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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
ANA CAROLINA DE SOUZA FRANÇA
RECIFE 2016
ANA CAROLINA DE SOUZA FRANÇA
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
RECIFE 2016
NOME: ANA CAROLINA DE SOUZA
FRANÇA
LOCAL DO ESTÁGIO: XXXXX
LOCAL: XXXXX
PERÍODO: 14/03/2016 à 22/04/2016
CARGA HORÁRIA: 80 horas
ORIENTADOR DO ESTÁGIO: Dra.
Andressa R. de Queiroz
CO-ORIENTADOR: XXXX
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 01 - Canteiro de obras 13
Figura 02 – Escritórios 15
Figura 03 - Refeitório 15
Figura 04 - Betoneira 16
Figura 05 - Canteiro de obras 16
Figura 06 - Tipos de parede 17
Figura 07 - Alvenaria sendo executada 18
Figura 08 - Telas metálicas no pilar 19
Figura 09 - Alvenaria com chapisco 19
Figura 10 - Vergas 20
Figura 11 - Vergas e contravergas 20
Figura 12 - Esquadramento da alvenaria das caixas de passagem 21
Figura 13 - Caixa de passagem aberta 21
Figura 14 - Instalação das tubulações de esgoto 22
Figura 15 - Escavação das valas 23
Figura 16 - Encunhamento 24
Figura 17 - Cunhas de concreto 24
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 01 - Conexões hidráulicas e suas funções 10
Tabela 02 - Levantamento das etapas construtivas da obra 16
LISTA DE ANEXOS
Página
ANEXO A 28
RESUMO
A construção civil é a ciência que estuda as etapas e métodos seguidos na realização de uma
edificação. A qualidade na produção e execução das obras é uma característica que vem sendo
cada vez mais almejada por construtoras e clientes. As construtoras buscam eficiência no seu
processo de produtivo, mantendo a qualidade, competitividade, buscando menor custo
possível e aumentando a produtividade. Para que a edificação seja concluída com êxito, faz-se
necessário o bom entendimento dos processos construtivos. Toda obra de engenharia é
caracterizada por uma sequência de eventos que resultarão no objetivo esperado. É o estudo
dessas etapas e a boa execução delas que culminarão para que a obra alcance um resultado
satisfatório, seguindo todas as normas e padrões especificados no projeto. Tendo em vista o
estudo dessas etapas construtivas, este relatório tem como objetivo acompanhar e descrever
todas essas etapas desenvolvidas e vivenciadas no canteiro de obras durante a construção da
maternidade na cidade de xxxxx, buscando através da caracterização dessas etapas a aquisição
de conhecimentos necessários para a formação acadêmica e profissional. Para atingir este
objetivo utilizou-se: de um processo estruturado de revisão da literatura, pesquisa
bibliográfica, acompanhamento e descrição do canteiro de obras e das atividades
desenvolvidas durante a construção da maternidade. Como resultado o estudo confirmou a
importância do estudo dos processos construtivos, evidenciando a necessidade de se conhecer
todas as etapas da construção, para a formação acadêmica e profissional do estudante de
Engenharia civil; para o bom desempenho e execução do empreendimento, respeitando todas
as normas e exigências especificadas no projeto.
Palavras Chave: Construção civil; competitividade; edificações; empreendimento; normas.
SUMÁRIO
Página
1. INTRODUÇÃO 8
2. OBJETIVOS 9
2.1. Objetivo geral 9
2.2. Objetivos específicos 9
3. REFERENCIAL TEÓRICO 10
4. METODOLOGIA 13
4.1. Área de estudo 13
4.2. Coleta de dados 13
4.2.1. Levantamento bibliográfico 13
4.2.2. Levantamento físico 13
4.3. Análise de dados 14
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 15
5.1. Descrição do canteiro de obras 15
5.2. Descrição do processo de execução da alvenaria 17
5.3. Chapisco 19
5.4. Vergas e contravergas 20
5.5. Execução do Encunhamento 21
5.6. Estudo das conexões hidráulicas 22
5.7. Instalação das tubulações de esgoto 22
6. CONCLUSÕES 25
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26
8. ANEXOS 28
8
1. INTRODUÇÃO
Este relatório descreve todas as atividades desenvolvidas pela aluna do 8º período Ana
Carolina de Souza França, durante o período de Estágio supervisionado I, como requisito de
avaliação para aprovação no curso de Engenharia Civil na UNINASSAU. O estágio foi
desenvolvido na empresa xxxxx, sob a supervisão do engenheiro civil xxxxxx, na obra de
construção da maternidade, na cidade de xxxxx, durante o período de estágio supervisionado
obrigatório. O estágio supervisionado I foi desenvolvido no período de 14 de março à de 22
de abril de 2016.
A xxxxxxx é uma empresa privada fundada em 1980, especializada no ramo da
construção de edificações comerciais e residenciais.
O estágio supervisionado é um treinamento essencial para a formação integral do
aluno. É a partir desta etapa que é possível relacionar a teoria, vista em sala de aula, com a
prática desenvolvida no estágio. É a porta de entrada para o mercado de trabalho, onde se
adquirem experiências e formam-se laços profissionais com aqueles que já estão no mercado
há algum tempo.
9
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
Acompanhar e descrever as atividades realizadas no canteiro de obras durante a
construção da maternidade na cidade de xxxxxx.
2.2. Objetivos específicos
• Relatar as atividades desenvolvidas e experiências adquiridas no estágio;
• Vivenciar o dia a dia de uma gestão e administração de uma obra;
• Descrever o a execução dos processos construtivos da maternidade.
10
3. REFERENCIAL TEÓRICO
“O canteiro deverá ser preparado de acordo com a previsão de todas as necessidades,
assim como a distribuição conveniente do espaço disponível e obedecerá as necessidades do
desenvolvimento da obra.” (AZEREDO, 1997, p. 17)
“Alvenaria é toda obra constituída de pedras naturais, tijolos ou blocos de concreto,
ligados ou não por meio de argamassas, comumente deve oferecer condições de resistência e
durabilidade e impermeabilidade.” (AZEREDO, 1997, p. 125)
“A alvenaria de vedação pode ser definida como a alvenaria que não é dimensionada para
resistir a ações além de seu próprio peso. O subsistema vedação vertical é responsável pela
proteção do edifício de agentes indesejáveis (chuva, vento etc.) e também pela
compartimentação dos ambientes internos.” (Revista TÉCHNE, Julho/2006, edição 112)
Conexão Função
Joelho de 45º e de 90º Executar união e redução entre tubos e/ou
conexões de dois diâmetros diferentes,
formando curvatura ou desvio de 90° ou 45°.
Tê Executar a união ou encontro entre tubos
e/ou conexões provindos de direções
perpendiculares.
Luva simples Executar a união entre tubos e/ou conexões
de mesmo diâmetro e em linha reta.
Luva de redução Executar união e redução entre tubos e/ou
conexões de dois diâmetros diferentes.
Junção simples Executar união entre tubos e/ou conexões
para coletar dois fluxos que se interligam em
ângulo 45°.
Junção de redução Executar união entre tubos e/ou conexões
para coletar dois fluxos que se interligam em
ângulo de 45° com tubos e/ou conexões de
diâmetros diferentes (de acordo com a
característica da conexão).
Bucha de redução Executar união e redução entre tubos e/ou
11
conexões de dois diâmetros diferentes.
Tabela 01: Conexões hidráulicas e suas funções
Fonte: http://www.plastilit.com.br (2013)
“Alvenaria de vedação é uma alvenaria que não é dimensionada para resistir a ações
além de seu próprio peso. A vedação vertical é responsável pelo fechamento da edificação e
também pela compartimentação dos ambientes internos. A maioria das edificações executadas
pelo processo construtivo convencional (estrutura reticulada de concreto armado moldada no
local) utiliza para o fechamento dos vãos paredes de alvenaria.
Durante a elevação das paredes, os blocos devem ser assentados e alinhados segundo
especificado em projeto e de forma a exigir o mínimo de ajuste possível. Devem ser
posicionados enquanto a argamassa estiver trabalhável e plástica e, em caso de necessidade de
reacomodarão do bloco, a argamassa deve ser removida e o componente assentado novamente
de forma correta.
Os cordões de argamassa devem ser aplicados sobre os blocos numa extensão tal que
sua trabalhabilidade não seja prejudicada por exposição prolongada ao tempo e evitando-se a
queda nos vazados dos blocos. As juntas verticais e horizontais devem ter espessuras de 10
mm, exceto a junta horizontal da primeira fiada que pode chegar a 20 mm para correção de
possíveis desníveis da laje. Indicasse que a variação máxima da espessura das juntas de
argamassa seja de ± 3 mm.
Ligação estrutura-alvenaria: A interface alvenaria-estrutura deve receber atenção no
momento da elaboração do projeto. A diferença de natureza dos materiais leva a
comportamentos diferenciados durante a vida útil da edificação. Além disso, as estruturas têm
se tornado cada vez mais esbeltas, existindo então maior possibilidade de deformações, o que
pode tornar as ligações alvenaria/estrutura mais suscetíveis a problemas. Para estas interfaces
o uso das telas metálicas eletrossoldadas como componentes da ligação entre parede e pilar é
o indicado.
As telas metálicas eletrossoldadas disponíveis no mercado possuem malha de 15 x 15
mm e fio de 1,65 mm. As telas são fixadas aos pilares por meio de pinos de aço com arruelas
utilizando finca pinos acionado à pólvora. No momento da elevação das alvenarias essas telas
são inseridas nas juntas horizontais de argamassa a cada duas fiadas. Para isso, estas telas são
posicionadas anteriormente a cada 40 cm partindo da laje.” (PAULUZZI, produtos cerâmicos,
2012)
12
“O encunhamento é a ligação entre o topo da parede de alvenaria e a viga ou laje de
concreto armado que se situam acima, que ocorre em paredes de vedações de edifícios de
mais de um pavimento que são feitos em estruturas de concreto armado. A técnica mais
comum é o encunhamento com tijolos comuns, assentados inclinados e pressionados entre a
última fiada e a viga ou laje superior, como pode ser visto no desenho. Podem ser utilizadas
também cunhas pré-moldadas de concreto, ou então uma argamassa com expansor.”
(CONSTRUFACIL)
13
4. METODOLOGIA
4.1. Área de estudo:
A área de estudo foi o canteiro de obras da maternidade, situado no bairro de xxxxx na
cidade de xxxxxx.
Figura 01: Canteiro de obras da maternidade
Fonte: Autoria própria (2016)
4.2. Coleta de dados:
4.2.1. Levantamento bibliográfico: foram pesquisadas e extraídas informações
específicas de livros, artigos, sites, normas, etc. com o intuito de obter
embasamento teórico para a elaboração deste relatório.
4.2.2. Levantamento físico: obtenção dos dados in loco. Foi realizado o
acompanhamento das atividades executadas na construção da maternidade, coleta
de dados no canteiro de obras, levantamento das etapas construtivas já
concluídas, registro fotográfico.
14
4.3. Análise de dados:
Os dados coletados foram descritos neste relatório com o auxílio da plataforma
Microsoft Word 2010, foram elaboradas tabelas a fim de facilitar a interpretação dos
resultados, foram feitas também, comparações com as normas com o intuito de
verificar se a execução das atividades desenvolvidas no canteiro de obras seguem as
normas.
Foi utilizada uma câmera fotográfica de celular para o registro fotográfico.
Para a coleta dos dados in loco, anotações referentes à obra em execução, utilizou-se
caneta e um caderno.
15
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1. Descrição do canteiro de obras
O canteiro de obras possui escritório, almoxarifado, banheiros, refeitório, vestiários, área
de armazenamento dos materiais. Todas as instalações foram feitas mediante planejamento, de
acordo com as necessidades que a obra apresenta. A maternidade será composta de 90 leitos:
sendo 20 leitos de alojamento conjunto, 10 de alojamento canguru, 10 de risco habitual, 10 de
alto risco, 10 de UTI neonatal, 30 leitos de UCI neonatal e cada enfermaria será composta por
dois leitos.
Figura 02: Escritórios
Fonte: Autoria própria (2016)
Figura 03: Refeitório
Fonte: Autoria própria (2016)
16
Figura 04: Betoneira
Fonte: Autoria própria (2016)
No início do estágio fui apresentada aos funcionários e realizei uma sondagem no local,
observando todas as atividades desenvolvidas no canteiro de obras. Como a obra já estava em
andamento, fiz um levantamento das etapas já concluídas.
Etapa Status
Fundação Concluída
Pilares do pavimento térreo Concluídos
Vigas Concluídas
Alvenaria Em execução
Laje Não executada
Tabela 02: Levantamento das etapas construtivas da obra
Figura 05: Canteiro de obras
Fonte: Autoria própria (2016)
17
A partir do segundo dia fiquei observando as atividades que estavam sendo executadas
na obra.
5.2. Descrição do processo de execução da alvenaria
Do dia 14/03 a 22/ 04 estava sendo executada alvenaria. Quando cheguei à obra, a
marcação das alvenarias já tinha sido feita segundo o projeto arquitetônico. Essa marcação
consiste em executar apenas a primeira fiada da alvenaria, a fim de servir de referencial para a
execução das próximas fiadas, evitando assim erros de projeto.
A alvenaria utilizada na obra da maternidade foi a alvenaria de vedação. A execução
da alvenaria consistiu na montagem dos blocos cerâmicos interligados com juntas de
argamassa. Na execução da alvenaria utilizou-se o bloco cerâmico de 8 furos na posição em
pé (parede de meia vez). Somente na alvenaria da fachada da maternidade, por especificação
do projeto arquitetônico, utilizou-se o bloco cerâmico de 8 furos na posição deitada (parede de
uma vez). As juntas de assentamento apresentaram espessura entre 2 cm e 3 cm, superior à
exigida no item 5.1 da NBR 8545.
Figura 06: Tipos de parede
Fonte: http://ew7.com.br
No processo de execução utilizou-se prumo, linha para pedreiro, colher de pedreiro,
desempenadeira, régua metálica, esquadro, nível, trena. No processo de nivelamento da
alvenaria, a linha para pedreiro foi amarrada na horizontal entre dois pontos, na mesma altura,
e serve para nivelar o comprimento. O prumo foi usado para nivelar a inclinação da alvenaria.
18
Foi possível aprender através da execução da alvenaria como é feita a utilização correta do
prumo.
Figura 07: Alvenaria sendo executada
Fonte: Autoria própria (2016)
Para fazer a união do pilar à alvenaria, foi feita a limpeza do pilar, depois executou-se
a aplicação do chapisco. Depois foi feita a marcação para a aplicação da tela metálica de
amarração. A tela de amarração como já foi dito, tem a função de unir a alvenaria ao pilar.
Essa tela possui espessura igual a do bloco cerâmico e comprimento de 50 cm.
Obs.: Segundo a NBR 8545/84, no item 4.1.5, diz que a ligação da alvenaria com os
pilares é feita empregando barras de aço, porém, a norma nunca foi revisada. Hoje em dia
com o avanço das tecnologias construtivas, não se o utiliza mais as barras. A ligação é feita
com telas metálicas de amarração.
A aplicação da tela de amarração foi feita por meio de pistola finca-pinos. A tela foi
fixada no pilar a cada 2 fiadas, de forma que ficou 10 cm amarrado no pilar e 40 cm embutido
na junta horizontal da alvenaria.
Após a fixação das telas, iniciou-se a colocação dos blocos unidos por juntas de
argamassa.
19
Figura 08: Telas metálicas no pilar
Fonte: Autoria própria (2016)
5.3. Chapisco
O chapisco foi executado após a conclusão da alvenaria. Foi utilizada uma pasta fluida
composta de cimento e areia média. Na aplicação, o pedreiro lançou a pasta na parede com o
auxílio da colher de pedreiro e da desempenadeira.
Figura 09: Alvenaria com chapisco
Fonte: Autoria própria (2016)
20
5.4. Vergas e contravergas
Nos trechos da alvenaria que recebem janelas foram colocadas vergas e contravergas.
Já nos trechos onde recebem portas, foram colocadas vergas. As vergas e contravergas são
feitas de concreto armado e foram produzidas no próprio canteiro de obras. Elas foram
colocadas durante o processo de execução da alvenaria.
Figura 10: Vergas
Fonte: Autoria própria (2016)
Figura 11: Vergas e contravergas
Fonte: Autoria própria (2016)
21
5.5. Execução do Encunhamento
Na última fiada da alvenaria foi executado o encunhamento, que consiste na ligação da
alvenaria à viga. Nesse processo foram utilizadas cunhas de concreto, produzidas no próprio
canteiro de obras.
O processo consistiu em assentar as cunhas de concreto, unidas por argamassa, no
espaço entre a alvenaria e a viga.
Figura 12: Cunhas de concreto
Fonte: Autoria própria (2016)
Figura 13: Encunhamento
Fonte: Autoria própria (2016)
22
5.6. Estudo das conexões hidráulicas
No dia 16/03, no almoxarifado, me apresentaram alguns os tipos de conexões
hidráulicas e sua utilização. As conexões apresentadas foram: joelho de 45º e 90º; tê; luvas;
junções; curva de 45º e 90º; bucha de redução. Os canos e conexões de cor branca servem
para esgoto, já os marrons e azuis servem para água.
5.7. Instalação das tubulações de esgoto
Do dia 14/03 a 22/04 foi executada a instalação das tubulações de esgoto. No processo
de instalação das tubulações de esgoto, inicialmente eles escavaram o terreno até atingir a
profundidade inicial adequada para o projeto depois foram escavando seguindo o percentual
de declividade, para que o material que passará pelo tubo escoe através da gravidade. O
diâmetro do tubo usado inicialmente foi de 100 mm. Em outra parte da tubulação foi usado
diâmetro de 150 mm. Nos trechos da tubulação submetidos a grandes pressões, como por
exemplo, os joelhos, foi colocado concreto nesses trechos a fim de evitar rompimento da
tubulação.
Figura 14: Escavação das valas
Fonte: Autoria própria (2016)
23
O assentamento dos canos nas valas seguiu corretamente o anexo E.3 da NBR 8160
(Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução), desde a escavação até o reaterro.
Durante a escavação utilizou-se enxadas, pás, picaretas, chibancas e cavadeiras.
Depois que o terreno foi escavado e preparado de acordo com a inclinação necessária,
iniciou-se a colocação dos canos. Utilizou-se nível de mangueira e linha para pedreiro durante
a verificação da inclinação e do nivelamento. Os canos foram colocados e travados com
cunhas de concreto, para que durante o reaterro ele não saísse da posição. Durante o reaterro,
colocou-se terra aos poucos e foi sendo realizada a compactação para que os canos fiquem
bem travados, e não sofram recalque e deslocamentos.
Figura 15: Instalação das tubulações de esgoto
Fonte: Autoria própria (2016)
Segundo a NBR 8160 (Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução) no
item 4.2.3.2 b) a declividade mínima para tubos de diâmetro igual ou superior a 100 mm é
1%, porém, na obra utilizou-se 0,5%. Depois de escavado, foram colocando os canos PVC.
Em alguns trechos foram construídas caixas de inspeção feitas de alvenaria. Essas caixas tem
24
a função de permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou
direção das tubulações, segundo a NBR 8160, item 3.7.
No processo de construção das caixas de passagem, foi utilizada alvenaria e as
dimensões foram de 60 cm x 60 cm, e possuem tampas facilmente removíveis feitas de
concreto armado produzidas no canteiro.
Figura 16: Caixa de passagem aberta
Fonte: Autoria própria (2016)
Foi possível aprender como é feito o processo de verificação do esquadro durante a
construção das caixas. O pedreiro marca dois pontos um 30 cm e outro com 40 cm de
distância do vértice analisado. A ligação desses pontos vai ser a hipotenusa do triângulo
retângulo formado. Se a hipotenusa for igual a 50 cm, o esquadro está correto. O cálculo é
comprovado pelo Teorema de Pitágoras.
Figura 17: Esquadramento da alvenaria das caixas de passagem
Adaptado: http://pedreirao.com.br (2016)
25
6. CONCLUSÕES
O estágio supervisionado foi muito importante para minha formação, pois me
proporcionou um contato com o canteiro de obras, onde pude relacionar a teoria, vista em sala
de aula, com a prática desenvolvida no estágio.
Foi possível também verificar se a execução dos processos construtivos está de acordo
com os requisitos básicos e mínimos propostos nas especificações das normas técnicas
referentes a todas as atividades desenvolvidas.
As atividades do estágio foram enfatizadas no processo de execução de alvenaria de
vedação e instalação de tubulações de esgoto. Notou-se que às vezes os operários não seguem
a norma à risca, devido a diversos fatores, entre eles: vícios construtivos e tempo de execução.
26
7. REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício até sua cobertura. 2ª Edição, São Paulo, Edgard
Blücher, 1997.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8545- Execução de
alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos – Procedimento. Rio de
Janeiro, 1984.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 7200 - Execução de
revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento. Rio de
Janeiro, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8160 - Sistemas
prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução. Rio de Janeiro, 1999.
REVISTA TECHNÉ. Alvenaria racionalizada. Edição 112, São Paulo, PINI, 2006.
Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/112/artigo285542-1.aspx>
Acesso em: 17 de março de 2016.
PAULUZZI, Blocos cerâmicos. Alvenaria: alvenaria de vedação. Pauluzzi produtos
cerâmicos, 2012. Disponível em: <http://www.pauluzzi.com.br/vedacao.php> Acesso em:
17 de março de 2016.
PLASILIT. Catálogo técnico de produtos Plasilit, conexões, tubos e acessórios.
Disponível em: <http://www.plastilit.com.br/upload/download/6.pdf> Acesso em: 17 de
março de 2016.
EW7. Como representar a espessura das paredes em desenho técnico. EW7, 2014.
Disponível em: <http://ew7.com.br/projeto-arquitetonico-com-
autocad/index.php/tutoriais-e-dicas/97-como-representar-a-espessura-das-paredes-em-
desenho-tecnico.html> Acesso em: 19 de março de 2016.
PEDREIRÃO. Os 4 conhecimentos fundamentais de um pedreiro. Pedreirão, macetes
de construção, 2014. Disponível em: <http://pedreirao.com.br/reforma/os-04-
conhecimentos-fundamentais-de-um-pedreiro/> Acesso em: 19 de março de 2016.
CICHINELLI, Gisele. Obras: chapisco, emboço e reboco. Equipe de obra, Edição 55,
São Paulo, PINI, 2013. Disponível em: <http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-
reforma/55/chapisco-emboco-e-reboco-aprenda-a-preparar-as-argamassas-275577-
1.aspx> Acesso em: 20 de março de 2016.
27
SILVA, Lindoaldo Deodato da. Técnicas e procedimentos para assentamento de
alvenaria de vedação e estrutural. São Paulo, Universidade Anhembi Morumbi, 2007.
TCC. Disponível em: <http://engenharia.anhembi.br/tcc-07/civil-27.pdf> Acesso em: 29
de março de 2016.
CONSTRUFACIL. Encunhamento. Construfacil, Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://construfacilrj.com.br/como-levantar-uma-parede/ > Acesso em: 04 de abril de
2016.
28
8. ANEXO A
NBR 8545/84 - Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos
cerâmicos - Procedimento
1. OBJETIVO
Esta norma fixa as condições exigíveis para execução e fiscalização de alvenaria sem
função estrutural de componentes cerâmicos.
3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.6, complementadas pelas
constantes nas NBR 7170 e NBR 7171.
3.1. Contra verga
Componente estrutural localizado sob os vãos de alvenaria.
3.2. Escantilhão
Régua de madeira com o comprimento do pé direito do andar (distância do piso ao teto)
graduada com distâncias iguais a altura nominal do componente cerâmico.
3.3. Juntas de amarração
Sistema de assentamento dos componentes de alvenaria no qual as juntas verticais são
descontínuas.
3.4. Juntas a prumo
Sistema de assentamento dos componentes de alvenaria no qual as juntas verticais são
contínuas.
3.5. Ligação
União entre alvenaria e componentes da estrutura (pilares, vigas, etc.) obtida mediante o
emprego de materiais e disposições construtivas particulares.
29
3.6. Verga
Componente estrutural localizado sobre os vãos de alvenaria.
4. CONDIÇÕES GERAIS
4.1 Execução das alvenarias
4.1.1 A execução das alvenarias deve obedecer ao projeto executivo nas suas posições e
espessuras. Podem ser utilizados tijolos ou blocos cerâmicos que devem atender,
respectivamente, as especificações NBR 7170 e NBR 7171.
4.1.2 As paredes devem ser moduladas de modo a utilizar-se o maior número possível de
componentes cerâmicos inteiros.
4.1.3 O assentamento dos componentes cerâmicos deve ser executado com juntas de
amarração.
4.1.4 Na execução de alvenaria com juntas a prumo, é obrigatória a utilização de armaduras
longitudinais, situadas na argamassa de assentamento, distanciadas cerca de 60 cm, na
altura.
4.1.5 A ligação com pilares de concreto armado pode ser efetuada com o emprego de barras
de aço de diâmetro de 5 a 10 mm, distanciadas cerca de 60 cm e com comprimento da
ordem de 60 cm, engastadas no pilar e na alvenaria.
4.1.6 Recomenda-se chapiscar a face da estrutura (lajes, vigas e pilares) que fica em contato
com a alvenaria.
4.1.7 Recomenda-se não deixar panos soltos de alvenaria por longos períodos e nem
executá-los muito alto de uma só vez.
30
4.1.8 As alvenarias apoiadas em alicerces devem ser executadas no mínimo 24h após a
impermeabilização destes.
4.1.9 Nestes serviços de impermeabilização devem ser tomados todos os cuidados para
garantir a estanqueidade da alvenaria.
4.1.10 Recomenda-se molhar os componentes cerâmicos antes de seu emprego.
4.1.11 No caso de alvenaria de blocos de vedação os mesmos não devem ser usados com
furos na vertical e no sentido transversal ao plano da parede, com exceção em
disposições construtivas particulares.
4.1.12 A execução da alvenaria deve ser iniciada pelos cantos principais ou pelas ligações
com quaisquer outros componentes e elementos da edificação.
4.1.13 Deve-se utilizar o escantilhão como guia das juntas horizontais. A marcação dos traços
no escantilhão (graduação) deve ser feita através de pequenos sulcos realizados com
serrote.
4.1.14 Deve-se utilizar o prumo de pedreiro para o alinhamento vertical da alvenaria
(prumada).
4.1.15 Após o levantamento dos cantos deve-se utilizar como guia uma linha esticada entre
os mesmos, fiada por fiada, para que o prumo e a horizontalidade das fiadas, deste
modo, fiquem garantidas.
4.1.16 Para obras que não exijam estrutura em concreto armado, a alvenaria não deve servir
de apoio direto para as lajes. Deve-se prever uma cinta de amarração em concreto
armado sob a laje e sobre todas as paredes que dela recebam cargas.
4.1.17 Para obras com estrutura de concreto armada a alvenaria deve ser interrompida abaixo
das vigas ou lajes. Esse espaço deve ser preenchido após 7 dias, de modo a garantir o
perfeito travamento entre a alvenaria e a estrutura.
31
4.1.18 Para obras com mais de um pavimento o travamento da alvenaria, respeitado o prazo
de 7 dias, só deve ser executado depois que as alvenarias do pavimento imediatamente
acima, tenham sido levantadas até igual altura.
4.2 Vão de esquadria
4.2.1 Os vãos de portas e janelas devem atender às medidas e localização previstas no
projeto específico.
4.2.1.1 Devem ser somadas à medida do projeto para os vãos das esquadrias, as folgas
necessárias para o encaixe do batente. As folgas existentes entre a alvenaria e a
esquadria devem ser preenchidas com argamassa de cimento e areia.
4.3 Vergas e contra-vergas
4.3.1 Sobre o vão de portas e janelas devem ser moldadas ou colocadas vergas. Igualmente
sob o vão da janela ou caixilhos diversos devem ser moldadas ou colocadas contra-
vergas.
4.3.1.1 As vergas e contra-vergas devem exceder a largura do vão de pelo menos 20 cm de
cada lado e devem ter altura mínima de 10 cm.
4.3.1.2 Quando os vãos forem reativamente próximos e na mesma altura, recomenda-se uma
única verga sobre todos eles.
4.5 Argamassa de assentamento
4.5.1 Deve ser plástica e ter consistência para suportar o peso dos tijolos e mantê-los no
alinhamento por ocasião do assentamento.
4.5.2 Para se evitar a perda da plasticidade e consistência da argamassa, a mesma deve ser
preparada em quantidade adequada a sua utilização.
32
4.5.3 Em caso de distâncias longas de transporte pode-se misturar a seco os materiais da
argamassa, adicionando-se água somente no local do emprego da argamassa.
4.5.4 O traço deve ser escolhido em função dos materiais disponíveis na região.
4.5.5 Os materiais constituintes da argamassa e seus respectivos armazenamentos, bem
como a dosagem, preparação e aplicação da mesma, devem estar de acordo com as
normas específicas.
4.5.6 Para paredes externas não revestidas e/ou paredes em contato com umidade, a
argamassa deve também ser impermeável e insolúvel em água.
4.6 Revestimento com argamassa
O revestimento de alvenaria deve atender às prescrições da NBR 7200.
5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5.1. Juntas de assentamento
As juntas de argamassa devem ser no máximo de 10 mm e não devem conter vazios. No
caso de alvenaria aparente as juntas devem ser frisadas.
5.2. Verga e contra-verga
Quando o vão for maior do que 2,40 m a verga ou contra-verga deve ser calculada como
viga.
5.3. Peças para fixação de batentes e rodapés
Recomenda-se o uso de tacos de madeira de lei, grapas metálicas, pregos, parafusos e
buchas plásticas e outros.
5.4. Parapeito
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Os parapeitos e paredes baixas, não calçados superiormente, devem ser respaldados com
cinta de concreto armado, com altura mínima de 10 cm.
5.7 Andaimes
Os andaimes devem atender às prescrições da NBR 6494.
5.8 Instalações
5.8.1 Caso seja necessário a abertura de sulcos na alvenaria para embutimento das
instalações, estes só devem ser iniciados após a execução do travamento.
5.8.2 Os sulcos necessários podem ser feitos com discos de corte ou com ponteiros e
talhadeiras.
6. INSPEÇÃO
6.1. Generalidades
6.1.1. Cabe à fiscalização da obra a inspeção e o recebimento das alvenarias.
6.1.2. Todas as alvenarias devem ser inspecionadas conforme critérios indicados
nesta norma.
6.2. Espessuras
Devem estar de acordo com o projeto específico.
6.3. Locação
6.3.1. Deve ser verificada antes do início do levantamento da alvenaria e comprovada
após a alvenaria erguida, devendo estar de acordo com as dimensões do projeto
específico.
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6.3.2. Nesta verificação podem ser empregados instrumentos com a precisão de
trenas e esquadros de obra.
6.4. Planeza da parede
6.4.1. Deve ser verificada periodicamente o levantamento da alvenaria e comprovada
após a alvenaria erguida, não devendo apresentar distorção maior que 5 mm.
6.4.2. Sugere-se executar a verificação com régua de metal ou de madeira
posicionando-a em diversos pontos da parede.
6.5. Prumo
Deve ser verificado periodicamente durante o levantamento da alvenaria e comprovado
após a alvenaria erguida.
6.6. Nível
Deve ser verificado periodicamente durante o levantamento da alvenaria e comprovado
após a alvenaria erguida. Esta verificação pode ser feita com mangueira plástica
transparente que tenha diâmetro ≥ 13 mm.
NBR 8160/99 - Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução
3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.8 Caixa de passagem: Caixa destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de
esgoto sanitário.
4. REQUISITOS GERAIS
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4.1 Generalidades
4.1.1 O sistema de esgoto sanitário tem por funções básicas coletar e conduzir os despejos
provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários a um destino apropriado.
4.1.2 Por uso adequado dos aparelhos sanitários pressupõe-se a sua não utilização como
destino para resíduos outros que não o esgoto.
4.1.3 O sistema predial de esgoto sanitário deve ser projetado de modo a: a) evitar a
contaminação da água, de forma a garantir a sua qualidade de consumo, tanto no
interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, como nos ambientes
receptores; b) permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos
introduzidos, evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no
interior das tubulações; c) impedir que os gases provenientes do interior do sistema
predial de esgoto sanitário atinjam áreas de utilização; d) impossibilitar o acesso de
corpos estranhos ao interior do sistema; e) permitir que os seus componentes sejam
facilmente inspecionáveis; f) impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de
ventilação; g) permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que
facilitem a sua remoção para eventuais manutenções.
4.1.3.1 O sistema predial de esgoto sanitário deve ser separador absoluto em relação ao
sistema predial de águas pluviais, ou seja, não deve existir nenhuma ligação entre os
dois sistemas.
4.1.4 A disposição final do efluente do coletor predial de um sistema de esgoto sanitário
deve ser feita: a) em rede pública de coleta de esgoto sanitário, quando ela existir; b)
em sistema particular de tratamento, quando não houver rede pública de coleta de
esgoto sanitário.
4.1.5 O sistema particular de tratamento, referido no item anterior, deve ser concebido de
acordo com a normalização brasileira pertinente.
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4.1.6 Quando da utilização de aparelhos trituradores em pias de cozinha, deve ser atentado
para a adequabilidade do mesmo ao sistema, segundo recomendações do fabricante.
4.1.7 Todos os materiais e componentes utilizados nos sistemas prediais de esgoto sanitário
devem atender às exigências previstas em 4.4.
4.1.8 Deve ser evitada a passagem das tubulações de esgoto em paredes, rebaixos, forros
falsos, etc. de ambientes de permanência prolongada. Caso não seja possível, devem
ser adotadas medidas no sentido de atenuar a transmissão de ruído para os referidos
ambientes.
4.2.3 Ramais de descarga e de esgoto
4.2.3.1 Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto
sanitário devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para
isso, apresentar uma declividade constante.
4.2.3.2 Recomendam-se as seguintes declividades mínimas: a) 2% para tubulações com
diâmetro nominal igual ou inferior a 75; b) 1% para tubulações com diâmetro nominal
igual ou superior a 100.
4.2.3.3 As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com
ângulo central igual ou inferior a 45°.
4.2.3.4 As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas
com peças com ângulo central igual ou inferior a 90°.
4.2.3.5 É vedada a ligação de ramal de descarga ou ramal de esgoto, através de inspeção
existente em joelho ou curva, ao ramal de descarga de bacia sanitária.
4.2.3.6 Os ramais de descarga e de esgoto devem permitir fácil acesso para desobstrução e
limpeza.
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4.2.3.7 Os ramais de descarga e de esgoto devem ser dimensionados conforme detalhado em
5.1.2.
4.2.5 Subcoletores e coletor predial
4.2.5.1 O coletor predial e os subcoletores devem ser de preferência retilíneos. Quando
necessário, os desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou inferior
a 45°, acompanhados de elementos que permitam a inspeção.
4.2.5.2 Todos os trechos horizontais devem possibilitar o escoamento dos efluentes por
gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante, respeitando-se os
valores mínimos previstos em 4.2.3.2. A declividade máxima a ser considerada é de
5%.
4.2.5.3 No coletor predial não devem existir inserções de quaisquer dispositivos ou embaraços
ao natural escoamento de despejos, tais como desconectores, fundo de caixas de
inspeção de cota inferior à do perfil do coletor predial ou subcoletor, bolsas de
tubulações dentro de caixas de inspeção, sendo permitida a inserção de válvula de
retenção de esgoto.
4.2.5.4 As variações de diâmetro dos subcoletores e coletor predial devem ser feitas mediante
o emprego de dispositivos de inspeção ou de peças especiais de ampliação.
4.2.5.5 Quando as tubulações forem aparentes, as interligações de ramais de descarga, ramais
de esgoto e subcoletores devem ser feitas através de junções a 45°, com dispositivos
de inspeção nos trechos adjacentes; quando as tubulações forem enterradas, devem ser
feitas através de caixa de inspeção ou poço de visita.
4.2.5.6 O coletor predial e os subcoletores devem ser dimensionados conforme prescreve
5.1.4.
4.4 Materiais
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4.4.1 Os materiais a serem empregados nos sistemas prediais de esgoto sanitário devem ser
especificados em função do tipo de esgoto a ser conduzido, da sua temperatura, dos
efeitos químicos e físicos, e dos esforços ou solicitações mecânicas a que possam ser
submetidas às instalações.
4.4.2 Não podem ser utilizados nos sistemas prediais de esgoto sanitário, materiais ou
componentes não constantes na normalização brasileira.
NOTA - Componentes ou materiais ainda não normalizados no âmbito da ABNT
podem ser empregados, desde que atendam às normas do país de origem.
4.5 Documentação básica de projeto
A documentação básica do projeto deve contemplar: a) projeto executivo, composto pelos
seguintes itens: 1) planta baixa da cobertura, andar (es) tipo, térreo, subsolo(s), com a
indicação dos tubos de queda, ramais e desvios, colunas de ventilação (no caso de sistema
com ventilação secundária), dispositivos em geral; 2) planta baixa do pavimento inferior,
com traçados e localização dos subcoletores, coletor predial, dispositivos de inspeção,
local de lançamento do esgoto sanitário e suas respectivas cotas; 3) esquema vertical (ou
fluxograma geral) apresentado em separado ou em conjunto com o sistema predial de
águas pluviais, sem escala, indicando os componentes do sistema e suas interligações; 4)
plantas, em escala conveniente, dos ambientes sanitários, com a indicação do
encaminhamento das tubulações; 5) detalhes (cortes, perspectivas, etc.) que se fizerem
necessários para melhor compreensão do sistema; b) memorial descritivo e especificações
técnicas; c) quantificação e orçamento.
5. DIMENSIONAMENTO
5.1.5 Dispositivos complementares
5.1.5.2 Caixas de passagem
As caixas de passagem devem ter as seguintes características: a) quando cilíndricas, ter
diâmetro mínimo igual a 0,15 m e, quando prismáticas de base poligonal, permitir na base
a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo igual a 0,15 m; b) ser providas de tampa
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cega, quando previstas em instalações de esgoto primário; c) ter altura mínima igual a
0,10 m; d) ter tubulação de saída dimensionada pela tabela de dimensionamento de ramais
de esgoto, sendo o diâmetro mínimo igual à DN 50.
6. EXECUÇÃO
Os sistemas prediais de esgoto sanitário devem ser executados de acordo com o projeto,
de forma a garantir o atendimento aos requisitos de desempenho conforme 4.2. No anexo
E são apresentados alguns procedimentos e cuidados a serem tomados quando da
execução dos sistemas prediais de esgoto sanitário. No anexo G são apresentados os
procedimentos de ensaios de recebimento do sistema. As tubulações aparentes do sistema
predial de esgoto sanitário devem ser pintadas conforme a NBR 6493.
7. MANUTENÇÃO
Os componentes do sistema predial de esgoto sanitário devem ser mantidos estanques ao
ar (exceto os terminais das colunas de ventilação ou tubo ventilador primário) e à água,
limpos e desobstruídos, de forma a garantir, ao longo do tempo de uso, o máximo de
eficiência. Dessa forma, é recomendada a verificação periódica do sistema, a fim de
identificar pontos passíveis de manutenção. No anexo F são apresentados alguns
procedimentos e cuidados a serem tomados na manutenção dos sistemas prediais de
esgoto sanitário.
Anexo E (informativo)
Procedimentos e cuidados na execução dos sistemas prediais de esgoto sanitário
E. 1 Manuseio de materiais
Todas as tubulações, componentes e materiais empregados nas instalações devem atender às
disposições contidas nas normas brasileiras relativas ao manuseio dos mesmos. Além das
normas, e no caso de não existir norma específica, devem ser observadas as instruções dos
fabricantes, no tocante ao manuseio (carregamento, transporte e armazenamento), dos
produtos por eles fabricados.
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E. 2 Juntas
Todas as juntas executadas nas tubulações, e entre as tubulações e os aparelhos sanitários
devem ser estanques ao ar e à água devendo assim permanecer durante a vida útil. As
instruções dos fabricantes devem ser sempre observadas de forma a se obter uma junta eficaz.
Nenhum material utilizado na execução de juntas deve adentrar nas tubulações de forma a
diminuir a seção de passagem destas tubulações. As juntas e as tubulações devem estar de tal
forma arranjadas que permitam acomodar os movimentos decorrentes de efeitos de dilatação
térmica, tanto da estrutura do prédio como do próprio material da instalação. É vedada a
confecção de juntas que deformem ou venham a deformar fisicamente os tubos ou aparelhos
sanitários, na região de junção entre as partes, como por exemplo, fazer bolsa alargando o
diâmetro do tubo por meio de aquecimento.
E. 3 Assentamento em valas
O fundo das valas deve ser cuidadosamente preparado de forma a criar uma superfície firme
para suporte das tubulações. Pontas de rocha ou outros materiais perfurantes, lama, etc. devem
ser removidas e substituídas por material de enchimento. A largura da vala deve ser tal que
permita a execução das atividades de montagem das tubulações, seu assento e rejuntamento.
Durante o reaterro das valas, a tubulação deve estar cercada de material adequado,
compactado de forma a resistir a movimentos ocasionados durante o reaterro. Exceto quando
os métodos de rejuntamento e compactação mostrarem-se insuficientes para prevenir
movimentos longitudinais, devem ser projetadas ancoragens de forma a resistir às possíveis
solicitações do solo, tráfego externo, entre outras.
E. 4 Proteção e fixação
Partes ou componentes da instalação que permaneçam externamente (instalação aparente) e
requeiram proteção contra corrosão atmosférica devem ser fixadas de tal maneira que o acesso
seja livre em volta das mesmas, de forma a se poder aplicar tinta ou outro tipo de
revestimento protetor; a distância mínima livre ao redor deve ser igual a 30 mm, sendo que
todos os fixadores devem estar alinhados e fixos rigidamente ao corpo da edificação. O
método de fixação das instalações deve considerar os movimentos causados por variação de
temperatura, principalmente quando se utiliza tubos ou peças de material plástico, fibra de
vidro e de cobre. Quando tubos destes materiais atravessam paredes ou pisos, devem ser
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protegidos por material que absorva as movimentações. Quando a tubulação atravessar
paredes e pisos no sentido transversal, as mesmas devem ser protegidas com material inerte.
As tubulações devem ser fixadas de forma que não sofram danos causados pela
movimentação da estrutura do prédio ou por outras solicitações mecânicas. O método de
fixação das tubulações deve ser tal que possibilite garantir a declividade de projeto das
tubulações. O intervalo entre os dispositivos fixadores varia conforme o material da
tubulação, e deve ser tal, que não provoque, ao longo do desenvolvimento da mesma, trechos
passíveis de acumulação de esgoto e ou contra declividades.
E. 5 Proteção durante a obra
Todo cuidado deve ser tomado para proteger as tubulações e aparelhos sanitários durante
execução da obra e prevenir a entrada de materiais estranhos para o interior das mesmas.
Quando o método de junção entre as tubulações for executado por meio de junta elástica (anel
“O-ring”) deve-se fixar a tubulação de forma a prevenir a ocorrência de deflexão nas juntas. É
recomendável o não carregamento nas tubulações de qualquer carga externa, temporária ou
permanente, durante ou após a execução da obra. Todas as tampas dos acessos para inspeção e
limpeza devem estar colocadas e fixadas nos respectivos dispositivos de inspeção. Todas as
aberturas devem ser devidamente protegidas por peças ou meios adequados e assim
permanecerem durante toda a execução da obra.
NBR 7200 - Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
Procedimento
8.5 Aplicação do chapisco
8.5.1 A argamassa de chapisco deve ser aplicada com uma consistência fluida,
assegurando maior facilidade de penetração da pasta de cimento na base a ser
revestida e melhorando a aderência na interface revestimento-base.
8.5.2 O chapisco deve ser aplicado por lançamento, com o cuidado de não cobrir
completamente a base.
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