desenvolvimento de um sistema de gestão integrado
Post on 20-Jun-2015
1.276 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
Universidade Federal de Minas Gerais
Curso de Pós-Graduação em Engenharia
Metalúrgica e de Minas
Dissertação de Mestrado
“Desenvolvimento de um
Sistema de Gestão Integrado”
Autora: Lea Cabral Bittencourt
Orientador: Professor Doutor Osmário Dellaretti Filho
Área de concentração: Metalurgia Extrativa
Maio – 2002
II
“Excelência é uma habilidade que se conquista com treinamento e
prática. Nós somos aquilo que fazemos repetidamente.
Excelência, então, não é um ato, mas um hábito”.
Aristóteles – 384-322 – a.C.
Agradecimentos
Ao meu marido e minhas filhas, pelo amor, paciência e compreensão, pois sempre
acreditaram em meu potencial e me deram muita força;
Ao meu orientador, um poço de otimismo e entusiasmo, superando todos os obstáculos;
Aos funcionários da FORNAC, por auxiliarem no resultado almejado.
III
Sumário
Lista de Figuras............................................................................................... IV
Resumo............................................................................................................. V
Abstract............................................................................................................ VI
1 Introdução.............................................................................................. 1
2 Objetivos................................................................................................ 3
3 Revisão Bibliográfica............................................................................. 5
4 Metodologia............................................................................................ 15
4.1 Modelo do SGI...................................................................................... 15
4.2 Pequena e Média Empresa de Fundição............................................. 17
4.4 Atividades a Desenvolver..................................................................... 20
4.5 Pesquisa de Diagnóstico........................................................................ 23
4.6 Considerações........................................................................................ 25
4.7 Proposta de Implantação do SGI........................................................ 26
5 Implantação Executada do SGI........................................................... 29
5.1 FORNAC (apresentação)..................................................................... 29
5.2 Equipe de trabalho............................................................................... 31
5.3 Princípios básicos.................................................................................. 31
5.4 Existe na FORNAC............................................................................... 31
5.5 Precisa ser Definido.............................................................................. 32
5.6 Escolha da UGB.................................................................................... 32
6 Discussão................................................................................................ 35
7 Conclusões............................................................................................. 37
8 Sugestões................................................................................................ 38
8.1 Conhecimento e controle de custos....................................................... 38
8.2 Relações interpessoais.......................................................................... 38
9 Referências Bibliográficas.................................................................... 39
10 Anexos.................................................................................................... 41
10.1 Cronograma de Atividades deste trabalho......................................... 42
10.2 Questionário para a coleta de dados: (perguntas respondidas pela
(FORNAC)........................................................................................................ 43
10.3 Política elaborada para atender ao SGI............................................. 45
10.4 Organograma Funcional – FORNAC 46
10.5 Exemplo de planilha utilizada para descrever o negócio do setor... 47
10.6 Exemplo de relatório de três gerações utilizado para analisar os
problemas do setor........................................................................................... 48
10.7 Exemplo de relatório de três gerações utilizado para analisar os
problemas do setor........................................................................................... 49
IV
Lista de Figuras
Figura 3.1 – SGI – Sistema de Gestão Integrado. ................................................................................. 6
Figura 3.2 – Balança de Equilíbrio da Visão Integrada (FIGUEIRA, 2000). ......................................... 8
Figura 3.3 – Espiral do processo de gestão (CARVALHO, 1997). ........................................................... 9
Figura 3.4 – Processo do desenvolvimento consciente e básico do SGI (Comissão Mundial sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1991). ................................................................................ 10
Figura 3.5 – Consciência ambiental. .................................................................................................... 11
Figura 3.6 – Gestão Integrada. ............................................................................................................ 11
Figura 3.7 – Ambiente de sistema empresarial no SGI....................................................................... 12
Figura 4.1 – Matriz de correlação. ...................................................................................................... 16
Figura 4.2 – Modelo Padrão de Pequenas e Médias Empresas de Fundição. .................................... 18
Figura 4.3 – Engrenagem. .................................................................................................................... 21
Figura 4.4 – Balanço da Unidade Operacional. .................................................................................. 24
Figura 4.5 – Avaliação do impacto ambiental na unidade operacional. ............................................ 24
V
Resumo
Este trabalho compatibiliza a padronização de pequenas e médias empresas através da
integração das normas da série ISO 9000 / 14000 e BS 8800 – Sistema de Gestão
Integrado, é conveniente porque procura evidenciar a simultaneidade dos eventos
gerenciais que ocorrem na empresa.
O controle operacional será associado ao controle ambiental e ao controle laboral (saúde
e segurança do trabalhador), originando os registros necessários à futura certificação
ISO 9001 / 14001. A BS 8800, é importante porque demonstra a preocupação com os
funcionários, agentes responsáveis pela sobrevivência, hoje, da empresa.
Como objetivos imediatos do Sistema de Gestão Integrado, podemos salientar:
padronizar pequenas e médias empresas promovendo sua manutenção competitiva no
mercado.
Através do SGI, cria-se um critério simplificador para a capacitação nacional e
internacional da empresa, de seu processo e, conseqüentemente, de seu produto.
Os aspectos enfatizados do SGI geram os sistemas (SGP/SGA/SGI), contidos neles
próprios, que juntos garantem a uniformidade de produtos da empresa.
VI
Abstract
This paper is based on the general principles of good management and is designed to
enable the integration of occupational heath and safety management (BS 8800) within
an overall management system (ISO 9000 / 14000) to help small and medium sized
enterprises standardization.
The Integrated Management System shall be developed because it isn’t possible to
manage production, environment and occupational heath and safety in an independent
way, as the industrial operations that create the product generates the impacts and the
risks.
The basic principles of management are common irrespective of the activity being
managed, be it production, environment control, health and safety control or other
organizational activities.
The organization may see benefits in having an Integrated Management Systems. The
SGP is important because manage quality system and business performance: design,
process and document control, purchasing, control of quality records, etc. The SGA is
important because manage environment system: emergency preparedness and response,
minimize impacts, increase communications, continual improvement, etc. The SGL is
important because manage other aspects of business performance: minimize risk to
employers and others and assist organizations to establish a responsible image within
the market place.
As immediate goals of the Integrate Management System (SGP, SGS, SGL), we can
mention: standard small and medium sized companies promoting its competitiveness in
the international and national market.
Though of the Integrate Management System, for the national and international
company training be created a simpler criterion of process and consequently of product.
These emphasized aspects of Integrate Management Systems generate the systems
(SGP, SGA, SGL) contained in themselves, promoting standard products.
1
1 Introdução
As pequenas e médias empresas brasileiras, apesar de possuírem funcionários
especialistas em cada função (a maioria com experiência e prática, mas sem
fundamentação teórica), sofrem com a escolaridade baixa, situação financeira instável e
baixo nível tecnológico daqueles profissionais. Estes fatores resultam em uma qualidade
muito variável que podem levar a grandes perdas para a empresa. A padronização
aparece para suprir esta deficiência, colocando nossas empresas no mesmo padrão das
internacionais, demonstrando que mantêm coeficiente de qualidade controlado ou a
uniformidade do produto que atenderá às necessidades e expectativas dos clientes.
A certificação comprovará o controle e rastreabilidade dos processos e proporcionará o
reconhecimento necessário à competição no mercado globalizado em pé de igualdade.
O meio ambiente hoje é reconhecidamente um tema de preocupação mundial e, para sair
na frente, quem conseguir provar o comprometimento com a sua preservação vai estar
apto a vencer as barreiras impostas na comercialização internacional. As pequenas e
médias empresas, infelizmente, só investem no meio ambiente se forem pressionadas
pelos órgãos ambientais ou por exigência dos clientes. Talvez por falta de conhecimento
não consigam perceber que o controle ambiental, há muito tempo, deixou de ser custo
para se tornar investimento com retorno garantido de todos os ângulos possíveis.
A preocupação com funcionários, colaboradores, clientes e fornecedores é também
ponto primordial para fazer a diferença entre os competidores num acordo comercial.
As pequenas e médias empresas têm que aprender que os funcionários motivados são
mais produtivos e menos problemáticos.
As organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir e
demonstrar o seu desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST), controlando
os riscos de acidentes e de doenças ocupacionais provenientes de suas atividades. Mas
elas precisam ir além, buscando atender às necessidades e expectativas de seus
funcionários, garantindo a eles o mínimo necessário para trabalhar dignamente.
Para maior abrangência, este trabalho compatibiliza a padronização de pequenas e
médias empresas através da integração das normas da série ISO 9000 / 14000 e BS 8800
2
– Sistema de Gestão Integrado, simplesmente porque não pode haver gerenciamento
seqüenciado de produto, meio ambiente, saúde e segurança do trabalhador. Tudo
acontece ao mesmo tempo e o gerenciamento deve seguir esta lógica: produzir cuidando
de preservar o meio ambiente e garantindo a segurança e a saúde do trabalhador.
Para resposta imediata de melhoria, o primeiro passo é o conhecimento da empresa para
que a padronização advinda da norma consiga sanar as maiores dificuldades de
processo/produção/desenvolvimento da empresa, e que a mesma utilize esta
documentação efetivamente para seu progresso contínuo. É evidente a necessidade de
entender que se podem ter grandes ganhos em produtividade se os padrões
comunicarem de maneira simples o conhecimento técnico e gerencial às pessoas que
executam as tarefas.
Os padrões devem ser simples e de fácil acesso. Aqueles procedimentos de várias
páginas descritos de forma prolixa devem ser eliminados através de planejamento
específico. O controle operacional será associado ao controle ambiental e ao controle
laboral (saúde e segurança do trabalhador), originando os registros necessários à futura
certificação ISO 9001 / 14001.
Para este trabalho estamos propondo a implantação do sistema de gestão integrada e o
seu teste executado propriamente em empresa de tamanho médio.
37
7 Conclusões
Nosso trabalho deu bons frutos e como conclusão final temos:
Todo o sistema gerencial proposto teve mais do que 1 ano como planejado;
As mudanças de comportamento observadas são lentas, custos talvez
possam acelerá-las ligeiramente.
Não se deve desenvolver nenhum trabalho sem ônus para a empresa; pelo
menos 2 estudantes de graduação deveriam ser utilizados. Primeiramente, é
uma oportunidade de estágio para os nossos estudantes; segundo, os dados
obtidos seriam mais reais e representativos agilizando a pesquisa e terceiro,
o empresário sentido o custo aproveitaria mais o mestrando e o professor,
que reverteria em maior agilidade das ações;
Antes de implantar qualquer sistema de gestão devemos trabalhar a
organização da empresa e incutir em todos a importância do planejamento,
fazer valer o PEVA.
38
8 Sugestões
Como sugestão de trabalhos futuros a serem realizados conjuntamente à manutenção do
SGI nas pequenas e médias empresas podemos salientar:
8.1 Conhecimento e controle de custos
Onde cada setor da empresa, seria considerado uma microempresa e portanto
conhecendo e controlando seus custos, o que levaria a um ganho global com dimensão
das perdas e aumento de lucro.
8.2 Relações interpessoais
Treinamento direcionado para liderança e melhoria de relação entre funcionários e
superiores. Onde cada um vai se conscientizar de sua importância na empresa.
39
9 Referências Bibliográficas
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso Futuro
Comum, 2ª edição. Editora da Fundação Getúlio Vargas: Rio de Janeiro, 1991.
CARVALHO, Telismar Cardoso. Análise Geral do SGQ. 1ª edição – B. H.: Editora
Liberal, 1997.
FIGUEIRA, Maria Eugênia Minelli. Sistema de Gestão Integrado – Qualidade, Meio
Ambiente, Saúde e Segurança Ocupacional. Apostila do curso de pós-graduação –
UFMG, 2000.
CERQUEIRA, Jorge P. ISO 9000 no Ambiente da Qualidade Total. 4ª edição – RJ:
Editora Imagem, 1995.
PURI, Subash C. ISO 9000 – Certificação – Gestão da Qualidade Total. 1ª edição –
RJ: Qualitymark editora, 1994.
CAIAZEIRA, Jorge E. R. ISO 14000 – Manual de Implantação. 1ª edição – RJ:
Qualitymark editora, 1997.
REIS, Luiz F. S., MAÑAS, Antônio. ISO 9000 – Implementação e Gerenciamento para
a Qualidade Total. 1ª edição – São Paulo: Editora Erica, 1996.
HIETCHINS, Greg. ISO 9000 – Um guia completo para o registro, as diretrizes da
auditoria e a certificação bem sucedida. 1ª edição – São Paulo: Editora Makrons
Books, 1996.
OLIVEIRA, Marcos, SHIBUYA, Marcelo K. ISO 9000 – Guia de Implantação – Guia de
auditoria de qualidade. 1ª edição – São Paulo: Editora Makrons Books, 1996.
ARNOLD, K. L. O guia gerencial para a ISO 9000. 1ª edição – RJ: Campus editora,
1995.
CHENG, Lin Chih. QFD – Planejamento da Qualidade. UFMG – B.H., 1995
Boletim da ISO – Consultoria de Interface. <Ambrosio@trevisan.com.br>.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 9001 – Sistemas
de Gestão da Qualidade – Requisitos (Dez 2000).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 9004 – Sistemas
de Gestão da Qualidade – Diretrizes para melhoria de desempenho (Dez 2000).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 10011- 1 –
Diretrizes para a Auditoria de Sistemas da Qualidade – Parte 1: Auditoria (Jul
1993).
40
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 10011 – 2 –
Diretrizes para a Auditoria de Sistemas da Qualidade – Parte 2: Critérios para
Qualificação de Auditores de Sistema da Qualidade (Jul 1993).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 10011 – 3 –
Diretrizes para a Auditoria de Sistemas da Qualidade – Parte 3: Gestão de
Programas de Auditoria (Jul 1993).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 10013 –
Diretrizes para o Desenvolvimento de Manuais da Qualidade (1995).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 14001 – Sistemas
de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes para uso (1996).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 14004 – Sistemas
de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.
BS 8800 – 1996 – British Standard – Guide to Occupational health and safety
management systems.
OHSAS 18001/99 – Risk Tecnologia.
41
10 Anexos
10.1 Cronograma de Atividades deste trabalho.
ATIVIDADE ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV DEZ. JAN. FEV. MAR.
1. Escolha e Definição da empresa
2. Apresentação do SGI
3. Pesquisa de Diagnóstico
4. Definição do setor de trabalho
5. Implantação do SGI no Setor
Adequação de POP
Análise das causas de refugo
Planejamento e ação para
controle
e melhoria contínua
6. Treinamento
Política da Qualidade
POP’s
Tratamento de N/Conformidade
Ação Corretiva e Preventiva
7. Curso de Autoria Interna
8. Auditorias
Preparação
Auditorias Internas
Auditoria Externa
Adequações
9. Controle de Novos Produtos
10. Levantamento de Risco.
11. Análise Critica do SGI
12. Elaborar a Dissertação
13. Defesa da Dissertação
42
43
10.2 Questionário para a coleta de dados: (perguntas respondidas pela FORNAC)
1 Empresário:
1.1 Como está “hoje” a empresa e qual o desejo para “amanhã”?
R.: A empresa está no limite máximo de produção, porém o custo é muito elevado. O
nosso desejo é que a produção aumente cada vez mais; a um custo cada vez menor.
1.2 Existe algum objetivo ou meta definida?
R.: Sim, atingir uma produção de 800 ton./mês, com o novo equipamento de fusão e
mecanização da moldagem de peças padrão.
1.3 O que espera deste Sistema de Gestão?
R.: Garantir a continuidade dos resultados alcançados e prover bases para a melhoria
contínua.
1.4 Qual o maior problema empresarial enfrentado atualmente? Qual o método empregado
na sua correção?
R.: Energia elétrica. A solução é o racionamento.
1.5 Qual a preocupação em termos de meio ambiente? E na área de saúde e segurança do
trabalhador?
R.: a) eliminar a emissão de poluentes e também os impactos ambientais em geral.
b)Melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida dos colaboradores.
2 Gerência
2.1 Qual a responsabilidade x autoridade na empresa?
R.: Organizar, controlar, planejar, dirigir e coordenar.
2.2 Existe estudo elaborado sobre os impactos ambientais?
R.: Sim, temos licenciamento ambiental.
2.3 Quais tecnologias são utilizadas na empresa?
R.: Nossa tecnologia é advinda de consultorias externas como: engenharia ambiental,
engenharia elétrica, consultoria técnica na área de fundição e também de
desenvolvimentos internos na área de engenharia mecânica.
2.4 Existe estudo/análise de retrabalho por causa de produto defeituoso?
R.: Sim, dependendo do tipo de defeito.
2.5 Existe algum estudo ou procedimento de reciclagem e de reutilização?
R: Sim, coleta de lixo e processo de calcinação de areia onde reutilizamos
aproximadamente 95% da areia utilizada no processo de fundição.
2.6 Existe algum plano de treinamento definido?
R.: Sim, temos constantes treinamentos em segurança de trabalho, programa de
capacitação dos supervisores e treinamento operacional, de acordo com as necessidades
detectadas. Está em pleno desenvolvimento o tele-curso 2000 – 1º grau.
2.7 Qual o nível de escolaridade predominante na empresa? Existe algum levantamento
neste sentido? Tem algum programa de incentivo para a melhoria da escolaridade ou
44
algum desenvolvimento ligado à educação ou treinamento?
R.: a) Segundo levantamento feito no início de 2001 – 5ª a 8ª série do 1º grau.
b)Possuímos na empresa o programa tele-curso 2000 para formação do 1º grau e o
programa de capacitação de supervisores.
2.8 Quais os tipos de acidentes de trabalho mais freqüentes? Como é tratada a segurança /
saúde do trabalhador?
R.: a)O acidente mais freqüente é corpo estranho nos olhos, por falta de uso do
equipamento de segurança pelos operadores.
b)Ultimamente tem havido um comprometimento maior da diretoria com os funcionários
no que diz respeito à saúde e segurança do trabalhador.
2.9 Existe CIPA ou qualquer outro tipo de organização para o estudo e prevenção de
acidentes?
R.: Sim, CIPA e uma empresa terceirizada, especializada em medicina e segurança do
trabalho, composta por engenheiros e técnicos em segurança do trabalho, que juntamente
com o supervisor de segurança da FORNAC formam um grupo de estudo, definindo e
executando prioridades.
3 Supervisão
3.1 Quais os pontos críticos de produção?
R.: Composição química fora da faixa, ovalização de peças e acabamento superficial.
3.2 Existe padronização? Quem a elaborou? A padronização que existe é seguida pelos
operadores?
R.: a)sim.
b)O supervisor do setor
c)Em alguns setores não é seguida.
3.3 Como é acompanhado o processo? Existem amostragens para verificação da qualidade
do produto? Em quais etapas?
R.: a)por amostragens.
b)Sim, fusão, tratamento térmico e controle final.
3.4 Quando um produto não é aprovado, qual o tratamento que ele recebe?
R.: Análise do problema para definir as ações corretivas se a peça poderá ser recuperada
ou se ela será refugada.
3.5 Existe registro das monitorações, verificações, análises de cada etapa do processo?
R.: Sim.
3.6 Existe algum tipo de análise dos acidentes de trabalho, com definição de medidas
corretivas / preventivas?
R.: Sim, são analisados os acidentes e são tomadas as ações.
3.7 tem procedimentos para emergências? Se existir, os operários recebem treinamentos?
R.: Não.
45
10.3 Política elaborada para atender ao SGI
Política da Qualidade da FORNAC
Temos como principal política:
Buscar a melhoria contínua dos nossos produtos e serviços, para a satisfação dos
nossos clientes;
Construir um ambiente de trabalho seguro e saudável para os nossos colaboradores,
valorizando idéias criativas e buscando na excelência humana a base para a qualidade
total.
Desenvolver nossas atividades industriais dentro de uma política ambiental
conservacionista e preventiva, evitando a emissão de poluentes e contribuindo para o
desenvolvimento sustentável da região.
10.4 Organograma Funcional – FORNAC
46
10.5 Exemplo de planilha utilizada para descrever o negócio do setor.
FORNECEDORES INSUMOS NEGÓCIO PRODUTOS CLIENTES
MISSÃO
Almoxarifado
Ar comprimido
Oxigênio
GLP
Pó exotérmico
Atender a capacidade
máxima da fusão, fundin-
do peças conforme
procedimento.
Peças fundidas
O. S. preenchida Desmoldagem
NEGÓCIO REGISTRO
Moldagem
Macho
Molde
Os
Fechamento e
Vazamento Relatório de Vazamento P.C.P.
Pessoas
Segurança EPI
1- Supervisor
4- Encarregados
16- Operadores
Equipamentos
Almoxarifado
Tinta
Cola
Álcool
Palha de arroz
Panelas de válvulas
Panela de volante
Panelinhas
Sistema aquecedor
Misturador de tintas
pontes
10.6
47
Exemplo de relatório de três gerações utilizado para analisar os problemas do setor.
RELATÓRIO DAS TRÊS GERAÇÕES SETOR: FECHAMENTO / VAZAMENTO
ITEM DE CONTROLE: REFUGO
PROBLEMA : ALTO INDICE DE REFUGO MAIO / 2001
PLANEJAMENTO EXECUTADO RESULTADOS PONTOS PROBLEMÁTICOS PROPOSIÇÃO
1. Para evitar vazamento do
material no molde, antes de
vazar testar o molde, passando
uma folha de papel, refugando
os moldes problemáticos.
1. Não deu certo. 2. Os POP’s não correspondem
ao executado pelos operadores.
1. Moldes empenados geram
excesso de rebarba nas peças –
retrabalho.
2. Como os POP’s foram
elaborados pelos supervisores
em 1996, estão em completo
desacordo.
3. Enchimento incompleto: a
sobra do material retorna ao
forno e a maioria das vezes falta
material para a última peça a
ser fundida.
1. Fazer verificação manual de
empeno nos moldes, verificando
se o macho e a fêmea estão bem
conectados.Resp. operadores
FVZ.
Prazo 31/05.
2. Os POP’s devem ser
revisados e os operários
treinados. Resp. Supervisores.
Prazo: 31/07.
3. A área interna da panela é
variável, ela vai engrossando
com o uso, de vez em quando é
feita uma limpeza e torna a
afinar. Quando ela recebe o
material deve ser utilizada
rapidamente pois não pode
esfriar. Propõe-se um estudo de
custo/beneficio para a compra
de uma balança para se obter o
peso exato da sobra de material
na panela. Resp.: Qualidade.
Prazo: 30/06.
2. Análise de todos POP’s do
setor, as tarefas realizadas com
as descritas.
2. Foi realizado com sucesso.
3. Calcular o peso da sobra do
material na panela antes de
fundir a última peça, através do
volume da panela calculado
com régua.
3. Não funcionou.
48
10.7 Exemplo de relatório de três gerações utilizado para analisar os problemas do setor.
RELATÓRIO DAS TRÊS GERAÇÕES SETOR: FECHAMENTO / VAZAMENTO
ITEM DE CONTROLE: REFUGO
PROBLEMA : ALTO INDICE DE REFUGO JUNHO / 2001
PLANEJAMENTO EXECUTADO RESULTADOS PONTOS PROBLEMÁTICOS PROPOSIÇÃO
1. Para evitar vazamento do
material no molde: quando
montar os moldes, testar o
empeno manualmente,
pressionando a parte superior
do molde sobre a parte inferior
confirmando se a mesma está
bem apoiada.
1. Deu certo.
1. Em duas semanas foram
refugados 11 moldes
defeituosos, eliminando por
completo o retrabalho por
excesso de rebarba; nenhuma
peça ficou empenada. 1. Moldes empenados geram
peças empenadas.
2. Inclusões de areia nas peças
3. Como as caixas estão em más
condições de uso, ocorre
arrombamento no vazamento,
dificulta a lastragem do molde e
aumenta o consumo de areia
para calçar as peças.
4. Operadores não querem
utilizar as máscaras.
1. .Melhoria de controle dos
moldes na moldagem, para não
ocorrer devolução de moldes
por empeno. Resp. supervisor
MLD.
Prazo 31/07.
2. Reformar duas bicas de
forno para que seja feito teste
de comparação entre a bica de
areia e a de massa refratária,
para verificar custo x benefício
e calcular a freqüência de
reformas.
Resp: Qualidade.
Prazo: 30/06.
3. Para a padronização das
caixas seria necessário trocar
todas elas. Como é inviável no
momento propomos a troca a
médio prazo.
4. A segurança deve medir os
fumos metálicos para definir se
é ou não necessário o uso da
máscara respiratória.
2. Para evitar a queda da bica
de areia dentro da panela com
material: testar a bica de massa
refratária ou aumentar a
freqüência de reformas das
bicas de areia.
2. Foi realizado com sucesso.
3. Substituir as caixas de
moldagem mais precárias. 3. Executado com sucesso,
poucas unidades, as piores.
4. Utilizar máscara respiratória
na hora do vazamento.
4. Executado somente com
supervisão.
49
top related