módulo 1: psicologia - alto rendimento · atletas e ter muita atenção na formulação de...

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“… DA PLANIFICAÇÃO,

À OPERACIONALIZAÇÃO…”

Módulo 1: Psicologia

Alto Rendimento – 961923009 / 228331303 www.altorendimento.net – info@altorendimento.net

“PSICOLOGIA PARA NÃO PSICÓLOGOS”

… As Qualidades do Treinador / Metodólogo de Treino

Saber muito de técnica e tática é apenas uma condição

necessária mas não suficiente para se ser bom Treinador.

Ser bom Treinador é um conjunto de pequenas coisas e

comportamentos que vão sendo aprendidas através da

experiência e treinadas através duma formação adequada.

Um bom Treinador, não tem que ter sempre resposta e

situações para tudo. Ninguém, seja em que domínio

científico for, tem resposta para tudo. O Treinador eficaz é

aquele que está aberto a todas as opções possíveis de

forma a responder apropriadamente nas diferentes situações

e problemas com que se confronta a competição. Ao

reconhecer que não sabe tudo ou não conhece tudo, o

treinador está a ser verdadeiramente humano.

Nem sempre a disciplina férrea constitui sinónimo de coesão de

equipa. Não são os conflitos e os desacordos que podem destruir

as relações mas antes a incapacidade ou não de saber lidar com

eles de forma positiva e encorajadora.

Ter uma maior consciência acerca dos seus próprios

comportamentos. É necessário que os treinadores promovam

depois dos treinos e competições a avaliação e auto registos dos

seus próprios comportamentos e atitudes. Só assim poderão

melhorar e modificar os seus padrões de comportamentos.

Ter capacidade para a Tomada de Decisões no domínio do

treino, liderança, comunicação e na observação e qualificação de

jogo.

Ter um conhecimento multidisciplinar, exercido de forma

motivacional, estimulante e de responsabilidade partilhada.

Ser uma pessoa aberta e arguta, com fonte de conhecimento do

treino e do jogo a todos os níveis, ter uma intervenção formativa

junto dos jogadores e ser capaz de transmitir um ambiente de

confiança e mútuo respeito.

Ser capaz de incutir entusiasmo, empenhamento, cooperação,

entreajuda, determinação, lealdade, confiança, sinceridade,

honestidade e integridade – Estes são os traços de carácter que

estão na base da construção de uma equipa de sucesso.

Ter competência para avaliar a prestação de rendimento e

competitiva dos jogadores e reverter para a planificação do treino

as qualidades de uma rigorosa observação pedagógica.

Procurar uma formação contínua, baseada na investigação e na

experimentação, numa constante busca do saber: “O

conhecimento científico nasce da dúvida e alimenta-se da

incerteza.” Sérgio, M.

Deve ter a capacidade para refletir, antecipar, planificar, avaliar e

decidir no momento da construção de uma boa estratégia para o êxito.

Deve procurar desenvolver rotinas de treinabilidade operacionais para

o sucesso.

Possuir um registo de competências exercidas suscetíveis de promover

uma autoavaliação contínua (Diário de Bordo/Dossier do Treinador).

Deve ser capaz de transmitir respeito, ponderação, clareza,

competência, influência, autonomia e reconhecimento, criando um clima

de sucesso.

O Treinador deve ser um gestor de recursos e estratégias, estabelecer

normas internas na equipa, costumes e tradições que reforcem os

princípios do desportivismo, fomentar a reflexão e ter uma atitude

equilibrada face ao sucesso - insucesso - nas vitórias e nas derrotas.

Filosofia do Treinador de Jovens

Ganhar não é tudo, nem é o mais importante.

Deve-se ensinar aos jovens que o êxito consiste em lutar ao

máximo para conseguir a vitória.

Formular objetivos de rendimento por oposição aos

objetivos de resultado.

Estabelecer objetivos difíceis e desafiadores mas realistas.

Procurar sempre a formulação de objetivos positivos.

Criar ambientes de prática adequada.

Ser paciente e tolerante para com os erros e para com as

dificuldades de aprendizagem.

Transmitir o gosto pelo treino e pelo jogo baseado numaaprendizagem e aperfeiçoamento contínuo.

O valor pessoal de um atleta não é determinado pelos resultados doque fez, mas por aquilo que é.

A avaliação contínua é fundamental.

Deixar lugar ao espaço ou tempo para o “divertimento” nos treinos.

Evitar as instruções de forma hostil ou primitiva mas sempreencorajadora.

Nem sempre o fracasso é sinónimo de derrota como o êxito ésinónimo de vitória.

Tornar os treinos motivantes, criativos e organizados.

Fazer de cada jogo uma base de trabalho para a construção de

uma planificação de treino devidamente adequada.

Ter preponderância para uma preparação multilateral nas

primeiras fases da aquisição do conhecimento.

Ter a preocupação de adequar o treino à idade biológica dos seus

atletas e ter muita atenção na formulação de atitudes que não

promovam uma especialização precoce.

Privilegiar o desenvolvimento das competências do jogo (técnico,

tático, fisiológico e psicológico de uma forma harmoniosa e

equilibrada.

Ser um educador/ amigo/ motivador/ conselheiro – Um Modelo de

Comportamento, segundo o qual permita corrigir sem ofender e

orientar sem humilhar.

O desejo de vencer nasce com quase todos nós.

A vontade de vencer é uma questão de treino.

A maneira de vencer é uma questão de honra

“ Se constróis castelos no ar, o teu trabalho não é em

vão, é aí que devem ser construídos os castelos.

Agora, trabalha e arranja o cimento e o ferro para

os sustentar ”

–Henry Thoreau (A força do optimismo)

Nova Visão Global do

Treino Desportivo

Treino Desportivo

Leis Próprias

TerminologiaPrópria

Área deInvestigação

MetodologiaPrópria

Treino Competição Jogadores EquipaTécnica Colaboração

outros especialistas

Formação Profissional

Treinador

Gestor Operacional para Rendimento

CapacidadeTécnica

Força

QUADRO DE COMPETÊNCIAS PARA O JOGO

Motivação Resistência

Velocidade

Autoconfiança

AgilidadeFormulaçãode objetivos

Coesão

CapacidadeTática

Liderança

Atenção

DAS COMPETÊNCIAS QUE VIMOS, IREMOS ABORDAR AS SEGUINTES:

ATENÇÃO

AUTOCONFIANÇA

FORMULAÇÃO DE objetivos

COESÃO

LIDERANÇA

MOTIVAÇÃO

COMPETÊNCIAS ATENCIONAIS

REGULAÇÃO DO FOCO ATENCIONAL

Amplitude

Orientação

Regulação do foco atencional – pode estar orientadopara dentro ou para fora, cuja amplitude pode tambémser mais ou menos ampla

Se a atenção for realizada para o exterior deverá serestudada a ordem ás diferentes pistas. Se for realizadainternamente, a importância para pensamentos positivos.

Pistas

relevantes

para a

selectividade

da atenção

Associar as técnicas do controlo respiratórioe do relaxamento muscular

Separar as tarefas ao nível da concentraçãomáxima

Procurar isolar o atleta dos elementosdistratores

Ver tempos de jogo – bola fora... Ass.médica... – relaxar, auto conversação, sentir o corpo

- PALAVRA CHAVE.

A imaginação ou a visualização mental é dasmelhores técnicas para aperfeiçoamento dascapacidades atencionais.

Visualizar imagens de sucesso ou vitória –permite uma elevada promoção dos níveis de autoconfiança

ROTINAS PREPARATÓRIAS

O estabelecimento individualizado de rotinas conduz a um maiorcontrolo atencional e facilita um mais prefeito automatismo do gestotécnico

Exemplos : Marcação de livre / Penalty

A

1 – fazer inspiração / expiração profunda

2 – selecionar zona para a qual bola deverá entrar e forma de remate

3 – imaginar êxito no resultado

4 – concentrar-se no alvo

5 – executar com confiança

Sabe-se que numa grande penalidade para o guarda-redes ter possibilidade

de defesa, este terá de se antecipar sempre ao movimento da bola, pois,

sabendo-se que a bola pode sair a uma velocidade de 20,88 a 27,77 metros por

segundo, ou seja, a cerca de 120 km/h, a mesma leva 400 a 600 milissegundos a

chegar à baliza. Ora a velocidade de deslocação de um guarda-redes, a uma

média de 4 metros por segundo, faz com que demore cerca de 900 milissegundos

para alcançar um dos postes. O guarda-redes precisava de ter uma velocidade de

7,7 metros por segundo para impedir que a bola ultrapasse esta distancia entre

ele e o poste.

Claro que outro tipo de leitura como a amplitude do braço contrário ao pé de

remate, a posição da anca e a distância do pé de apoio ao chutar, pode indicar

uma elevada percentagem para que lado a bola se dirige, tendo assim mais

oportunidade de defesa.

B

Imaginar uma desmarcarão em direcção á baliza – estás á entrada da

área, ao teu lado está um defensor em marcação directa ; no momento

em que o médio centro faz recepção de bola, arrancas em direcção á

baliza. O médio centro coloca a bola rápida á tua frente ... Ganhaste

vantagem sobre o defesa ... Enquadras-te com a bola e ficas isolado frente

ao g.redes. Remataste forte, com a parte interna do pé direito para o lado

direito do g.redes. A bola entra na baliza, batendo na rede lateral interna.

Golo.

VÍDEO

CLASSIFICA A CLAREZA E INTENSIDADE DAS IMAGENS

• Clareza e intensidade geral 1 2 3 4 5

• Clareza e intensidade Visual 1 2 3 4 5

• Clareza e intensidade Auditiva 1 2 3 4 5

• Clareza e intensidade Quinestésia 1 2 3 4 5

• Clareza e intensidade Emocional 1 2 3 4 5

Comentários

__________________________________________________________________________________________________________

TREINOS SIMULADOS

•Simular durante os treinos as mesmas situações de fadiga,pressão, engenharia ambiental... Manipulando as situações...induzidas progressivamente e verificar um continuo e bomdesempenho.

Ex: marcação de pénaltis / pressão publico / baruhos /perturbação de diversas ordens, etc.

“A imaginação é mais importante que o conhecimento”

Albert Einstein

ATENÇÃO

FOCAGEM

ATENCIONAL

Avaliar

Analisar

Preparar

Executar

VISUALIZAÇÃO MENTALTécnica para apuramento

dos altos níveis

de concentração

TREINO DE ROTINAS PREPARATÓRIAS

para impedir fenómenos

de distractibilidade de pistas

irrelevantes(público… adversário, etc.)

TREINO SIMULADO(familiarização com os

acontecimentos… prevendo

o possível)

AUTOCONFIANÇA

MODELO MILLER (1991)

“Nada promove melhor o sucesso que o sucesso” (treinar de formaprogressiva o grau de dificuldade)

Aprender através da auto observação (vídeo)

Compreender o “peso” positivo e negativo da persuasão verbal (nãobasta dizer “tu és capaz!” se não o fizer acompanhar de reforços deexperiências vividas de sucesso)

Desenvolver um inventário pessoal de autoconfiança (analisando econtrolando o seu discurso interno em função da situação e domomento desportivo)

Recorrer à frequente utilização de afirmações positivas (“eu estou calmo econcentrado” em vez de “eu não vou falhar”)

Atribuir importância aos fatores de sucesso (entrega ao trabalho, àcapacidade de auto-controle, concentração e motivação para a tarefa)

Utilizar estratégias de autoavaliação do estado fisiológico ou emocional (asvariações do ritmo cardíaco, sudação abundante, tremuras, escala deperceção de esforço, etc.)

Preparação adequada para render sempre o máximo (se falhar – mesmodando o máximo – o estado de autoconfiança não ficará abalado)

Promover a auto-recompensa (reforço positivo quando atinge umobjectivo pessoal de rendimento – “incentivando o ego”)

Avaliar estados de rendimento (comparação com prestaçõesanteriores)

Utilizar o treino de imaginação e visualização mental (treinandomentalmente as execuções perfeitas e bem sucedidas)

Demonstrar autoconfiança (crença das suas capacidades, sabendodistinguir “o que se é” do que “se gostaria de ser”)

… Algumas observações

Os treinadores, os pais, os colegas de equipa e outras pessoas significativaspara o jogador (cônjuges, namoradas…) constituem importantes fontes depromoção de autoconfiança, reforço e encorajamento para a conquista dosobjetivos pretendidos.

Os atletas confiantes estão bem preparados para responderemadequadamente às exigências da modalidade.

Os atletas confiantes têm uma experiência significativa com a situação dacompetição… treinando antecipadamente (simulando) as condições dacompetição (técnicas, tácticas, “físicas”, psicológicas, ambientais…), desde otreino à preparação para o jogo, para entrar no jogo de forma… “inteira”.

Os jogadores confiantes têm objetivos específicos para cada competição…

Os atletas confiantes têm objetivos específicos para cada competição…

- Sendo específicos e não gerais…

- Sendo exigentes mas não impossíveis…

- Sendo realistas e não irreais…

É frequente ouvir-se

“concentra-te!” – “através de que forma?”

“não percas a bola!” – “então o que faço?”

“marca o adversário!” – “como o devo fazer?”

Um objetivo bem orientado fornece uma direção clara e inequívoca das estratégias para alcançar opretendido.

Os atletas confiantes têm estratégias específicas de competição…

- O conhecimento de rotinas de “aquecimento”…

- O relaxamento e visualização mental…

- A preparação/gestão da competição em função do adversário…

Os atletas confiantes sabem integrar positivamente as experiências

de competição… aproveitando o período pós competitivo para

reflexão crítica (saudável) da análise dos acontecimentos (feedback

– jogo – treino – jogo)…

“Autoconfiança é o primeiro segredo para

se atingir o sucesso”

Ralph Waldo Emerson

AUTO-CONFIANÇA

Analisar estados de rendimento

Nada promove o sucesso,melhor que o sucesso

Aprender através daAuto-observação

Compreender o “peso” daPersuasão verbal

Desenvolver um incrementonormal da autoconfiança

Recorrer à frequente utilizaçãode afirmações positivas

Preparação adequadapara render

sempre o máximo

FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS

Em geral costumamos evitar os desafios, as metas, pois estes criam em nós

aborrecimento ( “mais do mesmo” ) ou, em muitas ocasiões, ansiedade (

porque são os treinadores que tentam definir os desafios, e alcança-los parece

impossível para os jogadores ). Só quando também considerarmos o desafio

realista, mesmo este sendo ambicioso e conseguir emocionar-nos a ponto de

elevar as nossas capacidades, estaremos mais perto de os conquistar.

QUE METAS DEVO DEFINIR?

Antecipar obstáculos e fontes de ajuda para conseguir alcança-los.

Definição de marcos mensais, tão concretos quanto for possível, paracumprir esses objetivos.

No fundo… é criar Motivações

O ÊXITO PRECISA DE SER DEFINIDO… NÃO SE IMPROVISA.

Transforme essas metas gerais, abstractas, em objetivos mensuráveis,alcançáveis, desafiadores, temporais e específicos.

ESTRATÉGIAS OPERACIONAIS…

Exemplos de GRUPO:

Curto Prazo ( Conjunto de 2 a 5 jogos ) Médio Prazo ( Pontos a atingir numa 1º volta do campeonato ) Longo Prazo ( deve ser estabelecido em grupo após a concretização dos

objetivos a curto e médio prazo… no entanto o treinador deve ter com eleum documento com esses objetivos de longo prazo ).

Específicos ( nº de golos sofridos e marcados e de que forma, tudo que sejamensurável no jogo pode servir como estratégia para estabelecer essesobjetivos ).

ATRIBUIÇÃO DE RECOMPESAS NA CONCRETIZAÇÃO DESSES objetivos

FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS( Documento )

FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS

Objetivos de Rendimento- Mensuráveis- Desafiadores- Específicos- Temporais

Objetivos de Resultado- Gerais- Abstratos

COESÃO

“Eu não quero relações especiais com nenhum dos jogadores.

Odeio falar de indivíduos. Os jogadores não vencem troféus. As

equipas vencem troféus, os plantéis vencem troféus.”

José Mourinho, Junho de 2004 .

Uma equipa é um pouco diferente de um conjunto de indivíduos… por isso as

qualidades que se podem trabalhar num desporto individual nada têm que ver

com as qualidades que funcionam num desporto coletivo, como o futebol.

Identidade colectiva que partilham objetivos comuns com

compromisso e credibilidade.

EQUIPA

COESÃO

Processo dinâmico que se reflecte na tendência para que todos

os membros do grupo permaneçam unidos na conquista dos

seus compromissos.

Implicações Práticas para a Promoção do Ambiente de Grupo e de Coesão

SEGUINDO UMA ORIENTAÇÃO DE (CARRON, 1984; WEINBERG & GOULD, 1995)

APRESENTAMOS ALGUMAS LINHAS DE ORIENTAÇÃO PRÁTICA NA PROMOÇÃO DA

COESÃO.

A explicação clara de cada elemento no sucesso da equipa (troca deposições específicas no treino).

Desenvolver o orgulho no cumprimento da tarefa (equipa no seu todo).

Formular objetivos de rendimento desafiadores e progressivos deconquista (positivos, específicos, realistas).

Encorajar e promover a identidade da equipa (equipamento, convíviosperiódicos…).

Evitar a planificação de competições com elevado grau de dificuldade noinício da época (ausência de sucesso reduz a coesão).

Evitar a formação de “grupinhos” (rotação na formação das mesas).

Evitar excessivas contratações de jogadores de época para época (clima de incerteza em relação à longevidade do grupo).

Promover ao longo da época estágio de concentração (juntar a “família” –equipa toda para convívio diário).

Permanecer atento ao que se passa no interior do grupo dos jogadores (“chamar” jogadores de mais estatuto).

Empenhar-se por conhecer a vida pessoal de cada jogador fora do clube (interesse e apoio).

Encorajar de forma equilibrada a competição e a rivalidade (saudável) no interior da equipa.

“ Sem organização não há regras;

… sem regras não há disciplina;

… sem disciplina não há resultados;

… e sem resultados – NÃO HÁ SUCESSO!”

COESÃO

Evitar excessivas contratações de

época para época

Explicação fundamentada dos

papéis de cada elemento no

desempenho global

Evitar no planeamento,

competição excessiva no

início de época

Desenvolvimento do orgulho na

identidade do grupo e seu

encorajamento pela diferença

Promover encontros

periódicos no decorrer da época

Formulação de objetivos

desafiadores de conquista

Esforçar-se por conhecer e ir mais

além no conhecimento da vida pessoal de

cada atleta

Evitar a formação de grupos no

interior da equipa

LIDERANÇA

Nos dias de hoje são poucas as atividades em que “tantos sesujeitam às ordens de tão poucos”

A autoridade do treinador para quem submete às orientaçõestécnicas, táticas, estratégicas, etc., o jovem ou o menos jovem e oadulto na prática da modalidade… por vezes a influência dotreinador ultrapassa o contexto desportivo… e passam a ser osconselheiros... Os amigos mais próximos… e por vezes não têmsequer consciência clara de como podem afetar os atletas!

I – DIMENSÃO DA ESCALA DE LIDERANÇA

Comportamento de Instrução e Treino / Função – melhorar o rendimento dos atletas

ensinando-lhes as competências técnicas, tácticas, etc...

Comportamento Democrático / Treinador que permite uma maior participação dos

atletas nas decisões.

Comportamento Autoritário / Treinador que dá sempre preferência à sua autoridade

pessoal.

Comportamento de Apoio Social /Caracterizado pela preocupação com o bem-estar

dos atletas, fornecendo-lhes as melhores relações interpessoais.

Comportamento Recompensador / Treinador que reforça um atleta, reconhecendo-o

pela sua dedicação e esforço.

VISIONÁRIO

Um líder visionário têm uma abordagem do tipo

“Venham comigo/ sigam-me”

CONSELHEIRO

Numa frase este estilo corresponde a “tentem fazer isto”.

Estilo adequado para auxiliar e motivar os colaboradores a ser

mais eficientes, melhorando as suas aptidões e competências

de longo prazo.

RELACIONAL

Estilo adequado para resolver conflitos na organização, flexível para motivar os

colaboradores em períodos difíceis e para melhorar os relacionamentos.

“Pessoas vêm primeiro”

DEMOCRÁTICO

Estilo adequado para conseguir adesão ou consenso e obter contributo dos

colaboradores – liberdade de expressão.

AUTOCRÁTICO

Estilo adequado para levar uma equipa competente e motivada a produzir

resultados de elevada qualidade pois exige elevados padrões de desempenho

“Façam o que vos digo” / “ Faça como eu, agora”.

DIRIGISTA

Estilo adequado a situações de crise, para desencadear uma reviravolta na

situação ou quando existam colaboradores problemáticos. É uma abordagem do

tipo:

“Façam o que eu lhes digo”.

Observações:

À medida que os atletas vão ficando mais experientes, vão preferindocomportamentos autocráticos.

Atletas masculinos preferem comportamentos mais autocráticos do que osatletas femininos.

À medida da evolução da carreira e da idade, também aumenta o desejo deapoio social por parte do treinador.

Os atletas com melhores níveis de rendimento e sucesso parecem preferir –estilo democrático por parte do Treinador.

II – A Eficácia da Liderança em Contextos Desportivos

Qualidades dos Líderes Eficazes – inteligência, empatia, motivação intrínseca,flexibilidade, ambição, autoconfiança e otimismo.

Estilo de Liderança – um treinador não tem que ser necessariamente totalmentedemocrático ou autoritário. O desafio consiste numa adaptação às circunstânciasdetetadas.

Fatores Situacionais – ter em atenção o tipo de desporto praticado, o tempodisponível para o treino, o número de assistentes e a tradição e ambições doclube.

Características dos Jogadores – considerando a aptidão e o nível de capacidades,o sexo, o escalão e a idade, a experiência competitiva, nacionalidade, etc...

A competência, capacidade e experiência técnica e científica do Treinador,conjuntamente com as suas competências de relação interpessoal constituem amistura mágica para o espírito ou coesão de uma equipa.

Aspetos Fundamentais da Relação Interpessoal Treinador/Jogador

As mensagens devem ser diretas… ninguém gosta de saber por outro…

Assumir pessoalmente o que se pretende dizer… quando divulgar a sua

mensagem, faça-o na “1ª pessoa” (eu penso ou eu acho que)…

A mensagem deve ser clara e sem “duplo” sentido ou significado… és um bom

atleta, mas este não é um jogo para ti…

Afirmar claramente as suas necessidades e sentimentos… expressar os nossos

sentimentos e emoções ajuda a aprofundar as relações…

As mensagens devem separar e distinguir os factos das opiniões… não dirija

mensagens do tipo “constou-me que”… “chegou-me aos ouvidos que”…

Envie uma (e só uma) mensagem de cada vez… uma coisa de cada vez… evite

saltar de uma coisa para outra completamente diferente…

Envie as suas mensagens imediatamente… não adie a sua intervenção…

As mensagens não devem conter “segundas intenções”… aquilo que se diz deve

ser idêntico aquilo que realmente se quer dizer…

As suas mensagens devem conter algum apoio… mensagens que transmitam

algum apoio da sua parte… não de uma forma sarcástica ou ameaçadora…

As suas mensagens verbais e não verbais não devem ser incongruentes… quando o seu comportamento verbal (ex: palavras, afirmações) não é congruente com o não verbal (ex: gestos, expressões faciais) a sua credibilidade como comunicador é afectada…

Comunicações sintonizadas com a FORMULAÇÃO DE objetivos: Positivos… ajuda os jogadores a centrarem-se naquilo que querem atingir e não naquilo que querem evitar…

Específicos, desafiadores mas realistas… produzem melhor rendimento…

Objetivos quase impossíveis de ultrapassar… as expectativas de sucesso ficarão extremamente reduzidas…

… Mas… nem sempre aquilo que se diz é o que se pensa… às vezes mais vale escutar o

coração…

Técnicas e Práticas de Aplicação a Jogadores/Problema

Comunicação baseada na seriedade e otimismo.

Metodologia de treino do conhecimento do atleta.

Uso de competências psicológicas (visualizaçãomental e relaxamento).

Preparar o jogador para enfrentar e ultrapassarfatores imprevisíveis.

Grande apoio e ajuda emocional.

Exemplos:

“Boa Jogada”

Aspectos a considerar: reforço… deixar perceber como aprecia e valoriza os resultados…

Aspectos a rejeitar: considerar que o esforço prestado é apenas a sua obrigação…

“Erros / Falhanços”

Aspectos a considerar: encorajar imediatamente após o erro… valorizar o esforço prestado…

Aspectos a rejeitar: punir… substituir… gestos agressivos… dar instruções sarcásticas… “gozar”…

Reações face aos comportamentos dos atletas e às situações de competição

BOA JOGADA

Fazer – reforçar imediatamente. Deixar que eles saibam como aprecia tanto o seuesforço, como o resultado.

Não fazer – considerar que o esforço máximo dos atletas é um “dado adquirido”e “uma obrigação”.

ERROS/FALHANÇOS

Fazer – encorajar imediatamente após os erros cometidos. É nestas alturas queeles precisam de mais apoio. Dar também de uma forma encorajadora, instruções paracorrigir o que esteve mal, dizendo-lhes as coisas boas para a melhoria.

Não fazer – punir ou castigar quando as coisas correm mal ou menos bem. Apunição não é a substituição do atleta, pode ser também a punição não verbal que traráconsequências trágicas.

COMPORTAMENTOS INADEQUADOS / FALTA DE ATENÇÃO

Fazer – manter a ordem estabelecendo expectativas claras… todos os

jogadores atletas (mesmo os que estão no banco) fazem parte de uma e sóequipa.

Não fazer – ameaçar constantemente os atletas como forma de prevenir

comportamentos de indisciplina. Se o atleta recusar cooperar, perceba que odeverá retirar (calmamente) da equipa por algum tempo. Não recorrer amedidas físicas correctivas. Estabelecer desde o início normas e regrascomportamentais bem definidas, porque o objectivo é sempre ajudar os atletasa melhorarem as suas capacidades.

Aspetos Fundamentais da Relação Interpessoal Treinador/Jogador (jovens)

Deve-se ensinar aos jovens que o êxito consiste em lutar ao máximo paraconseguir a vitória.

Formular objetivos de rendimento por oposição aos objetivos de resultado… omelhor jogo da nossa vida que acaba numa derrota pode gerar satisfação se se melhorar opadrão pessoal de rendimento… um fraco rendimento num jogo que termina com vitóriapode gerar insatisfação se não se render aquilo que era solicitado…

A avaliação contínua é fundamental. Quando se pretendem melhorias no

rendimento, torna-se essencial o feedback avaliativo… aquilo que ele é atualmentecomparado com aquilo que ele pode ser no futuro…

Evitar instruções de forma hostil ou primitiva mas sempre encorajadora… não valesnada… não marcas golo de baliza aberta… um jogador se sabe como errou, dar-lhe ânimo é suficientepara a correção…

Ter em atenção que nem sempre o fracasso é sinónimo de derrota como o êxito é sinónimo de vitória …

“A liderança é uma poderosa combinação de estratégia

e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja a

estratégia”

Norman Schwarzkopf

LIDERANÇA

Qualidades dos líderes eficazes

Autoconfiança

Inteligência Motivação intrínseca

Empatia Ambição

Otimismo

MOTIVAÇÃO

… DEFINIÇÃO

Cruz (1996), refere a motivação como um conjunto de mecanismosinternos e estímulos externos que activam e orientam ocomportamento, já que um indivíduo pode ter como fonte das suasacções razões (motivações) intrínsecas e extrínsecas.

O mesmo autor refere que as pessoas estão motivadasintrinsecamente quando participam numa determinada atividadepara aprenderem novas competências, sem receber qualquerrecompensa externa. Participam apenas pelo divertimento e peloprazer que a atividade lhes proporciona.

Por outro lado, a motivação extrínseca implica a presençade reforço externo (prémio, dinheiro, recompensa, etc) e, seeste tipo de reforço deixa de existir, o interesse e/oucontinuidade das pessoas na actividade é posta em risco.

Concluindo: a motivação intrínseca é determinada pelointeresse do indivíduo na actividade, enquanto a motivaçãoextrínseca é fortemente determinada pelos reforçosexternos associados, normalmente, aos resultados.

… Definição

“O rendimento ótimo tem muitas vezes como 1.º obstáculo

a incapacidade do atleta ultrapassar o seu próprio receio

para enfrentar a competição... por vezes existe uma

diferença abismal em participações excelentes no treino

com performances verdadeiramente chocantes nas

competições realizadas... é como se tudo fosse

desaprendido ou esquecido...” (Buceta, 1996)

“Naturalmente que o físico é a parte mais visível de um

desaire. Mas não tenha o leitor ilusão: o que dita se

corremos mais ou menos, se estamos mais ou menos

disponíveis para a luta, não é o músculo nem o pulmão; é

a cabeça, a motivação, o estado de espírito” O Cérebro e

o Músculo, Rui Costa (Record, 8 Maio 2001)

MOTIVAÇÃO NO TREINO

Adesão é fundamental

Máximo aproveitamento do tempo de treino

Evitar o comodismo/conformismo

Controlar e superar as dificuldades

87

Preparação da competição

Nível de ativação ótimo

Controlo e superação de dificuldades

Busca permanente do melhor resultado

EXCESSO DE MOTIVAÇÃO

Precipitação

Maior agressividade

Perda da perspectiva

Stress

88

MOTIVAÇÃO NO TREINO

FALTA DE INTERESSE

GLOBAL: prioridade ao desporto, renunciar a algumascoisas, treinar todos os dias

ESPECÍFICO: não motivado para uma competiçãoconcreta, para uma tarefa...

89

TRABALHAR A FALTA DE INTERESSE

Estabelecimento de objetivos

objetivos de resultado com alguma dificuldade,

suficientemente fortes para despertar o interesse do

desportista

Modelos a imitar

Desportistas que obtêm grandes êxitos

Tentar que se sintam identificados90

FALTA DE AUTO-CONFIANÇA

Interessa-se mas não tem confiança em si

Se melhorar a auto-confiança, melhora a motivação

Ter como modelos desportistas que lhe são próximos

(nível e características)

Aplicar objetivos de realização que perceba que pode

alcançar

91

DESÂNIMO

Normalmente é resultado de maus treinos oucompetições

Pode não implicar falta de interesse ou auto-confiança

Algumas estratégias:

Deixar passar algum tempo;

Se possível, recuperar o que foi perdido;

Procurar/encontrar novos incentivos.

92

ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS

Trabalhar com objetivos:

A curto , médio e longo prazo;

Flexíveis;

Compatíveis;

Limites de tempo (fixação de datas);

objetivos específicos, não gerais

93

Máximo Empenhamento – Máximo Rendimento

SUCESSO

Sonhar com o Futuro

“Ganhar uma partida é ganhar 30% do jogo seguinte”

(Valdano, J. 1999)

Na próxima tarefa acredito que estarei bem!

Tenho vontade que chegue o momento

Sinto-me forte e convencido

Sinto-me motivado/o líder demonstra-me

confiança

Faço um bom trabalho/tenho bom

rendimento no futuro

Penso que tudo pode sair bem

Acredito em mim/os outros confiam nas minhas capacidades

Minhas sensações positivas reforçam sentimento inicial

SENTIMENTO DE BASE POSITIVO

Fraco Empenhamento – Fraco Rendimento

INSUCESSO

O Futuro como Pesadelo

“Perder uma partida é perder 30% do jogo seguinte”

(Valdano, J. 1999)

Os nervos e a angústia fazem-me sentir

cansado

Minhas sensações negativas reforçam sentimento inicial

Não sei se serei escolhido para realizar a próxima

tarefaPenso que qualquer esforço será em vão

Tenho medo de falhar

Sinto que o líder me vai afastar

Não dou o meu melhor

Penso que tudo me pode sair mal

SENTIMENTO DE BASE NEGATIVO

“Conhece-te a ti mesmo e aos teus jogadores”(Roy Hodgson)

“A competência não se mede pela atividade física no banco, maspela agilidade mental, a qualidade do treino e a capacidade deliderança”

(Rui Águas)

“Os seres humanos sob pressão são maravilhosamente imprevisíveis– quando colocados numa “arena ou estádio” e as suas esperançase medos são expostos em frente de milhares de observadores, elessão capazes de fazer coisas extraordinárias”

(Patmore)

MOTIVAÇÃO

Capacidade

Alta

Baixa

MotivaçãoDemasiado AltaDemasiado

Baixa Óptima

MOTIVAÇÃO

ALGUMAS ESTRATÉGIAS PARA OBTENÇÃO DO ÊXITO

1. Procurar dar sempre o máximo desempenho nas funçõesque lhe são requeridas.

Obs.: Se jogar contra os campeões é altamentemotivante, jogar contra equipas de menor nível, (teórico)não poder ser relaxante.

Obs.: A franca possibilidade para vencer e aincompetência para o fazer são males do mesmotamanho.

2. Conhecer-se e si próprio de forma “inteira”.

Obs.: Atribuir importâncias aos fatores de sucesso

Obs.: Recorrer à auto-observação comregistos/inventários de competência

3. Formular objetivos desafiadores e progressivos deconquista

Obs.: Positivos …/realistas/ou… “impossíveis”

4. Capacidade de congregar um estatuto de liderança no desempenho

Obs.: InteligênciaEmpatiaMotivação intrínsecaAmbiçãoAutoconfiançaOptimismo

Instrumento de Avaliação - ICPD( Documento )

Resultados- ICPD( Documento )

“Há uma força mais poderosa que o vapor, a

eletricidade e a energia atômica: a vontade”

Albert Einstein

Motivação

Intrínseca Extrínseca

Conhecer quais as motivações que melhor se adequam ao máximo rendimento

O TREINO DAS COMPETÊNCIAS PSICOLÓGICAS

Uma das grandes dúvidas de um treinador de hoje ésaber como pode ir mais além na motivação dos seusjogadores… como é possível tornar o grupoimpermeável a pressões que chegam de fora, comoajudar o jogador a ter mais confiança em si próprio, ater menos medo dos momentos decisivos… comoconseguir alta competência a elevadíssimos níveis depressão psicológica…

(Artur Jorge, 1987).

TREINO

ATENÇÃO

CONTROLE DE

STRESS E

ANSIEDADE

AUTO-CONFIANÇA

VISUALIZAÇÃO

MENTAL

CONCENTRAÇÃO

IMAGINAÇÃO

STRESS E ANSIEDADE

1.

Stress e Ansiedade constituem uma preocupação para quem de algum modo estáenvolvido na competição desportiva.

Os fatores emocionais e motivacionais um desafio para que se atinjam altos níveisde rendimento ou elementos causadores de efeitos debilitativos impossíveis detranspor.

POTENCIAIS FONTES DE STRESS

Comportamento dos espectadores

Incerteza acerca da titularidade

Conflito com treinadores, atletas, dirigentes

Preocupação de lesões

Medo de falhar (jovens)

Exposição pública da tarefa (jovens)

2.

Martens (1977) definiu a ansiedade competitiva como fenómeno quedescreve diferenças entre atletas perante a competição gerando-sesituações ameaçadoras.

Quando a competição é percebida como importante e a incerteza émáxima, aumenta a percepção de ameaça.

Alguns treinadores na reunião preparatória procuram promover aprobabilidade de sucesso.

Maximizar as fraquezas do adversário

Valorizar as próprias potencialidades

3.UM MODELO CONCEPTUAL (GLOBAL) DE STRESS COMPETITIVO

1ª componente

Situação entre as exigências ambientais (podem ser internas ou externas) e os recursos pessoais e capacidades de resposta

2ª componente

Avaliação das exigênciasAvaliação dos recursos para lidar com as exigênciasAvaliação das consequências se as exigências não forem correspondidasSignificado que as consequências têm para o atleta

3ª componente

Refere-se às respostas fisiológicas

ÚLTIMA COMPONENTE REFERE-SE AOS COMPORTAMENTOS

fatores da personalidade e motivacionais

Respostas fisiológicas

Situação:

Recurso/exigências

Comportamentos de

confronto e

orientados para a

tarefa

Avaliação cognitiva:

-das exigências

-dos recursos

-das consequências

-do “significado’’

das consequências

Modelo conceptual de “stress” (adaptado de Smith, 1985)

4.O STRESS COMO “ARMA” NO DESPORTO

Estratégias que visem causar stress, ansiedade e máximos níveis dedepressão nos árbitros e nos adversários

Levar os outros a cometer o maior número de erros (baseado no aumentodos níveis de stress e ansiedade ou “nervosismo”, diminuindo a suaautoconfiança, quebra de concentração e rendimento.

Declarações bombásticas“Bluffs” de ordem técnica e tácticaEstratégias “sociais” (incendiando o ambiente no estádio)Pressão verbal e não verbal

É no entanto uma “faca de dois gumes” pois pode ter efeitos contráriosaos pretendidos

INVENTÁRIO DE COMPETÊNCIAS DE CONFRONTO NO DESPORTO (I.C.C.D.)

Preocupação com a performance

Incerteza quanto à titularidade

Expectativas…

Medo de falhar (perder)

Auto-estima…

Culpa…

Estado “físico” (momento de forma)

Comportamento dos espectadores

Exigências do treinador

Pensar no adversário

Não receber a bola quando em boa posição

Os colegas não ajudarem

FONTES DE STRESS E ANSIEDADE

DISCURSO INTERNO

Otimismo

Motivação

Este tipo de lesão requer uma recuperação

mais longa

Dificuldade na

recuperação de uma

lesão

Aumento da

concentração e do

controlo dos movimentos

Focaliza a atenção na bola.

O jogo ainda não acabou.

Falhar oportunidade de

golo

RespostaDiscurso Interno PositivoAcontecimento

Desmotivação,

frustração, pouca

persistência

Nunca mais vou atingir a forma que tinha

antes

Dificuldade na

recuperação de uma

lesão

Mais irritação, desânimo

Grande aumento de

tensão muscular

Sou um idiota – vou ficar marcado até ao fim

do jogo

Falhar oportunidade de

golo

RespostaDiscurso Interno NegativoAcontecimento

ESCALA DA ANSIEDADE NO DESPORTO (E.A.D.) E INVENTÁRIO DE FONTES E FATORES QUE PODEM SER GERADORES DE “STRESS” E

PRESSÃO PSICOLÓGICA NOS ATLETAS

RESULTADOS

3 jogadores reagiam negativamente à crítica do treinador.

8 jogadores não estabeleciam como dado importante a formulação de objetivos.

8 jogadores apresentavam problemas de autoconfiança.

Todos os jogadores sofriam um estado pré-competitivo de elevados níveis de ansiedade.

Todos os jogadores apresentavam sinais de perturbações perante as alterações de “engenharia ambiental”.

8 jogadores tinham condutas inadequadas perante o considerado erro de arbitragem desfavorável para a sua equipa.

Procedeu-se à análise da situação, associou-se à metodologia de treino as competências adequadas a cada caso e… esta equipa sagrou-se…

CAMPEÃ EUROPEIA!

AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES E DAS COMPETÊNCIAS PSICOLÓGICAS DOS

ATLETAS

Controlo da ansiedade

-“Fico mais tenso antes de competir que durante a competição”;

Concentração

-“Muitas vezes tenho problemas de concentração durante a competição”;

Auto-confiança

-“Tenho muita confiança nas minhas capacidades atléticas”;

Preparação mental

-“Muitas vezes momentos antes da competição treino mentalmente o que vou fazer”

Motivação

-“Vencer é muito importante para mim”;

Espírito de equipa

-“Dou-me muito bem com os outros elementos da equipa”.

PSIS – “Psychological Skills Inventory for Sporty-Form R-5” (Mahoney, Gabriel & Perkins, 1987)

Rendimento máximo sobre pressão

- (sob pressão atinjo bons níveis de rendimento)

Ausência de preocupações

- (não me preocupo com os erros cometidos nem com aquilo que os outros pensam se errar)

Confronto com a adversidade

- (se as coisas não correrem bem, permaneço positivo e entusiasmado, recuperando facilmente de errose falhas)

Concentração

- (dificilmente me distraio, quer nos treinos, quer nas competições)

Formulação de objetivos e preparação mental

- (trabalho para atingir objetivos concretos, preparando-me mentalmente para o jogo)

Confiança e motivação

- (trabalho sempre para melhorar e dar sempre o máximo quer no treino quer na competição)

Disponibilidade para a aprendizagem a partir do treino

- (sempre aberto à aprendizagem aceitando a crítica de forma positiva e construtiva)

Os atletas têm necessidades únicas que podem influenciar o seu

rendimento de acordo com as exigências da modalidade em

questão.

É PRECISO CONHECÊ-LAS

A Implementação de um Programa

de Treino de Competências

Psicológicas

QUEM? QUANDO? COMO? PORQUÊ?

QUADRO REPRESENTATIVO DE NECESSIDADES NUM JOGADOR DE FUTEBOL

• Forte ambição e desejo de ser bem sucedido

• Confiança na capacidade pessoal de ser bem sucedido

• Capacidade para relaxar durante os jogos

• Confiança na sua capacidade de bom relacionamento interpessoal com os treinadores e colegas de equipa

• Boa forma “ Total “ ( em todas as dimensões )

Pontos Fortes

• Esquecer os erros cometidos

• Manter a confiança apesar dos erros no início dos jogos

• Permanecer relaxado durante os jogos

• Preocupação com o rendimento ao nível das capacidades

• Atitude perfeccionista

Áreas ou aspetos para

melhorar

• Aprender a técnica da “paragem do pensamento”

• Mudar o discurso interno de negativo para positivo

• Focalizar na componente de divertimento, ao mesmo tempo que joga no seu máximo esforço

• Desenvolver “palavras-chave” para ajudar na concentração

• Aprender técnicas de relaxamento

• Pensamentos de auto-confiança

Recomendações

Plano mental pré-competitivo(Adaptado Cruz, J., 1996)

Na manhã do dia do jogo

1 – Acordo e levanto-me otimista e animado, sentindo-me bem comigo mesmo, com pensamentos e frases de autorreforço e autoincentivo (ex: “Até os vamos comer!!!”; “Chegou o grande dia!!!”).

2 – Tomo o pequeno almoço juntamente com os meus colegas, não me cansando de proferir frases positivas de incentivo coletivo (ex: “Pessoal!!! Hoje é mesmo para arrasar com eles!!!”).

3 – Vou para o estádio para o ligeiro matinal, concentrado sem me preocupar com o meu rendimento (no caso de treinar durante a manhã). Imagino-me mentalmente a realizar e a sentir-me bem na execução das jogadas, e nas situações táticas previstas.

4 – No final do treino, durante o banho procuro relaxar-me ao máximo e imagino-me mentalmente a por em prática no jogo, as situações que acabámos de treinar.

5 – Se não treino na manhã do jogo, procuro concentrar-me em momentos importantes ocorridos na minha vida ultimamente, associando sempre os melhores momentos treinados durante a semana.

6 – Almoço ligeiro, seguido de período de descanso, ver televisão ou jornais diários juntamente com os meus colegas num primeiro momento e depois no quarto do hotel a ouvir as minhas músicas preferidas.

Plano de Refocalização da

Atenção

PROBLEMAS OU DISCUSSÕES ANTES DO INÍCIO DA COMPETIÇÃO

Plano 1 (ideal)

a. Evite a todo o custo qualquer tipo de discussão antes da competição.

b. Isole-se dos outros ou dos potenciais problemas e discussões.

Plano 2 (se não for possível executar o plano 1 ou se este não resultar)

a. “Dê meia volta” e retire-se da zona de discussão.

b. Adopte uma atitude do tipo “Isto não pertence ao meu sector”.

c. Ouça uma cassete de música calma e relaxante.

d. Refocalize a atenção no plano de jogo.

e. Transforme a eventual irritação numa vantagem extra e utilize-a de forma positiva

no jogo que se vai realizar.

AMBIENTE OU PÚBLICO EXTREMAMENTE ADVERSO E AMEAÇADOR

Plano 1 (ideal)

a. Antecipe essa situação.

b. Imagine mentalmente um plano de confronto para lidar de forma eficaz com essa

situação.

Plano 2 (se o plano 1 não resultar)

a. Se o seu rendimento for afectado, refocalize a sua atenção e concentre-se nas

jogadas e movimentações que estão a realizar-se.

b. Pense no papel importante que tem na sua equipa.

c. Palavras-chave: “Concentra-te!!!”, “Neste momento, o mais importante é o jogo!!!”.

EFICÁCIA

PROBLEMASDIFICULDADES

• Aberto à cooperação

• Conhecedor da “Linguagem Desportiva”

• Domínio da voz, dos ouvidos e do cheiro dos balneários

A ARTE DE COMUNICAR E ESTAR

O entusiasmo colocado na resolução de um problema que se consegueresolver é contagioso, reforça a confiança e é motivador para novos êxitos.

Reagir com indignação imediata não é solução… é necessário deixar queos ânimos arrefeçam… reforçar a auto-estima… fazer sugestões para amelhoria – no tempo certo.

Saber conviver com os fracassos… transformando-os em êxitos – aprincipal diferença entre pessimistas e optimistas está na forma comoexplicam as suas derrotas. Os pessimistas atribuem as culpas às suaspróprias deficiências – imagem negativa que têm de si próprios. Osoptimistas encaram o futuro com confiança… cada derrota encerra paraeles a semente do futuro êxito.

Importância da expressão facial – só um sorriso autêntico e honesto écontagiante…

FUNDAMENTOS DE UMA COMUNICAÇÃO:

contato visual... olhar para a pessoa;

Linguagem corporal de atendimento... corpo inclinado... gestos de

encorajamento...;

Qualidades vocais... tom de voz... expressão facial...;

Acompanhamento verbal... não mudar de tema;

Saber falar com o corpo;

O entusiasmo... reforça a confiança... é motivador;

O optimismo... Reforça a conquista para o êxito;

Concentrar-se na mensagem... Palavras simples e de fácil

compreensão.

COMPETÊNCIAS NÃO VERBAIS

Contato ocular

Acenos de cabeça

Postura corporal e gestos

Distância inter-pessoal

Tom e ritmo de voz

Expressões faciais

Vestuário

Contato

COMPETÊNCIAS VERBAIS

Encorajamentos

Questões abertas e fechadas

Paráfrases ou reflexões de conteúdo

Feedback

Confrontação

Interpretação

Bayern Munich

Ribéry

Guardiola

Ancelotti

Beckenbauer

Guardiola (balanço)

Emoções da Comunicação

“Comunicar é troca de emoção”

Milton Santos

José Mourinho ( FC Porto )

“O conhecimento científico no Futebol ainda é escasso e pouco consistente.”

As metodologias inovadoras constituem matéria quase ofensiva para aqueles que julgam que no Futebol tudo já está inventado.”

“É no presente onde se situam as nossas obrigações.No passado repousam as nossas recordações.No futuro dirigem-se as nossas esperanças.”

Frederico Ozanam

“As metodologias inovadoras constituem matéria quase

ofensiva para aqueles que julgam que no Futebol tudo já

está inventado.”

OBRIGADO PELA ATENÇÃO

heldermoreira_altorendimento@hotmail.com

“ O futuro tem muitos nomes.

Para os fracos é inalcançável.

para os temerosos, o desconhecido.

Para os valentes é a oportunidade.“

Victor Hugo

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