américa do sul: transformações e permanências depois da pink tide
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América do Sul Transformações e Permanências depois da Pink Tide
Alessandro Donadio Miebach
Núcleo de Política Econômica/CEES/FEE
O que é a Pink Tide?
• América do Sul compartilhou experiências políticas, econômicas e sociais ao longo de sua trajetória.
• Na primeira década do século XXI ocorre a Pink Tide na América do Sul
1998
2003
2002
2004
2005
2006
2006
2004
2008
A cronologia da Pink Tide
O contexto internacional
• Relevância da China na economia internacional.
• Centralidade do Oriente Médio e da Ásia Central na política externa norte-americana.
O boom de Commodities
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1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Commodities energéticas Commodities não energéticas
FONTE: Banco Mundial e 1 Base 2010=100
A Pink Tide
• Decepção com os resultados do Consenso de Washington
• Maiores graus de liberdade para a atuação estatal
• O boom de commodities dinamizou o crescimento econômico: seja induzindo diretamente a atividade produtiva, seja aliviando as históricas restrições no balanço de pagamentos.
• valorizar os salários e implantação/ampliação dos programas de renda mínima
– redução da pobreza
– desigualdade de renda
• Crescimento retroalimentou-se das melhores condições da demanda interna e da intensificação dos fluxos comerciais.
• Em maior ou menor grau, ocorreu compatibilização de benefícios aos atores sociais da região: trabalhadores viram rendimentos crescer; empresários expandiram negócios; estratos médios sofisticaram seu consumo.
Evolução do Salário Mínimo1 na América do Sul
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1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Commodities energéticas Commodities não energéticas Salário minimo
FONTE: Banco Mundial e CEPAL. NOTA: 1 Exclusive Colômbia, Guiana, Suriname. 2 Base 2010=100
A Pink Tide
• Sinais de Esgotamento a partir de 2011
• Ativismo estatal reativo – Direcionadas aos efeitos imediatos: controles de preços; subsídios;
• Limitações estruturais: – Sistema produtivo dependente de commodities
– Setor industrial diminuído e deslocado das cadeias produtivas globais
– Sistemas tributários ineficientes
– Problemas de na infraestrutura e na educação
– Instituições políticas carentes de reforma.
Primeiro balanço
• A Pink Tide foi bem sucedida em modificar – Padrões de exclusão social
– Níveis de concentração de renda observado ao longo do século XX.
• Limites: o empuxo externo não se converte em um processo de crescimento autônomo.
• Inflexão: Crises Econômicas e Turbulências Políticas.
• Fim do consenso social
A reversão da Pink Tide
2012
2013
2015
2015 2016
O que se apresenta
• Sinalização de inversão das políticas adotadas na última década: – Menor ativismo estatal
– Enfraquecimento das instituições supranacionais da região
– Retorno as políticas liberais do final do século XX.
• A ironia da trajetória da Pink Tide é que seu fim guarda certa semelhança com o colapso dos regimes autoritários da década de 70: A modificação do contexto internacional associa-se a ruptura da dinâmica econômica e, por extensão, do arranjo político vigente. A América do Sul aparenta continuar sendo objeto e não sujeito de seu próprio desenvolvimento.
NEPE/CEES/FEE
Apresentador:
Alessandro Donadio Miebach
(Analista Pesquisador em Economia/FEE)
Fundação de Economia e Estatística
Siegfried Emanuel Heuser
Rua Duque de Caxias, 1691
Centro Histórico, Porto Alegre
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