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2 ANAIS DA SEMANA ACADÊMICA, CIENTÍFICA E CULTURAL DA FSP ADMINISTRAÇÃO 2017

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AANNAAIISS DDAA SSEEMMAANNAA AACCAADDÊÊMMIICCAA,,

CCIIEENNTTÍÍFFIICCAA EE CCUULLTTUURRAALL DDAA FFSSPP

AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO

2017

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SUMÁRIO

1. MENSAGEM AOS PARTICIPANTES E PALESTRANTES ....................................... 4

2. A FSP .......................................................................................................... 5

2.1. OBJETIVOS DA FSP E DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO .......................................... 5

3. A CIDADE DE ITAPETININGA ............................................................................. 6

4. LOCAL DO EVENTO ......................................................................................... 9

5. COMISSÃO ORGANIZADORA E CIENTÍFICA .......................................................... 10

6. PROGRAMAÇÃO ........................................................................................... 11

7. TRABALHOS APRESENTADOS ...................................................................... 13

7.1. A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO ....................................................... 13

7.2. FILOSOFIAS JAPONESAS PARA A GESTÃO DA PRODUÇÃO ................................... 17

7.3. HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDÚSTRIA ....................................... 22

7.4. OS DESPERDÍCIOS NA INDÚSTRIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A PRODUTIVIDADE ................................................................................................. 26

7.5. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DERIVADOS DE CHAPAS

GALVANIZADAS ................................................................................................... 30

7.6. RESÍDUOS SÓLIDOS – O BOTICÁRIO ................................................................... 33

7.7. COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS EM BENEFÍCIO DE HORTAS DE USO COLETIVO ............................................................................................................ 39

7.8. GERENCIAMENTO DE POLÍMEROS GERADOS NO PROCESSO DE CONFECÇÃO DE LENTES OFTÁLMICAS ........................................................................................... 44

ETAPA 1....................................................................................................................... 44

ETAPA 2....................................................................................................................... 45

ETAPA 3....................................................................................................................... 45

ETAPA 4....................................................................................................................... 46

7.9. O DESCARTE DE LUBRIFICANTES E SUAS EMBALAGENS - ESTUDO DE CASO DE UM POSTO DE COMBUSTÍVEL .................................................................................... 47

7.10. PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................... 52

7.11. G GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E REAPROVEITAMENTO PLUVIAL DE UMA

EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL ....................................................................... 56

REAPROVEITAMENTO PLUVIAL .................................................................................. 56

MANUTENÇÃO DE SUCATA E SOBRA DE METAL ............................................................... 57

7.12. OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS E PERFIL PROFISSIONAL: UM ESTUDO SOBRE EMPREENDEDORISMO NO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA/SP ............................. 60

7.13. ÍNDICE INFLACIONÁRIO NO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA/SP: UM ESTUDO A PARTIR DA VARIAÇÃO DE PREÇOS DA CESTA BÁSICA ......................................... 65

7.14. ESTRATÉGIAS DE MARKETING EM ITAPETININGA/SP E SEU IMPACTO NA ACEITAÇÃO DOS CONSUMIDORES ....................................................................... 70

7.15. AS MULHERES QUE EXISTEM NA MULHER ....................................................... 74

7.16. DIVERSIDADE NO TRABALHO .......................................................................... 75

7.17. DIVERSIDADE ................................................................................................. 76

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ANAIS DA SEMANA ACADÊMICA, CIENTÍFICA E

CULTURAL DA FSP 2017 – CAMPUS ITAPETININGA

Curso de Administração

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1. MENSAGEM AOS PARTICIPANTES E

PALESTRANTES

Caros Participantes, Sejam bem-vindos Semana Acadêmica, Científica e Cultural da FSP 2017 –

curso de Administração! A Comissão Organizadora planejou e trabalhou cada detalhe do evento, a

fim de que todos os momentos desfrutados por cada um de vocês sejam de máxima excelência, tanto

no aprendizado técnico-científico, quanto nas atividades socioculturais. O objetivo do Encontro é

promover a atualização e discussão de temas diversos pertinentes às áreas de atuação da

Administração. A troca de experiências é enriquecida com a participação de especialistas e

participantes. É fomentada por meio de palestras, workshops e da apresentação de trabalhos

científicos. Aproveitamos essa mensagem para estendermos nossos mais sinceros agradecimentos

aos palestrantes, participantes e organizadores. A Faculdade Sudoeste Paulista – FSP – Campus

Itapetininga, nosso muito obrigado por ajudarem a concretizar nosso evento. Esperamos que o

aproveitamento científico seja máximo e que este evento seja oportunidade de interação, aprendizado

e estabelecimento de novas relações profissionais e de amizade entre participantes e palestrantes.

Agradecemos a presença e desejamos a todos uma excelente Semana Acadêmica, Científica e

Cultural da FSP 2017 – Curso de Administração.

Vanessa Valença de Morais

Coordenadora do curso de Administração

Faculdade Sudoeste Paulista – FSP – Campus Itapetininga

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Curso de Administração

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2. A FSP

2.1. OBJETIVOS DA FSP E DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

A Faculdade Sudeste Paulista - Itapetininga busca promover uma formação

profissional que vá ao encontro das necessidades da região. Este contexto reafirma a

necessidade de capacitar pessoas para atuarem com eficiência nas diversas

organizações, não só a nível local, mas também a nível regional e nacional, pois a área

administrativa ainda impõe grandes desafios ao poder público e privado dado o elevado

contingente de empreendimentos que deixam de existir antes de completar um ano,

tendo como uma das causas mais expressivas a falta de profissionais com visão,

liderança, capacitados para análise, planejamento e ação.

O curso de Administração tem como estilo de educação e formação a busca do

perfil do novo cidadão, com outra mentalidade, com mais sensibilidade, senso

cooperativo, solidário e cidadão. Além disso, pessoa que saiba trabalhar em equipe, com

criatividade e ética, saiba conviver com o novo e com o imprevisto, que busque sempre

novas aprendizagens, abrindo-se a novas perspectivas, qualificando cada vez mais o

trabalho educativo desenvolvido.

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Curso de Administração

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3. A CIDADE DE ITAPETININGA

A Faculdade Sudoeste Paulista está localizada no município de Itapetininga,

situado a Sudoeste do estado de São Paulo, com uma área territorial de 1.790 km²,

sendo, em área, o terceiro maior do Estado de São Paulo, com latitude de -23,35’08”° e

longitude de -48,02’51”° e altitude de 670 metros. Itapetininga faz limites ao Norte com

os municípios de Tatuí e Guareí, ao Sul com os municípios de Capão Bonito, São Miguel

Arcanjo e Pilar do Sul a Leste com os municípios de Alambari, Capela do Alto e Araçoiaba

da Serra e a Oeste com os municípios de Campina do Monte Alegre, Angatuba e Buri.

As distâncias rodoviárias são demonstradas da seguinte forma: de Brasília -

1.063km, de São Paulo – 170 km e de Sorocaba – 71 Km. O acesso de São Paulo é feito

pelas rodovias Castello Branco e Rodovia Raposo Tavares. Também estão próximas ao

município as rodovias SP-127, SP-129 e SP-157. O município conta com um Terminal

Rodoviário, com 6 empresas de transporte coletivo intermunicipal e uma empresa que

opera diversas linhas urbanas.

Foto 1: Mapa da cidade de Itapetininga.

Possui uma economia fortemente voltada à agricultura. Suas indústrias são de

pouca expressão nacional. A pecuária é de relativa importância no sudoeste paulista. Os

principais produtos cultivados são: grama, batata, hortifrutícolas e cana-de-açúcar para a

fabricação de álcool.A produção de lenha e madeira em tora de florestas cultivadas

(silvicultura) e a resinagem de espécies florestais dos gêneros Pinus também se mostram

importantes atividades no município.

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Foto 2: Imagens da cidade de Itapetininga

O município de Itapetininga (SP), hoje, emerge como opção para investimentos

no momento em que as principais nações do mundo debatem a questão da qualidade de

vida. É para elas, a mais tardia preocupação. Dentro do processo de interiorização

iniciado há quase 30 anos. Itapetininga, ao buscar a modernização econômica, só o faz

após ter resolvido os principais problemas de infra- estrutura do município. Assim,

garante a melhor qualidade de vida para todos os seus 145.000 habitantes. Este dado

humanístico é fruto de pesquisa das experiências que passaram outros municípios, e,

reflexo da herança histórica de uma cidade pioneira na Educação no Estado de São Paulo.

É ainda a principal cidade do ramal ferroviário de Itararé que a une, dentro da Rede

Ferroviária Federal, ao sul do país, à São Paulo e ao porto de Santos.

Foto 3: Vista área da cidade da cidade de Itapetininga

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Itapetininga é uma cidade com infra- estrutura para receber o progresso e não

tornar-se da noite para o dia, em um aglomerado de pessoas com carências básicas. A

rede de energia é interligada ao Sistema Elétrico Sul-Sudeste do qual fazem parte as

hidrelétricas de Itaipu, Ilha Solteira, Furnas, Urubupunga e demais dos rios

Paranapanema, Paraná e Grande. Possui uma estação de abaixamento da CESP que

garante a capacidade instalada de 130 MVA, com distribuição da "Companhia Sul Paulista

de Energia". O processo de urbanização em desenvolvimento, hoje, nos proporciona uma

cidade com suas ruas pavimentadas e modernas avenidas perimetrais. A Saúde conta

com hospitais para atendimento geral, à infância, maternidade e uma rede de Postos

instalados tanto na zona urbana quanto rural.

Na Educação, ainda é mantida a tradição secular que a denominou "Athenas do

Sul Paulista" quando a maioria dos professores do Estado de São Paulo procediam do

Instituto de Educação Peixoto Gomide de Itapetininga ou do Colégio Caetano de Campos

de São Paulo. Fatores como estes já trouxeram para o município empresas como a

SADIA, ACUMULADORES MOURA, 3M DO BRASIL, DURATEX, COMPANHIA SUZANO DE

PAPEL E CELULOSE, CITROVITA(GRUPO VOTORANTIM), GRANJA ALVORADA,

FRIGORIFICO ALVORADA, GRANJA SALAS PINHEIROS, DESTILARIA DE ÁLCOOL VISTA

ALEGRE, NISSHIMBO DO BRASIL, FRIGORÍFICO CERATTI, EBRAS,FRIGORIFICO

MAFRICO, GRUPO AVICOLA ISA(Institut de Sélection Animale), ULTRAFERTIL e as novas

empresas em fase de implantação, entre elas IBF(Indústria Brasileira de Formulários).

Foto 4: Centro da cidade de Itapetininga

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4. LOCAL DO EVENTO

Semana Acadêmica, Científica e Cultural da FSP 2017

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Fone: (15) 3373-7358

[email protected]

LOCAL Faculdade Sudoeste Paulista – FSP – Itapetininga – SP

Rua José de Almeida Carvalho, 1695, Vila Leonor, Itapetininga - SP

CEP: 18213-145

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5. COMISSÃO ORGANIZADORA E CIENTÍFICA

COMISSÃO ORGANIZADORA

(Responsável por infraestrutura, Certificados, Contratação de palestrantes)

Prof. MSc. Edmilson Ribeiro

Prof. MSc. Eduardo Clemente

Prof. Dr. José Antônio Soares

Prof. Esp. Luís Claudio Oliveira

Prof. MSc. Luiz Fernando Amaral dos Santos

Profª MSc. Vanessa Kitizo Venturelli

Profª MSc. Vanessa Valença de Morais

Jaqueline França

Leiviane Queirós

COMISSÃO CIENTÍFICA

(Responsável por orientação, correção, exposição e avaliação dos trabalhos científicos)

Prof. MSc. Edmilson Ribeiro

Prof. Dr. José Antônio Soares

Profª MSc. Vanessa Kitizo Venturelli

Profª MSc. Vanessa Valença de Morais

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6. PROGRAMAÇÃO

A Semana Acadêmica é um evento institucional para a comunidade acadêmica, e

também aberto ao público, caracterizado como espaço de integração, socialização,

reflexão, debate, conhecimento e interdisciplinaridade.

Ela tem como objetivo proporcionar um espaço-tempo de:

a) Aperfeiçoamento profissional e acadêmico, por meio de palestras e minicursos

que oferecem conhecimento específico de complementação curricular, despertar

vocacional e motivação acadêmica;

b) Desenvolvimento científico, por meio de exposição e apresentação de pôsteres

de artigos científicos produzidos na iniciação científica, em trabalhos parciais dos

currículos, apresentações dos trabalhos docentes, buscando incentivar a investigação

científica e a carreira acadêmica;

c) Expressão cultural, por meio de apresentações culturais preparadas pelos

discentes como expressão de arte e cultura, expressas por meio de textos, poemas,

teatros, dança e música, despertando para a importância do patrimônio cultural e da

expressão artística, e também por meio de palestras, debates ou apresentação discente

em torno das temáticas relações étnico-raciais, direitos humanos, inclusão social e

preservação ambiental.

A proposta temática da Semana Acadêmica 2017 consiste em promover a reflexão

e o debate sobre a Qualidade de Vida, as Relações Interpessoais e a Inclusão Social.

A temática proposta das palestras tem o objetivo de:

a) Coaching: promover o olhar introspectivo de habilidades e competências, traçar

estratégias para desenvolver-se pessoalmente e profissionalmente.

b) Qualidade de Vida: discutir as relações, sejam pessoais ou profissionais. Trabalhar o

relacionamento interpessoal, a solução de conflitos, o desenvolvimento humano no

trabalho e a gestão humanizada.

c) Inclusão Social: preparar os futuros Administradores para a inclusão no ambiente de

trabalho, reconhecendo a verdadeira inclusão de pessoais que apresentem necessidades

especiais e como inseri-las no trabalho assertivamente.

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d) Direitos Humanos: propõe a reflexão de igualdade dos direitos, da necessidade de

fortalecimento dos espaços das minorias, e como os Administradores podem trabalhar as

relações de poder institucionais nas organizações e garantir espaços seguros quanto à

garantia igualitária de direitos.

e) Meio ambiente: refletir sobre o uso excessivo e desnecessário de recursos,

compreendendo o meio como um ambiente de todos, incentivando o uso consciente de

recursos naturais, materiais e o respeito ao espaço e habitat como meio comum a todos.

Programação da Semana Acadêmica, Científica e Cultural do Curso de Administração - 2017

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7. TRABALHOS APRESENTADOS

7.1. A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Mirele Ribeiro Machado; Guilherme José Proença; Vanessa Cristina Dias1; Viktor

Ibiapina; Vanessa Valença de Morais

INTRODUÇÃO

A história industrial inicia-se com a Revolução Industrial. Antes ela, os bens eram

produzidos artesanalmente, o que limitava o atendimento da demanda e termos de

padronização do produto e produção em escala.

Com a Revolução Industrial, o surgimento de máquinas contribuíram para uma

produção em larga escala, de produtos exatamente iguais, que com auxílio de recursos

de automação industrial, possibilitaram o surgimento do que chamamos de produção em

massa.

Antes da revolução industrial, as indústrias e comércios não

possuíam grande volume de produtos e os artesãos aguardavam

por encomendas de sua clientela para iniciar a manufatura, só

então iniciavam a separação da matéria prima e os processos que

mantinham-se concentrados em um único indivíduo. São diversas

as razões pelas quais o sistema foi substituído, como

disponibilidade abundante de matéria prima, facilidade da

padronização e segmentação da produção, que poderia atender a

todos de forma unificada TELLES ET AL, 2016, p.3).

De acordo com Telles et al (2016), após a Segunda Guerra Mundial, as indústrias

tiveram que adaptar o sistema produtivo, migrando de produção em massa para

produção enxuta, também conhecido como Lean Manufacturing, um sistema produtivo

que propõe a produção somente daquilo é necessário. Houve, portanto, a migração de

um sistema produtivo para outro.

O Sistema Lean dispõe de uma série de “ferramentas” de gestão

que visam, justamente, criar condições que permitam a empresa

“produzir mais com menos”. Por exemplo, a ferramenta Lean de

“Trabalho Padronizado”, que, ao definir uma sequência clara para

as atividades produtivas, ajuda a eliminar os desperdícios em cada

trabalho individual e, com isso, consegue aumentar a quantidade

de agregação de valor, produzindo-se mais com menos horas de

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trabalho, mantendo a mesma qualidade por unidade produzida

TELLES ET AL, 2016, p.4).

Este estudo propõe-se, através da pesquisa bibliográfica, compreender como seu

deu a migração de um sistema produtivo para outro, identificando quais razões tornaram

essa mudança necessária, identificando as diferenças básicas de um sistema produtivo

para outros a fim que justificar essas necessidades de migração.

DESENVOLVIMENTO

Nos primórdios da evolução manufatureira, o trabalho era feito por artesões que

possuíam empresas de pequenos portes e que atuavam no mercado local. Os mesmos

eram altamente qualificados e possuíam pleno domínio de diversas funções necessárias

para a confecção de produtos. Além dos trabalhadores serem altamente qualificados e

flexíveis eles utilizavam ferramentas simples e universais para a realização dos trabalhos.

Os produtos feitos eram praticamente exclusivos, e se tornavam caros, pois eram

feitos um a um. Com o tempo se tornou economicamente inviável.

Após a Primeira Guerra Mundial houve a transição para novos processos de

manufatura. A produção deixa de ser artesanal e passa a ser em massa.

A produção em massa foi utilizada pela primeira vez nos Estados Unidos

Em 1913, Henry Ford adotou em sua fábrica a linha de montagem móvel, na

produção de magnetos e motor. Antes disso o processo era feito em uma plataforma fixa.

O trabalhador tinha que se locomover para buscar materiais e ferramentas, o que

tornava o tempo de produção ainda maior.

Com esse novo processo, o produto se locomovia em uma esteira transportadora

e ia até o trabalhador. Isso eliminou a necessidade de movimentação dos funcionários

para busca de materiais, reduzindo o tempo de produção.

Na produção em massa, o produtor precisava ser altamente especializado para

planejar a produção, já o trabalhador era sem ou semiqualificado, pois realizava apenas

uma simples tarefa de um todo, diferente da produção artesanal, que o produto era feito

do início ao fim pela mesma pessoa.

A produção em massa restringe o cliente ao poder de escolha e o coloca nas mãos

dos fabricantes, que produzem sem saber se haverá ou não compradores fazendo com

que haja um acumulo de estoque na empresa, um exemplo clássico é a fabricação do

FORD T, cuja linha de montagem não permitia que o cliente escolhesse a cor do seu

veículo, “o cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto”.

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Esse modelo de produção se tornou muito expandido, pois possibilitou altas taxas

de produção e ao mesmo tempo disponibilizou produtos a preços acessíveis.

O produto então ficou mais barato, graças a padronização dos processos e

materiais. Não havia variedade de produtos, o famoso Ford-T, por exemplo, só tinha uma

opção de cor e não havia opcionais de fábrica.

A produção em massa utiliza de produção em larga escala, sem um controle e

sem um padrão de qualidade, começou a ser um trabalho exaustivo e repetitivo, seu

declínio aconteceu em 1980 quando surgiu a era Toyotista um sistema mais eficiente,

que iniciou após a II Guerra, os japoneses foram à América para estudar esse novo

conceito de produção e perceberam que era possível implementar uma produção de

automóveis diferenciada, adaptada à necessidade econômica do país no período pós-

guerra. Então começa o modo “enxuto” de produzir, diminuindo os estoques de

materiais, reduzindo os custos e acrescentando qualidade e flexibilidade ao processo.

Isso mudou o relacionamento da empresa com o cliente e fornecedores, a relação deixou

de ser atendimento de curto prazo e passou a ser uma parceria comercial duradoura.

Desde então o ritmo do processo vem sendo cada vez mais aprimorado e

intensificado, o tempo de produção vem diminuindo graças à inovações que contribuem

para o fluxo do processo, como a organização flowline (linha) onde as máquinas e

equipamentos são disponibilizados em linha no layout, de acordo com cada etapa do

processo.

A produção enxuta ou lean manufacturing, como ficou conhecida, se caracteriza

por redução de desperdício, melhorando a produtividade e assim a qualidade aumenta, o

tempo e o custo de produção diminuem. A Manufatura Enxuta foi desenvolvida pelo

executivo da Toyota, Taiichi Ohno, por isso também é conhecida como Sistema Toyota de

Produção.

Constitui-se em padronização de trabalho, auxilia para agilizar e obter o

conhecimento necessário para que os trabalhadores possam atuar na sua função de uma

maneira mais produtiva e evitando desperdício. Há outras ferramentas eficazes no

sistema “Lean” que contribui para minimizar a ausência de mão de obra, como por

exemplo, a automação de pequeno custo, que seria principalmente usada para facilitar a

carga e descarga de matéria-prima, ou então se designa á prova de erros, que são

pensados para o processo produtivo.

CONCLUSÃO

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O processo de evolução dos sistemas de produção se deu pela revolução

industrial, que por conta do desenvolvimento de máquinas e novos recursos, possibilitou

a produção em larga escala, ou seja, maior demanda de produtos e estoque, com

produtos padronizados, antes disso por não possuir recursos e máquinas disponíveis,

toda produção era feita de uma forma artesanal, nas quais era necessário esperar

encomendas e/ou pedidos para que produzissem.

Já após a Segunda Guerra Mundial, se viu necessário reformar seus processos

produtivos, devido à escassez de materiais e insumos, então propuseram um processo de

produção enxuta, chamado Lean Manufacturing, no qual propôs uma produção utilizando

somente o necessário, sem acúmulo, adotando a política do produzir mais com menos,

essa ideia visou evitar o desperdício e a perda de matéria-prima em seus processos,

agregando mais valor ao produto final e maior controle de qualidade. Além de tornar as

empresas mais competitivas este processo contribui para a economia e lucro das

empresas.

REFERÊNCIAS

COSTA, A.B. Inovações e mudanças na organização industrial. FEE: Porto Alegre,

2000.

DALLA, W.D.; MORAIS, L.L.P. Produção enxuta: vantagens e desvantagens

competitivas decorrentes da sua implementação em diferentes organizações.

XIII SIMPEP – Bauru, SP, 2006.

TELLES, F.R.C. ET AL. Principais mudanças do sistema produtivo em massa para o

lean manufacturing. Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga, 2016.

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7.2. FILOSOFIAS JAPONESAS PARA A GESTÃO DA PRODUÇÃO

Daniele Fernandes; Jéssica Barros; Stéfanny Souza Santos; Thereza Aparecida Correa

Furtado; Vanessa Valença de Morais

INTRODUÇÃO

Antes da Revolução Industrial, os bens eram produzidos de forma artesanal, o que

dificultava a produção padronizada e em larga escala para atendimento à demanda. E

através dela, o surgimento de máquinas contribuíram para uma produção em larga

escala, de produtos exatamente iguais, que com auxílio de recursos de automação

industrial, possibilitaram o surgimento do que chamamos de produção em massa.

Antes da revolução industrial, as indústrias e comércios não

possuíam grande volume de produtos e os artesãos aguardavam

por encomendas de sua clientela para iniciar a manufatura, só

então iniciavam a separação da matéria prima e os processos que

mantinham-se concentrados em um único indivíduo. São diversas

as razões pelas quais o sistema foi substituído, como

disponibilidade abundante de matéria prima, facilidade da

padronização e segmentação da produção, que poderia atender a

todos de forma unificada TELLES ET AL, 2016, p.3).

De acordo com Telles et al (2016), após a Segunda Guerra Mundial, as indústrias

tiveram que adaptar o sistema produtivo, migrando de produção em massa para

produção enxuta, também conhecido como Lean Manufacturing, um sistema produtivo

que propõe a produção somente daquilo é necessário. Houve, portanto, a migração de

um sistema produtivo para outro.

O Sistema Lean dispõe de uma série de “ferramentas” de gestão

que visam, justamente, criar condições que permitam a empresa

“produzir mais com menos”. Por exemplo, a ferramenta Lean de

“Trabalho Padronizado”, que, ao definir uma sequência clara para

as atividades produtivas, ajuda a eliminar os desperdícios em cada

trabalho individual e, com isso, consegue aumentar a quantidade

de agregação de valor, produzindo-se mais com menos horas de

trabalho, mantendo a mesma qualidade por unidade produzida

TELLES ET AL, 2016, p.4).

A produção enxuta surgiu no Japão, por meio da Toyota, que elaborou um sistema

complexo conhecido como Sistema Toyota de Produção, também conhecido como Lean

Manufacturing ou, simplesmente, Produção Enxuta.

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Este sistema complexo de produção, consiste numa filosofia de gestão que produz

somente o necessário, com estoque e defeito zero, o que pressupõe, portanto, o apoio de

implantação de uma série de ferramentas do sistema de produção enxuta.

Este estudo propõe-se, através da pesquisa bibliográfica, compreender a

complexidade do sistema de produção enxuta, descrevendo as ferramentas utilizadas

nele para que esse sistema de gestão da produção seja bem sucedido.

DESENVOLVIMENTO

De acordo com Womack, Jone e Roos (1992) apud Araujo e Rentes (2006), após o

término da segunda guerra mundial, o Japão precisou desenvolver práticas diferenciadas,

para assim tornar-se um competidor global com os demais países. Essa nova prática é a

chamada produção enxuta.

Segundo Womack e Ross (1998) apud Araujo e Rentes (2006) O objetivo da

produção enxuta é encontrar e acabar com os desperdícios que ocorrem durante todo o

processo de produção. Dentre os diversos tipos de desperdícios, pode-se destacar:

Superprodução, tempos de espera, processo inadequado, inventários desnecessários.

Para alcançar esses objetivos a produção enxuta conta com diversas ferramentas

que compões o Sistema de Produção Enxuta, tai como:

a) Kaizen

Kaizen significa a melhoria contínua de um fluxo completo de valor ou de um

processo individual, a fim de se agregar mais valor com menos desperdício.

De acordo com ROTHER & SHOOK (1999), existem dois níveis de Kaizen, o Kaizen

de fluxo, onde o foco está no fluxo de valor e direcionado ao gerenciamento, e também o

Kaizen de processo, que tem seu foco nos processos individuais, direcionados às equipes

e de trabalho e líderes de equipe.

b) Kanban

Trata-se de uma ferramenta de trabalho pelo qual os operários de fábrica devem-

se informar suas necessidades de mais unidades para a seção sequente. Utiliza-se

métodos de vários tipos de sinais como cartões, painéis de visualização, luzes e sistemas

eletrônicos para fazer uso de sinalização.

De acordo com WILD (1981), um sistema de produção pode ser definido como a

configuração de recursos combinados para a provisão de bens e/ou serviços. A

explicitação dos itens físicos que compõem esses recursos combinados produz o que se

denomina sistema físico, cujas principais categorias de recursos são as matérias-primas,

os equipamentos, a mão-de-obra e os produtos associados ao sistema de produção.

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É objetivo do Kanban, otimizar o fluxo de informações necessárias à produção das

peças, o que significa ter, no limite, um tempo zero de processamento de informações

(SUGIMORI, 1977)

c) Just in time

O sistema JIT está sustentado fundamentalmente sobre três pilares básicos, que

são: a integração e otimização, a melhoria contínua e finalmente, o esforço em

compreender e responder às necessidades dos clientes.

De acordo com Bidin e Martins (2206), a primeiro pilar visa reduzir ou eliminar

funções e sistemas desnecessários ao processo produtivos como: inspeção, retrabalho,

estoques de matérias primas e estoque em processo (WIP).

O segundo pilar, a melhoria contínua (kaizen), fomenta o desenvolvimento de

sistemas internos que encorajam a melhoria constante, não somente dos processos, mas

também da qualificação das pessoas, dentro da empresa.

O terceiro pilar é basicamente entender e responder às necessidades dos clientes.

Isto significa a responsabilidade de atender o cliente nos requisitos de qualidade do

produto, prazo de entrega e custo.

d) 5S

Bidin e Martins (2006) descrevem o 5 “S”, como cinco palavras fundamentais

deste princípio da organização, que em japonês começam com “S”, conforme segue:

· Seiri (organização) – é o senso de utilização. Tudo o que não for necessário para

a atividade de produção no futuro próximo deve ser removido do local de trabalho.

· Seiton (locação) – é o senso de ter tudo em seu devido lugar. Cada coisa deve

ter o seu lugar para que, sendo necessária, seja encontrada facilmente.

· Seizo (limpeza) – é o senso de que a limpeza é fundamental para a melhoria.

Um local de trabalho limpo transmite a mensagem de que ali se procura trabalhar com

qualidade.

· Seiketsu (padronização) – é o senso de conservação, pois a definição de padrões

é fundamental para a manutenção dos progressos alcançados pelo grupo.

· Shitsuke (disciplina) – é o senso de responsabilidade, Disciplina, neste caso, é

trabalhar consistentemente através de regras e normas de organização, localização e

limpeza.

e) Qualidade total

A qualidade total é tida como uma das ações mais importantes de um sistema JIT.

Para Bidin e Martins (2006) significa agir através de todo um sistema estruturado,

com objetivo de garantir a qualidade de um produto para que o consumidor possa

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comprá-lo com total confiança, satisfação e segurança. A filosofia JIT adota a visão

sistêmica do empreendimento e considera que a qualidade total deve estar presente a

cada passo do processo, do planejamento de novos produtos aos serviços de pós-venda.

A variação de qualquer característica da qualidade de um produto pode ser

quantificada através de amostragem retiradas nas saídas dos processos e pela estimação

dos parâmetros da sua distribuição estatística. As empresas JIT procuram treinar seus

operários no uso deste controle estatístico, em busca do pleno domínio sobre as causas

especiais de variação.

De acordo com Araujo e Rentes (2004), apesar de muitas empresas de diversos

setores terem alcançado benefícios significativos com a adoção dos conceitos de

produção enxuta, muitos gerentes têm se complicado nas técnicas ao tentar implantar

partes isoladas de um sistema enxuto sem entender o todo - fluxo e impactos sistêmicos

na organização.

CONCLUSÃO

O objetivo final artigo foi levantar quais as ferramentas utilizadas para

desenvolver o Sistema de Produção Enxuta, uma filosofia de gestão japonesa da

produção, que se apoia em diversas ferramentas para alcançar seus resultados.

Observamos que ao longo do tempo a gestão de produção foi aperfeiçoando sua

técnicas e formas de organização do trabalho. Atualmente, pelas características

econômicas do mercado, a o sistema enxuto de produção viabiliza maior eficiência da

gestão da produção, diminuindo custos e tornando a indústria mais produtiva.

Ressaltamos que todo o processo de produção enxuta, também conhecido como

Lean Manufacturing, funcione adequadamente é imprescindível que a gestão empresarial

faça o uso de todas as ferramentas citadas acima, como: Kaizen, Kanban, Just in time,

5S e Qualidade Total.

Todos esses métodos são utilizados para que a organização possa buscar atingir a

qualidade total e a eficiência do seu sistema produtivo, visando sempre aprimorar e se

adequar com flexibilidade ao que o cliente exige. Atendendo a demanda sempre com

velocidade e sem falhas durante o processo. Com a finalidade de produzir mais com

menos.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, C.A.C.; RENTES, A.F. A metodologia kaizen na condução de processos de

mudança em sistemas de produção enxuta. São Carlos: Revista Gestão Industrial, v.

02, n. 02: p. 133-142, 2004.

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BIDIN, L.A.M.; MARTINS, P.P.P. O sistema Just in Time: uma visão crítica de sua

implementação. XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 2006.

ROTHER, M. & SHOOK, J. Aprendendo a enxergar. Lean Institute Brasil. São Paulo,

1999.

SUGIMORI Y. et.al. Toyota production system and Kanban system: materialization

of Justin-Time and Respect-for-Human System. International Journal of Production

Research. USA, v. 15, n. 6, 1977.

TELLES, F.R.C. ET AL. Principais mudanças do sistema produtivo em massa para o

lean manufacturing. Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga, 2016.

WILD, R. Concepts for operations management. Inglaterra: John Wiley & Sons,

1981.

WOMACK, J. P; JONES, D. T. & ROOS, D. A máquina que mudou o mundo. Campus.

5a Edição. Rio de Janeiro, 1992.

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7.3. HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDÚSTRIA

Ana Caroline Ferreira de Almeida; Kaique Fogaça; Larissa Aparecida de Oliveira Damião;

Wellington de Medeiros; Vanessa Valença de Morais

INTRODUÇÃO

Especialmente em indústrias uma organização deve estabelecer uma rotina para a

prevenção da saúde e da segurança no trabalho, devido a um trabalho, muitas vezes,

executado com auxílio de máquinas, equipamentos que se constituem em algum tipo de

risco ao trabalho, e também pela característica repetitiva do trabalho, que pode

ocasionar algum tipo de doença ocupacional.

A saúde e a segurança do trabalhador são importantes, porque primeiramente,

não se pode alcançar objetivos organizacionais em detrimento da saúde e da segurança

dos trabalhadores, e também porque o ônus da falta de prevenção em saúde e

segurança é também significativo para a organização, o que também inclui em prejuízos

para a produção quando há afastamentos e absenteísmo por conta de um trabalho

insalubre.

Por isso, de acordo com, a saúde ocupacional surge, sobretudo, dentro das

grandes empresas, com o traço da multi e interdisciplinaridade, com a organização de

equipes progressivamente multiprofissionais (MENDES; DIAS, 1991, p. 343).

De acordo ainda com Mendes e Dias (1991), apesar de a automação e a

informatização virem cercadas de uma certa aura mítica de se constituírem na "última

palavra da ciência a serviço do homem", elas introduziram, na verdade, profundas

modificações na organização do trabalho.

Portanto, este estudo tem como objetivo, através da pesquisa bibliográfica,

identificar qual o papel do setor e ações da área de segurança e saúde do trabalhador

nas indústrias brasileiras.

DESENVOLVIMENTO

De acordo com Cavalcante (2009), a Segurança do Trabalho é composta por um

conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, que objetiva a

prevenção de riscos e acidentes, buscando a eliminação dos atos e condições inseguras

no ambiente de trabalho evitar a todo custo o acidente, pois na visão atual ele é

controlável e capaz de ser totalmente prevenido.

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De acordo com Rink (2004), a instalação de proteção nas máquinas é de

responsabilidade do empregador, e a eventual falta de proteção pode responsabilizar

esse empregador judicialmente em várias instâncias. Atualmente, quando se compram

máquinas do exterior, sabe-se que é possível optar pela aquisição conjunta de suas

respectivas proteções. A maioria dos empresários, porém, prefere não adquiri-las em

decorrência do seu custo.

De acordo com Cavalcante (2009), há diversos tipos e classificações de riscos

nas organizações:

Os riscos profissionais são os que decorrem das condições precárias inerentes ao

ambiente ou ao próprio processo operacional das diversas atividades profissionais. São,

portanto, as condições ambientes de insegurança do trabalho, capazes de afetar a

saúde, a segurança e o bem-estar do trabalhador.

Os riscos profissionais dividem-se, pois em riscos de acidente, riscos ambientais

e riscos ergonômicos.

Riscos de Acidentes são quaisquer circunstâncias ou comportamento que

provoque alteração da rotina normal de trabalho. São consideradas condições para tais

riscos, por exemplo: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem

proteção, ferramentas impróprias ou com defeitos, iluminação inadequada, eletricidade,

probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, presença de

animais peçonhentos, outras condições que possam contribuir para ocorrência de

acidentes no local de trabalho.

Os riscos ambientais são fatores desencadeantes das doenças do trabalho,

chamados de agentes ambientais e podem ser classificados segundo a sua natureza e

forma com que atuam no organismo humano, riscos físicos, riscos químicos e riscos

biológicos.

Os riscos ergonômicos são aqueles relacionados com fatores fisiológicos e

psicológicos inerentes à execução das atividades profissionais. Estes fatores podem

produzir alterações no organismo e estado emocional dos trabalhadores,

comprometendo a sua saúde, segurança e produtividade, como por exemplo,

movimentos repetitivos, levantamento e transporte manual de pesos, entre outros.

A verdade é que nos últimos vinte anos, ocorreram no Brasil mais

de 25 milhões de acidentes de trabalho, com um milhão de

sequelas permanentes e 86 mil óbitos. Isto mostra que as

tentativas passadas, através de leis, decretos, normas e

procedimentos relacionados à saúde e segurança do trabalhador,

ainda não alcançaram os seus objetivos. Porém, o empregador,

nos últimos anos, passou a preocupar-se mais com a segurança,

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devido aos custos diretos e indiretos que um acidente pode

representar para sua empresa. Esta visão vem se desenvolvendo

de forma gradativa e tende a se expandir com os novos conceitos

que estão surgindo, relacionando a segurança com a qualidade e

a produtividade (COSTA, 2014, p. 5).

A importância da adoção de programas dessa natureza, entre outras vantagens,

está no ganho de não ser preciso desenvolver ações em duplicidade para abordar o

mesmo conteúdo, que são os aspectos produtivos. Isso sem contar com uma vantagem

maior: a possibilidade de convencer os trabalhadores de que para fazer segurança não é

necessário desenvolver ações específicas para tal, basta incluir essa preocupação nos

procedimentos de trabalho e transformá-la em ações concretas que possam ser

avaliadas e medidas.

A CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, é um dos

importantes mecanismos de prevenção de acidentes e doenças

decorrentes do trabalho, com objetivo de tornar compatível o

trabalho com a preservação da integridade física e a saúde do

trabalhador (COSTA, 2014, p.1).

De acordo ainda com o autor, pode-se ainda, completar como objetivo da CIPA

sendo "observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar

medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos..."

Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores,

como citado anteriormente. O papel mais importante é o de estabelecer uma relação de

diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e

empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre

melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho.

CONCLUSÃO

O objetivo do estudo era identificar a função do setor da área de saúde e

segurança do trabalhador nas indústrias, e através da pesquisa bibliográfica verificou-se

que ela visa proteger a integridade física e mental do trabalhador, protegendo-o dos

riscos inerentes às atividades do seu cargo e ao ambiente onde são executadas.

Através da bibliografia, foi possível compreender qual a função de um técnico de

segurança e saúde nas indústrias e a importância de estabelecer um setor e programas

dessa natureza como a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que nos traz

a importância da integridade física e sobre a saúde do trabalhador.

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REFERÊNCIAS

CAVALCANTE, V.A. Qual a função da segurança do trabalho?, 2009.

COSTA, E. O papel da CIPA nas organizações empresariais, 2014.

MENDES, R.; DIAS, E.C. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista

Saúde Pública, São Paulo, 1991.

RINK, M.R. Trabalhadores: fatores para a responsabilidade social. Revista FAE

BUSINESS número 9, 2004.

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7.4. OS DESPERDÍCIOS NA INDÚSTRIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

PARA A PRODUTIVIDADE

Letícia dos Santos Oliveira; Marraiana Caires Messias; Karoline Aparecida da Silva;

Vanessa Valença de Morais

INTRODUÇÃO

Atualmente, as empresas tem procurado, cada vez mais, impulsionar sua

produtividade e reduzir o custo de produção a fim de obterem maior competitividade, e

estão dedicadas à promoção constante de melhorias nos processos produtivos,

especialmente sanando situações que ocasionam desperdícios.

De acordo com Reis (1994), o desperdício é o uso dos recursos disponíveis de forma

descontrolada, abusiva, irracional e inconseqüente. É o uso sem finalidade, necessidade e

objetivo definido.

Perez et al. (2010) dizem que os desperdícios são gastos ocorridos no processo

produtivo que podem ser eliminados sem prejuízo da qualidade ou quantidade dos

produtos gerados. Souza et al. (2014) definem desperdícios como os gastos pelos quais o

consumidor não está disposto a pagar, não adicionam valor ao produto, geralmente,

podendo ser eliminados sem prejuízos ao produto.

Um modelo de gestão que elimina desperdícios, é a Produção Enxuta. Para Justa e

Barreiros (2009), ter uma produção enxuta requer uma forma de pensar diferente com o

foco em fazer o produto fluir por um processo contínuo que agrega valor ao cliente

interno e externo, utilizando uma cultura em que todas as pessoas, em todos os níveis,

estão comprometidas com a melhoria continua.

Os desperdícios, inclusive, impactam a produtividade, quando nos referimos ao

retrabalho, movimentação desnecessária de material, processos que não agregam valor e

consomem tempo do processo produtivo.

Portanto, o objetivo deste estudo é identificar os impactos dos desperdícios do

processo produtivo sobre a produtividade, valendo-se para isso da pesquisa bibliográfica.

DESENVOLVIMENTO

Desperdícios, para Brinson (1996, p.80), são constituídos pelas atividades que

não agregam valor e que resultam em gastos de tempo, dinheiro, recursos sem lucro,

além de adicionarem custos desnecessários aos produtos. Atividades que não agregam

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valor são as que podem ser eliminadas sem que haja deterioração no desempenho da

empresa (custo, função, qualidade e valor agregado).

Nesta mesma linha, Nakagawa (1993, p.19) atribui como desperdício todas as

formas de custos que não adicionam qualquer valor ao produto, sob a ótica do

consumidor.

Bornia (1995, p.13) afirma que os desperdícios não só não adicionam valor aos

produtos como também são desnecessários ao trabalho efetivo, sendo que

ocasionalmente até reduzem o valor destes produtos. Enquadra nesta categoria a

produção de itens defeituosos, a movimentação desnecessária, a inspeção de qualidade,

capacidade ociosa, etc. Ou seja, poderiam englobar os custos e as despesas utilizados de

forma não eficiente.

Desperdício, no entender de Robles Júnior (1996, p.17) para eliminar desperdícios

cumpre analisar todas as atividades realizadas na fábrica e tentar excluir aquelas que

não agregam valor à produção.

As empresas japonesas tratam objetivamente a questão de desperdícios, e de

acordo com Wernke e Bornia (1999) a vantagem competitiva das empresas japonesas

nos dias de hoje parece ser o resultado da aplicação de princípios e métodos gerenciais

peculiares. Por trás da superior competitividade japonesa encontra-se um poderoso

mecanismo de gestão da produção consagrado como JIT (Just-In-Time) que tem foco em

eliminação de desperdícios.

Para Alves (1995), o JIT é uma técnica de gestão que tem por finalidade fazer

com que cada processo seja suprido com os itens certos, no momento certo, na

quantidade certa e no local certo, eliminando toda e qualquer perda (Ghinato, 1996).

Apesar do estrondoso impacto causado no ocidente pelo JIT, é importante destacar que

se trata apenas de um elemento integrante de um modelo de gerenciamento da

produção conhecido no ocidente como “Produção Enxuta”, desenvolvido ao longo de mais

de 30 anos pela Toyota Motor Company com o nome de Sistema Toyota de Produção

(STP). O STP é um poderoso sistema de gerenciamento da produção cujo objetivo é o

aumento do lucro através da redução dos custos e eliminação de desperdícios. Este

objetivo, por sua vez, só pode ser alcançado através da identificação e eliminação das

perdas, isto é, atividades que não agregam valor ao produto.

O sistema visa administrar a manufatura de forma simples e eficiente, otimizando

o uso dos recursos de capital, equipamento e mão-de-obra. O resultado é um sistema de

manufatura capaz de atender às exigências de qualidade e entrega de um cliente, ao

menor custo, tornando a fábrica mais produtiva.

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De acordo com Justa e Barreiras (2009), as técnicas gerenciais fazem parte de um

conjunto de pressupostos básicos, necessários para a formação de um ambiente interno

que contribuirá para o desenvolvimento de uma filosofia que resulta de um sistema

praticado e defendido por todas as pessoas da organização. Somente através de uma

interação efetiva entre líderes e liderados será possível entender os segredos do TPS e

re-inventar as práticas existentes no sentido de quebrar os antigos paradigmas que

travam o processo de transformação rumo a empresa enxuta.

CONCLUSÃO

Em um mercado altamente competitivo, não pode haver espaço para

desperdícios. O JIT (Just-in-Time ), ferramenta apresentada no estudo, contribui muito

para a eliminação de tudo o que não agrega valor ao sistema produtivo, eliminando

desperdícios, e consequentemente, aumentando a produtividade. A exigência por parte

dos clientes é enorme, e é preciso que as empresas se adequem a essas exigências,

ofertando produtos com maior qualidade, menor custo e com melhor logística possível,

pois são por esses requisitos que somos cobrados fortemente pelo mercado. As empresas

concorrentes estão cada vez mais qualificadas e preparadas para obter o sucesso é

necessário, por isso é tão importante que haja a eliminação dos desperdícios, pois eles

geram retrabalhos, atrasos, custos, enfim prejudicam a competitividade e diminuem a

rentabilidade.

Diante das técnicas apresentadas há varias que são aplicadas hoje em dia dentro

das indústrias que visam a redução dos desperdícios existentes, visando maior

produtividade, adotando assim as ferramentas da administração japonesa, que são

bastante focadas nesse aspecto, podendo assim alcançar altos padrões de qualidade e

desempenho, otimizando o tempo e os recursos disponíveis.

REFERÊNCIAS

ALVES, J.M. O Sistema Just In Time Reduz os Custos do Processo Produtivo. II

Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica de Custos – Campinas, SP, Brasil, 1995.

BORNIA, A. C. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas, 3ª

ed. Atlas, São Paulo, 2010.

GHINATO, P. Sistema Toyota de Produção: mais do que simplesmente Just-in-

Time. EDUCS - Editora da Universidade de Caxias do Sul: Caxias do Sul, 1996.

JUSTA, M.A.O.; BARREIRAS, N.R. .Técnicas de gestão do sistema toyota de

produção. Revista Gestão Industrial, v. 05, n. 01: p. 01-17, 2009.

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NAKAGAWA, M. Gestão estratégica de custos: conceitos, sistemas e

implementação. São Paulo: Atlas, 1993.

PEREZ Jr, J. H.; OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G. Gestão estratégica de custos, 6ª ed.

Atlas, São Paulo, 2010.

REIS, H. L. Implantação de Programas de Redução de Desperdício na Indústria

Brasileira – um Estudo de Caso. Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas Instituto

de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração: Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado),

1994.

ROBLES JUNIOR, A. Custos da qualidade: uma estratégia para competição global.

São Paulo: Atlas, 1996.

SOUSA, R. N.; SILVA, L. S. Gestão de Custos: Contabilidade, Controle e Análise, 3ª

ed. Atlas, São Paulo, 2014.

WERNKE, R.; BORNIA, A.C. Mensuração dos desperdícios: uma ferramenta

eficiente para verificar as melhorias decorrentes dos programas de qualidade.

VI Congresso Brasileiro de Custos – São Paulo, SP, Brasil, 1999.

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7.5. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DERIVADOS DE

CHAPAS GALVANIZADAS

Caroline Siqueira Oliveira Machado; Luan de Jesus Fogaça Melo; Karine Aparecida Ramos

Mendes; Stefanie de Melo Estevam; Mariana Beraldi Rigonato

INTRODUÇÃO

Na atualidade a sociedade está mais cautelosa quando o assunto é

sustentabilidade e proteção do ecossistema, contudo não é o suficiente para diminuir ou

acabar com o impacto causado no meio ambiente devido aos avanços tecnológicos e a

grande competitividade entre as empresas.

No Brasil, como nos demais paises em desenvolvimento, vários fatores interferem

na s questões ambientais, casionados pela deficiência na gestão dos resíduos sólidos

urbanos bem como as doenças decorrentes da proliferação de vetores que são

causadores de doenças. Os residuos sólidos se não utilizados e descartados de maneira

correta elevam a poluição atmosférica, da água e dos solos, a sustentabilidade visa uma

produção econômica. A conscientização total da população é essencial e para isso é

necessário por em prática a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305 de 02

agosto de 2010), que visa reciclar, recolher, separar os resíduos e transformá-los no

mesmo produto ou em coproduto. Além disso,deve-se evitar o consumo desnecessário e

reutilizar o máximo possível os produtos que podem ser reutilizados, reduzindo os

resíduos e, assim, conservando os recursos naturais.

Desta forma, o objetivo do trabalho foi exibir algumas informações referentes a

um resíduo chamado (sobra) de chapa galvanizada, o qual podemos encontrar na

finalização dos serviços de instalação desses materiais nas residências, barracões entre

outros, e qual a sua melhor forma de armazenamento para que o meio ambiente não

sofra prejuízos.

DESENVOLVIMENTO

A chapa galvanizada recebe essa nomenclatura após passar pelo processo de

galvanização, onde é feita uma blindagem utilizando metais nobres, geralmente é usado

o zinco.

O zinco é fundamental para determinar as características, a durabilidade e a

resistência da chapa, o que permite que a chapa galvanizada seja até 20 vezes mais

resistente do que uma chapa comum.

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Esse tipo de chapa é frequentemente na construção civil, para a fabricação de

telhas, tapamentos e laterais ou em segmentos onde a resistência e durabilidade sejam

fundamentais. Devido a longas exposições em ambientes abertos, é comum que, em

longo prazo ocorra à corrosão do aço, devido à lenta taxa de corrosão do zinco. Por este

motivo é necessário fazer a manutenção das calhas para tenham maior durabilidade,

contudo quando for preciso realizar a troca é essencial fazer a sua reutilização ou a

melhor forma de descarte, pois a chapa de metais demora em média 450 anos para a

decomposição.

Existem ainda situações favoráveis durante o período de transporte e

armazenamento, que propiciam danos à superfície do zinco.

Um dos danos mais frequentes é a mancha branca, que surge quando as chapas

galvanizadas têm contato direto com superfícies úmidas. Existem tratamentos químicos

que minimizam a probabilidade de aparição desse tipo de mancha, contudo se ainda

assim as chapas forem submetidas a superfícies úmidas sem que seja realizada nenhuma

tentativa de secagem desse material, a ferrugem branca tende a aparecer.

Existe também a corrosão por atrito, que surge através do empilhamento das

chapas durante o transporte sem as devidas proteções. Pensando nisso uma das

melhores formas de prevenção saber proteger as chapas da água e do atrito.

PLANO DE GERENCIAMENTO

Existem algumas práticas para que não a superfície galvanizada não entre em

contato com a água, e nem sofram atrito até que cheguem ao cliente em perfeitas

condições de uso. São elas:

Aplicar um tratamento químico ou óleo da forma especificada para cobrir

toda a área da chapa;

Sempre que possível enrolar a chapa com papel o plástico feito

especialmente para essa aplicação;

É imprescindível a proteção do aço durante o período do transporte.

Neste caso a solução ideal são contêineres impermeáveis cobertos. Caso a opção

não seja viável, a chapa deverá ser totalmente enrolada em uma lona para que

em casos de chuvas, a água não penetre a superfície galvanizada;

O armazenamento deverá ser feito em local climatizado;

Caso o armazenamento seja somente em local aberto, deverá ser feitos

feixes de 12 centímetros acima do chão para haver a livre circulação do ar;

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O produto deverá ser utilizado de imediato. Se necessário seu

armazenamento, não deverá exceder o período de dois meses para seu uso.

MANEIRAS DE RECICLAGEM

Na manutenção e instalação das calhas, é comum a sobra do produto, sendo

necessário a reutilização do mesmo para evitar prejuízos desnecessários bem como o

descarte incorreto no ambiente.

As sobras das chapas galvanizadas podem ser reutilizadas para fazer outros

produtos como: porta retratos, pás, mural para fotos, números para residências, caixas

para armazenamento de ferramentas, lixos, tampas, entre outros. Os demais produtos

que não é possível a reutilização é desta forma entregue para um local de reciclagem,

que faz o manuseio do produto vindo retira-lo no local.

CONCLUSÃO

O estudo teve como base identificar a maneira correta de armazenamento dos

produtos bem como a sua utilização e formas de reutilização dos produtos.

REFERÊNCIAS BRASIL. Congresso Nacional. Lei no. 5 12.305, de 02 de agosto de 2010. Dispõe sobre

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da União. Brasília, 2010.

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7.6. RESÍDUOS SÓLIDOS – O BOTICÁRIO

Claudete Aparecida Alves de Paula; Marilia Araujo Ianaconi; Suzane Pereira Caetano;

Valeska Serra de Oliveira; Mariana Beraldi Rigonato

INTRODUÇÃO

O Programa Reciclagem de Embalagens está presente no varejo em todas as

unidades de negócio do Grupo Boticário, além dos escritórios corporativos e áreas

operacionais da organização. Com a iniciativa, as embalagens pós-consumo de produtos

de beleza devolvidas em qualquer uma das lojas e centrais de serviço (CSs) são enviadas

a cooperativas de catadores homologadas. Assim, o Grupo Boticário possui, atualmente,

uma das maiores operações de logística reversa de embalagens do país, considerando o

número de pontos de coletas, apoiando a reciclagem em todo o Brasil.

O Grupo passou a fazer a logística reversa em 2006 e reabilitar suas embalagens

recolhidas do pós-consumo (ISTOEDINHEIRO, 2011), como também, a utilizar outros

meios para pôr a logística reversa em prática (GRUPO BOTICÁRIO, 2014). A Política

Nacional dos Resíduos Sólidos apareceu em 2010 para forçar essa prática de logística

reversa, compartilhando entre governo, empresas e população, a responsabilidade pelo

descarte dos produtos em fim de vida útil (CEMPRE, n.d.). Porém, as datas mostram que

não foi a lei que impeliu o Grupo a implantar sua logística reversa. Foi uma atitude

espontânea que, felizmente, trouxe benefícios que vão muito além de recuperar

embalagens. Portanto, este artigo tem como foco abordar os benefícios que a logística

reversa do Grupo Boticário trouxe para o país.

Por fim, outro fator de sucesso é a parceria com seis transportadoras que

atendem o Grupo Boticário em todo o Brasil. Elas são grandes parceiras do Programa,

fazendo a ponte entre o varejo e as mais de 20 cooperativas credenciadas em todo o

país. Será que a cada dia que passa as pessoas se preocupam mais com o meio

ambiente? Sim, pois é, atitude sustentável tem feito parte da rotina de cada um para

preservar aquilo que é importante para todos no presente e ainda mais no futuro. E o

grupo Boticário adora esse universo de beleza e ainda mais se preocupa em deixar nosso

planeta mais lindo, afinal a beleza é construirmos hoje e o amanhã mais sustentável. Por

isso, o Grupo criou um programa de reciclagem para dar o destino adequado às sacolas,

caixas, frascos vazios e embalagens dos produtos de beleza. Veja o caminho que eles

percorrem do descarte nas lojas até o processo de reciclagem. O setor de Higiene

Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) no Brasil tem alcançado um crescimento

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constante, que passa até mesmo do crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB), o

que impacta positivamente na sociedade, por exemplo, elevando a economia e gerando

empregos. O Grupo Boticário não só faz parte desse setor, como também, está entre as

20 maiores empresas. Logo, sua atuação é consistente no país: se desenvolvendo,

crescendo e produzindo cada vez mais. Mas, infelizmente, gerando mais resíduos sólidos.

Por esse motivo aqui apresentado vamos mostrar o quanto é importante a logística

reversa do Grupo, e para compreender como ela é aplicada e, principalmente, mostrar

seus benefícios. O objetivo deste trabalho é identificar se existe plano de gerenciamento

da empresa de cosméticos e perfumaria O Boticário, como eles se preparam e realizam a

sua logística reversa, e se este trabalho traz algum benefício para a empresa. Realizou-

se uma pesquisa quantitativa através da interpretação dos fatos ocorridos no processo da

logística reversa do Grupo Boticário. As informações foram coletadas com intuito de

identificar a importância do plano de gerenciamento de uma empresa de cosméticos em

relação ao reaproveitamento dos resíduos gerados com a venda do produto. A finalidade

é adquirir conhecimentos que possam levar a resultados que contribuam com o

aperfeiçoamento de sistemas de gerenciamento de empresas que buscam o

desenvolvimento sustentável. No que diz respeito aos meios de verificação, optamos pelo

estudo de caso, com aprofundamento e detalhamento dos dados obtidos pela empresa.

DESENVOLVIMENTO

A logística reversa está inserida na Gestão da Cadeia de Suprimento e tem como

função administrar os produtos quando chegam ao fim da vida útil, de modo eficiente e

lucrativo, seguindo as regras ambientais, para um desenvolvimento sustentável.

(XANTHOPOULOS e IAKOVOU, 2009 apud NORGREN e ALVES, 2009).

Dentro do canal reverso do pós-venda, os produtos que os consumidores

adquirem no varejo podem retornar à unidade comercial que proporcionou a venda,

quando se respeita algumas regras, por exemplo, que o objeto não tenha sido usado ou

tem pouco uso, observância de um prazo curto após a venda, verificação de defeitos,

erro no processamento do pedido, entre outros. Esta situação, de devolução do produto

após a venda, acontece porque toda atividade moderna que trabalha nas Cadeias de

Suprimento, visa a satisfação do cliente final como o objetivo fundamental de suas

atividades, tendo a ideia de agregar valor ao produto para cliente. Logo, os bens

devolvidos constituem um fluxo reverso de pós-venda onde o volume físico e financeiro é

expressivo (NOVAES, 2015).

Já no canal reverso da logística de pós-consumo, o ciclo de vida ou período de

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tempo de um produto é caracterizado pelo início de sua produção na fábrica, seguindo

por lojas de varejo, venda aos consumidores, sendo então utilizado por todos os

possuidores do mesmo, até o momento que é retirado do mercado para ter um fim

adequado, e esse cuidado com o objeto após o término de sua utilidade ocorre por meio

do fluxo reverso de pós-consumo. Com o término da vida útil desse bem de consumo,

até mesmo os de vida curtíssima, há um fluxo reverso que o leva para três destinos

possíveis: a remanufatura, a reciclagem e a disposição final (LEITE, 2009).

Acontece remanufatura no momento que o produto passa por revisão técnico

funcional, havendo então substituição de alguns componentes e os testes de

desempenho são realizados, ocasionando em um produto com as mesmas funções do

original, para assim ser comercializado novamente, dando início a mais um ciclo de vida

útil. Já com a reciclagem, as partes e peças de um objeto durável ou semidurável não

são reaproveitados completamente, seja por via de procedimentos industriais diferentes,

mecânicos, químicos Etc.; são retirados materiais básicos que separadamente serão

utilizados na fabricação de outros produtos, a não ser que o objeto seja inteiramente

constituído de material reciclável. Disposição final ocorre de duas formas: um modo é

incinerar o produto e depositar as cinzas em locais adequados, outro modo é levá-lo para

aterros com localizações e tratamentos corretos, onde os resíduos sólidos são separados

entre camadas de terra, com a finalidade de serem absorvidos naturalmente pelo solo

(NOVAES, 2015). A administração do ciclo de vida dos produtos acarreta em uma

atribuição a toda cadeia de produção e consumo. No instante em que a matéria-prima,

componentes semiacabados, produtos finais, produtos descartados, lixo, e outros, são

transferidos posteriormente entre pessoas e ou organizações, a obrigação não acaba. Um

modelo ambiental de qualidade incentiva o desenvolvimento do produto, diminuindo o

impacto ambiental por todo seu ciclo de vida. Dentro desse cenário, uma questão

essencial que precisa de atenção é o inconveniente que se nota com o fim da vida útil do

produto, a destinação dada a esses elementos. Dessa maneira, o produto precisa ser

construído para ter durabilidade, ter conserto fácil e barato, a possibilidade de reuso dos

componentes, a viabilidade de reciclagem da carcaça e partes, e com fim de suas

utilidades, o poder de ser descartado adequadamente e ecologicamente (LINDHQVIST,

2000 apud NOVAES, 2015)

No Brasil, a lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS), que veio com diretrizes sobre a destinação dos produtos

quando chegam ao fim de sua vida útil. Entre os princípios, objetivos e instrumentos que

regem a lei, podemos observar, respectivamente:

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A cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e

demais segmentos da sociedade. Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos

produtos. Reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem

econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania.

Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos,

bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Integração dos

catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

A logística começa em São José dos Pinhais (PR), e envolve desde a compra das

matérias-primas, a definição dos percursos de entrega dos caminhões, a ordem de

acomodação da carga nos veículos, até o monitoramento do motorista por radar durante

toda a viagem para garantir a segurança da entrega e acompanhar todo o processo. O

Boticário entrega 1.200.000 de produtos por dia para suas lojas e distribuidores. O

grande Achado da empresa foi substituir seus 21 pequenos centros de distribuição para

investir 5,5 milhões de reais na construção de um grandioso armazém anexo à fábrica,

reduzindo os estoques e eliminando futuras despesas com melhorias nos antigos centros.

Esse novo modelo gerou uma economia 2 milhões de reais logo no primeiro ano,

afirmou Miguel L. Neto, gerente de logística do Boticário. Uma parcela importante dessa

economia veio quando a empresa assumiu a gestão das transportadoras – seis

transportadoras, definidas por região, entregam as encomendas para as lojas. Isso gerou

uma redução no custo do frete sobre o faturamento líquido de 3,2% para 2,3% do total.

No interior do armazém foram instaladas esteiras rolantes e elevadores com sensores

para deslocamento de funcionários e cargas ao longo do espaço, que possuem 9

grandes prateleiras de altura. No setor de cosméticos, não se pode automatizar 100%

dos processos, pois as embalagens necessitam cuidados de mãos humanas.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a logística reversa aplicada pelo Grupo Boticário não é apenas para

o cumprimento de uma lei, pois ela começou antes da PNRS ser instaurada, e acabou

gerando inúmeros benefícios ambientais e sociais.

O benefício ambiental ocorreu devido o recolhimento de materiais recicláveis

descartados, que poderiam causar poluição e desperdício, e os retorna para o ciclo

produtivo. Esses materiais depois de selecionados e separados de acordo com suas

características, podem ser usadas novamente como matéria prima nas indústrias, o que

consequentemente provoca a redução da poluição do ar, das águas e do solo; diminui

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consideravelmente os gastos com produção e energia; e por fim reduz a extração de

matéria prima virgem. (BENVINDO, 2010).

E apesar dessa ação de recolhimento depender da prestatividade do consumidor,

estima-se que cerca de 80 mil embalagens foram recolhidas nos primeiros 18 meses do

programa. E segundo o Relatório de Sustentabilidade do Grupo, 1500 toneladas de

materiais foram recicladas.

Já o benefício social, ocorreu porque houve a inclusão do trabalho de catadores de

materiais recicláveis no processo de recolhimento e reciclagem da logística reversa.

Esses trabalhadores realizam uma atividade de utilidade pública realmente significativa

no contexto atual das cidades, coletando materiais para reciclagem que, se fossem

descartados, ocupariam muito espaço em aterros sanitários e lixões (SILVA et. al.,

2013).

Ao recolher aquilo que seria considerado lixo e dar-lhe valor através de seu

trabalho, o catador “acaba por renomeá-lo, alimentando o próprio processo de

ressignificação positiva de sua atividade laboral” (BENVINDO, 2010, P. 71). E por meio

desse trabalho cotidiano, que o lixo reciclado volta a ser mercadoria. E embora os

catadores ainda seja considerado uma atividade informal, que sofre muito preconceito, a

organização em cooperativas valorizam o trabalho dos catadores, transformando-lhes em

agentes formais na administração dos resíduos urbanos (CEMPRE, n.d.). E o Grupo

Boticário com a sua logística reversa faz parte desse incentivo a esse grupo de

trabalhadores.

E os benefícios ganham se tornam ainda mais fortes porque vieram de uma

empresa conhecida, de grande porte, com larga produção, dentro de um setor que só

cresce e que gera muitos resíduos. Assim, a logística reversa e os benefícios

consequentes têm impacto significativo na sociedade brasileira, mas podem ter um

resultado ainda melhor com a participação e conscientização de toda sociedade.

REFERÊNCIAS

MASTER AMBIENTAL - CONSULTORIA AMBIENTAL – disponível em:

https://www.masterambiental.com.br/categoria-clientes/comercio-e-servicos/grupo-boticario/. Acesso em 25 de setembro de 2017.

AXADO – disponível em: https://www.axado.com.br/o-boticario-e-seu-planejamento-logistico/. Acesso em 25 de setembro de 2017.

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GRUPO O BOTICÁRIO – disponível em: http://relatoweb.com.br/boticario/15/logistica-reversa.php. Acesso em 25 de setembro de 2017.

VIVA LINDA - O BOTICÁRIO - disponível em: http://vivalinda.boticario.com.br/estilo-de-

vida/reciclagem-de-embalagens-pos-consumo-de-produtos-de-beleza. Acesso em 25 de setembro de 2017.

BNDES – O Banco Nacional do Desenvolvimento. (2010). Estrutura e estratégia de

cadeia de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Informe Setorial. Disponível

em:

<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/setorial/informe-14AI.pdf>. Acesso em 16 de outubro de 2017.

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2015). P.7. Resolução da diretoria

colegiada - RDC n°7, 10 de fevereiro de 2015. Disponível

em:<http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/05d3c180476a770fb6d4b697f5c3777

3/Resolu%C3%A7%C3%A3o++RDC+n%C2%BA+7+de+10+de+fevereiro+de+2015.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em 13 de outubro de 2017

FERNANDES, F. et al. (2011). Por um Brasil com Saúde e mais Bonito – a

contribuição do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos para o

desenvolvimento do país. Disponível em: <http://www.abihpec.org.br/novo/wp-

content/uploads/2012/01/Por-um-Brasil-mais-Bonito_vf.pdf>. Acesso em 17 de outubro de 2015.

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7.7. COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS EM BENEFÍCIO

DE HORTAS DE USO COLETIVO

Ieda Maria Prestes Borges; Rafael Julio de Oliveira; Mariana Beraldi

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da sociedade contemporânea, calcada nos ideais liberalistas de

mercado e de produção, incitados pela revolução industrial, vem acompanhado de uma

geração de resíduos crescente e exponencial, residuos estes que não são, em

significativa parte, destinados corretamente.

O problema do descarte e destinação inadequada destes resíduos está no impacto

ambiental e social causado pela contaminação, contato com objetos nocivos, cortantes,

ou seja, riscos à saúde e segurança da sociedade.

Segundo pesquisa do IBGE, 64% do lixo municipal não é destinado de maneira

adequada, sendo depositados em locais sem controle ambiental e sanitário. O dado

demonstra a deficiência de responsabilidade ecológica na maioria do descarte de resíduos

municipais.

Diante deste problema, o trabalho que apresentamos é uma alternativa para

reduzir em parte o impacto da contaminação, destinando os resíduos orgânicos à

reutilização, e aliando isto as técnicas administrativas e econômicas, desenvolvemos um

projeto de aplicação viável, para benefício mútuo dos envolvidos, com qualidade e

responsabilidade.

DESENVOLVIMENTO

O Lixo

Entende-se como lixo, todo material que não possui utilidade aparente, resíduos

que sobraram e que não são mais necessários, como embalagens depois do transporte e

utilização do produto ou restos de alimentos.

Existe uma dificuldade em imaginar o lixo como uma composição de materiais

singulares, a maioria dos observadores trata o lixo como uma única massa composta,

quando na realidade cada material presente no lixo pode ser separado e classificado.

Divide-se basicamente em resíduos secos e resíduos úmidos, os secos são

resíduos quase totalmente passíveis de reciclagem ou reutilização, enquanto os úmidos

podem ser aproveitados na forma de compostagem.

Ainda, de acordo com a NBR/ABNT 10.004 (2004), o lixo pode ser classificado

com base no seu potencial de risco, dividindo-se em classes. A classe I considera os

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resíduos perigosos, a classe II abrange os não perigosos, e subdivide-se em classe IIA,

que são resíduos não inertes, ou seja, que podem apresentar degradabilidade,

solubilidade ou combustibilidade, e a classe IIB, são resíduos inertes, que não são

facilmente decompostos, como borracha e plásticos.

O lixo orgânico

Dentre todos os tipos de resíduos, fica eleito para a aplicação do projeto o lixo

orgânico, todo o resíduo de origem animal ou vegetal, originário de um ser vivo, sendo

comumente associado aos restos de alimentos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística - IBGE (2010) os resíduos sólidos domiciliares coletados no Brasil

são compostos com uma porcentagem superior a 50% em peso, de resíduos orgânicos.

É um resíduo que precisa de atenção no tratamento, se descartado

inadequadamente pode contaminar água, solo, apresentar mau cheiro no processo de

decomposição, propiciar o desenvolvimento de ratos e insetos que ocasionam doenças,

entre diversos outros impactos ambientais e sociais.

Durante sua decomposição o lixo orgânico libera o chorume, líquido viscoso de

mau cheiro e tóxico. Por isso os resíduos orgânicos devem ser depositados em aterros

com controle.

Compostagem

A compostagem é o processo onde os resíduos orgânicos putrescíveis, ou seja,

que apodrecem (restos de alimentos, aparas de podas de jardins, etc), são degradados

biologicamente, obtendo um produto que pode ser utilizado como adubo orgânico. O

processo de compostagem pode ser feito tanto nas residências, onde a produção de lixo

orgânico compõe 50% do total de lixo produzido, quanto em locais especificamente

destinados para esta atividade, como unidades de compostagem.

O processo consiste em depositar todo o conteúdo orgânico em uma estrutura

delimitadora, cobri-lo com grama, esterco seco ou terra, regar mantendo o monte úmido

e revolver o monte em intervalos de alguns dias, a mistura aquece, reação que

demonstra o processo de decomposição, pequenos insetos inofensivos trabalham no

material decompondo-o até que esteja pronto para utilização.

Projeto de cooperação na produção orgânica

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A principal fonte de resíduos orgânicos é a culinária, considerando isto, o estudo

apresenta uma alternativa que depende da união dos empresários do ramo alimentício

para sua viabilização.

Não são necessários muitos esforços laborais para a produção de uma unidade de

compostagem, sendo assim o projeto é viável e promove a economia regional.

O projeto consiste na união dos empresários do ramo da gastronomia, cada um

deve contribuir coletando separadamente os resíduos orgânicos dos seus

estabelecimentos.

Com um financiamento inicial baixo, colaborariam com a locação do ambiente,

compra dos materiais e remuneração de um colaborador que desempenharia a atividade

de compostagem dos resíduos no local.

Estes resíduos reunidos no local apropriado, tratados através da compostagem,

gerariam como produto o material orgânico que serve de adubo de primeira qualidade

para cultivo biológico vegetal. Abaixo demonstra-se o ciclo e pode-se verificar o fácil

enquadramento da indústria alimentícia no seu processo.

Fonte:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/umapaz/noticias/?p=

207124.

Os estabelecimentos alimentariam o ciclo com a produção do lixo orgânico e

teriam alimentos disponíveis para produção de suas refeições.

Com a aquisição de boas sementes, seriam construídas hortas onde produziriam

insumos orgânicos utilizados nos próprios estabelecimentos, como exemplificado acima,

Figura 1 - O ciclo da matéria orgânica

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assim deixariam de se preocupar com a aquisição de suas hortaliças, legumes, verduras,

frutas, ervas aromáticas entre outros, que passariam a ser produzidos sob seu próprio

controle e a seu próprio benefício.

Em pouco tempo poderia-se atestar a viabilidade, visto que os associados

deixariam de ter custos com fornecimento dos produtos para suas cozinhas, teriam

produtos de alta qualidade, com proximidade de produção e facilidade logística, além do

valor agregado à imagem ecológica dos estabelecimentos, que receberiam o selo do

projeto.

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso

comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à

coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

(Constituição Federal, 1988). Após testado e aprovado em pequena escala, o projeto

poderia se tornar social, municipal, produzindo alimento para a população menos

desenvolvida, auxiliando na responsabilidade do município com os direitos humanos e a

dignidade do cidadão.

CONCLUSÃO

Compreende-se a deficiência na gestão do descarte de resíduos e a necessidade

de alternativas que reduzam seus impactos ambientais e sociais. Tendo por base este

problema social, o projeto demonstra a promoção de uma ação ecológica, reduzindo a

quantidade de material destinada aos serviços de coleta municipal.

Além dos benefícios ecológicos o projeto apresenta a própria viabilidade

econômica a partir do momento em que passa a cobrir todos os custos de manutenção,

com o fornecimento de insumos.

Ficam claros os benefícios da implementação, que melhorará a qualidade dos

insumos utilizados nos restaurantes colaboradores, reduzirá os custos com logística e

impulsionará o mercado local. O projeto pode auxiliar o aquecimento da economia

regional e conscientizar a população dos esforços necessários de baixa complexidade.

REFERÊNCIAS

ASSOSSICÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 10004: Resíduos Sólidos –

Classificação – Rio de Janeiro, 2004.

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Gestão de resíduos orgânicos – Disponível em: <http://www.mma.gov.br/cidades-

sustentaveis/residuos-solidos/gest%C3%A3o-de-res%C3%ADduos-

org%C3%A2nicos#catadores-compostagem>. Acessado em 15.set.2017.

Lixo – um grave problema no mundo moderno – Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/estruturas/secex_consumo/_arquivos/8%20-

%20mcs_lixo.pdf>. Acessado em 18.set.2017.

Manejo de resíduos sólidos – Disponível em <

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv53096_cap9.pdf>. Acessado em

20.set.2017.

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7.8. GERENCIAMENTO DE POLÍMEROS GERADOS NO

PROCESSO DE CONFECÇÃO DE LENTES OFTÁLMICAS

Luan Gabriel de Medeiros Santos; Ana Paula Fogaça de Arruda; Nayara da Silva Andrade;

Ieda Maria Prestes Borges; Rafael Julio de Oliveira; Mariana Beraldi

INTRODUÇÃO

Resíduos Sólidos é todo o material descartado por seres humanos, resultantes de

suas atividades, que em muitos casos podem ser reciclados e reutilizados, eles são

classificados em lixo domiciliar, público e especial.

Dentro da Lei 12.305 de Política Nacional de Resíduos Sólidos que dá sujeição a

gestão de resíduos sólidos, determinando a gestão e o gerenciamento destes,

diferenciando o que pode ser reaproveitado ou reciclado, dando seu local apropriado de

destinação.

Dando descartes inapropriados e ao não conhecimento destes para a reciclagem,

este trabalho visa ao gerenciamento de resíduos Sólidos, em especial as sobras de lentes

oftálmicas geradas no seu processo de confecção denominado Surfaçagem e lentes

acabadas que são nomeados de lentes de sucatas. Foi estudado e desenvolvido o

gerenciamento de resíduos de polímeros (Plásticos) que são descartados neste processo

e também outros resíduos que podem ser destinados a locais adequados para seu

descarte.

Foi elaborado todo o gerenciamento dentro da empresa de comercio de óculos e

lentes oftálmicas localizada no município de Itapetininga/SP, construído um novo Layout

para que seja de fácil acesso aos funcionários para descarte adequado e conscientização

dos mesmos ao armazenamento, destinação adequada e de seu agravamento ambiental

se não houver os devidos descartes legais.

DESENVOLVIMENTO

ETAPA 1

Na primeira etapa foi estudado quais eram os resíduos descartados pela

organização, e se eles já utilizavam algum método de gerenciamento dos resíduos por

ela gerados e identificou-se que não existe nenhum processo na empresa em

andamento, e o descarte é feito em lixo comum.

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ETAPA 2

Na segunda etapa foi identificado quais o meio existentes para descarte do acrílico

que a empresa gera no processo de fabricação das lentes oftálmicas. A empresa descarta

mensalmente em torno de 100 kg de resíduos acrílicos durante a confecção das lentes

em esgoto doméstico. A partir da visão de fazer o gerenciamento destes resíduos foi

encontrado uma empresa que faz a coleta, reciclagem, reutilização e em caso de

inutilização é feito o descarte em locais apropriados.

ETAPA 3

Na terceira etapa foi desenvolvido um layout da empresa para que inclua em seus

processos após a limpeza das maquinas utilizada nos processos fossem armazenados os

resíduos em local apropriado para a coleta mensal da empresa terceirizada.

Abaixo segue o Layout:

Legenda:

1. Máquina onde é feito a colagem das lentes;

2. Máquina onde é feito a medição e cálculo para criar o grau para as lentes;

3. Máquina onde é feito a Redução da lente e a surfaçagem das lentes onde é feito o

descarte dos resíduos do acrílico;

4. Máquina onde é feito o recorte das lente para o ser montado nas armações;

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A coleta dos resíduos da máquina citada no layout como etapa “3” serão feitas a

cada 3 dias e armazenados em um recipiente de plástico para a coleta pela empresa

terceirizada.

ETAPA 4

Na quarta etapa será a organização do cronograma para a coleta que será

realizado pela empresa terceirizada. A coleta será feita mensalmente pela a empresa

Renovalcrill especializada em gerenciamento de resíduos acrílicos que está no ramo a

mais de 5 anos, localizada em campinas.

Os Materiais Coletados nas Empresas, são direcionados à uma unidade fabril

especializada no reaproveitamento e recuperação destes resíduos e transformados em

chapas acrílicas.

CONCLUSÃO

Conclui-se que existem empresas especializadas na coleta para descarte e

aproveitamento dos resíduos, cabe a cada uma se conscientizar de sua responsabilidade

ambiental, viabilizando a separação e dando destino adequado a seus próprios resíduos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, F. Os desafios da sustentabilidade: uma ruptura urgente. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2002.

BARATA, M.M.L. O setor industrial e a sustentabilidade no Brasil. RPCA, Rio de

Janeiro v. 1 n. 1, 2007.

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7.9. O DESCARTE DE LUBRIFICANTES E SUAS EMBALAGENS -

ESTUDO DE CASO DE UM POSTO DE COMBUSTÍVEL

Francielly Regina de Campos Telles; Mariana Beraldi

INTRODUÇÃO

A atividade humana tem, a cada dia, causado alterações na composição da

atmosfera terrestre e, em ritmo bastante acelerado.

É bem sabido que o crescimento no número de automóveis se torna um

indicativo desse aceleramento frenético de nossas atividades diárias. Ocorre que, para

isso, os automóveis utilizam combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural e

petróleo), além de óleos e lubrificantes sintéticos, o que aumenta em muito os níveis de

poluição e agravos ao nosso meio ambiente.

De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) publicado em 2016, as

energias não renováveis, entre elas o petróleo e seus derivados, somam 58,8% das

energias utilizadas no Brasil (BRASIL, 2016). O mesmo relatório aponta que os

transportes de uma forma geral, responde a 32,2% do consumo da energia em nosso

País (BRASIL, 2016).

Observaremos sob esta ótica, qual o impacto ambiental que o uso desses óleos

sintéticos causam no meio ambiente, além de avaliar qual a forma que um posto de

combustível se utiliza para realizar os descartes de embalagens e óleos contaminados (já

utilizados).

Para isso, nos pautaremos nas normativas publicadas no DOU em 27/06/2005,

que regulamenta o recolhimento e a destinação de óleos lubrificantes usados ou

contaminados, mostrando a importância da Gestão Ambiental para a viabilização de

projetos conscientes, dentro de uma nova cultura de preservação da natureza de forma

Global.

DESENVOLVIMENTO

De acordo com a resolução CONAMA 306:2010 (p. 160): “Meio Ambiente é o

conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física, química, biológica,

social, cultural e urbanística que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”

(BRASIL, 2010).

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Leite (2003) refere que a poluição e a degradação ambiental iniciaram-se com a

constituição das cidades e com a Revolução Industrial no século XVIII, a produção de

resíduos impulsionou-se devido à automatização dos processos de produção.

Habermann e Gouveia (2012) relatam que o tráfego veicular é o maior

contribuinte de poluição atmosférica nas grandes capitais brasileiras e essas fontes estão

localizadas nas vias com grande movimentação veicular.

A Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil

(PNRS), define em seu Artigo 5º, resíduos sólidos como sendo:

material, substância, objeto ou bem

descartado resultante de atividades humanas

em sociedade, a cuja destinação final se

procede, se propõe proceder ou se está

obrigado a proceder, nos estados sólido ou

semissólido, bem como gases contidos em

recipientes e líquidos cujas particularidades

tornem inviável o seu lançamento na rede

pública de esgotos ou em corpos d’água, ou

exijam para isso soluções técnica ou

economicamente inviáveis em face da melhor

tecnologia disponível (BRASIL, 2010, s.p.).

Esses poluentes causam um grande impacto no meio ambiente, com o descarte

inadequado de seus materiais, como os lubrificantes que são retirados dos carros e suas

embalagens.

Esses impactos são verificados nas áreas próximas às fontes de poluição. Um dos

seus principais efeitos é o dano à saúde humana, quando a concentração de poluentes do

ar aumenta sem que sejam dispersos pela ação da meteorologia, da topografia e de

outros fatores (MOREIRA, 2007).

Silveira et al (2006), nos coloca que os impactos ambientais oriundos das

atividades da troca de óleos lubrificantes automotivos nas oficinas e postos de gasolina,

no que diz respeito ao descarte inadequado do óleo lubrificante e de suas embalagens,

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são diversos. Quando os óleos lubrificantes usados são lançados diretamente no

ambiente (em meio hídrico, nas redes de esgotos e solo) ou quando queimados de forma

não controlada provocam graves problemas de poluição do solo, das águas e do ar.

ESTUDO DE CASO

Posto de combustível do interior do Estado de São Paulo, que além do serviço

abastecimento, oferece o serviço de troca de óleo.

O estabelecimento em questão apresenta todas as normas e licenças de

funcionamento conforme preconiza a CETESB- Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo, onde se realiza a solicitação de três tipos de licenças para abertura e

funcionamento de Posto de Combustíveis, são elas, Licença Prévia, que visa verificar a

adequação da localização do empreendimento; Licença de Instalação, que busca avaliar a

adequação do projeto de instalação do empreendimento e Licença de Operação, que por

sua vez analisa se a instalação do empreendimento foi efetuada de acordo com o projeto

aprovado por ocasião da emissão da LI.

De posse a todos esses protocolos e documentos, é necessário a contratação de

uma empresa terceirizada para a retirada dos materiais para descarte, em conformidade

com a legislação vigente.

Segundo Silva e Oliveira (2011) o Conama, por meio da Resolução n. 362/05,

estabelece que todo óleo lubrificante usado ou contaminado deve ser recolhido, coletado

e ter destinação final, de modo que não afete negativamente o meio ambiente e propicie

a máxima recuperação dos constituintes nele contidos, ficando proibidos quaisquer

descartes de óleos usados ou contaminados em solos, subsolos, nas águas interiores, no

mar ritorial, na zona econômica exclusiva e nos sistemas de esgoto ou evacuação de

águas residuais.

De acordo com esta resolução, o processo de reciclagem a ser adotado para os

óleos lubrificantes é o processo de rerrefino, que é uma categoria de processos

industriais de remoção de contaminantes, produtos de degradação e aditivos dos óleos

lubrificantes usados ou contaminados, conferindo a eles, características de óleos básicos.

Citando a Resolução n. 313 do Conama, de acordo com Silva e Oliveira (2011),

todo estabelecimento gerador de resíduos é responsável pelo recolhimento de seus

resíduos, enquadrando-se assim as embalagens plásticas. Caso o posto revendedor não

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siga as normas estabelecidas anteriormente, não apresentando ao agente fiscalizador um

documento que confirme que seus resíduos são encaminhados para empresas

habilitadas, o estabelecimento poderá ser autuado.

Foi verificado que a organização disponibiliza de um contrato com uma empresa

terceirizada especializada neste tipo de coleta. Já de posse do material recolhido, a

empresa avalia o mesmo sendo realizado o procedimento específico para cada material,

que pode ser: incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final.

A coleta desse material é realizada de forma quinzenal, de acordo com o contrato

estabelecido.

Desta forma, podemos ainda observar que a empresa em questão apresenta

como plano de gerenciamento:

• Acondicionamento: acondicionar os resíduos nos recipientes designados e

apropriados, que são latões deixados no pátio que a terceirizada disponibiliza, de acordo

com as características e possibilidade de reaproveitamento ou destino para reciclagem;

• Coleta e Transporte interno: recolher os resíduos que foram devidamente

acondicionados no pátio onde foram gerados e transportá-los,por meio do carrinho até a

área de Armazenagem;

• Armazenamento: contenção temporária de resíduos em área com uso específico

para tal fim, constituída de cobertura, isolamento com tela e com piso impermeável;

• Reciclagem: reuso ou recuperação de resíduos ou de seus constituintes por

terceiros, diminuindo assim a quantidade de resíduos lançados no meio ambiente;

• Coleta e Transporte externo: recolher os resíduos armazenados

temporariamente nos latões e transportá-los até o caminhão da empresa que passa

quinzenalmente, por áreas externas à empresa, até os locais de tratamento ou

disposição final;

• Tratamento: tal tratamento consiste em transformar, de algum modo, esses

resíduos em materiais menos perigosos (BRAGA, 2002); e

• Disposição Final: dispor o resíduo de forma definitiva em área apropriada.

CONCLUSÃO

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Podemos avaliar assim, que a empresa analisada atende ao Plano de

Gerenciamento Ambiental, de acordo com normativos e leis vigentes, tendo para isso a

contratação de uma empresa terceirizada especializada com o produto em questão -

óleos e lubrificantes, mostrando preocupação com as questões ambientais.

REFERÊNCIAS

BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

BRASIL, M.M.E. Balanço Energético Nacional - Relatório Síntese - ano base 2015. Rio

de Janeiro, 2016.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei no. 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.Dispõe sobre as

sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio

ambiente, e dá outras providências”. Diário Oficial da União. Brasília, 2010.

HABERMANN, M.; MEDEIROS, A. P. P.; GOUVEIA, N.. Tráfego veicular como método de

avaliação da exposição à poluição atmosférica nas grandes metrópoles. Rev. bras.

epidemiol., São Paulo , v. 14, n. 1, p. 120-130, Mar. 2011 .

Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-

790X2011000100011&lng=en&nrm=iso>. acesso em 14 Set. 2017.

http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2011000100011

LEITE, P.R., Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. 2.ed.,São Paulo:

Prentice Hall, 2003.

MOREIRA, O. C. L. Comparação entre os poluentes atmosféricos e ruídos emitidos

por uma caldeira flamotubular movida a gás natural e a óleo combustível BPF.

2ª dissertação. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, 2007.

SILVEIRA, E.L.C.; CALAND, L. B.; MOURA, C.V.R. Determinação de contaminantes

em óleos lubrificantes usados em esgotos contaminados por esses

lubrificantes.,São Paulo: Quím. Nova, 2006.

SILVA, T.A.;OLIVEIRA,K.M.. Descarte de óleos lubrificantes e suas embalagens: Estudo

de caso dos postos de gasolina e oficinas da cidade de Ituiutaba, Estado de Minas Gerais.

Observatorium: Revista Eletrônica de Geografia, v.3, n.7, p. 101-114, out. 2011.

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7.10. PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Amanda Silveira Martins; Gabriela Maeseki Moura; Giuliano Camargo Santos; Thainá

Pinheiro Maeseki; Mariana Beraldi

INTRODUÇÃO

A Casa de Açúcar é uma empresa familiar composta pelas sócias Maria Maeseki,

Rosi Pinheiro Kataoka e Juliana Lara que tiveram a iniciativa de uma casa de confeitaria

que representasse o amor, carinho e exclusividade para seus clientes, então assim surgiu

esse empreendimento no ano de 2010.

Conta com uma variedade de itens em seu portfólio, contendo doces finos, doces

e bolos temáticos, doces caseiros e bolos maquetes.

Visando a satisfação dos clientes, oferecendo trabalhos de confeitaria da melhor

qualidade, contando com serviços personalizados para atender de forma única cada

cliente.

Sabendo que nos dias atuais a sustentabilidade é pauta de preocupação global,

muitas empresas, como a Casa de Açúcar estão procurando se adaptar a esse novo

cenário, para um futuro melhor.

De acordo com a oferta e demanda de sua produção são gerados muitos resíduos,

necessitando ter uma logística para gerenciar o descarte correto de todos esses insumos

utilizados, como por exemplo: plásticos, embalagens e materiais em geral, silicone,

papelão, material orgânico e vidro, identificando e selecionando esses resíduos para que

sejam armazenados, segregados e encaminhados ao seu destino final corretamente.

Este trabalho tem como objetivo mostrar como é o processo de gerenciamento

dos resíduos sólidos gerados pela empresa Casa de Açúcar.

Os objetivos específicos são:

• Benefício da reciclagem;

• Influência para a sociedade;

• Conscientização ambiental;

• Posição de mercado.

Para este trabalho será utilizado o método de estudo de campo, sendo utilizados

documentos, gráficos, entrevista e coleta de dados.

DESENVOLVIMENTO Conforme a Lei nº 12.305/2010 foi instituída a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, criando o Comitê Interministerial da Política Nacional e o Comitê Orientador para

implantação dos Sistemas de Logística Reversa.

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Com base nos países desenvolvidos foi criada a Política Nacional de Resíduos

Sólidos adaptada à realidade do Brasil, gerenciando os resíduos para prevenir poluição e

a proliferação de animais e doenças.

Por conta do crescimento demográfico e empresarial, o país teve que se

readaptar á formas corretas de descarte, diminuindo os problemas que surgiam através

dos descartes incorretos.

ITEM MATERIAL

IDENTIFICADO DESTINO FINAL

COMPONENTES

PLÁSTICOS PLÁSTICO RECICLAGEM

COPOS PLÁSTICOS PLÁSTICO RECICLAGEM

EMBALAGENS DE

PRODUTO DE LIMPEZA

EMBALAGEM EM

GERAL

RECICLAGEM/ATER

RO SANITÁRIO

EMBALAGENS COM

DEFEITO OU DANIFICADA

EMBALAGEM EM

GERAL

RECICLAGEM/ATER

RO SANITÁRIO

EMBALAGENS

PLÁTICAS PLÁSTICO RECICLAGEM

EMBALAGEM DE

SILICONE SILICONE

ATERRO

SANITÁRIO

EPI´S MATERIAIS EM

GERAL

ATERRO

SANITÁRIO

PAPELÃO PAPELÃO RECICLAGEM

RESTO DE

ALIMENTO (SOBRA OU

PASSOU DO PRAZO DE

UTILIZAÇÃO)

ORGÂNICO COMPOSTAGEM

VIDRO VIDRO RECICLAGEM

O plano de gerenciamento é um documento que comprova a capacidade do

empreendimento de gerir de modo correto todos os resíduos sólidos, oferecendo uma

garantia que os processos produtivos serão supervisionados e minimizando a geração de

resíduos. Através da elaboração de um fluxograma define se as etapas; segregação;

armazenamento; coleta; transporte; tratamento e destinação final.

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A Casa de Açúcar utiliza o plano de gerenciamento de resíduos sólidos a fim de

colaborar com o meio ambiente, através da coleta seletiva, descarte correto dos

materiais utilizados na produção e no decorrer da elaboração dos produtos.

Ciclo de vida do produto:

Utilização da matéria prima e insumos, o desenvolvimento de produtos, a

produção de encomendas, consumidor final; coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos

previamente segregados conforme sua constituição ou composição.

Destinação final:

Reutilização, reciclagem ou outras formas de descarte.

Produção e consumo:

Direcionando a produção e consumo de bens e serviços, atendendo as

necessidades dos clientes, sem comprometer a qualidade ambiental.

Reciclagem:

Transformação de insumos em novos produtos, conforme a sua reutilização ou

então a coleta seletiva destinando o material coletado a empresas especificas.

Resíduos sólidos:

Material, objeto ou bem descartado das atividades do dia a dia, a cuja

destinação final se procede no estado sólido ou semissólido.

Coleta seletiva:

Posicionamento de lixeiras em todo o ambiente da empresa para a coleta

seletiva, facilitando a segregação dos resíduos e sua destinação final.

CONCLUSÃO

O mundo em que vivemos mostra que é extremamente necessário ter uma visão

sócio ambiental, pois antigamente a sociedade não se preocupava com a

sustentabilidade, gerando assim grandes problemas no cenário atual com o qual

remediamos agora.

As percepções sobre a preservação ambiental estão inseridas cada dia mais na

vida cotidiana, sendo apresentada desde o inicio do aprendizado, se tornando uma rotina

na vida dos seres humanos.

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Os benefícios da preservação ambiental não são de exclusividade individual e sim

da coletividade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Informações e documentos fornecidos pelas sócias da empresa, sr.ª Maria Maeseki, Rosi

Pinheiro Kataoka e Juliana Lara.

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em:

<http://www.portalresiduossolidos.com/lei-12-3052010-politica-nacional-de-residuos-

solidos/> acesso em 16/10/2017 ás 19:45.

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7.11. G GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E REAPROVEITAMENTO

PLUVIAL DE UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Válber Vinicius de Oliveira Filipe Ramos Mariana Beraldi

INTRODUÇÃO

Toda empresa por menor que seja tem um grande descarte de papel, então isso

pode se tornar um problema se não houver o descarte correto desse material, sabendo

disso a Aços Itapetininga decidiu então investir em um setor para compactamento e

reciclagem de papel.

A gestão de resíduos nas empresas e de muita importância para a preservação

ambiental, assim como o reaproveitamento da água da chuva, quando possível pode

economizar significativamente à longo prazo. No Brasil a questão dos resíduos gerados

em ambientes urbanos atinge contornos gravíssimos, pela infinita presença de soluções

adequadas para os efluentes líquidos ou resíduos sólidos.(Maria, Emília 2008, 02p)

Uma tubulação que vem da caixa d’água enche um reservatório que serve como

uma piscina onde as folhas de papel são molhadas depois de picadas na maquina

picadora de papel no escritório.

Após molhado, o material vai para uma prensa, onde é compactado em blocos de

papel.

Todo papel picado é reservado num estoque em blocos e amarrado, para secagem

e mais futuramente destinado para reciclagem. Tambores de 200 litros são usados para

estocar o papel picado que vem dos escritórios, antes de ser molhado.

Esse trabalho tem como objetivo esclarecer a importância do reaproveitamento

pluvial e do correto descarte do material não reutilizável numa empresa de construção

civil.

DESENVOLVIMENTO

Reaproveitamento pluvial

Para que seja possível viabilizar o aproveitamento de águas pluviais pelas

indústrias um dos maiores desafios e a definição do volume do reservatório de

armazenagem. (MIERZWA, 2007, p 30)

No pátio encontra se duas caixas d’água com capacidade de 40 m³ de agua (90

mil Litros aprox.) que abastecem os banheiros da fábrica e também o caminhão pipa da

empresa, que sempre é utilizado para lavagens ou na construção de alguma nova obra

da empresa.

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Toda chuva coletada dos telhados da fábrica e transportada através de calhas

para as caixas d’água, que consecutivamente estão interligadas com os banheiros.

Uma terceira caixa d’água com uma capacidade um pouco menor de 20 m³ (45

mil Litros aprox.) que coleta toda água da chuva também através de calhas, abastece a

cozinha e os banheiros da recepção e dos escritórios.

A reserva de água das caixas 1 e 2 abastecem os banheiros por 4 semanas

aproximadamente, gerando uma economia de 6000 litros por dia.

A cozinha e o banheiro dos escritórios, é abastecido pela caixa d’água 3, que por

fim tem uma capacidade menor pelo fato de que a necessidade para esse abastecimento

seria menor.

Ambas caixas d’água da fabrica podem ser completamente abastecidas com

apenas 30 minutos de chuva, depois que esse limite e atingido, canos “ladrões” dão

suporte para a grande vazão que a leva o excesso direto para os ralos, evitando assim

inundações.

São tres caixas d’agua localizadas no patio pincipal da empresa, sendo elas duas

com capacidade de 90 mil Litros e uma com capacidade para 45 mil litros.

Ambas foram instaladas no mesmo perido de construção dos novos setores da

empresa, ou seja, tudo teve um planejamento pronto junto com a planta do edifício.

Manutenção de sucata e sobra de metal

Como o foco da empresa é aço pronto, barras para construção civil, chapas de aço

em geral, essa atividade gera muitas sobras de material não aproveitável, todas essa

grande carga de material deve ser descartada estocada e/ou reaproveitada de maneira

correta, a empresa conta com varias caçambas propriamente reservadas para estocagem

de plásticos (embalagem padrão das bobinas e outros materiais) e sucatas (sobras

normalmente rejeitadas vindas da produção de boa partes dos setores).

Material que vem da produção através de maquinas ou tarefas do cotidiano

produtivo, uma grande quantidade e produzida de sucata diariamente, então deve-se

estar ciente de um descarte ou aproveitamento correto desse material.

Um estoque adequado separa o material que terá um destino de

reaproveitamento, já outro tipo de sucata que não terá mais uso ou aproveitamento

nenhum é destinado ao ferro velho, ou parceiros que trabalham na parte de fundição.

Parte do material de reaproveitamento tem uma breve limpeza e separação para

que, seja reutilizado, quando possível, na própria produção, ou seja esse material retorna

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para a produção após ter sido averiguado pelos responsáveis do setor e julgado como

aproveitável.

No estoque de sucata picada e processada, e revendido como contra pesos em

portões ou contrapesos diversos, para elevadores em geral. O que não for reaproveitado,

e mandado para o ferro velho ou outro destino, como fundições.

Sucata é reservada em potes ou sacos de pano para serem reaproveitadas e

vendidas como contrapesos para fins metalúrgicos.

CONCLUSÃO

Podemos observar através deste estudo o quão importante é o gerenciamento dos

resíduos sólidos para uma destinação final adequada, de modo a proteger o meio

ambiente e a sociedade em que a organização está inserida.

O nível crescente de poluição e degradação do ambiente como um todo, nos

mostra com o passar do tempo o quão será cada vez mais necessário, a criação de

políticas de gerenciamento e descarte correto dos materiais.

No cenário atual, todas as organizações devem se preocupar e ter a consciência

social voltada a reutilização dos bens nos casos em que isso é possível, e nos casos em

que isso não é possível, é importante descartar os resíduos da maneira mais adequada

possível, com o intuito de mitigar os impactos que esses resíduos podem vir a causar ao

meio ambiente.

A empresa que foi utilizada no estudo vem buscando aperfeiçoar-se cada vez mais

para descartar seus resíduos de uma maneira mais responsável e correta, além disso, a

implantação de caixas d’água que totalizam uma capacidade de mais de 200 mil litros de

água visa reduzir a utilização desnecessária desse bem tão precioso para a humanidade.

É preciso um engajamento global no que se refere ao descarte correto dos

resíduos sólidos, a fim de promover cada vez mais o bem-estar social, a preservação e

manutenção do meio ambiente.

REFERÊNCIAS

MIERZWA J. ; ET AL .Águas Pluviais: método de cálculo do reservatório e

conceitos para um aproveitamento adequado A – Vol. 4, no. 1, p. 29-37, jan./jun.

2007

MARIA E. ARAUJO. Analise Diagnóstica sobre Gestão dos Resíduos Sólidos: um

estudo de caso no Aterro sanitário de Cuiabá. 2008, p 2

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Dados coletados na Empresa Aços Itapetininga, por Válber Vinicius de Oliveira (set,

2017)

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7.12. OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS E PERFIL PROFISSIONAL:

UM ESTUDO SOBRE EMPREENDEDORISMO NO MUNICÍPIO DE

ITAPETININGA/SP

Kaique Fogaça dos Santos; Wellington Silva de Medeiros; Fabio Lagoeiro

INTRODUÇÃO

O Empreendedorismo é uma manifestação da capacidade humana que tem

conquistado a dedicação de estudiosos e pesquisadores da Administração pelo seu

impacto social e por sua importância econômica. O Brasil vem se destacando como um

dos países de maior nível de Empreendedorismo no mundo, enquanto cresce a percepção

de que a atividade empreendedora pode ser um dos fatores decisivos para o

desenvolvimento econômico do país.

No mês de março deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgou os números

referentes à geração de emprego no município de Itapetininga/SP e, pelo segundo mês

consecutivo, constatou-se um recuo, totalizando 77 vagas fechadas. Em 2016, 406 vagas

foram fechadas no município.

Diante deste quadro alarmante, faz-se necessário analisar quais são as

oportunidades de negócios que surgem com esse cenário e quais as profissões com

potencial de desenvolvimento no município.

Diante dessa realidade, a pesquisa ora proposta pretende identificar as atividades

empreendedoras com potencial destaque no mercado do trabalho futuro, bem como o

perfil de profissional que consistirá na demanda do município de Itapetininga/SP,

considerando-se o contexto atual de inovação e desenvolvimento tecnológico.

Os dados resultantes dessa pesquisa poderão contribuir com as instituições de

educação profissional, técnica, tecnológica e de ensino superior da região, fornecendo

subsídios para o processo de planejamento e implantação de novos cursos voltados as

reais necessidades do município. Poderão, ainda, constituir-se em referencial para análise

da demanda de mercado e oportunidades de negócios.

O objetivo geral desta pesquisa é identificar as oportunidades de negócios em

potencial no município de Itapetininga, bem como o perfil de profissional necessário

nesse processo.

Para que o objetivo geral seja alcançado, são estabelecidos os seguintes objetivos

específicos:

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Conhecer e categorizar as fontes de oportunidades que levam empreendedores

a criarem novos negócios no contexto brasileiro;

Identificar e sistematizar indicadores que permitem classificar oportunidades

com maior propensão a gerar empreendimentos de sucesso;

Analisar o contexto do município de Itapetininga a partir dos indicadores

sistematizados;

Realizar um levantamento das profissões com maior potencial de

desenvolvimento.

A questão que se constitui como problema desta pesquisa pode ser sintetizada da

seguinte forma: Quais são as prováveis oportunidades de negócios futuros para

empreendedores no município de Itapetininga e qual será o perfil profissional necessário?

Tal questão fundamenta a presente proposta e constitui-se no ponto de partida para a

definição das etapas da pesquisa.

Em termos metodológicos, esta pesquisa será pautada na análise qualitativa e

pode ser previamente dividida em 3 etapas.

A primeira etapa consiste na realização de um estudo qualitativo, de caráter

bibliográfico e documental, que permita a construção de um referencial teórico acerca do

empreendedorismo no Brasil e sua caracterização, bem como a distinção de indicadores

para análise de novas oportunidades de negócios.

A segunda etapa compreende a elaboração e aplicação de um questionário voltado

a gestores que atuam na área de indústria, comércio e serviços do município, de modo a

construir um panorama geral dos negócios do município e suas áreas mais deficitárias ou

com maior demanda.

Finalmente, a terceira etapa da pesquisa refere-se ao levantamento das

instituições de educação profissional, técnica, tecnológica e de ensino superior do

município e dos cursos por elas oferecidos. Espera-se que este levantamento possibilite

identificar áreas ou linhas de formação já atendidas e possíveis demandas a considerar, a

partir do questionário aplicado anteriormente. Após a identificação, os dados desta

etapas serão analisados em conjunto com os dados das etapas anteriores. Espera-se, por

meio desta abordagem metodológica, contemplar satisfatoriamente os objetivos que esta

pesquisa se propõe a atingir.

DESENVOLVIMENTO

Em uma perspectiva global, a mudança nos mercados de trabalho tem sido regida

por forças poderosas e interconectadas: rápidos avanços e inovações tecnológicas,

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organizacionais e de mercado e sua difusão mundial; o aumento do comércio e dos

investimentos diretos no exterior; a intensificação da concorrência nos mercados

internacionais; e, mais recentemente, as alterações climáticas que trazem à tona a

necessidade urgente de melhorar a gestão da energia e dos resíduos. Segundo

Challenger (2005),

Reunidas, essas forças têm o potencial de desencadear transformações

importantes nos sistemas econômicos em todas as regiões do mundo. As tendências e

forças que podem ser identificadas hoje adaptarão os trabalhos do futuro. Globalização,

envelhecimento da população e tendências sociais, tecnológicas e nos negócios criarão

oportunidades para diversas profissões, com nomes que muitas vezes ainda não existem

atualmente.

De acordo com um estudo publicado pela Divisão de Estatísticas do Departamento

do Trabalho dos Estados Unidos, os trabalhos de amanhã serão encontrados

expressivamente no setor de serviços, particularmente relacionados à saúde,

comunicação e internet. De acordo com Crosby (2002), as áreas relacionadas à estética,

cuidados com a saúde e viagens também serão especialmente produtivas.

Associado ao mercado de trabalho, outro fenômeno que se tem destacado é o

empreendedorismo. O Brasil apresenta uma taxa média de atividade empreendedora de

12,8% da população economicamente ativa, sendo uma das mais altas do mundo. O

trabalhador assalariado formal vem gradativamente assumindo funções típicas do

empreendedor e, consequentemente, assumindo os riscos da atividade empreendedora.

O empreendedorismo é considerado por diversos autores como elemento

fundamental no processo de desenvolvimento econômico, segundo Shane (2000) e

Venkataraman (1997). Contudo, o seu papel na sociedade vai além da esfera econômica

como fonte de geração de empregos, bem-estar e transformação (BHIDÉ, 2000) e

engloba também a melhoria da qualidade ambiental e o desenvolvimento social

(DELGADO et. al., 2008).

Nesse contexto, os empreendedores são estudados como agentes de mudança

econômica e social, que podem ser motivados por outros fatores além da obtenção de

lucros (DEES, 1998) e da criação de novos bens e serviços para a sociedade (SHANE;

VENKATARAMAN, 2000).

Uma análise do empreendedorismo no Brasil, em 2007, mostra que 56% dos

empreendedores partem para o negócio próprio motivados por uma oportunidade,

enquanto 42% são motivados pela necessidade; no que diz respeito aos setores de

atividades, podem ser destacados os de serviços orientados aos consumidores e de

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transformação, que representaram, respectivamente, 54% e 29% dos empreendimentos

iniciais.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2001), é necessário

aprimorar a capacidade de instituições da sociedade para coletar e comunicar informação

segura e atual sobre as demandas do mercado de trabalho, com uma base para melhores

escolhas dos interessados – população, empresas, governos e instituições de ensino – e

orientação profissional. Ainda para a OIT, um país precisa ter uma política de

desenvolvimento de competências que contemple três objetivos: combinar a procura e a

oferta de novas competências; facilitar a adaptação e a mitigação dos seus custos; e

manter um dinâmico processo de desenvolvimento. É nesse sentido que os estudos,

como esse ora proposto, podem oferecer um subsídio, na medida em que prospectam

tendências, apontam caminhos e oferecem um referencial de discussão para o

desenvolvimento de planos estratégicos para que se aja em direção ao futuro desejado.

Diante de todas as tendências e desafios enfrentados no mercado de trabalho,

tem ganhado crescente importância o conceito de empregabilidade. A OIT (2001, p.101)

define empregabilidade como:

(...) uma capacidade do indivíduo para assegurar e manter um trabalho digno,

para progredir dentro da empresa e entre os empregos, e para fazer face à evolução das

tecnologias e condições do mercado de trabalho.

Sarsur (2001, p.2), ao referir-se às discussões sobre empregabilidade, afirma:

O termo empregabilidade é relativamente recente no Brasil, com maior destaque

a partir dos anos 1990. A empregabilidade pode ser entendida como uma ação individual,

que pode ser estimulada ou não pelas organizações, que faz com que profissionais de

todos os níveis procurem estar mais bem preparados para enfrentar o mercado de

trabalho e suas mutações, pressupondo uma postura proativa, no sentido de qualificar-se

permanentemente, em termos de habilidades e capacidades técnicas, humanas,

conceituais e de relações sociais. Tal ação pressupõe uma maior possibilidade de

permanecer num mercado de trabalho crescentemente competitivo e restrito, seja

através de um vínculo de emprego formal, assalariado, seja atuando em diferentes

organizações, mantendo uma demanda frequente por seus serviços e obtendo, daí,

remuneração permanente.

Assim, é fundamental o desenvolvimento de estudos voltados a identificar as

profissões mais prováveis que se desenvolverão no futuro e sua vinculação às

oportunidades de negócios para os empreendedores.

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CONCLUSÃO

Para atender ao objetivo proposto neste estudo, a pesquisa de campo será

realizada, a princípio, junto aos gestores das áreas de indústria, comércio e serviços do

município de Itapetininga, por meio da aplicação de questionário.

REFERÊNCIAS

CHALLENGER, J. A. Working in the future. The Futurist, 39(6), 47-50. 2005.

CROSBY, O. New and emerging occupations. Occupational Outlook Quaterlly, 46(3),

17-25, 2002.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de

Janeiro: Campus, 2005

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Desemprego juvenil no Brasil: em

busca opções à luz de algumas experiências internacionais. Brasilia, 2001.

SARSUR, A. M. Repensando a “Empregabilidade”, a “Empresabilidade” e a “Nova”

Gestão de Recursos Humanos: um estudo junto a organizações e profissionais

em Minas Gerais. [CD-ROM]. Anais do XXV EnANPAD – Encontro da Associação dos

Programas de Pós-Graduação em Administração. Rio de Janeiro: ANPAD, 2001.

SCHLEMM, M. M. et al. Empreendedorismo no Brasil: 2006. Curitiba: Zahar, 2007

SHANE, S. Explaining Variation in Rates of Entrepreneurship in the United States:

1899- 1988. Journal of Management, v. 22, n. 5, p. 747-781, 1996.

WRIGHT, J.T.C.t al. O mercado de trabalho no futuro: uma discussão sobre

profissões inovadoras, empreendedorismo e tendências para 2020 DOI:

10.5585/RAI. 2010505. RAI: Revista de Administração e Inovação, v. 7, n. 3, p. 174-

197, 2010.

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7.13. ÍNDICE INFLACIONÁRIO NO MUNICÍPIO DE

ITAPETININGA/SP: UM ESTUDO A PARTIR DA VARIAÇÃO DE PREÇOS

DA CESTA BÁSICA

Ana Caroline Ferreira de Almeida; Larissa Aparecida de Oliveira Damião; Fabio Lagoeiro

INTRODUÇÃO

Na região de Itapetininga (SP) não há um índice de inflação que demonstre as variações

dos preços em diversos setores da economia. Dada a necessidade da comunidade em

geral e, também, dos empresários de se prevenirem e se programarem para possíveis

alterações nos preços, este projeto visa analisar o índice inflacionário do município de

Itapetininga a partir do cálculo da variação de preço dos produtos que compõem a cesta

básica.

Atualmente, vários índices que medem as variações de preços são calculados, porém de

forma geral e ampla. Isto ocorre devido à extensão geográfica de nosso país e às

diferenças regionais existentes. Desta forma, estes índices não conseguem refletir a

especificidade de cada região. Esse é um dos principais fatores motivacionais desta

pesquisa.

Convém ressaltar que o estudo ora proposto apresenta grande relevância ao consumidor,

uma vez que no município há 5 grandes estabelecimentos de gênero alimentício, entre

supermercados e hipermercados. Com a enorme concorrência entre eles, o consumidor é

quem se beneficia com essa disputa pelo menor e melhor preço. Dessa forma, pode

comparar e escolher o melhor estabelecimento e mais adequado ao seu orçamento. Os

dados obtidos nesta pesquisa poderão auxiliar o consumidor na compreensão do

panorama inflacionário da regiões na qual reside.

Os dados resultantes desta pesquisa poderão contribuir também para que os empresários

da região tenham condições de adequar suas formas de trabalho e seus custos, de modo

a atingir preços ajustados à atual conjuntura econômica da região e, assim, possam

tornar-se mais competitivos em seu segmento.

O presente projeto visa analisar o índice inflacionário do município de Itapetininga, a

partir do cálculo da variação de preços da cesta básica entre os meses de março e maio

deste ano.

Para que o objetivo geral seja atingido, são estabelecidos os seguintes objetivos

específicos:

Realizar um levantamento de preço dos produtos que compõem a cesta básica;

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Calcular o índice de preço da cesta básica em Itapetininga, nos meses de

março a maio;

Calcular a variação dos preços da cesta básica nos estabelecimentos

pesquisados;

Analisar e comparar o custo da cesta básica em Itapetininga com o custo das

capitais do Brasil.

A questão que se constitui como problema desta pesquisa pode ser sintetizada da

seguinte forma: Qual é o índice inflacionário de Itapetininga, considerando-se a variação

de preços da cesta básica? Tal questão fundamenta a presente proposta e constitui-se no

ponto de partida para a definição das etapas da pesquisa.

A metodologia desta pesquisa será pautada na análise quantitativa e exploratória.

Dessa forma, em termos metodológicos, a pesquisa pode ser previamente dividida em 4

etapas.

A primeira etapa consiste em identificar os estabelecimentos de gênero alimentício

existentes no munícipio e quais os preferidos pelos munícipes.

Para isso, será aplicado um questionário junto a uma determinada amostra da

população.

A segunda etapa consiste na pesquisa e comparação de preços dos produtos da

cesta básica nos estabelecimentos de compras preferidos, identificados na etapa anterior.

Nesta etapa, além da utilização dos dados obtidos na etapa anterior, serão utilizadas as

informações da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009 do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE) e das Pesquisas de Consumo Alimentar no Município de

São Paulo, realizadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos

Socioeconômicos (DIEESE), para identificar as quantidades dos produtos que compõem a

cesta básica nacional, de acordo com as regiões definidas. A coleta dos preços e marcas

dos produtos que compõem uma cesta básica será realizada mensalmente, durante os

meses de março a maio, nos estabelecimentos anteriormente referidos.

Após o levantamento e a análise dos preços dos produtos, a terceira etapa estará

voltada para o cálculo da cesta, com base na média aritmética dos preços praticados, nos

principais estabelecimentos da cidade.

Finalmente, a quarta etapa da pesquisa consistirá na sistematização e análise dos

dados obtidos. Este trabalho de análise terá como subsídio teórico os referenciais

bibliográficos sobre economia brasileira e matemática financeira, bem como outros

referenciais que se fizerem necessários para a análise dos elementos identificados.

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Espera-se, por meio desta abordagem metodológica, contemplar satisfatoriamente os

objetivos que esta pesquisa se propõe a atingir.

DESENVOLVIMENTO

A compreensão acerca da inflação passou por intensas transformações nas últimas

décadas. Isso é reflexo das diversas experiências inflacionárias vivida pelo Brasil, desde o

programa de combate à inflação do Governo Castelo Branco (1964-1967) até o Plano

Real (1994). A inflação tem sido um dos temas mais discutidos e pesquisados dentro das

análises sobre economia brasileira.

A inflação é definida como um processo de aumento contínuo e generalizado nos

níveis de preços, revelando-se na redução gradativa do poder de compra da moeda. A

taxa de inflação é uma média da elevação dos preços em um dado período. Como as

alterações nos preços não caminham na mesma direção e muito menos são de

magnitudes idênticas, as alterações dos preços relativos são frequentes em processos

inflacionários independente de sua magnitude.

Rossetti (2010, p. 695) define a inflação como a categoria predominante de

variação do valor da moeda. Corresponde a uma alta generalizada dos preços dos bens e

serviços, expressos pelo padrão monetário corrente. Em outras palavras, podemos dizer

que a inflação é o aumento no nível de preço.

Cabe ressaltar que o aumento em um único bem ou serviço em particular não

constitui em inflação. Somente se a maioria dos bens e serviços sofrer aumento nos

preços tem-se a inflação. Outro aspecto importante que caracteriza o fenômeno

inflacionário é a elevação contínua dos preços por um período de tempo e não apenas

uma elevação esporádica dos mesmos.

Quanto aos indicadores de inflação, é fundamental considerar que, no Brasil, estes

são de naturezas diversas. Alguns medem a evolução dos preços no nível do consumidor

– varejo, outros medem o comportamento dos preços no atacado. O período de coleta

também varia, bem como a região de cobertura do indicador e sua abrangência, em

termos de orçamento familiar.

Lanzana (2010, p.113) aponta os principais indicadores de preços utilizados na

economia brasileira: Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), do IBGE; Índice

Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE; Índice de Preços ao Consumidor

(IPC), da Fipe/USP; Índice de Custo de Vida (ICV), do DIEESE; Índice Geral de Preços

(IGP), Fundação Getúlio Vargas; Índice geral de Preços no Mercado (IGPM), da FGV; e o

Índice de Preços por Atacado (IPA), da FGV. Com relação a esses índices, o autor destaca

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68

que “sua utilização dependerá do objetivo que se está pretendendo atingir com a

aplicação do índice”.

Como as alterações dos preços não ocorrem de forma sincronizada, ou seja, não é

igual o aumento do preço de todas as mercadorias e serviços, há um problema para

medir a variação de preços. Uma alternativa para solucionar este problema é fazer uma

média ponderada da elevação dos preços, conforme se tem no IPCA (Índice de Preços ao

Consumidor Amplo) e diversos outros índices de preços brasileiros. Dada a importância

do IPCA para a economia brasileira, por constituir-se no índice inflacionário oficial, a

análise e os cálculos desenvolvidos nesta pesquisa seguirão a metodologia de cálculo do

IPCA.

CONCLUSÃO

Para atender ao objetivo proposto neste estudo, a pesquisa de campo será

realizada, a princípio, junto aos munícipes de Itapetininga, com o intuito de identificar os

estabelecimentos preferidos da população. Quanto à coleta de preços e marcas dos

produtos, esta será realizada mensalmente nos estabelecimentos mais indicados pelos

munícipes.

REFERÊNCIAS

BOLETIM REGIONAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Características Regionais do

Comportamento Recente do IPCA, v. 2, n. 1, p. 63-67, Janeiro, 2008a.

BOLETIM REGIONAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Diferenças entre os IPCAs

Regionais em 2007, v. 2, n. 2, p. 71-74, Abril, 2008b.

BRESSER PEREIRA, L. C.; NAKANO, Y. Fatores aceleradores, mantenedores e

sancionadores da inflação. Revista de Economia Política, vol. 4, n. 1, Jan/Mar,

1984.

BRESSER PEREIRA, L.C.; NAKANO, Y. Política Administrativa de Controle da Inflação.

Revista de Economia Política, vol.4, n.3, julho, 1984a.

FERREIRA, P. A inflação. São Paulo: Atlas, 1993.

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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa de

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7.14. ESTRATÉGIAS DE MARKETING EM ITAPETININGA/SP E

SEU IMPACTO NA ACEITAÇÃO DOS CONSUMIDORES

Guilherme José de Proença Machado; Mirele Ribeiro Machado; Vanessa Cristina Dias; Thereza

Aparecida Correa Furtado; Fabio Lagoeiro

INTRODUÇÃO

Para que um produto ou marca se mantenha presente e competitivo no mercado,

é de extrema importância esteja sempre presente na mente do seu consumidor-alvo. A

globalização tem dificultado o alcance deste objetivo, pois a captação e fidelização dos

clientes têm se tornado tarefas cada vez mais desafiadoras.

A utilização de estratégias de marketing é de extrema importância para o sucesso

de qualquer organização, pois é peça fundamental quando o objetivo é conhecer a

segmentação de mercado, mercado-alvo e posicionamento de mercado. Por meio desse

conhecimento é possível atingir exatamente o consumidor potencial da empresa e,

quando bem aplicadas, tais estratégias fazem com que a marca estabeleça conexão

pessoal com o mesmo.

Dessa forma, o início de uma empresa deve ter na sua composição um

departamento de marketing, o que nem sempre ocorre, o que é um erro comumente

praticado por inúmeras novas empresas que surgem no mercado. É no início da empresa

que o marketing mais precisa se fazer presente.

Diante disso, é de suma importância a utilização das estratégias de marketing,

para a sobrevivência dos produtos e marcas. Nesse contexto, a presente pesquisa busca

identificar as estratégias de marketing utilizadas no município de Itapetininga/SP e

analisar se tais estratégias se estas contemplamtodos os requisitos necessários para

manter os seus produtos e marcas na mente de seus consumidores-alvo.

Os dados resultantes desta pesquisa poderão fornecer subsídios aos empresários

do município, para que tenham a terem condições de adequar o marketing de seus

produtos e marcas de acordo com as necessidades de seus atuais e futuros clientes.

Dessa forma, com a atual conjuntura econômica da região, poderão tornar-se mais

competitivos em seu segmento e contribuir para o desenvolvimento econômico da região.

O objetivo geral desta pesquisa é identificar as estratégias de marketing mais

utilizadas no município de Itapetininga/SP e analisar o grau de eficiência das mesmas.

Para que este objetivo seja alcançado, são estabelecidos os seguintes objetivos

específicos:

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Realizar um levantamento das maiores empresas, indústrias e agências de

publicidade do município;

Identificar as estratégias de marketing utilizadas pelas empresas e indústrias;

Verificar, junto a uma amostra da população, o nível de aceitação dos produtos

ou marcas pertencentes às empresas e indústrias pesquisadas.

A questão que se constitui como problema desta pesquisa pode ser sintetizada da

seguinte forma: Quais são as estratégias de publicidade presentes no município de

Itapetininga/SP e qual seu impacto junto ao consumidor-alvo? Tal questão fundamenta a

presente proposta e constitui-se no ponto de partida para a definição das etapas da

pesquisa.

A pesquisa em questão apresenta caráter qualitativo e envolve coleta de dados

em um estudo de campo. Dessa forma, em termos metodológicos, a pesquisa será

dividida em 4 etapas.

A primeira etapa consiste em identificar as maiores empresas, as indústrias e as

agências de publicidade do município, segundo o critério de classificação do BNDES.

A segunda etapa compreende a elaboração e aplicação de um questionário, com

questões abertas, junto às empresas e indústrias localizadas na etapa anterior, acerca

das práticas de marketing adotadas.

A terceira etapa consiste na elaboração e aplicação de um segundo questionário,

voltado aos consumidores-alvo das empresas e indústrias pesquisadas, como o intuito de

verificar o nível de aceitação de seus produtos e marcas. Esta aplicação ocorrerá por

meio de amostragem.

Finalmente, a quarta etapa da pesquisa refere-se à sistematização e análise

qualitativa dos dados obtidos. Espera-se, por meio desta abordagem metodológica,

contemplar satisfatoriamente os objetivos que esta pesquisa se propõe a atingir.

DESENVOLVIMENTO

No intervalo do telejornal, é exibido um comercial de sabão em pó, seguido por

outro de uma cerveja que incentiva você a não dirigir após beber. Você caminha pelo

corredor do supermercado e vê um brinde para quem comprar um determinado tipo de

maionese. No final do corredor, experimenta uma amostra do novo sabor de batata frita.

No caminho para casa, recebe um telefonema convidando a participar de uma pesquisa

sobre a audiência da TV a cabo. Na faculdade, você visita a seção de estágios para

verificar as oportunidades de emprego.

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Todas essas situações envolvem marketing. De acordo com a American Marketing

Association, marketing é “o processo de planejar e executar a concepção,

estabelecimento de preços, promoção e distribuição de ideias, bens e serviços a fim de

criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”.

A Associação Brasileira de Marketing e Negócios (ABMN) realizou uma pesquisa

para conhecer mais intensamente a performance do marketing no cenário brasileiro. O

estudo revelou que a atuação do marketing passou por inúmeras mudanças nos últimos

anos e que a complexidade na estrutura das organizações em relação ao passado foi um

dos principais catalisadores deste processo.

O estudo também revelou que há diferentes configurações da estrutura de

marketing entre as empresas: Marketing Centralizado, Marketing Segmentado e

Marketing Generalizado.

No Marketing Centralizado a equipe está sob o comando do mesmo gestor que

coordena todas as ações de marketing na empresa. Independente do porte, pequena ou

grande, a empresa que tem um profissional de marketing

com este perfil procura a coerência nas ações da empresa. O Marketing

Segmentado, por sua vez, organiza-se em diferentes diretorias, cada qual com sua

responsabilidade específica. Não há um diretor que centraliza tudo. Já no Marketing

Generalizado, as atividades de marketing estão em diversos departamentos da empresa.

Cada segmento é gerenciado de forma independente, com uma visão do marketing da

sua área específica.

As técnicas de marketing têm evoluído no decorrer do tempo, criando algumas

especializações, como o denominado marketing direto, que foi o pioneiro na identificação

dos clientes, no seu tratamento dirigido e na criação de segmentos comportamentais

distintos. O marketing relacional é o resultado da evolução natural do marketing direto e

hoje em dia é aplicado por meio de diversos modelos de marketing como, por exemplo, o

marketing de relacionamento.

O marketing de relacionamento tem sido utilizado pelas empresas como forma de

conquistar vantagem competitiva, sendo a tática de pós-venda para manter o

relacionamento com o cliente após a efetivação da venda. Porém, a sua essência é bem

diferente, pois objetiva o relacionamento contínuo entre a empresa e seus parceiros e

clientes.

De acordo com Kotler (2015, p.18), o objetivo do marketing de relacionamento é

construir relacionamentos de longo prazo mutuamente satisfatórios com seus

componentes-chave, a fim de conquista ou manter negócios com eles.

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O marketing de relacionamento, segundo Ferrell (2015), busca construir boas

relações de troca entre compradores e vendedores, reunindo dados úteis de todos os

pontos de contato com clientes e analisando-os para entender melhor as necessidades,

desejos e hábitos dos clientes. Seu objetivo está na construção e uso de banco de dados

e tecnologias para identificar as estratégias e métodos que elevem ao máximo o valor

vitalício que a empresa atribui a cada cliente.

CONCLUSÃO Para atender ao objetivo proposto por este trabalho, a pesquisa de campo será

realizada junto às empresas, indústrias e agências de publicidade do município de

Itapetininga, bem como a uma amostra da população a ser definida. A coleta dos dados

se dará por meio de dois questionários – o primeiro a ser encaminhado aos gestores das

organizações selecionadas e o segundo voltado à amostra da população considerada

consumidor-alvo.

REFERÊNCIAS

COBRA, M. Administração de marketing no Brasil. Elsevier Brasil, 2009.

GORDON, I. Marketing de relacionamento: estratégias, técnicas e tecnologias

para conquistar clientes e mantê-los para sempre. Futura, 1998.

KOTLER, P. Marketing para o Século XXI. Futura, 2000.

KOTLER, P.; KELLER, K. L.. Administração de marketing. Pearson, 2015.

KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação

e controle. Atlas, 1994.

LAS CASAS, A. L. Administração de marketing: conceitos, planejamento e

aplicações à realidade brasileira. Editora Atlas SA, 2000.

MCKENNA, R. Marketing de relacionamento. Elsevier Brasil, 2005.

OLIVEIRA, B.; CAMPOMAR, M. C. Revisitando o posicionamento em marketing.

REGE Revista de Gestão, v. 14, n. 1, p. 41-52, 2007.

SILVA, D.L. et al. Estratégias de marketing. Jornal Folha de São Paulo. São Paulo, v.

4, 2008.

VAVRA, T.G. Marketing de Relacionamento-AfterMarketing: Como manter a

fidelidade de clientes através do marketing de relacionamento. São Paulo: Atlas,

1993.

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7.15. AS MULHERES QUE EXISTEM NA MULHER

Jéssica Barros

O primeiro papel do dia é ser mãe, preparar o café, arrumar os filhos, ajeitar a

casa já pensando no almoço da família, e nessa tarefa o principal e mais difícil é a

educação dos filhos, acredite é uma árdua tarefa.

Já no trabalho começa a difícil e incansável disputa com o mundo masculino e,

muitas vezes, machista. A mulher sempre vai precisar se esforçar o dobro do que os

homens para quem sabe ter o reconhecimento devido. Isso vale também para as que são

“donas de casa”. É um trabalho tão difícil e cansativo quanto o da mulher que trabalha

fora, e ainda escutar “você SÓ cuida da casa ou faz algo mais?” é tão revoltante como

tantos outros comentários do gênero.

Assim como também o papel da esposa que dia após dia é cobrada como se ela

tivesse a obrigação de ser perfeita, claro que existe sempre a exceção em todos os

casos, mas infelizmente não na maioria.

E não o menos importante, mas também difícil é o papel de ser mulher, saber e

conseguir conciliar tudo isso no dia a dia é tão cansativo e trabalhoso que as vezes a

única coisa que precisamos é chegar na casa e apenas deitar, o que claro é uma ilusão.

Essa luta é diária, lutamos muito pelo direito de igualdade profissional, pelo direito

de ir e vir sem que haja um assédio ou um olhar maldoso, um comentário machista, que

acredite pode vir também de uma mulher. Pelo direito de ganhar a mesma remuneração

que um homem num cargo profissional. Pelo direito de não ser oprimida nesse mundo

que, infelizmente, ainda é machista e preconceituoso.

Nossa jornada é longa e ainda temos um longo caminho pela frente, mas a

certeza da conquista nos mantém erguidas e dispostas para enfrentar qualquer

obstáculo.

Essa não é uma luta só nossa, homens vocês podem e devem nos ajudar nessa

caminhada pois juntos a nossa força é maior e a certeza do sucesso é certa.

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7.16. DIVERSIDADE NO TRABALHO

Karoline Silva

A diversidade está presente em todos os lugares, desde o ambiente familiar, até o

profissional e social, e se dá por diversos fatores, desde a divisão entre as classes

sociais, lugares, gêneros e religião, e também de opiniões diferentes.

Leva-se um tempo a compreender e aceitar a diversidade, esse é um processo de

compreensão de maneiras diferentes de ver o mundo, costumes, modos, culturas e

crenças diferentes, que depende de aceitar conhecer o outro, o que não significa

incorporar suas crenças e culturas, mas simplesmente permitir-se conhecer o

“desconhecido”. Quando nos permitimos conhecer, ampliamos nossos horizontes, o que

nos possibilita, inclusive, sentirmo-nos mais seguros de nossas opiniões e crenças,

quando podemos questioná-las com pontos de vistas diferentes, reformulando-as,

refutando-as ou reafirmando-as, e claro, também possibilitando que o outro conheça-

nos.

Nesse aspecto, a diversidade é benéfica e necessária para a sociedade.

No ambiente de trabalho, além da necessidade de boa convivência e

relacionamento entre as pessoas, a diversidade pode ser muito eficaz, pois é através dela

que se constroem decisões e opiniões mais enriquecedoras. Mas isso não é fácil, pois no

mundo corporativo, o estabelecimento desta configuração de convívio e equipe depende

dos líderes, que muitas vezes acham ter uma equipe homogênea potencializa os

resultados dos objetivos e metas com profissionais que pensam da mesma maneira.

A questão da diversidade no trabalho também tem seus reflexos em outras

questões como melhores oportunidades de trabalho para determinado estereótipo,

prevalecendo a discriminação de etnia e gênero, onde negros e mulheres ainda

concorrem de maneira desigual a boa oportunidades no mercado de trabalho, o que

torna o papel do líder fundamental para diversificar a equipe e enriquecê-la.

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7.17. DIVERSIDADE

Daniele Fernandes

Essa tal vaidade, onde se esconde a liberdade

De ser de verdade o que te faz bem,

Não está associado com gênero, raça, crença ou idade

E sim, com a diversidade de respeitar a quem

Nesse largo mar de gente lutando por igualdade, são pontos de vista diferentes,

Inovações em pluralidade, ideias, opiniões e personalidades,

Refletem no aumento da produtividade,

Podemos afirmar com toda verdade: diversidade também é competitividade

Se somos sociedade e vivemos da diversidade

Por que parece confuso, ser transparente com o mundo?

São julgamentos sem valores, estreitados desamores

De padrões já em desuso, aclamamos urgente, seja gente!