam a profecia segundo seus desejos egoístas.” (DTN, pág. 30).
Escatologia Bíblica 82
Os judeus eram literalistas rígidos
Os judeus eram rígidos literalistas na interpretação das Escrituras.
Quando Jesus disse a Nicodemos, "Importa-vos nascer de novo",
Nicodemos esforçou-se para entender Suas palavras literalmente, como
se Jesus se referisse a um nascimento físico. Jesus, de certo se referiu a
um nascimento espirituai. (Veja João 3). Quando Jesus disse: "Destruí
este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em
quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu em três dias, o
levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do Seu corpo." (João
2:19-21). Sob a autoridade da profecia de Mat. 5:1 e 4:5, os judeus
estavam esperando a Elias literalmente a voltar antes da vinda do
Messias. Isto os levou à pergunta: Como poderia Jesus ser o Messias
sendo que Elias andarão aparecera em pessoa (Mat. 17:10; João 1:21)?
Jesus respondeu à objeção levantada pelos fariseus declarando que a
profecia de Malaquias com respeito à vinda de Elias, foi cumprida no
ministério de João Batista, que Elias era um tipo do Precursor. (Veja.
Mat. 17:11-15). Quando Jesus disse: "Aquele que come minha carne e
bebe meu snague, tem a vida eterna, Ele falava de uma relação espiritual
em termos de tipo Velho Testamento. Os ouvintes judaicos de Jesus,
sendo literalistas, compreenderam mal Suas palavras. O autor de O
Desejado de Todas as Nações, págs. 589-591, dá o seguinte comentário
sobre este incidente no ministério terrestre do Salvador: “A mesma verdade simbolizada na cerimônia pascoal, foi ensinada nas
palavras de Cristo. Mas ficaram ainda por perceber. Então os rabinos exclamaram, irados: "Como nos pode dar Este a Sua carne a comer?" Fingiram compreender-Lhe as palavras no mesmo sentido literal que lhes dera Nicodemos quando perguntara: "Como pode um homem nascer, sendo velho?" João 3:4. ... Torcendo-Lhe as palavras, esperavam indispor o povo contra Ele. Cristo não suavizou Sua simbólica representação.... Os incrédulos judeus recusaram ver nas palavras do Salvador qualquer significação que não fosse a mais literal. Pela lei cerimonial, eram proibidos
Escatologia Bíblica 83
de provar sangue, e deram agora à linguagem de Cristo o sentido de um sacrilégio, disputando entre si sobre Suas expressões.”
Os judeus eram expositores da profecia "mas sem entendimento
espiritual". Eles não estudavam as profecias à luz do propósito moral de
Deus; eles não estudavam as profecias para que por elas, eles fossem
fortalecidos a vencer o pecado no coração. E, não obstante, foi este o
propósito ao serem elas dadas.
A História se Repete
De modo similar, hoje, muitos milhares de cristãos professos
estudam as profecias e aplicam-nas mal da mesma maneira como o
fizeram os judeus; sua interpretação das profecias concorda com os
judeus que rejeitaram a Cristo e está atualmente oposto aos ensinos
plenos do Novo Testamento. Os judeus apontaram as profecias
retratando o triunfo de Israel sobre seus inimigos (tais como em Ezeq.
38; 59, Joel 3; Zac. 12:14, etc.), e sentiram-se certos da proteção e
bênção de Deus. Hoje, os expositores cristãos ensinam o mesmo como o
fizeram os judeus com respeito àquelas profecias. Ambos não viram as
qualificações espirituais requeridas por aqueles cuja vitória e bênção são
salientados; ambos desejavam ver o propósito moral das profecias.
Nos dias de nosso Senhor, quando os judeus levam a promessa
contida em Jer. 51:51-57, eles aplicavam-no incondicionalmente à sua
nação. Um autor cujos trabalhos evidenciam uma compreensão espiritual
fina, diz: “Os judeus mal interpretavam a promessa do Deus eterno favor a Israel
(as palavras de Jer. 31:33 e 34, são então citadas). „Assim diz o Senhor.... Se falharem estas leis fixas diante de mim (o sol, alua e as estrelas), diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim, para sempre.‟ (Jer. 31:35-37). Os judeus consideravam sua descendência natural de Abraão como lhes dando um direito a esta promessa. Mas eles deixaram de ver as condições que o Senhor
Escatologia Bíblica 84
especificava. Antes de dar a promessa., Ele dissera, „Eu colocarei a minha lei em seu interior, e escreverei em seus corações....‟
“A um povo em cujo coração Sua lei é escrita, o favor de Deus está assegurado.”
O Novo Testamento claramente ensina que a igreja herdou todas as
promessas e bênçãos asseguradas a Israel. Aos judeus Jesus disse: “O
reino de Deus vos será tirado (Israel literal), e será entregue a um povo
(Israel espiritual), que lhe produza os respectivos frutos.” (Mat. 21:43).
Aqueles que produzem os “frutos do Espírito” (Gál. 5:22 e 23), no
vinhedo do Senhor (Mat. 21:33-43; João 15:1-11, etc.), são garantidas a
bênção e proteção de Deus. “Vós (a igreja) sois,... nação santa.” (1 Ped.
2:9). Que a igreja é agora a nação de Israel, é mantido através do Novo
Testamento. Este fato tem sido encarecido por muitos comentadores
bíblicos estimados. Nós citaremos um, representando um grau de número
de outros qie poderiam ser citados: “A Igreja cristã absorve a judaica, herda seus privilégios, e adota com
significado mais amplo e mais nobre, sua fraseologia.... O Israel de Deus, a igreja de Cristo, toma o lugar do Israel nacional." (Ellicot‟s Commentary, Notes on Revelation, págs. 96, 125).
Não pode ser salientado em demasia que esta declaração exprime o
clara e freqüentemente repetido ensino do Novo Testamento, e a
explicitamente citada declaração das igrejas Protestantes e seus
comentadores. Porém elas o inimigo da verdade tem estado trabalhando
assiduamente para cegar o povo à verdadeira interpretação das Escrituras
de maneira que não vejam o propósito moral das profecias que é vital
para eles compreenderem nesta hora de destino. A crença comprovada
pelo tempo na igreja, de que as profecias biblicas do Velho Testamento
encontraram seu claro cumprimento mais amplo e moral no Novo
Testamento, está sendo abandonado em troca. de um relativamente novo
e decididamente revolucionário ensino criando Dispensacionalismo que
declara que estas profecias "saltam por cima" a idade da Igreja, e serão
Escatologia Bíblica 85
literalmente cumpridas num século de domínio judaico, que o seguirá.
Este ensino revolucionário revisa drasticamente a interpretação do livro
do Apocalipse, e os estudantes do Apocalipse deviam considerar com
oração, se sua interpretação daquele livro é influenciada pelos princípios
do futurismo. Escrevendo e condenando este sistema de interpretação, o
Dr. Oswald T. Allis aponta seu erro fundamental:
“O Dispensacionalismo tem sua origem num literalismo faltoso
antiescriturístico que, no importante terreno da profecia, ignora o típico e
preparatório caráter do Velho Testamento.... Este sistema
Dispensacionalista de interpretação das Escrituras é muito popular hoje,
as razões não estão muito lonçe. A interpretação literal parece tornar o
estudo bíblico fácil. E também parece reverente. E argúi da seguinte
maneira: „Deus deve ter dito o que Ele quer, e deve significar justamente
o que Ele disse; e o que Ele disse é para ser tomado justamente como Ele
o disse, isto é, literalmente.‟ Mas o Novo Testamento torna bem claro
que a interpretação literal era uma pedra de tropeço aos judeus.
Escondem-lhes as mais preciosas verdades da Escritura. O templo e seu
culto eram típicos do trabalho sumo-sacerdotal de Cristo (João 2:19).
Mas os judeus deixaram de compreender sua aplicação dela a si mesmos,
e usaram suas palavras para causar sua destruição (Mat. 26:61)... Ele
veio para cumprir a lei e os profetas. Mas o cumprimento que Ele
ofereceu aos judeus era tão diferente de seus literais e carnais desejos e
expectação que eles enviaram seu Rei ao caivario." (A Profecia e a
Igreja, págs. 256, 258).
A história se repete. Os judeus anelavam um domínio terrestre e
temporal. Eles pediam o cumprimento incondicional e literal das
profecias concernentes a “Israel”, recusando-se a ver que eles perderam
seu direito a eles por causa de sua falha de satisfazer as condições. Por
causa de suas falsas interpretações das profecias concernentes ao reino
prometido a Israel, os judeus rejeitaram a Cristo e Seu reino espiritual.
De modo similar, hoje muitos professos cristãos, caem no mesmo erro de
Escatologia Bíblica 86
interpretação das profecias concernentes a “Israel” num sentido literal e
Palestino, deixando de ver que os judeus, por sua rejeição e crucifixão de
Cristo, perderam todo o direito para eles. Como o sistema de
interpretação literal, e centro Palestino foi o meio de os judeus rejeitarem
a Cristo e Seu reino espiritual, assim, hoje o sistema da interpretação
literal, e centro Palestino – O Futurismo – leva as pessoas a entender mal
e rejeitar a mensagem última de Cristo, referem-se aos últimos
acontecimentos em Seu reino espiritual de Israel. Esta mensagem é
claramente enunciada no 1ivro do Apocalipse, mas por causa de suas
frases de terminologia Velho Testamental, seu propósito presente e
moral não é entendido por aqueles que seguem o sistema de
interpretação Futurística.
Por causa da imagem pertencente a Israel, tão abundantemente
usada no livro do Apocalipse, os futuristas dizem que é um livro que
largamente pertence ao judeu literal na Palestina. Falham em
compreender o princípio do Novo Testamento que a terminologia Velho
Testamental é agora empregada em um sentido espiritual de âmbito
mundial em conexão com a igreja, é responsável por muita confusão
teológica. “Israel” é a palavra-chave que abre os problemas proféticos –
especialmente aqueles do livro do Apocalipse. Somente quando se
relacionam à igreja podem as profecias ser imediatamente entendidas.
Muitos comentadores corretamente enfatizam que “o simbolismo do
Apocalipse é inteiramente e exclusivamente judaico; somente israelitas
espirituais podem entender as profecias do Apocalipse”. Calcula-se que
ao menos 550 citações do Velho Testamento são encontradas no livro do
Apocalipse.
O seguinte extrato do The Revelation of St. John, pelo Prof. W.
Willigan, D. D., págs. 27-50, ilustram o que outros têm apontado com
respeito à natureza exclusivamente. judaica do Apocalipse: “A igreja cristã, mesmo entre os gentios, tinha sido enxertada sobre o
tronco de Davi. Ela tinha um interesse em Sião e Jerusalém; ela viu em Babilônia o tipo de seus inimigos; ela sentiu-se ser o verdadeiro Israel de
Escatologia Bíblica 87
Deus. Ela conhecia bem o tabernáculo e o templo, com seus pilares e incenso, seus diferentes altares, com as vestes sumo-sacerdotais, com o candeeiro de ouro de sete braços, com a arca do concerto, com o maná escondido, e com pergaminhos escritos tanto por dentro como nas costas. Estes símbolos eram portanto intimamente adotados à sua condição, e devem ter sido compreendidos por ela com poder peculiar.
“Mas o simbolismo do Apocalipse é inteira e exclusivamente judaico. Mesmo a coroa da vida no cap. 2:10, não é a coroa do vencedor dos jogos Gregos, mas a coroa hebraica da realeza e gozo – a coroa do „rei Salomão com a coroa com que sua mãe o coroou no dia do seu desposório, no dia do júbilo do seu coração.‟ (Cant. 3:11). A „pedra branca‟, com o novo nome escrito nele, do cap. 2:17, não é sugerido pela pedra branca que, lançada em cortes pagãs de justiça, para dentro da caixa de jogo, exprimia o perdão de juiz do prisioneiro na corte, mas com toda a probabilidade pela placa brilhante usada pelo sumo sacerdote sobre a sua testa. E todos os bons comentadores estão de acordo que as plamas do cap. 7:9, não são as palmas de vencedores pagãos ou na batalha ou em jogos, mas as palmas da Festa de Tabernáculos quando, no mais alegre de todos os seus festivais nacionais, Israel comemorou a vida de independênicia na qual ela entrou, quando ela marchou de Rameses a Sucote, e trocou suas residências nos campos quentes de tijolos do Egito, pelo ar livre do deserto, e as „câmaras‟ que ela erigiu no campo aberto. Os símbolos do Apocalipse devem ser julgados com os sentimentos de um judeu, e não com os de nosso próprio juiz ou século.”
Depois de apresentar outros detalhes de “Israel” no Apocalipse, o
Prof. Willigan continua: “Se das trombetas nós passarmos às penelas os seguintes particulares
chama nossa atenção: “1) A própria menção de panelas imediatamente nos ligam, não com o
mundo, mas com a Igreja. As vasilhas assim denominadas não eram vias, mas panelas ou bacias, grandes ou baixas, e não estreitas e fundas. Elas eram os presentes apresentados pelos príncipes das doze tribos de Israel, para o serviço do Tabernáculo (Núm. 7), e elas eram usadas para ofertas no altar de ouro do santuário, o incenso que tinha sido aceso por brasa do altar na corte. Eles eram instrumentos de serviço religioso, e eram peculiarmente específicas, de acordo com a lei da recompensa em espécie, permeando
Escatologia Bíblica 88
todo o Apocalipse, para conter estes juízos do Todo-poderoso, que foram designados... para a igreja infiel... (as pragas, primeiramente, caem sobre a Babilônia espiritual – a igreja apostatada).
“2) Uma semelhante observação aplica-se ao fato que, como é mencionado em Apocalipse 15:6, os anjos que carregam as sete últimas pragas, saem do „templo‟ ou oráculo interno do tabernáculo do testemunho no céu, vestidos como sacerdotes, em puro linho branco e com cintos de ouro.
“O livro está absolutamente baseado nas memórias, nos incidentes, os pensamentos, e na linguagem do passado da igreja. A tal ponto é assim, que pode ser posto em dúvida se ela contém uma singular figura não extraída do Velho Testamento, ou uma simples sentença completa nem mais nem menos construída de materiais da mesma fonte. Nada pode transmitir uma impressão completa e adequada sobre o ponto, exceto o cuidadoso estado do próprio livro neste aspecto particular de seus conteúdos.”
E então ele enumera exemplos das muitas pessoas, lugares,
incidentes, etc., associados com o antigo Israel e mencionadas no
Apocalipse. O Prof. Willigan então continua: “O grande terremoto do capítulo 16 é tirado de Ageu; o sol se tornando
negro como cabelo de pano de saco, e a lua tornando-se em sangue do mesmo capítulo, de Joel; as estrelas dos céus caindo, a figueira lançando seus figos temporãos, os céus partindo como um rolo, no mesmo capítulo, de Isaías; os gafanhotos do capítulo 9, de Joel; o ajuntamento do vinho da terra no capítulo 14, de Joel; e o pisar do lagar no mesmo capítulo, de Isaías; as asas da águia sobre a mulher é levada à proteção no deserto são as de Deuteronômio e Isaías, e toda a descrição da Nova Jerusalém, no capítulo 21, é moldada sobre Ezequiel.
“Se nós olharmos às várias da maiores visões, nós teremos a mesma lição ensinada a nós – do trono nos céus no capítulo 4, tendo o seu propósito em Isaías e Ezequiel; da abertura dos selos no capítulo 6, em Zacarias; do da terra do mar no capítulo 13, em Daniel; do da oliveira no capítulo 11, em Zacarias; do da medida do templo no capítulo 21, em Ezequiel e Zacarias, do pequeno livro no capítulo 10, em Ezequiel.
“Ou, uma vez mais, se tomarmos qualquer visão singular e examinarmos os detalhes, nós acharemos que suas várias porções são muitas vezes juntadas de diferentes profetas, ou diferentes partes do mesmo
Escatologia Bíblica 89
profeta. Assim, na primeira visão do livro, do glorificado Redentor, no capítulo 1:12-20, o candeeiro de ouro são tirados de Êxodo e Zacarias; as vestimentas até os pés, do Êxodo e Daniel; o linho dourado, de Isaías e Daniel; os cabelos como branca lã, dos mesmos dois profetas; os pés como bronze polido, de Ezequiel; a espada de dois gumes, de Isaías e Salmos; o seu rosto brilhava como o sol na sua força, de Êxodo; a queda do vidente como morto aos pés da pessoa que lhe aparece, do Êxodo e Isaías, Ezequiel e Daniel; o pôr da mão direita de Jesus sobre o vidente, de Daniel.
“É impossível alongar sem passar por todos os capítulos, verso e chave do livro, que é um perfeito mosaico de passagens do Velho Testamento, uma vez citado verbalmente, e em outra repetida em distinta alusão, agora tirado de uma cena na história judaica, e agora de dois ou três juntos.... Os livros sagrados deste povo tinham sido mais do que familiar para ele. Eles tinham penetrado todo o seu ser.... Em toda a extensão da literatura sagrada ou religiosa não se deve encontrar em nenhuma outra parte tão perfeita fusão da redação dada a Israel, com a mente de alguém que, ou exprimisse as idéias de Israel, ou se manifestasse por meio dos símbolos supridos pela história de Israel, os mais puros e mais elevados pensamentos da fé cristã.
“Se das pessoas, nós formos aos lugares, existe a mesma regra. A Jerusalém e o Monte de Sião e Babilônia e o Eufrates, Sodoma e Egito, todos familiares a nós na história de Israel, têm sua parte a fim de apresentar a santidade e a felicidade dos santos, ou a vinda do juízo, ou os transgressores dos quais os justos têm que se separar. A batalha do Har-Magedom tem indubitável referência a uma ou a outra senão ambas, das duas batalhas ligadas no Velho Testamento na planície do Megido. (Juízes 5:14; Sal. 83:4; 2 Reis 23:29) ...
“Embora nada possa explicar o último ataque sobre os santos como um ajuntamento de Gogue e Magogue dos quatro cantos da terra, mas o fato que estes nomes já haviam sido consagrados a um propósito similar nas profecias de Ezequiel. (cap. 38 e 39). (Ibid. 72 e 73).”
Um comentário da Bíblia, por Bispos e outros clérigos da Igreja
Anglicana, diz a respeito de Apocalipse 20:8: “Os termos „Campo‟ e „Cidade‟ são imagens emprestadas da condição
de Israel no deserto e na Terra Prometida. (Êxo. 14:19; Sal. 107:36).”
Escatologia Bíblica 90
“O ênfase “Hebraico” atravessa todo o Apocalipse. Mesmo as muitas palavras gregas, João dá um forte colorido hebraico.”
Notem o seguinte extrato tirado da pena do Prof. Willigan, D.D.: “O escritor então encarece, intencionalmente o hebraico... (ele
hebraíza). Nada pode ser mais claro que sua declaração (Ewaldo), que a imitação do idioma hebraico no Apocalipse vai tão longe que leva a minha mudança na construção grega, tendo em vista imitar as construções da língua hebraica.” (Willigan’s The Revelation of St. John, pág. 260).
Mencionando Apoc. 9:11, o professor declara: “Quando nós procuramos a raiz da palavra grega Apoliom ... nós
descobrimos que ela exprime o mesmo significado como em hebraico.”
Urias Smith, em seu Daniel and the Revelation, pág. 479, aos
comentar sobre Apoc. 9:11, diz: “Seu nome. Em hebraico, Abadom, o destruidor; em grego, Apoliom,
alguém que extermina ou destrói. Tendo dois diferentes nomes em duas línguas, é evidente que o caráter, antes que o nome do poder, entende-se que representa... como o expresso em ambas as línguas ele é um destruidor.”
Ao descrever a destruição dos inimigos da igreja, João procura
encarecer o simbólico “lugar que em hebraico se chama Armagedom”
(Apoc. 16:16). Como as qualidades do poder e não seu nome literal é
expresso no nome hebraico de Apoc. 9:11, assim é por causa das
qualidades ou do significado na língua hebraica da palavra Armagedom
que é mencionada em Apoc. 16:16. O significado do Armagedom é dado
por Christopher Wordsworth: “Armagedom ou Har-Magedom é formado
de duas palavras hebraicas – a primeira, Har, significa uma montanha; a
outra, em pedaços; e assim significa a Montanha de Extermínio ou
Matança.”
O Ellicott’s Commentary declara: “O grego é moldado pelas tendências hebraicas do escritor! ... Assim o
colorido forte hebraico é precisamente o que devemos esperar de alguém... constantemente falando sobre as esperanças e profecias Messiânicas.”
Escatologia Bíblica 91
“A prevalência das influências hebraicas notáveis no Apocalipse, poderiam muito bem calhar com a data posterior.”
“O intérprete é facilmente reconhecido pelas conjurações externas, e não dá muita atenção aos princípios éticos espirituais íntimos... Destes princípios o principal parece ser o seguinte: (1) as passagens raízes nas profecias do Velho Testamento têm que ser consideradas.”
No The New Testament in Greek, General Epistles and Revelation,
o Bispo C. Wordsworth, declara: “A dicção do livro do livro do Apocalipse é mais hebraísta do que a de
qualquer outra porção do Novo Testamento. Ela adota expressões idiomáticas hebraicas e palavras hebraicas. Ela de modo estudado evita as leis da Sintaxe Gentílica e até corteja anomalias e solecismos; ela cristianiza palavras hebraicas, e sentimentos, e veste-os com vestimenta evangélica, consagra-as a Cristo. Assim, por exemplo, ela nunca usa a forma grega Hierosacluma, mas sempre emprega o hebraico Hierusalem; e por esse nome nunca designa o literal, Sião, mas a Igreja Cristã.”
O Bispo C. Wordsworth, por muitas ilustrações mostra o ambiente
hebraico, e o seu sentimento, etc., que prevalece através do Apocalipse.
Ele ainda diz: “Num espírito similar de genuína catolicidade, expandindo a mente e
espiritualizando a linguagem da nação judaica, e investindo-as com a luz do Evangelho designa a Igreja Universal de Cristo sob os termos de uma nomenclatura hebraica pelos nomes das Doze Tribos de Israel. Assim ela estende a compreensão do povo hebreu, e desenvolve os muros de Sião e os limites da Palestina até que incluam em seu ambiente amplo à família da humanidade. O Apocalipse também eleva o coração e a voz da nação hebraica até a corte da igreja glorificada. Aqui a língua hebraica soa no solene serviço do ritual celeste, em que o coro angélico canta conosco a Deus, „Amém‟, „Aleluia‟... Ela lida de maneira similar com a profecia hebraica. É uma das características da profecia hebraica o repetir as mesmas predições em tempos diferentes. O Apocalipse procede num plano similar.”
Escatologia Bíblica 92
Falácia Fundamental do Futurismo
O livro do Apocalipse foi escrito à igreja de Jesus Cristo. (veja
Apoc. 1:11; 22:16; 2:7, 22, 29; 3:6, 13, 22, etc.), e no seu fim nosso
Senhor disse: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas
coisas às igrejas.” (Apoc. 22:16). Porém, apesar das citações do próprio
Senhor dadas no Apocalipse, e apesar dos plenos ensinos do Novo
Testamento que a igreja é agora “o Israel de Deus” (Gál. 6:16, etc.), os
Futuristas declaram que porque ela contém santas imagens pertencentes
a “Israel”, ela lida principalmente com o judeu literal na Palestina!
Para devidamente apreciar qualquer ensino, sempre é necessário
observar cuidadosamente seus princípios básicos. Usemos a Bíblia do
Dr. Scofield (que fala pelo Futurismo), que nos cita o princípio básico do
Futurismo:
O Futurismo nega “que a Igreja é o verdadeiro Israel, e que a
previsão do Velho Testamento do reino está cumprido na Igreja.” (pág.
989).
Isto é, como já mostramos, a contradição direta do pleno ensino do
Velho Testamento, e também o ensino comprovado pelo tempo da igreja
cristã por centenas de anos. Os Futuristas ignoram as declarações claras
da Escritura que “a ira, porém, sobreveio contra eles (a nação literal de
Israel) definitivamente!. (1 Tess. 2:16); que como nação eles têm sido
tão quebrados que eles “não podem mais refazer-se” (Jer. 19:11); e que
Cristo explicitamente lhes declarara: “o reino de Deus vos será tirado e
será entregue a um povo (a igreja, 1 Pedro 2:9), que lhe produza os
respectivos frutos.” (Mat. 21:45).
Os Futuristas, que não são guiados pelo ensino do Novo
Testamento, que o Israel espiritual – a igreja – tomou o lugar do Israel
nacional, ainda constrói suas doutrinas e suas esperanças para o mundo
sobre uma crença num cumprimento Palestino e literal das profecias
pertencentes a Israel. Assim a Bíblia de Scofield, na página 1.226,
comenta: “A promessa do reino de Davi, e sua semente, descrita nos
Escatologia Bíblica 93
profetas (2 Sam. 7:8-17, referências Zac. 12:8), entre o Novo Testamento
absolutamente não mudado (Lucas 1:31-33). Mas Scofield não vê o fato
que, quando a Igreja herda tudo que pertencia a Israel (num sentido
maior), ela também herda a fraseologia do Israel nacional: As mesmas
palavras e designações se referem a ambos. Em outras publicações, o
escritor deu muitos exemplos, tirados do Novo Testamento. Não existe
mudança na fraseologia empregada no Novo Testamento, mas, existe
positivamente uma mudança com respeito ao povo a quem essas
profecias e designações agora se aplicam. No Novo Testamento, a igreja
é mencionada na linguagem empregada no Velho Testamento, com
respeito a Israel. As profecias e bênçãos que nalgum tempo se referiam
ao Israel Nacional, mas agora se referem a Igreja. Porque a igreja e seus
inimigos, são assim descritos no Apocalipse, os Futuristas vêem apenas a
nação judaica literal e a Palestina nas muitas referências às coisas de
Israel, contidas no livro do Apocalipse. O Apocalipse pode ser
devidamente entendido, se o propósito moral discernido, unicamente
quando os eventos históricos do Velho Testamento, pessoas, nomes,
números, cores, etc., são aplicados espiritualmente em relação com
Cristo e Sua igreja.
Semelhantes à teologia judaica nos dias de Jesus, o Futurismo se
baseia, sobre uma interpretação rígida, literal da Escritura. Com respeito
a esta posição Futurista, o Dr. O. T. Allis, diz: “É a pretensão insistente de seus advogados, somente quando
interpretado literalmente, a Bíblia verdadeiramente interpretada; e eles denunciam como 'espiritualizantes' ou 'alegoristas' aqueles que não interpretam a Bíblia com o mesmo grau de literalismo como eles fazem... a questão da interpretação literal versus figurada é, portanto, uma que tem que ser encarada desde o começo. E deve ser observado de uma vez que o item não pode ser afirmado como uma simples alternativa, quer literal, quer figurada. Nenhum literalista, embora exigente, toma tudo na Bíblia literalmente. Nem o fazem os que se inclinam a um método mais figurado de interpretação, insistem que tudo é figurado. Ambos os princípios têm o seu lugar próprio e suas limitações necessárias... os mais preciosos ensinos da Bíblia, são espirituais; e essas realidades espirituais e celestiais são muitas
Escatologia Bíblica 94
vezes apresentadas sob a forma de objetos terrestres e relações humanas... e coisas espirituais são mais reais e mais preciosas do que as cousas visíveis, tangíveis, e efêmeras. Para 'as cousas representadas têm muito mais realidade e perfeição em si, do que as coisas pelas quais as representamos'. As palavras 'este é o meu corpo', não perdem, mas ganham, em significado, quando o sentido literal, é rejeitado como não escriturístico." (Prophecy and the Church, págs, 16-18).
Mais Falhas Futurísticas
A aderência ao princípio que as profecias que são formuladas em
terminologia pertencente a “Israel” tem que se cumprir literalmente, em
relação literal aos judeus, adia o cumprimento em algum tempo no
futuro. Assim os Futuristas, por não poderem estas profecias ser
consideradas como tendo se cumprido ainda, ou como sendo capazes do
cumprimento neste presente século, referem o seu cumprimento para
após o "arrebatamento" da igreja. Está além do escopo deste esboço,
necessariaiente limitado, discutir o assunto em seus muitos detalhes.
Porém, nós salientamos que os Futuristas ensinam que as peculiaridades
junaicas, serão reavivadas; os sacrifícios serão novamente oferecidos.
Scofield, procurou solver a dificuldade, confrontada por numerosos
textos do Novo Testamento, que explicitamente ensinam que o ritual
mosaico de sacrifícios e o sacerdócio Aarônico, foram abolidos, e que o
sistema típico Velho Testamental de expiação, acha seu cumprimento na
expiação e mediação sumo-sacerdotal do Senhor Jesus Cristo. Diz
Scofield: “Indubitavelmente estas ofertas serão lembanças, que olham ao
passado para o futuro da cruz como as ofertas sob o velho concerto, eram
antecipatórias, qu'e olhavam para o futuro tempo da cruz.” (pág. 890).
Nisto, como em muitas outras ilustrações que poderiam ser dadas, nós
vemos o triste resultado de seguir um sistema de interpretação que exige
que as coisas pertencentes a “Israel”, devem se cumprir, literalmente.
Para o Futurismo, é uma suficiente condenação acusadora, que ele
relega ao futuro o cumprimento de tais profecias como Zac. 13:1
Escatologia Bíblica 95
(“naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os
habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza”), e Daniel
9:24. O comentário Futurista é: “O dia ainda é futuro, quando uma fonte
será aberta para a iniqüdade do povo de Daniel (Zac. 13:1), e a justiça
for dispensada por eles”.
Existe o princípio empregado pelos profetas bíblicos de falar de
eventos de ambiente mundial que, à primeira vista parecem indicar que a
Palestina deve ser o lugar de seu cumprimento. Mas um estudo mais
cuidadoso revela que toda a história da salvação está sintetizada em
fraseologia semelhante. Assim o todo das coisas literais locais na
economia mosaica, predisseram eventos mundiais em conexão com a
igreja cristã. (Veja 1 Cor. 10:6 e 11, margem). Esta tem sido a crença dos
intérpretes protestantes por séculos e anos, como pode ser visto nos
títulos da versão King James. Embora sintetizado em fraseologia
indicadora que a fonte da purificação seria literalmente em Jerusalém,
mas a maioria dos cristãos aplicamam este verso como se referindo à
corrente vermelha que fluiu do Salvador por Sua morte no Calvário. Nós
podemos todos simbolicamente, ou pela fé, mergulhar nessa preciosa
fonte onde quer que nos localizemos literalmente na terra. O hino
familiar de Cowper, “Existe uma fonte cheia de sangue”, deve a sua bela
embora dolorosa imagem a este verso. Comparando Zac. 13:1 e Ezeq.
47:1-12, nós vemos o pensamento em Zac. 13:1, que água é símbolo da
purificação e limpeza. (Veja também Ezeq. 36:25; Apoc. 7:14, etc.). A
recusa de ver a importância simbólica das Escrituras, empregam pelo
Espírito Santo de transmitir verdades é a base dos erros do catolicismo
romano.
Futurismo e o Livro do Apocalipse
Como o fizeram os judeus, assim o fazem os futuristasa – eles
deixam de discernir o propósito moral presente das profecias
pertencentes a “Israel”. A terminologia Velho Testamental é empregada
Escatologia Bíblica 96
no Apocalipse, porque a igreja foi ocupar o lugar de Israel, porque a
igreja é “Israel”.
Deus tinha uma razão moral para dar a Jacó, o nome de “Israel” –
porque seu caráter foi mudado, após uma noite de oração. (Veja Gên. 32:
24-50; Osé. 12:3 e 4). Jesus é o rei de Israel (Veja S. João 1:49). E “o rei
de Israel”, que conhece Seus filhos, disse a Natanael (que gastara algum
tempo com seu Deus em oração no segredo de uma frondosa figueira):
“Eis um verdadeiro israelita em quem não há dolo.” (S. João 1:47-49).
“Os restantes de Izrael” (Sof. 3:13), serão aqueles dos quais é dito: “Na
sua boca não se achou engano” (Apoc. 14:5). Um verdadeiro israelita
(como Jacó e Natanael, etc.), sabe por experiência o que significa
derramar a alma diante de Deus, apegando-se a Ele e confiando em Seu
amor e misericórdia. Somente os que assim comungam com Deus e que
“não têm engano”, podem completamente compreender e aceitar a
mensagem do Apocalipse. O Apocalipse, pode ser compreendido
somente à luz dos tipos literais do antigo Israel. Ao ser rejeitado este
princípio pelos futuristas, eles não podem entender o propósito moral,
presente da maioria das profecias do Apocalipse. Eles aplicam-nos
literalmente em conexão com o judeu literal da Palestina. Como nada
ainda aconteceu literalmente, de acordo com a sua interpretação destas
coisas de “Israel”, portanto, dizem eles essas coisas devem ser futuras.
Desta maneira raciocinaram os judeus nos dias de Cristo e O rejeitaram.
Desta mesma maneira os Futuristas estão cegos aos cumprimentos do
presente das profecias apocalípticas e .rejeitam a mansagem vital de
Cristo para eles hoje.
A concepção futurissta, declara que o anticristo e as profecias
relacionadas à sua “guerra”, feita aos “santos” lida com uma pessoa
ainda está para aparecer, e fazer seu trabalho mortal, contra o judeu
literal na Palestina. O sistema futurista de interpretação tem sido mantido
pelo papado, porque ele aponta a um anticristo militar – uma pessoa
literal – a surgir na Palestina no futuro, e assim distrai a atenção para não
Escatologia Bíblica 97
ver o papado como o anticristo – uma organização espiritual retratada no
Apocalipse.
A questão de se o “Armagedom” é empregado em sentido literal ou
simbólico, leva-nos à decisão sobre que sistema de interpretação nós
usamos. O Futurismo ensina que todos os ensinos judaicos no
Apocalipse, são considerados literalmente – incluindo o “lugar
denominado na língua hebraica, Armagedom.” “Armagedom” dizem
eles, é uma batalha literal, militar, durante a qual o Senhor liberta os
judeus literais, remanescentes na Palestina, de seus inimigos nacionais
dirigidos pela besta e o falso profeta. Quando “Armagedom” é
interpretado de acordo com o princípio estabelecido no Novo
Testamento, isto é, que a Igreja é agora o Israel de Deus, “Armagedom”
é visto ser um conflito espiritual que envolve a igreja e os princípios
morais que ele representa. Quando ensinado como uma batalha militar, a
descrição profética do “Armagedom”, não tem propósito moral; quando
ensinado em relação à destruição dos inimigos da igreja e o triunfo da
igreja, ela contém um propósito moral vital.
A solene advertência de Deus ccntra adorar a “besta” e “sua
imagem” ou receber seu sinal, bem como tantas das profecias atraentes
do Apocalipse, perdem seu propósito moral, para hoje, quando
interpritada de acordo com o sistema futurista, que os aplica ao futuro,
em relação aos judeus literais da Palestina. Aqueles que lêm estas
profecias de acordo com o futurismo, assim agem como expectadores, ou
como aqueles cuja curiosidade mental é estimulada a conhecer que
eventos ocorrerão a outras pessoas que viverão na Palestina no futuro.
Mas o Senhor deu estas profecias como mensagens adultas, como
mensagens vitais para os Seus verdadeiros israelitas que vivem hoje.
O Pentecostes Trouxe Luz Sobre o Propósito Moral da Profecia
Mesmo os discípulos eram lentos no apreciar a interpretação de seu
Mestre das profecias sobre o reino no Velho Testamento. Eles também
Escatologia Bíblica 98
aguardavam a libertação temporal do jugo romano, e assim não estavam
preparados para o seu terrível desapontamento, quando viram a
crucificação de seu Senhor. Um escrtor declara: “Antes de Sua crucifixão o Salvador explicou a Seus discípulos que Ele
deveria ser morto, e do túmulo ressuscitar... Mas os discípulos aguardavam livramento temporal do jugo romano, ... As palavras de que necessitavam lembrar-se, fugiram-lhes do espírito; e, ao chegar o tempo da prova, esta os encontrou desprevenidos. A morte de Cristo destruiu-lhes tão completamente as esperanças, como se Ele não os houvesse advertido previamente.” (O Grande Conflito, 594)
Se os discípulos tivessem uma compreensão correta das profecias,
eles poderiam ter tido um culto de louvor, reconhecendo o cumprimento
maravilhoso da profecia na morte e ressurreição de seu Senhor. Mesmo
no dia da ressurreição não sabiam a verdadeira interpretação das
profecias concernentes a Israel. Antes de Jesus se revelar aos dois
discípulos de Emaús, Ele explicou as profecias, pois “era-lhes necessário
compreender os testemunhos dados a respeito dEle pelos símbolos e profecias do Antigo Testamento. Sobre estes devia estabelecer-se sua fé. Cristo não operou nenhum milagre para os convencer, mas foi Seu primeiro trabalho o explicar-lhes as Escrituras. Haviam considerado Sua morte a ruína de todas as suas esperanças. Agora Ele lhes mostrou pelos profetas que ali se achava a mais vigorosa prova de sua fé. ...Os milagres de Cristo são uma prova de Sua divindade; mas uma prova mais forte ainda de que Ele é o Redentor do mundo, encontra-se comparando as profecias do Antigo Testamento com a história do Novo.” (DTN, pág. 799).
Idéias velhas custam a morrer, e mesmo subsequente à ressurreição,
os discípulos ainda mantinham idéias errôneas com respeito ao
cumprimento das profecias relacionadas ao estabelecimento do reino de
Cristo. (Atos 1:6). Jesus lhes ordenara pregar: "Está próximo o reino dos
céus" (Mat. 10:7). Mas não antes do Pentecostes, não antes de terem
gasto semanas de oração e no afastamento daquelas coisas que não
Escatologia Bíblica 99
estavam em harmonia com Cristo, os discípulos realmente penetraram o
propósíto moral das profecias. “Antes de deixar Seus discípulos, Cristo uma vez mais definiu a
natureza de Seu reino. Trouxe-lhes à lembrança as coisas que lhes havia falado anteriormente com relação a esse reino. Declarou-lhes que não era Seu propósito estabelecer neste mundo um reino temporal.” (Atos dos Apóstolos, pág. 30)
“Por causa de seu espírito egoísta e terreno, os próprios discípulos de
Jesus não podiam compreender a glória espiritual que lhes buscava revelar. Não foi senão depois da ascensão de Cristo para Seu Pai, e do derramamento do Espírito Santo sobre os crentes, que os discípulos apreciaram plenamente o caráter e a missão do Salvador.” (DTN, pp. 506, 507).
Não foi antes do derramaamento do Espírito Santo que os
discípulos entenderam a interpretação espiritual das profecias do Velho
Testamento referentes ao reino, depois do Pentecostes, enquanto
ensinava uma salvação literal e física do futuro, eles também que
ensinaram a salvação espiritual, era uma bênção presente. (veja 1 Ped.
1:5; 1 Tess. 5:8; Rom. 13:11; Heb. 9:28; Isa. 25:9, etc.). Os discípulos
não podiam a princípio ver "a glória espiritual" do trabalho de Cristo,
cumprindo as predições do Velho Testamento “por causa de seu espírito
egoísta e terreno”.
Jesus Está Reinando Agora
As Escrituras esclarecem que as profecias referentes ao reino do
Filho de Davi, deviam cumprir-se por Sua morte e ressurreição. (Veja
Atos 2:29, 32; 13:22-24; Rom. 1:4; 2 Tim. 2:8). Paulo pregou o reino de
Deus e de Cristo como uma realidade de então, em que cada erente do
evangelho era, e é trasladado instantaneamente. (Col. 1:12 e 13; 1 Cor.
15:11; Atos 20:24 e 25, etc.). Deus tinha "levantado a Israel um
Escatologia Bíblica 100
Salvador, Jesus" (Atos 15:22 e 25; Luc. 21:10, 11, 30-32, 68-70; Atos
5:30, 31). Pela operação do Espírito Santo no reino espiritual de graça do
Messias, Cristo está salvando agora, redimindo Israel de "todo o povo"
(Luc. 2:30-32, etc.). Esta salvação está "em Sião" (Joel. 2:32; Rom.
11:26; 9:33:1 Ped. 2:4-7), a igreja, em que Jesus reina.
Quando os discípulos, que ainda pensavam no cumprimento literal
imediato das profecias do reino do Velho Testamento, perguntaram,
"Senhor, será este o teiupo em que restauras o reino de Israel?
Respondeu-lhes Jesus: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que
o Pai reservou para sua exclusiva autoridade, MAS, recebereis Poder, ao
descer sobre vós o Espirito Santo" (Atos 1.:6-8). O reino literal será
estabelecido depois da era evangélica terminar o segundo advento, e o
tempo para este evento está escondido do homem, MAS, o cumprimento
das profecias concernentes ao reino do Messias estão se cumprindo
agora pelo poder do Espírito Santo. "Porque o reino de Deus consiste,
não em palavra, mas em poder." (I Cor. 4:20).
Jesus reina agora! As profecias concernentes ao reino do Messias
estão se cumprindo agora! Esta era o fardo encantador dos apóstolos
pregando depois da descida do Espírito Santo no Pentecostes! Foi este
reconhecimento do cumprimento das profecias do reino em relação à
igreja que deu poder às suas pregações, e que também despertavam a ira
dos judeus contra eles. O que os judeus consideravam como sendo
inteiramente no futuro, e para se cumprir literalmente em conexão com o
Israel nacional, os apóstolos pregavam como cumprindo-se na tarefa de
pregar o evangelho. Um estudo do Novo Testamento – dos sermões nele
contidos, ou das epístolas, etc., escritos depois de Pentecostes –
claramente revelarão este fato.
No dia de Pentecostes, o inspirado Pedro declarou que Jesus foi
elevado para assentar-se num trono; que Ele era "Tanto Senhor como
Cristo" (veja Atos 2:30-36). O sermão de Pedro foi em grande parte
constituído de citações do Velho Testamento. A primeira destas é de Joel
(2:28-32), e Pedro sita estes versos endereçados ao antigo Israel e aplíca-
Escatologia Bíblica 101
os a todos os que crescem em Jesus como "Tanto Senhor como Cristo",
"toda a carne", "todo o que chamar o nome do Senhor, será salvo." Em
sua comissão aos discípulos, Jesus disse: "Toda a autoridade me foi dada
no céu e na terra. Ide, portantanto e fazei discípulos de todas as nações."
(Mat. 28:18 e19). Assim, o Senhor ressuscitado falou como um rei que
está para receber Seu reino, e para tomar Seu lugar à direita da
Majestade no alto. São Pedro em Atos 2:33, descreve o derramamento do
Espirito predito por Joel como uma demonstração do fato que Ele já
recebera e está agora exercendo aquela autoridade real. Isto pode apenas
significar que Jesus entrara no Seu reino, e que este grande evento
inaugural da era da igreja deve ser considerada como cumprimento da
profecia Messiânica.. O Rei está agora exercendo Seu poder soberano.
Note este detalhe nos vemos em Atos 3:16; 4:10, 30; 5:31, etc.
Pedro citou o Sal. 110:1 e 2: "Disse o Senhor ao meu Senhor:
Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo de
teus pés. O Senhor enviará de Sião o cetro do Seu poder, dizendo:
Domina entre os teus inimigos." Jesus está reinando agora no meio dos
Seus "inimigos". A citação de Pedro de Joel 2:32 (veja Atos 2:21 e
compare com Joel 2:32), também mostra que desde o tempo de
Pentecostes, profecias do Velho Testamento concernentes a Sião,
Jerusalém, a terra de Israel, etc., foram interpretadas como cumpridas em
conexão com o trabalho de Cristo no evangelho. Como Jesus reina na
igreja, Seu Sião espiritual ou Jerusalém, aqueles que são apresentados na
profecia de Joel (veja Joel 3), como sendo juntadas fora no vale de
Josafá, para fazer guerra sobre o povo de Deus dentro de Jerusalém, tem
que se repetir àqueles que se opõem ao trabalho do evangelho. Esta
interpretação pôs os judeus não como os favorecidos de Deus dentre de
Jerusalém, mas entre os que estavam do lado de fora, entre os inimigos
de Deus. Tal interpretação despertou a ira dos judeus, que disseram que
criam que estas profecias se cumpriam literalmente em conexão com a
nação literal dos judeus.
Escatologia Bíblica 102
Todas As Escrituras Morais Vibrantes de um Salvador Vivo
No Pentecostes os discípulos de Jesus foram unidos na
interpretação de Pedro porque ele fez sua declaração "se levantou Pedro,
com os onze." (Atos 2:14). Sua aplicação espiritual presente do reino das
profecias (que os judeus aplicavam somente num sentido estritamente
literal em relação ao futuro), formaram o Velho Testamento um livro
novo e vivo para eles e seus ouvintes. Não era apenas um livro que
continha relatórios áridos do passado, e bênçãos futuros que não tinham
relação com o presente, mas um livro que continha um passado e um
futuro que vivia no presente – um livro vivo vibrante com mensagens de
um Cristo vivo. Não somente as provas eram apresentadas pelo próprio
Velho Testamento, mas o Cristo vivo por Seu Espírito sempre presente
proveu uma experiência em harmonia com a interpretação.
O ensino Novo Testamental é claro que, desde a rejeição da
nação judaica, a igreja é agora o "Templo" em que Cristo reina pelo Seu
Espírito. "O homem da iniqüdade" – o rei falso – que se assentaria "no
templo de Deus, como se fosse o próprio Deus" (2 Tes. 2:3 e 4), é o
Papado dentro do templo espiritual – a igireja cristã professa. Futuristas
– quer Papais ou supostamente Protestantes – aplicam essa profecia em
conexão com um templo literal ainda a ser construído na Jerusalém
literal por um inimigo dos judeus literais. o Futurismo deixa de ver o
propósito moral das profecias concernentes "ao tempo de Deus",
mencionado em 2 Tess. 2:3 e 4, e em outras profecias templárias como
descritas em Ezeq. 40-48 e em Apocalipse 11:1. Ao aplicarem essas
profecias literalmente em relação ao futuro e à Palestina, eles deixam de
compreender o propósito moral presente pelo qual. foram dados.
Paulo não somente falou da igreja como sendo o "templo" de
Deus, mas também de todo o indivíduo. (Efés. 2:21 e 22; 1 Cor. 3:16 e
17; 6:19, etc.. O tabernáculo no deserto foi feito conforme o "modelo"
celestial (Êxo. 25:9, 40). Depois de Moisés ter completado todos os
detalhes da estrutura e todos os móveis "como o Senhor mandara" (Êxo.
Escatologia Bíblica 103
40:16, 19, 21, 23, 25, 27, 29 e 31), "a glória do Senhor enchia o
tabernáculo." (v. 35).
A mesma coisa ocorreu na dedicação no templo de Salomão. (1
Reis 8:10 e 12; 2 Crôn.. 5:13, 14; 7:2). A lição espiritual é óbvia; quando
nós fazemos tudo que o Senhor nos ordena fazer, nós também seremos
incluídos com a glória. de Deus. O mandamento do Novo Testamento:
"Enchei-vos do Espírito" (Efés.5:18), é o mesmo que conclamar-nos a
obedecer a Deus em tudo, pois somente dessa maneira o Espírito de
Deus inundará a alma com Sua glória. " ... o Espírito Santo, que Deus
outorgou aos que lhe obedecem." (Atos 5:32).
O templo tão minuciosamente descrito em Ezeq. 40-48, também
tem seu cumprimento presente na igreja cristã, em cada crente
individual. Individualmente bem como coletivamente o Messias está
agora construindo Seu "templo" em que Ele agora reina com poder. (Zac.
6:12, 15; 1 Cor. 3:16, 17; 6:1.9; Efés. 2:21, 22, etc.). As medidas
menores e mais exatas de cada parte do templo é experimentada por
aqueles que procuram fazer somente o que está em harmonia com a
Divina cana de medir. (compare Ezeq. 40:3, etc, com Apoc. 11:1). A
experiência cristã se harmoniza com a interpretação. Todas as cenas do
templo da Bíblia – quer recordadas na história do antigo Israel ou nas
porções proféticas da Escritura – foram ecsritas para tipificar o propósito
moral de Deus, e que por eles os indivíduos pudessem achar o caminho
da salvação. Esta verdade foi claramente apontada pelo autor do livro
intitulado O Desejado de Todas as Nações. Este bem conhecido escritor
diz: “Desde os séculos eternos era o desígnio de Deus que todos os seres
criados, desde os luminosos e santos serafins até ao homem, fossem um templo para morada do Criador. Devido ao pecado, a humanidade cessou de ser o templo de Deus. ... Pela encarnação do Filho de Deus, porém, cumpriu-se o desígnio do Céu. Deus habita na humanidade, e mediante a salvadora graça, o coração humano se torna novamente um templo. O Senhor tinha em vista que o templo de Jerusalém fosse um testemunho contínuo do elevado destino franqueado a toda alma.” (DTN, pág. 161).
Escatologia Bíblica 104
“Purificando o templo dos compradores e vendilhões mundanos, Jesus anunciou Sua missão de limpar a alma da contaminação do pecado - dos desejos terrenos, das ambições egoístas, dos maus hábitos que a corrompem.” (Ibidem).
O templo magnificente de Salomão simboliza a igreja e cada crente.
Com respeito à construção do templo no monte Moriá, nós lemos:
"Edificava-se a casa com pedras já preparadas nas pedreiras, de maneira
que nem martelo, nem machado, nem instrumento algum de ferro se
ouviu na casa quando a edificava." (1 Reis 6:7). A edificação silenciosa
deste templo tipificava a construção do templo espiritual de de Cristo
pela quieta operação do Espíirito de Deus. (veja Efés. 2:21 e 22).
O autor de Profetas e Reis, pág. 36, diz: “De inexcedível beleza e inigualável esplendor era o régio edifício que
Salomão e seus homens construíram a Deus e ao Seu culto. Guarnecido de pedras preciosas, circundado por espaçosos átrios com magnificentes vias de acesso, revestido de cedro lavrado e ouro polido, a estrutura do templo, com suas cortinas bordadas e rico mobiliário, era apropriado emblema da igreja viva de Deus na Terra, a qual tem sido edificada através dos séculos segundo o modelo divino, com material que se tem comparado ao „ouro, prata e pedras preciosas‟, „lavradas como colunas de um palácio‟ (1 Cor. 3:12; Sal. 144:12). Deste templo espiritual Cristo „é a principal pedra de esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor‟. Efés. 2:20 e 21.”
“Por meio de Cristo deveria cumprir-se o propósito de que era um
símbolo o tabernáculo - aquela construção gloriosa, com suas paredes de ouro luzente refletindo em matizes do arco-íris as cortinas bordadas de querubins; o aroma do incenso, sempre a queimar, a invadir tudo; os sacerdotes vestidos de branco imaculado, e no profundo mistério do compartimento interior, acima do propiciatório, entre as figuras de anjos prostrados em adoração, a glória do Santíssimo. Em tudo Deus desejava que Seu povo lesse o Seu propósito para com o ser humano.” (Educação, pág. 36)
Escatologia Bíblica 105
“Conquanto o serviço houvesse de ser transferido do templo terrestre ao celestial; embora o santuário e nosso grande Sumo Sacerdote fossem invisíveis aos olhos humanos, todavia os discípulos não sofreriam com isso nenhum detrimento. Não experimentariam nenhuma falha em sua comunhão, nem enfraquecimento de poder devido à ausência do Salvador. Enquanto Cristo ministra no santuário em cima, continua a ser, por meio de Seu Espírito, o ministro da igreja na Terra.” (DTN, 166).
“Nós estamos no dia da expiação, e nós devemos trabalhar em
harmonia com o trabalho de Cristo de purificar o santuário dos pecados do povo...Aqueles que não simpatizam com Jesus em Seu trabalho nas cortes celestiais, que não purificam o templo da alma de toda corrupção.... estão juntando com o inimigo de Deus e do homem.” (Review and Herald, 21/1/1890).
“Sua Igreja deve ser um templo construído segundo a semelhança
divina, e o anjo arquiteto trouxe do Céu a sua vara de ouro para medir, a fim de que cada pedra seja lavrada e ajustada pela medida divina, e polida para brilhar como um emblema do Céu irradiando em todas as direções os refulgentes e luminosos raios do Sol da Justiça.” (Testemunhos para Ministros, pág. 17)
Nestes extratos nós vemos aplicados os princípios que o
tabernáculo no deserto, o templo em Jerusalémo e o templo descrito na
profecia, simbolizava o propósito moral de Deus por Sua igreja e para
todo o individuo.
Incidentes tais, como a destruição babilônica do templo de Salomão
(2 Crôn. 36:17-19); sua trasladação para Babilônia dos vasos
pertencentes à casa de Deus (2 Crôn. 36:18; Esd. 1:7-11; Dan. 1:2), e
usando-os ali no serviço de seus deuses falsos (Dan. 5:2-3); a libertação
e a volta do antigo Israel de seu cativeiro babilônico, e reconstrução do
templo em ruínas e da cidade de Jerusalém, etc., estão .todos registrados
nas Escrituras (Esdras, Neemias, Ageu, etc.), para um propósito moral.
Embora o estudo da história sagrada seja interessante e proveitosa em si
mesma, não obstante a razão principal pela qual estes incidentes estão
Escatologia Bíblica 106
registrados é para que por eles nós possamos receber força espiritual:
"Poís tudo quanto outrora, foi escrito para o nosso ensino, foi escrito a
fim de que pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos
esperança" (Rom. 15:4). Não somente podemos nós discernir a
construção da igreja cristã e de cada crente individual na construção do
tabernáculo e do templo, mas a restauração da alma afastada ou igreja
como uma habitação de Deus possa ser vista na reconstrução e
restauração do templo e seus serviços, depois de terem sido submetidos a
assalto e corrupção na mão das forças de Babilônia. Um escritor que
sempre tira a lição moral dos registros históricos da Escritura, diz: “A obra de restauração e reforma realizada pelos que voltaram do exílio
sob a liderança de Zorobabel, Esdras e Neemias, apresenta o quadro de uma obra de restauração espiritual que deve ocorrer nos últimos dias da história da Terra. ... Variadas foram as experiências que tiveram na reconstrução do templo e dos muros de Jerusalém; forte foi a oposição que tiveram de enfrentar. ...
“A restauração espiritual de que a obra levada a efeito nos dias de Neemias era um símbolo, é esboçada nas palavras de Isaías: „Edificarão os lugares antigamente assolados e restaurarão os de antes destruídos, e renovarão as cidades assoladas.‟ Isa. 61:4. „E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.‟ Isa. 58:12.” (Profetas e Reis, pág. 677).
Ao descrever o chamado do povo de Deus para sair da Babilonia
espiritual, o Revelador (ele usa o mesmo princípio através do
Apocalipse), se refere ao propósito moral do Israel literal para sair da
cidade literal de Babilônia, e sua volta a Jerusalém para reconstruir o
templo e a cidade. (veja Apoc. 18:4). Individualmente, as pessoas estão
sendo agora chamados a sair de Babilônia para preparar e para restaurar
o verdadeiro culto a Deus.
Os defeitos praticados na Idade Escura pelos babilônios espirituais
ao templo espiritual e à cidade de Deus (Apoc. 11:1 e 2), está sendo
reparado. Os vasos tirados da casa de Deus em Jerusalém (Dan, 1:2), e
Escatologia Bíblica 107
usados no serviço do falso sistema de culto da Babilônia satânica (Dan,
1:2; 5:1-4), estão sendo restaurados na casa do culto verdadeiro. (Esdras
1:1-11; S. Mat. 17:11). A reconstrução e restauração de um indivíduo e
da igreja como um templo de Deus são ilustrados nesta experiência de
Israel.
Conservando na mente o princípio do Novo Testamento de aplicar a
história e a profecia Velho Testamental em conexão com o propósito
moral de Deus não somente o livro num livro vivo, que pulsa com poder
e propósito mas guia-nos em nossa interpretação da profecia.
A Aplicação Individual da História da Profecia
A interpretação do Novo Testamento das profecias do Velho
Testamento com respeito ao reino e obra do Messias é que elas se
aplicam individualmente bem como coletivamente à igreja. É importante
que a aplicação individual da profecia seja considerada. Todas as
profecias bíblicas centralizam-se em Jesus, e estas, quando devidamente
entendidas, serão uma influência sobre indivíduos. Deus lida com
indivíduos: "todo aquele" (S. João 3:1.6; Apoc. 22:1.7), os Dez
Mandamentos são escritos no número singular. As promessas são "para
aquele que vencer" (Apoc. 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21). Jesus diz: "Quem
tem ouvidos (para ouvir) ouça." (Mat. 11:15). Oito vezes no Apocalipse
Jesus também apela ao indivíduo: "Quem tem ouvidos, que (ele) ouça."
(Apoc, 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; 13:9). A aceitação de Cristo é um
assunto pessoal. A escritura da Lei de Deus no coração é um trabalho
individual. (2 Cor. 3:3; Sal. 4:8; Ezeq; 11:19 e 20; 36:26; Heb. 8:8-15).
A libertação de Israel da servidão egípcia não somente significa a
libertação da Igreja, mas do indivíduo da servidão do pecado. A
passagem segura da nação de Israel através das águas do Mar Vermelho
(1 Cor. 10:1, 2, 11); os israelitas participando do Maná e bebendo da
água da rocha (1 Cor. 10:5, 4, 11); a marcha do Israel nacional através do
deserto à terra prometida (1 S. Pedro 2:11); o santuário no meio do
Escatologia Bíblica 108
campo de Israel (S. João 1:14, R.V.); os serviços diários do santuário
(Heb. 13:10-15; Rom, 12:1, etc.); a purificação do santuário (1 S.
João1:4); a escrita da Lei de Deus em duas tibuas de pedra (1 Cor. 3:3);
o templo (S. João 2:21; 1 Cor. 3:19); os reis e os sacerdotes de Israel
(Apoc. 1:6; 5:10; 20:6, etc.), são no Novo Testamento aplicados em
conexão com o crente individual, bem como à igreja como um todo.
Desta maneira o Senhor mostrou-nos que nossa interpretação do
conteúdo das Escrituras, quer seja da história dos eventos passados nas
experiências do povo de Deus, ou concernentes a profecias do futuro,
deviam ter uma mensagem presente para o indivíduo. Dessa maneira o
livro vibra com uma mensajem viva de poder e autoridade; desta maneira
nós também aprendemos a provar as interpretações da profecia.
As bênçãos que são citadas na Palavra de Deus contendo a herança
futura dos santos, são aplicáveis ao crente de hoje. Assim, Paulo cita a
Isa. 64:4, e aplica as promessas das coisas futuras como pertendentes ao
presente: "O que o olho não viu, nem o ouvido ouviu, nem subiram ao
coração do homem, são as coisas que Deus preparou para os que o
amam. Mas Deus as revelou para nós pelo Seu Espírito." (1 Cor. 2:4,10).
"Eis que Eu faço novas todas as causas" (Apoc. 21:5), é a promessa com
respeito ao reino eterno. "Eis que todas as coisas são novas" (2 Cor. 5:7),
declarou Paulo daqueles "em Cristo". Em outra parte o escritor mostra
por meio de exemplos que as futuras heranças são aplicadas como
realidades espirituais presentes naqueles que estão "em Cristo". Como os
eventos passado de Israel são aplicados no Novo Testamento em relação
a experiências presentes de indivíduos e da igreja (1 Cor. 10:6, 11,
margem), e o que é futuro também é assim aplicado à Bíblia é portanto
um livro vivo com mensagens para o presente. O passado e o futuro
tornam-se realidades presentes. As experiências de hoje, hamonizam-se
com as experiências relatadas na história do antigo povo de Deus e
também se harmonizam com o que está revelado com respeito ao futuro
inteiramente diferente das experiências de Israel; não é alguma coisa
Escatologia Bíblica 109
inteiramente estranha às experiências futuras e eventos no reino de glória
de Deus.
Com estes princípios diretores diante de nós em nosso estudo da
Bíblia, ela se torna um livro que vibra de significação com respeito a
Cristo e cada evento individual. No registro sagrado nós podemos ver
também o trabalho do Espírito Santo tanto sobre nossos caractéres
disformes; pondo em ordem o caos; luz em vez de trevas, etc.. No
relatório do dilúvio nós podemos ver também nossa libertação por meio
da arca que Deus proveu. A libertação dos israelitas do Egito, vislumbra
nossa iibertação do pecado, o esforço de Faraó de conservar o povo de
Deus prisioneiro ilustra como Satanás procura manter-nos em seu jogo.
Ao procurarmos servir a Deus, Satanás procura fazer o caminho mais
difícil, bem como Faraó tornou a sorte de Israel mais difícil. Quando nós
fugimos do Egito, Satanás persegue-nos para ferir-nos ou para outra vez
nos cativar. Nossa fé é provada no Mar Vermelho. Deus abre um
canminho de escape para nós, dos nossos inimigos. Nós chegamos às
águas. amargas que se tornaram doces somente pelo Galho (Cristo) (Zac.
6:12, etc). Nós, também somos alimentados pelo maná celestial, que
precisa ser comido todo o dia; bebemos da água da vida que salta da
Rocha Ferida (1 Cor. 10:1-4); seremos mordidos por serpentes, mas
curados por olhar a Cristo (S. João 3:14, etc.); seremos atacados por
inimigos ao jornadearmos à terra prometida; venceremos os nossos
inimigos ao o nosso grande Líder irterceder por nós lá em cima; teremos
como antegozo os frutos da herança vindoura; atravessamos as frias
ondas do Jord.ão e entraremos principalmente eiu Canaã.
No santuário e seus serviços nós vemos ilustrações claras e
definidas dos vários problemas ligados com o plano da redenção. Um
cordeiro inocente e incontaminado morto por causa do pecado de um
indivíduo que apresenta um quadro emocionante da morte substituinte de
Cristo. O quadro fraseado do abrigo do Israel através da porta respingada
de sangue, enquanto o anjo da morte passa, pinta graficamente o efeito
do sangue Deus para salvar-nos da ira de Deus contra o pecado. Pelos
Escatologia Bíblica 110
quadros apresentados nas narrativas sagradas das façanhas de Salomão,
nós vemos claramente ilustrações do poder do Espírito Santo em nossas
vidas tirando as dificuldades e perigos de nossos inimigos espirituais.
(veja Dan. 11:32; Efés. 6:10). O conflito vitorioso de Davi contra Golias
nos provê com um quadro claro do que significa viver a vida vitoriosa no
poder de Cristo. Satanás é forte demais para nos derrotar, mas como
Paulo nós podemos dizer: "Eu posso tudo por Cristo que me fortalece"
(Filip. 4:13). Nós obtemos "a vitóría por nosso Senhor Jesus Cristo." (1
Cor. 15:57)
Os incidentes históricos registrados no Velho Tectamento provêm-
nos com quadros fraseados pelos quais Deus ensina-nos verdades
presentes. Nestes nós veremos ciusas de escopo mundial: semelhanças
correspondentes no reino espiritual, que são "discernidas
espiritualmen.te" (1 Cor. 2:l4).
O Novo Testamento revela o princípio do discernimento de "coisas
espirituais" nas narrativas históricas do Velho Testamento. Desta
maneira, "Deus no-las revelou" – as coisas que Ele "prepara para aqueles
que O amam.” A visão natural não discerne estas "coisas espirituais", e
muitas vezes interpreta literalmente o que devia ser "discernido
espiritualmente". (veja 1 Cor. 2:6-16.).
Um bem conhecido autor diz:
“Indubitavelmente o nosso homem natural está a favor das assim
chamados interpretações literais das profecias em questão; para o homem
natural as coisas que são vistas são as coisas reais; e para esta
compreensão nós estamos dispostos a nos apegar tenazmente, apesar do
claro ensino do Novo Testamento, de que as coisas visíveis são sombras
fugitivas das coisas não vistas, as últimas sendo as realidades espirituais
e eternas com que as promessas de bênçãos futuras mais têm que ver...
Evidenteluente, pois, a nossa dificuldade para entender as profecias da
classe referidas acima, deve-se à nossa falta de fé, e nossa indiferença
espiritual." (The Hope of Israel, págs. 15 e 17. by P. Mauro).
Escatologia Bíblica 111
Os judeus que ainda se agarravam tenazmente à crença de que as
profecias concernentes a Israel, devem se cumprir literalmente através da
naação judaica, estavam tão cegados que não reconheceram o
cumprímento destas profecias nas experiências do Messias e do Israel
espiritual. Eles deixaram de lembrar que estas profecias eram para
aqueles que experiméntavam em suas vidas as coisas retratadas na
palavra profética. De maneira semelhante, hoje, os modernos teólogos
estão sendo cegados pela crença de um cumprimento palestino, literal
das antigas profecias dados a Israel, que eles não reconhecem o
cumprimento que agora está ocorrendo.
Os rios de água viva espiritual, estão agora imergindo desta igreja e
deste templo individual para abençoar um mundo necessitado. (Ezeq.
47:l-12; Joel 3:18; Zac. 14:8; S. João 7:37-39; 4:10-14; Apoc. 22:17). A
chuva serôdia espiritual, agora, caindo e está sendo provada por milhares
de cristãos em todas as partes do mundo. Sua esperiência se harmoniza
com a interpretação. (Joel 2:23-29; Zac. 10:1). O ajuntamento espiritual
do povo de Deus está agora ocorrendo. (Apoc. 18:4; Isa. 11:11 e 12). Da
confusão de Babilônia eles vêem a Jerusalém, "os fundamentos da paz".
Os muros de Jerusalém estão agora sendo construídos. (Isa. 60:1-11).
Cada crente está seguro da Presença protetora de Deus ( Zac. 2:5). Na
Pessoa de Seu Santo Espírito, Jesus está agora reinando na Jerusalém
espiritual. (Miq. 4:7; Joel 3:17, 21; Isa. 24:23; Ezeq. 48:35, etc.). Os que
estão "em Cristo" sabem isto por uma experiência de gozo; Satanás está
agora procurando juntar suas hostes contra o Israel espiritual. (Ezeq.
38:39; Joel 3: Zac. 14). O crente sincero sabe de sua experiência divina
que ele luta a boaa luta da fé contra espíritos perversos em altos lugares.
Labuta melhor aquele que, manhã após manhã, visualisa o campo de
batalha e se prepara para o conflito com as forças combinadas sob o
estandarte de Gogue de Satã, e que manda para o campo de batalha,
"com a cruz de Jesus, indo à frente". A derrota total dos inimigos do
povo de Deus são graficanente detalhadas em Ezeq. 38:39, é a garantia
Escatologia Bíblica 112
abençoada de Seu povo, que eles são recipientes de seu cuidado e
proteção, e que eles irão triunfar sobre seus inimigos.
"Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em
triunfo" (2 Cor. 2:14). A vitória de Israel salientada em Ezeq. 38:39; Joel
3; Zac. 14, tem um significado diário para o cristão quando é aplicado
em harmonia com esta experiência; mas estas experiências quando
aplicadas literalmente em relações que ainda guerrearão na Palestiria,
podem não ter nenhuma significação às presentes experiências cristãs.
Quando estas profecias são aplicadas ao futuro das nações do mundo,
isto pode agradar a mente, mas não pode ser mensagem ao coração do
cristão; não pode ser de auxílio espiritual para o cristãoo em sua luta
contra as forças do mal, ordenadas contra ele. Mas, devia ser lembrado
que Deus não inspírou homens a escrever profecias – especiamente
profecias longas, tais como Ezeq. 38 e 39 – meramente para passar sobre
matérias de interesse puramente mental; ele desejou que se escrevesse o
quie ajudasse os cristãos em seus conflitos com as forças do ma1. Desde
a rejeição da nação judaica, como povro encolhido de Deus, as profecias
concernentes a Israel, encontraram o seu cumprimento em relação a
Igreja de Deus – o Israel espiritual (Gál. 6:16, etc.). As profecias que
salientam ajuntamento de forças perversas contra "Israel" agora
descrevem a luta espiritual. "Eis que poderão suscitar contendas, mas
não procederá de mim: Quem conspira contra ti, cairá diante de ti....
nenhuma arma forjada contra ti, prosperará (Isa. 54:15 e 17). Em sua
experiência diária, o cristão sincero diz: "Ainda que um exército se
acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração" (Sal. 27:3).
Aplicando o Princípio em Conexão Com o Estudo do
“Armagedom”
Aplicando o princípio da harmonia da interpretação e da
experiência cristã em conexão com a descrição do Revelador do
Armagedom (Apoc. 16:12-16), nós aprendemos que, como descrição de
Escatologia Bíblica 113
uma batalha militar entre as nações da Palestina, não tem uma mensagem
para o cristão em seu conflito com os poderes do mal. Quando
interpretados como o fim da grande controvérsia entre Cristo e Satanás,
ela imediatamente se torna de grande interesse e utilidade ao cristão que
agora está engajado numa luta com as forças do mal. A primeira de todas
as promessas dadas era uma em que o Senhor prometia ao homem que
Ele estaria com ele no conflito com as forças do mal. (veja Gên.
3:15).Na Palavra de Deus, através dos séculos nós podemos traçar o
desenvolvimento daquela “guerra” ou “controvérsia”. Nós somos
admoestados a “participar dos meus sofrimentos, como bom soldado de
Jesus Cristo” (2 Tim. 2:3), e de combater o bom combate (1 Tim. 1:18).
Pela palavra “guerra” ou “batalha” o Revelador descreve a grande
controvérsia entre Cristo e Satanás desde o tempo em que guerreavam
nos céus até o fim de todas as coisas lá no fim do milênio. (veja Apoc.
12:7, 17; 13:7; 16:14, 16; 17:14; 19:19; 20:8). O propósito pelo qual a
Bíblia foi escrita, foi de tornar o filho de Deus sábio com respeito à
“guerra” espiritual, e de dar-lhe força para combater “o bom combate da
fé” (1 Tim. 6:12). Quando os profetas de Deus descrevem o conflito
espiritual que se trava entre os que servem no exército do Senhor e os
que estão do lado do inimigo do Senhor, eles comparam o cristão a um
soldado, com a sua armadura, lutando com uma espada espiritual – a
Palavra de Deus. (veja Efés. 6:11-17). Este conflito é tão real como
qualquer guerra entre as nações, e requer do cristão tanta paciência,
perseverança, e luta contínua com em qualquer conflito internacional.
O conhecimento deste ensino bíblico tem levado escritores de hinos
a escrever tais hinos como: “Avante, soldados cristãos, marchando como
para guerrear”. Sob nomes como “Armagedom” e “O conflito final” os
hinologistas deram à igreja cristã hinos que exprimem a interpretação
inspirada da figura retórica “guerra” do Apocalipse. Estes escritores de
hinos divinos exprimiram a interpretação mantida pelos mais espirituais
e devotados homens e mulheres de Deus. A igreja cristã perdeu o seu
poder para a batalha contra o mal em proporção à sua perda da visão
Escatologia Bíblica 114
espiritual dada pela verdadeira interpretação destes quadros de “guerra”
do Apocalipse. O desígnio de Satanás é o de enfraquecer a igreja por
espalhar a outros falsas interpretações, que levam o povo a deixar de ver
sua conexão própria e vital com a batalha entre as forças do bem e as do
mal; que eles estão do lado do Senhor em seu exército; ou do lado do
inimigo do Senhor. Por ensinar que estas profecias lidam com alguma
guerra material entre as nações afastadas na Palestina, pessoas são
cegadas à verdade que estes quadros de “guerra” do Apocalipse foram
dados por nosso Senhor para mostrar que por nossa rejeição dEle e de
Sua verdade, nós, ou ficamos com Ele ou contra Ele.
Se o “Armagedom” tivesse referência meramente a uma guerra
militar futura palestina não poderia ter valor espiritual presente ou futuro
aos cristãos, pois ele pertenceria inteiramente ao futuro; mas como a
terminação do conflito espiritual, ele tem uma mensagem definida para
os que agora estão participando nesta guerra. Se “os Reis do nascimento
do sol” se referem a poderes militares que vêm à luz profética somente
no tempo da sexta praga, e mesmo neste tempo tal informação não
ajudaria a ninguém! Mas quando “os Reis do nascimento do sol” são
interpretados como os exércitos celestiais dirigidos por nosso Senhor
Jesus Cristo vindo para libertar Seu povo e para destruir Seus inimigos
babilônios, a profecia é imediatamente elevada ao plano de ser uma
bênção presente aos crentes no Senhor.
Uma profecia de eventos militares futuros seria limitada ao tempo
referido, e significaria somente isto, e não mais, sendo totalmente
independente da experiência cristã; mas, como o escritor mostrou em
uma publicação maior, as profecias concernentes a futuros eventos no
grande conflito entre as forças do bem e do mal têm uma bênção
presente para os que estão engajados neste conflito. O Dirigente das
forças do bem, e o dirigente das forças do mal, e os princípios
envolvidos são os mesmos através de todos os estágios do conflito
espiritual, e, como provei em minhas prévias publicações já referidas,
uma descrição profética de seu estágio final, em princípio, é aplicável a
Escatologia Bíblica 115
outras partes do conflito. Depois dos mil anos mencionados em Apoc.
20, os ímpios procuram derrotar os santos; mas eles procuram fazê-lo em
todos os séculos do conflito. O Senhor reinando dentro da Nova
Jerusalém desfaz o propósito dos iníquos e destrói os inimigos de Seu
povo; mas o Senhor tem sempre reinado dentro do meio de Seu povo e
sempre os levou em triunfo – mesmo em face da adversidade.
A experiência cristã está em harmonia com a interpretação de que
“os Reis do nascimento do sol” se refere à vinda dos exércitos celestiais
dirigidos por nosso Senhor. Tendo explicado inteiramente todos os anjos
desta profecia em outras publicações, nós temos que referir o leitor a eles
para detalhada consideração. Aqui, onde estamos por força restringidos
pelo espaço, nós confinamos nossas considerações ao que concerne
particularmente à experiência cristã e Cristo como o “nascimento do
sol”.
Através das Escrituras Cristo é mencionado como o “Raiar do Dia”,
ou “Nascer do sol”. (veja Luc. 1:78, margem; Mal. 4:2, etc.) Declara-se
que Ele é “a Luz do mundo” (João 9:5; 1:5, 9; 3:19; 8:12; 12:35, 46;
Efés. 5:14; 2 Ped. 1:19; Apoc. 2:28; 22:16, etc.) Estas citações tantas
vezes referidas e explícitas deviam guiar estudantes bíblicos amantes de
Cristo quando interpretam Apoc. 16:12. Em Apoc. 5:5 Jesus, o Filho de
Davi, é declarado ser “o Leão da tribo de Judá”. Como a tribo e normas
de Judá estavam “da banda do oriente, para o nascente” (Núm. 2:1-3),
nós sabemos que a referência do Revelador ao “Leão da tribo de Judá”
conserva diante de nós a conexão do oriente com Jesus “o Leão da tribo
de Judá” que guia Seu povo através das areias do deserto para a terra
prometida. Nas Escrituras o Leão é empregado como símbolo da força
para destruir nossos inimigos, e quando Jesus vem a segunda vez Ele é
retratado como “o forte Redentor” (Jer. 50:34) vindo do oriente – do
nascimento do sol” – como Ciro (cujo nome significa “o sol”) para
libertar a Israel do cativeiro de Babilônia. (Jer. 50:33; Isa. 41:2, 25; 45:1,
13; 46:11.)
Escatologia Bíblica 116
A mesma palavra grega para “oriente” (“anatole”) é empregada em
Apoc. 7:2 (onde a mensagem de Cristo é apresentada como vindo do
“oriente”), e Apoc. 16:12, a mesma palavra “anatole” também é
empregada em Luc. 1:78, onde Jesus é chamado “o raiar do dia”, ou “o
sol nascente”; Zacarias declarou: “nos visitará o sol nascente das alturas,
para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os
nossos pés pelo caminho da paz. ” (Luc. 1:78, 79)
Cristo é apresentado como “a luz dos homens”, “aquela luz”, “a
verdadeira luz” (João 1:4, 7, 8). João declara que “Deus é luz” (1 João
1:5). Tiago declara que Deus é “o Pai das luzes” (Tiago 1:17). O salmista
dizia: “O Senhor Deus é um Sol” (Sal. 84:11). Isaías nos declara que
“porque o Senhor será a tua luz perpétua, e teu Deus tua glória (Isa.
60:20, 21). “O Senhor é minha luz” (Sal. 27:1). “E com Ele mora a luz
(Dan. 2:22). Jesus veio para ser “uma luz para iluminar os gentios” (Luc.
2:32). “Cristo te iluminará” (Efés. 5:14). “Vinde, caminhemos na luz do
Senhor” (Isa. 2:5). E na sua luz veremos a luz” (Sal. 36:9). “Os santos na
luz” (1 Ped. 2:9). A igreja evangélica é comparada a “uma mulher
vestida de sol" (Apoc, 12:1). "A lei é luz” (Prov. 6:23). "Lâmpada para
os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos" (Sal. l19:105).
"A revelação das tuas palavras esclarece" (Sal. 119:130). "A vereda dos
justos é como a luz da aurora, que vai brilhando" (Prov. 4:18). Estas são
algumas amostras de tais expressões que encontramos por toda a Palavra
de Deus. O reino de Cristo é escolhido nas Escrituras como o reino da
luz (Luc. 16:8, etc.), e o reino satânico como o reino das trevas (Efés.
6:12; Col. 1:13, etc.).
Devia ser encarecido que a luz de Jesus, a "Luz do mundo", "o Sol
da Justiça", vem aos crentes como o nascimento do sol nos céus
orientais, espalhando as trevas e dando luz aos que antes estiveram em
trevas, “Como a alva a sua vinda é certa" (Osé. 6:3). "Então romperá a
tua luz como a alva" (Isa. 58:8). “Até que o dia clareie e a estrela da alva
nasça em vossos corações (2 Ped. 1:19). "Mas para vós... nasceráo sol da
justiça" (Mal. 4:2). "Eu sou a brilhante estrela da manhã" (Apoc. 22:16).
Escatologia Bíblica 117
As bênçãos da luz do evangelho são mencionadas como vindas do
oríente."Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do
SENHOR nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a
escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o SENHOR, e a
sua glória se vê sobre ti. As nações se encaminham para a tua luz, e os
reis, para o resplendor que te nasceu." (Isa. 60:1-3). Sobre um mundo de
trevas espirituais a luz da mensagem do evangelho está brilhando. Vindo
do "Sol da justiça", vindo como o nascer do sol (Apoc. 7:1-3), sua glória
está sendo agora irradiada com poder crescente através da terra. Em
breve a terra será "iluminada com a Sua glória" (Apoc. 18:1). Assim as
Escrituras se referem à luz espiritual do evangelho vinda "do oriente" ou
" do nasciniento do sol", e também se referem à glória literal de Cristo
vindo "do oriente" ou "do nascimento do sol" (Mat. 24:27; Apoc. 16:12).
A experiência cristã se harmoniza com a interpretação que aplica
Apoc. 16:12 em conexão com Cristo e sua gloriosa obra de redenção. A
luz é atualmente um raio de poder e energia. A luz evangélica é um
poder vibrante lançado pelo "sol da justiça" sobre aqueles que a
procuram. A luz é energética e fortalece o íntimio da alma. Ela penetra a
alma e a atente, e estes reagem no físico e o farão bem e feliz. A luz do
"sol da justiça" desce sobre corações sinceros e eleva, exalta, refina e
purifica.
A luz é a doadora de todas as coisas que velem. Todo o mal foge
diante dela como morcegos diante do amanhecer. Todas as ameaças à
humanidade medram no escuro.Todos as produtos da luz gloriam-se na
luz. A luz glorifica as cores da terra e eleva a humanidade em sua
apreciação do qua é belo. A luz está sendo usada em suas muitas formas
em hospitais hoje para rejuvenescer as pessoas e curar os doentes. A luz
evangélica está brilhando e está curando almas doentes no pecado.
Apoc. 16:12 ensina que o Doador da vida vai voltar com as hostes
de luz para destruir o reino das trevas. Como o nascimento do sol é uma
experiência diária, assim o crente em Jesus sabe que os raios de "cura"
do sol da justiça" (Mal. 4:2) se levantam diariamente sobre ele,
Escatologia Bíblica 118
expulsando as cada dia sua viria se harmoniza com a verdadeira
interpretação de Apoc. 16:12. Por interpretar Apoc. 16:12-16 em relação
a uma guerra militar futura, o propósito moral desta profecia é perdido
de vista e Satanás é exaltado.
A referência do Revelador ao secamento do rio Eufrates (Apoc.
16:12) quando é aplicado militarmente em relação ao futuro é sem
sentido para os cristãos que vivem1 hoje; mas quando é aplicado, como
devera ser; em conexão com o conflito entre as forças do bem e do mal,
têm uma mensagem espíritual para todo cristão hodierno. Babilônia foi
construída sobre o Eufrates, as águas do qual deviam secar conforme a
profecia. (Jer. 50:38; 51:36; Isa. 47:27). Isto prevê o Revelador com a
expresão que ele usa em Apoc, 16:12. João conseguiu sua imaginação
com respeito a Babilônia espiritual das predições de Isaías da destruição
de Babilônia espiritual por Ciro, que é um tipo de Cristo. Os tradutores
creram que o Revelador usou o secamento do rio Eufrates na tomada da
antiga Babilônia para obter sua imaginação para a destruição de
Babilônia espiritual, e à margem de Apoc. 16:12, eles colocaram Jer.
50:38; 51:36, que predizia o secamento do rio Eufrates. E que eles
consideravam a referência aos "Reis do Oriente" como se referindo para
traz à destruição da antiga Babilônia por Ciro é evidente pelo feito que
eles colocaram Isa. 41:2, 25, que predisse a vinda de alguém "do
Oriente", "do nascimento do sol", à margem de Apoc. 16:12. Em Isa.
44:24-28; 25:1, Ciro é apresentado como um tipo do Messias. Ciro
derrotando a antiga Babilônia literal, depois do secamento do Eufrates, é
um tipo de Cristo derrotando a Babilônia espiritual depois do secamento
das águas perseguidoras e inundantes da moderna Babiiônia. Pelas
manifestações de sua "fúria" (Ezeq. 38:18), ou "indignação", que prende
a tentativa das "multidões" assassinos babilônicos (Apoc. 17:1, 15) para
destruir o povo de Deus.
É claro que as profecias de Isaías relacionadas à vinda do Salvador
Todo-poderoso de Israel para trazer em "eterna salvação" e "o mundo
Escatologia Bíblica 119
sem fim" são ligadas a Ciro, o "Ungido" (Messias") do Senhor, que
destruiu a Babilônia literal (veja Isa. 41-48).
O nome "Cyras" (Ciro) significa "o sol" e Ciro em seu afã de
destruir Babilônia e libertar a Israel, tipifica a Jesus, "O sol da Justiça"
(Mal. 4:2). As referências a Ciro vindo do "Oriente", "do nascimento do
sol", são um jogo sobre o significado de seu nome. Existe também um
jogo espiritual sobre a designação de Jesus como o "Sol da Justiça" que
se levanta "com cura em suas asas". Jesus é o verdadeiro" nascimento do
sol", o nascimento do sol lá do alto "veio para dar luz aos que estão em
trevas" (Luc. 1:78, margem; Isa. 9:2; 42:6, 7). Obviamente as coisas que
Isaias escreveu concernentes a Ciro (Isa. 45:1, 3, 13; 46:11, etc.)
tipificam a maior redenção a ser operada pelo Ciro Maior, o Maior Rei-
Pastor, o "Ungido" de Deus ou " o "Messias", o Libertador do Israel
espiritual.
Depois de ter introduzido Ciro em Isa. 41, 42:1-7, etc., delineei a
obra do "servo" de Deus – o Messias vindouro que "tiraria da prisão o
cativo e do cárcere os que jazem em trevas" (Isa. 42:7). Como Ciro, o
"ungido" do Senhor (Isa. 45:1), libertou a Israel (Isa.45:13), assim o Ciro
Maior, o "ungido" do Senhor (Isa.61:1), "proclamaria liberdade aos
cativos, e a abertura da prisão aos que estão presos" (Isa.61:1). Desta
maneira a obra do Messias da redenção é descrito em conexão com a
profecia concernente à obra de Ciro ao libertar a Israel do cativeiro
babilônico.
Mas ninguém precisa esperar até a sexta praga para Deus intervir e
secar as aguas do Eufrates e trazer libertação aos que estão no cativeiro
babilônico. Hoje nosso Senhor trará libertação das amarras do pecado;
hoje Ele libertará Seu povo (Luc.4:18-21) e secará as águas que os
procuram engolfar. (veja Isa. 43:2; 59:19; 8:7; 28:1,2; 2 Sam. 22:5; Sal.
69:1, 2, l4,15).
Para ilustrar melhor o princípio de que uma real interpretação das
profecias – particularmente aquelas que retratam os eventos finais da
terra – será sempre uma revelação de Jesus Cristo como Salvador de Seu
Escatologia Bíblica 120
povo, e o Destruidor de Seus inimigos, e que também será uma
influência sobre a experiência cristã presente, mas tocaremos
rapidamente no livro de Daniel.
O Propósito Moral das Profecias de Daniel
As profecias não foram escritas meramente como marcos miliários
para o reino de Deus. Embora a igreja possa achar prazer em medir a
distância ainda por viajar na estrada do tempo, por mostrar quantos
quilômetros já forma passados e quantos ainda têm que ser passados
antes da vinda de Cristo, devíamos encarecer que este não é o maior
propósito.
A profecia de Daniel cap. 2 foi dada para ensinar que o cair e o
surgir dos impérios não é o resultado dos sucessos flutuantes dos
monarcas e dos ditadores, mas resultantes da soberania de Deus (Dan.
2:20, 22), que as nações são derribadas quando elas se opõem e impedem
o propósito moral de Deus na terra, que por serem os homens egoístas
eles não podem construir um império permanente, que Deus estabelecerá
um reino composto de pessoas que aprenderam a obedecer a vontade de
Deus. Em Mat. 21:44 Jesus aplica esta profecia em conexão com o
indivíduo que ou aceíta ou rejeita o evangelho. Nosso Senhor não
emprega esta profecia para declarar que o quarto dos reinos
(representado pelas pernas de ferro) viera, portanto o que devia estar se
aproximando, mas Ele aplicou o estabelecimento do reino de pedra – do
Seu próprio reino eterno – em relação ao presente e aplicou-o à escolha
moral do indivíduo.
Daniel cap. 3 mostra o conflito entre o reino de Deus e o de
Satanás. O rei de Babilônia, sob a direção satânica (veja Isa. 14:4, 12),
procurou frustrar o cumprimento da profecia dada por Daniel revelada
no capítulo anterior. No seu esforço de procurar compelir os hebreus a
transgredir a lei moral de Deus. O livro do Apocalipse aplica esse
conflito moral entre a lei do rei da Babilônia e a Lei de Deus em conexão
Escatologia Bíblica 121
com o presente e em conexão com o indivíduo. O povo na Babilônia
literal devia "adorar a imagem de ouro" que nabucodonosor, o rei de
Babilônia levantaria. Este fato é afirmado seis vezes (Dan. 3:5, 7, 10, 12,
18); no Apodalipse a advertência de Deus contra adorar a besta e sua
imagem é mencionada seis vezes (Apoc. 13:15; 14:9, 11; 16:12, 19, 20;
20:4). “Se alguém adora a besta e a sua imagem."
O cuidado de Deus sobre seus filhos leais é ilustrado pelo fato que
Ele "livrou os seus servos que confiaram nEle" (Dan. 3:28).
Daniel cap. 6 revela a conspiração dos homens e demônios de
desviar as pessoas de sua aliança à lei de Deus, e a prova e o triunfo pelo
poder de Deus daqueles que permanecem leais a Ele. Repito, a ênfase é
posta sobre a libertação daqueles que servem a Deus
"convenientemente". (Veja Dan. 6:14, 16, 20, 27).
A libertação mencionada. em Dan. 12:1, não é separada das outras
libertações mencionadas antes do livro de Daniel; mas, antes, as prévias
libertações ilustram a libertação mencionada em Daniel 12:1, o propósito
para o qual a última longa profecia de Daniel foi escrita não para apontar
a uma suposta reunião de nações à Palestina para um “Armagedom” que
nada tem que ver com o propósito moral de Deus (uma guerra entre
nações não tem significaçãc moral para a própria experiência cristã).
Atualmente esta profecia não diz absolutamente nada concernente a um
conflito suposto entre as nações da Palestina; não diz nada concernente a
um “Armagedom” militar, mas aponta à libertação da morte das mãos de
Babilônia espiritual daqueles que obedeceram a Lei de Deus.
O tempo de angústia mencionado em Dan. 12:1 ocorre no tempo do
derramamento das sete ú1timas pragas de Apocalipse16. Quando Jesus
("Míguel") Se levantou Ele cessa de mediar a favor do homem; Sua
intervenção não deterá mais os ventos de angústia bem como as
comoções mundiais e aflições. Hoje Jesus intercede a favor dos que
estão procurando auxílio divino no desenvolvimento do caráter. Esta
profecia nos adverte do tempo quando a obra intercessora de Jesus
cessar. É para este grande e decisivo evento que Daniel 12:1 nos aponta.
Escatologia Bíblica 122
O destino eterno de toda a família humana então estará decidido. Isto é
certamente uma razão moral muito solene para dar esta profecia. Quando
Jesus completar seu ministério celestial as sete últimas pragas de Apoc.
16 caem sobre os que rejeitarem a mensagem de Cristo. Elas cairão sobre
pessoas porque elas adoravam a besta e a sua imagem (Apoc. 16:12), e
porque eles planejaram a morte do povo de Deus (versos 5,6, etc.). Elas
caem sobre o trono da besta e o seu reino (v. 10). Elas caem sobre
"Babilônia" (v. 19). Para interpretar a sexta praga em conexão com
assuntos puramente militares é distintamente fora de harmonia com o
propósito moral que Deus claramente citou para enviar as pragas. As
pragas são derramadas sobre os devotos de um falso sistema de culto;
sobre aqueles que adoram a besta e a sua imagem; sobre aqueles que, por
seguirem aquele falso sistema de culto, são encontrados vivendo em
desobediência à santa lei de Deus. As pragas são claramente
mencionadas como sendo as pragas babilônicas. (veja Apoc. 16:19; 18:4,
8, 10, etc.).
No primeiro capítulo de Daniel nós vemos demonstrado o fato de
comer bom alimento é importante para a vida do cristão. Alimentos
limpos e sadios produzem vidas limpas e pensamentos puros. O cristão
precisa de toda a força mental e espiritual que ele pode conceber na
grande batalha da vida. Em Daniel cap. 1, Deus mostra a conexão moral
entre o alimento e a religião. Ele indica que as profecias profundas de
Daniel serão melhor entendidas quando o cuidado é observado no comer
os melhores alímentos existentes.
Nos outros capítulos de Daniel (que neste esboço curto nós não
discutimos diretamente), seu propósito moral é certamente claro a todos
os que estudaram adequadamente os mesmos. No cap. 4, o orgulho é
humilhado. O cap. 5 ensina as nações e indivíduos que existe um limite
ao pecado e à blasfêmia além do qual não são permitidos passar. O fim
da provação espiritual babilônica à qual nós somos levados em Dan,
12:1, é ilustrado pelo fechamento da prova de Babilônia literal
mencionado no cap. 5 de Daniel. A queda da Babilônia literal por
Escatologia Bíblica 123
exércitos do oriente (Isa. 41:2; 46:11) ocorre depois de seu tempo de
prova ter terminado (Dan. 5:27-50), justamente como a queda de
Babilônia espiritual por exércitos dos céus que apareceram nos céus
orientais (Apoc. 16:12; 19:11-20) ocorrerá depois de sua prova terminar
(Apoc. 15:6-8; 18:4-8).
Nos capítulos 8 e 9 o propósito moral da profecia é manifesto
conspicuamente. A ênfase está sobre o verdadeiro sistema do culto de
Deus e o sistema contrafeito do culto de Satanás. Os versos 25-25 do
capítulo oito apjresentam o trabalho de ambos tanto Roma pagã como
papal; as depredações de Roma pagã foram contra os judeus literais; as
depredações de Roma papal foram contra os judeus espirituais. Mais
uma vez Roma pagã, que é o centro do reino satânico – a Babilônia
espiritual do livro do apocalipse – está ligado com a Babilônia antiga. Os
2.300 dias de Daniel 8:14, e as 70 semanas (deste periodo de tempo) que
foram cortadas e são a nação literal de Israel (Dan: 9:24) deviam
começar com o decreto capacitando os judeus a voltar à Palestina de seu
cativeiro babilônico. Os babilônios tinham destruído seu templo e sua
amada cidade, Jerusalém (2 Crôn. 36:19; Dan. 9:14-16), e as
providências de Deus os habilitaram a sair de Babilônia e voltar para
reconstruir e restaurar o templo e Jerusalém e sua vida nacional. (Dan.
9:25). Descontando as 70 semanas ou 490 anos, aquinhoados aos judeus
como o seu período provatório, dos 2.300 dias ou anos, restam 1.810
anos. Muitos expositores viram que esta longa profecia termina em ou
perto de 1844.
Mas como aplicam eles esta profecia e em que conexão? Eles a
aplicam em conexão com a volta dos judeus literais à Palestina e sua
eventual reabilitação nacional. Desta maneira eles perdem de vista o
propósito moral da profecia em conexão com o reino espiritual presente
de nosso Senhor. A saída de Babilônia pelo antigo povo de Deus é
aplicado em Apoc. 18:4, em conexão com a escolha moral de pessoas
que atendem o chamado de Cristo para servi-Lo e para deixar Babilônia
espiritual, o lugar do culto falso, no Novo Testamento. O "Templo" é
Escatologia Bíblica 124
aplicado em conexão com a condição moral de um grupo de pessoas (a
igreja) ou de cada individuo. Assim a aplicação nacional dos eventos que
transpiram no fim da profecia dos 2.300 dias abandona a aplicação moral
empregada no Novo Testamento. Hoje, o povo de Deus está saíndo da
Babilônia espiritual e está voltando à Jerusalem espiritual, e estão
reparando as brechas na garede da cidade de nosso Deus, e o serviço do
templo do culto verdadeiro está sendo reconstruido.
Realidades Cristãs Reveladas nos Quadros Proféticos do
Apocalipse
A vida cristã é muito real, e Deus deseja auxiliar seus filhos a
agarrar suas realidades. Devidamente entendido, o Apocalipse provê
quadros proféticos que habilitam o cristão de visualizar as atualidades do
confIito espiritual. Um escritor declarou: “Pudesse nossa visão espiritual ser ativada, e veríamos almas
curvadas sob a opressão e carregadas de aflição, oprimidas como uma carreta sob pesada carga, e prestes a perecer em desencorajamento. Veríamos anjos voando velozes em auxílio desses tentados, forçando a retroceder as legiões do mal que os sitiavam, e colocando seus pés sobre firme plataforma. As batalhas entre os dois exércitos são tão reais como as travadas pelos exércitos deste mundo, e do resultado do conflito espiritual dependem destinos eternos.” (Profetas e Reis, p. 176).
Quanto mais o cristão se lembrar que este conflito está
constantemente sendo travado, tanto mais ele compreende o que está
ocorrendo ao seu redor e em conexão com sua própria salvação, tanto
mais desperto, cuidadoso e preparado ele será. Satanás sempre procura
fazer a realidade parecer irreal ou afastada. O invisível e eterno torna-se
vago e sombrio. A urgência e a necessidade de vigilância são
entenebrecidas por uma multidão de coisas mundanas – coisas que
parecem tão reais, mas de fato não são as coisas verdadeiras. Paulo
declarou: "Não atentando nós nas cousas que se vêem, mas nas que se
Escatologia Bíblica 125
não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não vêem
são eternas." (II Cor. 4:18).
Os cristãos têm que lutar contra a tendência sempre presente de
relegar as realidades espirituais para trás e permitir as coisas temporais
deste mundo esconder o eterno, as coisas não vistas. Para ajudar o cristão
a prender quadros claros sobre sua mente e para atrair deles força e
conforto, Deus levou os profetas a empregar imaginação colorida e
atraente em suas descrições proféticas. Os educadores corretamente
salientam o valor da "educação visual", por Deus ter dotado a mente com
a habilidade de visualizar o que nós lemos ou ouvimos. Ele tem
inspirado de tal maneira o escrito de Sua Santa Palavra que esta forma
uma longa galeria de quadros de palavras - "semelhanças", "similitudes",
"imagens".
Os incidentes históricos encontrados no Velho Testamento nos
provêem quadros de palavras pelas quais Deus nos ensina as verdades
espirituais. Nelas nós veremos coisas de tamanho mundial em escopo:
Semelhanças correspondentes no reino espiritual, que são
"espiritualmente" discorridos (1 Cor. 2:l4). O Novo Testamento, e
particularmente o Apocalipse revela o princípio de discernimento
"espiritual", "coisas espirituais" nas narrativas do Velho Testamento. O
olho natural não vê estas "coisas espirituais", e muitas vezes interpreta
literalmente o que devia ser "discernido espiritualmente." (Veja 1 Cor.
2:6-16).
No Velho Testamento, o candeeiro de sete lâmpadas provia a única
luz no santuário judáico; no primeiro capítulo do apocalipse aquele
candeeiro de sete lâmpadas re resenta a experiência da igreja cristã
através da era cristã (Apoc. 1:20 como o seu Autor divino, a igreja é "a
luz do mundo" (Mat. 5:14; João 9:5). O quadro provido de um mundo
em trevas somente iluminado pela igreja devia agir como um estimulante
para provocar zelo em deixar a luz do Salvador brilhar em todo o seu
explendor. Numa préwia publicação o escritor nos mostrou que o
Apocalipse todo emprega o princípio que as coisas do Velho Testamento
Escatologia Bíblica 126
provê imagens ao escolher coisas mundiais em conexão com nosso
Senhor e sua igreja e seus inimigos.
O Apocalipse é rico em quadros de palavÉas, e as vezes erros são
concebidos e defendidos por aqueles que interpretam literalmente todos
os detalhes destas descrições gráficas, em vez de simbolicamente como
deviam ser interpretadas. Nós citamos apenas uns poucos exemplos.
As doutrinas do tormento eterno e um demônio vermelho com uma
cauda, etc., têm sua base tomando com rígida literalidade figuras de
linguagem e símbolos. (Veja Apoc. 12:3, 4; Isa. 14:9-20; Ezeq. 32:18-
52; Luc. 16:19-31, etc.)
Os emblemas do corpo quebrado do nosso Senhor e seu sangue
derramado – o pão e o vinho usado na Ceia do Senhor – são símbolos
espirituais. Por tomar literalmente as declarações de Cristo: "Este é o
meu corpo... este é o meu sangue", os católicos romanos foram levados
ao erro da transubstanciação. Os protestantes repudiam a idolatria da
Missa por interpretarem a declaração de Cristo simbolicamente, e não
literalmente. O erro é muitas vezes a interpretação literal daquilo que
Deus pretendia que fosse aplicado espiritualmente.
Os quatro seres celestiais de Apoc. 7:1-3 não estão literalmente
estacionados nos quatro cantos da terra, com o propositò de investigar e
deter os ventos literais que sopram dos quatro cantos do compasso. É
uma representação simbolica do controle de Deus, por seus ministros
angélicos dos negócios do mundo para que não detenham a terminação
de seu trabalho na terra.
"Subindo do nascente do sol" (v.2): vem uma mensagem de Cristo
como o sol vem com resplendor crescente até que a glória meridiana é
alcançada. (veja Apoc. 18:1) Assim a luz deve crescer ate ao fim. O
quadro profético concernente à vinda do anjo do oriente, quatro anjos
segurando os quatro ventos, e o selamento das tribos de Israel, não deve
ser tomado literalmente mas como uma representação simbólica da
terminação do trabalho de Cristo na terra. Um bem conhecido escritor
disse:
Escatologia Bíblica 127
"Os 'quatro cantos da terra; e os quatro ventos da terra são
evidentemente frases que desejam transmitir a idéia da extensão mundial
das condições que o Revelador está descrevendo. O selo do Deus vivo, e
as vestes brancas, e as doze tribus também são símbolos, pois ninguém
manteria que um selo literal devia ser realmente posto sobre as cabeças
dos servos de Deus; nem que os santos literalmente lavavam suas vestes
no sangue de Cristo, nem que a obra do selamento foi confinado às doze
tribos literais de Israel, de quem todos os meios de identificação se
perderam por muitos séculos... Muito do significado real de tais
passagens da Escritura como Apoc. 7 se perde quando uma tentativa é
feita para lidar com eles literalmente. Verdades belas são reveladas
nestas passatjens simbólicas, quando nós podemos definir o simbolismo
que é usado." (The Worlds Finale, pp. 69-72, by A..W.Anderson.)
(Enfase meu)
A fim de permitir a seus filhos de abarcar a grandesa das verdades
espirituais que revigorarão e encorajarão, que irão dar atenção e
impressionarão poderosamente, Deus inspirou seus profetas a pintar
quadros proféticos que farão o que Ele deseja repartir, ressaltar-se-ão
como se estivessem acontecendo diante de nossos olhos. Auxiliaria aos
leitores do Apocalipse a obter uma correta compreensão do propósito
moral do Apocalipse se fosse lembrado que a igreja é retratada como se
fosse Israel habitando em Canaã e revivendo as experiências do antigo
Israel. Como a vida cristã é poderosamente ilustrada pelas experiências
típicas do Israei literal (1 Cor. 10:1-11, margem, etc.) Assim as
experiências que sobreviriam à igreja cristã e descritas nas profecias do
Apocalipse são também escolhidas como se a igreja, como Israel, ainda
morasse na terra santa. Muitos comentadores tem chamado a atenção a
este fato.
Um "comentário sobre o Novo Testamento", publicado pela
"Sociedade Promotora de Conhecimento Cristão", diz em suas notas
lidando com a batalha do Armagedom:
Escatologia Bíblica 128
"Nós precisamos lembrar que através deste livro Canaã representa a localidade da igreja de Deus. A zona na qual os inimigos se reuniam contra Canaã terrestre era o Norte. Então das margens do Eufrates vieram os Assírios... Os Caldeus, os destruidores de Jerusalém... Nós não devemos pensar aqui em qualquer grande batalha que fosse travada neste ponto certo (Megido). Isto foi para esquecer o que sempre deve ser mantido na mente, que através deste livro, Jerusalém, Sião, a Terra Santa e várias localidades nela são símbolos da Igreja Cristã, seu santuário, ou sem inimigos... A batalha é uma figura, muito naturalmente empregada, como as palavras pelas quais nós descrevemos a prevalência do bem sobre o mal, em que é quase impossível não usar expressões emprestadas do campo de batalha – luta, derrota, triunfo, vitória, e tantas semelhantes. As visões do Apocalipse são para o olho o que as palavras metafóricas são para os ouvidos – símbolos, idéias, não reais, quadros do que deve acontecer."
Antigamente Israel era mencionado como "um povo que lhe é
chegado" (Sal. 148:4). O santuário e, mais tarde, o templo, a moradia de
Deus, foi localizado no meio de Israel. Israel se localizou perto e ao
redor do santuário, enquanto que o mundo gentílico estava longe e
afastado; um povo "afastado". Este fato físico é empregado por Paulo
para retratar uma verdade espiritual. Escrevendo de crentes que agora
são o Israel de Deus e aqueles não "em Cristo" como os "gentios", Paulo
diz aos que tinham previamente sido classificados como "gentios":
"Portanto, lembrai-vos de que outrora vós, gentios na carne... Que
naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel...
Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes
aproximados pelo sangue de Cristo... E, vindo, evangelizou paz a vós
outros, que estáveis longe, e paz também aos que estávavam perto"
(Efés. 2:11-22). Assim Paulo retrata a igreja agora constituída de judeus
e gentios como se fosse Israel vivendo perto de Deus. Em Jerusalém,
enquanto que os descrentes são retratados como "gentios", "afastados".
Jesus, o Revelador (Veja Apoc.22:16), representa a igreja como se
estivesse "com Ele" 'no monte de Sião"(Apoc. 14:1). Em Apoc. 11:1,2 a
igreja é apresentada como se fosse "o templo" e a "cidade santa". Em
Escatologia Bíblica 129
Apoc,. 14:20 a destruição dos impios é simbolisada como uvas sendo
pisadas num lagar "fora da cidade", a cidade certamente (até depois dos
1.000 anos), é mencionada aqui como a igreja de Deus. Os 1.600
estádios ou 200 milhas referem-se ao exército da Santa Oblação onde,
em sua sua simbólica visão da igreja, Ezequiel relata um majestoso
templo e cidade sobre "uma muito alta montanha" "na terra de Israel".
João aplica esta visão concernente à cidade, o templo e a Santa Oblação
na "terra de Israel " em um sentido mundial.
Em sua.s"Notas Sobre o Livro do Apocalipse", o Rev. A. Barnes,
diz sobre a frase "E o lagar foi pisado fora da cidade": "A representação foi feita como se fosse fora da cidade; isto é,. da
cidade de Jerusalém, pois isto é representado como a moradia do santo... O lagar geralmente se encontrava no vinhedo – não na cidade – e esta é a representação aqui. Como aparecia aos olhos de João, ele não estava dentro dou muros de nenhuma cidade, mas estava fora. E saía sangue do engenho de pisar as uvas. A representação é que lá haveria uma grande destruição que seria bem representada pelo suco que sairia do engenho. Até aos freios dos cavalos. Profundo, como se sangue fosse num campo de matança onde ele chegaria até aos freios dos cavalos. A idéia é, que lá haveria uma grande matança... Os inimigos da igreja seriam completa e finalmente destruídos, e que a igreja, portanto, libertada de todos os seus inimigos, seria triunfante."
Estes quadros gráficos foram pintados pira animar os corações dos
fiéis e para consolá-los em suas provas e perseguições. Satanás
procurando desviar os olhos dos santos da certeza que estes versos
contêm para eles que seus inimigos seriam destruídos, produz idéias
errôneas a serem promulgadas que estes versos se referem a um conflito
militar literal na Palestina fora da cidade de Jerusalém; que as 200
milhas se referem ao cumprimento da Palestina, etc.
Como os inimigos de Deus e de sua igreja não são cachos literais de
uvas (veja Apoc. 14:17-20), seu ajuntamento não é um ajuntamento
literal. Deus ordena aos anjos: "Ajunta os cachos da videira da terra (e é
a videira mundial)... Então o anjo passou a sua foice na terra, e vindimou
Escatologia Bíblica 130
a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus. E o lagar
foi pisado fora da cidade. "Aqueles que são destruidos na destruição do
Armagedom são referidos como perecendo "fora da cidade" – a Sião
espiritual, a Jerusalém espiritual. "Porque no monte Sião e em Jerusalém
estarão os que forem salvos." (Joel 2:]2). Assim a "libertação" é
assegurada aos que, atendendo ao convite de Cristo, "saem" de Babilônia
espiritual e entram na cidade espiritual de Jerusalém.
A igreja é representada como estando no Monte de Sião "com" o
Senhor Jesus (Apoc. 14:1). Por uma união espiritual eles estão tão
seguramente "com Ele" (Apoc. 17:l4) como se eles lá estivessem
literalmente. Quando os reis da terra – os governos da terra – "fizerem
guerra contra o cordeiro" sua igreja é mencionada de estar "com Ele".
(Veja Apoc. 17:12-14; 16:14-16; 19:19, 20.) Assim o ajuntamento das
nações para "fazer guerra contra o Cordeiro" e sua igreja não é um
ajuntamento literal no Monte de Sião na cidade literal de Jerusalém, mas
uma união dos elementos do reino de Satanás em ação concentrada
contra a igreja do Senhor, justamente como se lá estivessem dois
exércitos envolvidos: Um em Jerusalem, e o outro reunido do lado de
fora, no "Vale de Josafá" - o vale do juizo de Deus. O ajuntamento das
uvas amadurecidas para o lagar fora da cidade de Jerusalém e do Monte
de Sião e o ajuntamento de todas as nações e pessoas para lutar contra
Cristo e sua igreja são ambas representações simbólicas nos mesmos
eventos. A colheita do mundo que é mencionada em Apoc. 14:14-20 é
retratada como crescendo no "Vale de Josafá." Compare Joel 3:13 com
Mat. 13:38-40, e também Joel 3:13 com Apoc. 14:14-20.
Ao comparar Joel 3:2, 11, 12 com S. Mat. 25:31, 33 nós vemos que
Jesus aplica "o vale de Josafá" e o ajuntamento de todas as nações nele,
como um símbolo do juízo mundial de "todas as nações" por ocasião de
seu segundo advento. A aplicação literal destes versos como um
ajuntamento das nações à guerra um contra o outro, esconde a grandeza e
a solenidade da imaginação simbólica espelhando um quadro impressivo
Escatologia Bíblica 131
e vivo representando o grande dia de Juízo quando todas as pesãoas – as
ovelhas e os bodes – serão julgados e separados eternamente.
As tentativas de aplicar literalmente em representações dramáticas e
simbolicas estragam o quadro que o inspirado artista em palavras pintou,
e cria despropósitos, que não só escondem a verdade retratada pelo
símbolo, mas que às vezes leva a superstições e ao erro. Como um
exemplo nós citamos Apoc. 17:14: "Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o
Cordeiro os vencerá."
Alguém escrevendo seriamente em defesa dos ensinos que o
Armagedom pertence às nações na Palestina, depois de citar Apoc.
17:14, diz: "Agora parece que quando Jesus vem como Rei dos reis e
Senhor dos senhores, os dez reinos estarão em uma posição para se
oporem a sua causa." Um outro verso que é citado para apoiar a crença
que as nações estão reunidas por Satanás à Palestina, e que por ocasião
da segunda vinda de Cristo estas nações fazem guerra contra o Senhor, é
Apoc. 19:19: "E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos,
congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo
e contra o seu exército."
Que loucura total imaginar um exército terrestre atacando
literalmente o Todo-Poderoso Filho de Deus e as hostes dos céus no
segundo advento! O segundo advento será a ocasião de uma
demonstração maior do poder Onipotente do que é humanamente
concebível. O fulgor da vinda de Cristo destrói os ímpios (2 Tes. 2:8)
Quando os céus se abrem como é mencionado em Apoc. 19:11, em vez
de besta e os exércitos da terra (Apoc. 19:19, 20) guerrear contra o Rei
dos reis e Seu exército celestial, eles fogem de terror da glória do
Senhor, clamando aos montes para escondê-los "da face daquele que se
assenta no trono, e da ira do Cordeiro." (Apoc. 6:15-17).
Deve-se notar que nestes versos o Revelador, como em Apoc.
19:11-19, descreve o mesmo grande dia do Senhor, a mesma abertura
dos céus, os mesmos "Reis da terra, e os poderosos, e os homens ricos, e
os capitães, e os homens ricos, e os comandantes, e os valentes, e todo
Escatologia Bíblica 132
escravo, e todos os homens livres." Portanto é óbvio que o ajuntamento
de "a besta, e os reis da terra e seus exércitos" "a fazer guerra contra
aquele que se assenta no cavalo, contra seu exército" não pode de
maneira alguma referir-se a um ajuntamento literal das nações no
Megido para literalmente lutar contra o Senhar por ocasião de seu
segundo advento, pois "todos os homens" –"todo o servo e todo o
homem livre" – não vão estar literalmente em Megido.
Entendido, porém, simbolicamente, nós vemos que os não salvos de
todo o mundo são representações como se eles todos servissem como
divisões sob o estandarte de Satanás. O Revelador distintamente declara
que neste grande exército que ele simbolicamente descreve como sendo
"ajuntados" são "todos os homens, tanto livres como presos, tanto
pequenos como grandes." (Apoc. 19:17, 18). Quando o Senhor, em seu
segundo advento, destrói a todos os não regenerados, embora
simbolicamente apresentados com exércitos ajuntados e destruídos
conjuntamente, pois literamente eles são destruidos pelo Senhor em todo
o mundo. "Os que o Senhor entregar à morte naquele dia, se estenderão
de uma a outra extremidade da terra" (Jer: 25:55). Assim o ajuntamento
de "todas as aves que voam" para comer a carne de "todos os homens"
(Apoc. 19:17, 18) não pode ser uma reunião literal dos pássaros para a
terra literal de Israel, pois "todos os homens" serão destuídos pelo
Senhor "de uma parte da terra até à outra parte da terra". João consegue
esta imaginação da ignomínia e a totalidade da destruição dos inimigos
de Deus da profecia concernente a Gogue e seu exército.(veja Ezeq.
39:1, 17-20). Isto mostra que a profecia de Ezequiel (caps. 38, 39) deve
ser entendida como simbólica apresentação do conflito mundial que
termina na final destruição dos que servem sob o estandarte de Satanás.
Em Apocalipse 20:8, 9 nós temos a interpretação do Senhor sobre a
profeçia de Ezequiel com relação às multidões no exército de Gogue –
são as multidões enganadas por Satanas: os inimigos de nosso Senhor.
Em Salmo 45:3-7 o conflito espiritual do Senhor é apresentado
simbolicamente. Em Heb. 1:8, 9 estes versos são aplicados a nosso
Escatologia Bíblica 133
Senhor. A mesma descrição simbólica é empregada em Apoc. 19:11-
114, para salientar a volta do Senhor para completar sua guerra contra o
mal por destruir aqueles que justamente previamente procuraram
perseguir e destruir o povo de Deus.
A descrição do Revelador da vinda de Jesus com "os exércitos" dos
céus para fazer "guerra" contra a besta e os exércitos da terra obviamente
pretende ser entendido simbolicamente. Montará Jesus literalmente um
"cavalo branco" vindo dos céus? (Apoc. 19:11). O Revelador
previamente o pintara em sua segunda vinda "sentado numa nuvem, com
uma foice em sua mão." (Apoc. 14:14-16). Irão todos os milhões
multiplicados de anjos literalmente "montar sobre cavalos brancos"?
(Apoc. 19:14). Virá uma "espada afiada" literalmente "de sua boca"? (v.
15). A "espada afiada" do Senhor é sua palavra. (Heb. 4:12; Ef. 6:17).
Virá Ele literalmente "vestido com um manto tinto de sangue? Pisará Ele
então literalmente "o lagar de vinho"? (Apoc. 19:13, 15). Convidará um
anjo literalmente "todas as aves que voam" para vir "à ceia do grande
Deus" para "comer a carne dos reis, a carne dos comandantes, a carne
dos poderosos, e a carne dos cavalos, e seus cavaleiros, e a carne de
todos os homens"? (Apoc. 19:17, 18). "E vi a besta e os reis da terra,
com os seus exércitos." Não serão literalmente "congregados para
pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo, e contra o seu
exército." (Apoc. 19:19). Nosso Senhor Jesus, o Revelador (Apoc.
22:16), simbolicamente retrata o conflito mundial espiritual. Todo o
esforço de literalizar esta apresentação simbólica esconde o propósito
moral que Ele queria retratar.
Um escritor cristão vastamente lido, salientando a necessidade de
observar o caráter simbólico do Apocalipse, diz: "Este livro (o Apocalipse) exige estudo profundo e de coração, para não
ser interpretado de acordo com as idéias dos homens, e não se dê falsa construção à palavra santa do Senhor, que em seus símbolos e figuras tanto significa para nós... No Apocalipse as coisas profundas de Deus são a apresentadas."
Escatologia Bíblica 134
De acordo com o princípio enunciado, este mesmo autor muitas
vezes aplicou simbolicamente, em conexão com a grande controvérsia
entre Cristo e Satanás, as mesmas passagens das Escrituras que nós
estivemos considerando. Salientando graficamente o conflito entre as
forças do bem e do mal, em harmonia com o jue nós mostramos ser a
correta interpretação de passagem da "guerra" simbólica apresentada no
Apocalípse, este autor popular diz: "Eu vi dois exércitos em conflito terrível. Um exército era dirigido por
estandartes que levavam a insígnia do mundo; o outro era dirigido pelo estandarte manchado de sangue do Príncipe Emanuel... Companhia após companhia do exército do Senhor juntou-se ao inimigo, e tribo após tribo das fileiras do inimigo juntou-se com o povo observador dos mandamentos de Deus... A batalha enfureceu-se. A vitória se alternava de lado a lado... O Capitão de nossa salvação estava ordenando a batalha, e enviando auxílio a seus soldados. Seu poder foi poderosamente demonstrado... Ele dirigiu-os à frente passo a passo, conquistando e para conquistar.
"Finalmente a vitória foi ganha, o exército que seguia o estandarte com a incrição, „os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus' (Apoc. 14:12), triunfou gloriosamente... Agora a igreja é militante... Mas o dia virá em que a batalha tera sido travada, a vitória ganha. Mas a igreja precisa e irá lutar contra inimigos visíveis e invisíveis... Os homens se confederam para opor-se ao Senhor das hostes. Estas confederações continuarão até que Cristo ... vestir as vestimentas de vingança." (Testimonies, vol. 8, pp.41, 42).
Aqueles que "saem"de Babilônia (Apoc. 18:4) e são congregados
para estar com Cristo "no monte de Sião" têm "o selo de Deus em suas
testas." (veja Apoc. 7:1-4; 14:1). Aqueles que se congregarem para
"fazer guerra contra o Cordeiro... e os que estão com Ele" (Apoc. 17:l4;
19:19) têm "a marca da besta" em sua testa ou em sua mão (Veja Apoc.
13:16, 17; 14:9-11; 19:20) Tão vital é para os vivos nesta grande hora de
destino compreender claramente os itens em jogo, tão importantes são as
verdades que o Senhor apresentou no Apocalipse que Ele lança quadros
vivos e simbólicos na tela da profecia a fim de chamar e manter a
atenção.. Mas ao interpretar estes quadros literalmente com referência a
Escatologia Bíblica 135
Palestina (elas são dadas num ambiente palestino, pois a igreja é
reresentada como se estivesse com Cristo no Monte de Sião, etc.),
Satanás leva as importantes mensagens de Cristo no Apocalipse a
perderem seu sentido e sua vitalidade.
“Cristo em Vós” – A Certeza da Vitória
Não existe verdade mais necessária nem mais confortante ensinada
nas Escrituras do que a que nosso Senhor Jesus Cristo reina no coração
de cada crente. A frequência com que este sublime fato é afirmado no
Novo Testamento deixa certamente imprimir-nos com sua grande
importância. O apóstolo Paulo, cujo conhecimento extenso do Velho
Testamento e cuja especial instrução sob o Professor divino (Veja Gál.
1:12; Efés. 3:3, etc.) deu-lhe uma interpretação clara como cristal das
profecias com respeito ao Senhor reinando no meio de Seu povo Israel,
triunfantemente ensinou que o Senhor Jesus reina no coração de cada
crente, bem como no corpo da igreja. Ele afirmou que estava
especialmente dotado de sabedoria "para dar pleno cumprimento à
palavra de Deus; o mistério que estivera oculto dos séculos e das
gerações; agora todavia se manifestou aos seus santos; aos quais Deus
quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os
gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória" (Col. 1:25-27).
As profecias do Velho Testamento declaram que Deus – "o Santo
de Israel" – reina "em Sião" e que por sua presença e poder os inimigos
de Israel serão derrotados e Israel triunfará gloriosamente sobre eles.
(Veja Sal. 2:1-9; Joel 2:1, 15, 32; 3:16, 17, 21; Obad. 17; Miq. 4:2,7;
Ezeq. 39:7, etc.). Isaías declarou:"Pois virá como torrente impetuosa,
impelida pelo Espírito do Senhor e virá o Radentor a Sião e aos de Jacó
que se converteram diz o Senhor." (Isa. 59:19, 20). Notem a aplicação
inspirada de Paulo deste verso em conexão com os "gentios" –"separados
da comunidade de Israel" (Efés. 2:12) – que, por sua recepção de Cristo
como Senhor, então se tornam membros do "Israel de Deus" (Gál. 6:16)
Escatologia Bíblica 136
sendo "não mais estranhos e estrangeiros, mas concidadãos dos santos e
da casa de Deus" (Efés. 2:19). Paulo ensinou que o verdadeiro Israel de
Deus será composto de judeus livres do pecado e gentios: "E assim todo
o Israel será salvo, como está escrito: Viá de Sião o Libertador, Ele
apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles quando
eu tirar os seus pecados" (Rom. 11:26, 27). Sob as provisões do novo
concerto, Deus prometeu "que pisará aos pés as nossas iniqüidades"
(Miq. 7:19), de "tirar as nossas tendências ao pecado". Por Deus não
querer forçar a vontade, nós devemos cooperar com Ele entregando o
nosso coração a Ele em uma entrega diária. Assim, dia a dia, o Senhor
escreve sua santa lei sobre os nosos corações, como tão graciosamente
prometeu fazer. (Jer. 31:31-34; Heb. 8:8-12). Nós aprendemos a dizer
como o salmista: "Quanto amo a tua lei? É a minha meditação todo o
dia" (Sal. 119:97). "o pão nosso de cada dia nos dá hoje " (Mat. 6:11). E
dizia (Jesus) a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue,
dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Luc. 9:25). "Dia a dia morro”" (1
Cor. 15:31). "Levando sempre no corpo o morrer de Jesus para que
também a sua vida se manifeste em nosso corpo.... Contudo o nosso
homem interior se renova dia a dia" (2 Cor. 4:10-16).
O maior problema no mundo é, e tem sido desde o aparecimento do
pecado, o de nossa vitória pessoal e diária sobre o pecado. Um escritor
de hinos exprimiu a grande necessidadade do homem: "E ninguém, ó
Senhor, tem perfeito descanso; Pois ninguém é livrre completamente do
pecado; E os que alegremente te servem melhor, estão cônscios mais do
mal interno."
O cristianismo é mais que boas novas de que Deus perdoa o pecado;
e também proclama que Deus promete poder, diariamente, para vencer o
pecado. Um outro escritor de hinos exprimiu o desejo do coração sincero
por esta "dupla" ou "perfeita cura": "Seja do pecado a perfeita cura,
salva-me de sua culpa e poder".
O pecado pode ser vencido. Somente por Cristo habitando no
coração e este é o grande tema sobre o qual o apóstolo Paulo
Escatologia Bíblica 137
freqüentemente se demora. Em seu capítulo "muito mais" (Rom. 5) ele
declara com eloquência ardente: "Logo, muito mais agora, sendo
justificados pelo seu sangue, seremos salvos seremos salvos por Ele da
ira. Porque se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus
mediante a morte de seu filho, muito mais, estando já reconciliados,
seremos salvos por sua vida; ... muito mais os que recebem a abundância
da graça e o dom da justiça, reinarão em vida por meio de uma só, a
saber, Jesus Cristo... mas onde abundou o pecado, superabundou a graça:
a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a
graça pela justiça para a vida eterna mediante Jesus Cristo nosso Senhor"
(Rom. 5:9, 21).
O pecado levou o homem a uma condição de escravidão da qual ele
jamais se pode escapar. Nascendo com uma natureza pecaminosa e
impossível para o homem cessar de pecar (Jer. 13:23; 17:9, etc.) Mas
uma vida livre do pecado é assegurada a todos os que permitem a Jesus
reinar sobre o trono do coração. O pecado, como um poderoso tirano,
reina sobre o coração e arrastará o homem abaixo para a eterna
destruição, mas Jesus salvará do pecado a todo que põe sua confiança
nEle. O pecado é poderoso, porém "muito moior" força é dada ao crente
para "reinar na vida por Jesus Cristo". "Muito mais, sendo reconciliados,
seremos salvos por sua vida" vivida no coração. Com Cristo vivendo e
reinando sobre o coração, a vitória sobre o pecado é assegurada. Em
Romanos 6, Paulo continua a encarecer este ensino essencial de
liberdade do pecado através de Cristo habitando em nós. Eu vez do
pecado reinando no coração (Rom. 6:12), o crente tem a Cristo reinando
no coração e dando-lhe liberdade do poder do pecado (vs. 11, 12-22).
Depois de descrever a batalha contra o mal e o anelo da alma sincera por
santidade (Rom. 7), Paulo então apresenta o segredo da santificação – o
Espírito de Cristo que habita nele – Ele diz: "Porque a lei de Espírito da
vida em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte... se de fato o
Espírito de Deus habita em vós... se, porém, Cristo está em vós... o
Espírito é vida por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquEle
Escatologia Bíblica 138
que ressuscitou a Jesus dentre os mortos", esse mesmo que ressuscitou a
Cristo Jesus dentre os mortos,"vivificará" também os vossos corpos
mortais, por meio de seu Espírito que em vós habita." (Rom. 8:2-11).
A vitória sobre o pecado é assegurada através da habitação do vivo,
vibrante poder do Espírito de Cristo, que vivifica o corpo mortal que dá
poder para resistir o mal. Tendo demonstrado que crentes judeus e
gentios igualmente participam destes privilégios, Paulo então aplica em
conexão com a vitória cristã sobre o ecado, a profecia de Isaías da vinda
do Redentor a Sião, a volta "da transgressão de Jacó," e o fazer o inimigo
fugir.
As profecias do Velho Testamento com respeito ao Sennor reinando
em Sião e a vitória de Seu povo, não devem ser entendidas como estando
separados da história da salvação do pecado, pois a salvação do pecado é
o propósito pelo qual eles foram escritos. Esta interpretação das
profecias do Velho Testamento, foi sem dúvida entendida por alguns
devotos israelitas em tempos passados, mas desde o dia de Pentecostes, o
Espírito Santo tornou-se abundantemente claro. Paulo, em particular,
recebeu revelações especiais para tornar c]aa..as estas cousas aos gentios
e para os "santos": Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a
riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a
esperança da glória" (Col.1:26, 27).
Em seu Greek Dictionary of the New Testament, o Dr. Strong diz
concernente a"Sião": "Figuradamente a igreja (militante ou triunfante).
"Importantes derivativos do hebraico para "Sião" são dadas como: "de
resplandecer de longe e é, de ser eminente; também de ser permanente...
Força, vitória".
Cada crente em Cristo pode saber por experiência pessoal o
presente glorioso cumprimento das profecias do Velho Testamento com
respeito a do Reino do Senhor "em Sião", pois do Reina. do Senhor Jesus
sobre o coração virá "força" para viver uma vida de "vitória".
A vitória sobre o pecado pelo poder da habitação de Cristo nele é "a
esperança da glória". E Espírito da verdade... Ele habita convosco e
Escatologia Bíblica 139
estará em vós... e Eu em vós ... e Meu Pai o amará e nós viremos a ele, e
faremos nele morada" (João 14:17-23). "Acaso não sabeis que o vosso
corpo é o santuário do Espírito Santo que está em vós?" (1 Cor. 6:19).
"Deus está em vós" (1 Cor. 14:25). "Jesus Cristo está em vós" (2 Cor.
13:5). "Vos sois de Deus... e o vencestes: que maior é aquele que está em
vós, do que o que está no mundo" (1 João 4:4). "Fortalecidos com o
poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e assim habite Cristo
nos vossos corações pela fé" (Efés. 3:16, 17). "Estou crucificado com
Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e este
viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no filho de Deus" (Gál.
2:19, 20).
Nas palavras do hino "Vive a tua vida dentro de mim," Frances R.
Havergal, lindamente exprimiu o segredo da vitória pessoal sobre o
pecado: Vive a tua vida dentro de mim, Ó Jesus Rei dos reis! Sê tu, tu mesmo a resposta A todo o meu inquirir; Vive a tua vida dentro de mim, Em tudo o que teu caminhar Em, o médio transparente Tua glória possa irradiar. O templo foi entregue, E purificado do pecado; Que o teu Shekiná brilhe Agora brilhe muito de dentro.
Em outro hino ela escreveu: Toma meu coração, é teu próprio; Ele será teu trono real.
Escatologia Bíblica 140
Em Heb. 12:22 nós lemos: "Mas tendes chegado ao monte de Sião,
e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de
anjos, e à universal assembléia e igreja dos primogênitos" Sião é um
monte celestial cujo nome significa iluminado pelo sol, e é a cidade do
Deus vivo. As expressões "Monte de Sião" e "a celestial Jerusalém", não
somente se referem a futura capital gloriosa do reino do Messias da
Terra renovada (Apoc. 21:22), mas elas se referem ao presente lugar de
habitação e trono do Senhor Jesus em Sua igreja e em cada crente.
Aqueles que aceitam a Jesus como o seu Senhor e Salvador entram "na
Jerusalém celestial", e enquanto forem fiéis aos mandamentos de Deus
(Apoc. 22:14) eles estão salvos e seguros como se estivessem num
castelo forte.
Esta imagem expressiva é muitas vezes apresentada nas Escrituras.
Isaías diz: "Naquele dia se entoará este cântico na terra de Judá: Temos
uma cidade forte: Deus lhe põe a salvação por muros e baluartes. Abri
vós as portas, para que entre a nação justa, que guarda a fidelidade. Tu,
Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme;
porque ele confia em ti". (Isa. 26:1-5). Nestas palavras inspiradas o
profeta evangélico afirmou-nos que as portas para esta "cidade forte" são
abertas a todos os que observam a verdade, e que aqueles que se
enquadram (se retratam) (veja margem, v.5) como sendo resguardados
dentro dos "muros e muralhas de salvação" apontadas por Deus, serão
conservados em perfeita paz."
Lemos outra vez da pena de Isaías: "Mas aos seus muros chamará
salvação e às tuas portas louvor... mas o Senhor será a tua luz perpétua, e
o teu Deus a tua glória." (Isa. 60:18-20). O salmista diz: "Abre-me as
portas da justiça: Entrarei por elas e renderei graças ao Senhor. Esta é a
porta do Senhor, por ela entrarão os justos. Render-te-ei graças porque
me acudiste e foste a minha salvação." (Sal. 118:19-21). "Torre forte é o
nome do Senhor, à qual os justos se acolhem e está seguro" (Prov.
18:10). "Ó meu Deus, o meu rochedo, a minha cidadela, o meu
libertador... Ele é o meu escudo... Minha alta torre, é o meu refúgio, meu
Escatologia Bíblica 141
Salvador; ó Deus; da vioiencia tu me salvas... Fiel é a torre da minha
salvação" (2 Sam. 22:3, 51). Veja também Sal. 18:2; 144:2, etc...
Este quadro de um indivíduo ou da igreja habitando seguro dentro
dos poderosos muros de uma fortaleza impugnável e levada para
encorajadora imaginação do livro do Apocalipse onde a grande luta entre
as forças do bem e do mal é tão graficamente e tão realisticamente
retratada que alguns, não discernindo o propósito moral do simbolismo
empregado, pensam que uma guerra militar é nela descrita.
A melhor maneira para se decorar alguma causa é de reduzir a um
símbolo aquilo que queremos memorizar, e pela lei da associação aquele
símbolo traz à mente tudo o que está associado com ela. Os símbolos
apresentam verdades nas formas mais informativas e mais atraentes.
Verdades poderosas são assim condensadas e tornam-se simples e claras.
Por esta razão o grande Mestre apresenta os ensinos vitais do Apocalipse
em forma simbólica.
Insiste-se com o leitor para cultivar o quadro simbólico da alma
como uma fortaleza: Quando rodeado e assaltado por muitos inimigos –
orgulho, egoísmo, inveja, ciúme, avareza, e pensamentos negros e
negativos, etc., procurando obter uma entrada na cidadela da alma, o
escuro invasor é reprimido e a vitória é ganha pelo Rei Jesus – a luz e
Doador de luz – morando no interior. Para inculcar este pensamento nas
mentes de seus filhos, e para habilitá-los para apanhar estes fatos de
salvação existentes da alma, é o propósito moral pelo qual o Senhor
inspirou a João para apresentar os quadros simbólicos do Apocalipse:
Eles apresentam realidades cristãs.
Um autor muito lido, que consistentemente aplica as figuras do
Apocalípse como descritivo da grande controvérsia entre Cristo e
Satanás, emprega as mesmas figuras bíblicas que tem nos apresentado
ensinos que a vitória individual sobre o pecado depende do Cristo que
vive em nós. “Quando a alma se rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse
do coração. Opera-se uma mudança que o homem não pode absolutamente
Escatologia Bíblica 142
operar por si mesmo. É uma obra sobrenatural introduzindo um sobrenatural elemento na natureza humana. A alma que se rende a Cristo, torna-se Sua fortaleza, mantida por Ele num revoltoso mundo, e é Seu desígnio que nenhuma autoridade seja aí conhecida senão a Sua. Uma alma assim guardada pelos seres celestes, é inexpugnável aos assaltos de Satanás. ... A única defesa contra o mal, é Cristo habitar no coração mediante a fé em Sua justiça.” (DTN, 324).
Em outro livro, este escritor emprega a mesma figura em descrever
o poder da igreja a resistir os assaltos de seus inimigos: “A igreja é o instrumento de Deus para a proclamação da verdade ... e
se ela for leal ao Senhor, obediente a todos os Seus mandamentos, nela habitará a excelência da graça divina. Se for fiel a sua missão, se honrar ao Senhor Deus de Israel, não haverá poder capaz de a ela se opor.” (Atos dos Apóstolos, 600).
Indivíduo e igreja são comparados a "uma cidade edificada sobre
um monte" (Mat. 5:14), a igreja cristi e os crentes individuais são
representados na profecia de Ezequiel (cap. 40 e 48) como um templo
construido sobre "uma mui alta montanha." Jesus disse: "Sobre esta
pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela " (A rocha: Ele mesmo, a Rocha dos séculos") (Mat. 16:18). O
Novo Testamento ensina que a igreja é agora a Sião de Deus, sua cidade
a Jerusalém, e que profecias com respeito aos inimigos serem destruídos
quando atacando Jerusalém e o povo de Deus tem o seu propósito moral
em relação à vitória de cada crente individual em Cristo e da igreja como
um todo.
No livro do Apocalipse a tempestade central dos séculos é a cidade
de Jerusalém, o nome da qual significa "Fundamentos de Paz")
Jerusalém, a cidadade do "Príncipe da Paz" para eatender corretamente o
Apocalipse, Jerusalém deve ser interpretada como o centro de batalha
entre o bem e o mal. No Velho Testamento, Jerusalém foi o centro do
Israel nacional, e muitos dos inimigos do Israel nacional veio contra
Jerusalém – a cidade da "paz". Embora os inimigos estivessem de fora, a
Escatologia Bíblica 143
paz reinou dentro da cidade quando Israel era fiel. Nisto nós vemos
tipificada a igreja como um todo, e também cada indivíduo. Pela sua
aliança para com o Deus de Israel, a igreja e o indivíduo cristãos se
tornaram o centro de ataque pelos inimigos que são excitados à "guerra"
contra o Santo Filho de Deus no íntimo. Mas, enquanto os inimigos
espirituais se congregam fora dos muros da "cidade santa" (Apoc. 11:2,
etc.), o coração está em paz com Deus.
Os inimigos do povo de Deus que literalmente se congregaram ao
redor atacava a antiga cidade literal de "paz" de Israel são trazidos à
figura espiritual do Apocalipse como tipos dos inimigos que
espiritualmente se congregam ao redor para atacar a cidade espiritual. O
Apocalipse leva esta representação adiante até o fim do mistério; então
todos os inimigos literais ressuscitados do antigo Israel e todos os
inimigos da igreja vão unir-se literalmente ao redor da cidade literal
(Apoc. 20:8, 9) em que reina o visível Filho de Deus, destruidor do mal,
que fazem "guerra" contra Ele e Seu povo . Em Joel 2:32, a libertação
dos inimigos que estão fora da cidade é garantida aos "remanescentes"
dentro de Jerusalém. "Pois no monte de Sião e em Jerusalém haverá
libertação, como o Senhor disse, e no remanescente a quem ele chamar."
Como já vimos, foi esta profecia que Pedro, em seu discurso cheio
do Espírito, cita no dia de Pentecoste e aplica-o em conexão com a
salvação pelo Rei Jesus, que é "tanto Senhor como Cristo". Detalhes são
apresentados do Velho Testamento onde o Israel nacional encontrou
libertação dentro de Jerusaléim pelo poder de Deus (veja 2 Reis 18:17-
37; 19:1-37; Isa. 37:32-36, etc). No fim do milênio quando os inimigos
de Deus e de seu povo se congregam para atacar "o acampamento dos
santos," "a cidade amada" (Apoc. 20:8, 9), eles são destruídos pelo poder
todo-poderoso do "Rei da Justiça", o Senhor Jesus Cristo que reina
dentro.
Todos os nomes próprios, lugares e designações do Apocalipse
empregados num sentido simbólico até a descrição do Revelador da
santa cidade – a Nova Jerusalém – no fim do milênio. Assim o Senhor
Escatologia Bíblica 144
mostra o princípio a ser usado em "dividir corretamente" o Apocalipse e
outras partes das Santas Escrituras. O milênio é a linha divisória entre a
aplicação do espiritual e a aplicação do literal, justamente como a cruz
terminou o sistema literal, o nacional, o típico, e introduziu o período da
aplicação antitípica, espiritual ou eclesiástica. O Apocalipse claramente
revela a tríplice aplicação dos reis de Israel, mas como nós lidamos com
este tema em outro livro, nós não o dividiremos mais aqui.
Como a história do antigo Israel é aplicada no Novo Testamento
como os tipos ou os símbolos que salientam as experiências da igreja e
como a igreja é representada como tendo ocupado o lugar do Israel
nacional até a sua posição geográfica na Palestina, assim, no Apocalipse
o Senhor descreveu de experiências de hoje de sua igreja em termos
simbólicos. Embora combatida por muitos inimigos a igreja, "no monte
de Sião" (Apoc. 14:20; Ezeq. 40:2; 447:1; 43:12, etc.). Como uma
fortaleza poderosa, impregnável aos assaltos do inimigo, será mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou (Rom. 8:37)."Graças a Deus
que nos da a vitória por meioo de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Cor.
15:57).
A grande controvérsia entre as forças do bem e do mal sobre a
obediência à lei de Deus, culminará no "Conflito Final". Para revelar
vivamente essa batalha espiritual é o propósito moral pelo qual os
quadros gráficos simbólicos foram dados no Apocalipse.
ADENDUM – Um Ligeiro esboço
A crença que o "Armagedm" será um conflito militar na Palestina é
uma parte do sistema futurístico que é baseado sobre uma aplicação
literal das crenças do antigo Israel em contraste à aplicação espiritual do
Novo Testamento em relação para com a igreja. Os erros do catolicismo
romano são baseados sobre a aplicação literal das coisas do Israel
nacional. Os futuristas protestantes poderão apreciar indevidamente sua
Escatologia Bíblica 145
interpretação da profecia estando cheia dos erros do catolicismo romano;
mas eles têm o mesmo fundamento.O futurismo tem sido defendido pelo
catolicismo romano por causa de sua força potente contra o verdadeiro
protestantismo.
O Dr. E. G. Ginneess, em seu "O fim Aproximado do Século", pp.
100, 101 escreve sobre a perspectiva futurista: "Em sua forma presente, porém, pode se dizer que se originou no fim
do século dezesseis, com o jesuíta Ribeira, que, movido como alcazar, para livrar o Papado do estigma lançado sobre ele pela interpretação Protestante, procurou fazer assim por referi-los ao futuro distante... Por um período considerável esta perspectiva ficou confinada aos Romanistas (ênfase do autor) e foi refutado por várias obras protestantes magistrais".
A igreja Católica Romana justifica seus edifícios ornamentais e seu
ritual, etc., apontando as causas literais do antigo Israel. (Veja seu
Question Box, pp, 188, 189; Keenan's Cataclism, pp, 193 – 212, etc.)
O seguinte curto esboço pretende transmitir "muito em pouco" e de
provocar o leitor a estudar mais os princípios fundamentais da
interpretação.
“O mistério da piedade” “O mistério da iniqüidade”
Aplicação espiritual das coisas de
Israel
Aplicação literal das coisas de
Israel
Templo – Igreja Templo Sacerdotes – na terra, todos os crentes Sacerdotes
Incenso – Oração (Sal. 147:2;
Apoc. 5:8
Incenso
Cruz – negação própria diária
(Luc. 9:23
Cruz
Luz no templo = Bíblia (Sal.
119:105; 2 Cor. 4:4)
Candeeiros (Velas)
Pão – Palavra de Deus (João 6:27-68 Pão – Hóstia
Escatologia Bíblica 146
Água – Esp. Santo operando pela
Palavra de Deus (Tit. 3:5; Ef. 5:26)
Fogo em que escória é queimada:
1) Trabalho do E. Santo
(Mat. 3:11; Isa. 4:4; 1 Ped. 1:7; 4:12)
2) Obediência à verdade purifica
(1 Ped. 1:22)
Purgatório
Rei: Cristo - Invisível (1 Tim. 1:17) Papa - Cabeça visível
Espírito Santo - Invisível
Representante (João 14:17)
Papa: Suposto representante de
Cristo
Trono em cada coração (Rom.
5:17-27)
Trono visível em Roma
(Apoc. 16:10; 17:18)
Reino - Espiritual - os libertos do
pecado (Col. 1:13)
Reino literal: Poder Político
Guerra - Guerra Espiritual;
Conflito Mundial. (1 Tim. 6:12)
Guerra - Conflito militar na
Palestina.
Paz - paz espiritual - Deus + alma. Paz - "Paz militar". Inimigos "gentios", "pagãos", os que
não são israelitas (Efés. 2:11,12;
Apoc. 11:2) em qualquer parte do
mundo
"Pagãos", "Gentios" - Nações
literais Oriente da Palestina.
Israel - Igreja em todo o mundo
(Gál. 6:16; Apoc. 7:1-4).
Israel - uns poucos judeus literais
na Palestina.
Israel atacado por inimigos
espirituais (Ez. 38, 39; Joel 3; Zac.
14; Apoc. 14:1,20; 16:12-16; 17:14)
Israel atacado por inimigos - nações
literais, para atacar literalmente
judeus literias na Palestina.
Ensina que o Anticristo é um líder
espiritual: uma igreja falsa que faz
“guerra aos santos” (Apoc. 13:7).
Ensina que Anticristo é um líder
militar; uma pessoa a dominar
judeus cristãos na Palestina. Tempo simbólico (Dan. 7:25; Apoc.
11:2; 12:6; 13:5) afetando a igreja.
Tempo literal (3 ½ anos literais),
afetando judeus literais na Palestina.
Escatologia Bíblica 147
OS REIS QUE VÊM DO ORIENTE
Introdução
Todas as profecias dos últimos dias graficamente retratam o
conflito final e a necessidade para que a igreja esteja completamente
preparada para a mais terrível luta de toda a história. O Espírito de
Profecia declara: “Diante de nós está uma crise terrível. As vidas de muitos se apagarão
nas trevas"'. (Watchman, 2 de abril de 1906).
“A grande controvérsia entre o bem e o mal há de assumir proporções
cada vez maiores até o seu final desenlace. ... E toda habilidade e astúcia satânicas adquiridas, toda a crueldade desenvolvida nessa luta de longos séculos, serão empregadas contra o povo de Deus no conflito final.” (GC, pág. 7)
“A mais vívida descrição não pode atingir a grandeza daquela prova.
Naquele tempo de provações, toda alma deverá por si mesma estar em pé perante Deus.” (GC, pág. 622).
“Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem
professado fé na mensagem do terceiro anjo, ... abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário.” (GC, pág. 608).
“Logo o povo de Deus será provado por ardentes provas, e a grande
proporção dos que agora parecem genuínos e verdadeiros, demonstrar-se-á metal vil. Em vez de se fortalecerem e confirmarem com a oposição, as ameaças e abusos, tomarão covardemente o lado dos oponentes. ... Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões – essa será nossa prova.” (Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 31).
Somente uma classe de adventistas permanecerá firme através da
luta tremenda vindoura – aqueles que aprenderam como se “vestir com a
Escatologia Bíblica 148
couraça da justiça de Cristo”. A serva do Senhor escreveu: “Vestidos
com as armaduras da justiça de Cristo, a igreja deve entrar no conflito
final". (PR., pág. 725). Portanto, é imperativo que todos os filhos de
Deus, aprendam pessoalmente como obter e por esta “armadura da
justiça de Cristo”. Todas as profecias dos últimos dias encarecem este
item, porém a mais impressionante de todas elas, é que apresenta o
segredo de conhecer, como obter esta "armadura da justiça de Cristo", é
a mensagem pessoal do Senhor à Sua igreja nessa profecia do
Armagedom. (Apoc. 16: 12-16, etc.). É por causa disto, que a mensagem
especial de Deus a seu povo remanescente, adverte o povo de Deus a
respeito de seu perigo iminente, e como podem estar preparados para
enfrentá-lo, que Satanás introduziu tanta confusão e desentendimento a
respeito de profecia que saliente a arregimentação das forças do grande
dia do Deus Todo-poderoso. O secamento das águas do Eufrates pela 6ª.
praga e a vinda dos Reis do nascimento do sol. O ponto principal da
mensagem pessoal do Senhor a seu povo remanescente, pois Ele é o
Revelador, veja Apoc. 22:16; CS., pág. 342), com respeito ao
Armagedom vindouro é um apelo para que seu povo se "vista com
armadura de sua justiça", antes de terminar o tempo de provação.
Estude Apoc. 16:15, que é citado pelo Espírito de Profecia, com
referência ao fim do tempo de provas, e da necessidade de ser "vestido
com a armadura da justiça de Cristo (PJ., 319; DTN, págs. 635, 636).
Portanto, como o próprio Senhor encareceu o assunto da justiça
pela fé em Sua mensagem do Armagedom, toda a consideração de
qualquer aspecto daquela mensagem separada do tema da justificação
pela fé, é apenas uma patética perversão da profecia. Quando estudada à
luz do tema vital da justificação pela fé, o esboço profético relativo à
vinda dos Reis do Nascimento do Sol, torna-se um dos mais
encorajadores e mais estimulantes de todos os assuntos escatológicos.
A interpretação que aplica os Reis do Nascimento do Sol, às nações
do oriente não têm aplicação sobre o assunto da justificação pela fé e por
causa deste fato só é assim revelada como um assunto falso para com a
Escatologia Bíblica 149
verdade que nosso Senhor Jesus apresentou em seu livro Apocalipse. Um
grande número de professores, líderes de Biblia e estudantes entre os
Adventistas do Sétimo Dia, não crê na interpretação que aplica
Apocalípse 16:12 às assim chamadas nações “pagãs” do “Oriente”.
Em julho de 1950 um questionário foi entregue diante de uma
reunião na Pacific Union College, Angwin, Califórnia, USA., de
representantes dos departamentos teológicos de todos os nossos colégios
na América do Norte, a fim de perguntar aos professores de Bíblia
presentes a respeito de assuntos como os Reis do Nascimento do Sol,
Armagedom, etc. As informações obtidas por aquele Questionário foi
muito animador, pois ele revelou uma unanimidade marcante entre
nossos líderes e professores de Bíblia. Para nosso objetivo presente, vai
ser suficiente dar a resposta a duas perguntas feitas no Questionário.
Quando perguntadas quantos criam que “Armagedom” e uma batalha
entre as nações do Oriente e do Ocidente. “NENHUM respondeu
afirmativamente. A mesma unânime resposta negativa foi obtida para a
pergunta: “São os reis do oriente poderes terrestres?” A maioria disse
que cria que os “reis do Oriente são Cristo como Rei dos Reis e Senhor
dos Senhores, e aqueles que estão com Ele”. (Apoc. 17:14)”.
Estes fatos deviam ser conhecidos entre o povo de Deus,
particularmente na Austrália, onde tem havido um considerável super-
ênfase sobre a errônea interpretação de que os “reis do nascimento do
sol” se refere às nações “pagãs” do “Oriente”. Desafortunadamente, em
algumas de nossas reuniões evangélicas e pelo rádio, a interpretação
errada ainda está sendo apresentada como se fosse o único ensino
"ortodoxo" aceito pelos Adventistas do Sétimo Dia. Porém, será
claramente visível das respostas ao Questionário feito no Concílio de
professores de Bíblia de Colégios em1950 que o ensino que declara os
Reis do Nascimento do Sol de serem as assim chamadas nações "pagãs"
do oriente, e o Armagedom de ser uma batalha entre as nações do
Oriente e do Ocidente era unimemente rejeitado pelos Professores de
Bíblia dos Colégios que estiveram reunidos em Concílio naquele tempo.
Escatologia Bíblica 150
A fim de ventilar algumas das razões por que tantos professores
adventistas do sétimo dia e estudantes das Sagradas Letras não criam e
não podiam crer que os Reis do Nascimento do Sol que são lançados em
grande projeção nos delineamentos proféticos na poderosa hora climática
se referem às nações orientais da Terra, mas sim referem-se à vinda dos
exircitos dos Céus para libertar o povo de Deus e para destruir seus
opressores babilônicos, este livro foi escrito.
Louis F. Were
“Toda a verdade é certa, e nada mais está certo; e todo aquele que
esconde a verdade, ou a detém do homem, por experiência, ou é um
covarde ou um criminoso, ou ambas as cousas.” Max Müller.
A Questão Oriental – Campo Fértil para Profecias Falsas
Muitas falsas predições resultam da Questão Oriental. Sim,muito
adventista do sétimo dia, leal, tem feito falsas predicões devido à sua
crença na Questão Oriental. Nesse único propósito ao nos referirmos a
este fato, queremos destacar a causa , a fim de podermos aproveitar hoje
pelos enganos de ontem. Seria difícil depender de uma interpretação
profética mais desacreditada pelo desenrolar dos eventos que a Questão
Oriental. Por três quartos de século, desde que foi introduzido no
Movimento do Advento, tem sido fértil como produtor de falsas
profecias.
No princípio, e pouco depois de sua introdução no Movimento do
Advento por Urias Smith, a Questão Oriental compreendeu-se referir a
assuntos pertencertes à Turquia, e ao Próximo Oriente sendo seu atual
maior encontecimento, ênfase, entre nós do longínquo Oriente é de
origem mais recente.
A Questão Oriental não é parte de nossas crenças originais mantidas
pelos nossos pioneiros – pelo contrário, é a contrafação de seus ensinos.
O ponto de vista domininacional do Armagedom foi salientado primeiro
Escatologia Bíblica 151
por Tiago White num editorial do Review and Herald, de 21 de janeiro
de 1862: “A grande batalha nao será entre nação e nação, mas entre a
terra e o Céu.” Este foi o ensino deste povo do Advento, quando o anjo
de Deus comissionou a serva do Senhor a escrever: “Disse o meu anjo
assistente: „Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas
mensagens.‟ ” (PE, 258). Este ensino foi também incluído na mensagem
principal do Espírito de Profecia que cita: “É tão certo que nós temos a
verdade como é que Deus vive". (4T., 595).
Na divisão Australiana tem sido declarado que “os Reis do Oriente”
referem-se às nações do Oriente. Isto, definitivamente não foi um
“bloco” ou um “alfinete” da mensagem mencionada nos extratos acima
da Sra. E. G. White, pois esta interpretação errônea veio a nós muitos
anos depois dessas declarações terem sido feitas. A declaração em
Primeiros Escritos, pág. 258, foi certamente feita logo no Movimento do
Advento. Isto se encontrou em Testimonies, vol. 4 (4T, 595) e foi
publicado em 1881.
Apena dirigida escreveu a 27 de novembro de 1883: “Os grandes marcos de estrada que nós passamos, são irremovíveis..
Estes pilares de verdade estão firmes como os montes eternos, imóveis apesar de todos os esforços combinados dos homens com os de Satanás e suas hostes.” (Review & Herald, 27 de novembro de 1883).
“As verdades que nos foram dadas depois de passar o tempo de 1844, são tão certas e imutáveis como quando o Senhor no-las deu como resposta a nossas sérias orações... Nós sabemos que o que nós aceitamos é a verdade” (Ms 32, 1886)
“Nenhum alfinete será removido daquilo que o Senhor estabeleceu ... onde encontraremos segurança a não ser que seja nas verdades que o Senhor nos deu pelos últimos „cinquenta anos‟.” (E. G. White, Review & Herald, 25 de maio de 1905).
Estas declarações de confiança e certeza dadas pela serva do Senhor
referem-se àquelas verdades dadas a este povo nos dias iniciais do
movimento adventista, e usá-las (como tem sido feito para apoiar o
ensino que declarava que um conflito militar entre o Oriente e o
Escatologia Bíblica 152
Ocidente é retratado em Apocalipse 16:12-16 é um flagrante mau uso
das palavras inspiradas, pois este ensino surgiu em nosso meio em anos
muito recentes, muito depois destas palavras terem sido escritas. “Nós
nos devemos estabelecer na fé, à luz da verdade a nós em nossa
experiência inicial.” (Early Writings, 302)
Aqueles entre nós cujas mentes foram condicionadas por
propaganda falsa (que apresenta somente seu ponto de vista – o errado),
e contínua repetição (que alguns parecem tornar uma apresesentação
correta), surpreender-se-ão ao aprender que antes da morte de Urias
Smith em 1903, a idéia de um conflito entre o Oriente e o Ocidente
relacionado de qualquer jeito ao Armagedom, nunca apareceu na
literatura da irgeja.
“Ao apresentar um exame escolástico da „oripem do Armagedom
Político-Militar‟, o Pastor Raymond F. Cottrell também dizia “dois
novos conceitos com respeito ao Armagedom foram introduzidos
subsequentemente a sua (de Urias Smith) morte, isto é a idéia do
Armagedom ser um conflito essencialmente político-militar, e aquele
pelo qual as nações do extremo oriente se tornaram os „Reis do Oriente‟
da profecia. Nenhuma destas considerações parecem sequer ter ocorrido
a Urias Smith.”
Como estas idéias “nunca apareceram na literatura da igreja antes
de 1903, elas possivelmente não podem ser incluídas nas declarações
feitas pela serva do Senhor, que declarou: „Ai de quem mover um bloco
ou mexer num alfinete dessas mensagens.‟ (PE, 258). „É tão certo que
nós temos a verdade como é que Deus vive‟. (4T., 595) „As verdades
dadas a nós depois de passar o tempo em 1844‟ (Ms 32, 1896); „verdades
que o Senhor deu pelos últimos cinqüenta anos‟. (Review & Herald,
25/5/1905).
Os pioneiros descobriram a verdade da mensagem de Deus nos
últimos dias por intensivo estudo bíblico e fervorosas orações. Como nos
é dito pela serva do Senhor:
Escatologia Bíblica 153
“Muitos de nosso povo não compreendem quão firmemente o fundamento de nossa fe foi estabelecido. Meu marido, o Pastor José Bates, Papai Pierce, o Pastor Edson, e outros que foram inteligentes, nobres e verdadeiros, estavam entre os que, após o passar do tempo em 1844, procuraram a verdade como a tesouros escondidos. Eu me encontrava com eles, e estudávamos e orávamos fervorosamente. Muitas vezes ficamos até tarde da noite, e às vezes a noite toda, orando por luz e estudando a Palavra. Vez após vez estes irmãos se reuniam para estudar a Bíblia para saberem seu significado, e estarem preparados a ensiná-la com poder. Quando chegavam ao ponto em seu estudo, diziam: „Nós nada mais podemos fazer‟, o Espírito de Deus descia sobre mim, eu era arrebatada em visão, e me era concediada uma clara explicação das passagens que estivemos estudando, com instruções de como devíamos trabalhar e ensimar eficientemente. Uma linha da verdade estendendo-se daquela época até o tempo em que entrarmos na cidade de Deus foi claramente demarcada perante mim, e transmiti a outros a a instrução que o Senhor me havia dado.” (Special Testemonies, séries B. nº 2, págs. 56 e 57).
Uma declaração semelhante é dada em Obreiros Evangélicos, pág.
302: “Por vezes noites inteiras eram consagradas à pesquisa das Escrituras,
a pedir fervorosamente a Deus Sua guia. Juntavam-se para esse fim grupos de homens e mulheres pios. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era verdade ou erro.
“Ao serem assim estabelecidos os pontos de nossa fé, nossos pés se colocavam sobre um firme fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo. Eu era arrebatada em visão, e eram-me feitas explanações.”
Nenhuma Questão Oriental, nenhum Armagedom militar destes
sérios e longos períodos de estudo da Bíblia, e pedido por luz dos céus.
Pelo contrário, o Armagedom foi visto como “não entre nação e nacão”
mas entre terra e Céu." Assim, a luz da verdade veio ao dirigir o Senhor
os pioneiros a comparar Escritura com Escritura, tornando a Bíblia seu
próprio expositor.
Escatologia Bíblica 154
Contudo, o princípio divino e de confiança de acertar a
interpretação da Palavra profética estabelecida pelos pioneiros da
mensagem não foi o método infalível permanentemente usado entre nós,
pois Urias Smith, que aceitou a. mensagem quando jovem de vinte anos
de idade no ano de 1852, devia estabelecer uma modalidade permitindo
que eventos correntes influíssem na interpretação da profecia. Este
jovem não participou a rude experiência cristã e profundo estudo da
Bíblia dos primitivos pioneiros. Embora usasse uma pena sábia, ele
confiou muito num intensivo estudo da exegese protestante anterior
como é evidente através de seu livro. Compreensão Pioneira sobre
Daniel Onze e o Armagedom, pág. 11, Raymond F. Cottrell diz de Urias
Smith: “Perto do fim de sua vida ele expressou a um amigo íntimo tristeza
por não ter encontrado tempo para um estudo contínuo e profundo da profecia por causa de seus deveres como editor da Review, e acrescentou que outros depois dele teriam o agradável privilégio de descobrir novos raios de luz que tinham escapado da sua própria procurar.”
Porque certos assuntos políticos com respeito à Turquia, Rússia,
ctc. eram assuntos vivos do dia, ele foi levado a achar nestes eventos
nacionais sinais do sejundo advento, que, pensava ele, pareciam
CUMPRIMENTOS das profecias dos últimos dias. Não pelo processo de
comparar Escritura com Escritura decidiu ele que a Turquia era o Rei do
Norte, pois por este processo ninguém poderia chegar à sua conclusão.
Mas porque a queda da Turquia parecia iminente, isto é, para ele parecia
ser o cumprimento de Daniel 11:45.
Este sistema de permitir que relatórios da jornais ou eventos atuais
determinassem a interpretação da profecia foi uma estranha separação do
método empregado pelos pioneiros e o Espírito de Profecia, pois eles
confiavam exclusivamente na Bíblia para sua exposição. Tiago White e
outros pioneiros comparando Escritura com Escritura, não adivinham
apenas que o poder a que se referia Daniel 11 era o papado, pois esta é
uma conclusão a que se pode chegar quando se ua as Escrituras para se
explicarem a si mesmas. Naquele tempo, porém, o papado parecia estar
Escatologia Bíblica 155
morto – por isso Urias Smith escreveu: “Na tentativa que alguns fazem
de introduzir aqui o papado está evidentemente tão afastado do alvo que
sua consideração não precisa deter-nos” (Daniel and Revelation, edição
1881, pág. 283).
Os anos que passaram vindicaram a posição mantida pelos
pioneiros, inclusive Tiago White, pois o papado hoje tem alcançado
grandes alturas de influência entre as nações. Alegremo-nos
imensamente pelo fato de muitos de nossos intelectuais, dirigentes
pensadores e peritos, estudantes da Bíblia hoje comparam as Escrituras
com as Escrituras como fizeram nossos pioneiros e assim nós agora
veremos que o papado e não a Turquia é o poder representado nos
últimos versos de Daniel 11.
Admitindo que eventos correntes explicassem a Bíblia, Urias Smith
escreveu a respeito da escreveu da desfalecente Turquia: “Todos os
olhos agora estão postos com interesse para a Turquia; e a unânime
opinião dos estadistas é de que a Turquia está destinada em breve a ser
expulsa da Europa... A ocupação do Egito pelos ingleses no presente ano
(1883), é outro passo em direção ao inevitável resultado, e forneceu o
movimento que o INDEPENDENTE, de Nova Iorque, se aventura a
chamar „o começo do fim‟.... Desta maneira toda a evidência vem
demonstrar que o Turco deverá em breve deixar a Europa.... pode ser
apenas uns poucos meses” (edição, 1881, págs. 289, 298). Pelo que hoje
se vê, tudo isto resultou em serem apenas palavras vãs. De fato, muitas
páginas na velha edição são umas tantas páginas preenchidas com mas
aplicações de eventos correntes que não ocorreram de acordo com a
expectativa de nosso culto irmão. Estas páginas são testemunhas mudas
da irregularidade da interpretação profética de acordo com fases
presentes e passageiras de política, uma lição que alguns de nossos atuais
expositores ainda precisam lembrar.
Tiago White ficou perplexo quando observou a tendência de
permitir acontecimentos correntes influir a interpretação pessoal da
profecia, tendentes a afastar da posição que ele estabelecera por estudo
Escatologia Bíblica 156
bíblico paciente, com muita oração. Ele escreveu um editorial no Review
de 29 de novembro de 1977, alguns anos apos Urias Smith ter mudado
de sua própria posição original, substituindo a Turquia por Roma.
Raymond F. Cotrell, afirma: “Tiago White escreveu aconselhando cuidado na interpretação de
profeciis não cumpridas e achou Urias Smith „removendo as normas‟ fielmente estabelecidas no Movimento do Advento. Este artigo não deixa dúvidas de que a posição que torna Roma o poder de Dan. 11:45 e de Apoc. 16:12, se tinha „completamente estabelecido‟ como um marco no Movimento do Advento, antes daqueles tempos, e que ele foi mantido pelos pioneiros desta mensagem, sem exceção, desde os dias de Guilherme Miller, até ao menos 1863.”
Nova referência foi feita ao editorial de Tiago White na Review and
Herald, de 29 de novembro de 1977, na Conferência da Bíblia de 1952 –
veja Our Firm Foundation, vol. 2, pág. 696. Tiago White salienta que se
estudássemos a Bíblia corretamente e vivêssemos “tão perto de Deus
como deveríamos”, nós estaríamos em condições de “compreender o que
o Senhor revelou”. Continua ele declarando “Mas em exposição de
profecias ainda não cumpridas, onde a história não está escrita, o
estudante deveria apresentar sua proposta não com demasiada certeza
para não suceder encontrar-se navegando no campo da imaginação. As
conclusões tomadas sobre a Questão Oriental, são baseadas sobre
profecias que ainda não tiveram cumprimento. Aqui nós devíamos pisar
suavemente e chegar a conclusões cuidadosamente, para não nos
encontrarmos removendo os marcos miliaários bem estabelecidos no
Movimento do Advento. Pode dizer-se que existe totalmente um acordo
geral sobre este assunto, e que todos os olhos estão postos em relação à
guerra. agora em progresso entre a Turquia e a Rússia, como o
cumprimento daquela porção da profecia da qual será dada geral
confirmação brevemente neste alto clamor e terminação de nossa
mensanem. Mas qual será o resultado desta conclusão positiva em
profecias não cumpridas se as coisas não se materializarem como muito
Escatologia Bíblica 157
confiadamente predetas é uma questão séria.... Aqueles que examinam a
Questio Orieantal, certamente se desapontarão.
O Pastor Tiago White sabia que Urias Smith estava seguindo
princípios errados, permitindo que acontecimentos correntes no mundo
políco influíssem em sua interpretação das profecias dos últimos dias e
ele sabia que os acontecimentos não ocorreriam como. Urias Smith tão
confiadamente pensava que ocorreriam. Os eventos subjacentes
aprovaram a sabedoria das palavras do Pastor White, e revelam ser um
princípio errado permitir que reportagens de jornais e de eventos
correntes influam na interpretação da profecia, como no caso de Urias
Smith, naquela hora.
Nós citamos outra vez do trabalho infomativo de Raymond F.
Cotrell “Pontos de Vista Pioneiros sobre Daniel Onze e o Armagedom",
pág. 6:
“Alguns fatos citados neste artigo são vitais a uma compreensão do
assunto então estudado. Tiago White firmemente acreditava que Roma
fosse a potência de Daniel 11:45 e estabeleceu isto como um dos marcos
miliários firmemente estabelecidos no Movimento do Advento. Urias
Smith e uma maioria dos líderes, que estavam em 'concordância geral
com ele, foram encontradas removendo os marcos miliários.' Positivos e
confiados em sua crença de que a guerra agora em progresso entre a
Turquia e a Rússia era 'o cumprimento daquela porção da profecia, eles
ofereceram este conflito como evidência primária em aproio do novo
ponto de vista, esperando que dentro de muito pouco tempo ele 'daria
grande confirmação de fé no rápido alto clamor e a terminação de nossa
mensagem'. A rapidez com que este evento seria cumprido e expresso
por Urias Smith da seguinte maneira: Todos os olhos agora estão
dirigidos com interesse à Turquia; e a unânime opinião dos estadistas é
que a Turquia está destinada em breve ser removida da Europa... o que
pode ser em poucos meses'.
“Na mente de Tiago White a questão vital era a validade do novo
método pelo qual a história corrente era usada para interpretar profecia
Escatologia Bíblica 158
em substanciar posições já determinadas na base da evidência da
Escritura. Ele defendia a Bíblia como seu próprio expositor, insistindo
no uso de passagens da Escritura claramente compeendidas e explica
porções paralelas que não estivessem tão claras. ... Não acreditando que
a guerra de então fosse o cumprimento de Daniel 11:45 – 'ele chegará a
seu fim' – era portanto para ele uma 'questão importante' qual seria o
efeito desta certeza em profecias não cumpridas se as coisas não
ocorressem como tão certamente esperava! Ele temia que em vez de uma
'grande confirmação' da mensagem o resultado não seria nada mais que
outro desapontamento. Tendo já passado por uma tal experiência ele não
antecipava outra com prazer. Como a história nos relata; foi Tiago White
e não Urias Smith que demonstrou estar certo: a Turquia não chegou ao
seu fim, nem foi ela jamais até agora expulsa da Europa.
O fenômeno admirável é que desde as não cumpridas profecias de
Urias Smith o mesmo tipo de fracassos de predizer o cumprimento de
futuros acontecimentos nacionais, tem sido experimentado por aqueles
de nossos expositores que baseavam seus prognósticos semelhantemente
na crença de Dan. 11:45, Apoc. 16:12-16, escolhem uma guerra militar
entre as nações. Toda a crise internacional que surge foi declarada ser
um positivo cumpridor do cataclista Armagedônico em breve porvir.
Que alguém ainda hoje tivesse confiança nesta interpretação depois
do relato repleto e minucioso das falsas profecias lançadas pelo caminho
de nossa história Adventista por mais de trêes quartos de século indica
quão tenazmente a mente humana se apega à crença que é baseada
parcialmente sobre uma passagem da Bíblia mais o apego humano dele a
eventos políticos atuais. Enquanto o texto está na Bíblia e o evento está
ocorrendo no mundo, somente a imaginação do homem os liga entre si.
A mente não influída do homem é enganada a pensar que está lidando
com fatos, mas o fato que deve ser estabelecido é se um número de
passagens na Bíblia, colabora na interpretação feita a uma passagem que
se supõe estar-se cumpindo no mundo.
Escatologia Bíblica 159
Origem do Armagedom Político-Militar
Em sua sábia apresentação da origem e desenvolvimento entre nós
da "Idéia do Armagedom político-militar", o Pastor Raymond F. Cottrell
diz: “Embora o conceito de Urias Smith da parte da Turquia tenha se
mantido substancialmente sem mudança através dos anos, dois novos conceitos com respeito ao Armagedom foram introduzidos após sua morte, como seja a idéia do Armagedom sendo essencialmente um conflito político-militar, e aquele pelo qual as nações do Extremo Oriente se tornaram os "reis do oriente" da profecia. Nenhum destes pontos de vista parece sequer ter ocorrido a Urias Smith, por razões que se tornarão óbvias.
“A tensão mundial aumentada e a corrida dos armamentos que precedeu a Primeira Guerra Mundial levou muitos adventistas a pensar como sendo ela o Armagedom bíblico. Já em 1903 um escritor falou no Review dos esspíritos maus que estão instigando as nações para a guerra e juntando o mundo todo para o Armagedom. Agora é evidente, certamente, que os membros de uma união religiosa tríplice, nada tiveram sequer de participar com nacões líderes, na Primeira Guerra Mundial, é que o conflito de modo algum foi o Armagedom da profecia; mas um pouco mais tarde o mesmo escritor comentou que muitos dos que conhecem, o pulso dos acontecimentos internacionais, vêem bem na frente de nós um conflito mundial, que eles descrevem como o Armagedom das nações... os homens de negócios vêem o ajuntamento das nações para um conflito iminente. A palavra certa da profecia diz que é a reunião para a batalha do último grande dia. Aquilo que os profetas de Deus a séculos estão descrevendo, os modernos jornalistas e estadistas testificam. Com pressa ráãpida o mundo está se lançando no grande Armagedom.”
Depois de citar declarações que apareceram no Review declarando
que as hostilidades que se aproximam da I Guerra Mundial feriam o
cumprimento das profecias com respeito ao Armagedom, o irmao
Cottrell faz a seguinte observação:
“Note bem que a corrida armamental precedente à I Guerra
Mundial, foi considerada pelo jornalismo popular como sendo uma
Escatologia Bíblica 160
preparação para o „Armagedom‟ – I Guerra Mundial. Sem oferecer
evidência escriturística que estes preparos de qualquer maneira
diretamente relacionados ao Armagedom bíblico, esta maneira de pensar
da parte de escritores seculares foi adotada e aplicada por nossos
escritores e povo, ao Armagedom da profecia... Desta maneira, antes de
seu início, a I Guerra Mundial foi definida como e inequivocamente
identificada com o Armagedom da profecia. Um cuidadoso estudo de
todos os artigos sobre este assunto durante a década anterior à I Guerra
Mundial, revela o fato que nenhum esforço foi feito para provar esta
suposta relação da própria Bíblia. A idéia de que o conflito que
ameaçava pudesse ser de alguma maneira relacionado ao Armagedom da
Bíbblia foi ou assumido ou emprestado exclusivamente de fontes
seculaes... Este procedimento da parte de escritores indubitavelmente
bem intencionados, constitui um afastamento distinto do princípio
estabelecido de que a Bíblia deve ser seu próprio intérprete. Eventos
correntes não predizem e não podem de si mesmos interpretar a profecia;
eles podem ser usados legitimamente somente para confirmar uma
interpretação já devidamente estabelecida sobre a autoridade da própria
Innspiração.
O Armagedom em Relação à Turquia
Na literatura da igreja, como em nossos jornais, o Armagedom foi
compreendido a seguir imediatamente após a espera da remoção da
capital da Turquia de Constantinopla a Jerusalém. “As Escrituras indicam que eventualmente a sede do governo será
removida à gloriosa santa montanha entre os mares, referindo-se evidentemente a Jerusalém... Sugeriu-se que se a Turquia entrasse na Primeira Guerra Mundial, então esta (I Guerra Mundial) seria o primeiro estágio da batalha do Armagedom. Com a entrada da Turquia no conflito, a Inglaterra sem dúvida retirou sua secular oposição a uma invasão russa da Turquia e a tomada de Constantinopla; com esta falta de apoio foi considerado ter a Turquia chegado a seu fim, com ninguém para ajudar: O
Escatologia Bíblica 161
Império otomano na Europa em breve será.apenas uma lembrança... Por quase quarenta anos o escritor tem olhado com intenso interesse os movimentos no Próximo Oriente com referência ao cumprimento das predições relacionadas com a Questão Oriental, e rejubila-se pela clara evidência que o último passo, o último ato do drama, está às mãos... Mas, como com Urias Smith um meio século antes, esta idéia foi reflexo de pensamento secular. Um artigo no Review citado integralmente do New York Times intitulado „O Homem Doente do Oriente está morrendo enfim‟, afirmava com respeito à I Guerra Mundial, que 'aparentemente o fim do Império Turco está às mãos!...
“O interesse na Turrquia, reavivou-se com a I Guerra Mundial, novamente levou influentes evangelistas a dar 'positiva' e 'séria' expressão à opinião de que o homem enfermo do Oriente, estava para ser afastado da Europa... Os eventos, certamente, vindicaram a sabedoria do conselho dado pelos líderes de Washington, pois a Turquia não foi retirada da Europa, sua capital não foi transferida a Jerusalém (e agora parece que não o pode ser), e a I Guerra Mundial não se tornou Armagedom como tantos tinham confiadamente esperado.”
Pela adoção do princípio falso de permitir opiniões pupulares e
eventos correntes parecerem interpretar as Escrituras, antes de aderir à
prática dos pioneiros de compaear Escritura com Escritura e assim
aceitando a verdade mesmo que seja contrário à opinião popular, Urias
Smith levou a muitos de seus sucessores a segui-lo, e, com ele,
padronizar muitas falsas predições que se supunha serem as declarações
das profecias. Desde seus dias a vereda do Advento foi literalmente
promiscuída por predições abandonadas, desaprovadas e falsas. Cansaria
o leitor se continuássemos em grande escala apresentar qualquer coisa
como uma idéia adequada das falsas profecias que surgiram da
interpretação política e militar, de tais profecias como Dan. 11:45; Apoc.
16:12-16. Porém, nós continuamos citando o resumo do Pastor R.F.
Cottrell, da origem, e desenvolvimento do Armagedom militar entre nós.
À pag. 16, ele diz:
Escatologia Bíblica 162
O Armagedom se Torna um Conflito Entre o Oriente e o Ocidente
“Antes da morte de Urias Smith em 1903, a idéia de um conflito
entre o Oriente e o Ocidente estar de alguma maneira relacionado com o
Armagedom, jamais aparecera na literatura da igreja; mas no Review de
22 de outubro daquele ano, um artigo sobre „O Ajuntamento do
Armagedom‟, falava de uma colisão entre a Rússia e a Inglaterra pelo
domínio da Ásia' .... Não foi senão em1913, porém, que o conceito do
Armazedom ser um conflito entre o Oriente e o Ocidente foi encontrado
clara e enfaticamenta afirmado no Review... Durante e pouco depois da
Primeira Guerra Mundial, uma série de livros por Lothrop Stoddard
tratando do „perigo amarelo‟ e „a crescente maré da cor‟ tornou-se leitura
popular, aparentemente substanciada pelo rápido e crescente poder do
Japão e o despertamento de outros povos orientais. Ênfase
denominacional sobre um Armagedom Oriente-Ocidente entre as duas
Guerras Mundiais, foi decisivamente influenciado por estes e parecidos
livros, a ponto que o título deles foi usado por ao menos um escritor na
discussão do tópico. (C.B. Haynes, No Raiar do Armagedom, edicão de
1946, pag. 55, usa as expressões „perigo amarelo‟ e „a crescente maré da
coor‟, claramente indicando a influência destes livros). Presumindo-se de
ser o cumprimendo do Apoc. 16:12-14, o desenvolar no Extremo-Oriente
era dado grande publicidade na literatura da igreja e também dos púlpitos
– alguns até declaravam que o Japão é mencionado na Bíblia
nominalmente. Com a II Guerra Mundial, esta fase de interpretação se
eclipsou, de fato, e um artigo no Ministry ENFATICAMENTE negou
que o Japão tenha qualquer ligação com os „reis do oriente‟ (veja
Andrew N. Nelson, „o Japão e os reis do oriente‟, The Ministry, vol. 19,
nº 7, de junho de 1946, pág, 10). Durante a Guerra foram feitas
declarações publicas por alguns indivíduos no sentido de que ela não
cessaria antes do holocausto do próprio Armagedom, rompeasse sobre a
terra. Vale a pena lembrar que declarações semelhantes tinham sido
feitas a respeito das guerras de Napoleão, a respeito dos conflitos
Escatologia Bíblica 163
balcânicos de 1820, a respeito da Guerra Civil, a rcspeito da II Guerra
Mundial, e agora já estão sendo feitas em antecipação à III Guerra
Mundial. Talvez, a cautela estaria outra vez em ordem.
“Ninguem negaria a realidade de sérios problemas no Extremo
Oriente, e possivelmente até guerra total entre o Oriente e o Ocidente. A
questão é, com que autoridade escriturística e por que princípios válidos
de interpretação, pode esta tendência da história contemporânea ser
ligada ao Armagcdom da Bíblia? Este conceito, emprestado
exclusivamente de fontes seculares, alcançou seu clímax nas publicações
da igreja entre 1931 e 1937, iluminada pela invasão japonesa da
Manchúria no ano anterior e o começo da Guerra Sino-Japonesa no
posterior. Este ponto de vista agora poucas vezes aparece impresso,
certamente e por óbvias razões, mas ainda continua a figurar como coisa
importante no pensar a falar de muitos indivíduos que erroneamente
consideram ser a posição de Urias Smith e dos primitivos pioneiros.”
“O autor tem a certeza que o leitor concordará com ele, de que a
verdade devia ser citada em ordem de esclarecer mal entendidos entre o
povo de Deus, pois alguns pensavam que a lealdade para com a
mensagem do Advento e a fé dos pioneiros requer deles que creiam que
as profecias do Armagedom salientam uma guerra entre o Oriente e o
Ocidente. Como foi mencionado nas citações anteriores, Urias Smith não
ensinou esta doutrina; tais conceitos são de data relativamente recente
entre nós, sendo adições do século vinte. E tais conceitos são perversões
estranhas da crença dos pioneiros de que o Armagedom deve ser uma
guerra „entre a terra e o céu‟. Não é tempo de esclarecer a posição quanto
a quem foi leal e quem foi desleal aos ensinos dos pioneiros e do Espírito
de Profecia? Aqueles que ficaram fiéis aos ensinos comprovados pelo
tempo do Movimento do Advento foram classificados como herejes,
com os que ensinam erros, que se desviaram dos „antigos‟ marcos
miliários, etc. , enquanto que outros que ensinam as edições do vigésimo
século, que são perversões dos ensinos originais da denominação,
proclamam a sua ortodoxia! Que estranho espetáculo, de fato!
Escatologia Bíblica 164
Depois do início da II Guerra Mundial, nossos irmãos na
Austrália na campanha mundial a favor da circulação das quatro revistas
missionárias, preparavam duas das quatro revistas para mostrar que os
japoneses eram os reis do Oriente. Uns declaravam: “O Japão é sem
dúvida identificado com a profecia do Apoc. 16, dirigido pelos espíritos
do diabo, e operando maravilhas.” A outra confiadamente declarou que o
Japão era „os reis do oriente‟ e o poder que certamente marcharia ao rio
Eufrates. Ela escrevia: “somente o Japão no próximo futuro estaria numa
posição de ser um sério contendor de qualquer preço a ser arrancado de
um poder ocidental. E por mais estranho que pareça, a linguagem do
profeta de Deus parece indicar que é a ela que ele se refere... Em
recentes meses os acontecimentos no Extremo Oriente moveram-se
rapidamente numa direção que indicaria que finalmente os reis do
Oriente estão movendo-se em direção do encontro da profecia – o rio
Eufrates... Leitor, nossa revisão dos acontecimentos internacionais
revelam que o palco está rapidamente sendo arranjado para as últimas
profecias da Palavra de Deus se cumprirem... Todo o oriente está em
chamas. Os reis do nascimento do sol (Japão), com confiança ilimitada
em seu destino divino, estão desafiando toda a interferência ocidental nas
Questões Asiáticas... diante de nossos olhos o último ato do drama está
se desenrolando rapidamente."
Guiados unicamente por impulso humano e qualquer evento
nacional estava ocorrendo naquele tempo, este escritor se referia a "esta
profecia que se curmpre", " rapidamente se desdobram", testemunho que
ilustra quanta imaginacão entrava na interpretação militarista de
Apoc.16:12-16 pois os Reis do Oriente não estão escalados na profecia
de fazerem seu trabalho indicado até depois da 6ª praga ter sido
derramada!
Que os ensinos programados nas revistas apenas referidas, não
estavam em harmonia com a Bíblia, que eles são o resultado de seguir
princípios errados de interpretação, meramente adivinhações superficiais
à influência da Palavra Profética, está demonstrado pelo fato de que o
Escatologia Bíblica 165
Japão foi derrotado pelas forças ocidentais, alguns dos mesmos
expositores que estavam tão confiados durante o período de poder militar
japonês que o Japão (na revista missionária da igreja citada acima, foi
disseminada aos milhares pela Austrália, as palavras usadas eram,
“somente o Japão”), era „os reis do oriente‟, foram deixadas de usar tais
declaracões, quando o Japão foi derrotado e, sem admitir seus erros
prévios, procedessem com igual eqüanimidade e certeza para daclaração
que a Rússia ou a China ou ambas são os reis do oriente referidos na
profecia. Isto demonstra que eles não estudaram a Bíblia para verificar o
que ela diz, com respeito aos reis do oriente, mas elas apenas se apegam
a qualquer poder no Oriente que é militarmente forte e agressivo, e
somente da história corrente eles pensam que a dascobriram que são os
reis do oriente. Mas, à medida que este ensino imaginário seja – pura
adivinhação – a parte mais triste é que tais expositores superficiais
devem se tornar hostis paraa com aqueles que procuram na Bíblia para
achar nela os ensinos do Senhor sobre os reis do oriente, – denominando-
os de herejes ou apóstatas dos ensinos do Movimento do Advento que,
de fato, é precisamcnte o contrário.
Há alguns anos, para citar uma outra ilustração de como falsas
profecias surgem de interpretaçõcs errôneas das profecias do
Armagedom, problemas surgiram entre a Prússia e a Bretanha sobre as
fontes de óleo. Então, parecia até que haveria problemas. Num artigo
especial no Sinais dos Tempos, de 9 da julho de 1951, o Editor declarou
que “Daniel o profeta... detalhou os desenvolvimentos políticos de
projeção com respeito ao Oriente Médio.” Ele também afirmou que a
Rússia estava cumprindo as profecias de Dan. 11:44, ao instigar seus
agentes na Pérsia. Ele escreveu:”Isto é precisamente o que a Rússia está
fazendo. É justamente o que a profecia diz que ela faria. „Agora os
senhores têm a última oportunidade para afastar os bretões da Pérsia‟,
exclama uma voz de rádio da fronteira soviética... Todo despacho da
Imprensa Associada Australiana em Teerã devia exclamar alto o fato de
que já não há mais muito tempo. A diferença admirável de professos
Escatologia Bíblica 166
cristãos e pessoas do mundo também podem apenas ser compreendidas
por ou um desrespeito, ou uma completa ignorância das profecias
importantes a problemas reinantes no presente mundo.” O resultado a
este episódio foi que a Pérsia e a Bretanha resolveram suas dificuldades
sobre as fontes de óleo, e cabogramas presentes declaram que os Pérsas
vermelhos foram derrotados. Se o editor se tivesse apegado aos ensinos
originais dos pioneiros do Movimento do Advento, ele não teria sido
levado ao engano de saltar para uma conclusão errada.
O problema de pregadores apresentando suas próprias
interpretações particulares, foi mencionado na. Conferência Bíblica
(1952), pelo Pastor A.V. Olson. Ele disse: "Creio ser muito apropriado lançar uma palavra de advertência contra o
perigo de ceder à tentação de demorar-se em fictícias interpretações particulares ou predições pessoais. Conscientemente ou inconscientcmente, muitos de nós podem ter errado neste ponto. Há anos atrás, eu ouvi por acaso um dos nossos ministros, que freqüentemente escrevia artigos sobre a questão Turca, dizer a um grupo de obreiros: „Eu jamais escreveria outro artigo sobre este assunto para a imprensa pública, porque cada vez que eu digo o que o Turco irá fazer, ele me torna um tolo por fazer alguma coisa inteiramente diferente.‟ Por suas errôneas interpretações e predições não comprovadas, este obreiro criara embaraço tanto para si mesmo como para a igreja.
“Este homem não foi ò único a cometer tais enganos. Bem me lembro de como durante a primeira guerra mundial nós fomos certificados, à base de uma interpretação gozada de um texto obscuro, de que no fim da guerr, quando a Conferência de paz se reunisse, o papa de Roma se encontraria assentado à cabeceira da mesa do concílio como presidente. Porém, o que aconteceu, quando a mesa de paz se reuniu não havia papa na cadeira. Ele nem estava presente. Desde o rompimento da última guerra mundial eu ouvi uma porção de sermões sobre a Rússia na Profecia. Todos eles foram desapontadores. Eles beberam demais sabor das especulações e interpretações de textos obscuros.” (Our Firm Foundation, vol. 2, pág. 547).
Escatologia Bíblica 167
Ao condenar o ensino de que o Armagedom se refere a uma
guerra militar na Palestina, o Pastor Paul K. Friewirt, em seu "Vales da
Bíblia", págs. 86 e 87, e publicado pela Voice of Prophecy (EUA), diz: “No sentido bíblico, porém, esta palavra (Armagedom), não se refere a
qualquer evento tal (isto.é, ao conflito universal esperado entre os homens). Em vez disso tem que ver com a tentativa infantil do homem de declarar guerra contra seu Criador... O fato de que o termo „Armagedom‟ é simbólico da última luta contra a humanidade e Deus foi acreditado pelo povo de Deus antigamente... É tanto mais lamentável, portanto, que pensamtantos superficiais e descuidados tenham dado um quadro tão distorcido do significado do Armagedom.”
E assim, nos poderíamos prosseguir para demonstar como por
abandono do sistema de interpretação de compaarar Escritura com
Escritura para achar o significado das designações proféticas, nós somos
levados por eventos corrrentes e populares a fazer profecias falsas e
fazendo especulações humanas, e enganando-nos a nós mesmos e a
outros de que estas concepções são de fato os ensinos atuais da Bíblia.
A Palavra do Deus Vivo diz: "Sabe que quando esse profeta falar
em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como
profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse: em soberba a falou o
tal profeta: não tenhas temor dele." (Deut. 18:22).
Ao terminar este capítulo, nós citamos outra vez do esboço
informativo escrito por Raymond F. Cottrell. À página 20 ele diz:
A Tendência de Volta aos Pontos de Vista dos Pioneiros
“A ascendência do partido militar no Japão durante 1930:
particularmente a invasão da Mandchúria em 1931, o começo da Guerra
Sino-Japonesa em 1937, e a política pan-asiática que estes movimentos
militares representavam, refletiu-se na literatura da igreja,
particularmente na revista Signs, em que o Armagedom foi comumente
ligado com eventos correntes no Oriente. Por um tempo este aspecto de
Escatologia Bíblica 168
intepretação praticamente eclipsou todos os outros, tanto na literatura da
igreja e do púlpito. Alguns ministros de reputação e experiência
inequivocamente afirmavam que a II Guerra Mundial, era o Armagedom
porque o Japão estaca comissionado contra o Ocidente, ou que se
tornaria no Armagedom sem uma cessação de hostilidades.
“Esta ênfase exagerada sobre um Armagedom Oriental despertou
o interesse de muitos ministros, especialmente professores de Bíblia de
Colégios, com o resultado da que começando a vinte anos atrás eles
começaram a examinar as Escrituras para descobrir se as coisas que eles
liam e ouviam eram assim. Seguindo sãos princípios de interpretação
profética, especialmente tornando a Bíblia sua própria expositora e com
referência a nenhuma outra parte senão o Espírito de Profecia, eles foram
incapazes de encontrar evidência a favor das posições popularmente
tomadas. Os que se ocuparam neste estudo no princípio não se
aperceberam do ponto de vista dos pioneiros nem do fato de que
numerosos outros simultaneamente estudaram o mesmo problema.
Eventualmente o problema todo se esclareceu para eles, tanto
historicamente como exegeticamente, até que no Concílio de Professores
de Bíblia que seguiu à sessão da Conferência Geral em 1950 um
questionário incluindo vários tópicos sobre os quais houvera diferenças
de opinião, revelaram o fato que os professores de Bíblia em todos os
Colégios da América do Norte, estão agora em completo acordo uns com
os outros sobre o rei do norte e do Armagedom, e com os pioneiros da
Mensagem do Advento também. (L.H. Hartin, editor, Relatório dos
Professores de Colégio no Congresso Bíblico, 1950, pág. 53).
“Deveria ser destacado que aqueles que agora mantêm o ponto de
vista dos pionneiros foram uma vez firmes proponentes do ponto de vista
tradicional de Urias Smith (com mais adições do vigésimo século), mas
que o estudo direto e possoal da Bíblia e do Espírito de Profecia
sozinhos, os convenceram da necessidade de fazer uma mudança em sua
maneira de pensar. Com o desejo de alcançar a verdade de preferência a
manter opiniões preconcebidas, eles redescobriram o ponto de vista dos
Escatologia Bíblica 169
pioneiros, experimentaram-nos sob a autoridade da Inspiração, e os
acharam plenamente vindicados. Merece ser notado que enquanto de um
lado todos os que agora mantêm o ponto de vista pioneiro foram antes
„tradicionalistas‟, nenhum ser vivo tem, depois de compreender e expor
o ponto de vista dos pioneiros, voltado ao ponto de vista tradicional. Isto
é significativo. Parece que aqueles que ainda mantêm o ponto de vista
tradicionalista aasim agem, em grande parte na crença que lealdade para
com a Mensagem do Advento e a fé dos pioneiros o requer deles, e na
falta de estudo pessoal sob a base de princípios sãos de exegese.”
Haverá Guerra entre o Oriente e o Ocidente?
Nós podemos estar certos, que haverá guerras entre os homens
até Jesus, o Príncipe da paz, tiver domínio universal. Quando pediram a
nosso Senhor sinais de Sua vinda e do fim do mundo, Ele respondeu: “E,
certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos
assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.
Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino.” (Mat.
24:6 e 7). Existiriam guerras pelos anos a fora. Antes de vir o fim, as
guerras aumentariam em gigantes conflitos, envolvendo não somente
nações mas reinos inteiros. "Tudo isto é o princípio da dores," disse o
Salvador (v. 8). Em Mensagem do Evangelho de São Marcos 13:7 e 8,
nós lemos: "A palavra no original retrata as dores de uma mulher de
parto" "O começo das tristezas, ou dores de parto" aumentarão em
intensidade até o reino do Messias nascer. Em harmonia com a predição,
as guerras têm atingido um círculo cada vez maior, e o futuro poderá
conter um conflito mais terrível do que já se manifestou.
A serva do Senhor escreveu: “O mundo está agitado pelo espírito de guerra. Em breve as cenas de
problemas ou dificuldades mencionadas nas profecias ocorrerão.” (9T. 14). “O espírito de guerra está agitando as nações de uma parte da terra
até a outra.” (9T,17).
Escatologia Bíblica 170
“Agrada muito a sua satânica majestade ver carnificina e matança sobre a terra. Ele posta em ver os pobres soldados serem cortados como capim.” (1T, 366).
“Satanás se deleita na guerra... É seu objetivo de incitar as nações a guerrearem uma contra a outra, porque ele assim pode distrair as mentes do tempo de preparacão, de permanecer no dia de Deus.” (GC, 589).
Estas citacões demonstram que haverá guerra até ao fim, e elas
serão incitadas por §atanás até ele ser destruído. Se os discípulos podiam
discutir ao lado do Principe e Autor da paz com respeito a quem seria o
maior no reino da igreia, não haverá posssibilidade de o mundo estar em
paz por muito tempo, na , presenca do Autor da guerra e derramamento
de sangue.
Não existe profecia bíblica que declare de que haverá guerra
entre o Oriente e o Ocidente, nem há qualquer reconhecimento nas
Escrituras de tais desiqnajões como o Orientc e o Ocidente no mundo
político; tais termos são puramente da um caráter mundano.
Expositores de profecia não são profetas, embora, como temos
mostrado, por muitas décadas houve expositores da profecias dos
últimos dias que assumiram o papel profético através de suas falsas
interpretações destas profecias. Em várias ocasiões nossos pregadores e
expositores das profecias dos últimos dias fizeram predições que os
eventos subseqüentes demonstraram seream falsas, mostrando desta
maneira que foram guiados por princípios errados de interpretação.
O que é que tornou estas profecias tão desvalidas? A falsa crença
que tais passagens como Apoc. 16:12-16, Dan. 44:45, Joel 3, etc.,
salientam uma reunião de nações na Palestina para uma guerra política.
Não é isto que pretendem estas profecias. É esta uma falsa concepção
militar destas profecias que tem sido responsável por muita especulação
política quanto à suposta ligação das nações pela batalha vindoura do
Armagedom. Existe uma certa fascinação que agrada aos sentidos
"naturais", em mover nacões sobre a mesa de xadrez das deduções
humanas, ao procurar descobrir os detalhes da final batalha das naçõcs
Escatologia Bíblica 171
do Armagedom! Este ensino sem base escriturística levou homens a
profetizar como as coisas se desenrolariam a fim de cumprir suas
interpretações falsas destas profecias. À medida que passam os anos
estas predições, uma a uma, têm sido, e serão provadas falsa. Sem
dúvida alguma, a maioria dos leitores destas linhas se lembrarão mais do
que uma destas desafortunadas tentativas de ler nas profecias o que Deus
ali não colocou.
Um exame desapaixonado da causa destas falsas predições, que
trarão especulações políticas, revelarão que elas são o fruto das teorias
concernentes ao suposto alinhamento das nações pela batalha errada do
"Armagedom". A Palavra de Deus, devidamente entendida, não registra
uma reuunião de nações no Megido, em Jerusalém, ou em qualquer outro
lugar específico e literal para a guerra, ou para qualquer outro propósito
em conexão com o "Armagedom" – até o fim do milênio, quando os não
salvos literamente se reúnam ao redor da literal Nova Jerusalém como é
salientado em Apoc. 20.
Como no passado, a Palestina pode outra vez ser uma parte de
um campo de batalha para nações em contenda. Porém, quaisquer
guerras que possam ser feridas na Paltestina, elas não serão o
"Armagedom" de Apoc. 16:12-16. Todas as teorias que se baseiam sobre
uma reunião literal de nações na Palestina, para um conflito em suposto
cumprimento de Apoc. 16:12-16, seriam demonstradas falsas, pela
marcha dos acontecimentos, pois tais crenças são baseadas sobre uma
total má compreensão da Palavra de Deus e são concepções errôneas das
profecias nelas envolvidas.
As profecias salientam as lutas da igreja, e as profecias que são
mal interpretadas em relação a um suposto ajuntamento de nações na
Palestina são retratos gráficos do conflito entre as forças do bem e do
mal. Nas Escrituras, a igreja de Jesus Cristo é sempre salientada como
habitando na Palestina, sobre “os montes de Israel", e todas estas
profecias que salientam uma reunião das nações àquela terra devem ser
entendidas somente como uma descrição das forças satânicas, dirigidas
Escatologia Bíblica 172
por espíritos maus contra o povo de Deus. Quando estas profecias são
assim entendidas, vem à alma, fluindo uma onda de compreensão, de
alegria, de satisfação, ao conhecer que Deus ama Sua Igreja que aparece
tão grande em Sua Santa Santa Palavra. A igreja é o obietivo de Seu
cuidado supremo. Aqueles que O amam e servem são o objeto central de
todas as profecias que foram mal interpretadas militarmente.
O Espírito de Profecia declarou que as profecias seriam “melhor
entendidas” e que uma coisa sobressairia conspicuamente daquela
“melhor” compreensão – “que a conexão entre Deus e Seu povo é íntima
e decidia.” (T.M., 114). Esta é a grande verdade que é imediatamente
reconhecida desde que são abandonadas as falsas interpretações de que
as profecias dos últimos dias de um poderoso conflito perntencem a
assuntos militares.Quando estas profecias são vistas à luz do grande
conflito entre as forças do bem e do mal, em que a igreja é a figura
central, vê-se a grande importância daquelas profecias para o povo de
Deus, e desta maneira se revela o amor de Deus por Seu povo. Em seu
amor para com Sua igreja, o Senhor Jesus claramenta delineia suas lutas
com os poderes da terra e nestas profecias Ele mostra como as nações
todas se unirão para atacar Sua igreja e como, através da Sua
intervenção; seus inimigos serão destruídos e Seu povo será vitorioso.
Este é o glorioso ensino daquelas profecias que têm sido mal
interpretadas em relacão a assuntos militares; e para esconder da igreja
as maravilhosas mensagens dados pelo nosso Senhor para o conforto e
direção de Sua igreja é que Satanás levou a ser espalhada a interpretação
militar destas profecias, salientando as lutas e a vitória da igreja de Jesus.
Ninguém sabe o que as nações, militarmente, farão no futuro.
Condições políticas têm mudado, e o quem parecia certo de terminar na
batalha do "Armagedom", não aconteceu como erroneamente fora
profetizado. As condições políticas presentes também podem mudar, e
especialmente à luz da tantas falhas do passado de expositores
predizendo falsamente, alguém seria louco hoje de arriscar uma
advinhação quanto ao que pode ou não suceder entre as nações do
Escatologia Bíblica 173
mundo. Que guerras vão em geral existir até ao fim do tempo nós
podemos estar certos, mas de todas as coisas específicas com respeito às
várias nações somente Deus realmente sabe. O que as nações farão em
coneixão com o conflito entre a verdade e o erro nós somos plena e
inteiramente informados pela revelação divina.
Satanás Instigará Guerras e Lutas para Eventualmente Unir o
Mundo Contra a Igreja
Com respeito aos súditos de Satanás e serva do Senhor escreveu: “Os súditos sujeitos a Satanás estão unidos, ativos e fiéis a um
objetivo. E embora eles odeiem e guerreiem uns com os outros, não obstante eles aproveitam cada oportunidade para avançar seu interesse comum. Mas o Granda Comandante nos Céus e na Terra tem limitado o podar de Satanás. ( 1 T., 346).
“O mundo está cheio de tempestade, guerra e diferença. Mas sob uma cabeça – o poder papal – o povo se unirá para se opor a Deus na pessoa de Suas testemunhas.” (7 T., 182).
Deste e de outros extratos nós aprendemos que é o propósito de
Satanás unir suas forças contra a igreja (veja também 5 T., 449; 6 T., 18).
Ele iniciará guerras entre os seus próprios súditos e então culpará a igreja
pelas lutas que afligem as nações do mundo. Como nos é dito no Espírito
da Profecia: “E então o grande enganador persuadirá os homens de que os que
servem a Deus estão motivando esses males. A classe que provocou o descontentamento do Céu atribuirá todas as suas inquietações àqueles cuja obediência aos mandamentos de Deus é perpétua reprovação aos transgressores. Declarar-se-á que os homens estão ofendendo a Deus pela violação do descanso dominical; que este pecado acarretou calamidades que não cessarão antes que a observância do domingo seja estritamente imposta; e que os que apresentam os requisitos do quarto mandamento, destruindo assim a reverência pelo domingo, são perturbadores do povo, impedindo a sua restauração ao favor divino e à prosperidade temporal....
Escatologia Bíblica 174
“Os que honram o sábado bíblico serão denunciados como inimigos da lei e da ordem, como que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção, e atraindo os juízos de Deus sobre a Terra.” (G.C., 590, 592).
Descrevendo as cenas a serem executadas depois da prova terminar
a serva do Senhor diz: “Satanás mergulhará então os habitantes da Terra em uma grande
angústia final. Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio a Jerusalém na antiguidade. ...
“Os que honram a lei de Deus têm sido acusados de acarretar juízos sobre o mundo, e serão considerados como a causa das terríveis convulsões da natureza, da contenda e carnificina entre os homens, coisas que estão enchendo a Terra de pavor.” (G.C., 614).
“Eu vi a espada, a fome, pestilência e grande confusão na Terra. Os
ímpios achavam que tínhamos acarretado juízos sobre eles, e se levantaram e tomaram conselho para desembaraçar a Terra de nós, supondo que assim o mal seria contido.” (PE., 34)
“Quando Deus ordenar aos anjos soltar os ventos, haverá tal cena de
lutas que pena alguma pode descrever.” (6 T., 408).
“Lutas, guerras, derramento de sangue, com fome e pestilência,
imperavam em toda a parte.” (1 T., 268, 355 e 356).
“Em breve terríveis lutas se levantarão entre as nações – lutas que não
cessarão até Jesus voltar... os juízos de Deus estão na terra. As guerras e rumores de guerras, a destruição por fopo, e enchentes, dizem claramente que o tempo de luta, que aumentará até o fim, está muito perto.” (R. & H., 24 de novembro de 1904).
Escatologia Bíblica 175
Satanás instiga as nações para a guerra como um instrumento de
seu programa; faz parte de seus esquemas para distrair a atenção do
povo, a ocupar seu tempo para não se prepararem para o fim da prova. “Satanás deleita-se na guerra... É seu objetivo incitar as nações à
guerra umas contra as outras; pois pode assim desviar o espírito do povo da obra de preparo para estar em pé no dia de Deus.” (G.C., 589).
Satanás também usa guerras como um meio de despertar o
mundo a odiar a igreja remanescente. A serva do Senhor diz: “O mundo todo há de ser instigado à inimizade contra os adventistas do
sétimo dia... É desígnio de Satanás fazer com que eles sejam exterminados da Terra, a fim de que não seja contestada sua supremacia no mundo.” (T.M., 37).
A mão restritiva de Deus impede o grande adversário de
precipitar bem maiores problemas e guerras até que o povo de Deus
esteja pronto para o que se realizar. Mas tão rápido quanto a providência
de Deus permite a Satanás trazer maiores males sobre o mundo, o iníquo
levantará fricção e dificuldades entre as nações. Nós somos instruídos a
“compreender o progresso dos eventos no ordenar as nações para o
conflito final da grande controvérsia.” (8 T, 307).
O inimigo não somente desperta guerras a ocorrerem justamente
em todas as nações inesperadamente, mas ele planeja despertá-las em
lugares melhor calculados a trazer grande miséria ao mundo a fim de que
o mundo, sendo levado a dificuldades e perigos ainda não conhecidos,
possa mais rapidamente ser levado a odiar o povo de Deus e planejar sua
destruição. Que eventualmente a mão restritiva de Deus será levantada a
fim de permitir a Satanás trazer as cenas finais é claramrante citado: “E então o grande enganador persuadirá os homens de que os que
servem a Deus estão motivando esses males. ... “Enquanto Satanás procura destruir os que honram a lei de Deus, fará
com que sejam acusados como violadores da lei, como homens que estão desonrando a Deus e acarretando juízos sobre o mundo. ...
Escatologia Bíblica 176
“Os que honram o sábado bíblico serão denunciados como inimigos da lei e da ordem, como que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção, e atraindo os juízos de Deus sobre a Terra. ...
“.. serão considerados como a causa das terríveis convulsões da natureza, da contenda e carnificina entre os homens, coisas que estão enchendo a Terra de pavor.” (G.C., 590, 591, 592, 614).
Desta maneira Satanás une os poderes da terra a tomar a ação
drástica de decidir a destruição do povo de Deus. Eventualmente Satanás
terá de tal maneira dirigido o mundo, que “finalmente um decreto
universal denunciará estes como merecedores de morte”. (PR, 512).
“Haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de
destruí-los.” (G.C., 635). Assim podemos ter a certeza que as nacões
tanto do Oriente como do Ocidente irão algum dia e por um pouco de
tempo ao menos, dar-se as mãos no persepuir o povo de Deus, ao
estabelecerem leis dominicais e por concordar com a “lei universal” de
morte feita contra eles.
Ao termos informações com respeito ao advento de guerras
gerais e lutas entre os homens nós não temos nenhuma profecia que nos
diga se haverá ou não uma guerra entria o Oriente e o Ocidente. Nós
estamos informados, porém, de que o período de unaminidade entre as
nacões do mundo, hora em que todos concordarão em destruir o povo de
Deus, terminará abruptamente, pois Deus intervém para salvar Seu povo
remanescente. Então, haverá confusão mundial e matança entre todas as
nações e povos do mundo. Daquele tempo, o fim do reino terrestre de
Satanás, Deus diz: “... farei abalar o céu e a terra; derrubarei o trono dos
reinos, e destruirei a força dos reinos das nações... os cavalos e os seus
cavaleiros cairão, um pela espada do outro [de seu irmão]”. (Ageu 2:21 e
22). Em vários lugares nas Escrituras o mesmo quadro é apresentado
(veja Zac. 14:13; Juízes 7:22; 1 Sam. 14:20; 2 Crôn. 20:23; Ezeq. 38:21).
Escatologia Bíblica 177
“As espadas que deveriam matar o povo de Deus, são agora empregadas para exterminar os seus inimigos. Por toda parte há contenda e morticínio. ...
“A obra de destruição se inicia entre os que professaram ser os guardas espirituais do povo. Os falsos vigias são os primeiros a cair. Ninguém há de quem se compadecer ou a quem poupar.” (G.C., 656).
Este terrível trabalho uiniversal de matança, estará em ação
quando Jesus voltar a fim de trazer libertação eterna e alegria para o Seu
povo; então Ele destrói o “remanescent” dos perdidos com o poder de
Sua palavra. Veja Apoc. 19:21.
“Os Reis que vêm do Lado do Nascimento do Sol” –
Uma Mensagem Gloriosa para a Igreja
Uma das mais gloriosas mensagens contidas nas Sagradas
Escrituras encontra-se em Apoc. 16:12. Esta profecia com respeito aos
“reis que vêm do lado do nascimento do sol” (RA), é de máxima
importância; é uma mensagem que foi enviada para animar o coração de
todos os crentes, e particularman.te o povo remanescente, para dissipar
toda a escuridão e para trazer a luz dos Céus, e para dar força, coragem e
iluminacão ao povo de Deus.
Tocando apenas um pouco neste assunto, nós também lançaremos
uma análise desafiadora da interpretação que foi dada por alguns de
nossos evangelistas e escritores. E nós dizemos de uma maneira bondosa
e precisa que esta profecia não temi nada, absolutamente nada,
diretamentc que ver com as assim chamadas nações “pagãs” do Oriente –
tal concepção está inteiramente fora de harmonia com a exegese
verdadeira de Apoc. 16:12. Para interpretar “os Reis do sol” como se
referindo a nacoões existentes no Oriente do Eufrates ou de Jarusalém, é
inteepretar mal completamente uma das mais inspiradoras profecias em
toda a Bíblia, reduzindo o sublime ao ridículo, explicando as coisas dos
Céus por sabedoria mundana.
Escatologia Bíblica 178
Primeiro, onde se encontra um verso que substancie o ensino de que
os “Reis do nascimento do sol” são os “pagãos”? A expressão “do
nascimento do sol” já foi mencionada em Apoc. 7:2 com referência ao
surgimento da Mensagem de Deus nos últimos dias da reforma do
sábado. Devemos por isto concluir que esta mensagem veio aos “pagãos”
da China, Japão, etc.?
O seguinte extrato, que é realmente uma explicação de Apoc. 7:2,
dá às palavras faladas pela irmã White em uma visão em casa do irmão
Otis Nichols, perto de Dorchester, Mass., em 18 de novembro de 1848.
Ela disse: “Ele, (Deus) estava bem satisfeito quando a Sua lei começou a
aparecer com força. Esta verdade (a verdade do Sábado), levanta-se e está crescendo, cada vez mais forte. É o selo! Está surgindo! Levanta-se, vinda do nascimento do sol, como o sol, a princípio frio, torna-se mais quente, e envia seus raios. Quando a verdade se levantou, houve apenas pouca luz nela; mas está crescendo. Oh, o poder destes reinos!” – “Questão sobre a Mensagem de Selamento", por J.N. Loughboroug, pág. 15.
No livro do Apocalipse, do qual o nosso infinitamente sábio
Senhor Jesus é o Autor (Apoc. 22:16; C.S., 32), cada palavra é composta
na estrutura daquele Livro com sabedoria superior e cuidado. Como este
fato impressionou aqueles que lhe davam o mais cuidadoso estudo!
Como, então, poderíamos ser tão cuidadosos ou cegos em nossa
compreensão a respeito dela e pretender que enquanto em Apoc. 7:2 “do
nascimento do sol” signifique dos Céus, exatamente a mesma designação
em Apoc. 16:12 signifique nações cujas terras estão ao oriente do
Eufrates ou Jerusalém? Isto é pior do que adivinhação cega, pois é lançar
de lado presunçosamente o que o Senhor já tornou claro em Apoc. 7:2 a
fim de enquandrar uma consideração especulativa de caráter puramente
mundano em nossa compreensão de Apoc. 16:12. Não existe uma
partícula de evidência bíblica para apoiar que “os Reis do nascimento do
sol”, se referem aos pagãos do oriente de Jerusalém. Eu desafio qualquer
um entre nós a produzir evidências bíblicas definidas para tal ensino.
Escatologia Bíblica 179
Para declarar que os “pagãos” de Joel 3, sejam os mesmos que “Os Reis
do nascimento do sol”, não é apenas imaginação gratuita, mas está
claramente em contradição ao ensino expresso do Espírito de Profecia
que estas (nações “gentílicas”, “pagãs”), são o povo que persegue a
igreja remanescente “no conflito final” sobre o sábado - PE, 283, 284.
Cristo disse que qualquer pessoa que não é membro de Sua igreja
é “um pagão” (Mat. 18:17). A prevação de Paulo entre os pagãos,
mencionada em Gál. 1:16, é apresentada em Gál. 2:9 em contraste com
outros discípulos pregando entre o professo povo de Deus. A palavra
“pagão” encontra-se 143 vezes no Velho Testamento, e jamais se refere
aos chineses, japoneses, russos, etc. Sete vezes a palavra “pagão” é usada
no Novo'Testamento (A.V.) mas nenhuma destas Escrituras aplica-se
diretamente aos chineses, japoneses, etc.
A palavra “gentios” em Joel 3:9, parte da mesma palavra original
como “nacões” e “pagãos” e o próprio contexto revela que esta
proclamação “santificai guerra” (marpem), refere-se aos esforços unidos
de todas as nações do mundo para destruir os “remanescentes”
mencionados em Joel 2:32, sob o emblema de uma guerra santa. Nosso
Senhor Se refere à profecia de Joel que trata as “nações”, os “pagãos”,
quando Ele descreve como, por ocasião de Sua segunda vinda, “todas as
nações serão reunidas perante Ele: Ele separará uns dos outros... As
ovelhas à Sua mão direita, e os bodes àesquerda.” (Mat. 25:31 e 34),
comparado com Joel 3:12). Ele aplica a profecia com respeito aos
“pagãos” ao povo do mundo inteiro. Sabemos nós mais do que nosso
Senhor? Fiquemos com os Seus ensinos.
Em Efésios 2:11 e 12, nós temos a inspirada definição da palavra
“gentios” ou “pagãos” – aqueles que são “separados da comunidade de
Israel”. Em Apocalipse 11:2 a palavra “gentios” ou “pagãos”, refere-se à
Igreja Papal em sua perseguição à “Israel” de Deus durante a Idade
Média. Com estas definições dadas por Deus e tão precisamente dadas,
nós vemos facilmente que os “gentios” ou os “pagãos” no Velho
Testamento eram os inimigos de Deus e do Seu povo; no Novo
Escatologia Bíblica 180
Testamento eles são os inimigos espirituais do Israel espiritual. As
expressões “pagãos‟ e “gentios” nunca foram nas Escrituras aplicadas ao
Japão, à China, à Rússia, ou a qualqueer outra nação especificamente ao
oriente da Palestina. Certamente nenhum expositor temente a Deus
ousará expor a Palavra Sagrada em desafio da luz tão claramente dada.
Aquela interpretação que declara que “os Reis do nascimento do sol”
sejam as nações do oriente está sem uma passagem escriturística para
apoiá-la, e está condenada pelas Escrituras e pelo Espírito de Profecia – e
pelo senso comum. Aquele ensino errado vem sob a categoria de
“interpretação particular” (2 Ped. 1:20), contra a qual somos
especificamente aconselhados. Nós devemos comparar Escritura com
Escritura, e não acomodar um texto à terminologia do uso moderno.
Aqueles que ousam tornar o “pagão” de Joel 3 como uma
referência a “os Reis do nascimento do Sol” (Apoc. 16:12), estão
confundindo duas designacões inteiramente diferentes. Os “pagãos” ou
“gentios” de Joel 3, são aplicados pelo Espírito de Profecia aos inimigos
do Israel espiritual e não têm nenhuma referência direta a nações do
oriente de Jerusalém. Os “pagãos” ou “gentios” de Joel 3 são os inimigos
do povo de Deus; “os Reis do nascimento do sol” de Apoc. 16:12, são os
libertadores do povo de Deus e os inimigos de Babilônia, e deste fato
não pode haver dúvida, e comentadores sem nenhuma idéia.
preconcebida livremente declaram ser este o caso.
Note o seguinte comentário de Apoc. 16:12 da “Nova Edição de
Tipo Maior, Crítica e Explanatória Sobre Toda a Bíblia”, de Robert
Jamieson, D.D., A.R. Fausset, A.M., David Brown D.D. : “Os reis da Terra que são terrestres (v. 14), estão em contraste aos
Reis do oriente, que são celestiais.”
Observe o comententário sobre Apoc. 16:12 de Christopher
Wordsworth, D.D., sábio devoto espiritual: “E, como o grande rio, o rio Eufrates, a glória e o orgulho de Babilônia,
se tornou um caminho para Ciro e seu exército vitorioso quando ele sitiou a cidade... E assim o secamento do Eufrates espiritual preparará o caminho
Escatologia Bíblica 181
para os Reis do oriente (Apoc. 16:12, comp. Isa. 44:27 e 28; jer. 50:38; 51:36), isto é, para Jesus Cristo e para Seus filhos da Luz, que são soldados fiéis, e que são galardoados de particular ao esplendor real do Poderoso Conquistador, o Rei da Glória, que é o Raiar do Dia lá dos altos – a Luz do Mundo – o sol da Justiça, com cura em Suas asas (Luc. 1:78; João 8:12; Mal. 4:2). Que todos que lêem estas linhas participem daquela companhia bendita através de Jesus Cristo, nosso Senhor! Amém!” – Miscellanies Literary and Religious, Vol. I, pp. 437, 438.
O The Pulpit Commentary declara com respeito a Apoc. 16:12: “Os Reis do Oriente estão certamente colocados do lado de Deus.
Muitos escritores vêem alusão a Cristo a Seus santos. O sol é uma frequente figura de Cristo nas Escrituras (cf. Mal. 4:2, Zac. 3:8, 6:12, LXX, Luc. 1:78, também Apoc. 7:2; 12:1; 22:16). Os Reis do Oriente podem desta, mcaneira ser identificados com os exércitos de Apoc. 19:11-16."
T.W. Christie, B.A., em seu “O Livro do Apocalipse” (p. 273), diz:
“O oriente está sempre ligado a Cristo e Seus filhos. (1 Ped. 1:19; Apoc.
22:16; Mal. 4:2; Isa. 60:20)”
Em seu "O Livro do Apocalipse", pág. 269, W. Willigan, D.D.,
comenta sobre Apoc. 16:12-16: “Nós também encontramos em Apoc. 7:2, a expressão “do nascente do
sol”, e lá é aplicado à região da qual o anjo vem, pelo qual o povo de Deus é selado. Num livro tão cuidadosamente escrito como o Apocalipse, não se torna fácil pensar de inimigos anti-cristãos, vindos de uma região descrita nos mesmos termos. Estes reis do nascimento do sol não são preditos serem uma parte dos „Reis de toda a terra habitada‟ imediatamente mencionados depois. Eles são de fato distintos deles. O „preparo do caminho‟ liga-se com o pensamento dAquele cujo caminho foi preparado pela vinda do Batista. O tipo de secamento das águas de um rio nos leva de volta, tanto nos escritos históricos como proféticos do Velho Testamento, aos meios pelos quais o Todo-Poderoso consegue a libertação de Seu povo”
Escatologia Bíblica 182
Um dos mais famosos sábios e escritores do Movimento do
Advento, designado o “deão dos escritores adventistas do sétimo dia”,
George McCready Price, M.A, diz: “Parece razoável que os „reis do oriente‟ devam ser antagonistas dos
„reis do mundo inteiro‟, pois estão sob o controle de espíritos maus, e portanto os anteriores devem ser os que estão ao lado do Senhor, e devem ser os que são usados para a destruição dos inimigos espiritualmente dirigidos.”
Um outro proeminente sábio e escritor do Movimento do Advento,
S.H. Lindt, em sua brochura, "Os Reis do Oriente", declara: “Os Reis do Oriente são apresentados em oposição aos reis da terra
em Apoc. 16, indicando que eles são um grupo separado e distinto e não podem ser considerados uma parte deste mundo, porque os reis da terrna e de todo o mundo estão incluídos nas palavras do verso 14.
Neste mesmo esboço, o irmão Lindt também diz: “O Hebraico do Velho Testamento tem uma palavra para nascimento
do sol que é um sinônimo da palavra grega reeferida acima. Esta palavra hebraica, ocorre no Velho Testamento num total de setenta e três vezes, e, como o seu sinônimo grego é usado em narrativas literais freqüentemente onde seu significado é o oriente, ou o nascimento do sol. A palavra hebraica é pronunciada mitzrach. Também é usada algumas vezes em profecia simbólica, e em tais casos é aplicada a Cristo bem a como a palavra grega no Novo Testamento. Dois versos escolhidos ilustram este fato e podem ser encontrados em Isa. 41, versos 2 a 25, onde o homem justo do oriente, ou „do nascer do sol‟, não podea ser outro senão o próprio Cristo.”
A fim de que o povo de Deus na Austrália possa entender quão
vasta entre os nossos professores de Bíblia e sábios, é a crença de que os
Reis do Oriente referem-se aos exércitos dos Céus, dirigidos por nosso
Senhor Jesus, eu citarei de outro documento, intitulado “Comentários
Sobre a Sexta e Sétima Pragas", de G.F. Wolfkill, a quem tive o prazer
de encontrar no Pacific Union College, em 1950. Em seu escrito, o irmão
Wolfkill diz:
Escatologia Bíblica 183
“No meu escrito sobre o Armagedom, sugeriu-se que Cristo e os comandantes de Seus exércitos nos Céus são os „Reis do Oriente‟, referidos em Apoc. 16:12. Desde que aquele escrito foi feito, alguns outros escritos tratando dos assuntos dos últimos dias, têm dado uma interpretação semelhante aos „Reis do Oriente‟. É o propósito deste documento apresentar de maneira curta mais evidência mantendo o ponto de vista que Cristo e Seus seguidores são os „Reis do Oriente‟. Todos que desejam fazer um estudo mais extenso deste assunto são convidados a ler os „Reis do Oriente: Um Estudo Histórico‟, de Raymond F. Cottrell.”
Depois de citar de Primeiros Escritos, págs. 281, 286, 53 e 54,
mostrando que o Senhor Jesus, os anjos e os santos usam coroas como
reis, o irmão Wolfkill diz: “Os exércitos dos céus sob o comando do Rei dos reis, virá à terra para
lutar „a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso‟. Esta é a batalha do Armagedom. „A batalha do Armagedom em breve será lutada. Aquele em cujas vestes está escrito o nome, Rei dos reis, e Senhor dos senhores, dirigirá em breve os exércitos dos céus.‟ (6 T., 406)... O primeiro visível aparecimento do Rei dos reis com os exércitos dos céus será visto no oriente como uma pequena nuvem negra. „Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra ... Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. ... E seguiram-nO os exércitos no Céu. (G.C., 640, 641). „Vi uma nuvem flamejante aproximar-se de onde Jesus estava. Então Jesus despiu despiu Suas vestes sacerdotais e pôs Suas vestes reais, e ocupou o Seu lugar na nuvem negra que foi o sinal do Filho do Homem. Enquanto a nuvem passava do Santíssimo para o oriente, o que levou vários dias, a sinagoga de Satanás adorava prostrada aos pés dos santos.‟ (E. White, To The Little Remnant Scattered Abroad, 6/04/1846). Aos pequenos Remanescentes espalhadps alhures, 6 de abril de 1846, tambám no Day-Star, 24 de março de 1846. Nesta sublime apresentação está descrita a volta dos „reis do oriente' de Apoc, 16:12.”
Depois de apresentar evidências escriturísticas e do Espírito de
Profecia, o irmão Wolfkill conclui seu escrito, dizendo: “Certamente
então, os reis do Oriente de Apoc. 16:12, não podem ser outro senão
Cristo com os comandantcis dos exércitos dos céus.”
Escatologia Bíblica 184
Torcendo os Fatos para Enquadrar a Interpretação
Nenhum texto pode ser apresentado para apoiar a declaração que
“os reis do oriente” “são nações asiáticas que se encontrem ao oriente da
Palestina, as nações pagãs, as raças de cor” Não existe uma Escritura que
diga que nas profecias dos últimos dias o “oriente” deve ser entendido
como sendo “oriente” da terra literal da Palestina; nenhum texto para
apoiar a assunção de que estes “Reis do Oriente" são de “cor” ou são
“pagãos”; nenhum texto paraa apoiar o pensamento de que “os Reis do
Oriente” jamais estivessem dormindo e seriam “finalmente acordados”.
Que negação para esta tão animada mensagem para o remanescente povo
de Deus.
A fim de impressionar o povo com a certeza de sua interpretação
profética de que o povo oriental são só reis do oriente, alguns
evangelistas fazem uso inexcusável da palavra “pagão” na profecia de
Joel 3. Dizem eles, embora estejam sem um texto para apoiar sua
afirmação, que estes “pgãos” da profecia de Joel são os mesmos que os
reis do oriente, e, para dar peso às suas palavras, salientam o
comportamento como de “pagãos” destes orientais.
Um resumo de um discurso evangelístico reza: “O oriental tem uma
visão diferente – a ambição e crcnç,a – quase completamente destituídos
dos grandes princípios cristãos. O seu conceito da vida humana é inferior
ao nosso (do Ocidente); os direitos humanos são poucos e
invariavelmente ignorados. A moral e uma palavra estranha para eles.”
Não obstante muitos destes orientais ficaram profundamente
chocados quando viram pela primeira vez a baixa norma humana,
mostrada em filmes do “Ocidente”. Nós seríamos bem menos superiores
em nosso egotismo “Ocidental”, que penetrou na interpretação da
Palavra imparcial do Deus vivo, da ler, o seguinte extrato tirado do
Melbourne Herald, 25/10/1955: “O Governo Indiano hoje publicou um plano de proibir o álcool exceto
para estrangeiros, bebendo em particular – dentro de 2 anos e meio. Um
Escatologia Bíblica 185
relatório por uma comissão inquiridora de proibição, acusou os ingleses de espalharem o hábito de beber. O relatório disse: 'Seria errado dizer que bebidas alcoólicas foram introduzidas neste país pelos ingleses, mas o seu uso foi aumentado pelo hábito do inglês habitual.' O plano propunha que como o primeiro passo, todos os 'bebedores visíveis', deviam parar imediatamente banindo licores em hotéis, bares, restaurantes, clubes, e todas as reuniões sociais. Turistas e visitantes estrangeiros conseguiriam licor em quartos separados nos hotéis. As embaixadas cooperariam não servindo álcool em recepções públicas freqüentadas por indianos. Em abril de 1958, todo o uso de licor, com exceção de estrangeiros em particular seria banido completamente. O governo não decidiu se aceitaria o plano. A Constituição Indiana já estipula que a proibição deva ser introduzida. A comissão devia decidir sobre o quando e o como. Quatro dos 29 Estados – Nadhra, Bombaim, Madras e Saurashtra – Têm a proibição. Nove outros têm áreas 'secas' ou dias 'secos'. Mais ou menos 36% da população está afetada pela proibição.”
Não só quanto ao licor que o “Ocidente” estabelecera um mau
exemppo para o “Oriente”, pois qualquer pessoa apenas precisa ler a
história para saber como os povos oritantais têm sofrido às mãos dos
representantes da assim chamada “civilização cristã”.
A fim de obter um julgamento equilibrado com respeito a países
não europeus, seria prudente observar as condições atuais a serem
encontradas em alguns destes assim chamados países “pagãos”. Nós
citamos outra vez, do Review & Herald (3 de novembro de 1955), “Bagdad – Filmes que animam todo o ato criminoso, o vício, o tráfico de
drogas ou qualquer outra atividade ilegal, serão banidos por autoridades do Iraque. A comissão de censura de filmes pediu às agências de filmes estrangeiros e aos donos dos cinemas aqui, a cooperar não importando ou mostrando tais filmes. Tais filmes, a comissão explica, estão criando a irresponsbilidade entre os jovens e animando-os a seguir o exemplo dos heróis de filmes de bandidos. „Cortes juvenis‟, uma circular da comissão menciona, 'desde o seu estabelecimento em 1952, acharam que em quase 85% dos seus casos jovens ofensores, cometeram seus crimes, e axatamente nas maneiras dos filmes americanos de bandidos.”
Escatologia Bíblica 186
Certamente o vasto exército de criminosos que perpetram suas
nefastas atividadas nos Estados Unidos, para citar um exemplo do
mundo Ocidentaç, são tão menecedores do apelido de “pagãos”, como o
são os pecadores em terras orientais.
Não é tão certo hoje com muitos no cristianismo como nos dias da
nação judaica a respeito da qual lemos: “Entre aqueles a quem os judeus classificavam de pagãos,
encontravam-se homens que possuíam melhor compreensão das profecias da Escritura relativas ao Messias, do que os mestres de Israel.” (DTN, 33).
O "Ocidente com seu terrível lagar de sangue em duas grandes
guerras, causando destruição tão tremenda de vida e propriedade, com a
manifastação da crueldade diabólica e sofrimento, não tem nada a se
envaidecer em superioridade sobre os milhões multiplicados de orientais
que não exibiram tão completos anticristianismos. O “Oriente”, no
princípio chocado com as propensões guerreiras do “Ocidente”, agora
está seguindo o exemplo do “Ocidente”, aprendendo a arte da guerra
moderna. O “Oriente” também seguirá ao “Ocidente”, em despertar a
nação contra o povo de Deus, por sua lealdade aos mandamentos de
Deus. Como já nos é dito no Espírito de Profecia: “Nações estrangeiras
seguirão o exemplo dos Estados Unidos.Embora ela lidere, não obstante
a mesma crise virá sobre o nosso povo em todas as partes do
mundo."(6T, pág.395). “O povo de todos os países do globo serão
levados a seguir seu exemplo.” (6T, pág. 18).
Quando interpretamos profecias como a de Joel 3, não deveriamos
ser influenciados pelo egotismo ocidental mas deveríamos manter-nos
pelo que e claramente revelado na Palavra de Deus. Como já mostramos
os “pagãos” de Joel se referem àqueles que são “inimigos” do povo de
Deus em todos os países do mundo, um exército vasto dirigido pelos
líderes apóstatas da cristandade. A profecia de Joel descreve como o
povo do mundo – “ocidente” e “oriente” – serão levados a fazer guerra
contra o povo de Deus. O Espírito de Profecia aponta-nos o fim do
Escatologia Bíblica 187
conflito sobre a observância das leis de Jeová, diz: "Durante o dia e a
noite, seu choro não cessou (Lucas 18:7 e 8; Apoc. 14:14 e 15). Eu ouvi
estas palavras: „Liberta-nos dos pagãos ao nosso redor‟.” (1T, 183).
Então descrevendo a libertação do povo de Deus dos “pagãos”, a serva
do Senhor dizi "O seu cativeiro (veja Joel 3: 1), foi mudado... os seus
inimigos, os pagãos ao redor deles, caíram como homens mortos. Eles
não puderam enfrentar a luz que brilhou sobre os libertos, os santos."
(1T, pág. 184). Veja também P.E.,págs. 283 e 284.
Assim a serva de Deus não somente cita Joel 3:11 e 12, com
respeito aos “pagãos” em redor “da igreja remanescente”, mas ela
declara que ouviu o povo de Deus citando esta passagem de Joel em suas
orações a Deus pelo seu livramento, destes “pagãos em redor”. Desta
maneira mostra que o povo de Deus precisa aprender a verdadeira
interpretação desta profecia de Joel e não mais ser enganados por uma
falsa interpretação das profecias que retratam, não conflitos militares,
mas a grande luta entre as forças do bem e do mal.
É alguma cousa muito perigosa interpretar de maneira errônea as
Escrituras – nós estamos lidando com matéria de vida eterna ou morte
eterna. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o
homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra.” (2 Tim.3:16 e 17). Deus não cria mundos em vão, nem dá Ele uma
tão maravilhosa profecia como a do livro de Joel em vão – Ele o deu
para que Seu povo possa saber de sua presciência ao descrever a luta
final das forças satânicas contra Seu povo leal, para que eles possam
aprender dEle o Seu amor por eles e da Sua bem-aventurada declaração
de que Ele os fará vencer sobre os seus inimigos. Como não deve
entristecer-se o coração de Deus ao ver Seus professos servos
apresentando a um mundo necessitado uma interpretação falsa, que
somente pode alimentar a vaidade daqueles do ocidente, uma
interpretação falsa que esconde o ensino glorioso da justiça pela fé que é
a essência exata de todas as profecias dos últimos dias.
Escatologia Bíblica 188
Devia ser grave causa de reflexão, lembrar que a serva do Senhor
declarou: “Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem
professado fé na mensagem do terceiro anjo... abandona sua posição, passando para as fileiras da oposição ... e, em vindo a prova, estão prontos a escolher o lado fácil, popular. Homens de talento e maneiras agradáveis, que se haviam já regozijado na verdade, empregam sua capacidade em enganar e transviar as almas. Tornam-se os piores inimigos de seus antigos irmãos.” (GC, pág. 608).
Como a serva do Senhor declarou definitivamente que os “pagãos”
são os “inimigos” da igreja remanescente e no trecho que acabamos de
dar também cita “uma classe numerosa ... passando para as fileiras da
oposição” que “homens de talento e maneiras agradáveis... tornam-se os
piores inimigos de seus antigos irmãos”, nós assim aprendemos que
membros apóstatas da igreja remanescente então serão contados entre os
“pagãos”. Como o Senhor nos deu estas profecias visando fortalecer Seu
povo para o conflito final e, como nós vimos, aqueles que suportam a
prova vindoura de força com os poderes das trevas usam a profecia de
Joel 3, quando oram por libertação de “seus nimigos, os pagãos em redor
deles”, nós podemos concluir que aqueles que de propósito ou por
mundanismo continuam a interpretar esta profecia até o fim em relação
ao oriente, estarão de fato entre “os pagãos” daquela profecia. Foi de
uma maneira semelhante que os sacerdotes judaicos, através de sua
interpretação, que eles desta maneira interpretaram erroneamente. Como
já disse o apostolo Paulo: “Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas
autoridades, não conhecendo a Jesus nem os seus ensinos dos profetas
que se lêem todos os sábados, quando o condenavam, cumpriram as
profecias.” (Atos 13:27).
Num espírito de bondade e caridade cristã, o escritor deste esboço
gostaria de recapiturar algumas coisas com respeito às inexatidões
empregadas quando procuram preencher as concepções errôneas da
Palavra profética de Deus. O convite de um dos nossos sinceros
Escatologia Bíblica 189
evangelistas diz: “1400.000.000 de Asiáticos Acordados – e Prontos para
Marchar” Este número deve incluir todos os bebês, os meninos e
meninas, os homens velhos e mulheres, os doentes, aflitos e os enfermos,
bem como os milhões de asiáticos doentes de guerra, cujo objetivo
principal na vida é de obter suficiente alimento para se manterem vivos.
Eles não pensam em marchar para parte alguma – certamente não para
marchar sobre milhares de milhas através de grandes cordilheiras de
montanhas e de rios até chegarem à Palestina, onde esta propaganda
declara que eles lutarão contra o Ocidente. Não existe uma passagem
escriturística para apoiar este ensino.
O efeito de anúncios tão pomposos, que fazem declarações
inverídicas, é prejudicial na mente de homens pensantes e mulheres que
imediatamente ponderam quanto tempo levaria para organizar este
prodigioso número para uma tal marcha, por que marcharam, etc. Quão
triste que tais anúncios pretendam que estas loucas afirmações estejam
baseadas na profecia bíblical não seria muito melhor se o povo
convidado para vir e ouvir a respeito do glorioso Redentor que é “o
caminho, a verdade e a vida”, e que através das Escrituras é declarado
ser “o sol nascente das alturas” (Luc. 1:78); “o Sol da Justiça”, trazendo
“salvação nas suas asas” (Mal. 4:2); o Rei, o Filho de Davi, que declara
que Ele e “a brilhante estrela da manhã” (nascimento do sol - Dr. Strong)
(Apoc. 22:16).
Outro convite (pago pelos nossos dízimos – portanto de nossa
responsabilidade), circulado por nossos obreiros, diz em tipos nítidos:
“Todos os olhos ao Oriente”, o que não é a verdade, pois a metade da
população está no Oriente e não pode ser convidado a olhar para o
Oriente. E quão incongruente para pregadores e escritores que vivem na
Austrália, Nova Zelândia, etc. usar tais palavras quando eles desejam que
seus auditórios ou leitores a olharem diretamente ao norte ou ao noroeste
aos países que eles classificam como sendo Oriente! Não é escriturístico
dizer que “Oriente” signifique Oriente de Jerusalém, pois “oriente” é
mencionado em Apoc.7:2, quando descreve a mensagem que vem dos
Escatologia Bíblica 190
Céus. Desde a rejeição da nação judaica nenhum profeta jamais fez uma
profecia baseada geograficamente sobre a cidade literal de Jerusalém.
Quando Todos os Olhos Serão Dirigidos ao Oriente
Virá o tempo quando “todos os olhos” serão voltados “ao oriente” e
isto será por ocasião da segunda vinda de Cristo. A serva do Senhor
escreveu com respeito a este importante acontecimento, dizendo: “Logo nossos olhares foram dirigidos ao oriente, pois aparecera uma
nuvenzinha ... a qual todos nós soubemos ser o sinal do Filho do homem. Todos nós em silêncio solene olhávamos a nuvem que se aproximava e se tornava mais e mais clara e esplendente, até converter-se numa grande nuvem branca.” (PE, 15 e 16).
A serva do Senhor novamente atraiu nossa atenção a este fato em
GC., pág. 640. Nós somos positivamente informados que “os
testemunhos escritos devem dar nova luz, mas impressionar vividamente
sobre o coração as verdades de inspiração já dadas... verdades adicionais
não são dadas; mas Deus através dos Testemunhos simplificou as
grandes verdades já dadas.” (S.T., pág. 665). Por isto a Bíblia
definitivamente ensina que a vinda de Cristo será vista nos céus
orientais, que, certamente, é plenamente ensinado em muitas Escrituras,
tais como Ezeq. 43:1-4; Mat.24:27; Apoc. 16:12; 22:16 e 20; etc.
Que Jesus virá pelos céus orientais aparece muitas vezes bem claro
em muitos lugares através da Bíblia. Aqueles que não estudaram a Bíblia
com este pensamento na mente se surprcenderiam ao apreender a grande
quantidade de luz que está à disposição sobre este assunto.
O que nós demos neste pequeno esboço é suficiente para nosso
propósito; para mais confirmação sobre este assunto importante, o leitor
é convidado a ver minhas outras publicações em que eu dei mais
detalhes sobre o assunto. Todos os versos que ensinam a segunda vinda
de Jesus – cada vigésimo quinto verso em média no Novo Testamento,
Escatologia Bíblica 191
devem ser entendidos à luz de Cristo ser visto voltar no Oriente. Por
exemplo, em Apoc. 1:7, nós somos informados: “Eis que vem com as
nuvens; e todo olho O verá, até os que O traspassaram; e todas as tribos
da terra se lamementarão sobre Ele.” Esta nuvem, a serva do Senhor
declara, será vista no “Oriente”. Jesus, quando declara que Sua vinda
será “como o relâmpago que vem do oriente”, também disse: "Então
aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se
lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu
com poder e grande glória.” (Mat. 24:27, 31)
Aqui nós somos definitivamente ensinados por nosso Senhor, que
Ele virá a aparecer nos ceus orientais. No princípio aparecerá uma
pequena nuvem no oriente; esta nuvem se torna moior e mais gloriosa à
medida que Ele se aproxima da terra. Então é que “todos os olhos” serão
dirigidos ao “oriente”, tanto dos santos como dos pecadores. Esta é a
gloriosa verdade que Satanás procura esconder pelo ensino que todos os
olhos serão agora dirigidos aos países pagãos, em cumprimento suposto
de Apoc.16:12. Mas Apoc. 16:12, não nos aponta às terras pagãs mas
aporta-nos à volta de nosso Senhor Jesus, “a Luz do Mundo”, o “Sol da
Justiça”, o “Despertar do sol lá dos altos”, que dirigirá “os ejércitos dos
céus” contra “os exércitos da terra”. É isto o que nos é retratado em
Apoc. 16:12, como podemos ver comparando com Apoc. 19:11-21.
Os “reis do nascimento do sol” são apresentados em contraste com
“os reis do mundo inteiro” (Apoc. 16:14). Os comentadores, inclusive
sábios adventistas do sétimo dia, têm apontado este fato. No quadro do
Revelador deste último conflito, Ele (Jesus, o Revelador), descreve dois
exércitos, e somente dois: “os reis do mundo inteiro” (Apoc. 16:14) e “os
Reis do nascimento do sol” (v. 12). "Os Reis do nascimento do sol” são
apresentados como vindos para “fazer guerra”, (Apoc. 19:11) contra “os
reis do mundo inteiro”. Em Apoc. 19:11-21, onde a vinda de Cristo é tão
graficamente apresentada, Ele é apresentado como dirigindo “os
exércitos que estão nos céus”, vindos a “fazer guerra” contra “as
nações”, os exércitos da “besta e dos reis da terra”. Como Sua vinda é
Escatologia Bíblica 192
plenamente declaada de ser “do nascimento do sol”, “o oriente”, então
Apoc. 19:11-21, repete o que é apresentado em Apoc. 16:12-16 : “os
exércitos dos Céus”, vindos dos céus orientais – “do nascimento do sol”
– para “fazer guerra” contra “os reis do mundo inteiro”. Este fato é
também em geral aceito entre comentadores livres, não contaminados,
inclusive um número de nossos pioneiros peritos e professores de Biblia.
Os Reis do Oriente Especialmente Mencionados
Em sua conferência irradiada (julho de 1955) – “Multidões da Ásia
acordai!” – o orador da Voz da Profecia declarou: "Em sua vívida
descrição das cenas finais da terra, o profeta do Novo Testamento, João
o revelador, especialmente menciona os reis do oriente." É verdade que
"os Reis do nascimento do sol" são "especialmente mencionados". Mas
este fato está contra a idéia de que a designação "os Reis do oriente"
refere-se aos "pagãos" da Ásia. Através da apresentação gráfica do
Revelador dos atores no grande drama no conflito final, começando com
Apoc. 12 e continuando ate Apoc. 20, os únicos poderes descritos são a
besta e o falso profeta e "os reis da terra" que estabelecem a "marca da
besta" (Apoc.19:19 e 20). "Os reis da terra" são o mesmo que o "dragão"
mencionado em Apoc. 16:12, como facilmente se verá quando uma
comparação é feita com Apoc.12:17; 16:13 e 14; 17:12-14; 19:19 e 20. O
Espírito de Profecia claramente diz que "os reis" que estabelecem a
marca da besta são o "dragão" – veja T.M, págs. 39 e 62.
O Senhor, em Seu quadro apocalíptico, é muito cuidadoso ao
salientar o triste, mas importante fato de que o conflito final que envolve
a igreja remanescente em perigos tão mortais e ameadaça de extinção,
será precipitada por nações professamente cristãs – cristandade –
levando o mundo a estabelecer leis dominicais sob pena de morte aos
discordantes. Estes são os poderes terrestres que são "especialmente
mencionados" na profecia, e é inteiramente incorreto dizer que os
"pagãos”, "os povos do oriente" que são "especialmente mencionados".
Escatologia Bíblica 193
Em Apoc. 19:11-21, que é a passagem paralela à de Apoc. 16:12-
16, nada pe dito a respeito dos "pagãos" (como entendido por aqueles
que aplicam mal aquele termo para significar o povo da Ásia), pois
naquele quadro gráfico os poderes que são especialmente mencionados
são "a besta, e o falso profeta" e seus "exércitos" que estabeleceram "a
marca da besta". Isto é, a ira de Deus vai cair muito pesadamente sobre
os que professavam ser Seu povo, mas que deram sua força a Satanás,
indo contra a lei de Deus, perseguindo Seu povo leal, e ameaçando matá-
los por sua obediência a Seus mandamentos.
Se os "pagãos" devessem ser "especialmente mencionados" os
tornaria de maior importância, e sobre eles especialmente devia cair a ira
de Deus; mas isto não está em harmonia com o princípio tão claramente
mencionado na Bíblia de que o Senhor julga de acordo com a quantidade
de luz que alguém recebe. O "Ocidente" dirigirá o "Oriente" a se rebelar
contra a mensagem do Sábado de Deus.
Então, outra vez, é óbvio que "os Reis do nascente do sol" não se
podem referir aos asiáticos, pois estes já estão incluídos na designação
"os reis da terra e de todo o mundo." Tendo declarado que "os reis do
mundo inteiro" estão envolvidos neste conflito final, seria redundância
mencionar os assim chamados "pagãos" metade do mundo já incluídos.
Mas não existe nenhum problema de fato quando "os Reis do despertar
do sol", são "especialmente mencionados" como "os exércitos dos céus"
vindos a fazer guerra contra "os reis do mundo inteiro"
Isto se harmoniza com os ensinos de nossos pioneiros, que podem
ser expressos nas palavras de Tiago White em um editorial no The
Advent Review and Sabbath Herald, de 21 de janeiro de 1962, intitulado:
"Pensamentos sobre a Grande Batalha". Ele escreveu: "A grande batalha
não é entre nação e nação, mas entre a terra e os céus."
É de certo a verdade que "os Reis do nascimento do sol" – "os
exércitos dos céus" vindos da terra da luz – são "especialmente
mencionados", o que indica sua importância ao povo de Deus, pois é um
princípio fundamental da exegese escriturística que nações e poderes são
Escatologia Bíblica 194
trazidos à profecia bíblica, somente ao se referirem ao povo de Deus.
Portanto, "os Reis do nascimento do sol" são "especialmente
mencionados" por causa de sua importância para com o povo de Deus, o
que é uma razão dentre muitas porque eles não se podiam referir aos
"pagãos".
Conclusões Baseadas Sobre Fundamentos Falhos
Não é verdade, como é mencionado por um esboço baseado na
crença que "os Reis do nascimento do sol" referem-se aos "pagãos" ou
"raças de cor", que "o clímax da profecia" é.alcançado" na descrição
dada em Apoc. 16:13 e 14, pois o Revelador usa as palavras "eu vi" (v.
13), depois de ter apresentado o seu clímax (v. 12), e então procede para
lidar com os eventos que levam aquele clímax. Portanto, o clímax da
profecia é Apoc. 16:12, a vinda de nosso Senhor com Seus exércitos
celestiais para destruir as forças do mundo na destruição do Armagedom,
a palavra que no Hebraico significa, "o monte da destruição"
Para reforçar a atenção e para dar peso à declaração que "os reis do
"oriente" referem-se às "nações pagãs" que estão programadas a marchar
através da Palestina, de acordo com a errônea interpretação de Apoc.
16:12-16, alguns de nossos evangelistas estão convictos ao falar sobre
este assunto, "com certeza e autoridade", por causa de seus "muitos anos
de de residência em países orientais", uma maneira de pensar usada por
aqueles que crêem na volta de judeus à Palestina, e que retornam daquele
país, declarando que as profecias se estão cumprindo lá, em relação ao
Israel literal e da Palestina literal, e que a sua palavra devia ser
considerada porque eles estiveram na Palestina, e viram o cumprimento.
Aqueles que são guiados por certos princípios bíblicos de interpretação a
não têm necessidade de ir a qualquer para saber o que o Senhor revelou
em Sua Palavra.
Os cientistas procuram elos perdidos e evidências que apóiem a
hipótese evolucionista muitas vezes interpretam o que vêem à luz de
Escatologia Bíblica 195
certas idéias preconcebidas antes de descobrir seus "achados".
Semelhantemente, aqueles que entretêm idéias quer politicas, científicas
ou religiosas, lêem no que vêem a evidência da idéia que tiveram antes
de terem visto seus achados – eles interpretam mal os fatos.
Semelhantemente, os que residem por algum tempo em terras orientais
ou fazem uma visita ali e verificam um estado de desassossego em certas
seções daqueles países, se apegam a tal desassossego como prova
positiva de que aqueles povos estão se aprontando para marchar a
Palestina – "indício de uma tendência ocidental", "o oriente deve se
mover para o ocidente" – citações que não têm base em fatos sólidos. É
puramente um fragmento da imaginação humana baseada sobre uma
interpretação errônea de Apoc. 16:12-16.
Aconteceu um dia destes recentemente que na mesma semana em
que um de nossos evangelistas estava tratando do assunto de "Todos os
olhos estão voltados ao Oriente", que ele fez declarações como alguém
que residira um número de anos em países orientais, e que aquelas
declarações não estavam em harmonia com duas autoridades mundiais
sobre os países orientais, que também fizeram declarações na mesma
semana. Nosso evangelista, certamente ansiava persuadir seu auditório
para a sua interpretação de Apoc. 16-12, enquanto que os dois
comentadores políticos eminentes estavam apenas dando sua opinião
.desapaixonada, sobre as condições atuais existentes e a ambição política
dos paises orientais.
Convites e sinopses que tenho peeante mim ao escrever, sugerem
que o oriente todo está contra o ocidente, coisa que não é certa, pois
existem muitas pessoas vivendo nos países orientais que procuram achar
um acordo comum com o ocidente para viver em paz conjuntamente.
Muitas das pessoas que vivem no oriente estão agradecidas pelo auxílio
que lhes foi dado pelo ocidente, e alguns procuram estabelecer um
estado pacífico entre o Oriente e o Ocidente. Muitos milhões através do
Oriente almejam apenas uma existência pacífica de plantar alimentos e
achar abrigo para suas famílias. Mesmo de recente data nações orientais
Escatologia Bíblica 196
têm lutado pela paz, às vezes em contraste com o mais beligerante
ocidente. Doutra maneira, certas nações da Ásia têm ajudado o ocidente.
Quando a questão da proposta da mudança de calandário surgiu
perante a comissão das Nações Unidas, algumas das nações orientais
resolveram matar a proposta reforma. Nas conversas Afro-Asiáticas de
Paz havia evidências de uma divisão entre nações orientais, em sua
atitude para com o ocidente. Um jornalista declarou: "A Índia, o segundo
mais populoso Estado da Ásia, tem um plano de seis anos para atrair
viajantes brancos para verem pessoalmente o que está acontecendo ali...
Idéias semelhantes estão avivando outros países da Ásia. Certos Estados
que achavam o vinho do nacionalismo pesado capaz de entenebrecer o
seu sentido sobre o que seria o melhor para eles, estão começando a
compreender que eles não vivem só para si mesmos” (Advertiser).
Alguns dos países asiáticos reconhecem que o muito atacado
nacionalismo lhes trouxe benefícios que eles transmitirão, já preparados
de antemão, para o governo próprio. Tengku Abdul Rahman, primeiro
ministro do novo governo eleito da Malaia, declarou que a Malaia,
quando, em quatro anos, ela alcançar seu alvo de governo próprio,
intende permanecer dentro do Commonwealth Britânico. Se isto ocorrer
não decidirá a interpretação de Apoc.12, pois a interpretação daquela,
bem como de todo verso da Bíblia é dada nas Escrituras mesmo. Estes
acontecimentos políticos presentes, são apresentados para ilustrar as
falhas tantas vezes usadas para apoiar a interpretação de que "os Reis do
nascimento do sol" são as "raças de cor" que se supõe estavam unidas
contra o ocidente.
Mr. Malcolm MacDonald, até a pouco Comissionador Geral inglês
na Ásia Sul-Oriental, e agora o Alto Comissionador inglês na Índia,
recentemente disse: "Uma das mais marcantes provas de amizade
estabelecida entre os povos diferentes, é a de que quando romperam uma
velha associação com a Inglaterra, eles rapidamente entraram numa nova
associação de forma diferente. O que aconteceu na Índia é um exemplo
clássico disto"
Escatologia Bíblica 197
Na hora em que escrevo, os resultados vieram às nossas mãos com
respeito a eleições que houve no Camboja para a sua Assembléia
Nacional, de acordo com o entendimento de Genebra do último ano, que
termina a guerra Indo-Chinesa de oito anos. Um representante do
Ministério do Interior cambojano declara: "Uma verdadeira onda
anticomunista, tem passado pelo Camboja." Isto segue logo após os
calcanhares de uma audaz advertência vastamente circulada por um dos
nossos evangelistas com respeito "a marcha vermelha - inspirada de
homens famintos" no Oriente: O Oriente unido contra o Ocidente!
O seguinte extrato de um artigo num jornal de Melbourne
recentemente serviria para ilustrar a necessidade de nossos evangelistas
de se manterem à frente dos acontecimentos no Oriente e não declararem
cegamente, em devoção a uma teoria falsa, de que o Oriente está unido
contra o ocidente em suposto cumprimento de Apoc. 16:12, pois, além
da interpretação errônea envolvida, existe tamhém a questão de aparecer
como inexato no terreno da história contemporânea. O artigo
mencionado diz: "Seria um erro grave considerar todos os acontecimentos recentes nos
países do Sul-oriente Asiático como inimigos dos interesses australianos e uma ameaça à nossa maneira de viver. Existe a tendência de olhar para a onda crescente de nacionalismo como evidência de progresso inexorável a favor da comunização da Ásia. Existe palha no vento hoje que sugere que tal na realidade não é o fato de que uma completa independência de. espírito está se levantando como um novo item da cena asiática. Tal palha é a vitória eleitoral no Camboja do Partido Popular Socialista Comunitário, dirigido pelo jovem ex-rei Norodom, que é dedicado a finalizar a corrupção e a intriga politica e reforma da Constituição. A eleição foi uma derrota esmagadora para todos os outros partidos inclusive o Comunista, que não ganhava um lugar... Mas se uma pequena comunidade asiática pode nestes dias demonstrar uma frente corajosa ao colosso comunista chinês justamente através da fronteira; e se países como o Sião, Burna, e Indonésia – 'sem mácula de colonialismo' – estão em condições de demonstrar um zelo pela democrática reforma como uma frente contra uma ameaça intensa comunista, a esperança ainda permanece que uma grande parte da Ásia
Escatologia Bíblica 198
S.E., permanecerá livre e independente, os sinais estão aí; e a chama da esperança está crescendo." (Advertiser, 22/09/1955).
Outro de nossos evangelistas, falando sobre o assunto do "Oriente e
Ocidente", e procurando impressionar o povo que o Oriente já estava
praticamente unido contra o Ocidente em suposto cumprimento de Apoc.
16:12, disse: "O Mediterrâneo hoje de noite é o limite do Oriente e do
Ocidente. O caminho para o Oriente está pronto para a marcha dos Reis
do nascimento do sol." Isto, porém, é imaginação fraseológica poética
que não se harmoniza com os fatos, pois as nações orientais não têm o
plano nem propósito de marchar para o Ocidente da Palestina. Não
deveríamos manipular fatos para se enquadrarem com alguma
interpretação tola das Escrituras. Este evangelista declarou: "O oriente se
moverá para o ocidente. Este evento assustador está no futuro." Este
evento assusta pela sua errônea interpretação de Apoc,16:12. Ele prevê
este evento prodigioso do oriente se mover para o ocidente em sua
imaginação, pois não há nada que ocorra no presente para indicar que o
Oriente está se movimentando para o Ocidente, e ele também admite que
o evento é futuro! É um procedimento muito enganador apontar ao
futuro pelo comprimento de alguma profecia permitindo a imaginação de
aplicar o futuro cumprimento como se estivesse cumprindo hoje –
criando um quadro do futuro e fazendo uma errada interpretação aplica-
se aos acontecimentos de hoje.
Durante a II Guerra Mundial, quando o Japão estava nos altos de
seus sucessos, um escritor em uma de nossas revistas se referiu a "Este
cumprimento profético". Ele pensava que as atividades marciais
japonesas e a tendência de guerra já indicavam que os japoneses como os
reis do oriente, estavam em caminho ao rio Eufrates, que o Japão já
então cumpria as profecias. Não obstante Apoc. 16:12, claramente cita
que os Reis do oriente não aparecem na cena profética até depois do
derramamento da 6ª praga! Portanto, era mera especulação, pura
imaginação, deligar através da antecipação os feitos da máquina de
Escatologia Bíblica 199
guerra japonesa com o que a profecia diz que ocorrerá após a 6ª praga
tenha sido derramada. Foi puramente um jogo de imaginação que
transferiu o que fora conjurado ao quadro apresentado pela profecia de
Apoc. 16:12, fazendo aparecer estar se cumprindo durante a II Guerra
Mundial. Mas isto ilustra quão impossível e para qualquer expositor
aplicar Apoc. 16:12 (e passagens paralelas) em conexão com alguma
nação ou nações de hoje ou em qualquer tempo antes do derramamento
da 6ª praga, pois esta profecia não diz uma palavra com respeito ao que
os reis do oriente farão antes daquele tempo.
Aos que aplicam Apoc. 16:12 a acontecimentos de hoje lêem ou
vêem naquela profecia alguma coisa que lá não está. Naquela profecia
não existe a menor sugestão de coisa alguma feita pelos reis do oriente
ANTES do derramamento da 6ª praga, de maneira que é fútil citar aquele
verso com referência ao que está transpirando hoje. O escritor cujo artigo
de guerra é mencionado acima salientou em seu artigo "O oriente em
Chamas", que aparece no The Signs of the Times (31 de outubro de
1955): "As. seguintes profecias da Palavra de Deus parecem estar
encontrando o seu cumprimento no presente tempo. Dan. 11:44; Apoc,
16:12." (versos citados). Certamente é muito confuso e duvidoso
declarar que a profecia, que o Senhor diz que se cumprira depois do
derramamento da 6ª praga, esteja agora se "cumprindo no presente
tempo".
A aplicação do escritor de Dan. 11:44 a acontecimentos políticos
presentes no oriente em grande parte diferem das que foram dadas por
George Mac Cready Price em seu livro The Greatest of the Prophets. A
New Commentary on the Book of Daniel, págs. 316 e 317, que reza: "Muitos estão inclinados a interpretar a primeira parte deste texto
literalmente e aplicá-lo aos eventos contemporâneos. A má aplicação da profecia a eventos contemporâneos tem sido sempre um engano comum maior do que o que resultou de experimentar interpretar a profecia de antemão. Porque, poderá ser difícil de explicar; mas a história dos séculos mostra que assim sempre foi. Não somente o ponto de vista pessoal resulta em viciar o resultado, mas a aberração cromática do preconceito de massa
Escatologia Bíblica 200
tende a lançar tanto a profecia e os eventos contemporâneos fora do foco, de maneira que o povo a nada ver em sua perspectiva.
"Eu creio que todos concordam que os muitos a quem este poder ímpio irá destruir e completamente a desfazer, deve ser o verdadeiro povo de Deus e não alguma força militar opositora. Também é interessante em extremo notar que de acordo com alguns sábios hebreus, a expressão aqui implica alguma coisa como um univarsal boicote ou ilegalidade, uma idéia que facilmente será entendida pela maioria de nossos leitores, à luz de Apoc. 13:17 e muitas afirmações no Grande Conflito e em outras partes."
Quando interpretadas militarmente, ninguém pode possivelmente
saber o que os Reis do Oriente de Apoc. 16:12, farão antes do tempo da
6ª praga pois a profecia nos dá o menor indício de qualquer coisa que
eles farão antes disto. Porém, quando nós permitimos que a Bíblia se
interprete a si mesma, nós podemos saber que “os exércitos dos céus”
estão fazendo agora o que farão tambémdepois da 6ª praga – eles lutarão
sempre contra as forças do mal e sempre engajados em proteger a igreja
comprada com o sangue de Jesus Cristo.
A serva do Senhor diz:
"São João escreve: 'Eu vi e ouvi a voz dos anjos ao redor do trono,
os anjos estavam unidos no trabalho dAquele que quebrará os selos e
tomará o livro, quatro anjos poderosos detêm os poderes desta terra até
que os servos da Deus estejam selados em suas testas. As nações do
mundo estão desejosas de conflito, mas estão sendo detidas pelos anjos.
Quando esta força detantora for removida, virá um tempo de luta e
angústia. Instrumentos mortais da guerra serão inventados. Vasos, com
uma carga viva, serão enfurnados em grande profundidade. Todos os que
não têm o espírito da verdade se unirão sob a liderança de agências
satànicas. Mas eles devem ser mantidos os controle até que venha o
tempo para a grande batalha do Armagedom.
"Anjos estão segurando o mundo, recusando a Satanás o seu
protesto de supremacia, feito por causa da grande multidão de aderentes.
Nós não ouvimos as vozes, nós não vemos com a visão natural o
Escatologia Bíblica 201
trabalho destes anjos, mas as suas mãos estão ligadas ao redor do mundo.
Com vigilância desperta eles estão conservando os exércitos de Satanás à
margem, até que o se]amento do povo da Deus seja completado.
"Os ministros de Jeová, os anjos têm capacidade e poder e grande
força, sendo comissionados a sair dos céus a ministrar a Seu povo. A eles
é dado o trabalho de manter atrás as. forças irritadas que descerem
rugindo como um leão, procurando a quem possa devorar. O Senhor é
um refúgio a todos os que depõem sua confiança nEle. Ele lhes ordena a
se esconder nEle por um pequeno tempo somente, até que a indignação
tenha passado. Ele em breve sairá de Seu lugar para punir o mundo por
sua iniqüidade. Então a terra mostrará seu sangue e não mais cobrirá seus
mortos." (E.G. White, Carta 79-1900, de maio de 1900).
Conclusões Baseadas em Fatos Positivos
O tempo virá quando muitos mais entre nós se recusarão a
interpretar "os reis do nascimento do sol", em relação às nações do
Oriente. Nada poderia ser mais certo do que adventistas leais, sinceros e
tementes a Deus voltarem novamente aos ensinos dos pioneiros do
Movimento Adventista e crer que Apoc. 16:12-16, não se refere a uma
guerra militar. Com Tiago Whité, e outros pioneiros, será declarado entre
nós francamente: "A grande batalha não é entre nação e nação; mas entre
a terra a os céus" Então, este grande fato não será considerado como
heresia mas como a verdade de Deus.
Onde a crença. existe que "os reis do nascimento do sol" se refere
aos asiáticos aí também existe uma apreciação aérea da grandeza da
mensagem da reforma do sibado – de que é um chamado do Criador a
todo o mundo a se definir pelos Seus mandamentos e não para ser
alistados entre os que são enganados à desobediência pelas enganos de
Satanás. O Senhor classifica o mundo em apenas duas classes: “os santos
e os pecadores, os convertidos e os não convertidos.” (TM., pág. 87).
"Existem apenas duas classes no mundo hoje, e somente duas classes
Escatologia Bíblica 202
serão reconhecidas no Juízo.” (PJ., 283). O mundo inteiro estará
eventualmente do lado de Satanás, com exceção da igreja remanescente.
Veja GC., pág. 618; P.R., pág. 587. Então as três secções que formam
Babilônia serão unidas (até certo grau ao menos) como um até ao tempo
do derramamento da 6ª praga – esta união das forças de Babilônia é
encarecida em Apoc. 17:12, 13 e 17 e neste estado unido eles "fazem.
guerra ao Cordeiro". (Apoc. 17:14; 16:13 e14). Esta unidade é quebrada
pelo derramamento da 6ª praga – compare Apoc. 16:19; 17:16 e 17,
quando mortandade fratricida interna de âmbito mundial romperá. Desta
maneira nenhuma provisão é feita na profecia para o Ocidente e o
Oriente, de cristãos professos e os "pagãos" – todos os não salvos são
classificados na profecia sob o termo Babilônia.
Enquanto idéias erradas foram mantidas com respeito aos reis do
oriente, se raferindo a asiáticos e tanto tempo crenças contraditórias
serão mantidas com respeito à consumação da própria mensagem.
Aqueles que crêem. que os reis do oriente se referem a asiáticos, e Apoc.
16:12.-16 retrata um conflito militar entre os povos do Oriente e o
Cristianismo do Ocidente não podem crer as mais claras declarações da
Bíblia e do Espírito de Profecia de que leis dominicais serão reforçadas
em todos os países do mundo – inclusive a China, Rússia., Japão e EUA
e todas as nações orientais. Quão completamante fora de harmonia com
o resto de nossos ensinos sobre a terceira mansagem angélica com
respeito à vinda dos juízos de Deus sobre o mundo todo por sua contínua
violação de Sua lei!
Esta mensagem declara qua o mundo todo deve acoitar ou rejeitar a
verdade do sábado ou receber o selo de Deus ou a marca da besta.
Certamunte é óbvio que nações "pagãs" como tais não reforçarão o
domingo cristão. E, não obstante, o Espírito de Profecia claramente diz
que "cada país do globo" vai reforçar as leis dominicais. As nações
asiáticas se juntarão ao Ocidante no reforçamento da marca da besta – a
Bíblia e o Espírito de Profecia ambos declaram-no nos mais amplos
termos. "Grandes mudanças em breve terão lugar em nosso mundo,e os
Escatologia Bíblica 203
movimentos finais serão rápidos" (9T, 11). As Escrituras não esclarecem
que a providência do Senhor impede o mundo de unir~se inteiramente
sob o controle de Satanás até que o povo de Deus esteja pronto no que
resultará quando isto ocorrer. Que loucura, porém, interpretar as
profecias relativas ao conflito final à luz do estado dividido do mundo
hoje e interpretando aquelas profecias como se o Oriente e o Ocidente
ainda estará dividido até ao tempo da 6ª praga quando a guerra militar
mal interpretada do Armagedom entre o Oriente e o Ocidente
supostamente será travada. Que tolice construir as suas idéias sobre o
que ocorrerá por ocasião da 6ª praga sobre o fato de o oriente e o
ocidente estarem divididos hoje, quando o Espírito de Profecia
claramente diz que “grandes mudanças em breve terão lugar em nosso
mundo” que Satanás unirá todas as suas forças em todo o mundo em seu
ataque sobre o povo de Deus. Certamente não existe verdade profética
mais claramente feita na Bíblia do que, que as profecias salientando “o
conflito final” descrevem os reis da terra e de todo o mundo – Ocidente e
Oriente – todos unidos por fora, enfim – na guerra contra Cristo e Sua
igreja (Apoc. 16:13~16; 17:10-14; 19:11-21).
A natureza niundial da Mensagem de Deus dos últimos dias é
claramente apresentada em Mateus 24:14; 28:19; Apoc. 7:1-3; 10:21
18;1, etc. Repetidas vezes a serva do Senhor encareceu: “Deus nos tem
dado uma mensagem para todo o mundo.” (3T, pág. 388). "João a vê (a
mensagem), aumentada em força e poder até que a terra toda seja
iluminada com sua glória." (5 T., pág. 383).
As mensagens e advertências de Apoc. 7:1-3; 14:6-12, etc. devem
ser proclamadas "em todo o mundo... "a todas as nações; "a terra toda"
deve ser “iluminada com sua glória”. (Apoc. 18:1) inclusive países
atualmente governados por comunistas “sem Deus” ou os “pagãos”. Já
ocorreram grandes mudanças na economia política das nações, e o
Espírito de Profecia nos informou que "grandes mudanças" ainda terão
lugar que aprussarão o mundo à sua hora climática antes da provação
terminar. A serva do Senhor claramente declarou que "a questão do
Escatologia Bíblica 204
sábado deve ser o assunto no grande conflito final em que todo o mundo
terá uma parte." (6T, 352).
Apesar de o mundo hoje estar politicamenta dividido nas nações do
"Ocidente" e as do "Oriente", é bem claro na Bíblia e no Espírito de
Profecia que a grande mudança ocorrerá e as nações no "Oriente"
também participarão no estabelecimento da marca da besta. O mundo
não continuará dividido entre "ocidente" e "oriente" desde agora até ao
tempo da 6ª praga, quando, como alguns afirmam, o "Ocidente" e
"Oriente" se encontrarão em batalha mortal na Palestina. Tal concepção
está completamente contra a mais clara luz que nos diz o oposto. Como
poderia o “oriente” continuar como no presente sob a direção de
comunistas “sem Deus”, ou dos "pagãos", e ainda. as profecias se
cumprirem que distintamente declaram que "todo mundo" deve
admirar~se "após a basta", que "todos os que habitam a terra a
adorarão"? O terceiro anjo adverte contra o "o culto da besta e de sua
imagem", uma mensagem de âmbito mundial que não está confinada às
nações do "ocidente".
Citações das Escrituras e do Espírito dc Profecia declaram
inequivocamente que a advertência contra o “culto da besta e sua
imagem” deve ir, e irá a todo o mundo – inclusive à Rússia, à China, etc.
Assim será facilmente visto que uma crença na magnitude da terceira
mensagem angélica, uma crença que ela é mundial em escopo,
automaticamente afasta a idéia de que o mundo permanecerá dividído
entre "Ocidente" e "Oriente", até a 6ª praga..É impossivel acreditar que o
mundo vai permanecer dividido como no presente entre "Ocidente" e
"Oriente", até a 6ª praga, a ao mesmo tempo acreditar que a Mensagem
de Deus dos últimos dias, salientando a exaltação do poder papal entre as
nações do mundo e o resultante perigo e ameaça de morte do povo de
Deus “em todas as partes do mundo”, sobre o sábado – bem antes do
tempo da 6ª praga.
Escatologia Bíblica 205
Observe as seguintes declarações explícitas do Espírito de Profecia: "A questão do sábado será o assunto no grande conflito final em que
todo o mundo terá uma parte." (6T., 352). "Em breve a última prova virá a todos os habitantes da terra. Naquela
ocasião (isto é, antes da provação terminar), decisões rápidas serão feitas." (9T, 149).
"Em breve todos os habitantes da terra terão feito suas decisões, ou a
favor ou contra o governo dos céus." (7T, 141). O contexto se refere à "substituição do...domingo em lugar do sábado bíblico".
"Como a América, a terra da liberdade religiosa, se unirá com o papado
no forçar a consciência e compelir homens a honrarem o sábado falso, o povo de todo o país no globo será levado a segui~ seu exemplo." (6To 18).
"Nações estrangeiras seguirão o exemplo dos Estados Unidos. Embora
ela lidere, não obstante a mesma crise virá sobre nosso povo em todas as partes do mundo." (6T. 395).
"A substituição da lei de Deus pelas leis dos homens, a exaltação, por
autoridade meramente humana, do domingo em lugar do sábado bíblico, é o último ato do drama. Quando esta substituição se tornar universal, Deus Se revelará... Ele sairá de Seu lugar para punir os habitantes do mundo... Em breve todos os habitantes da terra terão decidido seu lado, ou a favor ou contra o governo dos céus." (7T. 141).
Seria impossível usar palavras para fazer uma declaração mais clara
do que estas declarações do Espírito de Profecia de que "todo o mundo",
"todos os habitantes da terra" "todo o país no globo", "todas as partes do
mundo", seguirão o exemlo dos Estados Unidos "em obrigar a
consciência e compelirem aos homens a honrar o falso sábado". Não
paderá produzir nada senão confusão ou até desastre aqueles que lançam
de lado estas as mais claras citações com respeito ao "conflito final" e o
estado de unidade externa que existirá entre as forças do mal que se
Escatologia Bíblica 206
opõem ao povo de Deus em "todas as partes do mundo", em "cada país
do globo", e em lugar mantêm sua própria "interpretação particular"
daquilo que resultará sob a 6ª praga baseado sobre a presente designação
política do Ocidente e do Oriente.
Que os expositores das profecias que revelam o conflito final
permaneçam leais e firmes ao que tão claramente foi revelado, e que não
se deixem influir por pelo grande inimigo das almas que odeia a
apresentação da verdadeira interpretação de que os Reis do nascimento
do sol salientam a vinda dos "exércitos do Céu" (Apoc. 19:11,14,19), de
destruir as forças de Babilônia em todo mundo.
Cristãos devotos se alegrarão por saber que foi o Senhor Jesus que
prometeu a Seu povo em Apoc. 16:12, que Ele derramará Seus juízos
sobre a perseguidora Babilônia sobre o Eufrates; que Ele, "o nascimento
do sol" lá dos altos, “o Sol da Justiça”, Se levantaria “com cura em Suas
asas”, curando-os de todas as suas enfermidades e trazendo para eles o
amanhecer do dia da eternidade.