território, soberania alimentar e movimento de campesino a campesino em cuba prof. eraldo da silva...
Post on 22-Apr-2015
108 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Território, Soberania Alimentar e
Movimento de Campesino a Campesino em Cuba
Prof. Eraldo da Silva Ramos Filhoeramosfilho@gmail.com
Junho de 2012
Delimitação conceitual de Território• RAFFESTIN, SANTOS, FERNANDES, RATZEL, HAESBAERT, SAQUET, TUAN, RAMOS FILHO
• Resulta do exercício da multiplicidade de poderes, incorporados pela multiplicidade dos sujeitos envolvidos.
• São construídos e desconstruídos em escalas temporais e espaciais distintas.• o atual período técnico-científico-informacional, as redes tornam-se, também, importantes na
constituição do território.• As redes são identificadas por sua configuração material (infra-estrutura que possibilita o fluxo
de matéria, energia ou informação) e imaterial (sua dimensão social, política, ideológica, conhecimento) que enfatiza: os diferentes fluxos que ocorrem no território, a conexão de um território com outros territórios, bem como, sua descontinuidade física.
• A territorialização é um processo geográfico de construção dos territórios. Em virtude da sua natureza, gera, incondicionalmente, um conjunto de conflitos entre aqueles sujeitos envolvidos no processo. Acompanha-se permanente e concomitantemente de outros dois processos contrários e constituintes: a desterritorialização e a reterritorialização. Configurando, desta forma, o movimento de territorialização-desterritorialização-reterritorilização (T-D-R).
• Constitui-se em uma totalidade e, como tal, compõe-se das dimensões política, natural, simbólico-cultural, econômica e social. É, a um só tempo, relacional, histórico, multiescalar e articulado em redes. Uma abordagem que não contemple esta multidimensionalidade não pode ser tratada como territorial. Desta forma, considero o território como um espaço político por excelência, no qual o exercício de poder é central na sua delimitação e gerador de conflitualidades.
• Expressão material e imaterial.
Gênese do paradigma: A noção de segurança alimentar passou a ser adotada por
Estados, logo após o final da 1ªGM, ao perceberem que poderiam ser dominados caso um inimigo controlasse a oferta de alimentos.
Segurança Alimentar – 1) Provisão de alimentos como questão de segurança nacional; 2) Procedência militar; 3) articula-se à capacidade de produção e armazenamento de alimentos.
2ªGM – destruição muldimensional (político, econômico, produtivo, social, alimentar, etc.) do espaço europeu.
Criação de planos (Marshall) e organismos supranacionais para promover a reconstrução pós-guerra (FMI, BM, GATT, ONU, FAO).
Entre 1943-1945 criação da FAO e de estrutura de ajuda alimentar para os países que tiveram seus espaços alimentares destruídos com a guerra.
Desenvolvimento Territorial e Segurança Alimentar
Desenvolvimento Territorial e Segurança Alimentar
O alimento como arma:“O alimento é um instrumento. É uma arma de negociação para os EUA”
(Earl Butz, ex-secretário de agricultura dos EUA, Times, 11, nov. 1974).
Lei 480/1954 – Ajuda alimentar como arma do imperialismo norteamericano:
- Subvenção do governo para formação de mercados externos;- Programa Alimentos para Paz - A renda obtida com a
comercialização dos alimentos financiou o belicismo dos aliados e dos EUA;
- Doação de alimentos aos países “amigos” como instrumento da diplomacia norteamericana;
- Reposição dos empréstimos da Lei 480 em moeda local g gerou reservas de moedas no exterior, que foi usado: a) subvenções para defesa comum dos países credores – contenção do socialismo (vide Vietna do Sul e Coreia do Sul);
- b) gastos com embaixadas dos EUA e Departamento de Defesa;
- c) Programa Cooley – financiou a expansão do agribusiness americano, mediante empréstimos em moeda local.
Década de 1960 - 1970: Ampliação dos investimentos em
agricultura, desenvolvimento rural pelo Banco Mundial e Bancos multilaterais regionais, Fundação Ford e Rockefeller;
Intensificação das Revolução Verde, Revolução Azul e Revolução Pecuária, como discurso para combater a pobreza;
1974 – I Conferência Mundial de Segurança Alimentar – crescimento da capacidade mundial de produção de alimentos e permanência da fome, pobreza e miséria.
Desenvolvimento Territorial e Segurança Alimentar
Década de 1990: Cúpula Mundial sobre Alimentação – Declaração de Roma sobre
Segurança Alimentar Mundial “o direito de todos a terem acesso a alimentos seguros e nutritivos, em
consonância com o direito a uma alimentação adequada e com o direito fundamental de todos a não sofrer a fome”.
“esforço permanente para erradicar a fome em todos os países, com o objectivo imediato de reduzir, até metade do seu nível actual, o número de pessoas subalimentas até, ao mais tardar, o ano 2015”.
Segundo a FAO “para garantizar el acceso a los alimentos, es necesario además de su disponibilidad en el mercado local, regional o nacional que los precios se mantengan estables, se incrementen el empleo, los ingresos, la producción agroalimentaria interna y se creen canales adecuados para garantizar una distribución equitativa.” (p. 310)
Desenvolvimento Territorial e Segurança Alimentar
SegurançaSegurança alimentar alimentar •"..."...todas las pessoas têm em todo momento acesso todas las pessoas têm em todo momento acesso físico e econômico a alimentos suficientes e nutritivos físico e econômico a alimentos suficientes e nutritivos para satisfacer sus necesidades alimentarias" (FAO).para satisfacer sus necesidades alimentarias" (FAO).
•Disponibilidade
•Aceso aos alimentos ou capacidade para adquiri-los
•Estabilidade da oferta
• Salubridade
Desenvolvimento Territorial e Segurança Alimentar
Principais rodadas do GATT/OMC com impactos sobre a agricultura brasileira - 1964 a 1993Nome da rodada e duração
Definições e exigências Situações para o Brasil Mecanismos
Rodada Kennedy, 1964 a 1967
Políticas de estímulo à produção de grãos.- Vigência: 1966 a 1976
Introdução do pacote tecnológico extensivo. Valorização das terras. Monocultura do binômio trigo/soja.
Crédito subsidiado via Banco do Brasil. Órgãos de assistência EMBRAPA, Emater, Cooperativas.
Rodada Tókio, 1973 a 1979
Políticas para estímulo à produção de proteína animal integrada à agroindústrias.- Vigência: 1976 a 1986
Início da introdução do pacote tecnológico intensivo e atrelamento da produção familiar às agroindústrias.
Crédito internacional direto às agroindústrias. Estímulo das unidades de produção para a cooperação (associações, condomínios, etc.)
Rodada Uruguai,1986 a 1993
Introdução das Políticas das Vantagens Comaprativas. Redução gradual dos subsídios. Limitação das medidas de apoio à agricultura.- Vigência: 1995 a 2004
Avanço do Pacote Tecnológico Intensivo (biotecnologia). Nova regionalização da agricultura. Saída do Estado na definição de políticas, fazendo apenas programas oficiais.
Bolsas de Cereais. Reconversão de culturas conforme a regionalização. Propriedade familiar estimulada para produção grupal e voltada para as demandas regionais.
Tabela extraída de ZAMBERLAM e FRONCHETI (2002).
Inserção do GATT/OMC na agricultura mundial Investimentos em megaprojetos de infraestrutura nas áreas agropecuárias ou
articulado campo – cidade e polós de exportação. Liberalização do comercio agrícola mundial e os TRIPs – Trade-releated aspects of
intellectual property rights (OMC, acordos regionais e bilaterais) Subsídios de dumping e de exportação (Política Agrícola Comum, etc.) Forte processo de concentração centralização dos sistemas agroalimentares pela
corporações transnacionais; Promoção de modelos agroexportadores altamente dependentes de tecnologias
caras e destrutiva Concentração da terra, estrangeirização das terras, contrarreforma agrária; Deslocamento das políticas fundiárias para o mercado – Banco Mundial; Erosão genética, cultural e destruição e artificialização da natureza (patentes,
transgênicos, controle das águas, etnocídios, etc.); Mudanças das leis agrárias nacionais (ex: mudança do artigo 27 constituição
mexicana e a mercantilização da terras comunais); Especulação com os alimentos no mercado financeiro, etc...
Desenvolvimento Territorial e Segurança Alimentar
Inserção do GATT/OMC na agricultura mundial Influencia determinante da TCNs nas regras de comercio agrícola
internacional definidos pela OMC; 90% do comercio global de café, trigo, milho, abacaxi e 70% do
de banana e arroz está é controlado por um punhado de TNCs; 5 corporações controlam 75% do comércio mundial de grãos; 10 empresas controlam 55% do mercado global farmaceutico
animal; Onda de consorcios, aquisições e fusões entre agroquimicas,
farmaceuticas, sementes e comercialização de alimentos. Das 180 maiores companhias de alimentos, em 2000 havia
somente 7. Processos de integração horizontal e vertical.
Desenvolvimento Territorial e Segurança Alimentar
El mercado de agrotóxicos es controlado por 6 empresas transnacionales.
Aquisição empresa agrotóxicos (1)
Aquisição empresa Sementes (11)
Fusão
Empresa Integrada
Aquisição produto Empresa de sementes e agrotóxicos
Tomona Agrica
Conrad Fafard
Hoffman
Golden Harvest
Emergent
Genetics
Agrosem
SPS Argentine
seeds
Goldsmith
50% Longreach
Zeraim Gedera
49% Sanbei
Sandoz
Merck Crop ProtectionCiba-Geigy
Fisher
Astra Interstate Payco
Olds Seed
Shamrock
Agra
AgritradingMogen
Gallatin Valley
Sharpes International Garst
Hilleshog
OC BenoistNorthup
King
Maisadour
Sluis & Groot
Koipesol Serrilas
Zenco
Vanderhave
ICI Seed
Michigan State
American Sunmelon
Funk Seed
50 % Wilson Seed
Vaughn Seeds
Land O´Lakes
Syngenta
Novartis
AstraZeneca
Zeneca
Agripo
Chlorothalonil (ISK)
Rogers Seed
Zeneca
Advanta
CCMBZeneca
Agro
Benoist
Aquisição empresa agrotóxicos (3)
Aquisição empresa Sementes (5)
Fusão
Empresa de sementes e agrotóxicos (1)
Empresas líderes
Schering AgHoechst Ag
Nunhems
AgrEvo
Aventis
Dessert Seeds
PioneerVegetablesGenetics
SementesFartura
Cannon Roths
AgrEvo CottonSeed Int.
Castle Seed
Keystone Seed
SementesRibeiral
MitlaMelhoramento
Granja QuatroIrmãos
KWS
Plant Genetics
Sunseed
Rhone-Poulenc
Bayer
Gustafson
Icon GeneticsAG
RelianceGenetics LLC
Paragon Seed
StonevillePedigreed
MisungCalifornia
Planting CottonSeed
Pau SeedsFungicida Flint
(Novartis)
Herbicidas Mikado(Syngenta)
Aquisição produto (2)
Gráfico elaboração Victor Pelaez, 2009.
Monsanto
Limagrain
Agroceres
Seminis
Chanel Bio
Delta Pine & Land
Dekalb
Braskalb
Agroeste
First Line
Advanta (Canola
Calgene
Agracetus Stoneville Pedigrees
MDM Sementes de Algodao
Western Seed
Holden´s Fundation
Aly Participacões
Plant Breeding Institute
Sensako
Cargill
Emergent Genetics (Algodão)
Asgrow
Poloni Semences
FT Sementes
Marmot AS(Semilllas)
De Ruiter Seeds
Aquisição Empresa Sementes (38)
Empresa Integrada
Stewart Seeds
Fontanelle Hybrids
NC+ Hybrids, Inc
Trelay Seeds
Stone Seeds
American Seeds, Inc. (ASI)
Specialty Hybrids
Kruger Seed Trisler Seed
FarmsSieben Hybrids
Campbell Seed
Diener Seeds
Fielder’s Choice Direct
Monsoy
International Seed Group
WestBred
Subsidiária Formada após Aquisição
Gráfico elaboração Victor Pelaez, 2009.
Empresa de sementes e agrotóxicos
Empresas líderes
DinamilhoCarol
SementesHatã
Dow Elanco
Sanachem
MaizeTecnologies
Duo Maize
Agromen
Rohm &Haas AG
HerbicidaAcetochlor (Zeneca)
Mycogen
HibridosColorado
MorganSeeds
Dow
Aquisição empresa agrotóxicos (1)
Aquisição empresa Sementes (8)Aquisição produto (1)
Gráfico elaboração Victor Pelaez, 2009.
Empresa de sementes e agrotóxicos
Empresas líderes
BASF
St Aubin lesElbeuf - Aventis
Ex-seedGenetics LLC
Lantmännen /Svalöf Weibull
CropDesign
InseticidaFipronil (Bayer)
Cyanamid
Fungicidasda Bayer
Aquisição empresa agrotóxicos (1)
Aquisição empresa Sementes (4)Aquisição produto (2)
Gráfico elaboração Victor Pelaez, 2009.
Empresa de sementes e agrotóxicos
Empresas líderes
Beijing KaituoDNA Biotech
Dunhuang
DupontKhimprom
Verdia, Inc.
SPIC PHISeeds
HerbicidaIsoproturon
(Aventis)
Pioneer
Curry Seed
OptimumQuality Grains
DoisMarcos
HybrinovaS.A
DenghaiSeed Group
Griffin LLC
Dupont
Aquisição empresa agrotóxicos (2)
Aquisição empresa Sementes (9)Aquisição produto (1)
Gráfico elaboração Victor Pelaez, 2009.
Syngenta
Advanta (Milhoe Soja)
Golden Harvest
Fisher
Zeraim Gedera
Emergent Genetics
Conrad Fafard
Sanbei 49%Longreach 50%
Chlorothalonil(ISK)
SandozCiba-Geigy
Merck CropProtection
Zeneca
Astra
Hoffman
CC Benoist
Tomona Agrica
Mogen
Agritrading
Wilson Seeds(50%)
AmericanSunmelon
Hilleshog
Vaughn Seeds
GallatinValley
Funk SeedsInternational
Sluis & Groot
Rogers Seed Co.
Northup King
Land O´Lakes
KoipesolSemillas
Maisadour
Agrosem
EridaniaBeghin-Say
Agra
SharpesInternational
Zenco
Shamrock
MichiganState Seeds
Olds Seed
Interstate Payco
ICI Seeds
Garst
Vanderhave
Agripo
Novartis
AstraZeneca
Goldsmith
Argentine Seeds
BASF
St Aubin lesElbeuf - Aventis
Ex-seedGenetics LLC
Lantmännen /Svalöf Weibull
CropDesign
InseticidaFipronil (Bayer)
Cyanamid
Fungicidasda Bayer
DinamilhoCarol
SementesHatã
Dow Elanco
Sanachem
MaizeTecnologies
Duo Maize
Agromen
Rohm &Haas AG
HerbicidaAcetochlor (Zeneca)
MycogenHibridosColorado
MorganSeeds
Dow
Schering AgHoechst AgBayer
Nunhems
AgrEvo
Aventis
Dessert Seeds
PioneerVegetablesGenetics
SementesFartura
Cannon Roths
AgrEvo CottonSeed Int.
Castle Seed
Keystone Seed
SementesRibeiral
MitlaMelhoramento
Granja QuatroIrmãos
KWS
Plant Genetics
Sunseed
Gustafson
Icon GeneticsAG
RelianceGenetics LLC
Paragon Seed
StonevillePedigreed
Rhone-Poulenc
MisungCalifornia
Planting CottonSeed
Pau SeedsFungicida Flint
(Novartis)
Herbicidas Mikado(Syngenta)
Beijing KaituoDNA Biotech
Dunhuang
DupontKhimprom
Verdia, Inc.
SPIC PHISeeds
HerbicidaIsoproturon
(Aventis)
Pioneer
Curry Seed
OptimumQuality Grains
DoisMarcos
HybrinovaS.A
DenghaiSeed Group
Griffin LLC
Dupont
Monsanto
First Line
Custom Farm
Calgene
Cargill
Plant BreedingInstitute
Asgrow
AgracetusDekalb
Genetics
Foundation Seed
Holden´s Fundation
Stine Seed Soja
StonevillePedigreed
Agroceres
Braskalb
Millenium
Nacional Seed
FT Sementes
Terasawa
Cereon
Euralis
Mendel Genetics
Delta Pine &Land
Chanel Bio
Agroeste
Seminis
Advanta(canola)Emergent
Genetics(Algodão)
Limagrain
Gráfico elaboração Victor Pelaez, 2009.
Participación de las empresas lideres en el mercado mundial de agrotóxicos.
Empresa Participação em 2010 2000/2010 2009/2010SYNGENTA 18,6% 42,8% 4,6%
BAYER 15,2% 221,2% -3,7%BASF 11,2% 139,5% 5,2%
MONSANTO 6,1% -25,6% -34,7%DOW 10,2% 107,5% 7,7%
DUPONT 6,5% 24,8% 9,6%
TOTAL DAS INTEGRADAS 67,8% 67% -2%
CHEMCHINA (MAI) 4,6% 195,4% 6,8%NUFARM 4,0% 153,1% -17,1%
SUMITOMO 4,8% 114,7% 0,5%ARYSTA 2,3% 195,0% 8,3%
FMC 2,6% 86,8% 18,1%CHEMINOVA 2,0% 178,8% 0,3%
UNITED PHOSPHORUS 1,9% 953,1% 16,4%
TOTAL DAS ESPECIALIZADAS22,2% 163,3% 1,5%
RESTANTE DAS EMPRESAS 10,0% 92,4% -0,9%
13 MAIORES EMPRESAS 90,0% 83,1% -0,9%VENDAS TOTAIS 100,0% 92,4% -0,9%
Total land productivity versus Farm Size in 15 Países
0
200
400
600
15105
15105
0
200
400
600
8642
0
100
200
15105
0
100
200
15010050
0
200
400
600
30205
0
500
1000
2010
0
200
400
600
800
3.02.01.0
0
2000
4000
6000
321
400
800
1200
8642
300
500
700
105
0
200
400
600
3.02.01.0
300
500
700
753
400
600
800
3.52.51.5
80
100
120
140
5.03.52.0
0
100
200
Nig
eria
Tanz
ania
Uga
nda
Sud
anS
yria
Mex
ico
Per
uB
angl
ades
hB
arba
dos
Indi
aM
yanm
arN
epal
Sou
th K
orea
Tha
iland
Eth
iopi
a
Farm size category (ha)
Gro
ss o
utp
ut
by
cou
ntr
y
Rosset, 1999
Política públicas no marco da segurança alimentar Políticas e programas de ajuda humanitária e
nutricional Políticas compensatórias de transferência de renda; Reforma agrária de mercado Desenvolvimento territorial rural como substituição
às análises e açoes de governo fundamentadas na questão agrária;
Alimentos como arma política – vide reconstrução do espaço agrícola no Iraque pós-invasão americana;
Etc.
Desenvolvimento Territorial e Segurança Alimentar
Desenvolvimento Territorial e Soberania Alimentar
• Gênese da Via Campesina:• Resistência à Desterritorialização do campesinato decorrente dos
efeitos da criação da OMC; • Encontro de oito organizações do Sul e Norte (América Central,
Caribe, Europa, Canadá, EUA), em Manágua, Nicarágua, maio de 1992, durante o II Congresso da UNAG – Unión Nacional de Agricultores y Ganaderos (UNAG).
• Maio de 1993 – 46 organizações camponesas de todo o mundo fundaram a Via Campesina em Mons, Belgica. Formação de 5 coordenações regionais.
Desenvolvimento Territorial e Soberania Alimentar
• Declaração de Mons (1993):• 1 O direito aos pequenos agricultores a viver no campo; o que implica o
completo direito dos agricultores às suas organizações autônomas e ao reconhecimento de sua importância social na definição e implementação do desenvolvimento em geral, e DR em particular;
• 2 O direito a uma agricultura diversificada que garanta, de forma prioritária, o fornecimento de alimentos saudáveis e de alta qualidade para todas as pessoas do mundo, baseada em um profundo respeito pelo meio ambiente, por uma sociedade equilibrada e pelo efetivo acesso à terra;
• 3 O direito de cada país definir sua própria política agrícola segundo os interesses das nações e em acordo com as organizações camponesas e indígenas, garantindo sua real participação. (tradução nossa)
Desenvolvimento Territorial e Soberania Alimentar
• Fomento aos vínculos internacionais; • Construção de espaços políticos internacionais – LVC como
painelista na Assembleia Global sobre Segurança Alimentar (1995, Quebec), FAO);
• LVC comparaceu à Roma durante a Cumbre Alimentária Mundial (1996) propondo pela primeira vez, a Soberania Alimentar, para combater a fome e a pobreza.
• A fazê-lo rompe como a maioria das ONGs e rechaça os princípios da OMC: “direitos de exportar”, as expansão dos transgênicos, o controle sobre as sementes, e a seguraça alimentar.
Desenvolvimento Territorial e Soberania Alimentar
• Soberania Alimentar é: • garantir o direito de cada nação manter e desenvolver sua capacidade
de produzir seus alimentos básicos, em consonância com sua diversidade cultural e produtiva, garantido o direito de produzir o próprio alimento em seu território, e afirmando o direito dos povos de ter o controle, de exercer o poder sobre suas políticas agrícolas e alimentares
• Dar prioridad a la producción de alimentos saludables, de buena calidad y culturalmente apropriados en primer lugar para el mercado doméstico. Es fundamental mantener una capacidad de producción de alimentos basada en un sistema de producción agrícola diversificado – que respete la biodiversidad, la capacidad de producción de la tierra, los valores culturales, la preservación de los recursos naturales – para garantizar la independencia y soberanía alimentaria de las poblaciones.
Desenvolvimento Territorial e Soberania Alimentar
• Soberania Alimentar é: • Suministrar precios competitivos para los agricultores (hombres y mujeres), lo
que supone un poder para proteger los mercados internos contra las importaciones de bajos precios.
• Regular la producción de los mercados internos para abolir la creación de excedentes.
• Detener el proceso de industrialización de los métodos de producción y desarrollar una producción sostenible basada en familia agraria.
• Abolir cualquier ayuda a la exportación directa o indirecta (DESMARAIS, p. 56-57).
• reforma agrária deve ser acompanhada de um conjunto de políticas como: acesso democrático e controle sobre os recursos de produção como água, sementes, créditos, capacitação, regulação e mercados regulados para garantir preços justos aos produtores de alimentos.
• o controle democrático dos sistemas alimentares e o reconhecimento da herança cultural e o pertencimento dos recursos genéticos a humanidade.
Desenvolvimento Territorial e Soberania Alimentar
• Soberania Alimentar é: • contraria a toda iniciativa de estabelecimento de patentes sobre as
plantas, animais e seus componentes [...] verifica-se uma transferência do poder sobre estes recursos dos camponeses, das comunidades, da humanidade para as corporações transnacionais que operam sobre as regras da produção capitalista global e da OMC.
• defesa do reconhecimento internacional dos direitos dos camponeses, que incluem:
• El derecho a los medios para conservar la biodiversidad.• El derecho a los recursos y su conocimiento asociado.• El derecho a decidir el futuro de los recursos genéticos.• El derecho a definir el control y uso de los beneficios derivados del uso,
preservación y mantenimiento de los recursos.• El derecho a usar, escoger, almacenar e intercambiar libremente los
recursos genéticos.
Desenvolvimento Territorial e Soberania Alimentar
• Espacialização, Territorializaçao e Mundialização do campesinato • A Soberania Alimentar é um território• Luta para que a OMC se retire da agricultura; • Ação direta contra as transnacionais• Demonstrações públicas e radicalizção da luta (Batalha de Seattle,
imolação em Cancun).• Ocupações de terras, escritórios • Acampamentos• Solidariedade Internacional• Produção de conhecimento • Construção de práticas alternativas
Quem conhece alguém que sofre ou sofreu de câncer?
II Encontro Internacional de Agroecologia e Agricultura Sustentável, Cuba, Novembro 2011
Declaramos oficialmente lanzada la: CAMPAÑA CONTINENTAL CONTRA LOS AGROTÓXICOS
Y POR LA VIDA.
1. Educación Formal en Agroecología2. Educación abierta. 3. Escuelas campesinas. 4. Programas Campesino-a-Campesino5. Procesos comunitarios y territoriales
Américas
Educación Formal Superior
• IALA-Paulo Freire (Venezuela)• IALA-Guaraní (Paraguay)• IALA-Amazonas (Brasil)• IALA-Mesoamérica (en formación)• IALA-Andina (en formación)• ELAA-Brasil
Escuelas Campesinas Regionales
• Escuela de Mujeres, Cono Sur• Sistema Mesoamericano de Formación Política y
Agroecológica• Escuela Obrero y Campesino “Francisco Morazán,”
Nicaragua• Escuela Campesina “Niceto Pérez” (Cuba)• Etc.
Experiencias Nacionales (ejemplos)
• 17 escuelas formales de bachillerato (?) en agroecología en Brasil
• Escuela Nacional de Agroecología (Ecuador)• Escuela Campesina “Niceto Pérez”, Cuba• 3 escuelas campesinas, Argentina• Escuela Campesina Fensuagro, Colombia• Centro de Capacitación CONAMUCA, Dominicana• Escuela Nacional de Agroecología, CUC-Guatemala• Escuela Itinerante de Agroecología, México (en formación)• Etc. Etc.• MAS DE 15 PAÍSES CON PROGRAMAS DE CAMPESINO A
CAMPESINO, COMUNITARIOS, Y TERRITORIALES
ESCUELAS CAMPESINAS DE AGROECOLOGÍA - ARGENTINA
ESCUELA ESCUELA NACIONAL DE NACIONAL DE
AGROECOLOGIAAGROECOLOGIA
E N A
E C U E C U A D A D O RO R
LO QUE BUSCAMOSLO QUE BUSCAMOS
• La Formación de militantes técnicos pedagogos en agroecología de los Movimientos Sociales del Campo
Que contribuyan a:
• La reconstrucción ecológica de la agricultura
• En la organización del campesinado y en las luchas de transformación de la sociedad.
¿Porque ahora lucha la Vía Campesina por la agroecología?
• Respetar y cuidar a la Madre Tierra• Es producir alimentos sanos y buenos para nuestros pueblos• Es componente fundamental de la SOBERANIA ALIMENTARIA – el
‘otro modelo’ para el sistema alimentario, que defiende La Vía Campesina
• Es apuntar directamente al capital en el campo y transformar el modelo productivo de dependencia, endeudamiento y riesgos tóxicos
• Construir la autonomía (parcial) de las fuerzas del mercado• Es no competir con el agronegocio en el propio terreno de ellos• Es (re-) construir una cultura de resistencia, lucha e autonomía — y
una identidad campesina que es necesaria para sobrevivir las crisis recurrentes en el campo (crédito, insumos, etc.)
• Quita la rutina del trabajo agrícola, refuerza el uso de la inteligencia, la creatividad, genera un ambiente de trabajo mas agradable
Desde la perspectiva de la Vía Campesina?• Todo proceso de apoyo a la agroecología debe ser liderada por las
organizaciones de familias campesinas, pueblos indígenas, trabajadores agrícolas y agricultores familiares.
• En cuanto a la investigación y la extensión, los modelos “de campesino a campesino” y las escuelas campesinos son los mas efectivos.
• Debemos cerrar filas para defender la agroecología de la cooptación.• No a los mercados de carbono, no a las falsas soluciones al cambio climático.
No podemos permitir la perversión de la agroecología para tales fines.• La agroecología solo tiene sentido como parte de la construcción de la
soberanía alimentaria.• La agroecología y las semillas campesinas tienen que ir juntos, son
mutuamente dependientes.• No hay agroecología con transgénicos, no hay agroecología con el
agronegocio de la Transnacionales, etc.• La agroecología y la soberanía alimentaría requieren tanto de políticas
públicas como de la construcción desde abajo.• Etc…..
Somos todos Lee Kyun Hae!Os protestos contras as reuniões dos organismos multilaterais têm sido cada vez mais intensos e radicais, o que, por sua vez, leva o Estado a reprimi-los mais violentamente com o uso do aparato policial, criminalização de ativistas, judiciarização, etc... Em 10 de setembro de 2003, na cidade de Cancun, em virtude da realização da 5ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, em um protesto de milhares de camponeses que pretendiam bloquear esta reunião, o camponês coreano, Lee Kyun Hae, apunhalou-se, até a morte, sob palavras de ordem:
Memorial a Lee Kyun Hae durante a reunião ministerial da OMC, 2005, em Hong Kong.
“A OMC mata os camponeses”.
top related