desenvolvimento cognitivo – jean piaget slide
Post on 07-Jan-2016
87 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
-
Desenvolvimento Cognitivo
Jean Piaget
-
JEAN PIAGET (Neuchtel, 9 de Agosto de 1896 Genebra, 16de Setembro de 1980) estudou inicialmente biologia, na Sua, eposteriormente se dedicou rea de Psicologia, Epistemologia eEducao. Foi professor de psicologia na Universidade de Genebrade 1929 a 1954, e ficou conhecido principalmente por organizar odesenvolvimento cognitivo em uma srie de estgios.
Piaget foi bilogo, filsofo e psiclogo. Esta experincia de vida euma vasta cultura cientfica impregnaram a sua obra comcontribuies da biologia, ciberntica, matemtica, filosofia esociologia.
Escreveu mais de 100 livros e 600 artigos, desenvolveu estudossobre os prprios processos metodolgicos, concretamente omtodo clnico e a observao naturalista. Estes mtodoscorrespondem a importantes avanos na investigao empsicologia.
At morrer, Piaget estudou, escreveu, participou em congressos,polmicas e debates pblicos. Foi um personagem destacado, pelaforma empenhada, crtica, interdisciplinar e criativa como orientouas suas investigaes.
-
Epistemologia Gentica
O Conhecimento gerado atravs de uma interao dosujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes no
sujeito.
A aquisio de conhecimentos depende tantodas estruturas cognitivas do sujeito como de sua relao
com os objetos.
-
Para Piaget, o desenvolvimento ocorre de forma que asaquisies de um perodo sejam necessariamente
integradas nos perodos posteriores.
Sua teoria depende de 4 elementos:
1. Maturao do sistema nervoso central
2. Experincias fsicas e lgico-matemticas
3. Transmisso social
4. Equilibrao das estruturas cognitivas
-
Para Piaget, desenvolvimento humano significa adaptao psicolgica ao meio em umaconstante busca de equilbrio. O desenvolvimento, portanto, uma equilibraoprogressiva, uma passagem contnua de um estado de menor equilbrio para um estadode equilbrio superior (PIAGET, 1969, p. 11).
Assim, Piaget procura explicar a evoluo da nossa inteligncia que passa pordiferentes estgios, onde cada estgio caracterizado pela apario de estruturasoriginais, cuja construo o distingue dos estgios anteriores. Nossa inteligncia vaisendo construda (a o termo construtivismo) passo a passo, tijolo a tijolo.
Cada estgio constitui ento, pelas estruturas que o definem, uma forma particular deequilbrio efetuando-se a evoluo mental no sentido de uma equilibrao sempre maiscompleta.
(PIAGET, 1969, p. 14).
-
A equilibrao , pois, o processo pelo qual se formamas estruturas cognitivas e constitui, em ltima anlise, a
expresso da lei funcional que afirma a atuao das
estruturas. esse fator interno do desenvolvimento,
espcie de dinmica, de processo que conduz, por
desequilbrios e reconstrues, a estados de estruturaes
superiores o fator determinante do progresso no
desenvolvimento cognitivo.
-
Piaget nos apresenta trs conceitos que so fundamentais emsua teoria: esquemas, assimilao e acomodao.
Esquema uma estrutura mental que organiza a atividadehumana, tanto para a ao quanto para a atividade intelectual.
Ns possumos diferentes esquemas que esto em constante
mudana.
A Assimilao procura assinalar o mundo exterior sestruturas j constitudas.
A Acomodao procura reajustar os esquemas em funo dastransformaes ocorridas.
-
Estgios do Desenvolvimento Infantil
Para que se possa falar em estdio nos termos propostos porPiaget, necessrio, em primeiro lugar, que a ordem dasaquisies seja constante. Trata-se de uma ordem sucessiva eno apenas cronolgica, que depende da experincia dosujeito e no apenas de sua maturao ou do meio social.Alm desse critrio, Piaget prope outras exigncias bsicaspara caracterizar estdios no desenvolvimento cognitivo:
-
1o) todo estgio tem de ser integrador, ou seja, as estruturaselaboradas em determinada etapa devem tornar-se parte integrantedas estruturas das etapas seguintes;
2o) um estdio corresponde a uma estrutura de conjunto que secaracteriza por suas leis de totalidade e no pela justaposio depropriedades estranhas umas s outras;
3o) um estdio compreende, ao mesmo tempo, um nvel depreparao e um nvel de acabamento;
4o) preciso distinguir, em uma sequncia de estdios, o processode formao ou gnese e as formas de equilbrio final
-
Sensrio Motor (0 a 2 anos)
Nessa fase, o beb comea a apresentar uma capacidade de manipulao do espao fsico e,portanto, comea a construir esquemas senso-motores. Para Piaget, essa construo oincio da inteligncia e ele chama de inteligncia prtica.
Para o autor, a inteligncia aparece, com efeito, bem antes da linguagem, isto , bem antesdo pensamento interior que supe o emprego de signos verbais (da linguagem interiorizada).Mas uma inteligncia totalmente prtica, que se refere manipulao dos objetos e que sutiliza, em lugar de palavras e conceito, percepes e movimentos, organizados emesquemas de ao. (PIAGET, 1969, p.18)
Quando o beb se utiliza de uma vareta para pegar uma bola embaixo do sof, ele apresentaum ato inteligente, pois precisou compreender antecipadamente a relao entre a vareta e abola e planejar a ao.
-
Sensrio Motor (0 a 2 anos)
O perodo sensrio-motor de fundamental importncia para o desenvolvimentocognitivo. Suas realizaes formam a base de todos os processos cognitivos do
indivduo. Os esquemas sensrio-motores so as primeiras formas de pensamento e
expresso; so padres de comportamento que podem ser aplicados a diferentes
objetos em diferentes contextos. A evoluo cognitiva da criana nesse perodo
pode ser descrita em seis subestdios nos quais estabelecem-se as bases para a
construo das principais categorias do conhecimento que possibilitam ao ser
humano organizar a sua experincia na construo do mundo: objeto, espao,
causalidade e tempo.
-
Sensrio Motor - Subestgios
O Exerccio dos Reflexos (at 1 ms)
As Primeiras Adaptaes Adquiridas e a Reao Circular Primria (1 ms a 4 meses e meio)
As Adaptaes Sensrio-Motoras Intencionais e asReaes Circulares Secundrias (4 meses e meio a 8-9 meses)
-
Sensrio Motor - Subestgios
A Coordenao dos Esquemas Secundrios e sua Aplicao sSituaes Novas (8-9 Meses A 11-12 Meses)
A Reao Circular Terciria e a Descoberta dos Meios Novospor Experimentao Ativa (11-12 Meses A 18 Meses)
A Inveno dos Meios Novos por Combinao Mental e aRepresentao (1 Ano E Meio A 2 Anos)
-
Pr-Operatrio - (2 a 6-7 anos)
O perodo pr-operatrio realiza a transio entre a inteligncia propriamentesensrio-motora e a inteligncia representativa. Essa passagem no ocorre
atravs de mutao brusca, mas de transformaes lentas e sucessivas. Ao
atingir o pensamento representativo a criana precisa reconstruir o objeto, o
tempo, o espao, as categorias lgicas de classes e relaes nesse novo plano
da representao.
-
Pr-Operatrio - (2 a 6-7 anos)
Esta fase marcada pelo aparecimento da linguagem que modifica
consideravelmente a conduta da criana, que passa a ser capaz de reconstruir suas
aes passadas sob forma de narrativas e antecipar suas aes futuras por meio de
representao mental. Essa evoluo nos traz trs importantes consequncias:
a criana passa a interagir mais com outras pessoas, ou seja, h o incio da
socializao da ao.
h a apario do pensamento propriamente dito, ou seja, a interiorizao da
palavra.
h uma interiorizao da ao, que deixa de ser absolutamente prtica e passa a
existir no campo mental. A criana passa a ser capaz de planejar suas aes.
-
Pr-Operatrio - (2 a 6-7 anos)
Nesta fase, a criana, portanto, comea a formar o seu pensamento eprocura explicar, por meio dele, o mundo que acerca. Porm, ela ainda
apresenta o que Piaget chama de egocentrismo.
O pensamento intuitivo apresenta-se de forma rgida e irreversvel. ParaPiaget, o conceito de reversibilidade importantssimo. Reversibilidade a
capacidade de antecipao das consequncias e reconstituio dos estados
anteriores. A criana nessa fase, enquanto apresenta o pensamento de
forma intuitiva, incapaz de reverter o estado das coisas, ou seja o que ela
percebe o estado final, o que aparece sua frente. Ela incapaz de rever
todo o processo e inverter o pensamento de trs para a frente.
-
Operatrio Concreto (7 a 11-12 anos)
Por volta dos sete anos a atividade cognitiva da criana torna-se operatria, com aaquisio da reversibilidade lgica. A reversibilidade aparece como uma propriedade
das aes da criana, suscetveis de se exercerem em pensamento ou interiormente. O
domnio da reversibilidade no plano da representao a capacidade de se
representar uma ao e a ao inversa ou recproca que a anula ajuda na
construo de novos invariantes cognitivos, desta vez de natureza representativa:
conservao de comprimento, de distncias, de quantidades discretas e contnuas, de
quantidades fsicas (peso, substncia, volume etc). O equilbrio das trocas cognitivas
entre a criana e a realidade, caracterstico das estruturas operatrias, muito mais
rico e variado, mais estvel, mais slido e mais aberto quanto ao seu alcance do que o
equilbrio prprio s estruturas da inteligncia sensrio-motora.
-
Operatrio Concreto (7 a 11-12 anos)
Do ponto de vista das relaes interindividuais, a criana, depois dos seteanos, torna-se capaz de cooperar, porque no confunde mais seu prprio
ponto de vista com o dos outros, dissociando-se mesmo para coorden-los.
Isto visvel na linguagem entre crianas. As discusses tornam-se
possveis, porque comportam compreenso a respeito dos pontos de vista
do adversrio e procura de justificaes ou provas para a afirmao prpria.
As explicaes mtuas entre crianas se desenvolvem no plano do
pensamento e no somente no da ao material. A linguagem egocntrica
desaparece quase totalmente e os propsitos espontneos da criana
testemunham, pela prpria estrutura gramatical, a necessidade de conexo
entre as idias e de justificao lgica. (PIAGET, 1969,p. 43)
-
Operatrio-Formal (Adolescncia)
Essa fase caracterizada pela possibilidade do indivduo deconstruir sistemas e teorias. O adolescente se interessa por
problemas inatuais, sem relao com as realidades vividas no dia-
a-dia. Ele apresenta uma grande facilidade para elaborar teorias
abstratas que, normalmente, pretendem mudar o mundo!
-
O Papel da Interao no Desenvolvimento da Criana e
na Construo do Conhecimento
O carter construtivo do conhecimento se refere tanto ao sujeito que conhecequanto ao objeto conhecido; ambos aparecem como resultado de um processo
permanente de construo. O construtivismo subjacente teoria pagetiana supe
a adoo de uma perspectiva ao mesmo tempo relativista o conhecimento
sempre relativo a um momento determinado do processo de construo e
interacionista o conhecimento surge da interao contnua entre o sujeito e o
objeto ou, mais precisamente, da interao entre os esquemas de assimilao do
sujeito e as propriedades do objeto.
-
O Papel da Interao no Desenvolvimento da Criana e
na Construo do Conhecimento
A interao que se estabelece entre as crianas vai tornar possvel odesenvolvimento de relaes cooperativas no plano social,
correspondendo s relaes de coordenao de perspectivas do
pensamento operatrio no plano do desenvolvimento intelectual. Isso
significa que, alm de possibilitar o desenvolvimento afetivo e social, as
interaes entre as crianas constituem um fator fundamental para o
seu desenvolvimento cognitivo.
-
Questes
O que significa, para Piaget, o conceito de Equilibrao?
Como se d a construo do conhecimento, para Piaget? Defina cada um dos termos.
O que marca o incio de cada uma das fases dedesenvolvimento descritas por Piaget?
O que significa dizer que o conhecimento construdo?
Qual a contribuio da teoria de Piaget Psicologia?
-
Referncias
PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. Trad. de Maria Alice MagalhesDAmorim, Paulo Srgio Lima Silva. Rio de Janeiro, Forense Universitria,1975.
_____. O tratado de Psicologia Experimental: a inteligncia. Trad.lvaro Cabral. Rio de Janeiro: Forense Universitria, 1969.
CAVICCHIA, Durlei de Carvalho. O Desenvolvimento da Criana nosPrimeiros Anos de Vida, UNESP: So Paulo SP.
top related