apostila aula de ortese
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Apostila Aula de OrteseTRANSCRIPT
Órteses Rosangela F. A. Garcia
ÓRTESES “Órtese = tornar correto”
“Todo e qualquer aparelho, dispositivo, instrumento ou adaptação terapêutica que
auxilie o indivíduo na sua função motora”.
“Dispositivo ou aparelho mecânico com finalidades conjuntas ou isoladas de acordo
com a necessidade específica do caso tratado”.
ÓRTESES INDICAÇÕES
-Alívio e/ou abolição da dor;
-Suporte de peso corporal e transferência de forças;
-Facilitação do movimento;
-Prevenção, correção, redução, alinhamento ou
controle de deformidades articulares e paralisias
musculares;
-Melhorar/proporcionar estabilização articular para
falência/insuficiência músculo-ligamentar;
-Favorecer processo de regeneração tecidual,
cicatrização e repouso tecidual;
-Melhora da função e auto-suficiência motora; (AVDs).
-Redução ou controle das instabilidades e fraqueza
-Prevenir injurias articulares
CLASSIFICAÇÃO DAS ÓRTESES
Estáticas / Passivas
1- ESTÁTICAS:
Objetivos:
- Imobilizar;
- Repousar;
- Proteger;
- Sustentar;
- Corrigir;
Dinâmica
Objetivos:
• Neutralizar a progressão de forças deformante
• Corrigir deformidades
-composta de molas e elásticos fixados a base estática que geram vetores de força. Móveis;
-Auxílio por força e tração direcional;
-Auxiliar, limitar ou direcionar movimentos
NOMENCLATURA
Antiga:
Nome projetista
Ex: anel de Thomas, colar Thomas
Lugar de origem:
Ex: aparelho Milwaukee
Ao comprimento
Ex: tala para punho gotoso
O que são? Para que servem? Em que seguimento corporal?
Atual
Designação genérica que identifica a parte do corpo. Considerações: classificação por
região anatômica, função ou efeito que produzem
AFO, KAFO, TLSO, WHO, EWHO
ÓRTESES
Prescrição
• conhecer diversos tipos de órteses, suas características e funções;
• conhecer os diversos materiais;
• anatomia e anatomopatologia;
• cinesiologia e biomecânica;
• fisiologia neuro músculo esquelética;
• custo/benefício;
ÓRTESE
DINAMICA
DE PUNHO
ÓRTESE
DINAMICA DE
COTOVELO ÓRTESE
ESTATICA DE
PUNHO
• sobrecargas de esforço na sua utilização
Classificação : função /confecção
Segmento corporal
Material
Posição
Tipos de adaptações
Terminologia
Ex: estática, sob molde, órtese tipo AFO, para tornozelo/pé direito em polipropileno
rígido, em posição de 90°, fixada por meio de velcro anti varo em região de
tornozelo
ÓRTESES CERVICAIS (CO) ÓRTESES CERVICAIS (OC)
Indicações
Torcicolos, traumatismos, afecção da coluna cervical, cervicobraquialgia,
cervicalgias, pré ou pós operatório, acromioplastia.
Cervicais
colares cervicais: flexíveis ou semi-rigidas
Indicação: manutenção e bom alinhamento, posicionamento adequado, diminuir
mobilidade, estabilidade postural
Com ou sem apoios (mentoniano- occipital-torácico)
Quanto mais apoios mais restritiva é a órtese
MOVIMENTOS CERVICAIS
A rotação cervical ocorre no plano transversal e é de aproximadamente 160º - 50%
ocorre em C1-C2
Flexo-extensão (plano sagital) C5-C6
Inclinação (plano frontal) C3- C7
ÓRTESES CERVICAIS ESPUMA (CO)
Proporcionam um estímulo sinestésico para limitação da mobilidade; Contenção
mecânica da flexo-extensão, inclinação e rotação
Contraindicações: lesões ligamentares e ósseas;
ÓRTESES CERVICAIS RÍGIDA (CO)
Colar de Thomas
Proporciona uma maior restrição dos movimentos cervicais, principalmente flexão;
Com ou sem apoio mentoniano.
Ajustável ou não
ÓRTESES CERVICAIS PHILADELPHIA (OC)
Colares cervicais de Philadelphia
É mais restritivo, indicada para pacientes com comprometimento cervical importante,
primeiros socorros. Limitam 40 a 50% dos movimentos cervicais
ÓRTESE CERVICAL TIPO MINERVA
Maior controle dos movimentos cervicais, pois possui apoio mentoniano, toracico e
occipital;
THOMAS COM
REGULAGEM E SEM
APOIO
MENTONIANO
THOMAS COM
APOIO
MENTONIANO
THOMAS SEM
AJUSTE E SEM
APOIO
MENTONIAN
O
COM ORIFICIO PARA
TRAQUEOSTOMIA
SEM ORIFICIO PARA
TRAQUEOSTOMIA
COM APOIO MENTONIANO, ESTERNAL E
OCCIPITAL
ÓRTESES CERVICAIS (OC)
SOMI (Sternal occipital mandibular immobilizer)
Colar cervical de 2 ou 4 postes
Indicação: instabilidade cervical alta, pós operatório
Restringe 55 a 75%
ÓRTESES CERVICAIS (CO)
(OC) Halo craniano /cervical
Imobilização nos três plano 95 a 99%
Órteses com hastes verticais. Contra indicação fratura de cranio
TRM
ORTESES TORACICAS
(OT)
CDT
Deformidades pectus
Encontradas em crianças e adolescentes (masc)
Indicação: Pectus carinatum e Pectus excavatum
Conhecidas como órteses de compressão dinâmica
ORTESES TORÁCOLOMBAR
Podem ser flexíveis ou rígidas.
Benefícios:
pressão intra abdominal- efeito cilíndrico com elevação pressão intracavitária e
diminuição da intradiscal
relaxamento muscular
restrição movimentos
realinhamento postural
Indicações: Patologias diversas da coluna, fraturas, osteoporose avançada, pré e pós
operatório, espondilolise, espondilolistese, lombalgia, lombociatalgias, etc
Objetivo: estabilizar região toracolombar em hiperextensão
ÓRTESES TORACOLOMBAR
(OTL)
Coletes tipo Jewett
Sistema de pressão em três pontos com duas almofadas
Barras laterais controlam a inclinação tronco
Indicações: artrites vertebrais, epifisites e osteocondrites, metastases com possibilidade
de fratura
ÓRTESES TORACOLOMBAR
(OTL)
Colete de tipo CASH
Conhecido como crucifixo
Dois pontos de apoio
Apoio no externo/costelas e púbis
Cuidado nos casos de fraturas
Órtese de hiperextensão
ÓRTESES TORACOLOMBAR
(OTLS)
Órtese tipo Knight
Órtese de Taylor
Órtese de sustentação lombar
Indicada para imobilização local da coluna tóracolombar como osteoporose, hérnias de
disco, espondiolartroses e tratamentos pós-operatórios .
ÓRTESES TORACOLOMBAR (TLSO)
Body Jacket Confeccionada em material rigido Dificil confecção
INDICAÇÕES:
Processos patológicos dolorosos como osteoporose, hérnias de disco, espondiolartroses e tratamentos pós-operatórios.
ÓRTESES TORACOLOMBAR (OTLS)
Colete de Boston
Confeccionado em material rígido com abertura anterior
INDICAÇÕES:
Para estabilização vertebral
escolioses baixa, fraturas da coluna torácica ou lombar, cifoses, hiperlordose, pos
operatório, etc
ÓRTESES TORACOLOMBAR (OTLS)
Órtese Imobilizadora tipo Jaqueta de Risser
Órtese imobilizadora (colete) tóraco-lombo-sacro - indicada para estabilização
vertebral, pós-cirúrgicos.
Bivalvada com abertura para seios.
ORTESES CONTENÇÃO LOMBOSSACRA O Órtese de William, faixa Lombossacra, cintas abdominais, colete tipo putty
Objetivo diminuir mobilidade e dar suporte local
Rígidas, semi rigidas ou flexíveis
ÓRTESES (OCTLS)
Colete de Milwakee
Indicação: escolioses, cifoses, cifoescoliose
Tipos: idiopatica , congênita, neuromuscular, degenerativa;
Medição: ângulo de COBB
até 20 graus observação e RX a cada 3 meses.
entre 20 e 40 graus COBB recomenda-se o uso de coletes “MILWAUKEE”
ou TLSO.
acima de 40 graus - cirúrgica
Uso 24 horas
Associada á fisioterapia
MEMBROS SUPERIORES
TIPOS DE ÓRTESES
Splints
Anomalias congênitas, traumas, processos degenerativos, inflamatórios, pré e pós
operatório, etc
Indicações: tendinite, compressões nervosa, artrite, paralisias, fraturas, luxação,
síndrome impacto, etc
MEMBROS SUPERIORES
Tirante clavicular
Indicação: fratura de clavícula, Má postura, Melhorar/manter ADM passiva
Objetivo: restrição movimento escapula e ombro para reparo tecidual ou redução da dor
miofascial
MEMBROS SUPERIORES
Tipóias
Indicação:fraturas, luxação ou subluxação (AVC), pós operatório manguito
Objetivo: repouso ou imobilização MS
MEMBROS SUPERIORES
Sarmiento
Objetivo: estabilização fratura úmero (exceto fase aguda)
Indicação: fratura com retardo de consolidação, pseudoartrose
MEMBROS SUPERIORES
Órtese articulada para cotovelo Indicação: instabilidades, limitação movimento flexão/extensão cotovelo
Órtese estática cotovelo
Contraturas, reparação nervosa, transferência tendinosa, processo degenerativo
Objetivo: imobilizar, ganho de ADM
MEMBROS SUPERIORES
Cinta para epicondilite,
Indicação: alivio de dor e inflamação, promover reparo tecidual
MEMBROS SUPERIORES
Órtese punho
Indicação: tendinites, instabilidade articular, síndromes compressivas, etc
MEMBROS SUPERIORES
Órtese para punho e polegar
Imobilização, estabilização, repouso
Indicação: tenossinovite De Quervain, fratura do escafóide, Polegar em posição neutra
MEMBROS SUPERIORES
Órtese para os metacarpos
Indicação: fratura cabeça dos metacarpos, inflamação articular, artrite reumatóide
Chamados anéis ortoticos
ÓRTESE REGIÃO PÉLVICA
(HO)
Objetivam proteger a articulação coxofemoral da instabilidade ou vulnerabilidade
lesões
Indicações: patologias coxofemural, necrose avascular, processos inflamatórios,
degenerativos, tumor, pós trauma, pós operatório
Adulto e infantil
ÓRTESES REGIÃO PÉLVICA (OQ)
Fralda Frejka
Indicação: displasia coxofemural congênita
Objetivo: manter fêmur centralizado (flexão e abdução), promover melhor
vascularização
Evolui para suspensório de Pavlick após 3 meses
ÓRTESES REGIÃO PÉLVICA
(OQ)
Aparelho de Pavlick – órtese dinâmica
Indicação: Luxação quadril
CARACTERÍSTICAS:
permite movimentos de flexão e abdução quadril
ÓRTESES REGIÃO PÉLVICA
(OQ)
Dennis Browne
Indicação: anterversão femoral, torção tibial , pé torto congênito
Composta de sapatilha unida por barras rígidas
ÓRTESES REGIÃO PÉLVICA
(OQ)
Trilateral
Atlanta (Scottish-Rite)/ Toronto
Doença de Legg Calve Perthes
Mantem a abdução fêmur no acetábulo
Atualmente em desuso
ÓRTESE DO QUADRIL (HO)
Derrotadores em espiral
Indicação – RE ou RI
Dispositivos em elástico
MEMBROS INFERIORES (KO)
Braces, joelheiras
Proteção e estabilidade articular
Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS) estabeleceu uma
classificação, Profiláticas, reabilitadoras e funcionais
MEMBROS INFERIORES (KO)
Profiláticas: joelheiras reduz risco lesão atletas
Articuladas ou não
Indicadas: instabilidade femoropatelar, condromalacia patela, doença
degenerativa,modalidade desportiva
MEMBROS INFERIORES (OJ)
Reabilitação
Indicação: grau de lesão ou pós cirúrgico. Substitui as imobilizações gessadas.
Objetivos: limitar ADM reduzir processo inflamatório, edema
Longas ou curtas, articuladas ou não
MEMBROS INFERIORES (OJ)
Funcionais
Indicação: instabilidade biomecânica / paciente com instabilidade articular
ÓRTESES DE MEMBROS INFERIORES
Utilizadas para posicionamento, ortostatismo e marcha pacientes com seqüelas
neurológicas, ortopédica e são descritas como órteses longas HKAFOs, KAFOs,
AFOs. Anos 80 surgiram as RGO’s (recíprocação)
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR (OQJTP)
HKAFOs (Hip-Knee-Ankle-Foot Orthosis)
Talas inguinopodalicas
Tutores longos com cinto pélvico
Indicação: não apresentam controle quadril, joelho e tornozelo
Com ou sem trava- joelho e tornozelo
Indicação: lesão medular alta, lesão torácica alta, poliomielite, mielomeningocele, etc
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR (OJTP)
KAFOs (Knee-Ankle/Foot-Orthosis)/ órtese de Craig Scott
Tutores longos. Controle pélvico pois não utilizam cintos
Talas cruropodálicas
Indicação: paraplegia, poliomielite
Rígida ou articulada(joelho)
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR (OQJTP)
Free Walk
permite marcha segura, durante a fase de balanço com movimento de flexão e
extensão do joelho (força musc grau 3 ou mais). Menor gasto energético
Indicação: seqüelas neuromotoras em um único membro /força muscular preservada
flexores e extensores
Contra indicação: deformidade flexão joelho, espasticidade
MEMBROS INFERIORES
(OTP)
AFOs ( Ankle-foot-orthosis)
Talas curtas. Articuladas e não articuladas
Mantém tíbio társica e subtalar em posição funcional
Indicação: hemiplegia, sustentação postura, seqüelas neuromusculares, espasticidade,
etc
Posição 3 cm abaixo cabeça fíbula (alta=escoriação fíbula; baixa=menor braço
alavanca/ adulto) 1,5 em crianças
ÓRTESES DE TORNOZELO E PÉ (AFO)
Órtese de tornozelo e pé com barra posterior (flexível)
Órtese de tornozelo e pé com barra posterior (rígida)
Órtese de Tornozelo Pé bivalvada
Com abertura posterior
Articulada
AFO ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR
Vantagens:
Ortostatismo
Melhora função intestinal
Melhora da função vesical
Diminui osteoporose
Melhora condições cardiovasculares
Prevenção de deformidades
Segurança do paciente
Surgiram as RGOs
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR
RGO (Reciprocal Gait Orthosis) 1980
Pacientes com TRM sem controle dos membros inferiores, pelve e tronco,
mielomeningocele, distrofia progressiva.
Permite marcha em 4 pontos com menor gasto energético
Modelos: parawalker, Walkabout, ARGO, LSU, IRGO
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR
Parawalker (HGO)
TRM Marcha recíproca, facilidade no colocar e retirar, transferências e mudança de
posição
Indicação: mielodisplasia, TRM T1/L2
Objetivo: retirar TRM da cadeira de rodas
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR
Walkabout 1990
TRM T12/L3
Reduz gasto energético consegue unidade reciprocação direcionando passos
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR
ARGO 1990
Um cabo posterior que permite movimento alternado de flexo-extensão
Indicação TRM, distrofias, mielomeningocele
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR
LSU marcha recíproca (RGO- espinha bífida) 1970
Sistema de dois cabos
Indicação: mielomeningocele, distrofia muscular, TRM
Objetivo: marcha independente com menor gasto energético
Contra indicada espasticidade, obesidade, pouca força muscular
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR
IRGO (Isocentric Reciprocal Gait Orthosis) 1990
Articulação isocentrica posterior faz flexão e extensão quadril
Paraplégicos T9/ T12, Mielomeningocele
ÓRTESE DE MEMBRO INFERIOR
Os Swivel Walker 1970/80
possibilitam que o paciente se deslocar erguido sem ter que recorrer a mãos e braços.
C6 / L1
Prato giratório permitem deslocamento
Indicação: paraplegia traumática e tetraplegia doenças musculares
determinadas formas de paralisia cerebral espástica, mielomeningocele
ÓRTESES PLANTARES
Palmilhas
Utilizadas para eliminar dor, elevação arco plantar,distribuição de cargas
Principio de 3 pontos
Indicações: esporão calcâneo, fascite plantar, síndrome do tibial posterior, neuroma de
morton, mal perfurante plantar, pé diabético (neuropático ou isquêmico)
ÓRTESES AVDs
Lesão medular
talas com ou sem suporte punho fixado, borda de prato, adaptação telefone,
maçaneta, teclado,etc
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO E ORTÓTICO
Prevenir deformidades
Desenvolvimento de força em MMSS e MMII
Proporcionar melhor equilíbrio de tronco
Independência na mudança de decúbito
Treino de equilíbrio e ortostatismo com a órtese
Marcha em terrenos acidentados com a órtese
Colocação e retirada da órtese
Programa de exercícios
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• CARVALHO, J.A. Órtese um recurso terapêutico 1a ed. São Paulo: Editora
Manole, 2006.
• EDESTEIN J. E. e BRUCNER J. Órtese abordagem clínica 1ª ed. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara Koogan, 2006
Profª Rosângela F. A. Garcia
Profª da Disciplina de Estagio Supervisionado em Prótese e Órtese na UCB
Profª da Disciplina de Prótese e Órtese na UCB
Fisioterapeuta da SES/DF – NUOP/GEOP/SES/DF