vivÊncia litÚrgica parte i
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FORMAÇÃO PAROQUIAL DE MINISTROS
EXTRAORDINÁRIOS DA PALAVRA
VIVÊNCIA litúrgica
BARRA MANSA/RJ
03.11.2014
CONCILIO ECUMÊNICO VATICANO II
Constituição sobre a Sagrada Liturgia
S a c r o s a n c t u m C o n c i l i u m (SC)
A vida é liturgiaA vida é liturgia…Quando as pessoas trabalham para ganhar a vida e paramelhorar o mundo, estão continuando o ato de amorpelo qual Deus iniciou a Criação.
Somos convidados a fazer donosso trabalho um serviço aDeus e ao povo. Neste sentido,todo trabalho é coisa de Deus,todo “ofício” é “divino”, toda anossa vida é liturgia.
LITURGIA É:
Ação do Povo de Deus, reunido em Jesus
Cristo, na comunhão do Espírito Santo.
Quando falamos de liturgia, temos presente:
• A Missa ou Celebração Eucarística;
• Celebração dos Sacramentos (batismo, crisma, eucaristia, penitencia,
unção dos enfermos, ordenação, matrimonio);
• A Celebração dos Sacramentais (bênçãos, encomendação dos
mortos...);
• A Celebração da Palavra ou Culto;
• A Liturgia das Horas;
• O Ano Litúrgico.
ESSA AÇÃO ACONTECE DE QUALQUER
MANEIRA?
A necessária organização litúrgica:
Todos sabemos que nenhuma atividade na comunidade funciona sem
um mínimo de organização. A liturgia não foge desta necessidade.
Para que a dimensão celebrativa funcione bem. Para que haja
participação de todos, se faz necessário que alguém, uma equipe
pense, planeje, prepare com carinho e dedicação.
As celebrações das comunidades, das paróquias e das Dioceses
precisam de um grupo de pessoas, de uma equipe ou de várias equipes
que prestem esse serviço comunitário. O primeiro critério que esta
equipe ou pessoas devem ter presente, é o "Querer Celebrar Bem".
Celebrar de tal modo que favoreça a participação de todos os
presentes.
É preciso trabalhar…E trabalhar em equipe: liderançasdas Comunidades,Religiosas e Padres…
SOMOS CHAMADOS A
OLHAR TODA A
REALIDADE
COM O AMOR DE
CRISTO...
METODOLOGIA
VER
JULGAR
AGIR
REVER
CELEBRAR
VER
1- OBSERVAR… A comunidade como Assembléia Litúrgica: tem voz e vez?
É sujeito da celebração?
A participação…De que forma acontece? O que se entende por participação?
Há compreensão do sentido de cada ação ritual, das ações litúrgicas realizadas?
Como são as celebrações? (como se celebra se vive e como se vive se celebra?)
O ambiente e o espaço celebrativo?
O Canto e a música litúrgica?
As celebrações são preparadas?
Há valorização da homilia, ilumina a vida?
Há utilização de gestos simbólicos dentro da Liturgia?
Por proximidade:
Diante do que já ouvimos e aprofundamos
durante a nossa Formação...
...
Mais o que observamos das liturgias e
celebrações nas nossas Comunidades...
1. O que identificamos /APONTAMOS como perspectivas (luzes) E QUAIS OS DESAFIOS pastorais?
2. PARTILHAr...
JULGAR Nos sentimos maispreparados, após essaformação ou melhor, depois de cada formaçãoque fazemos?
2. FORMAÇÃO: graças a esses momentos, somosajudados. Em que:
1º) CONHECER O MISTÉRIO CELEBRADO
Saber os conceitos sobre liturgia, celebração…
Saber o sentido de cada ação litúrgica ritual…
Estudar os principais livros e subsídios sobre o assunto…
Aprofundando os conceitos e o sentido litúrgico, vem a compreenção e
a mudança, ou seja, a vivência se dá naturalmente, sem stress.
2º)CLAREZA DE CONCEITOS QUE DÁ SEGURANÇA NA
AÇÃO É um processo lento, mas não pode parar…
Humildade, perseverança, obediência à igreja…
Amor, paciência…
Formação permanente: ter espírito amador e atuação profissional
(técnica).
Mergulhar no mistério pascal.
A preguiça
O medo
A mesmice
A acomodação:“sempre foi assim”!, ou
“eu já sei de tudo…”
Tradições imaturas: o “simplório”, o
“show” e a “improvisação”…
PORÉM,É preciso MUITAS VEZES, combater…para se fazer uma boa formação e ter uma boa celebração litúrgica na comunidade , é precisocombater alguns espíritos sempre presentes…
Toda mudança gera uma crise…
Vamos com calma!!!
Devagar e sempre...
As pessoas tem dificuldade de mudar!
Será verdade?
Tem mesmo?
Lembre, é importante:
Home Theater
Ontem… Hoje...
Formação Litúrgica exige…
Amor ao que se faz…só se ama o
que se conhece…
Dedicação e estudo…
Oração, celebração…
Investimento (não é despesa!!!)
Cuidados com as pessoas, com o
material litúrgico, com o
ambiente…
Uma PASTORAL…
AGIR
3. PASTORAL LITÚRGICA
É a ação que tende a
favorecer ao povo de Deus,
sua participação ativa,
consciente, plena e frutuosa
na celebração do Mistério
Pascal de Cristo, de modo
que possa vivenciar o
Mistério celebrado.
Essa pastoral litúrgica…
Zela
Cuida
Promove:
–Vida interior
–Beleza estética
–Beleza musical
–Comunhão e participação
–Formação litúrgica permanente
–Participação
Acima de tudo…
Promove:
–Fidelidade à Igreja: não aos meusgostos e minhas idéias, mas aoque Deus nos revelou e a Igrejanos ensina…No caso, através da Sacrosanctum Concilium…
… Uma reflexão…
Não podemos matar ou apagar o
essencial! Olhem esta mulher…
Vejam a mesma mulher:
Na liturgia também não podemos…
Esconder o essencial, isto é, o
MISTÉRIO PASCAL DE CRISTO.
O essencial já é belo por natureza,
não precisamos através de
retoques exagerados querer
mostrá-lo ao mundo.
Liturgia não é show, mas
celebração do Mistério de Cristo.
Que perspectivas (LUZES) litúrgicas se abriram, a partir do
documento conciliar
Sacrosanctum Concilium?
1. Participação ativa de todo um povo sacerdotal,
considerada uma revolução eclesiológica, porque até então a
liturgia era do domínio unicamente dos padres...
2. A liturgia como ação teologal, celebração Memorial do
Mistério Pascal (não mais como culto, como devocionismo),
centralizada na participação da Vida, Morte e Ressurreição do
Senhor...
3. A liturgia como fonte
da espiritualidade cristã (talvez o ponto menos compreendido
e posto em prática)
O povo, sem participar da liturgia, foi criando
outras formas para expressar seu amor a Deus e
sua devoção, como: procissões, terço, via-sacra...
Devoções estas acolhidas e aceitas pela Igreja.
Ao longo do tempo, surgiu uma série de
espiritualidades, a maior parte delas sem ligação
com a liturgia.
5. Devolução da Sagrada
Escritura ao povo de Deus,
dentro e fora da celebração
litúrgica: a proclamação e
interpretação da Palavra de Deus
na liturgia no idioma de cada povo,
a restauração do salmo
responsorial, da homilia e da
oração universal.
4. Substituição do latim
pelo idioma próprio
de cada povo: A celebração
litúrgica passa a ser entendida... na
língua do lugar...
6. Redescoberta da atuação do Espírito
Santo na liturgia – com isso, a introdução das
epícleses - invocações do Espírito Santo -
superando um certo “cristomonismo” da Igreja
Católica.
(O fundamento da fé cristã é a Trindade, ainda que muitos cristãos,
embora professando uma fé no Deus Uno e Trino, a vivam, no cotidiano,
de modo a-trinitário);
7. Afirmação do sentido teológico da assembleia litúrgica
como expressão do ser Igreja.Reunião de pessoas em vista de um determinado objetivo, meta ou fim.
O corpo de Cristo: sinal visível do grande mistério da Igreja em toda
a sua realidade.
É Deus que convoca a assembleia litúrgica,
escolhe seus membros (“fui eu que vos escolhi”
- Jo15,16) por um chamado especial. “Eu os farei
meu povo e serei o Deus de vocês” (Êx 6,7).
8. Sacramentalidade de toda liturgia
- não somente os sete sacramentos - daí a
importância da ritualidade, ou seja, resgate
da dimensão antropológica da liturgia: gestos
humanos, como falar, ouvir, comer, beber,
banhar, perfumar, performativos para
expressar e comunicar o Mistério de nossa fé.
9. Restauração do Ano litúrgico
em torno da Vigília Pascal e do
Domingo, dia do Senhor.O “Calendário religioso”, que marca
as datas dos acontecimentos da
História da Salvação. Antes tinha
outros nomes, por exemplo: “Ano da
Igreja” e “Ano Cristão”.
10. Substituição do gregoriano por
cantos na tradição musical de cada
região (levou vários anos a se
concretizar, era preciso estudos e
aprofundamento, pelos letristas,
compositores e corais, principalmente,
o povo em geral).
11. Introdução de ministérios litúrgicos não clericais:
leitores, salmistas, acólitos, cantores... (antes era só o padre e
os coroinhas).
Diante das Perspectivas (LUZES) PASTORAIS
vistas, a partir da
Sacrosanctum Concilium (SC)
Que DESAFIOS PASTORAIS podemos destacar para a
caminhada das nossas Comunidades e da
nossa Paróquia,
para vivermos plenamente o
Mistério Pascal de Cristo,
no nosso jeito de celebrar?
Olhando para os 52 anos do Vaticano II e
da SC, percebemos um trabalho
maravilhoso, criativo, renovador... mas,
que não chegou, ainda, ao fim...
A nova mentalidade, a nova teologia e
espiritualidade litúrgicas estão longe de
terem sido assimiladas!
Sem nenhum pessimismo, mas, com
realismo pastoral, constatam-se grandes desafios,
que ainda persistem em nossos dias.
Destacamos...
1. A participação – grande objetivo da reforma
litúrgica, a Participação Ativa, Interior,
Consciente, Frutuosa e Plena, direito e dever
do cristão batizado.
2. Uma liturgia que leve em consideração a
vida, o chão, a realidade das comunidades.
Aqui entra a Palavra de Deus, também:
atualizada, entendida, vivida...
3. Uma liturgia que seja solene e nobre, mas
simples, cheia de vida e não de pompa,
e, shows...
Desafios PASTORAIS
4. A vivência da liturgia como ‘Fonte e
Cume’ da vida eclesial. A SC 10 diz que
a Liturgia é simultaneamente a Meta (Cume)
para a qual se encaminha a ação da Igreja e a
Fonte de onde emana toda a sua força. Ainda
não se alcançou a plena consciência do que
significa a centralidade da liturgia como Fonte
e Cume da vida eclesial, como celebração do Mistério Pascal de Cristo.
5. Uma preparação prévia, sobretudo
das celebrações dominicais,
meditando os textos bíblicos, antífonas e
orações..., em pequenos grupos, na catequese, nas casas, etc.
6. A Formação Litúrgica intensiva, em
todos os níveis, para descobrir as riquezas que
a liturgia contém. Uma formação mistagógica
- aquela que nos faz mergulhar, entrar no Mistério
de Cristo - na catequese, nos grupos pastorais,
movimentos, serviços...
7. A Pastoral Litúrgica – com a tarefa de
dinamizar um processo de formação de todos os
participantes da Liturgia, visando, de um lado,
que a celebração seja sempre mais expressiva e,
de outro lado, o enriquecimento espiritual de todo
o povo" (CNBB, Doc. 43, n. 186-189).
8. Liturgia e Catequese
A Catequese é intrinsecamente ligada com toda a ação
litúrgica e sacramental - Promover uma esmerada
formação litúrgica para os catequistas, incentivando a
vivência da liturgia em todas as pastorais, dando especial
apoio à catequese.
9. A Recuperação dos Símbolos e Sinais
Que sejam empregados de forma viva e digna, com uma
adequada catequese. “A força dos símbolos e sinais,
sobretudo quando retirados da vida e da cultura do povo,
completam a grande variedade de elementos da nossa
Liturgia" (CNBB, Doc. 43. n. 84): o altar, a sede, o ambão, a
expressividade dos sinais como pão, vinho, óleo, água,
incenso, cinzas, fogo, flores...
10. O Canto, a Música, o Silêncio, a Dança...
O que prevalece não são os gostos, a estética individual
de cada um, mas a essencialidade do Mistério e a
participação frutuosa e prazerosa de todos.
11. O Espaço Celebrativo – seja valorizado, tanto
na conveniente decoração do ambiente, como também
na disposição dos vários elementos: altar, mesa da
Palavra, cadeira de quem preside, estante do
comentarista, coral, assembleia...
.....Tantos outros podem surgir...
Temos um longo caminho a percorrer!
As luzes estão aí...
E nós, estamos dispostos a enfrentar e assumir os desafios
para podermos vivenciar bem nas nossas Comunidades
as Celebrações litúrgicas?
Portanto, durante estes nossos 4 encontros do mês de
novembro estaremos aprofundando este tema da Vivência
Litúrgica.
O Grupo litúrgico de nossa Paróquia tem como objetivos norteadores os
de:
Reunir e refletir melhor o verdadeiro sentido da liturgia em nossas
Comunidades e na nossa paróquia;
Estudar e aprofundar os temas litúrgicos;
Aprimorar sempre nossas liturgias.
E como objetivos específicos temos:
Formar e animar equipes de Liturgia em nossas Comunidades;
Valorizar e resgatar nas celebrações os gestos de acolhida e de boas-
vindas;
Promover curso...
Estudar documentos importantes da Igreja, tais como: constituição
“Sacrosanctum Concilium”; Animação da Liturgia (CNBB) e outros;
Valorizar as festas de cunho religioso, devocional e popular.
Frei Faustino PALUDO, Assessor da Comissão Nacional de
Liturgia, lembra que:
“Diante dos limites da caminhada em face aos
novos apelos de nosso tempo, a celebração jubilar
se por um lado suscita atitude orante, de
agradecimento e louvor, por outro lado, convoca
a darmos passos novos na perspectiva da
acolhida e do aprofundamento do espírito que
dinamiza a renovação litúrgica projetada pelo
Vaticano II”.
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