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VVOOLLUUMMEE 0022
2019
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SUMÁRIO
1. MENSAGEM AOS PARTICIPANTES E PALESTRANTES .................................. 4
2. A FSP .......................................................................................................... 5
2.1. OBJETIVOS DA FSP E DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO .......................................... 5
3. A CIDADE DE ITAPETININGA ............................................................................. 6
4. LOCAL DO EVENTO ....................................................................................... 10
5. COMISSÃO ORGANIZADORA E CIENTÍFICA .......................................................... 11
6. PROGRAMAÇÃO ........................................................................................... 12
7. TRABALHOS APRESENTADOS ...................................................................... 13
7.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ........................................................................................................... 13
C) MATRIZ BCG ................................................................................................... 16
7.2. UMA ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO BALANCED SCORECARD ...... 20
7.3. LÍDER VERSUS GERENTE: PERSPECTIVAS DE LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES .. 29
7.4. A IMPORTÂNCIA DO DIREITO EMPRESARIAL PARA A FORMAÇÃO DO ADMINISTRADOR ................................................................................................ 38
7.5. OS CIBERCRIMES E A SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES NAS ORGANIZAÇÕES ..... 40
7.6. AS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E TRIBUTÁRIAS DAS SOCIEDADES
EMPRESARIAIS .................................................................................................... 42
7.7. AS EMPRESAS E OS DIREITOS HUMANOS ............................................................ 44
7.8. LIDERANÇA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ........................................... 46
7.9. DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES GERENCIAIS ........................................... 48
7.10. GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS.................................................... 51
7.11. COMÉRCIO EXTERIOR NA PRÁTICA ................................................................. 53
7.12. A ECONOMIA INTERNACIONAL ....................................................................... 55
7.13. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ECONÔMICO LOCAL, REGIONAL E NACIONAL .... 57
7.14. ESTADO E SOCIEDADE NA SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES RACIAIS NO BRASIL ................................................................................................................ 60
7.15. FATORES POSITIVOS DENTRO DE UMA ORGANIZAÇÃO ÉTICA ........................ 63
7.16. NOVAS PERSPECTIVAS EM MOTIVAÇÃO NO TRABALHO .................................. 68
7.17. POSSIBILIDADES E DESAFIOS DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL .......... 75
7.18. OS DESAFIOS DE UM LÍDER ............................................................................ 80
7.19. LIDERANÇA: O QUE TE FAZ SER UM BOM LÍDER .............................................. 85
7.20. LIDANDO COM O ESTRESSE E AS EMOÇÕES NO TRABALHO ............................. 89
7.21. DINÂMICA E FERRAMENTAS DE COACHING ..................................................... 99
ANAIS DA SEMANA DE PRODUÇÕES ACADÊMICAS
DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – CAMPUS ITAPETININGA
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1. MENSAGEM AOS PARTICIPANTES E
PALESTRANTES
Caros Participantes, Sejam bem-vindos à Semana de Produções Acadêmicas do Curso de
Administração! A Comissão Organizadora planejou e trabalhou cada detalhe do evento, a fim de que
todos os momentos desfrutados por cada um de vocês sejam de máxima excelência, tanto no
aprendizado técnico-científico, quanto nas atividades socioculturais. O objetivo do Encontro é
promover a atualização e discussão de temas diversos pertinentes às áreas de atuação da
Administração. A troca de experiências é enriquecida com a participação de especialistas e
participantes. É fomentada por meio de palestras, workshops e da apresentação de trabalhos
científicos. Aproveitamos essa mensagem para estendermos nossos mais sinceros agradecimentos
aos palestrantes, participantes e organizadores. A Faculdade Sudoeste Paulista – FSP – Campus
Itapetininga, nosso muito obrigado por ajudarem a concretizar nosso evento. Esperamos que o
aproveitamento seja máximo e que este evento seja oportunidade de interação, aprendizado e
estabelecimento de novas relações profissionais e de amizade entre participantes e palestrantes.
Agradecemos a presença e desejamos a todos uma excelente Semana de Produções Acadêmicas.
Vanessa Valença de Morais
Coordenadora do curso de Administração
Faculdade Sudoeste Paulista – FSP – Campus Itapetininga
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2. A FSP
2.1. OBJETIVOS DA FSP E DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
A Faculdade Sudeste Paulista - Itapetininga busca promover uma formação
profissional que vá ao encontro das necessidades da região. Este contexto reafirma a
necessidade de capacitar pessoas para atuarem com eficiência nas diversas
organizações, não só a nível local, mas também a nível regional e nacional, pois a área
administrativa ainda impõe grandes desafios ao poder público e privado dado o elevado
contingente de empreendimentos que deixam de existir antes de completar um ano,
tendo como uma das causas mais expressivas a falta de profissionais com visão,
liderança, capacitados para análise, planejamento e ação.
O curso de Administração tem como estilo de educação e formação a busca do
perfil do novo cidadão, com outra mentalidade, com mais sensibilidade, senso
cooperativo, solidário e cidadão. Além disso, pessoa que saiba trabalhar em equipe, com
criatividade e ética, saiba conviver com o novo e com o imprevisto, que busque sempre
novas aprendizagens, abrindo-se a novas perspectivas, qualificando cada vez mais o
trabalho educativo desenvolvido.
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3. A CIDADE DE ITAPETININGA
A Faculdade Sudoeste Paulista está localizada no município de Itapetininga,
situado a Sudoeste do estado de São Paulo, com uma área territorial de 1.790 km²,
sendo, em área, o terceiro maior do Estado de São Paulo, com latitude de -23,35’08”° e
longitude de -48,02’51”° e altitude de 670 metros. Itapetininga faz limites ao Norte com
os municípios de Tatuí e Guareí, ao Sul com os municípios de Capão Bonito, São Miguel
Arcanjo e Pilar do Sul a Leste com os municípios de Alambari, Capela do Alto e Araçoiaba
da Serra e a Oeste com os municípios de Campina do Monte Alegre, Angatuba e Buri.
As distâncias rodoviárias são demonstradas da seguinte forma: de Brasília -
1.063km, de São Paulo – 170 km e de Sorocaba – 71 Km. O acesso de São Paulo é feito
pelas rodovias Castello Branco e Rodovia Raposo Tavares. Também estão próximas ao
município as rodovias SP-127, SP-129 e SP-157. O município conta com um Terminal
Rodoviário, com 6 empresas de transporte coletivo intermunicipal e uma empresa que
opera diversas linhas urbanas.
Foto 1: Mapa da cidade de Itapetininga.
Possui uma economia fortemente voltada à agricultura. Suas indústrias são de
pouca expressão nacional. A pecuária é de relativa importância no sudoeste paulista. Os
principais produtos cultivados são: grama, batata, hortifrutícolas e cana-de-açúcar para a
fabricação de álcool.A produção de lenha e madeira em tora de florestas cultivadas
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(silvicultura) e a resinagem de espécies florestais dos gêneros Pinus também se mostram
importantes atividades no município.
Foto 2: Imagens da cidade de Itapetininga
O município de Itapetininga (SP), hoje, emerge como opção para investimentos
no momento em que as principais nações do mundo debatem a questão da qualidade de
vida. É para elas, a mais tardia preocupação. Dentro do processo de interiorização
iniciado há quase 30 anos. Itapetininga, ao buscar a modernização econômica, só o faz
após ter resolvido os principais problemas de infra- estrutura do município. Assim,
garante a melhor qualidade de vida para todos os seus 145.000 habitantes. Este dado
humanístico é fruto de pesquisa das experiências que passaram outros municípios, e,
reflexo da herança histórica de uma cidade pioneira na Educação no Estado de São Paulo.
É ainda a principal cidade do ramal ferroviário de Itararé que a une, dentro da Rede
Ferroviária Federal, ao sul do país, à São Paulo e ao porto de Santos.
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Foto 3: Vista área da cidade da cidade de Itapetininga
Itapetininga é uma cidade com infra- estrutura para receber o progresso e não
tornar-se da noite para o dia, em um aglomerado de pessoas com carências básicas. A
rede de energia é interligada ao Sistema Elétrico Sul-Sudeste do qual fazem parte as
hidrelétricas de Itaipu, Ilha Solteira, Furnas, Urubupunga e demais dos rios
Paranapanema, Paraná e Grande. Possui uma estação de abaixamento da CESP que
garante a capacidade instalada de 130 MVA, com distribuição da "Companhia Sul Paulista
de Energia". O processo de urbanização em desenvolvimento, hoje, nos proporciona uma
cidade com suas ruas pavimentadas e modernas avenidas perimetrais. A Saúde conta
com hospitais para atendimento geral, à infância, maternidade e uma rede de Postos
instalados tanto na zona urbana quanto rural.
Na Educação, ainda é mantida a tradição secular que a denominou "Athenas do
Sul Paulista" quando a maioria dos professores do Estado de São Paulo procediam do
Instituto de Educação Peixoto Gomide de Itapetininga ou do Colégio Caetano de Campos
de São Paulo. Fatores como estes já trouxeram para o município empresas como a
SADIA, ACUMULADORES MOURA, 3M DO BRASIL, DURATEX, COMPANHIA SUZANO DE
PAPEL E CELULOSE, CITROVITA(GRUPO VOTORANTIM), GRANJA ALVORADA,
FRIGORIFICO ALVORADA, GRANJA SALAS PINHEIROS, DESTILARIA DE ÁLCOOL VISTA
ALEGRE, NISSHIMBO DO BRASIL, FRIGORÍFICO CERATTI, EBRAS,FRIGORIFICO
MAFRICO, GRUPO AVICOLA ISA(Institut de Sélection Animale), ULTRAFERTIL e as novas
empresas em fase de implantação, entre elas IBF(Indústria Brasileira de Formulários).
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Foto 4: Centro da cidade de Itapetininga
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4. LOCAL DO EVENTO
Semana de Produções Acadêmicas
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Fone: (15) 3373-7358
LOCAL Faculdade Sudoeste Paulista – FSP – Itapetininga – SP
Rua José de Almeida Carvalho, 1695, Vila Leonor, Itapetininga - SP
CEP: 18213-145
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5. COMISSÃO ORGANIZADORA E CIENTÍFICA
COMISSÃO ORGANIZADORA
(Responsável por infraestrutura, Certificados, Contratação de palestrantes)
Prof. Dr. José Antônio Soares
Prof. MSc. José Carlos Belo
Prof. Esp. Luís Claudio Oliveira
Prof. MSc. Sérgio Gonçalves
Profª MSc. Vanessa Kitizo Venturelli
Profª MSc. Vanessa Valença de Morais
Jaqueline França
Leiviane Queirós
COMISSÃO CIENTÍFICA
(Responsável por orientação, correção, exposição e avaliação dos trabalhos científicos)
Prof. Dr. José Antônio Soares
Prof. MSc. José Carlos Belo
Prof. Esp. Luís Cláudio Oliveira
Profª MSc. Vanessa Kitizo Venturelli
Profª MSc. Vanessa Valença de Morais
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6. PROGRAMAÇÃO
A Semana de Produções Acadêmicas é um evento com o objetivo de promover a
divulgação dos trabalhos produzidos por docentes, discentes e egressos, tanto científicos
quanto artigos de opinião, sendo também aberto ao público, caracterizado como espaço
de integração, socialização, reflexão, debate, conhecimento e interdisciplinaridade.
Ela tem como objetivo proporcionar um espaço-tempo de:
a) Aperfeiçoamento profissional e acadêmico, por meio de palestras e minicursos
que oferecem conhecimento específico de complementação curricular, despertar
vocacional e motivação acadêmica;
b) Desenvolvimento científico, por meio de exposição e apresentação de pôsteres
de artigos científicos produzidos na iniciação científica, em trabalhos parciais dos
currículos, apresentações dos trabalhos docentes, buscando incentivar a investigação
científica e a carreira acadêmica;
c) Expressão cultural, por meio de apresentações culturais preparadas pelos
discentes como expressão de arte e cultura, expressas por meio de textos, poemas,
teatros, dança e música, despertando para a importância do patrimônio cultural e da
expressão artística, e também por meio de palestras, debates ou apresentação discente
em torno das temáticas relações étnico-raciais, direitos humanos, inclusão social e
preservação ambiental.
A temática da Semana de Produções Acadêmicas propõe a discussão do
Planejamento de Carreira do Administrador, suas perspectivas e tendências.
PROGRAMAÇÃO
06/02
19h - Recepção aos calouros e Integração (Dinâmica de Grupo)
20h - Palestra: Planejamento de Carreira
21h - Encontro de Egressos – depoimentos
07/02 19h às 22h - Exposição e Apresentação de Artigos Científicos
08/02 19 às 22h - Exposição e Apresentação de Artigos de Opinião
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7. TRABALHOS APRESENTADOS
7.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING NAS MICRO
E PEQUENAS EMPRESAS
Vanessa Cristina Dias
José Antônio Soares
INTRODUÇÃO
Esse estudo aborda a importância do Planejamento Estratégico de Marketing –
PEM para as Micro e Pequenas Empresas – MPE’s bem como para a sobrevivência das
mesmas no mercado. As MPE’s são responsáveis pelo desenvolvimento da economia
brasileira e são as maiores geradoras de renda e emprego no país. Apesar de sua grande
importância, a maioria delas encerra suas atividades antes de completarem três anos de
vida, em consequência da falta de planejamento. No presente, o mercado é altamente
competitivo e os clientes estão se tornando cada vez mais exigentes, dessa maneira o
marketing possui um papel estratégico para as organizações, ele se torna um aliado e
consegue ser um instrumento valioso para otimizar os resultados e atingir os objetivos.
Para obter um bom direcionamento é importante que o marketing esteja incorporado ao
cotidiano dos departamentos da empresa.
As MPE’s não possuem conhecimento da importância do PEM para obter sucesso,
elas acabam não realizando planejamento e traçam estratégias que não condizem com a
realidade em que estão inseridas.
O presente estudo baseia-se na hipótese de que os pequenos e microempresários
acreditam que o marketing está relacionado somente com a propaganda e não entendem
a importância dessa ferramenta para obter sucesso e se posicionar no mercado. O
objetivo geral do trabalho é mostrar a importância do PEM nas pequenas empresas,
utilizando as ferramentas do marketing, seus compostos e análises ambientais de
mercado.
O estudo utilizou como metodologia a pesquisa bibliográfica, com levantamento
de informações científicas e acadêmicas que promovem a discussão do objetivo proposto.
Conclui-se que as MPE’s desconhecem o conceito e a importância do marketing para a
sobrevivência e seu crescimento no mercado. Os micro e pequenos empresários
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acreditam que são necessários grandes investimentos na área do marketing por isso não
fazem um planejamento estratégico de marketing.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING
O planejamento estratégico é uma ferramenta fundamental no desenvolvimento
da organização, ele auxilia na formulação de objetivos para a seleção de programas de
ação e execução, considerando o ambiente interno e externo da empresa e o resultado
esperado.
De acordo com Cobra (2003), podemos definir o planejamento estratégico como
um processo gerencial que adequa os objetivos e recursos da empresa às mudanças de
oportunidades de mercados. Sendo assim, entendemos que a empresa planeja para
descobrir e aproveitar as oportunidades de maneira eficiente e compatível com seus
recursos, estabelecendo objetivos e estratégias factíveis.
Quadro 1: Os seis passos do PEM
Fonte: HADDAD, 2011.
Existem ferramentas que auxiliam a construção do Plano Estratégico de
Marketing. São elas:
a) Composto de Marketing
O composto de marketing possui 4P’s que são os pilares básicos da estratégia de
marketing e quando eles estão em equilíbrio propendem a influenciar e conquistar o
público-alvo almejado pela empresa. São eles: Produto, Preço, Promoção e Praça,
conforme abordagem do quadro 1, a seguir.
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Quadro 2: o composto de marketing
Fonte: Cobra, 1997.
b) Análise SWOT
Las Casas (2011) afirma que para elaborar o PEM é necessário que a empresa
avalie o mercado em que ela atua em relação ao produto ou serviço que ela oferece. Para
isso, a empresa pode usar alguns processos de marketing para analisar, avaliar e para
auxiliar na elaboração do planejamento, como análise SWOT (Strengths, Weaknesses,
Opportunities, Threats) que analisa o ambiente interno e externo da empresa.
Quadro 3: Análise SWOT
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Fonte: Ferrel et al, 2000.
C) MATRIZ BCG
Para Kotler e Keller (2012), a matriz BCG é muito utilizada para posicionar um
produto, serviço, unidade de negócios em comparação a concorrência para a definição
dos objetivos e estratégias.
Ela classifica os produtos e/ou serviços em quatro situações de crescimento ou
desenvolvimento de mercado e participação relativa, como estão representados no
quadro 4.
Quadro 4: Matriz BCG
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Fonte: Stern &Stalk Jr, 2002.
Para a empresa se manter viva o plano de marketing deve ser sempre avaliado e
caso seja necessário deve ser modificado. Essa ferramenta é importante para otimizar a
relação entre os seus consumidores e a organização, dessa maneira o plano de
marketing torna-se indispensável para a organização.
Os micro e pequenos empresários geralmente possuem uma visão equivocada
sobre o marketing. A grande maioria não disponibiliza tempo e trata esta ferramenta
como custo para a empresa e não como investimento.
O marketing é envolto em muito folclore a respeito de sua
utilização, e talvez um dos maiores mitos seja o de que o
marketing é coisa para as grandes empresas. […] O marketing
atende as exigências de todos os tipos de organizações. Cabe
apenas a adequação das técnicas em face do montante disponível
de recursos da organização (Godoy, 2006 p.33).
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A publicidade ganhou grande visibilidade nos últimos anos e com isso os conceitos
do marketing foram distorcidos com a propaganda e publicidade quando na verdade o
completam e assim ele é tratado como ações promocionais com a intenção de alavancar
as vendas e não como um instrumento para direcionar e posicionar a empresa no
mercado.
O número de MPE’S que não elaboram um PEM é grande mesmo esse sendo
indispensável para a sobrevivência da organização. É de extrema importância a empresa
conhecer seus clientes, sua concorrência, o mercado e as variáveis que podem interferir
na sua atuação. Com a falta dessas informações ela fica vulnerável e não sabe como
reagir diante de imprevistos.
Com um planejamento é possível traçar estratégias para alcançar seus objetivos,
além disso as oportunidades se tornam mais claras e as ameaças conseguem ser
evitadas e assim é possível antecipar-se no mercado.
O PEM deve ser sempre revisado e avaliado pois o mercado muda a todo instante
e é altamente competitivo, se necessário ele deve ser alterado para que seja possível
atingir os objetivos traçados.
CONCLUSÃO
O plano estratégico de marketing é um documento formal da empresa que traz
norteamento e integra as informações referentes ao mercado, os objetivos da empresa e
as decisões de marketing, ele dá o rumo e a direção geral dos esforços e recursos da
empresa. A partir do momento que a empresa elabora um plano de marketing, ela prevê
como agregar valor para o cliente, e automaticamente se torna mais competitiva.
As Micro e Pequenas empresas são as maiores geradoras de renda no Brasil, mas
possuem uma alta taxa de mortalidade por consequência de falhas administrativas e falta
de planejamento.
Quando a empresa entende a importância de planejar ela elabora um plano
dinâmico, pois entende que o mercado é altamente competitivo e está em constante
mudança, então a estratégia tem que se adaptar a ela. Além disso, a empresa
compreende que é necessário se posicionar e adotar estratégias que ajudem a destacar-
se no mercado para se tornar competitiva.
Para alcançar esse objetivo é importante conhecer a função do marketing e suas
ferramentas, ele guia as ações da empresa e é um instrumento de sobrevivência. A partir
do momento que o empresário compreende as potencialidades de cada item do composto
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mercadológico ele pode estar sempre ajustando preço, praça, produto e promoção de
acordo com a sua realidade. Uma empresa com estratégias bem planejadas, coordenadas
e segmentadas com os objetivos pertinentes está mais propensa ao sucesso.
Os micro e pequenos empresários sabem que o mercado é altamente competitivo
e que é preciso mudanças na maneira de administrar seus negócios porem os mesmos
oferecem somente o básico para auxiliar em um planejamento e traçar estratégias para
se posicionarem e ganharem mercado.
Com a falta do planejamento as MPE’s perdem espaço a cada dia para seus
concorrentes e novos entrantes.
Conclui-se, portanto, que os micros e pequenos empresários desconhecem a
importância do marketing para a sobrevivência dos seus negócios, é indispensável aos
pequenos empresários conhecer seus negócios e o mercado que está inserido para
investir nas ações que trarão os melhores resultados.
REFERÊNCIAS
COBRA, M. H. N. Marketing básico: uma perspectiva brasileira. 4 ed. São Paulo:
Atlas, 1997.
COBRA, M. H. N. Estratégias de marketing de serviços. São Paulo: Atlas, 2003.
FERRELL, O. C., HARTLINE, M. D., LUCAS JR., G. H., LUCK, D. Estratégia de
marketing. São Paulo: Atlas, 2000.
GODOY, P.; NARDI, S. Marketing para o varejo de baixa renda. 1. Ed. São Paulo:
Novo Século, 2006.
HADDAD, H. S. Planejamento estratégico de marketing. Rio de Janeiro: FGV, 2011.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14. Ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2012.
LAS CASAS, A. L. Plano de marketing para micro e pequena empresa. Ed. São
Paulo: Atlas, 2011.
STERN, C. W. & STALK JR, G. Estratégia em perspectiva. Rio de Janeiro: Campus,
2002.
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7.2. UMA ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO BALANCED
SCORECARD
Viktor Ibiapina Trajano da Silva
Luís Cláudio Oliveira
INTRODUÇÃO
O sistema de mensuração de desempenho nos tempos passados frisavam uma
abordagem voltada para a mensuração financeira, porém eram tempos que voltavam a
atenção no quanto se produzia, além de possuírem poucos ou quase nenhum concorrente
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em potencial, contudo com o desenvolvimento do mercado, uma demanda cada vez mais
crescente, a busca pela qualidade e o impacto direto do cliente e novas tecnologias
implantadas, o método de mensuração pelo cunho financeiro tornou-se insuficiente para
suprir tais demandas implantadas e medir os impactos de novas posturas adotadas pelo
mercado e pelos clientes. Nisso em 1990, na universidade de negócios de Harvard, David
Norton, Robert Kaplan desenvolveram através de estudos de campo realizado em
algumas grandes empresas nas quais amargavam certos apuros por falta de uma Gestão
eficaz para mantê-las competitivas e consolidadas, nisso criou-se o “Balanced
Scorecard”, ferramenta composta por medidas que visavam, além do controle financeiro,
o gerenciamento de capital estratégico e humano de uma organização em potencial. Por
meio da pesquisa bibliográfica, este estudo irá analisar a implantação e utilização do BSC
nas organizações.
UTILIZAÇÃO DO BALANCED SCORECARD COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA DE
GESTÃO
Segundo Kaplan; Norton (1997), o Balanced Scorecard (BSC) é uma ferramenta
crucial na análise de desempenho de uma organização no seu contexto geral, desde o
controle de produção até o seu desempenho de aprendizado e o feedback dos clientes,
trabalhando assim acerca de suas ferramentas a fim de aprimorar e otimizar seus
processos produtivos de marketing e organização. Seu fundamento baseia-se numa
conduta de aprimoramento de suas questões gerenciais através de Executivos Pilotos os
quais desempenham a partir de dados coletados consultoria, análises, e feedbacks
recebidos, daí nesse contexto seus executivos estudam a melhor maneira para pleitear
um mapa estratégico.
Segundo ainda os autores, o BSC é uma ferramenta gerencial, seu plano permeia
principalmente no desenvolvimento empresarial como um todo, buscando maneiras de
impor estratégias e quesitos a serem postos em prática em prol do desenvolvimento,
aprendizado e aprimoramento de planos estratégicos a longo prazo, onde desenvolve-se
um banco de dados eficiente e preciso.
A estratégia do Balanced Scorecard otimiza o processo, pois sua implementação
ocasiona um controle de processos abrangente das organizações a fim de elucidar o seu
desempenho corporativo e estratégico, a principal das finalidades busca criar um total
alinhamento de suas propostas, criando assim um potencial positivo em suas aplicações.
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Figura 1: Os indicadores do Balanced Scorecard
Fonte: Kaplan e Norton, 1990.
Muitas das possíveis utilizações do Balanced Scorecard é fazer o uso das suas
funções a favor da administração de uma organização, nas quais suas vertentes podem,
de uma forma bem implícita, auxiliar todo o contexto organizacional para criar mapas
estratégicos e promover uma melhor gestão desde os seus recursos financeiros até os
seus ativos intangíveis, propor metas, cronogramas, analisar pontos fracos, melhorar
estes aspectos, gerar dados acerca de erros, promover acertos, resolução de conflitos,
promover também um consenso acerca da visão estratégica desempenhada pelo BSC,
assim, de acordo com Kaplan e Norton (1997), também analisamos o mercado como um
todo, buscamos todas as maneiras de aplicabilidade da gestão balanceada, trabalhando
de uma forma racional, desde o controle total, absoluto, até um gerenciamento de
fatores de ambiente, atendimento, proporcionar relação direta e indireta com clientes,
fornecedores e até mesmo com os concorrentes a fim de compartilhar experiências e
tecnologias acerca das estratégias de mercado.
A tabela a seguir demonstra como é possível traçar planos de acordo com o mapa
estratégico construído a partir da análise dos indicadores propostos pelo Balanced
Scorecard, permitindo que a organização realize uma autoanálise e trace metas e
objetivos para superar suas fragilidades, bem como aproveitar as oportunidades
existentes no mercado.
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Tabela 1: Definição de objetivos estratégicos com o uso da ferramenta Balanced Scorecard
Fonte: Asato et al, 2011.
O quadro a seguir, demonstra como ainda é possível aprofundar e detalhar os
objetivos de cada indicador analisado. O exemplo do quadro a seguir apresenta o
detalhamento da “Perspectiva Financeira”.
Quadro 1: Exemplo de detalhamento dos objetivos da perspectiva financeira
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Fonte: Nardi, 2017.
De acordo com Veiga, a preocupação com a visão que os investidores possuem da
empresa é fundamental, pois é através da identificação dela que é possível se elaborar
uma estratégia de sucesso para conseguir os investimentos e parceria necessários.
Sendo o principal objetivo de uma empresa obter lucro, fica bem clara a importância da
perspectiva financeira no BSC. Através dela que é possível ver a representação do que
pensam gerentes, diretores e acionistas, e assim medir e avaliar os resultados do
negócio, levantando se a empresa está ou não obtendo êxito no planejamento e
estratégia implementados. Isso pode ser analisado através de indicadores que apontem o
retorno sobre investimentos; o valor econômico agregado; a lucratividade; o aumento
das receitas; a redução de custo e os objetivos alinhados com estratégias de organização
Em uma análise estratégica, é importante que as organizações percebam como os
indicadores de orientação propostos pelo Balanced Scorecard estão interligados. É o que
propõe a figura a seguir, que demonstra como os indicadores influenciam uns os outros.
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Figura 2: A inter-relação entre os indicadores do Balanced Scorecard.
Fonte: Lima, 2012.
A implantação deste sistema, implica em diversos fatores que trabalham
diretamente ligados ao alinhamento total, onde suas estratégias devem obrigatoriamente
atingir todas as camadas da empresa, além de se utilizar das ferramentas para traçar
caminhos, metas, estudos de mercado e um aprendizado contínuo acerca das exigências
de mercado, fatores críticos, contato direto com o cliente e fornecedores, ou seja,
digamos assim que a ferramenta do BSC por si funciona nada mais do que um “volante “
que direciona todos os caminhos necessários estrategicamente para, por fim, traçar
rumos e caminhos a se tomar para alcançar, e até mesmo, superar objetivos.
De acordo com Kaplan e Norton (1990), a implementação desta ferramenta
necessita de um total alinhamento por parte de seus colaboradores, onde adequam seus
processos em prol de uma obtenção de lucro expressivo e êxito nas operações.
Este alinhamento se trata de uma estratégia que alinha todos os elementos da
organização, onde se obtém um estudo acerca dos setores e analisando os pontos fortes
e fracos de tais processos ou setores obtém-se dados que podem ser utilizados para
potencializar os pontos fortes, implementar novas propostas e até mesmo criar maneira
de potencializar certos pontos de fraqueza e tentar superá-los.
O quadro a seguir demonstra o alinhamento de implantação do Balanced
Scorecard entre os níveis hierárquicos.
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Quadro 2: Alinhamento do BSC entre os níveis hierárquicos
Fonte: Brancacci, 2015.
Após alinhar as funções de cada nível hierárquico no contexto de implantação e
utilização do Balanced Scorecard, é importante interligar o mapeamento dos indicadores
de análise propostos pela ferramenta, conforme apresentado no quadro a seguir, que
demonstra que o uso estratégico da ferramenta consiste justamente em se mapear os
indicadores, propor melhorias e compreender que seus resultados influenciam
mutuamente os demais indicadores.
Quadro 3: Alinhamentos dos indicadores de análise do BSC
Fonte: Oliveira; Fernandes, 2002.
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Por fim, utilizar-se de todas estas vertentes para alcançar sucesso e trazer através
da utilização do BSC uma experiência positiva e alavancar o sucesso da organização por
longo prazo.
CONCLUSÃO Através dos estudos aqui desenvolvidos conclui-se que inicialmente as respostas
necessárias para a bem-sucedida utilização do método do BSC deve pôr em questão todos
os fatores necessários para enfrentar os desafios impostos pelo mercado que adotam este
contexto, sua maneira de proceder e alinhar todo o seu processo com o objetivo de
compor uma gestão rentável e eficaz para garantia do sucesso corporativo e
competitividade no mercado.
Torna-se necessário, assim, uma total reformulação dos setores vitais, direcionando
todo o engajamento e investimento em eventuais ativos deficitários da organização a fim
de potencializar os demais setores e os próprios deficitários, criando novas possibilidades
de sobrevivência no mercado, além de propor suportes técnicos e capacitações periódicas
para a disseminação da estratégia e da política aplicada na implantação do BSC.
Existe um longo caminho a se percorrer para nortear ideias e formular estratégias
coerentes e significativas para o desenvolvimento e expansão corporativa, acerca da
geração de valores para o ambiente interno e externo da organização, que tornam-se
necessários para uma total reformulação do contexto e operações, primeiramente
conscientizando todo o corpo de colaboradores e executivos a fim de implantar os
trabalhos acerca do BSC.
REFERÊNCIAS
ASATO, R. ET AL. Alinhamento entre estratégia de negócios e melhoria de
processos de software: um roteiro de implementação. Prod. vol.21 no.2 São Paulo,
2011.
BRANCACCI, M.O. Balanced ScoreCard - os desafios da implantação e fatores
críticos de sucesso, 2015.
KAPLAN, R.; NORTON, D. A estratégia em ação. ELSEVIER Editora 34º reimpressão,
199º, 1990.
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KAPLAN, R.; NORTON, D. A Estratégia em ação: balanced scorecard. Rio Janeiro:
Campus, 1997.
KAPLAN, R.; NORTON, D. Alinhamento - utilizando o Balanced Scorecard para criar
sinergias corporativas. ELSEVIER Editora 4º edição, 2006.
LIMA, K. Balanced Scorecard, 2012.
NARDI, B. Planilha Balanced Scorecard (BSC) + mapa estratégico, 2017.
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7.3. LÍDER VERSUS GERENTE: PERSPECTIVAS DE LIDERANÇA NAS
ORGANIZAÇÕES
Wellington Silva de Medeiros
Luís Cláudio Oliveira
INTRODUÇÃO
Liderança e gerência são duas palavras fortes, não apenas para os responsáveis
por pessoas, mas também para os colaboradores, pois sabe-se que, se as organizações
têm um ambiente indisciplinar e muitas mudanças organizacionais, e que há necessidade
de pessoas para solucionar problemas e chegar ao objetivo que a organização tanto
sonha. Existem vários livros, pensamentos e teorias que descrevem várias formas ou até
modelos de como liderar e gerenciar. O estudo aborda a importância de se ter um líder
na organização, como diferenciar um líder ou gerente e o impacto que o líder pode ter
em uma empresa. Para as empresas chegarem aos seus objetivos, é necessário de mão
de obra, e se sabe que pessoas precisam de motivação, expectativas e a confiança em si
próprias. Por esse motivo o trabalho é algo que precisa ser desenvolvido por um
profissional de liderança. O objetivo desse estudo, por meio da pesquisa bibliográfica é
mostrar as características de cada liderança, que são: Democrático, autocrático e liberal,
e serão apontados os efeitos que cada um pode causar quando utilizado. Esse trabalho
poderá ser usado por pessoas que pensam em ter um melhoramento nas empresas com
relação ao clima organizacional, poderá ser útil para todas as pessoas.
O tema líder versus gerente: perspectivas de liderança nas organizações tem uma
grande importância, pois as organizações estão tendo uma atenção maior em questão da
necessidade de liderança na empresa. Os gerentes já compreendem que ser líder é uma
atuação que simplifica e auxilia no sucesso dos negócios.
O conteúdo deste trabalho abordará reflexões sobre a personagem do líder e do
gerente nas organizações, analisando algumas características dos dois, explicando qual a
diferença entre eles e qual o impacto de se ter um líder na organização, mostrando como
ele pode beneficiar as organizações com melhorias nos resultados.
Será citado sobre as vantagens de se ter um líder na organização e como podem
solucionar os problemas de colaboradores que estão desanimados, desmotivados e até
com pensamentos nocivos da empresa.
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GERENCIAR VERSUS LIDERAR Para Senge (2002) as pessoas fazem uma confusão para definir uma liderança
com uma gerência e ainda acrescenta que veem um líder como um gerente no alto
escalão. A falta de compreensão faz com que esse equívoco defina que líder possa ser o
mesmo que um gerente.
Os gerentes têm a preocupação em cumprir com os prazos em dia, usam as
normas estabelecidas pela empresa, desenvolvem práticas que elevam o grupo atingir os
objetivos, impulsionam os inícios das tarefas. Kotler (1998, p.37) afirma que: “tanto uma
liderança forte quanto uma gerência sólida são necessárias para uma eficácia
organizacional excelente”. É preciso entender que gerenciar é cuidar dos recursos e dos
processos, ter um bom desempenho, dar garantia na execução das atividades. Com isso,
quando se é possível terminar um projeto no prazo dado, se tem como um gerente
eficaz.
Em questão de resolver os problemas, o gerente tem muito mais controle que um
líder, pois tudo é centralizado nele como as decisões; devido ao perfil autocrático.
O quadro abaixo demonstra a passagem gradual de um perfil autocrático
(gerente) para democrático (líder).
Quadro 1: Tipos de Liderança
Fonte: Belluzo, 2002.
SITUAÇÃO AUTOCRÁTICO DEMOCRÁTICO LIBERAL
Decisão Decisão sozinho Equipe toma
decisões, o líder assiste e participa
Equipes tomam decisões, participação
mínima do líder
Programa de trabalho Determina como deve ser
executado
Equipe delineia os procedimentos e o líder
apoia
Líder esclarece dúvidas quando necessário.
Divisão de trabalho Determina quem deve
executar e o que Equipe decide sobre a
divisão Líder não participa
Participação do líder É “pessoal” domina elogios e
críticas
É participativo e objetivo, elogios/ críticas compartilhadas
Participa só quando é convidado
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Então, é importante compreender sobre a variedade dos tipos de liderança e
características para essa função, como mostra segundo Chiavenato (2002) nos itens
abaixo.
De acordo com Chiavenato (1997), o líder tem um comportamento mais liberal,
com perfil democrático, dando confiança para a sua equipe, permitindo com que, cada
um dê a sua opinião, criando um relacionamento agradável com os liderados, e fazendo
com que não existam barreiras, havendo maior facilidade de comunicação e alcance do
sucesso da empresa.
Entretanto, um líder organiza uma equipe forte no momento das decisões com
considerações que podem otimizar o tempo e a eficiência nas soluções.
A função de um líder favorece para que o ambiente interno da empresa seja
democrático, mais dócil, flexível e horizontal.
Para Mintzberg (2010), o líder é aquele que dá valor aos seus colaboradores,
estimulando-os para dar ideias, colocar-se no lugar de seus colegas de trabalho,
buscando a empatia, tolera falhas, sem julgamento e condenação, incentiva a
criatividade e motiva as pessoas para inovação dando suporte aos colaboradores para
que apresentem crescimento e amadurecimento profissional, tem a visão de que sempre
pode melhorar, apresenta coerência entre seu discurso e suas ações, reconhece seus
colaboradores e oferece recompensa.
De acordo com Bennis (2004), a maior qualidade de um líder é que ele gosta de
servir e fazer muito pelos outros ao invés de ser servido. Faz seus liderados se sentirem
parceiros e amigos, que há uma confiança entre um e o outro, sendo esta artimanha
uma estratégia inteligente.
Então, o Líder é uma pessoa com algumas habilidades, como: carisma, ser
ouvinte, compreensivo, paciente, tolerante e o melhor motivador de crescimento pessoal,
com isso ele exerce suas atividades e faz com que os colaboradores façam o que
deveriam fazer de uma forma com mais entusiasmo.
A tabela a seguir apresenta algumas diferenças entre gerentes e líderes.
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Tabela 1: Diferenças entre gerentes e líderes
Fonte: Mansi e Cerantola, 2009.
Observa-se, portanto, que há diferenças entre o perfil de gerente e de líder,
tornando suas habilidades e papéis que são distintos. Com essas diferenças a empresa
tem a opção de contratar o que mais se adequa para aquele momento, seja o perfil de
líder ou o perfil do gerente.
Considerando que é importante ter um líder em qualquer tipo de grupo ou
organização, esse profissional tem a essência o desenvolvimento das tarefas da equipe.
Sua função é sensibilizar e comandar pessoas, e faz com que os seguidores façam aquilo
que é necessário ser feito, não deixando que a desmotivação tome conta das tarefas,
alterando as mentalidades e os comportamentos. Segundo Bennis (2004), o líder é a
pessoa que dirige e une um grupo, podendo estar dentro no contexto de organização.
Também Mintzberg (2010) define alguns papéis gerenciais importantes para um
líder, conforme apresenta-se no quadro a seguir.
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Quadro 2: Papéis gerenciais do líder
Fonte: Mintzberg, 2010.
A função do líder além de juntar os elementos do grupo, também tem o objetivo
de alcançar as metas e planejamento que a empresa pede. Covey (2005) diz que a
liderança tem o enfoque de motivação, um líder eficaz sabe como motivar os elementos
do seu grupo ou equipe.
Para Gil (2001), os que estão à frente da responsabilidade de pessoas precisam
desempenhar o papel de líder é significante, já que influencia as outras pessoas na
conquista dos objetivos organizacionais, baseadas pelo prestígio pessoal e na aceitação
dos colaboradores.
Quando um líder é escolhido pelas pessoas do grupo, torna muito mais fácil o
apego das pessoas, do que aquele que foi indicado por alguém ou pela empresa. Quando
a empresa escolhe o líder formal, não se tem muita garantia de sucesso com os
colaboradores, mas quando um líder é escolhido pelos colaboradores o respeito e a
vontade de contribuir com a empresa através do trabalho é maior, pois há uma
motivação para exercer as atividades.
White (2007), comenta que os líderes surgem espontaneamente ou até podem ser
sugeridos pelo grupo em questão de afinidade, relacionamento ou até intimidade, porque
a influência e seu potencial sobre as pessoas podem lhe dar a competência de serem
aceitas para liderar um grupo na organização. O autor defende que a liderança além de
envolver a cabeça ela envolve o coração e é tanto analítica quanto interpessoal. O maior
desafio para um líder é saber quando ser amigável, paciente, participativo e quando ser
mais racional, sangue-frio, decisivo para tomar decisões difíceis.
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Para Covey (2005), a liderança surge da autoridade moral, e controladora por
conceitos que influenciam o fortalecimento ainda mais na liderança formal quando
oferecida. Apesar das diferentes definições de liderança, o autor ainda explana que existe
um padrão para todos os tipos de líderes.
Um líder não quer apenas os elogios e qualidades para si próprio, ele compartilha
e motiva os colaboradores a achar dentro de si o seu valor e sua capacidade. Covey
(2005) cita que o líder tem a responsabilidade de mostrar às pessoas o próprio potencial
de uma forma tão clara que as mesmas não podem ter nenhuma dúvida de seu vigor.
Apesar de algumas pessoas já nascerem com essa característica, não significa que
ela não esteja ao alcance de todos, neste caso será necessário um empenho para
desenvolvê-la.
Chiavenato (2002) diz que a liderança tem característica social, que pode
estabelecer como uma influência interpessoal elaborada numa dada situação e apontada
através do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos
específicos.
Senge (2002), comenta que todas as pessoas têm o potencial para ser um bom
líder, pois há vários estilos de liderança, existem várias situações as quais o contexto que
vai definir as características que o líder terá que tomar como orientar, guiar,
compreender, deixar sem opinar para testar a criatividade, onde irá chegar até uma
conclusão de um trabalho feito com muita eficácia. Isso fará com que cada um exerça
sua personalidade e eficiência em busca de solucionar as adversidades.
Então, o papel do líder é principalmente motivar os colaboradores, fazendo com
que os mesmos produzam e trabalhem feliz, ao ponto de não ver o local de serviço como
apenas uma obrigação e sim como algo que irá satisfazer o seu interior e exterior.
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Figura 1: Os impactos do líder na organização
Fonte: Fernandes, 2013.
A liderança possui propriedades importantes para as empresas, quando há
produtividade uma parcela do sucesso é graças à liderança e consequentemente aos seus
condutores, pois eles são fatores imprescindíveis para o desenvolvimento e empenho dos
colaboradores.
De acordo com Chiavenato (2005, p.182)
Cada sucesso da empresa é o sucesso de um ou mais executivos.
Cada fracasso é o fracasso de um ou mais executivos. A excelência
empresarial está profundamente relacionada com a excelência
gerencial. A visão, a dedicação e a integridade do executivo são os
principais determinantes do sucesso empresarial. As principais
habilidades e ferramentas gerenciais quase sempre se resumem
em uma característica básica e fundamental: a liderança.
Toda empresa deve ter um líder que afronte pelos seus ideais, tendo respeito
sempre a sua política, assim quando chega ao sucesso e desenvolve no negócio,
conquistando o respeito dos que o seguem.
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Para os colaboradores trabalharem de maneira satisfatória, eles necessitam de
alguém que os conduza pelo caminho certo; e um líder possui essas qualidades, como
aconselhar, inspirar entusiasmo e com o jeito carismático.
CONCLUSÃO Por meio de tantas mudanças e tantas inovações, as empresas precisam ter uma
vantagem competitiva, as organizações não podem nem sequer pensar em errar, pois se
isso acontecer pode ser fatal para elas.
Torna-se, portanto, um dever da empresa cuidar da motivação dos colaboradores,
desde a satisfação dos colaboradores até a condição dentro do ambiente de trabalho,
pois são eles quem trazem a mão de obra para se ter os lucros desejados.
Exposto isso, vimos que há uma necessidade de ter sempre uma pessoa à frente
da empresa, não deixando perder o foco das atividades rotineiras, e esse é o trabalho de
um líder, para que a organização chegue aos seus objetivos e encontre o caminho do
sucesso.
O intuito é solucionar os problemas que muitas organizações passam no dia-a-dia,
como a desmotivação dos colaboradores, falta de compreensão sobre necessidade de um
gerente ou um líder para estar à frente, visão ampla das vontades dos colaboradores,
sem deixar de atender aos anseios das empresas.
O objetivo é influenciar as empresas a se ter líder, uma vez que, nos textos dos
autores citados no corpo do trabalho, comprovam a maior vantagem de ter na supervisão
de uma empresa um líder democrático em relação a um autocrático ou liberal.
Para concluir, quando há liderança bem adimplida nas empresas, é como uma
orquestra em que há os melhores músicos, os melhores instrumentos e o mais
importante o melhor maestro, a fim de levar ao público um sonho transformado em
canção.
REFERÊNCIAS
BELLUZO, R. C. B. Liderança & Formação e desenvolvimento de equipes. São
Paulo: USP, SIBI, 2002. Apostila. Disponível em:
<http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/n203012.pdf>. Acesso em:
15/09/2018.
BENNIS, Warren. A formação do líder. São Paulo: Atlas, 2004.
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CHIAVENATO, I. Gerenciando Pessoas: como transformar os gerentes em gestores de
pessoas. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
COVEY, Stephen R. O 8º. Hábito: da eficácia à grandeza. São Paulo: Editora Elsevier
2005.
FERNANDES, S. Funções da liderança, 2013. Disponivel em:
<https://pt.slideshare.net/prsilviofernandes/funes-da-liderana> Acesso em: 15/11/2018.
GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2001.
MANSI, V.; CERANTOLA, W. A liderança na comunicação interna, 2009.
MARINHO, R.M., OLIVEIRA, J. F. (ORGS.). Liderança: uma questão de competência.
São Paulo: Saraiva, 2005.
MINTZBERG, Henry. Managing: desvendando o dia a dia da gestão. Porto Alegre:
Bookman, 2010.
SENGE, P. M. A Quinta Disciplina. São Paulo: Best Seller, 2002.
SOARES, E. Atitudes de um líder eficaz: mais do que descobri-las é preciso
praticá-las. São Paulo: 2004. Disponível em: <https://www.acessa.com/> Acesso em:
31 de maio de 2018.
WHITE, B. J. A Natureza da Liderança. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
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7.4. A IMPORTÂNCIA DO DIREITO EMPRESARIAL PARA A
FORMAÇÃO DO ADMINISTRADOR
Fabiana Irma Daglio
As empresas e as relações comerciais têm forte influência sobre a sociedade
contemporânea, e a necessidade de regulamentar as ações é imprescindível para as
relações e as práticas comerciais.
O Direito Empresarial, também conhecido como Direito Comercial, disciplina as
relações comerciais, os direitos e as obrigações das empresas e dos empresários.
É considerado empresário aquele que exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. E
celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir,
com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos
resultados (BRASIL, 2002).
Portanto, as sociedades empresariais são constituídas de pessoas para o exercício
de determinada atividade, objetivando a mesma finalidade, e adquirem personalidade
jurídica com a formalização de inscrição e registro próprio de seus atos constitutivos.
É indispensável ao Administrador o conhecimento sobre os conceitos e
fundamentos do Direito Empresarial, uma vez que estarão assumindo o papel de gestão
das pessoas jurídicas, devendo, muitas vezes, cumprir o papel legal e as obrigações da
pessoa jurídica, por meio do exercício da gestão.
Desta forma, um Administrador deve ter noções básicas sobre as sociedades
empresariais, tais como:
a) A regularização do negócio: as sociedades resultam de um contrato
celebrado entre os empresários, chamado contrato social. Diferente do contrato civil
tradicional, em que as partes possuem interesses e objetivos distintos, no contrato social
os sócios possuem vontades e objetivos comuns, convertendo os interesses individuais
dos sócios em um único interesse coletivo da sociedade (ALMEIDA, 2012, p. 37).
O contrato social é elemento fundamental para realizar a inscrição na Junta
Comercial e obter o Número de Identificação do Registro da Empresa (NIRE), necessário
para a obtenção do CNPJ.
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b) Os tipos societários: as sociedades empresariais são criadas de acordo com
seu objetivo e tipo de empreendimento, podendo ser de Responsabilidade Limitada
(LTDA), Sociedade Anônima (SA); Nome Coletivo; Comandita por Ações; Comandita
Simples.
c) O regime tributário: as sociedades empresariais, em seus atos constitutivos,
também são classificadas em diferentes regimes tributários, de acordo com sua natureza
e objetivos, cada qual com seus enquadramentos de alíquotas e tributos.
d) O Cumprimento das obrigações trabalhistas e direitos do consumidor:
as sociedades empresariais têm deveres em relação aos seus funcionários e
consumidores.
É fundamental ao Administrador conhecer sobre as diferenças, características e
classificações das sociedades empresariais para que prejuízos sejam evitados, e se
possibilite o planejamento empresarial, com fundamentação jurídica.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. P. Manual das sociedades comerciais: Direito de empresa. 20. ed. São
Paulo: Saraiva, 2012.
BRASIL. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.
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7.5. OS CIBERCRIMES E A SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES
NAS ORGANIZAÇÕES
Fabiana Irma Daglio
Com o amplo crescimento da estrutura virtual e a dependência das pessoas e das
organizações desse espaço, nota-se também o crescente volume de crimes virtuais,
devido à vulnerabilidade do espaço cibernético, que quando criado não previa a execução
de tais crimes.
De acordo com Garcia (2016), segurança, ameaças, vulnerabilidades e a
criminalidade cibernética correspondem a conceitos que emergem no espaço cibernético,
ambiente fictício em que a comunicação ocorre através de redes de computadores.
Atualmente, a segurança do espaço cibernético é pauta relevante para as
organizações em função da dependência do espaço virtual, e por isso, têm investido em
segurança das informações.
Ressalta Richardson (2008), eu a Internet nasceu essencialmente como um
ambiente desregulamentado e com características propícias para a ocorrência de
variados tipos de crimes. Complementa Lefebvre; ACM (2012), que originalmente, a rede
mundial de computadores foi concebida como um sistema aberto, sendo a confiabilidade
e previsibilidade dos usuários uma premissa. Todavia, o rápido crescimento trouxe
vulnerabilidades e, por conseguinte, o crime cibernético, com seus impactos imediatos e
futuros.
Indivíduos, organizações ou governos têm suas atividades diárias prejudicadas
pela ocorrência de fraudes, corrupção de sistemas e indisponibilidade serviços. No longo
prazo, danos significativos podem comprometer à credibilidade, a propriedade
intelectual, a estabilidade social, a soberania e a segurança da população (CHOO, 2011).
Lefebvre; ACM (2012) salientam que no âmbito organizacional, a segurança
cibernética engloba as várias medidas necessárias para proteger infraestruturas de
tecnologia da informação contra ataques que abrangem desde vírus que atrapalham o
funcionamentos dos sistemas a crimes que destroem o patrimônio das organizações.
De acordo com Canongia e Mandarino Jr (2010), a segurança cibernética
compreende aspectos relacionados a prevenção e repressão, devendo proteger o acesso,
a manipulação, a transmissão e a destruição indevida e não autorizada da infraestrutura
e da informação pessoal e organizacional.
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Essas medidas devem ser desenvolvidas através de políticas de segurança que
combinam tecnologia, pessoas e processos, por meio da implantação no espaço
organizacional, de ferramentas, normas e orientações.
Medidas e ações simples podem contribuir para a proteção, prevenção e
segurança das organizações no espaço virtual, como o uso de um bom antivírus e filtro
de web, uma cópia de segurança atualizada para restaurar os dados, investir em
firewalls, realizar bloqueio de sites não seguros, restringir o acesso a sites por parte dos
colaboradores, realizar as atualizações de sistema que visam justamente reparar falhas e
vulnerabilidades.
É essencial ao gestor e às organizações estar atento às medidas de segurança
virtual para evitar crimes cibernéticos, prejuízos e a vulnerabilidade de seus dados e seus
clientes.
REFERÊNCIAS
CANONGIA, C.; MANDARINO JUNIOR, R. Segurança cibernética: o desafio da nova
Sociedade da Informação. Parcerias Estratégicas, v. 14, n. 29, p. 21-46, 2010.
CHOO, K.-K. R. The cyber threat landscape: challenges and future research
directions. Computers & Security, v. 30, n. 8, p. 719-731, 2011.
GARCIA, P. S. A influência do ambiente organizacional na motivação para prática
de crimes cibernéticos. PUC-RS, 2016.
LEFEBVRE, R.; ACM. The human element in cyber security: a study on student
motivation to act. Proceedings of the 2012 Information Security Curriculum
Development Conference (Infosec Cd '12), p. 1-8, 2012.
RICHARDSON, R. CSI computer crime and security survey. Computer Security
Institute, v. 1, p. 1-30, 2008.
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7.6. AS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E TRIBUTÁRIAS DAS
SOCIEDADES EMPRESARIAIS
Fabiana Irma Daglio
As principais obrigações empresariais estão relacionadas às obrigações
trabalhistas, regidas pela Legislação Social, e as tributárias, regidas pela Legislação
Tributária.
De acordo com Zanaighi (2009) Legislação Social ou Direito do Trabalho é o ramo
da ciência jurídica em que são estudados os princípios e as normas concernentes às
relações de emprego.
Dantas (2010, p. 11) complementa que Direito do Trabalho é o conjunto
de princípios, regras e instituições atinentes à relação de trabalho subordinado e
situações análogas, visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao
trabalhador e acordo com as medidas de proteção que lhes são destinadas.
Por sua vez, a Legislação Tributária ou Direito Tributário refere-se às leis
pertinentes à definição de tributos, responsabilidade tributária, cobrança de tributos,
fiscalização e penalidades.
Dentre as obrigações trabalhistas e tributárias tem-se:
a) Obrigações trabalhistas
As obrigações trabalhistas básicas são: Pagamento, Férias e 13º salário, Horas
extras, que devem ser pagas em recolhimento em folha em seus devidos prazos.
As obrigações trabalhistas previdenciárias mensais são: Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS); INSS – Guia do Instituto Nacional de Seguro Social; Imposto
de Renda Retido na Fonte (IRRF), que devem ser pagas em recolhimento por guias em
seus devidos prazos.
Dentro das obrigações trabalhistas e previdenciárias também é necessário ser
enviado pelo profissional de departamento pessoal aos órgãos competentes: o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (CAGED); e GFIP, SEFIP e GPS.
A implantação do eSocial unificou a plataforma que recebe estes dados.
b) Obrigações fiscais e tributárias
Dentre as principais obrigações tributárias, tem-se:
IRPJ: o Imposto de Renda para Pessoa Jurídica é um tributo que incide
diretamente sobre a arrecadação das empresas. Ele é recolhido pela Receita Federal e
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tem diferentes tipos de tributação: lucro real, lucro presumido, lucro arbitrado. Para
saber mais sobre o IRPJ, leia este artigo.
IRRF: o Imposto de Renda Retido na Fonte (também conhecido como IRF) é uma
obrigação tributária principal na qual a PJ ou equiparada deve reter do beneficiário da
renda o imposto correspondente de acordo com os termos estabelecidos pelo
Regulamento do Imposto de Renda.
DIRF: é a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte. Essa obrigação
acessória independe do tipo de tributação perante o IRPJ e serve para que a fonte
pagadora – no caso, as empresas – informem à Receita sobre a retenção e a
identificação do beneficiário.
DCTF: as empresas que recolhem pelo Lucro Presumido e Lucro Real estão
obrigadas a fazer a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais. A sua função é
informar à Receita todos os dados referentes aos valores devidos de vários tributos e
contribuições federais e aqueles utilizados na sua quitação.
DASN: a Declaração Apuração da Arrecadação do Simples Nacional é uma
obrigação das empresas enquadradas nesse regime.
Para a simplificação dos procedimentos tributários, SPED Fiscal ou Escrituração
Fiscal Digital (EFD), é um sistema digital que simplifica o envio, o arquivamento e a
validação das obrigações tributárias.
Ao administrador é essencial o conhecimento das obrigações trabalhistas e
tributárias previstas em leis para o cumprimento de tais obrigações, conforme o
enquadramento de cada sociedade empresarial.
REFERÊNCIAS
CASSONE, V. Direito Tributário. São Paulo: Elsevier, 2011.
DANTAS, M. B. Direito do Trabalho. 2ª Ed.Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2010.
ZAINAGHI, D. S. Curso de Legislação Social – Direito do Trabalho, 12ª edição, São
Paulo: Editora Atlas, 2009.
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7.7. AS EMPRESAS E OS DIREITOS HUMANOS
Fabiana Irma Daglio
De acordo com o Centro de Pesquisas do Instituto Business and Human Rights,
diante dos grandes abusos das últimas décadas, a sociedade civil tem cada vez mais
atentado para que as empresas atenham-se às normas de direitos humanos.
Uma abordagem de direitos humanos com aplicabilidade empresarial requer das
organizações ações conscientes que respeitem os direitos dos trabalhadores, o meio
ambiente e o consumidor, sem distinção de qualquer natureza.
De acordo ainda com o Instituto, toda empresa em cada setor da indústria tem
responsabilidades e impactos sobre os direitos humanos. As empresas podem afetar toda
a gama de questões de direitos humanos positivamente ou negativamente, incluindo
devastação do meio ambiente, discriminação, assédio sexual, saúde, segurança,
liberdade de associação e de formar sindicatos, escravidão, liberdade de expressão,
privacidade, etc.
De acordo com Ruggie (2012), a responsabilidade de respeitar os direitos
humanos exige que as empresas evitem que suas próprias atividades gerem impactos
negativos sobre direitos humanos ou para estes contribuam, bem como enfrentem essas
consequências quando vierem a ocorrer.
De acordo com Piovesan (2017), as empresas podem violar, mas também
promover direitos. A conduta empresarial não se limita hoje apenas à produtividade
econômica, mas requer o balanço social, de direitos humanos e de sustentabilidade
ambiental. Violar direitos simboliza um alto custo para as empresas, não somente sob o
prisma econômico-financeiro e penal (por vezes, levando os seus dirigentes às prisões),
mas também sob o prisma da identidade e reputação empresarial. Da mesma forma,
promover direitos simboliza não apenas um alto ganho empresarial, mas sobretudo, um
ganho na identidade e reputação empresarial.
É fundamental para o bem-estar social que as ações empreendedoras das
organizações sejam realizadas de forma a preservar o meio-ambiente e as pessoas,
sejam elas funcionários da organização, consumidores ou comunidade de forma geral.
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É imprescindível e imperativo à formação do egresso em Administração a
discussão de tal pauta como diretriz norteadora ao futuro trabalho de gestão à frente das
organizações.
REFERÊNCIAS
BUSINESS AND HUMAN RIGHTS. Empresas e direitos humanos - Uma breve
introdução, 2017.
RUGGIE, J. Empresas e direitos humanos: princípios orientadores sobre
empresas e direitos humanos: implementação dos parâmetros da ONU para
“proteger, respeitar e reparar”, 2012.
PIOVESAN, F. Empresas e direitos humanos. O Globo, 2017.
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7.8. LIDERANÇA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
José Carlos Belo
No campo da Administração contemporânea, há um debate constante sobre as
competências relacionadas à capacidade de liderar. Seria a liderança uma habilidade
inata, privilégio de poucos? Ou pode-se dizer que a liderança envolve competências e
habilidades que podem ser aprendidas?
No que diz respeito à pesquisa, essa discussão ocorre no nível de especialidade da
Administração de Recursos Humanos. A formação do líder aparece como um tópico de
estudo da área do comportamento organizacional. A literatura especializada trata do
assunto no contexto do comportamento organizacional, entendido como conduta das
pessoas na organização.
Sendo assim, é possível conceituar a liderança e discutir aspectos relevantes
relacionados a essa matéria. Múltiplas abordagens têm sido fornecidas para estudo e
avaliação do perfil do líder nas organizações. Diante disso, a discussão encontra amplo
campo para conduzir esforços, seja na revisão da literatura, seja realização de pesquisas
in loco, junto a organizações.
O foco é traçar os caminhos que levem à formação do líder efetivo, eficiente e
eficaz, que tragam benefícios não apenas para os indivíduos envolvidos, mas para a
coletividade.
REFERÊNCIAS
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em
um excelente gestor de pessoas. 5. ed. São Paulo: Editora Manole, 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e
iniciação à pesquisa. 34. ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014.
MARTINELLI, Dante R. Negociação e solução de conflitos: do impasse ao ganha-
ganha através do melhor estilo. São Paulo: Atlas, 2017.
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2019
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MILKOVICH, George T.; BOUDREAU, John W. Administração de recursos humanos.
São Paulo: Atlas, 2002.
MINICUCCI, Agostinho. Relações humanas: psicologia das relações interpessoais. 6.
ed. São Paulo: Atlas, 2009.
OLIVEIRA, Marco A. Comportamento organizacional para a gestão de pessoas:
como agem as empresas e seus gestores. São Paulo: Atlas, 2010.
PONTES, Benedito Rodrigues. Avaliação de desempenho: métodos clássicos e
contemporâneos, avaliação por objetivos, competências e equipes. 11. ed. São Paulo:
LTr Editora, 2010.
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2019
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7.9. DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES GERENCIAIS
José Carlos Belo
A formação em Administração pressupõe conduzir o estudante no
desenvolvimento das competências e habilidades requeridas para o exercício da
profissão. O processo decisório, com ênfase na visão estratégica, pode ser entendido
como uma atividade central na carreira de qualquer Administrador.
O desenvolvimento de habilidades gerenciais perpassa pela aquisição de
conhecimentos oriunda da revisão da literatura, somada com a assistência do professor
em sala de aula. Em adição a isso, a vivência de situações práticas irá consolidar o perfil
do egresso do curso, formando um profissional que atenda às exigências do mercado.
A tomada de decisão e a necessidade de promover a capacidade de integração
para o trabalho em equipe levam ao entendimento de que o Estudo de Caso pode se
constituir na metodologia ideal para conferir experiências próximas da realidade e
conduzir ao autoaperfeiçoamento.
Promover o desenvolvimento de Habilidades Gerenciais através da resolução de
Estudos de Caso envolvendo simulações de práticas de gestão é essencial, promovendo:
Otimização da aprendizagem dos conteúdos trabalhados nas disciplinas do curso.
Estimulação do exercício da ação reflexiva com ênfase na tomada de decisão.
Oportunizar a mobilização de conhecimentos e habilidades para resolução de
problemas.
Aplicação de técnicas de abordagem vivencial para desenvolvimento pessoal e
profissional.
Sensibilização para a importância da consultoria empresarial como alternativa
viável de empreendedorismo.
O Ciclo de Aprendizagem Vivencial é uma concepção trabalhada por David Kolb
(2015). Esse processo pressupõe o desenvolvimento da aprendizagem a partir de
vivências, o que possibilita o exercício da ação reflexiva. Nesse contexto, o estudante irá
aprender fazendo, uma vez que resolve problemas recorrendo às práticas usuais do
cotidiano do Administrador.
As atividades desenvolvidas junto aos alunos, seja em sala de aula, seja no
laboratório de informática, envolvem Situações de Interação Estratégica, que são aquelas
onde indivíduos ou organizações reconhecem a interdependência mútua de suas decisões
(GRAMIGNA, 2007).
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O estudante trabalha a partir de um modelo, que é a representação simplificada
de um objeto de estudo ou situação estratégica, onde alguns elementos são destacados e
outros são omitidos. A Teoria dos Jogos oferece formas de modelar e analisar situações
de interação estratégica, entendendo a lógica da situação e traçando hipóteses para
resolução de problemas (MARINHO, 2011).
O principal método de abordagem de investigação da área de ciências sociais
aplicadas é o Estudo de Caso, que permite ao estudante praticar sua capacidade de
tomar decisões diante de uma situação simulada. O caso é a descrição de uma situação
problema baseada em fatos reais, mas que pode lidar com organizações e pessoas
fictícias. Envolve um conjunto de fatos e situações do cotidiano organizacional cuja
solução requer uma tomada de decisão. A resolução do caso não possui fórmulas prontas
ou respostas gabaritadas e deve ser trabalhada em equipe (TRIGUEIRO, 1999).
Dentre as vantagens para se trabalhar com o Caso, está o fato de que ele exige
participação ativa dos estudantes, proporciona visão abrangente das atividades
organizacionais, ajuda a desenvolver a capacidade de análise do aluno e exercita o
processo de tomada de decisão. Além disso, fortalece a capacidade de discurso e
argumentação e concilia a aquisição de conhecimento com vivências, permitindo aplicar
as teorias aprendidas no curso (TRIGUEIRO, 1999).
A simulação de práticas de gestão em áreas diversas como marketing, recursos
humanos, finanças, logística, produção, entre outras, auxiliarão os alunos a aprender a
lidar com tópicos estratégicos e competitivos no contexto de uma organização. O
desenvolvimento de atividades com esse viés desperta para a importância da
interdisciplinaridade, pois, para resolver as situações-problema, os alunos precisam
mobilizar conhecimentos adquiridos nas múltiplas matérias estudadas ao longo do curso,
contribuindo assim para a formação das competências gerenciais.
REFERÊNCIAS
BERNI, D. A. Teoria dos Jogos. São Paulo: Saraiva, 2014.
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro:
Manole, 2011.
FERENCE, T. Estratégia. Saraiva, 2010.
GRAMIGNA, M. R. M. Jogos de empresa. São Paulo: Pearson, 2007.
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HBS – HARVARD BUSINESS SCHOOL. Teaching by the case method. 2005. Disponível
em: https://www.hbs.edu/teaching/case-method/Pages/default.aspx. Acesso em: 25
junho 2018.
JALOWITZKI, M. Jogos e Técnicas Vivenciais nas Empresas. São Paulo: Madras,
2011.
KOLB, D. A. Experiential learning: Experience as the source of learning and
development. 2. ed. New Jersey/USA: Pearson Inc., 2015.
MARINHO, R. Prática na teoria: aplicações da teoria dos jogos. São Paulo: Saraiva,
2011.
SIQUEIRA, J. P. L. Estratégia para corporações e empresas. São Paulo: Learning,
2012.
TAVARES, J. M. Teoria dos jogos aplicada à estratégia empresarial. Rio de Janeiro:
LTC, 2012.
TRIGUEIRO, C. M. Estudos de casos no treinamento de executivos. 2. ed. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 1999.
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7.10. GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Luís Cláudio Oliveira
Para sobreviver e manter-se num mercado competitivo, o empresário deve apoiar
suas decisões em informações gerencias confiáveis e precisas. Nesse contexto, a
administração financeira tem ocupado importância crescente para as pequenas e médias
empresas.
Durante muitos anos prevaleceu conceito de que gestão financeira se constituía
basicamente na função exercida pela tesouraria, principalmente na atividade contas a
pagar e receber, conceito fortemente enraizado no gerenciamento de pequenas e médias
empresas. Com o Plano Econômico de 1994 que debelou o processo inflacionário e
provocou profundas transformações nos ambientes – econômico, social e empresarial,
esse quadro foi profundamente alterado. A nova economia brasileira e sua complexidade
demandam novas exigências para administração financeira, não basta apenas olhar para
o caixa da empresa, é preciso compreender e analisar funções antes negligenciadas pelo
pequeno e médio empresário, tal como a função de controladoria (custos, preços e
administração de lucros), em que se encontram as maiores deficiências da pequena e
média empresa.
Para gerenciar com eficiência o empresário necessita implantar alguns relatórios
gerencias, construir indicadores de desempenho para que faça seu acompanhamento e
avalie sua performance. Portanto, o sucesso empresarial depende da velocidade com que
o empreendedor responde as exigências do mercado e de sua capacidade de aprender e
conviver com mudanças.
A análise de crédito tem como objetivo estudar a possibilidade de conceder crédito
a uma pessoa jurídica, avaliando a veracidade das informações prestadas pela mesma e
suas condições de honrar os compromissos financeiros. Também serve para minimizar os
riscos da operação financeira e maximizar os resultados esperados, afinal o capital
investido deve retornar acrescido de rentabilidade, caso contrário, não seria tão
vantajosa a operação para as instituições financeiras.
Outro ponto importante é a formação de preço é uma das tarefas mais
importantes para a gestão financeira das micros e pequenas empresas. Ele garante que
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seu empreendimento seja lucrativo, cubra os custos e, ao mesmo tempo,
seja competitivo e atrativo para os clientes.
Da mesma forma que um preço muito baixo poderia prejudicar o negócio, um
valor muito elevado a anunciar afasta os compradores. A definição certeira sobre o que
será cobrado não poderá acontecer por meio de tentativa e erro.
Ter conhecimento do mercado de crédito, exigências, procedimentos, redução de
riscos de inadimplência, entre outros fatores adotados pelas instituições financeiras para
concessão de crédito, é fundamental para o processo de análise do crédito.
O levantamento dos gastos gera informações necessárias à tomada de decisões,
como análise de investimentos, mix de produtos e serviços e sua precificação.
A qualidade das informações geradas é fundamental para apuração, análise e
controle dos gastos. Os conceitos aqui apresentados seguem uma abordagem gerencial
amplamente aceita, portanto sendo de grande valia no processo de tomada de decisões
gerenciais.
REFERÊNCIAS
SILVA, Edson Cordeiro da. Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas –
Guia de Sobrevivência Empresarial. 9. Edição. São Paulo: Atlas, 2016.
SARDINHA, José Carlos. Formação de Preço – Uma abordagem prática por meio da
Análise Custo-Volume-Lucro. São Paulo: Atlas, 2013.
HOJI, Masakazu. Administração Financeira e Orçamentária. 11ª Edição São Paulo:
Atlas, 2014.
ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2003.
SILVA, F. G.; JORGE, F. T. Economia aplicada à Administração. São Paulo: Futura,
2001.
VARIAN, H. R. Microeconomia: Princípios Básicos. 7ª ed., Rio de Janeiro: Ed.
Campus/Elsevier, 2006.
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2019
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7.11. COMÉRCIO EXTERIOR NA PRÁTICA
Luís Cláudio Oliveira
A internacionalização da empresa consiste em sua participação ativa nos
mercados externos. Com a eliminação das barreiras que protegiam, no passado, a
indústria nacional, a internacionalização é o caminho natural para que as empresas
brasileiras se mantenham competitivas. Se as empresas brasileiras se dedicarem
exclusivamente a produzir para o mercado interno, sofrerão a concorrência das empresas
estrangeiras dentro do próprio país. Por conseguinte, para manter sua participação no
mercado interno, deverão modernizar-se e tornarem-se competitivas em escala
internacional. A atividade exportadora, contudo, não é isenta de dificuldades, até mesmo
porque o mercado externo é formado por países com idiomas, hábitos, culturas e leis
muito diversos, dificuldades essas que devem ser consideradas pelas empresas que se
preparam para exportar.
No Brasil, a atividade exportadora tem importância estratégica, pois contribui para
a geração de renda e emprego, para a entrada das divisas necessárias ao equilíbrio das
contas externas e para a promoção do desenvolvimento econômico.
Dentre as vantagens que a atividade exportadora oferece às empresas, destacam-
se as seguintes:
a) aumento de produtividade - exportar implica aumento da escala de produção,
que pode ser obtido pela utilização da capacidade ociosa da empresa;
b) diminuição da carga tributária – a empresa pode compensar o recolhimento
dos impostos internos, via exportação;
c) redução da dependência de vendas internas – a diversificação de mercados
(interno e externo) proporciona à empresa maior segurança contra as
oscilações dos níveis de demanda interna;
d) aumento da capacidade inovadora – as empresas exportadoras tendem a ser
mais inovadoras;
e) aperfeiçoamento de recursos humanos;
f) aperfeiçoamento de processos industriais e comerciais;
g) melhoria da imagem da empresa – o caráter de “empresa exportadora” é
referência importante nos contatos da empresa no Brasil e no exterior.
Para a formação do egresso em Administração é fundamental conhecer os
procedimentos para a comercialização internacional, a fim de contribuir para o
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desenvolvimento das organizações, auxiliando no exercício da comercialização e
expansão de mercados.
REFERÊNCIA
BRASIL. Exportação Passo a Passo. Ministério das Relações Exteriores, 2011.
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7.12. A ECONOMIA INTERNACIONAL
Luís Cláudio Oliveira
Economia Internacional é o nome dado ao fenômeno que estrutura a cooperação
entre países, num sistema de interdependência entre as várias áreas onde a Economia
Mundial influencia a política, o comércio, a saúde, as populações, a sociedade e o meio
ambiente, entre outros fatores fundamentais para o ser humano contemporâneo.
Desse modo, tal assunto ultrapassa as fronteiras da Economia convencional, com
suas tradicionais ligações com o Comércio e Finanças Internacionais.
Seu principal objetivo é a estruturação das relações econômicas globais,
enfatizando a importância do conceito de cooperação entre nações, surgido com a
constituição do Estado Nacional Moderno e seus conflitos por definição de fronteiras,
despertando assim, o fenômeno do interesse nas trocas comerciais. A cooperação entre
Estados é também no sentido cooperativo de união entre os povos, buscando a união,
para a conquista de avanços conjuntos comuns.
O processo de atuação dos países no sistema econômico internacional vincula-se
às relações de compra e venda de mercadorias, não se tratando necessariamente de
excedentes, onde põe-se a necessidade, para todas as nações, de obter divisas,
garantindo desse modo os bens de primeira necessidade, indispensáveis ao
abastecimento interno. Ao mesmo tempo, tem-se a indústria local buscando a venda de
suas mercadorias.
Num cenário globalizado, a cada dia a interação e interdependência entre os
países tornam-se cada vez maior. Assim é de vital importância que as relações
funcionem perfeitamente, para isso normalmente é adotada a criação de organismos
inter e supra nacionais, que ajudam a interceder para o equilíbrio entre as relações e
desenvolver os países participantes.
Uma tendência natural da globalização é a formação grandes blocos econômicos.
Tais blocos são criados com a principal finalidade de facilitar o comércio entre os paises
participantes do bloco, através de certas medidas. Medidas essas que podemos destacar:
• Facilitar processos burocráticos;
• Facilitar o tráfego de serviços e produtos;
• Isenção, ou até mesmo de redução, de impostos ou taxas alfandegárias.
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Em teoria, o comercio entre os países parte de um mesmo bloco gera crescimento
econômico para todos. Geralmente, estes blocos são formados por países vizinhos ou por
questões culturais ou comerciais. Essa é uma grande tendência no mercado internacional
que, segundo especialistas, países que não participam de nenhum bloco econômico é o
viver isolado no mercado internacional.
Para a formação do egresso em Administração é fundamental o estudo do
mercado internacional, tendo em vista a necessidade imperiosa de participar do mundo
global para a ampliação de mercados e geração de riquezas e de crescimento econômico.
REFERÊNCIAS
WILLIAMSON, J. A Economia aberta e a economia mundial, Rio de janeiro, editora
Campus, 1996.
KRUGMAN, P. R; OBSTFELD, M. Economia Internacional, teoria e política. São Paulo:
Makron Books, 1999.
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7.13. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ECONÔMICO LOCAL,
REGIONAL E NACIONAL
Luís Cláudio Oliveira
A nossa compreensão a respeito da complexidade das forças que afetam o nível
de preços dos produtos se faz necessário, já que esses preços são importantes tanto
politicamente quanto economicamente e influenciam o nível de renda do produtor, o
bem-estar do consumidor, e, em muitos países, a quantidade de lucros de exportação de
produtos agrícolas. Nesse sentido, a Teoria Microeconômica ou a Teoria de Preços e da
Alocação dos Recursos preocupa-se com o estudo do comportamento econômico das
unidades econômicas individuais, tais como consumidores, empresas e proprietários de
recursos, tratando, basicamente, dos fluxos de bens e serviços das empresas para os
consumidores, dos fluxos dos recursos produtivos ou serviços dos seus proprietários para
as empresas e da composição desses fluxos. Assim, a Teoria Microeconômica preocupa-
se em responder questões do tipo:
O que determina o preço dos diversos tipos de bens e serviços?
O que determina a remuneração de um trabalhador?
O que determina o quanto de cada mercadoria será produzida?
O que determina a maneira pela qual um indivíduo gasta sua renda entre os mais
diversos tipos de bens e serviços?
A economia de um país, conhecida como macroeconomia, pode influenciar a
situação financeira de qualquer empresa, seja ela grande, média ou pequena. Sendo
assim, dependendo das transformações econômicas que ocorrem, todas sofrem mais ou
menos os impactos.
Uma crise econômica em um país que está a milhares de quilômetros de
distância do Brasil pode afetar a saúde econômica de uma empresa aqui. Hoje, isto está
cada vez mais frequente devido à conhecida globalização, a qual tem encurtado as
distâncias entre as pessoas e as empresas.
É a esta situação contemporânea da economia mundial que se deve a
importância imprescindível de o administrador ficar atento à situação econômica do país,
como também a do planeta.
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Uma variação na taxa básica de juros, por exemplo, pode influenciar o caixa da
empresa e a possibilidade de empréstimos para investir no crescimento desta.
Entre os elementos do Macroambiente estão incluídos, por exemplo, fatores
políticos e ideológicos que se manifestam em âmbito nacional ou internacional. Assim, as
unidades que se referem ao campo da macroeconomia foram planejadas para fornecer
uma compreensão de conceitos e variáveis que se referem ao desempenho geral do
sistema econômico e às constituições e inter-relações dos diversos setores (setor
pessoal, setor produtivo, setor público, sistema financeiro e monetário), bem como das
ideias e doutrinas que são frequentemente utilizadas nos debates em torno das políticas
econômicas. Portanto, mais que o mero fornecimento de instrumental técnico, essa parte
visa à criação de capacidades de assimilação de noticiários especializados e à formação
de opinião sobre questões de interesse geral do país.
Esta visão para o ambiente externo da empresa se iniciou com a abordagem da
teoria dos sistemas que revelou esta necessidade cada vez mais importante de o
administrador olhar para as mudanças externas à organização, a qual é vital para a
saúde financeira desta.
Por isso, a importância de conhecer, ao menos, um pouco sobre como funciona a
economia de uma região, do país onde estão localizadas as suas empresas, e até a
mundial. Pois este conjunto de fatores econômicos são determinantes para a
permanência da organização no mercado.
REFERÊNCIAS
PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M. A S de (orgs). Manual de economia: equipe de
professores da USP. Editora Saraiva, SP, 2006
ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2003.
VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de; GARCIA, Manuel E.. Fundamentos de
Economia. São Paulo: Saraiva, SP, 2008.
GONÇALVES, C. E.; GUIMARÃES, B. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus,
2010.
KRUGMAN, P. R. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 2006.
NOGAMI, O., PASSOS, C. R. M. Princípios de economia. Editora Pioneira Thomson
Learning, SP, 2005, 5ª ed.
ANAIS DA SEMANA DE PRODUÇÕES ACADÊMICAS
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SILVA, F. G.; JORGE, F. T. Economia aplicada à Administração. São Paulo: Futura,
2001.
VARIAN, H. R. Microeconomia: Princípios Básicos. 7ª ed., Rio de Janeiro: Ed.
Campus/Elsevier, 2006.
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7.14. ESTADO E SOCIEDADE NA SUPERAÇÃO DAS
DESIGUALDADES RACIAIS NO BRASIL
Luiz Fernando Amaral dos Santos
A Constituição Federal de 1988 define a educação como um direito social. A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n 9394/96) e o Plano Nacional de Educação
(Lei n 10.172, de 9/01/01) traduzem esta definição jurídica em desdobramentos
específicos nacionais e legislações complementares (por exemplo, a Lei 10.639/03 que
torna obrigatório nas escolas públicas e privadas da Educação Básica a inclusão da
temática História da África e das culturas afro brasileiras). Estes desdobramentos se
configuram como componentes educacionais e são base importante para a realização das
mesmas. Portanto, no âmbito da proposição, a Lei 10.639/03 se configura como uma
política de educação de Estado.
A Lei 10.639 de 2003 e suas respectivas formas de regulamentação
(resolução CNE;CP 01/2004 e parecer CNE/CP 03/2004) vinculam-se à garantia do
direito à educação. Elas o requalificam incluindo neste o direito à diferença. Em uma
sociedade multirracial e pluricultural como o Brasil não podemos pensar a cidadania e a
democracia sem considerar a diversidade e o tratamento desigual historicamente imposto
aos diferentes grupos sociais e étnico-raciais. No caso da educação, o racismo e a
desinformação são também obstáculos ao cumprimento da função social e cultural da
escola.
A educação das relações étnico-raciais em nossa sociedade contribui para que a
escola brasileira possa realizar uma revisão de suas posturas, procedimentos, atitudes,
valores, conhecimentos, currículos quanto ao tratamento dado à diversidade étnico-
racial.
O multiculturalismo, neste âmbito, é empregado na acepção intercultural, que
envolve muito mais que a tolerância ao outro diferente de mim. Implica o
reconhecimento do outro; o diálogo entre os diferentes grupos sociais / culturais; a
construção de um projeto comum, no qual as diferenças sejam integradas, fazendo parte
do patrimônio comum. Nessa acepção, uma abordagem multicultural corresponde à
abertura de espaço na escola para as contribuições das diferentes culturas e a
consequente revisão da cultura da escola, de seus símbolos, valores, ritos etc.,
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O mito da democracia racial, que afirma que ‘todos são iguais perante a lei’, mas
trata desigualmente, faz com que as desigualdades socioeconômicas sofridas pela
população negra sejam vistas como de sua inteira responsabilidade, bastando se esforçar
para conseguir ‘chegar lá’.
Sociólogos, antropólogos, psicólogos sociais e educadores, bem como o
Movimento Negro, quando usam o conceito de raça, não o fazem alicerçados na ideia de
raças superiores e inferiores como originalmente foi usado pela ciência no século XIX.
Pelo contrário, usam-no com uma nova interpretação que se baseia na dimensão social e
política dele. E ainda o empregam porque a discriminação racial e o racismo existentes
na sociedade brasileira se dão não apenas em razão dos aspectos culturais presentes na
história e na vida dos descendentes de africanos, no Brasil e na diáspora, mas também
graças à relação que se faz entre esses e os aspectos físicos observáveis na estética
corporal desses sujeitos.
Neste âmbito se insere este projeto, que tem como meta a conscientização dos
alunos de Administração com relação às questões étnico-raciais no Brasil a partir de
estudos, debates e produção de textos nos cursos de Sociologia. Por tudo isso é que
dizemos que as diferenças, mais do que dados da natureza, são construções sociais,
culturais, políticas e identitárias. Aprendemos, desde criança, a olhar, identificar e
reconhecer a diversidade cultural e humana. Contudo, como estamos imersos em
relações de poder e de dominação política e cultural, nem sempre percebemos que
aprendemos a classificar não somente como uma forma de organizar a vida social, mas
também como uma maneira de ver as diferenças e as semelhanças de forma
hierarquizada e dicotômica: perfeições e imperfeições, beleza e feiúra, inferiores e
superiores. Esse olhar e essa forma de racionalidade precisam ser superados.
A escola bem como o Ensino Superior tem papel importante a cumprir nesse
debate. E é nesse contexto que se insere a alteração da LDB, ou seja, a Lei nº
10.639/03. Uma das formas de interferir pedagogicamente na construção de uma
pedagogia da diversidade e garantir o direito à educação é saber mais sobre a história e
a cultura africanas e afro-brasileiras. Esse entendimento poderá nos ajudar a superar
opiniões preconceituosas sobre os negros, a África, a diáspora; a denunciar o racismo e a
discriminação racial e a implementar ações afirmativas, rompendo com o mito da
democracia racial.
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Referências
BOBBIO, N. et al. Dicionário de política. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1992.
BRASIL, Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira
e Africana. Brasília: SECAD; SEPPIR, jun. 2009.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino da História Afro-Brasileira e Africana. Brasília: SECAD/ME,
2004.
CASHMORE, E. Dicionário de relações étnicas e raciais. São Paulo: Selo Negro, 2000.
GOMES, J. B. B. Ação afirmativa & princípio constitucional da igualdade. Rio de
Janeiro/São Paulo: Renovar, 2001.
GOMES, N. L. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações
raciais no Brasil: uma breve discussão. Educação antirracista: caminhos abertos pela
Lei Federal nº 10.639/03. Brasília: MEC/SECAD, 2005. p. 39-62.
GUIMARÃES, A. S. A. Racismo e antirracismo no Brasil. São Paulo: Editora 34, 1999.
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7.15. FATORES POSITIVOS DENTRO DE UMA ORGANIZAÇÃO
ÉTICA
José Carlos Belo Rodrigues
Gabriela Camporez Nicolau
INTRODUÇÃO
Quando surge uma nova empresa, é colocado em prática todas as atividades
necessárias, para que no futuro o objetivo seja alcançado. Porém devido à preocupação
em atingir esta meta ou talvez a falta de informação, em alguns casos, a ética é deixada
de lado. Existem também outros fatores dentro de uma organização em que este
conceito não é dado o devido valor.
No entanto, este estudo tem como finalidade demonstrar a importância da ética
dentro das organizações, e também falar sobre como este fato acaba nos levando em
resultados surpreendentes, tanto individuais quanto coletivos, ou seja, esses resultados
são alcançados não só para a empresa, mas também para seus funcionários. Se trata de
algo que é alcançado de forma correta e direita.
O estudo tem também como finalidade analisar o papel do líder dentro da
empresa, para incentivar seus colaboradores nestas questões éticas, até mesmo
mostrando o quão pode ser desvantajoso para ambas as partes, e assim, conseguindo
resultados positivos.
DESENVOLVIMENTO
A ética tem como conceito algo que diz respeito ao caráter, geralmente ela é
confundida com a moral, porem seus significados são distintos. Uma ação que pode ser
um exemplo em nossa rotina, principalmente dentro de uma organização, que pode
definir o que é uma pessoa moral, é quando fazemos algo correto porque há alguém nos
observando, porem quando a pessoa além de moral também é ética, quando não há mais
ninguém ou algo que possa estar presente, ela continua fazendo o que é certo, é algo
interno da própria pessoa e sua índole.
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Segundo Sá (2015), a consciência ética possui dois pontos que são singulares,
pois pode ser algo que surgiu em seu ensinamento quando era criança ou pode ser algo
que se desenvolveu com as suas práticas sociais do dia a dia. O autor define:
A consciência ética, portanto, é esse estado decorrente de
mente e espírito, através do qual não só aceitamos modelos para a
conduta, como efetivamos julgamentos próprios; ou ainda, nos
condicionamos, mentalmente, para a realização dos fatos
inspirados na conduta sadia para com nossos semelhantes em
geral e os de nosso grupo em particular e também realizamos
críticas a tais condicionamentos. (SÁ, 2015, p. 66).
De acordo com Ashley (2005), atualmente se tem discutido muito em relação as
responsabilidades de uma empresa com os seus subordinados, clientes, entre outros. Na
área da administração principalmente, se tem mostrado uma preocupação maior em com
este conceito ético e os valores morais. A autora cita:
Muito se tem escrito sobre ética, valores, moral e cultura,
mas ainda falta explicitá-los de forma mais sistemática. Por um
lado, tentativas por parte de determinadas organizações de
estabelecer padrões de ética e responsabilidade social em suas
atividades e formas de gestão, muitas vezes, têm se limitado a
criar códigos de ética. Por outro, muitos trabalhos acadêmicos
também se interessam mais pelo aspecto instrumental de
conceitos como ética ou moralidade, procurando explicitar de que
forma prática eles deveriam ser promovidos e até mesmo
implantados dentro das organizações. (ASHLEY, 2005, p. 4).
Uma empresa é constituída por seres humanos, e sendo assim, não só nos dias de
hoje, mas há algum tempo, algumas pessoas não possuem ética dentro de si. Isso pode
ser algo que tenha surgido por mal exemplos, por falta de um objetivo dela mesma, ou
até mesmo por falta de vontade. Mas independente de como isso tenha surgido, dentro
de uma empresa isso pode causar péssimos resultados.
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Uma das grandes consequências causadas pela falta da ética, é na própria pessoa
que cometeu algum erro, por mais simples que parecesse, quando algo não é feito
corretamente, isso sempre acaba causado grandes danos. O resultado desta ação pode
interferir até na carreira de uma pessoa, não importa em que nível operacional a pessoa
se encontrava, se ela age de maneira antiética, uma carreira que prometia grande um
grande sucesso e que era requisitada por muitos lados, pode acabar fracassada de
maneira triste.
Os danos causados na empresa, é também muito grande, podendo assim, perder
muitos clientes e colaboradores. Todos sabem que errar é humano, sendo assim um erro
pequeno, sem intensão, não interfere tanto em seu desenvolvimento, porém quando é
feio por pontos antiéticos, pode até acarretar na falência da mesma.
Visto os malefícios causados pela ausência deste conceito, os papeis de um líder
dentro destas questões são muito importantes. A liderança em si tem a função de
conduzir a equipe, mantê-las motivadas, e assim, conduzi-las ao objetivo final. Além
disso, o líder precisa manter a união entre os membros, estar sempre pronto para os
possíveis conflitos que podem surgir com o tempo, e resolve-los com eficiência e eficácia.
A missão do líder em questão de manter a ética presente dentro da organização é
fundamental. É preciso colocar regras e normas, o líder deve coloca-las de maneira
pacífica, havendo um diálogo entre todos os membros participantes da empresa,
mostrando a dimensão em que isso pode ocasionar resultados bons e ruins para todas as
partes, possivelmente sem ninguém sair ileso, e após isso, cada um vai agir da maneira
que quiser, afinal a ética como já dito é algo interior, é decisão de cada um ter ou não a
presença dela, pois ser ético não é uma lei para nenhum ser humano. Porém talvez após
uma boa conversa, do líder para todos, as ideias de cada um podem acabar mudando
para o lado positivo.
Segundo Jordão (2010), na retaguarda de um conjunto de valores fundamentais,
surgem as decisões são éticas. Alguns deles são:
● Ser honesto em qualquer situação;
● Ter coragem para assumir decisões;
● Ser tolerante e flexível;
● Ser íntegro;
● Ser educado;
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● Ser fiel;
● Ser humilde;
● Ser prudente.
A autora ainda cita:
Empresas não são apenas entidades jurídicas, elas são
formadas por pessoas e só existem por causa delas. Por trás de
qualquer decisão, de qualquer erro ou imprudência, estão seres de
carne e osso. E são eles que vão viver as glórias ou os fracassos
da organização. Quanto mais uma organização se destaca no
mercado, mais se deve preocupar com as relações éticas. Errar é
humano, mas falhas éticas destroem carreiras e organizações.
(JORDÃO, 2010, p.1)
No mundo, não só dentro das empresas, mas no dia a dia das pessoas, vemos
que as pessoas gostam de dar um jeito em algo, de qualquer maneira, sendo certo ou
não, e infelizmente isso está se tornando normal, uma pessoa que quer ganhar um
espaço importante dentro de qualquer organização, ou de qualquer local, sempre pensa
que passando por cima de algo ou alguém, é o certo e o único caminho para conseguir
conquistar seus objetivos.
Os resultados que o ser humano recebe, ou a organização sendo ética, são as
melhores, e não tem como algo dar errado. Agir de maneira correta é tão prazeroso e
nos presenteia com conquistas espetaculares. Apesar da grande quantidade de coisas
erradas sendo feitas, sabemos que o caminho justo sempre é o melhor para trilhar.
CONCLUSÃO
Contudo, é possível analisar que a melhor escolha que o homem pode fazer, é
sempre seguir do lado certo. A organização não tem nada a perder se ela for justa, e no
futuro ela acaba recebendo um sucesso imenso, sendo muito requisitada em todos os
sentidos, ganhando a confiança de clientes, colaboradores, do público, da sociedade de
um modo geral. Assim obtendo o seu propósito de maneira mais rápida e eficaz, do que
agindo de maneira incorreta.
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Vimos também que o papel de um líder na empresa é essencial, pois vai ser o
líder quem vai motivar seus funcionários em geral a agir não só com a sua moral, mas
também com a ética. Um líder não vai somente pensar em “colocar seus funcionários
para trabalhar” e pronto, assim a empresa vai estar destinada à uma grande falha, pois é
importante a preocupação com a parte interna de seus membros. Agir com honestidade e
transparência é o rumo certo para ambas as partes.
REFERÊNCIAS
ASHLEY, P. A. Ética e responsabilidade social nos negócios. 2. Ed. São Paulo:
Saraiva, 2005
BOZZ, J. Liderança dentro das empresas. 2013. Disponível em:
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/lideranca-dentro-das-
empresas/73566/ .Acesso em: 26 nov., 2018.
JORDÃO, S. O comportamento ético nas empresas. 2010. Disponível em:
http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/o-comportamento-etico-nas-
empresas/43499/ .Acesso em: 26 nov., 2018.
MARINHO, S. A importância da ética nas empresas. 2016. Disponível em:
https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/a-importancia-da-etica-nas-empresas/ .Acesso
em: 26 nov., 2018.
SÁ, A. L. Ética Profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
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7.16. NOVAS PERSPECTIVAS EM MOTIVAÇÃO NO TRABALHO
José Carlos Belo Rodrigues
Jéssica Caroliny Terra da Costa
INTRODUÇÃO
Motivação é a peça-chave para que tenhamos sucesso, tanto profissionalmente,
como em nossas vidas pessoais. Nós seres humanos sempre procuramos algo que nos dá
prazer, algo que é de nosso interesse e que nos beneficie. E a motivação envolve tudo
isso.
Este trabalho tem por objetivo mostrar a tamanha importância da motivação na
organização, o seu conceito e também o seu surgimento nas teorias das relações
humanas, além disso mostra, como as empresas antigamente motivava os seus
colaboradores e como elas os motiva hoje. Apresenta alguns fatores que podem acabar
com a motivação, mais também aponta elementos que muitas organizações vêm
utilizando para manter os membros motivados.
A motivação sobretudo é a base do sucesso, ou seja, funcionários motivados
caminham para o sucesso junto com sua empresa.
MOTIVAÇÃO
A motivação basicamente nasceu junto com o ser humano. Porem começou a ser
pesquisada a partir da Revolução Industrial com o início das teorias das relações
humanas, e com isso o colaborador que era visto como “homem econômico”, começou a
ser visto como “homem social”, e é a partir dessas mudanças que passam a ter
importância em seus funcionários e suas necessidades com o trabalho.
Mas o que é a motivação? Qual a sua definição?
De acordo com Chiavenato,
É difícil definir exatamente o conceito da motivação, uma vez que
tem sido utilizado com diferentes sentidos. De um modo geral,
motivação é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de
determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma
propensão a um comportamento especifico. (CHIAVENATO, 2009,
p.50).
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Maximiano (2012) também afirma que, a palavra motivação pode ser usada em
vários significados como: para estudar, viajar, ganhar dinheiro e até mesmo para não
fazer nada. Motivação indica motivos que geram um determinado comportamento, ela é
a força que move o comportamento e que tem três propriedades:
Direção: É o objetivo.
Intensidade: Magnitude da motivação.
Permanência: É a duração da motivação.
Com essas três propriedades conseguimos saber o que levará a pessoa á estar
motivada, o nível da motivação, ou seja, o quão a pessoa está motivada e o tempo que
durará essa motivação.
O autor também afirma que “A motivação é especifica. Uma pessoa motivada para
trabalhar pode não ter motivação para estudar ou vice-versa. Não há um estudo geral de
motivação que leve uma pessoa a sempre ter disposição para tudo” (MAXIMIANO, 2012,
p.254).
Sabemos que o foco das empresas é gerar lucro, e com a maior parte desse
objetivo ela conta com seus colaboradores, que por fim exercem cada função, para que a
empresa possa alcança-los. Mas para que isso aconteça como um ponto positivo, a
empresa deverá manter seus funcionários motivados, mas será que toda organização
pressupõe em motiva-los?
A motivação no trabalho é uma tarefa cuja responsabilidade única
e total pesa sobre o próprio indivíduo. A organização espera que
seus membros se motivem. Por outro lado, essa abordagem do
processo motivacional na organização sugere que as pessoas
respondam a recompensas e punições. Esse posicionamento
predomina nas organizações e fundamenta as políticas
organizacionais no que se refere à seleção, avaliação, promoção e
demissão de seus funcionários. (AGUIAR, 2006, p.351).
Fatores que Acabam com a Motivação
Quando a equipe está motivada, a empresa automaticamente tem mais
produtividade, gera mais lucro e o ambiente de trabalho fica com qualidade muito
melhor. Mas existem fatores dentro da empresa que podem acabar com a motivação,
como:
Falta de valorização: Todos nós esperamos ter reconhecimento quando fazermos
um serviço bem feito. Um simples elogio faz toda a diferença.
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Focar apenas nos erros: Quando o líder não sabe valorizar um trabalho e enxerga
apenas o erro, isso faz com que a pessoa fique desmotivada.
Líderes: Existem líderes que são extremamente arrogantes, e não sabe de fato
lidar com seus subordinados, sabem apenas enxergar erros, chamar atenção na
frente da equipe. Um bom líder deve saber lidar com diversas situações, diversos
tipos de personalidades, que saibam conversar, motivar, ouvir e impor regras
tudo na hora certa. Um bom líder comanda uma boa equipe.
Falta de oportunidade profissional: Todos nós somos movidos por objetivos.
Quando trabalhamos em uma empresa a nossa meta é sempre crescer
profissionalmente, para isso devemos sempre procurar se destacar, fazendo
atividades com muita eficiência e eficácia, mas quando não temos nenhum
retorno, nenhuma “promoção”, isso acaba desmotivando. Então isso se torna um
dos fatores que levam a pessoa a estar desmotivada.Spector diz que:
A desigualdade é um estado psicológico que surge nos funcionários
quando eles se comparam com os outros. O que é especificamente
comparado é a razão entre o resultado e sua contribuição. O
resultado (ou retorto) é composto das recompensas ou da
valorização pessoal que o funcionário conquista trabalhando para
uma organização, incluindo salários, benefícios, bom tratamento,
prazer e status. A contribuição refere-se a todas contribuições
feitas pelo funcionário à organização, incluindo não apenas o
trabalho que se realiza, mas também sua experiência e o seu
talento. (SPECTOR, 2005, p.209).
Isso são só alguns exemplos que acabam com a motivação. Então a empresa não
deve pensar apenas em lucro, e esquecer de como seus colaboradores estão. Mas sim
pensar em mantê-los motivados para que possam crescer juntos, ou seja, tentar fazer
com que seus funcionários permaneçam anos na empresa, com isso, terá mais
experiência e oferecerá mais contribuições.
Motivação na Organização
A motivação no trabalho é fundamental, principalmente em tempos de crises.
Motivação é o primeiro passo para que a organização tenha sucesso. Quando o
colaborador se sente respeitado, reconhecido eestá satisfeito com sua função, para ele
não se torna uma “obrigação”, mas sim um prazer em trabalhar naquela empresa, e com
isso acabam fazendo muito além do esperado.
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Segundo Teixeira (2002 apud Costa 2016, p.73) “Motivar significa proporcionar um
motivo a uma pessoa (ou a um grupo) para que ela se comporte de forma considerada
ideal para o exercício de uma tarefa ou função”.
Todos nós devemos trabalhar motivados, e para que isso aconteça a própria
entidade devem oferecer requisitos apropriados de trabalho. Nos dias de hoje as
empresas estão buscando cada vez mais condições que possam manter seus funcionários
motivados, ou seja, funcionários motivados = empresa produtiva.
Para mantê-los motivados deve-se:
Oferecer salário justo de acordo com o seu cargo;
Reconhecer e elogiar quando exercer seu serviço bem feito;
Oferecer benefícios como (Convênio médico, vale refeição, auxilio
transporte, etc.);
Oferecer bonificação quando baterem a meta divulgada, como (Uma folga
extra, prêmios ou uma remuneração a mais no salário);
Ter um feedback;
Dar oportunidade de crescimento na empresa.
Esses são só alguns exemplos de como muitas empresas vem utilizando para
mantê-los motivados.
Sabemos que não é só recebendo esses benefícios que o colaborador estará 100%
motivado. Motivação é um conjunto, onde a pessoa deve primeiramente estar
trabalhando com o que realmente ama, tendo um bom líder onde saiba lidar com
diversas situações e também, partirá tanto da empresa quanto como andará a vida
pessoal da pessoa. Por isso Maslow criou uma pirâmide onde mostra as necessidades
humanas, veja:
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Figura 1: Pirâmide das Necessidades de Maslow.
Fonte: Chiavenato (2009, p. xxx).
Necessidades básicas: Alimento, repouso, exercícios, sexo.
Necessidades de segurança: Seria a perda do emprego ou até mesmo riscos com a
integridade física e a sobrevivência.
Necessidades Sociais: É a aceitação dentro de um grupo, na sociedade, as
amizades.
Necessidades de estima: Seria a autoestima.
Necessidades de auto realização: Realização pessoal, necessidade de utilizar
habilidades e autodesenvolvimento.
Segundo a pirâmide de Maslow, Maximiano aponta que:
De acordo com essa teoria de Maslow, as pessoas estão em
processo de desenvolvimento continuo. As pessoas tendem a
progredir ao longo das necessidades, buscando atender uma após
outra e orientando-se para a auto realização. (Maximiano, 2012,
p.268).
Novas Perspectivas em Motivação
Antes do surgimento da teoria das relações humanas criada por Elton Mayo, as
empresas acreditavam que o único meio em motivar seus colaboradores era por
recompensas financeiras, os funcionários eram tratados como um método muito
mecânico. Com esse surgimento o objetivo foi revelar a atuação da motivação humana
nos resultados.
Dessa forma as empresas vêm buscando cada vez mais algo motivador, como: uma
boa liderança, como o líder vai se comportar em relação aos seus subordinados, uma boa
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comunicação, dinâmicas em grupos, ou seja, de que modo elas se relacionam, qual a
relação, propõe metas e objetivos que possam trazer vantagens. Tudoisso também se
torna um ato motivador e acaba trazendo benéficos a empresa.
ANALISES
Foi feito com sete empresas a seguinte pergunta: Quais os elementos que a
empresa utiliza para manter os seus colaboradores motivados?
Quatro delas é do ramo comercial e três industriais, e todas responderam sobre
manter o ambiente de trabalho, ou seja, o clima organizacional, em um lugar
aconchegante e gostoso de se trabalhar. Isso é o maior foco de todas elas, o clima da
empresa é um dos elementos mais importantes para manter os colaboradores motivados,
sendo assim, quando se trabalha em um ambiente saudável, sem pressão, onde tem a
liberdade de aplicar ideais, obter conhecimentos, aprender uns com os outros, isso se
torna motivador.
No ramo comercial além do foco ser o clima organizacional, eles também utilizam
metas para seus colaboradores, ou seja, além de ter seu salário fixo de acordo com sua
função, eles estabelecem metas com um retorno de remuneração a mais sobre o salário,
ou algumas folgas extras no mês. Também utilizam uma boa liderança onde seus
subordinados tem a total liberdade de expressar suas opiniões e duvidas a seu líder. E
como um meio de motivação também fazem gincanas, feedback, e confraternização todo
o final de ano.
Já no ramo industrial, tem como a base da pirâmide de Maslow, eles preservam
muito a segurança e bem-estar dos colaboradores. As três empresas pesquisadas,
apontaram benefícios que fazem de seus colaboradores ter cada vez mais motivação,
sendo assim, eles utilizam: Convênios médicos, alimentação na empresa, cesta básica ou
ticket alimentação, auxilio transporte, festas de fim de ano onde fazem premiação dos
funcionários que mais se destacaram ao longo do ano, e sorteios de brindes para
todaempresa, eventos, palestras motivacionais. E todo colaborador no dia de seu
aniversário, a empresa presenteia com um vale presente, tanto dos presidentes quanto
da equipe. Isso mostra o quanto a equipe é unida, e o quanto elas estão andando no
caminho certo.
Outros elementos que somam para essa questão são os benefícios oferecidos pela
empresa bem como a "abertura", o espaço que o colaborador pode ter junto à seus
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diretores/coordenadores para solução de problemas, dificuldades, mas que também ao
olhar da empresa esse funcionário também "some", também traga ideia, acrescente aos
colegas e equipe. Esse espaço" Funcionário X Empresa" faz com que também faça o
ambiente de trabalho inovador, trazendo somente benefícios.
Enfim, o colaborador "vestindo a camisa" e dando o melhor de si com uma
empresa que reconheça e valorize o seu desempenho é a chave do sucesso entre as
partes.
CONCLUSÃO
Em vista dos argumentos apresentados, entende-se que a motivação é fundamental,
principalmente pelo sucesso da empresa, ou seja, funcionários motivados tem mais
chances de fazer com que empresas gerem mais lucros, pois eles têm o prazer em
comtemplar o crescimento da mesma. Quando há motivação tudo se torna mais fácil
tanto profissionalmente como pessoalmente, pois nós seres humanos somos movidos por
objetivos, e todo objetivo precisa de uma motivação para que possamos alcança-los.
Atualmente as empresas estão cada vez mais“amadurecidas” quando o assunto é
colaborador. Elas procuram apresentar metas profissionais que venham agregar alto
interesse entre eles, e com isso estabelecem elementos motivacionais para que tenham
ótimos resultados.
REFERÊNCIAS
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interdisciplinar. São Paulo: Saraiva, 2006.
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
COSTA, J.K.S. A Importância da Motivação no Trabalho. Setembro, 2016. Disponível
em <http://www.administradores.com.br/artigos/academico/a-importancia-da-
motivacao-no-trabalho/98375/>. Acesso em: 13 nov., 2018.
MAXIMIANO, A.C.A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana á revolução
digital. São Paulo: Atlas, 2012.
SPECTOR, P.E. Psicologia nas Organizações. São Paulo: Saraiva, 2005.
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7.17. POSSIBILIDADES E DESAFIOS DA APRENDIZAGEM
ORGANIZACIONAL
José Carlos Belo Rodrigues
Mauro Pinto da Silveira Junior
INTRODUÇÃO
Com o crescimento das organizações e a necessidade de se manterem
competitivas no mercado globalizado, ocorreu uma crescente demanda por profissionais
especializados para guiar a organização rumo as metas de desenvolvimento
estabelecidas, aumentando a produtividade e consequentemente proporcionando a
expansão dos negócios, auxiliando em necessidades pontuais com o intuito de encontrar
e apresentar alternativas a partir de um olhar diferenciado no que tange a melhoria dos
processos internos.
Apesar da educação coorporativa em linhas gerais ser voltada para o setor
administrativo, os treinamentos em prol do desenvolvimento do colaborador podem ser
aplicados em qualquer setor da organização de acordo com a necessidade, sendo
aplicado de forma interna ou externa, tanto para atingir uma meta de desenvolvimento
quanto para solucionar gargalos nos processos que impedem ou limitam o crescimento
da organização.
Entretanto, o foco do presente artigo é apresentar as possibilidades e benefícios
do aprendizado organizacional como alternativa para as organizações evoluirem seu
capital humano, utilizando a educação coorporativa como caminho para o crescimento e
desenvolvimento do colaborador, gerando um retorno em forma de capital humano,
elevando a expertise dos funcionários e por conta disso, atingindo maiores níveis de
qualidade e produtividade.
Com base no contexto apresentado, se estabelece a questão que norteia o
desenvolvimento do trabalho, diante da possibilidade de ofertar ao colaborador um meio
de aprendizado, contribuindo com o desempenho de sua função, embora, em linhas
gerais os treinamentos oferecidos sejam relacionados com a área de atuação, até que
ponto esse modelo de educação pode ser compreendido também como agregador de
valores para o currículo do funcionário?
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DESENVOLVIMENTO
A educação coorporativa se insere no contexto de melhoria dos processos internos
da organização. O conceito se aplica a qualquer tipo de negócio, não importa o segmento
ou o porte da empresa, toda organização passa por um momento onde o modelo de
gestão precisa ser analisado para que se atinja um nível superior de competitividade
(CHIAVENATO, 2014).
Um dos objetivos do aprendizado organizacional, além de promover uma ação
corretiva pontual ou mudança de processo, é proporcionar o alcance dos objetivos
elencados pela organização para que ela se torne bem-sucedida. Para o alcance desses
objetivos é necessário a atuação de administradores capazes de colocar em prática e
manter as ações aprendidas nos cursos e treinamentos, gerando assim uma nova cultura
organizacional (PONTES, 2010).
A inserção do aprendizado organizacional, não promove apenas a capacitação e o
desenvolvimento de habilidades do funcionário de uma forma isolada, com essa prática,
a organização obtém um enriquecimento dos seus ativos intangíveis, ou seja, do capital
intelectual de seus recursos humanos (WAGNER, 2012).
Inevitavelmente, em um determinado período, seja de crise ou de transição, por
mais bem estruturada que seja a organização, se faz necessário a implantação de
melhorias no capital humano da empresa. E o caminho escolhido com maior frequência
em função da expectativa de uma transição segura, é o aprendizado organizacional
(ROBBINS, 2010).
Pois, embora os colaboradores sejam capacitados para tais funções, o mercado
contemporâneo exige sempre um nível superior de expertise em assuntos específicos
para que as organizações se mantenham competitivas. Com esse modelo de
desenvolvimento educacional para o colaborador, além de poder estruturar ações
corretivas de uma forma dinâmica, estabelecendo metas a partir da aplicação desses
treinamentos (MARTINELLI, 2017).
A troca de experiência interna permite que o conhecimento também seja
disseminado aos demais colaboradores, mesmo que eles não tenham participado do
curso em questão. Em linhas gerais, o aprendizado organizacional possibilita aos demais
colaboradores a participação na implantação dos programas de melhoria, conferindo aos
funcionários a oportunidade de ampliar seus conhecimentos (MARX, 2010).
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Outra possibilidade de estimulo ao aprendizado organizacional, é a competição. A
competição também é uma forma muito utilizada e uma das que mais funciona como
estimulo motivacional aos colaboradores, pois, competir desperta no ser humano um
estado de satisfação, o estimulo de ser promovido, de ter um aumento de salário, ou se
destacar na equipe, motiva o colaborador a se empenhar mais nas suas atividades e faz
com que o colaborador compreenda que para se destacar, ele precisa se aperfeiçoar na
sua atividade (MINICUCCI, 2009).
Embora a motivação centrada na competição possa gerar frustração para alguns
colaboradores que passam a acreditar que o local não oferece oportunidades justas e não
há possibilidade de crescimento para eles na organização, sob muitos pontos de vista a
motivação interiorizada se destaca como a abordagem mais eficiente, uma vez que ela
promove no indivíduo a vontade de ter um desempenho de alta performance quando
aliada à execução de tarefas que exijam comprometimento pessoal e reconhecimento por
parte da equipe (SÁ, 2015).
A motivação e o desejo de se destacar no exercício da sua função, faz com que o
desenvolvimento do capital humano por meio da educação coorporativa, possibilite
inúmeras abordagens a partir da sua profissão inicial, tendo em vista que quando
falamos de um curso ou treinamento, estamos falando de um momento de
desenvolvimento profissional para elevar o nível de expertise em determinada área
(MILKOVICH, 2002).
Considerando o cenário competitivo no qual as empresas estão inseridas, existe
uma grande busca para redução de custos e diferenciação de produtos e serviços a fim
de se obter vantagem competitiva, porém em determinados momentos a organização
pode se encontrar limitada para alcançar esses objetivos (SROUR, 2013).
A ligação do homem com o trabalho existe desde o início da humanidade e foi
evoluindo junto com sua trajetória, passando de simples subsistência para o alcance de
objetivos sociais, econômicos, de auto realização e desenvolvimento de suas habilidades.
Entretanto com essa evolução da humanidade as pressões nas relações sociais e
profissionais aumentaram em decorrência das expectativas empregadas nessas relações,
sendo assim, com a evolução do trabalho, o colaborador passou a ser cobrado com maior
incidência para atingir os índices desejados pelas organizações (MILKOVICH; BOUDREAU,
2012).
Dentro desse contexto, o profissional deve manter-se em constante aprendizado,
uma vez que o mercado sofre mudanças constantes, esse profissional precisa se manter
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atualizado sobre novas técnicas e tendências. Neste contexto, torna-se imprescindível a
implantação de uma atualização profissional, com o intuito de proporcionar ao
colaborador conhecimentos mais aprofundados de acordo com a função e a área de
atuação da organização (MAXIMIANO, 2012).
CONCLUSÃO
Após a análise dos autores pesquisados na bibliografia ficou evidente que o nível
de experiência do colaborador é um fator determinante, tanto na sua contratação quanto
no sucesso da sua carreira. Sendo assim, todo conhecimento absorvido através de
treinamentos, cursos e especializações, são de suma importância para destacar esse
colaborador, bem como oferecer a empresa o retorno de um capital humano especialista
na sua função.
O processo de implementação da aprendizagem organizacional deve buscar
soluções inovadoras, sempre com foco na melhoria contínua das competências e
habilidades dos colaboradores. Os processos internos devem ser alinhados de modo que
haja uma economia de tempo de resposta e ação entre eles. Ao considerar os processos
dentro da cultura organizacional, percebe-se que a falta de sinergia entre eles muitas
vezes causa retrabalhos desnecessários, que resultam em desperdício humano. Isso
enfatiza a necessidade da constante evolução do capital humano dentro das
organizações, com o objetivo de minimizar falhas e ampliar o rendimento produtivo.
O processo de aprendizagem organizacional deve ter por objetivo promover o
engajamento do colaborador, e ao se estruturar os pilares dessa cultura, o ambiente de
trabalho passa a promover maior sinergia entre os colaboradores. Se tornando um
ambiente agradável e estimulante para a equipe, deve ser promovida uma cultura de
cooperação e participação coletiva, entretanto, o reconhecimento do indivíduo é tão
necessário quanto o reconhecimento do trabalho coletivo.
Por conta disso, devem haver mecanismos que estimulem o desempenho do
indivíduo e do trabalho em equipe, a meritocracia é uma excelente ferramenta de
motivação para o colaborador. E a partir da análise de desempenho de resultados, a
promoção dessa cultura de performance e realização de objetivos, impulsiona o
colaborador a buscar seu melhor desempenho e constante desenvolvimento das suas
habilidades.
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REFERÊNCIAS
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em um
excelente gestor de pessoas. 5. ed. São Paulo: Editora Manole, 2014.
MARTINELLI, Dante R. Negociação e solução de conflitos: do impasse ao ganha-ganha
através do melhor estilo. São Paulo: Atlas, 2017.
MARX, Roberto. Trabalho em grupo e autonomia como instrumentos de competição:
experiência internacional, casos brasileiros, metodologia da implantação. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à
revolução digital. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MILKOVICH, George T.; BOUDREAU, John W. Administração de recursos humanos.
São Paulo: Atlas, 2002.
MINICUCCI, Agostinho. Relações humanas: psicologia das relações interpessoais. 6. ed.
São Paulo: Atlas, 2009.
PONTES, Benedito Rodrigues. Avaliação de desempenho: métodos clássicos e
contemporâneos, avaliação por objetivos, competências e equipes. 11. ed. São Paulo: LTr
Editora, 2010.
ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 14. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2010.
SÁ, Antônio Lopes de. Ética Profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
SROUR, Robert Henry. Ética empresarial. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013
WAGNER, John A. Comportamento Organizacional: criando vantagem competitiva. São
Paulo: Saraiva, 2012.
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7.18. OS DESAFIOS DE UM LÍDER
José Carlos Belo Rodrigues
Mayara Cristiane da Silva Santos
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é discutir sobre os fatores críticos na formação de um
líder que irá conduzir as pessoas em uma organização.
Quando falamos em liderança, a primeira coisa que nos vem à cabeça são
imagens de personagens com características sobrenaturais. Contudo, são pessoas
normais que sobressai diante certas situações cotidianas dentro de uma empresa e
também na vida social, porém, a liderança pode ser considerada como uma virtude ou
qualidade singular e inata capaz de conduzir pessoas em situações extraordinárias.
DESENVOLVIMENTO
Segundo, MAXIMIANO (2012, pág.), “a liderança é o processo de conduzir as
ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Proximidade
física ou temporal não é importante no processo. Um cientista pode ser influenciado por
um colega de profissão que nunca viu ou mesmo que viveu em outra época. Líderes
religiosos são capazes de influenciar adeptos que estão muito longe e que têm
pouquíssima chance de vê-los pessoalmente”.
A liderança é uma função onde uma pessoa é responsável pelo desempenho de
um grupo, não considerando suas qualidades. Muitas vezes são colocadas na posição de
líder para reunir esforços dos outros em prol de um objetivo, como treinadores de
equipes esportivas, professores, regentes de orquestras e também sacerdotes, que
muitas vezes não são eficientes por sentiram – se desconfortáveis ou até mesmo desejar
o melhor desempenho que os outros, ou querer uma espécie de poder abusivo diante dos
demais membros.
Segundo, McClelland (apud. MAXIMIANO, 2012, p. 264) que identificou três
necessidades especificas que são a de realização; de poder e associação ou filiação que
define da seguinte forma, a necessidade de realização são pessoas que depende do
sucesso, avaliando em segundo plano algum padrão internalizado de excelência; a
necessidade de poder são as que precisam estar sempre no controle, influenciando
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diretamente ou indiretamente as outras pessoas e a necessidade de associação que
precisa de relacionamentos e amizades.
A liderança é um assunto muito abrangente que mostra todos os tipos de líderes e
seu comportamento e como a motivação envolve na relação com a equipe e influencia
nos objetivos da empresa, como por exemplo, a autoridade formal, autocrática e a
democrática e entres outras, mas como a empresa pode ter um bom líder e o que fazer
para isso acontecer? Primeiro vamos entender o que é liderança e qual a diferença de
autoridade formal e liderança, mostrando em uma tabela seus pontos principais, e
também o estilo de liderança autocrático e democrático, que é o melhor método a ser
utilizado dentro de uma empresa diante dos liderados.
Muitas pessoas pensam que a autoridade formal tenha uma semelhança
coincidência com a liderança, porém, é totalmente contrário na qual a autoridade formal
é a base de uma organização e possui atribuições dos cargos gerencias, ocupando uma
posição dentro de uma hierarquia e de uma certa forma autoridades pelos funcionários.
Tabela 1: diferenças entre autoridade formal e liderança.
Autoridade formal Liderança
Fundamenta – se em leis de comum
acordo, que criam figuras de autoridade
dotadas do poder de comando.
Fundamenta-se na crença dos
seguidores a respeito das qualidades do
líder e de seu interesse em segui-lo.
O seguidor obedece à lei incorporada na
figura de autoridade, não a pessoa que
ocupa o cargo.
O seguidor obedece ao líder e a missão
que ele representa.
A lei é o instrumento para possibilitar a
convivência social.
O líder é o instrumento para resolver
problemas de comunidade.
A autoridade formal é limitada no tempo
e no espaço geográfico, social ou
organizacional. Os limites definem a
jurisdição da autoridade.
A liderança é limitada ao grupo que
acredita no líder ou precisa dele. Os
limites da liderança definem a área de
influência do líder.
A autoridade formal é temporária para a
pessoa que desempenha o papel de
figura de autoridade.
A liderança tem a duração da utilidade
do líder para o grupo de seguidores.
A autoridade formal inclui o poder de Os líderes têm o poder representado
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forçar a obediência das regras aceitas
para a convivência.
pela massa que os segue.
A autoridade formal é atributo singular. A liderança é produto de inúmeros
fatores. Não é qualidade pessoal
singular.
Fonte: Maximiano (2011, p. 278).
Dentro de uma empresa, além priorizar seus lucros, pensa também em seus
colabores e nos fatores que possam atrapalhar a relação entre líder e liderados e se pode
influenciar nos objetivos e um dos fatores importantes para a liderança é os
consentimentos dos liderados que o seguem de forma espontânea e pode depender da
crença na validade da missão em que o líder propõe recompensas, excluindo totalmente
qualquer forma de repressão. E possui três tipos de líder e liderados: líderes arrastam
multidões e criativos para boas ideias e juntam um grupo suficientemente para executa-
la e pressionando para que de fato execute; e também os líderes que interpretam os
liderados, são hábeis, tornando claro e explicito os sentimentos e pensamentos que
possam estar obscuros e confusos e por fim os líderes que representam os liderados
limitando – se a manifestar a opinião coletiva e já conhecida e definida.
Líder é sinônimo de grande homem. Certos candidatos à líder
procuram projetar essa imagem por de propaganda ou
manipulação do comportamento de seus seguidores potenciais (...)
não pode ser considerada como habilidade pessoal, que torna
algumas pessoas mais aptas a influenciar as outras. (MAXIMIANO,
2012, P.280).
Outro fato importante são as características pessoais do líder e dos liderados,
quais seriam suas motivações e competências e estilo de liderança e também sua relação
com a equipe, priorizando o motivo pelo qual o seguem e são dois estilos e mais comuns
nas organizações e o melhor a ser usado é o estilo democrático.
• Autocracia: quanto maior a concentração de poder no líder, mais autocrático é
seu comportamento, ou seja, inclui prerrogativas da gerencia, por exemplos decisões
independentes da participação ou aceitação. O estilo autocrático é patológico
transformando- se autoritarismo, despotismo e tirania que pode representar violências
contra os liderados;
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• Democracia: as decisões têm a participação de todos dos grupos, mais
democrático é o comportamento do líder e envolve uma influência no processo de
decisões.
Os principais fatores para a formação do líder é determinar e entender seu
comportamento e traços de personalidades, habilidades, atitudes e entre outras
características. Na qual se analisa os traços de personalidades focalizando nos incidentes
críticos, e uns apresentam ser bem – humorados e outros já rabugentos; uns são calados
e outros extrovertidos, porem, demonstram ser iniciativos diante das relações pessoais e
o senso pessoal. As habilidades podem ser desenvolvidas a partir de aptidões utilizando
meios externos como aperfeiçoamento profissional, por exemplo, treinamentos e
também experiências. E as atitudes são basicamente o modo como cada líder se porta
diante de sua equipe, quais meios utilizar para motivá-los e mostrando o principal motivo
do esforço em prol de um objetivo e sempre a manter a comunicação, que é o alicerce da
liderança e também saber persuadir seus liderados e convencê-los de suas ideias.
Normalmente quando pensamos em que pode atrapalhar na formação de um
líder, o principal motivo é a disponibilidade de aperfeiçoar-se de forma que seja
interessante para empresa, e também como deve treinar um líder priorizando o
crescimento da mesma, qual forma o líder deve se dirigir diante de sua equipe, e analisar
quais pontos estratégicos que possam lhe auxiliar na motivação e inspiração e persuasão
ao comunicar-se mostrando suas ideias. E também, não pode ficar de fora o melhor
estilo a ser usado, qual se encaixa com a equipe e qual apresenta menos conflitos diante
disso. Buscar treinar as habilidades como, tomar iniciativas, ter sempre um plano b para
resolução de problemas e conflitos.
Outro fator é de que o candidato à líder sempre conta com o conhecimento
técnico e não procura a aprender novas habilidades e experiências ou um novo
comportamento de forma contínua e também na maioria das empresas não veem a
necessidade de investir na qualidade de liderança, pensando em funcionário a assumir
com segurança suas responsabilidades, procurando entender que ser líder exige
paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a empresa é algo vivo com
mais de diferentes tipos de funcionários.
CONCLUSÃO
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Concluindo o profissional o qual se candidata a ser um líder, o seu principal dever
é sempre buscar meios para o seu aperfeiçoamento, e com treinamentos e experiências,
nunca usar apenas o conhecimento técnico, sempre manter uma postura de resiliência,
ou seja, sempre estar aptos a novas mudanças e também procurar aprimorar suas
habilidades e adequar – se a imprevistos e ter sempre em mãos soluções para problemas
e conflitos e procurar a melhor atitude diante de sua equipe pensando principalmente no
interesse organizacional.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em
um excelente gestor de pessoas. 5. ed. São Paulo: Editora Manole, 2014.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à
revolução digital. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
WAGNER, John A. Comportamento Organizacional: criando vantagem competitiva.
São Paulo: Saraiva, 2012.
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7.19. LIDERANÇA: O QUE TE FAZ SER UM BOM LÍDER
José Carlos Belo Rodrigues
Nathália Figueira Silva
INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos e todas as teorias abordadas em Administração é visto a
importância de uma boa gestão dentro de uma organização, assim como a influência das
relações formais e informais presentes na mesma.
Hoje em dia o papel de um líder dentro de cada setor em uma organização é
fundamental para o resultado de todo objetivo a ser alcançado pela equipe.
Este estudo, portanto, tem como indagação responder às perguntas: o que é
liderança,qual a importância de um líder dentro de uma organização e quais as
habilidades que um líder deve ter para o bom desempenho próprio e de sua equipe?O
que remete ao objetivo principal deste estudo, que é compreender, através da pesquisa
bibliográfica, a relação direta ou indireta de um líder para o alcance dos resultados de
uma organização.
DESENVOLVIMENTO
Dentro de uma organização, todos os papéis são importantes para o bom
funcionamento da mesma, na administração clássica vemos que a gestão de qualquer
organização é dividida em três modelos, gestão estratégica, tática e operacional e dentro
de cada modelo de gestão, existe um líder que tem grande influência na motivação e
desempenho dos demais colaboradores.
De acordo com Maximiano (2012), “liderança é o processo de conduzir as ações
ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas.” Já para França
(2017),” liderança é a capacidade que uma pessoa possui de conduzir um grupo de
indivíduos, transformando-os em uma equipe que gera resultados.”
Uma ligação entre as diversas definições de liderança que podemos encontrar, é
que o líder influencia não apenas na motivação e desempenho, mas também no
comportamento de seus colaboradores.O papel do líder é valorosodentro de uma
organização para que sempre haja uma equipe com o mesmo foco e determinação.
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“Os líderes têm um papel fundamental, pois tudo começa e termina naliderança.
Isso significa que os líderes inevitavelmente melhoram ou complicam avida da
organização e das pessoas que o seguem.” (LARA,2012)
Assim como cada pessoa tem sua personalidade, cada líder tem um estilo de
liderança, para Maximiano (2012), existem dois estilos mais predominantes de liderança,
são eles:
Liderança autocracia: é um líder autoritário, onde todas as decisões são
centralizadas no seu poder, independentemente da participação ou
aceitação da equipe;
Liderança democracia: é um líder que busca a participação de seus
liderados, diferente da autocracia, a liderança democracia da o poder de
decisão ao grupo.
Mesmo com esses dois tipos mais influentes no modo de liderar, há quem diga
que para a boa formação do líder é importante considerar outros aspectos.
A comunicação é o alicerce da liderança, uma vez que o requisito
básico para um líder é a capacidade de transmitir sua mensagem
de modo a persuadir, inspirar ou motivar seus seguidores. Isto não
significa apenas habilidade com as palavras e o modo de dizê-las,
mas capacidade de transformar ideias em mensagens
convincentes. (GOLEMAN,2014)
Para os autores Blanchard; Johnson (2018), existem três ações que determinam
uma excelente gestão de um líder eficaz, são elas:
Objetivos: é muito importante que o líder ouça as ideias de seus liderados,
estabeleça os objetivos, as estratégias e os mantenha sempre claros sobre
suas responsabilidades e prazos;
Elogios: o feedback de algo positivo que o colaborador faz tem grande
relevância para que ele se sinta incentivado a fazer as coisas corretas, é
importante que o líder demonstre que confia e torce para o seu sucesso;
Redirecionamento: o redirecionamento deve ser rápido, específico quanto
aos fatos que levaram o colaborador a errar e claro nos impactos que essa
falha pode causar nos resultados. É importante que o liderado tenha um
pouco de tempo para refletir sobre, e mais uma vez, o líder deve lembra-lo
que confia no trabalho do colaborador e quando o redirecionamento
acabar, acaba de vez!
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Conforme Wiseman (s/d, apud Goleman, 2014), existem certas habilidades que as
organizações procuram cada vez mais no momento de escolher um líder, as principais
são:
Trabalhar bem em equipe;
Comunicação clara e eficaz;
Boa adaptação à mudança;
Boa interação com diversas pessoas;
Clareza nos pensamentos;
Resolução de problemas sob pressão.
A busca por uma gestão diferenciada em meio a tantas organizações existentes
está cada vez maior e um fator determinante para o resultado desejado dentro das
empresas, é o líder, a maneira como os funcionários são motivados e são envolvidos no
poder de decisões, para isso aqueles que desejam estar no poder de liderança devem
buscar aperfeiçoar cada vez mais todas as habilidades para exercer a profissão com
eficiência e eficácia.
CONCLUSÃO
Em suma, o ato de liderar tem grande influência nos objetivos de cada
organização, o papel do líder vem se tornando cada vez mais importante e direto na
motivação e desempenho dos colaboradores.
O profissional que deseja exercer este papel, deve procurar aperfeiçoar-se cada
vez mais e estar disposto a encarar todos os desafios que surgem dia após dia dentro de
uma empresa.
Assim como tudo vive em constante evolução, o líder não deve focar em apenas
um modelo de gestão, os gerentes mais eficazes atuam de forma que tanto as pessoas
como a organização lucrem com sua presença.
REFERÊNCIAS
BLANCHARD, Ken; JOHNSON, Spencer. O Novo Gerente Minuto. Rio de Janeiro: Best
Business, 2018
FRANÇA, Sulivan. O Que é Liderança? Disponível em:
https://www.slacoaching.com.br/artigos-do-presidente/o-que-e-lideranca.
Acesso em: 26 nov. 2018.
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GOLEMAN, Daniel. Liderança: a inteligência emocional na formação do líder de sucesso.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
LARA, Edneia D. S. Liderança: a importância do líder na organização. Curitiba: 2012
MAXIMIANO, Antonio César A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à
revolução digital. São Paulo: Atlas, 2012.
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7.20. LIDANDO COM O ESTRESSE E AS EMOÇÕES NO
TRABALHO
José Carlos Belo Rodrigues
Thaís Vieira Bueno
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como primórdio exibir para estudantes, interessados no assunto
e principalmente gestores, parâmetros sobre as emoções e o estresse no ambiente de
trabalho.
Veremos um pouco do conceito, de que formas e porque se manifestam essas
situações emocionais. Além de formas que podem ser utilizadas pelos gestores para
identificar e enfrentar essas ocorrências, e uma pesquisa de campo realizada para
podermos ter uma pequena visão de como essas emoções são vistas e controladas em
uma pequena empresa.
QUAIS SÃO E COMO LIDAR COM OS EFEITOS DO DINAMISMO ATUAL
O mundo e o mercado de trabalho atuais são imensamente globalizados e
dinâmicos, e tal agitação obviamente influencia nas pessoas. Muitas tarefas,
responsabilidades e muita pressão induzem a emoções à ‘flor da pele’, acarretando
muitas vezes distúrbios emocionais e o tão conhecido estresse. Vamos analisar mais
profundamente esses efeitos a seguire discutir qual o papel do gestor nesse contexto.
A) Emoções
Em relação às emoções, Robbins (2010, p. 88) conceitua as emoções como:
“sentimentos intensos direcionados a alguém ou a alguma coisa”. Ou seja, as emoções
são aquilo que sentimos sobre algo.
Um fator que afeta diretamente as emoções do indivíduo no trabalho, é o esforço
emocional empregado na execução de determinada ocupação. Muitas atividades exigem
certo grau de fingimento por parte do empregado, para que com isso possa satisfazer
melhor o cliente.
Alguns exemplos dessa situação são citados por Wagner(2012), entre esses estão
atendentes de lojas varejistas, garçonetes, entre outros. Tais pessoas precisam sempre
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passar uma imagem simpática e convidativa, mesmo em situações em que não estejam
verdadeiramente se sentindo bem.
Conforme Wagner (2012), esse esforço de aparentar estar sentindo algo que não
está, causa uma certa exaustão emocional. Afinal, os funcionários se utilizam não apenas
de seus esforços físicos, mas também dos emocionais para cumprir seus deveres.
As emoções têm diversas formas de se manifestar, que diferem de acordo com
determinadas situações, Nolen-Hoeksema (2012) cita duas delas a seguir.
Diferenças entre Sexos
As emoções nesse caso estão diretamente relacionadas com os estereótipos de
gênero, isto é, aquela velha conversa de que “meninas/mulheres são femininas, são
frágeis, são muito emocionais”, “meninos/homens não choram, são sempre fortes,
poderosos, não demonstram fraqueza”.
Por conta desses rótulos, meninos e meninas são criados e socializados de
maneiras diferentes. São levados a vida toda a acreditar que devem ser dessa maneira,
porque afinal “todos/todas os/as meninos/meninas são assim”. Diante disso, obviamente
suas maneiras de expressar as emoções são diferentes, porque têm medo de se expor de
maneira diferente desse ‘modelo’ pronto, e serem menosprezados por isso.
Em referência a isso, Nolen-Hoeksema (2012, p. 390) conclui: “as lições
específicas de gênero sobre a regulação da emoção apropriada são uma maneira de
garotos e garotas aprenderem a ser masculinos ou femininas, poderosos ou frágeis.”
Diferenças Culturais
As emoções nesse caso se misturam com a cultura de relacionamento de cada
país. Conforme Nolen-Hoeksema (2012), existem os coletivistas, aqueles que adoram
conviver e se relacionar, como exemplo podemos citar os povos latinos: espanhóis,
italianos, portugueses, latino-americanos (onde nós brasileiros nos encontramos).
Por nos encontrarmos nesse grupo coletivista, temos essas raízes e costumes
conosco desde pequenos. Crescemos rodeados de parentes, primos, tios, vizinhos,
conhecidos, afinal somos um povo de sangue ‘quente’, gostamos de nos relacionar com
outras pessoas.
Ainda de acordo com Nolen-Hoeksema (2012), por outro lado temos os países que
são individualistas, aqueles que são mais ‘fechados’. Não possuem essa cultura de
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relacionamento próximo com os demais. As famílias geralmente são ‘fechadas’ somente
em (pai, mãe, filhos), não são muito próximos dos parentes mais distantes. Podemos
citar como exemplos Estados Unidos, a maioria dos europeus, asiáticos, entre outros.
Evidentemente não são todas as pessoas que vivem nesses determinados países que se
encaixam nesses grupos.
Confirmando isso, Nolen-Hoeksema (2012, p. 392) declara que: “as emoções
parecem unir as pessoas nas culturas coletivistas e definir a singularidade individual nas
culturas individualistas.”
Claramente esses preceitos influenciam nas emoções das pessoas que habitam
nesses locais. Tornando assim mais uma característica de expressão das emoções.
B) Estresse
O segundo efeito é o estresse, vamos ver alguns conceitos sobre ele.Robbins
conceitua:
O estresse é uma condição dinâmica na qual um indivíduo é
confrontado com uma oportunidade, limitação ou demanda em
relação a alguma coisa que ele deseja e cujo objetivo é percebido,
simultaneamente, como importante e incerto. (ROBBINS, 2010, p.
438).
Já Wagner (2012, p. 164) declara que: “estresse é um estado emocional
desagradável que ocorre quando as pessoas estão inseguras de sua capacidade para
enfrentar um desafio percebido em relação a um valor importante.”
Wagner (2012) ainda descreve três componentes principais do estresse:
Desafio percebido: o estresse surge do convívio com outras pessoas e sua
compreensão do ambiente;
Importância dos valores: o desafio causa estresse se ameaçar algo valioso;
Incerteza da resolução: causado pela percepção do grau de dificuldade para
resolver um problema/desafio.
Causas de Estresse
Estresse não é algo que surge sem motivo, ele é um acarretamento de situações
desagradáveis que afetam de alguma forma as pessoas. Wagner (2012) cita algumas:
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Ambiente Físico e Social: O ambiente físico em que se trabalha também pode
ser um gerador de estresse, temperaturas muito altas, muito baixas, falta de limpeza,
falta de infraestrutura, gerando risco de saúde e de vida.
Já o ambiente social leva em conta a relação com supervisores e colegas de
trabalho. Essa interação pode ser benéfica ou maléfica. Um ambiente com muita pressão
dos supervisores e pouco apoio dos colegas é um ponto ótimo para o crescimento do
estresse.
Wagner (2012) diz que os ambientes físico e social se juntam para criar o
contexto de comportamento. Para isso é preciso uma divisão confortável de pessoas em
um espaço e privacidade para executar o trabalho sem ser interrompido sem
necessidade.
Complexidade da Tarefa: As pessoas têm a necessidade de se sentirem
verdadeiramente úteis e importantes no processo de trabalho em que participam.
Geralmente gostam de atividades mais desafiadoras, aquelas que as fazem se sentir
orgulhosas de realizarem. Tarefas muito simples e repetitivas levam a frustração, que
por consequência acarreta em estresse.
Esforço Físico: A quantidade de esforço físico envolvido na execução da tarefa é
um fator importante. Sobre ele Wagner (2012, p. 177) afirma: “o próprio fato de que
a tecnologia continua avançando ressalta o grau em que o esforço físico é
universalmente considerado uma característica indesejável no trabalho”.
Consequências do Estresse: Como estamos vendo, o estresse é algo que
exerce grande influência na vida e no comportamento das pessoas. A partir do
momento em que o estresse não é identificado e enfrentado, ele cresce e acarreta em
consequências indesejáveis. Veremos algumas delas citadas por Wagner (2012) a
seguir:
Sintomas Físicos: Por exercer grande influência na saúde e bem-estar, o
estresse pode causar custos a mais, tanto para funcionários, como para
empregadores.
Tais doenças são de responsabilidade da organização, como confirma Wagner
(2012, p. 168): “a Lei de Saúde e Segurança Ocupacional, de 1970, e muitas outras leis
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estaduais, responsabilizam as organizações empregadoras por todas as doenças
originadas no emprego ou durante seu transcurso”.
Baixo compromisso organizacional: A insatisfação gera falta de identificação
com a empresa, e, portanto, o funcionário não se sente motivado a exercer o seu
esforço em prol dos objetivos organizacionais.
Violência e Sabotagem: Sobre a violência no local de trabalho, Wagner (2012,
p. 171) explana: “a maior parte da violência envolvendo membros da organização é
desencadeada por níveis extremos de insatisfação e estresse da parte do agressor”.
Já quanto à sabotagem, ela é direcionada à propriedade. Wagner (2012, p. 171)
explica que: “os trabalhadores insatisfeitos podem consciente ou inconscientemente
produzir produtos defeituosos. Isso pode ter efeitos desastrosos tanto para os clientes
como para a empresa”.
Como lidar os problemas de emoções e estresse
Os administradores podem controlar as emoções de seus subordinados? Não. As
emoções são próprias de cada pessoa, os executivos que tentam mudar a essência das
pessoas, cometem um grande erro.
As emoções negativas prejudicam o desempenho, mas as positivas podem
melhorá-los, de duas maneiras, de acordo com Robbins (2010, p. 97), a primeira: “as
emoções podem alavancar a vontade, agindo assim como motivadoras para um
desempenho melhor”. E a segunda:
O esforço emocional reconhece que os sentimentos são parte do
comportamento necessário ao trabalho. Dessa maneira, a
capacidade de administrar eficazmente as emoções em posições de
liderança ou de vendas, por exemplo, pode ser crítica para o
sucesso. (ROBBINS, 2010, p. 97).
Quando a tarefa é mais complexa, menos se é permitido a emoção. Pois altos
níveis da mesma podem prejudicar o desempenho. Sobre isso Robbins opina:
Como a tendência é de que o trabalho se torne cada vez mais
complexo, percebe-se por que as organizações se esforçam para
impedir a demonstração muito exacerbada de emoções -
especialmente aquelas mais intensas – dentro do ambiente de
trabalho. (ROBBINS, 2010, p. 97).
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Como vimos, as emoções são algo muito íntimo e pessoal, que mudam de acordo
com sexo, cultura, nacionalidade, e de pessoa para pessoa. Ou seja, não há muito o que
o administrador possa fazer quanto a isso. O que resta a ele é aceitar as diferenças de
emoções e personalidades de seus colegas e subordinados, e administrar para que essas
diferenças sejam algo positivo e não algo negativo, que possa trazer danos para a
organização.
Já sobre como lidar com o estresse, veremos como identificá-lo no âmbito do
trabalho, e dois olhares de maneiras de enfrentá-lo.
Identificar insatisfação e estresse: Como percebemos, o estresse pode acarretar em
diversas adversidades tanto para a organização, como também para os próprios
funcionários. Em função disso, é imprescindível que os gestores usem métodos para
identificar esses dilemas, para que possa tentar combatê-los.
Segundo Wagner (2012), a maioria das organizações usam o método de
autorrelatos, isto é, as próprias pessoas respondem questionários ou algo do tipo, e com
base em suas respostas os gestores procuram identificar alguma disfunção no
comportamento dos funcionários.
Porém, essas pesquisas não devem ser feitas de qualquer maneira, pois a partir
do momento em que as pessoas colocam suas insatisfações e frustrações no
questionário, elas esperam que haja algum tipo de mudança que possa beneficiá-los.
Sobre isso Wagner destaca:
Realizar uma pesquisa de opinião organizacional não é uma tarefa
que deve ser feita ligeiramente, porque muitas vezes essas
pesquisas geram expectativas. Por essa razão, a organização que
faz a pesquisa deve estar preparada para agir sobre os resultados,
se deseja ver algum benefício em pesquisas futuras. (WAGNER,
2012, p.182).
Formas de enfrentar o estresse: Em relação a formas de enfrentamento do estresse,
observaremos dois olhares: o psicológico e o organizacional.
De acordo com o olhar psicológico dessa situação, existem algumas técnicas que
podem ser realizadas para amenizar os efeitos do estresse. Veremos algumas delas:
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Biofeedback: Conforme Nolen-Hoeksema (2012), nesta técnica a pessoa
recebe informações sobre um ângulo de seu psicológico e desse modo procura
melhorar o seu estado. Em um momento do procedimento, são postos
eletrodos na testa da pessoa, fazendo com que qualquer movimento cerebral
possa ser identificado e monitorado, e enviado em forma de som para a
pessoa.
Logo após isso, ela descreve o que ocorre:
O sinal aumento de tonalidade quando o musculo se contrai e diminui quando
relaxa. Ao aprender a controlar atonalidade do som, o indivíduo aprende a
manter a musculatura relaxada. Depois de quatro a seis semanas de
treinamento, o participante aprende a reconhecer o início da tensão e a
reduzi-lo sem o suporte da máquina. (NOLEN-HOEKSEMA, 2012, p. 493).
Treinamento de relaxamento: Nolen-Hoeksema (2012, p. 493, 494)
descreve: “O treinamento de relaxamento envolve ensinar às pessoas as
técnicas de relaxar profundamente os músculos e diminuir a intensidade e o
foco nos próprios pensamentos.”
Ela ainda explana que geralmente as pessoas pensam que a pressão arterial e
a frequência cardíaca, por exemplo, não podem ser controladas
voluntariamente, mas estudos mostraram que as pessoas podem sim
aprender a modificar esses sintomas. Como exemplo, as pessoas que
possuem pressão arterial elevada estão se utilizando desse procedimento,
para conseguir reduzir essa situação.
Nolen-Hoeksema descreve como funciona:
Os pacientes são instruídos a tencionar os músculos (por exemplo, apertar a
mão fechada ou contrair o abdome), liberar a tensão e observara diferença de
sensação. Ao iniciar com os músculos que controlam o rosto e o pescoço os
pacientes aprendem a modificar a tensão muscular. (NOLEN-HOEKSEMA,
2012, p. 494).
A utilização desses dois procedimentos, o biofeedback e o treinamento de
relaxamento, comprovou uma diminuição eficaz da pressão arterial.
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Exercícios: O condicionamento físico é outro fator importante no combate ao
estresse, pessoas que praticam algum tipo de exercício físico regularmente,
são menos propensas a irritações e ficam menos doentes por motivos
estressantes, do que pessoas que não praticam exercício algum.
Por conta disso, o condicionamento físico está sendo usado como um método
para o combate do estresse. Em relação a isso, Nolen-Hoeksema comenta:
Um estudo em pacientes com dores crônicas no tórax descobriu que a
combinação do tratamento do estresse com a prática de exercícios resultou
em períodos menos frequentes de angina que qualquer uma das duas
intervenções isoladamente. (NOLEN-HOEKSEMA, 2012, p. 494).
Agora de acordo com o olhar organizacional, veremos algumas maneiras de
enfrentar o estresse. Assim como o olhar psicológico, o organizacional
também cita o condicionamento físico, técnicas de relaxamento, e o
biofeedback, o que nos garante o quão importante essas técnicas são.
Um ambiente social saudável também é importante, Wagner (2012, p.185)
comenta: “muitas organizações incentivam os colaboradores a participarem
de esportes em equipe tanto dentro como fora do horário de trabalho.”
Wagner (2012) ainda cita o método de rodízio de cargos, ou seja, uma
transferência temporária de um trabalhador para um outro trabalho, faze-los
sair da mesmice. E muitas vezes isso faz com que a tarefa se torne mais
complexa, evitando as tarefas repetitivas que geram frustação, já visto
anteriormente.
No entanto, o principal método para evitar estresse, é ser honesto e admitir
os aspectos negativos de um cargo para o seu ocupante. Wagner (2012)
comenta que muitas organizações hesitam em demonstrar os aspectos
negativos aos funcionários.
Wagner (2012, p. 185) confirma: “enganar uma pessoa para que ela assuma
um cargo no qual, de outro modo, não estaria interessada, não é bom nem
para a empresa, nem para a pessoa.”
Então como vimos, o estresse pode ser uma influência positiva ou negativa no
trabalho. Se for em pouca quantidade, pode motivar a pessoa a fazer uma
tarefa mais complexa e se desafiar. Porém, se for em grande quantidade e
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por um longo tempo, as consequências não são favoráveis para nenhuma das
partes envolvidas.
Pesquisa de Campo
Em referência ao tema proposto ‘Lidando com o Estresse e as Emoções no
trabalho’, foi realizada um questionário (o qual se encontra no apêndice desse trabalho)
de pesquisa de campo. As considerações sobre as respostas e conclusões estão a seguir:
O questionário foi composto por quatro perguntas referentes ao tema, foi aplicado
a proprietária de uma pequena empresa de ramo variado, nas palavras dela “Estética,
Cabelo, Make-up e Loja.”
Por conta da minha disponibilidade como autora desse artigo, pude somente fazer
essa entrevista nessa já citada empresa, na cidade a qual nasci e moro atualmente. Por
se tratar de uma cidade pequena, com aproximadamente 17.000 habitantes, não há uma
grande variedade de instituições comerciais.
Analisando as respostas obtidas, observa-se que o fato de ser uma empresa
modesta em uma cidade pequena, influencia bastante o pensamento da gestora. Em
relação ao conceito de Estresse, a entrevistada relaciono-o ao limite do cansaço e a
tarefas repetitivas durante muito tempo.
Medidas focadas no bem-estar físico foram as mais citadas por ele para controlar
o seu próprio estresse.
A empresa conta com 4 funcionárias, e por ser um pequeno grupo de pessoas, a
percepção do estresse é feita por meio do diálogo. De acordo com a proprietária, o
rodízio de carga horária é uma ferramenta utilizada por ela, para garantir que todos
descansem e deem o seu melhor. Ainda de acordo com a própria: “...nunca deixar
intrigas ou até mesmo problemas afetar a amizade e bom atendimento.”
Para finalizar podemos perceber que o fato que de que a própria proprietária está
presente diariamente e de que se trata de poucas funcionárias, a empresa tem um ar de
empresa familiar. Todos os integrantes têm uma relação muito próxima entre si, e que
procuram evitar que o estresse cause situações desagradáveis entre eles e assim acabe
prejudicando o cliente e a própria empresa.
CONCLUSÃO
Por fim, chegamos a conclusão de que os funcionários são essenciais para
qualquer organização, e esses funcionários como seres humanos, possuem emoções
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muito complexas, as quais nem mesmo os cientistas especializados conseguem
compreender por completo. Portanto não cabe ao gestor tentar entender completamente
as emoções de seus funcionários, porque como vimos, isso não é possível.
Como já foi dito, cabe ao gestor tentar entender as diferenças entre as pessoas,
tanto as de sexo, as culturais e também as de personalidade, e saber respeitar essas
diferenças.
Como observamos na pesquisa de campo, em empresas familiares o controle das
emoções e do estresse é feito por meio do diálogo, mas em organizações de grande
porte, isso é praticamente inviável.
Por conta disso, o gestor pode tentar introduzir na cultura da organização os
meios de controle de estresse já citados nesse artigo, como Biofeedback, Treinamento de
Relaxamento, e também incentivar os funcionários a praticar exercícios físicos, porque
afinal isso ajuda a saúde física e a mental.
Com tudo isso aprendemos o quanto é importante os gestores se preocuparem
com a saúde mental de seus funcionários, e que isso não é impossível, pode ser feito
sim.
Para o aprofundamento da comparação entre a teoria e a prática, seria
extremamente interessante que esse questionário, ou outro com o mesmo propósito
fossem aplicados na maior quantidade possível de organizações. Para que assim
possamos todos ter um enriquecimento maior ainda desse assunto.
REFERÊNCIAS
NOLEN-HOEKSEMA, Susan. Introdução à Psicologia. 15. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 14. ed. SãoPaulo: Pearson
Prentice Hall, 2010.
WAGNER, John A. Comportamento Organizacional: criando vantagemcompetitiva. São
Paulo: Saraiva, 2012.
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7.21. DINÂMICA E FERRAMENTAS DE COACHING
José Carlos Belo Rodrigues
Thamy Lourene Pontes Orestes
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo nos proporcionar grandes conhecimentos
e também faz com que tenhamos duvidas a serem esclarecidas já que se trata de um
tema relativamente novo, aos olhos de quem não o conhece, mesmo já existindo há
anos.
O tema central é estabelecer quais são as ferramentas utilizadas no coaching,
qual a funcionalidade e o porquê um Coach deve conhecê-las, onde e como aplica-las.
Devemos também ressaltara importância de se conhecer um procedimento de
coaching na atualidade já que vem ganhando grande conhecimento principalmente em
organizações. E não só emorganizações como também qualquer individuo que deseje
mudar sua vida em relação à organização e realização de objetivos obtendo assim
resultados positivos.
DESENVOLVIMENTO
Coaching, uma palavra diferente do nosso vocabulário, no entanto com grande
significado. Essa palavra não conhecida por muitos contem um largo tempo de historia
onde podemos entender quais os benefícios e realizações em determinados campos de
atuação.
Surgiu na idade média, onde essa expressão se designava a cocheiros de
carruagens, passado os anos, o termo coaching obteve uma grande modernização, pois
se designava a treinadores que a partir de seu processo de treinamento eficaz obtinha-se
grandes sucessos. Mas tarde esse termo foi empregado a profissionais hoje conhecidos
como Coach nada mais que pessoas treinadas a empregar uma metodologia a outros
conhecidos como coachee aqueles com interesses em alcançarresultados positivos, que
antes não conseguiam obter.
Segundo o site Sbcoaching,
O coaching é uma assessoria pessoal e profissional que utiliza
procedimentos orientados, cientificamente validados, para que
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indivíduos, times e empresas alcancem resultados superiores e
positivos. Com ele, é possível entender como nós pensamos,
sentimos, reagimos, aprendemos, mudamos e evoluímos.
A expressão coaching atualmente é conhecida como uma técnica que serve para
melhorar o caminho a ser traçado para determinada realização, os profissionais são
treinados a manter principalmente a motivação de seus clientes, pois sem ela não se
chega a lugar algum.De acordo com Maximiano(2012, p.253),
[...], Assim como o estudante, as pessoas, em geral, são
motivadas pela crença de que seu esforço produz o desempenho
que lhe permite alcançar os resultados que desejam. De acordo
com a teoria da expectativa, a motivação é função da crença de
que é possível alcançar um resultado, multiplicada pelo valor
atribuído ao resultado [...].
Mas o coaching é indicado para qual publico? Engana-se aquele que pensa ser um
publico especifico,a técnica é de grande valor para todos aqueles que necessitam de
organização em determinada conquista, por exemplo: um pai de família, pode usar a
técnica do coaching se achar que precisa melhorar seu comportamento familiar em
relação aos filhos e como quer que o vejam, outro exemplo, seria um dono de empesa
adquirir a técnica para melhorar qualquer aspecto em sua organização, até mesmo seu
próprio modo de viver. Então podemos ver que tal técnica pode servir para diferentes
tipos pessoas. Já que pode ajuda-la em diversas situações e momentos da vida.
Como dissemos anteriormente não é uma técnica conhecida por muitos, mas vem
ganhando o mercado e crescendo rapidamente, tão rápido que se pode esperar
reconhecimento mundial em poucos anos.
E quais são as ferramentas utilizadas por um Coach? Há varias, pois não existe
um modelo especifico já que elas serão utilizadas com diferentes tipos de indivíduos. E
cabe ao Coach saber quais ferramentas utilizar com seu cliente conhecido como
(coachee).Elas servem de suporte para o coach em relação ao processo aplicado ao
coachee.
Segundo o site Tbcoaching,
O processo de coaching é composto por dezenas de ferramentas,
cada uma delas com a sua devida importância e aplicabilidade.
Cabe ao coach identificar as melhores de acordo com as
necessidades, objetivos e perfil de seu coachee, pois não
existeferramenta melhor ou pior, e sim a mais adequada para cada
caso.
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O site também nos proporciona exemplos de ferramentas que todo coach deve
possuir, vejamos alguns:
Autofeedback: Consiste na auto-avaliação do coachee.
Roda da Vida: Avaliação de Satisfação na vida em todas as áreas.
Perfil Comportamental: Permite avaliar nosso comportamento.
Tríade do Tempo: Demonstra a forma como o coachee utiliza o seu
tempo.
Identificando Valores, Crenças, Sonhos e Missão de Vida: O que
realmente é importante, o que realmente te motiva, quais são seus
valores, quais são as suas crenças e sonhos, qual a sua missão de vida.
Identificando Fase da Vida: Para identificar a fase de vida do coachee,
para saber a melhor forma de trabalhar.
Orientação para Resultados 5W 2H: Planejamento de resultados com
5W: What: O que será feito? Who: Quem o fará? When: Quando será feito?
Where: Onde será feito? Why: Por quem será feito? E2H: How: Como será
feito? Howmuch: Quanto custará?
No mercado atual o coaching é reconhecido não só como uma técnica, mas
também como uma profissão na qual muitos estão investindo, pois além de
melhorar o aspecto de vida de muitas pessoas é possível obter um resultado
maior no que diz respeito ao sucesso, pois já saberá como agir em determinadas
ocasiões sendo elas boas ou ruins.
Quanto às sessões do coaching como funciona? As sessões em media
variam de uma hora à uma hora e meia. São encontros semanais ou quinzenais,
são variáveis, pois são marcadas mediante a disponibilidade de ambas as partes.
CONCLUSÃO
Conforme o estudo compreendeu-se que Coaching é uma técnica adquirida por
muitas pessoas atualmente. Já que através dela é possível obter grandes resultados.
Onde milhares de pessoas estão investindo na própria realização pessoal como também
profissional. Podendo assim entender que coaching é de fato uma carreira a se investir,
no atual cenário.
No que diz respeito à profissão de coach, toda ferramenta deve ser conhecida e
deve-se ressaltar a estrema importância desaber como usa-las, pois não há um modelo
especifico para todos, já que cada situação tem suas necessidades e diferenças.
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Por tanto, concluímos que todos aqueles que decidem investir no coaching,
atualmente seja para o pessoal ou para o profissional, estará investindo em algo de valor
e com grandes chances de sucesso.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em
um excelente gestor de pessoas. 5. ed. São Paulo: Editora Manole, 2014.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução
digital. São Paulo: Atlas, 2012.
SBCOACHING. O que é coaching?. Disponível em: <https://www.sbcoaching.com.br/o-
que-e-coaching>. Acesso em: 25 nov. 2018.
TBCOACHING. Desenvolvimento humano. As principais ferramentas do coaching.
Disponível em: <tbcoaching.com.br/ver/as-principais-ferramentas-do-
coaching#sthash.zCbAdhjc.dpbs> Acesso em: 25 nov. 2018