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da Ana Rita Silva Rodrigues portfolio

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Selected projects of product design, sustainable design, event organization, design theory and criticism.

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Page 1: Ana Rita Rodrigues portfolio

daAna RitaSilva Rodrigues

portfolio

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Page 3: Ana Rita Rodrigues portfolio

Licenciada em design desde 2009, pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, nas vertentes de produto e comunicação.

Encontra-se a desenvolver, na mesma instituição, um projecto de investigação teórica acerca da autoria em design, no âmbito do mestrado em design de produto.

Acima do desenvolvimento de produto, a investigação e a escrita crítica são as competências com maior peso na sua aprendizagem ao longo do percurso académico.

Como actividades complementares aos programas curriculares, destaca:1) a participação no workshop internacional “Jumpstart to design research,” realizado na Faculty of Industrial Design Engineering-TU Delft, em que lhe foi atribuído o prémio ex aequo de “best student assignment”;2) a colaboração na comissão organizadora do Design3, evento realizado na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa.

Projecta um futuro profissional colaborativo que concilie investigação em projecto com escrita sobre design, marcado por uma amplitude de experiências no plano das indústrias culturais e criativas.

As suas apetências e influências focam-se, entre outras, no cinema (especialmente na vertente documental), na escrita crítica e na riqueza do quotidiano.

daAna RitaSilva Rodrigues

apresentação

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conteúdos

design de produto

design sustentável

evento Design3

teoria e crítica de design

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galheteiroartefactos para o quotidiano

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Galheteiro composto por duas peças, para azeite e vinagre, com uma capacidade de, respectivamente,500 e 250 ml.

A solução apresentada corresponde a duas premissas: simplicidade formal e eficiência nas funções de armaze-nar e verter o azeite e o vinagre. Cada peça é composta por três componentes – recipiente, tampa e canal.

RecipienteForma influenciada por tipologias da olaria tradicional portuguesa, nomeadamente o cântaro. Escolheu-seo vidro pela combinação de propriedades relativasa durabilidade, conservação do conteúdo e limpeza.A transparência do material facilita a identificaçãodo conteúdo e respectiva quantidade.

Tampa e canal1. ArmazenarA tampa, em cortiça, isola parcialmente o conteúdodo exterior e evita fugas.Criou-se um sistema de abertura/fecho que previnea oxidação provocada pela entrada do ar no canal

e reduz o manuseamento do objecto ao acto de vertero conteúdo. O canal, em aço inoxidável e encaixadono furo central da tampa, é composto por dois cilin-dros concêntricos. O cilindro exterior termina em bisel no topo e em disco na base. O cilindro interior remata a terminação em bisel do cilindro exterior com uma pequena tampa.

2. VerterA tampa, encaixada abaixo do bocal do recipiente,evita o gotejamento, especialmente do azeite, paraa zona de contacto com as mãos. Pelo furo centralda tampa passa o canal, por onde se verte o líquido.O cilindro interior do canal desliza no cilindro exterior por acção da gravidade e do peso do líquido quando o objecto é inclinado. O cilindro interior possui uma abertura na superfície lateral, para a saída do líquido. O furo na tampa do recipiente para o azeite tem um diâmetro superior ao do canal; o espaço entre a tampae o canal permite que o azeite vertido para o exteriordo canal escorra para o interior do recipiente, evitando--se assim a acumulação de azeite no topo da tampade cortiça.

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cesto para gatoartefactos para o quotidiano

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Os gatos tendem a procurar cantos escuros, espaçosescondidos e superfícies altas que representem uma zona de segurança e de privacidade – um espaçoonde se sintam protegidos para poderem descansarou observar os acontecimentos no exterior e/ou em seu redor.

O conceito para o cesto para gato foi influenciadopor uma peça do designer espanhol Nacho Carbonel, que conjuga espaço interior e espaço exterior.A concretização do cesto traduz-se num espaço inte-rior habitável, com um prolongamento da superfície para o exterior, onde se mantém a sensação de perten-ça à “casa”.

O cesto é composto por um volume com uma porta que assenta no chão quando aberta, prolongandoassim a superfície habitável. O plano horizontaldo interior do cesto e da tampa aberta é cobertopor uma manta almofadada, lavável à máquina.

No que diz respeito ao material, optou-se pelo vime, por ser um material natural, associado ao artesanato português, leve mas resistente. O entrançado possi-bilita uma estrutura rígida e facilita o arejamento.

O cesto pode ser utilizado para o transporte do gato, pela inclusão de um fecho na porta e de uma pega na superfície superior do volume. A superfície posterior do cesto tem uma janela, que permite ao gato observar o exterior quando transportado no cesto.

Evolution Chair - Nacho Carbonel

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alguidarartefactos para o quotidiano

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Este alguidar aplica-se às actividades relacionadas com a lavagem e transporte de roupa. Os aspectos mais relevantes para a concepção do alguidar foram o peso (quando transportado com roupa molhada ou água), o manejo (modo de segurar, levantar, pousar)e a capacidade (quantidade de roupa ou água que cabe no alguidar). O alguidar é empilhável e rentabiliza o espaço onde é guardado, devido à forma quadrangular. Em polipropileno moldado por injecção.

PesoO utilizador recorre ao seu corpo como apoio, para compensar o desequilíbrio causado pela mudança do centro de gravidade quando transporta algo pesado. Preferiu-se a forma quadrangular devido ao aumento da superfície de contacto com o corpo, em com-

paração com um alguidar circular. As laterais deste alguidar permitem uma maior distribuição do pesona zona de apoio e uma menor concentração de pressão na área de contacto, tornando-se um factorde maior conforto.

ManejoA curvatura da borda do alguidar é invertida na zona das pegas, de modo a acompanhar a curvatura dos dedos, e assim proporcionar maior conforto duranteo transporte.

CapacidadeO alguidar pode conter um volume de roupa que cor-responde à dimensão do tambor de uma máquina de lavar roupa média.

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majoriassento

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Em colaboração com Cristina Laíns e Joana Correia.Assento baixo, com encosto e apoio de braços,constituído por dois subconjuntos, assemblados de modo flexível, e construídos a partir de dois materiais e tecnologias distintos: PRV (poliéster reforçado com fibra de vidro) para o casco do assento, e laminados de madeira moldada (MDF, neste caso) para a estrutura. Construção de um protótipo em oficina.

EstruturaA estrutura foi pensada em função de quatro compo-nentes essenciais: os apoios laterais e os apoios frontal e posterior, cuja distribuição no espaço está circunscri-ta às quatro faces laterais de um paralelepípedo.As peças da estrutura são conformadas no mesmo molde, existindo apenas variação na sua altura, o que possibilita também a sua utilização noutras tipologias de objectos (não desenvolvidos), rentabilizando-se re-

cursos e aplicando-se o princípio da permutabilidade.A assemblagem consiste na colocação de cavilhasnas superfícies geradas pelo corte a 45º de duas arestasverticais de todas as peças. Desta forma, a assem-blagem é imperceptível.Ao nível dos acabamentos escolheu-se duas variantes de velaturas naturais de mutene e teca clara.

CascoO casco é conformado também num molde único. Decidiu-se assumir uma espessura fina e tratar o casco como uma membrana rígida, implicando o recurso a abas e nervuras estruturais. Para os acabamentos optou-se pela aplicação de gel coat semi-mate.A assemblagem entre a estrutura e o casco processa-se através do aparafusamento da superfície horizontal das peças frontal e posterior aos apoios salientes integra-dos no casco.

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VeloSpotponto de apoio para cicloturistas

a

d

e

f g

c

a

b

c

d

e

f

g

estrutura

depósito água

barbecue

mesa / bancos

tanque

casa de banho

duche

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OportunidadeNa sequência de uma experiência pessoal de ciclo-turismo ao longo de um mês, identificou-se umaoportunidade na área do turismo sustentável.

O cicloturismo é uma prática comum em países como a Áustria, a Alemanha e a Suíça. A construção da rede europeia de ciclovias “Eurovelo” tem contribuído para a divulgação da utilização da bicicleta como meio de transporte numa viagem de lazer.

ConceitoNo sentido de promover o cicloturismo e atrair um maior número de praticantes, propôs-se um conceito que visa dar apoio aos cicloturistas ao longo da suajornada. Optou-se por uma infra-estrutura,o VeloSpot, que integra um conjunto de comodi-dades ligadas às necessidades básicas do ser humano – higiene, alimentação, protecção e descanso –, a ser instalada em pontos estratégicos da Eurovelo.

A finalidade do VeloSpot pressupõe uma reduçãoao mais básico do que se poderia esperar de umaestrutura deste tipo, devido à predisposiçãoe preparação do utilizador, à dimensão e integraçãona envolvente e aos custos de manutenção.

O VeloSpot, para quatro pessoas, é constituído por um compartimento de casa de banho, e outro de duche. Agregado a estas duas áreas de águas, existe um tanque cujas características permitem tanto lavar a loiça comoa roupa. No lado oposto ao tanque, é colocado uma unidade de mesa e banco, tipo parque de merendas. Para protecção de todos estes elementos, o abrigo possui uma cobertura que compreende ainda duas áreas para tendas duplas. No topo do abrigo existe um depósito de água, com uma capacidade para utilização diária de água (duche, descargas de autoclismo, lavagem de roupa e loiça, lavagem de mão e dentes, consumo/confecção) durante 15 dias, sendo esta a periodicidade da manutenção.A água do duche e da chuva é armazenada e bombeada manualmente para o depósito do autoclismo, para ren-tabilização de recursos. A água proveniente da descarga do autoclismo e do tanque/lava-loiças é conduzida para uma fossa séptica.A estrutura do abrigo é composta por perfis de aço ver-ticais. A cobertura é suportada por uma grelhametálica estruturante. A madeira é o material escolhido para o abrigo, submetida a um tratamento de retifi-cação, para manter as suas características e aspectonatural, obter resistência à chuva/humidade, sole insectos/fungos, sem aplicação de produtos químicos.

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projecto de design sustentável

Reabilitação e valorização dos recursos materiais e imateriais das minas da Serra do Cercal

Mina

SectorTurístico

CentroTecnológico

Consórcio

65%

30%

5%

Escoamentovia

Porto Sines

1

2

2

3

Gestão de fluxos de capital no Consórcio

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Em colaboração com David Carmo Sousa, Ricardo Esteves Corga e Ricardo Roque.O projecto consistiu na construção de um plano estra-tégico de sustentabilidade para a recuperação da região afecta às minas da Serra do Cercal que, após encer-ramento da exploração, sofreu um declínio ambiental, económico e social.

Oportunidade e plano estratégicoA oportunidade encontrada, após análise SWOT dos sectores mineiro, turístico e científico-tecnológico, e diagnóstico da freguesia do Cercal do Alentejo (Santiago do Cacém, distrito de Setúbal), traduz-se na criação de um consórcio com representação dos três sectores. As actividades do consórcio – exploração mineira, gestão de património industrial, I&D cientí-fico-tecnológica – interligam-se e complementam-se, gerando uma nova dinâmica na região.

BenefíciosA valorização e exploração dos recursos geológico--mineiros começará por combater ou, pelo menos, atenuar as consequências da inactividade da mina.

Permitirá gerar postos de trabalho, contribuindo para a fixação da população residente e atraindo população activa e qualificada, evitando assim a desertificação.

A exploração mineira, por si só, seria insuficiente para alavancar o potencial económico das minas, sendo necessário uma frente ligada à inovação. Como tal, a instalação de um pólo científico-tecnológico, cen-trado na investigação e desenvolvimento, e com acesso directo às minas como laboratório de experimentação, permitirá fazer uma gestão do capital intelectual.

A integração de um plano museológico nas instalações desactivadas da mina contribuirá para o crescimento do turismo rural da região, através da arqueologia industrial, combatendo a sazonalidade dos postos de trabalho no sector dos serviços. A valorização e con-solidação do património material e imaterial afectos à actividade mineira funcionarão também como um factor de compreensão e respeito pela identidade e memória da comunidade. O consórcio pretende tam-bém disponibilizar meios de cruzamento e convivên-cia entre a população na sua diversidade, através da dinamização da secção das suas infra-estruturas aberta ao público.

Valores e factores culturais

Consórcio

Outputs

Inputs

MinasCentro tecnológico

Turismo

Comunidade

Empresas

Empresas

Comunidade

cultura organizacionaldas empresas

aceitação da população

Conhecimento aposta no consumo qualificadoretorno de recursos sustentáveis

recuperação da memória comoestabilizadora e consolidadora socialIdentidade

interpretação do consórcio comoameaçador ou vantajoso

em função da análise de Hofstede

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Design ao Cuboorganização de evento sobre Design

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Design3 estabeleceu um precedente na Faculdadede Arquitectura da Universidade de Lisboa enquanto primeiro grande evento para a divulgação dos cursose do trabalho académico das três áreas disciplinaresde Design da instituição – Produto, Comunicaçãoe Moda – e para a dinamização do espaço numambiente informal e criativo.

Ao longo do dia 8 de Junho de 2010 decorreram conferências, workshops, exposições, concertos e um desfile de moda, mobilizando alunos, professores, profissionais e interessados na área.

O evento nasceu de um projecto conceptual da turma de 1º ano de Mestrado em Design de Produto do ano lectivo 2009/2010, e evoluiu para uma actividade extra-curricular, que incluiu equipas dos cursos deDesign de Produto, Comunicação e Moda, respon-sáveis pelo desenho global do projecto de evento,

http://www.designaocubo.net

http://www.flickr.com/photos/designaocubo

no Facebook: Design ao Cubo

desenho de exposições, imagem gráfica, comunicação, divulgação, patrocínios, apoios e logística.

Os principais papéis aqui desempenhados foram a concepção e organização do evento, em colaboração com Filipa Nogueira Pires, Mafalda Casais e Pedro Moreira da Silva; o desenho, coordenação e monta-gem da exposição satélite “Fora do Cubo.”

Exposição “Fora do Cubo”A exposição “Fora do Cubo” apresentou trabalhos de alunos de licenciatura e mestrado em Design de Produto, Comunicação e Moda, realizados durante o programa Erasmus de 2008/2009.

O alguidar e o cesto para gato, do projecto da marca Nau (apresentados neste portfolio) integraram a secção de Design de Produto da exposição Quatro ao Cubo.

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teoria de design de produto

Palavras-chave

A sociedade de (hiper) consumo:da ostentação estatutária ao hedonismoem Baudrillard e Lipovetsky

sociedade de consumoestatuto socialhedonismoJean Baudrillard (1929-2007)Gilles Lipovetsky (n. 1944)design

paper

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Abstract

Neste paper aborda-se a evolução do consumoe do seu papel nos comportamentos do indivíduo, desde finais do século XIX até aos nossos dias,com o objectivo de clarificar como as mudanças socio-económicas e as mutações no mundo dosobjectos propiciam o acto da compra e quais as motivações que lhe estão inerentes. Através do con-fronto entre duas obras de referência, A Sociedade de Consumo (1970) de Jean Baudrillard (1929-2007) e A Felicidade Paradoxal – Ensaio Sobre a Sociedade do Hiperconsumo (2006) de GillesLipovestky (n. 1944), identificam-se dois pólos distintos relativos àquilo que leva o indivíduoa consumir: ou por motivos ostentatórios, como

distinção de classe, ou por razões estritamente hedonistas, centradas no prazer e na experiência sensorial. Estas duas tendências estão intimamente ligadas à natureza da economia: antes, centradana oferta e, agora, focalizada na procura. Para concluir, releva-se a responsabilidade do designer, não só como criador de novos objectos mas, prin-cipalmente, enquanto mediador de um processo marcado pela polarização de interesses. Daciano da Costa (1930-2005) e Sena da Silva (1926-2001) salientam que a preparação e a atitude do designer marcam a diferença entre o conformismo e a defesa dos interesses do utilizador/consumidor.

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crítica de design de produto

Estrelato em design:sucesso ou excesso?

Palavras-chave

design de produtodesign anónimodesign de autorautoria

ensaio

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Abstract

O objectivo deste ensaio é desmistificar os concei-tos de design anónimo e design de autor. Embora muito tenha sido escrito acerca do valor do design para a sociedade e exista uma grande diversidade de projectos cujos resultados o comprovam, preva-lecem ainda equívocos sobre a sua pertinência,nomeadamente os que resultam da opiniãoformada em torno do chamado design de autor.O design de autor, regra geral, dá azo a um processo criativo que se desvia dos objectivos essenciais do design, apelando ao excesso, ao disfuncional, ao kitsch, à moda e/ou ao ego do criador. Do ponto

de vista do senso comum, perante tais objectos, não resulta clara a identificação das características benéficas que são constantemente publicitadas sobre a função primordial do design: funcionali-dade, estética, ergonomia, sustentabilidade.Daqui costumam decorrer comentários do tipo “este objecto tem muito design,” revelando a falta de conhecimento acerca daquilo que o design é ou pode ser, potenciada pela influência das criações do star system do momento. Coloca-se-nos então a questão: devem ou não os designers renunciar à sua condição de autores?