apostila citologia clínica prof. ádamo
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7/14/2019 Apostila Citologia Clnica prof. damo
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APOSTILA
DE
CITOLOGIACLNICA
damo Porto GamaE-mail: adamogama@hotmail.com
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1Apostila de Citologia Clnica2010 damo Porto Gama
CITOLOGIA CLNICA
CONSIDERAES HITRICAS E CONCEITOS GERAIS
A citologia clnica o estudo das doenas atravs das clulas que so provenientes de um
processo de raspagem, descamao natural de uma superfcie epitelial, cavitria ou obtidas por
puno aspirativa por agulha fina (PAAF). A citologia clnica foca no estudo e pesquisa de clulas
neoplsicas (malignas), alm oferecer diversos subsdios importantes no diagnstico de doenas da
vagina, doenas que acomete o colo do tero, enfermidades de etiologia inflamatria, alm de poder
determinar nvel hormonal.
Atravs das pesquisas realizadas, George Papanicolau desenvolveu uma tcnica chamada
esfregao de Pap que posteriormente passou a ser utilizada na deteco de clulas malignas de
cncer cervical. Em 1943, os conceitos de cncer precoce e carcinoma in situ j eram amplamente
conhecidos, e finalmente houve grande entusiasmo da comunidade mdica, especialmente
ginecologistas, que aprenderam o potencial do esfregao de Pap na preveno do cncer cervical.
No incio do sculo, o cncer de colo uterino constitua-se como a principal causa de morbidade e
mortalidade por cncer, em mulheres, com a prtica da citologia gerou um grande impacto,
modificando o perfil dessa situao. O mtodo de esfregao de Pap, tambm conhecido como exame
de Papanicolau ainda considerado o mtodo mais confivel na preveno do cncer de colo uterino.
A citologia clnica iniciou-se atravs de pesquisas
realizadas pelo mdico George Papanicolau, sendo
atualmente um dos mtodos de diagnsticos com
maior importncia na prtica mdica atual.
As pesquisas iniciais do mdico George Papanicolau
tinham como objetivo alvo, o conhecimento dos
efeitos hormonais sobre a mucosa vaginal,
utilizando como meio de insvestigao esfregaos
vaginais provenientes de animais de laboratrios e
posteriomente de mulheres.
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Componentes da colorao de Papanicolaou:
Hematoxilina de Harris Contracorantes citoplasmticos EA 36 (citologia crvico-vaginal) EA65 ( para outras preparaes citolgicas) Laranja G
importante realar, que a citopatologia uma cincia muito mais abrangente, dirigida ao estudo de
leses em diferentes rgos e tecidos, atravs da tcnica de puno aspirativa por agulha fina. Na
busca por mtodos diagnsticos menos invasivos, a tcnica de preveno bipsia com puno
aspirativa por agulha fina, ocupa posio de destaque, devido a ausncia de complicaes significativas
para o paciente, aliada a outras vantagens, como simplicidade tcnica, rapidez, baixo custo e
confiabilidade diagnstica.
O estudo citolgico das amostras obtidas atravs de puno aspirativa por agulha fina permite o
reconhecimento de condies inflamatrias assim como o seu agente etiolgico, atravs especialmente
de tcnicas de colorao especial, assim como o diagnstico diferencial entre tumores benignos e
malignos. O estudo citolgico das amostras obtidas atravs de puno aspirativa por agulha fina
permite o reconhecimento de condies inflamatrias assim como o seu agente etiolgico, atravsespecialmente de tcnicas de colorao especial, assim como o diagnstico diferencial entre tumores
benignos e malignos.
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REAS DE ATUAO DA CITOLOGIA CLNICA
ANATOMIA DO TRATO GENITAL FEMININO
Macroscopicamente o colo est dividido em:
Endocrvix : recobre o canal cervical (orifcio cervical externo - OCE);
Ectocrvix : recobre a poro externa vaginal do colo;
Juno escamo colunar (JEC): regio onde ocorre a juno abrupta dos dois epitlios.
Trompas Uterinas (tubas uterinas, trompas de Falpio):ductos bilaterais que se estendem do tero aos ovrios.
Ovrios: rgos ovides bilaterais situados prximos acada trompa uterina. Tm funo endcrina e
reprodutiva.
Corpo do tero: estrutura periforme contgua ao colouterino.
Colo uterino: dividido em uma parte intravaginalvisvel ao exame (ectocrvice ou exocrvice) e outra
supravaginal.
Preveno e diagnstico de cncer ginecolgico (exame de Papanicolau) Citopatologia geral (pesquisa de clulas malignas em diferentes amostras, incluindo aspirados obtidos
atravs da tcnica de PAAF de diferentes rgos, escarro, lquidos pleural, asctico e pericrdio, urina,descarga papilar, cistos de mama, lavados e escovados brnquicos, entre outros).
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HISTOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO
O trato genital feminino apresenta vrios tipos de epitlio e tecidos de sustentao. So eles:
Epitlio malpighiano (pavimentoso estratificado queratinizado). Epitlio escamoso estratificado no queratinizado
Histologicamente temos:
Ectocrvix: Epitlio escamoso estratificado no queratinizado
(pluriestratificado), com halos claros, abundantes em
glicognio, nas clulas superficiais, cuja funo, atravs dos
lactobacilos e bacilos de Dderlein, manter em nveis baixoso pH vaginal pela formao de cido lctico. Apresenta mitoses
nas camadas basais (o que no ocorre nas camadas
superiores);
Endocrvix: o canal cervical que no visvel ao exame
especular, sendo constitudo pelo epitlio cilndrico
mucossecretor (o muco pode ser detectado no exameespecular); clulas com ncleos transversais que recompem o
epitlio (clulas de reserva ou clulas totipotentes).
A regio da diviso entre endocrvice e ectocrvice tem
importncia histolgica.
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Epitlio pavimentoso estratificado do tipo queratinizado
Epitlio pavimentoso estratificado do tipo no-queratinizado
O epitlio escamoso estratificado, no queratinizado da ectocrvice marginado abruptamente pelo
epitlio colunar simples do canal endocervical, formando a juno escamocolunar (JEC), ou zona de
transformao. A zona de transformao entre o epitlio escamoso da extocrvice e o epitlio colunar da
endocrvice tem um significado especial, porque a maioria dos carcinomas cervicais e seus precursoressurgem nessa localizao.
Predominante na regio vulvar. Epitlio constitudo por vrios estratos celulares
com camadas basais, parabasal, intermediria e
superficial.
Caracterizado pela presena acima do epitlio declulas queratinizadas e anucleadas.
Presente nos lbios menores da vulva, vagina e na
exocrvice
Formado por trs camadas:
Camada basal (profunda) Camada intermediria Camada superficial
JEC (juno escamo-colunar): corresponde regio
onde uma abrupta transio entre epitlios escamoso e
glandular. Apresenta uma posio varivel conforme a
idade (na mulher jovem, localiza-se na ectocrvice
expondo o epitlio cilndrico ao ambiente vaginal, e na
idosa, tende a situar-se dentro do canal cervical).
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Clulas superficiais:
So as clulas mais desenvolvidas do epitlio escamoso, aparecem isoladas ouem pequenos grupos. O citoplasma claro, brilhante, transluzente e levementeeosinoflico ou cianoflico e o ncleo denso e picntico com halo perinuclearclaro e estreito.
Clulas intermedirias:
Desenvolvem-se a partir da diferenciao das clulas parabasais, so elpticasou alongadas, possui citoplasma cianoflico, transluzente claro, as margens
celulares so bem delimitadas, com a presena de grnulos amarelados(glicognio).
Clulas Parabasais:
So maiores que as clulas basais, descamam isoladamente, com formasredondas ou ovais, o citoplasma se cora menos intensamente que as clulasbasais e o ncleo arredondado com cromatina fina e granular.
Clulas Basais:
So clulas com origem tipicamente embrionria, cuja capacidade dereproduo constante e intensa, sendo raramente encontradas no esfregao,quando descamam so isoladas, possuem formas arredondadas ou ovais e oncleo grande, redondo ou oval, tendo um padro de cromatina finamentegranular.
CLULAS ESCAMOSAS DA ECTOCRVICE
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COLPOSCOPIA
A colposcopia um exame complementar a tcnica de Papanicolaou que auxilia no rastreamento do
cncer de colo uterino e no diagnstico do Papiloma Vrus Humano (H.P.V.), ou seja, o exame que
direciona o local adequado para a coleta do material. Para realizar a colposcopia, necessrio umaparelho chamado colposcpio que promove a visibilizao do colo uterino por intermdio de lentes.
indicada nas seguintes situaes:
Quando existem leses do colo do tero perceptveis no exame ginecolgico de rotina Quando so observadas alteraes celulares atravs do exame Papanicolaou
O exame que pode ser feito no consultrio mdico,
sendo de simples realizao e que consiste na
visibilizao do colo uterino por intermdio de lentes.
Com o auxlio de substncias especficas que so
coloc