josé batista marques - odisseia dor & espanto desenho, pintura, escultura e instalação

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Neste novo conjunto de trabalhos, José Batista Marques revela um forte sentido de análise sobre a noção de representação pela articulação de figuras retiradas da história da arte: alegorias, pinturas de género, cenas de caça, figuras de convite, retratos de aparato; imersos num vigor iconográfico que se condensa na figura pela redução dos fundos.O uso do espatulado revela um persistência da escultura na pintura sobre papel e tela e um gosto pelas estruturas em relevo, numa tentativa de recusa em transformar as dimensões físicas do mundo na bidimensionalidade pura. A análise da natureza morta (natureza em pose) está presente na nuclearização de corpos físicos simples ou cruzamento de objectos quotidianos com outros de valor simbólico/referencial e, pelo envolvimento destes num enquadramento narrativo próprio que só pertence ao artista, mostra um rompimento com a prevalência do ideal de grandeza e beleza preconizado por este género de pintura. As tensões provocadas pela relação entre figuras retiradas de um repositório de imagens pré-construídas, desenvolve uma análise das características da composição pelo enquadramento de elementos figurativos de expressão ordenadora mas de narratividade dissemelhante.

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JOSÉ BATISTA MARQUES20/01/10 - 06/03/10

Carlos Carvalho Arte ContemporâneaR. Joly Braga Santos, Lote F – R/c • 1600-123 LisboaTel: 217261831 / Fax: 217261310E-mail: carloscarvalho-ac@ carloscarvalho-ac.comWebsite: www. carloscarvalho-ac.com2ª feira – 6ª feira: 10H30 – 19H30; Sábado: 12H00 – 19H30

Neste novo conjunto de trabalhos, José Batista Marques revela um forte sentido de análise sobre a noção de representação pela articulação de figuras retiradas da história da arte: alegorias, pinturas de género, ce-nas de caça, figuras de convite, retratos de aparato; imersos num vigor iconográfico que se condensa na figura pela redução dos fundos.O uso do espatulado revela um persistência da escultura na pintura so-bre papel e tela e um gosto pelas estruturas em relevo, numa tentativa de recusa em transformar as dimensões físicas do mundo na bidimen-sionalidade pura. A análise da natureza morta (natureza em pose) está presente na nu-clearização de corpos físicos simples ou cruzamento de objectos quo-tidianos com outros de valor simbólico/referencial e, pelo envolvimento destes num enquadramento narrativo próprio que só pertence ao artista, mostra um rompimento com a prevalência do ideal de grandeza e beleza preconizado por este género de pintura. As tensões provocadas pela relação entre figuras retiradas de um repositório de imagens pré-con-struídas, desenvolvem uma análise das características da composição pelo enquadramento de elementos figurativos de expressão ordenadora mas de narratividade dissemelhante.

O infortúnio do gigante, 2009, Pasta de modelar pintada, madeira queimada e facas, 146 x 113 x 69 cm

As três idades, 2009, Pasta de modelar pintada, madeira queimada e facas, 175 x 70 x 40 cm

Memória branca, 2009, Pasta de modelar pintada e madeira queimada, 79 x 44 x 44 cm

Portable vanitas, 2009, Pasta de modelar pintada e madeira queimada, 123 x 70 x 70 cm

Inventar a paixão, 2009, Pasta de modelar pintada e madeira queimada, 80 x 32 x 33 cm

Fui barco, 2009, Óleo s/ papel, 100 x 70 cm Fui pato, 2009, Óleo s/ papel, 100 x 70 cm

Fui tigre, 2009, Óleo s/ papel, 100 x 70 cm Olhar paralelo, 2009, Óleo s/ papel, 100 x 70 cm

Montagne d’or, 2009, Óleo s/ tela, 60 x 73 cm

Brilhante selvagem, 2009, Óleo s/ tela, 46 x 61 cm

O artista e os críticos, 2009, Óleo s/ tela, 140 x 160 cm

Tela paraíso, 2009, Óleo s/ tela, 113 x 138 cm

carlos carvalho arte contemporânea

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