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Ambientes virtuais de aprendizagem EDUARDO PENTERICH* “Nossa era da ansiedade é, em grande parte, o resultado de tentar fazer o trabalho de hoje com as ferramentas de ontem.” Marshall Mcluhan RESUMO O artigo aborda inicialmente um breve relato sobre as fronteiras do ensino não-presencial, sobretudo, após a criação da portaria 2.253 do MEC, desafiando as Instituições de Ensino Superior – IES – a incorporar as novas tecnologias de informação e comunicação ao contexto educacional. A seguir, apontam-se alguns indicadores que podem ser considerados na escolha de um Ambiente Virtual de Aprendizagem, também cha- mado de LMS – Learning Management System. Para finalizar, relata-se a experiência da Universidade Meto- dista de São Paulo no desenvolvimento de um ambiente próprio e o uso deste sistema pelos professores e alunos da graduação. Destaca-se a importância das novas tecnologias como fator de aproximação entre alunos e professores, quebrando barreiras e vencendo resistências dentro do espaço universitário. Palavras-chave: ambientes virtuais de aprendizagem; NTICs; LMS; suporte ao ensino presencial; SIGA. * Mestre em Administração e Doutorando em Comunicação Social (PósCom/ Umesp). Analista de Tecnologias em EAD do Núcleo de Tecnologias Aplicadas à Educação da Umesp. Professor do Curso de Rádio e TV e do Curso de Administração com Ênfase em Serviços de Comércio Eletrônico. E-mail: [email protected]

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Ambientes virtuaisde aprendizagem

EDUARDO PENTERICH*

“Nossa era da ansiedade é, em grandeparte, o resultado de tentar fazer

o trabalho de hoje com as ferramentasde ontem.” Marshall Mcluhan

RESUMO

O artigo aborda inicialmente um breve relato sobre as

fronteiras do ensino não-presencial, sobretudo, após a

criação da portaria 2.253 do MEC, desafiando as

Instituições de Ensino Superior – IES – a incorporar as

novas tecnologias de informação e comunicação ao

contexto educacional. A seguir, apontam-se alguns

indicadores que podem ser considerados na escolha de

um Ambiente Virtual de Aprendizagem, também cha-

mado de LMS – Learning Management System. Para

finalizar, relata-se a experiência da Universidade Meto-

dista de São Paulo no desenvolvimento de um ambiente

próprio e o uso deste sistema pelos professores e alunos

da graduação. Destaca-se a importância das novas

tecnologias como fator de aproximação entre alunos e

professores, quebrando barreiras e vencendo resistências

dentro do espaço universitário.

Palavras-chave: ambientes virtuais de aprendizagem;

NTICs; LMS; suporte ao ensino presencial; SIGA.

* Mestre em Administração e Doutorando em Comunicação Social (PósCom/Umesp). Analista de Tecnologias em EAD do Núcleo de Tecnologias Aplicadasà Educação da Umesp. Professor do Curso de Rádio e TV e do Curso deAdministração com Ênfase em Serviços de Comércio Eletrônico. E-mail:[email protected]

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INTRODUÇÃO

Há tempos os educadores usam a tecnologia paraenriquecer as aulas e torná-las mais interessantes edinâmicas, mas a tecnologia é quase sempre vista apenascomo ferramenta de suporte ao ensino presencial, comose o docente ou o conteúdo que é ensinado fosse ocentro do processo. Os paradigmas mudaram e pareceque muitos educadores ainda não conseguiram percebero quanto as Novas Tecnologias de Informação e Comu-nicação – NTICs – têm características que as permitemassumir um papel mais relevante no processo de ensino-aprendizagem; entre outras coisas, o aprendizado podeser construído no ritmo do aluno, na hora e no local emque ele está disponível para aprender. Entender sobre asnovas tecnologias é fundamental e elas precisam estarenraizadas na cultura dos que se envolvem com o ensinoa distância (PETERS, 2001).

Saber que a EAD, impulsionada pela internet, vemabrindo cada vez mais as portas das universidades paraalunos de todos os lugares com igualdade de acesso,nos faz enveredar por este assunto com mais afinco.

Neste artigo, inicialmente é apresentado breve relatosobre as relações de ensino-aprendizagem na comunicaçãoa distância e o surgimento das NTICs. Em seguida,selecionamos algumas das novas tecnologias de interesseespecial para os que se envolvem com EAD, entre elas, osLCMS – Learning Content Management Systems (SistemasGerenciadores de Conteúdo e Aprendizagem na Web), ouapenas LMS – Learning Management Systems (SistemasGerenciadores de Aprendizagem na Web). Aqui oschamamos de Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Serãodestacados alguns indicadores que podem ser considerados

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ao escolher o melhor ambiente, levando-se em conta omomento e as necessidades dos docentes, alunos e Ins-tituições de Ensino.

Por fim, é apresentada a experiência da Universi-dade Metodista de São Paulo na concepção de um LMSpróprio, explorando suas características, recursos e seuuso nos cursos de graduação.

AS FRONTEIRAS DO ENSINONÃO-PRESENCIAL

Por milênios, ensinar e estudar foram atos queocorreram com proximidade física, estabelecendo-secomo padrão na cabeça das pessoas. Assim, o ato deensinar e estudar a distância é considerado de antemãoexcepcional e, muitas vezes, difícil. Pelo fato de muitosconsiderarem a distância em relação aos estudantes comoalgo negativo, e a proximidade física, pelo contrário,como desejável e necessária, já as primeiras tentativas deestabelecer princípios didático-tecnológicos para a EAD sepropunham a encontrar meios e caminhos para superar,reduzir, amenizar e até mesmo anular a distância física.

Uma idéia ainda ativa desde os tempos antigos é oensino por correspondência, que sugere diminuir adistância entre docentes e discentes por meio da co-municação por correspondência. Esta cultura tem umalonga tradição. Platão transmitiu seus pensamentos poresse meio, e o apóstolo Paulo escreveu muitas cartas aosromanos, aos coríntios, aos efésios, aos filipenses e aostessalonicenses a fim de divulgar o cristianismo. Depoisda introdução do ensino obrigatório universal, ampliou-se o círculo daqueles que faziam uso da correspondência(PETERS, 2001).

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Em seguida, surgiram outros modelos, com o intuitode encurtar a distância entre docentes e discentes,permitindo maior interação e participação colaborativana construção do conhecimento. Modelos que buscavamcriar uma atmosfera mais informal, pessoal e incen-tivadora, tornando as relações no processo ensino-aprendizagem mais empáticas.

Com o surgimento das Novas Tecnologias de Infor-mação e Comunicação – NTICs –, as relações inter-pessoais e interinstitucionais, sobretudo na EAD, passampor uma revolução muito grande, sem precedentesquanto aos seus efeitos e possibilidades. Não se trataapenas de inovações tecnológicas, mas, sim, de umasérie de desenvolvimentos simultâneos, que atualmentese convergem e se potencializam: primeiro, o desen-volvimento do computador com a possibilidade dearmazenar informações e de chamá-las novamente àtela, num piscar de olhos ou de oferecer programasinterativos; segundo, a evolução das telecomunicações,que disponibilizam tecnologias de áudio e vídeo comdesempenho cada vez maior; terceiro, o desenvolvimentodas tecnologias multimidiáticas, que estão revolu-cionando a produção de conteúdo para diferentessuportes (CDs, DVDs, computadores, palmtops, celulares,rádio digital e tv digital), permitindo a interação cada vezmaior; e, quarto, a criação de grandes e abrangentesbancos de dados e sua ligação com as redes globais decomputadores de vários países, interligados pela internet(BALDWIN, McVOY, STENFIELD, 1996).

Com o surgimento em especial da web, as novastecnologias encurtaram espaços, atingindo uma camadade pessoas da sociedade cada vez maior, sobretudoaquelas que estão em constante movimento, permitindo

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transmitir informações e avaliar o conhecimento deforma extremamente ágil e estratégica.

O Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria deEnsino Superior (Sesu) também avançaram e estãoincentivando o uso das NTICs, indicando e propondocaminhos para o desenvolvimento de um ensino superiorde qualidade e eficiência, com o apoio destas fer-ramentas tecnológicas.

Com certeza, a portaria 2.253 do MEC, de 18 deoutubro de 2001, que permite às Instituições de EnsinoSuperior oferecer até 20% da carga horária de seuscursos por meio de atividades não presenciais, chegoupara transformar e movimentar o ensino superior bra-sileiro, surpreendendo a todos, deixando as instituiçõesde ensino impactadas com as inúmeras possibilidades,oportunidades e desafios trazidos pela lei. Felizmente,esta portaria trouxe para as IES a discussão de comodesenvolver, pensar, propor e criar metodologias deensino que vislumbrem novas maneiras de ensinar eaprender que não necessariamente aquelas que co-nhecemos e aceitamos, da sala de aula tradicional epresencial (MAIA, 2002).

Desta forma, as discussões e projetos relacionadosao desenvolvimento de ferramentas e sistemas utilizandoas tecnologias de informação e comunicação, que eramtratados apenas como objeto de pesquisa acadêmica,agora alçam vôos maiores. As Instituições de Ensinoacordaram para o debate, para o ensino com tecno-logias interativas, ambientes virtuais de aprendizagem,trabalhos colaborativos, docentes e discentes tendo queser capacitados para este novo mundo que se apresenta.

Atualmente, o grande desafio das escolas inova-doras é o de incorporar as Novas Tecnologias de

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Informação e Comunicação no contexto educacional,seja como suporte aos cursos e disciplinas presenciais,seja nos cursos semipresenciais e a distância.

Como escolher um ambiente virtual de aprendiza-gem, capaz de permitir que os docentes e alunos trans-mitam e busquem o conhecimento no seu ritmo, local ehorário mais convenientes? Qual a melhor ferramentapara gerenciar este processo, de forma a ajudar o alunoa não se entregar à sensação de estar isolado na uni-versidade e, de certa forma, entregue à própria sorte?Estas e outras questões serão abordadas a seguir.

OS AMBIENTES VIRTUAISDE APRENDIZAGEM

Os primeiros ambientes virtuais de aprendizagemsurgiram com iniciativas isoladas dentro das IES –Instituições de Ensino –, utilizando os recursos da própriaweb, há cerca de 10 anos. Os cursos a distância seapresentavam essencialmente como páginas web, ver-sões eletrônicas dos livros, com muitos textos, poucasfiguras e animações e com pouquíssimas possibilidadesde interação – feita quase que exclusivamente por meiodo tradicional correio eletrônico (MAIA, 2002).

Com a popularização da web, surgiram novasferramentas de comunicação, algumas em tempo real,outras não, como por exemplo: os chats (bate-papos),fóruns, listas e grupos de discussão (e-groups), comu-nidades virtuais, web conference, etc. (KANE, 1995).Muitos professores passaram a usá-las de forma isoladaem suas disciplinas e cursos, pois permitiam dispo-nibilização de conteúdos, materiais didáticos de apoio ealguma forma de interação com os alunos.

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A etapa seguinte foi buscar novas formas de reuniros recursos de interação, as páginas de conteúdo e asinformações geradas pelos professores e alunos em suasatividades durante os cursos. Nascia o conceito do LMS– Learning Management System, ou sistemas geren-ciadores de aprendizagem, posteriormente tambémchamados de LCMS – Learning and Content Managment

System, sistemas gerenciadores de conteúdo e apren-dizagem (PORTER, 1997).

Este fato permitiu maior integração entre as Ins-tituições de Ensino, docentes e discentes, que passarama utilizar a rede internet e a web para pesquisar, apre-sentar, ilustrar, colocar materiais, produzir conteúdos,elaborar disciplinas semipresenciais e cursos totalmentea distância. Surgiu também a necessidade de se fazer agestão destas atividades: pedagógica e administrativa,interna e externa ao ambiente institucional.

O gerenciamento de conteúdo, a gestão de usuá-rios, a infra-estrutura de comunicação e distribuição e aprodução de conteúdos didáticos, interativos e virtuais,fizeram com que, em anos recentes surgissem soluçõessimples e complexas, gratuitas e comerciais, todas elascom características e possibilidade de atender as de-mandas educacionais e corporativas. Os ambientesvirtuais de aprendizagem surgiram e sofreram inúmerasadaptações e correções para atender a necessidade dosprofessores, alunos e instituições de ensino.

O que se tem percebido ao longo dos últimos anosé uma tendência da maioria das IES que oferecemcursos na modalidade semipresencial e a distância,desenvolverem seus próprios LMS, tendo em vista asnecessidades de integração com os demais sistemas decontrole acadêmicos e financeiros da Instituição.

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A TRAJETÓRIA DA UNIVERSIDADE METODISTANA ESCOLHA DO LMS

A Universidade Metodista de São Paulo iniciou em2002 o desenvolvimento de um LMS próprio, chamadoSIGA – Sistema Integrado de Gestão de Aprendizagem –,concebido inicialmente como uma ferramenta de suporteàs atividades presenciais na internet, para os cursos degraduação.

Para os cursos de atualização profissional, extensãoe pós-graduação lato sensu oferecidos na modalidadesemipresencial e a distância, optou-se pela aquisição deum LMS externo. Os primeiros trabalhos, iniciados emmeados do ano 2000, foram desenvolvidos no ambienteAULANET, gratuito e desenvolvido pela PUC-RIO. Emseguida, trabalhou-se aproximadamente um ano com oUNIVERSITE, da MHW, como parte integrante do PortalSophya. Posteriormente, foram feitos alguns ensaios como Lotus Learning Space, com o Eureka, o TopClass ealgumas outras soluções comerciais, até a chegada daplataforma canadense WEBCT. Com excelente interfacede interação e mecanismos de comunicação, estaferramenta se mostrou um ótimo recurso para dis-ponibilização e gerenciamento de conteúdos e ativi-dades. Por aceitar os padrões internacionais AICC/SCORM, o ambiente favorecia o rastreamento do per-curso de aprendizagem percorrido pelo aluno, permi-tindo um atendimento personalizado e individualizadodos tutores e monitores. As únicas desvantagens erama forma de licenciamento do produto, que tornavadispendiosa a manutenção anual, bem como a im-possibilidade de integração com o sistema acadêmicoe financeiro da escola.

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Em 2004, seguindo as premissas e os conceitos deuma plataforma de código aberto, gratuita, facilmentecustomizável e adaptável às necessidades de mudançascada vez mais rápidas e constantes, a UniversidadeMetodista opta pela utilização do TELEDUC nos cursosde extensão e pós-graduação, que alguns especialistasnão chamariam de LMS, classificando-o como umsistema intermediário, se comparado a outras soluçõescomerciais, que são caríssimas.

Todas estas experiências permitiram à UniversidadeMetodista um aquilatamento do LMS desenvolvidointernamente, o SIGA, que não teria sido possível semo aprendizado acumulado a partir do uso das plata-formas comerciais.

Sobre esta etapa, a concepção e o uso do SIGAnos cursos de graduação, vamos focalizar nossa atençãono tópico a seguir.

O QUE É O SIGA

O SIGA – Sistema Integrado de Gestão de Apren-dizagem – é um sistema desenvolvido pela Univer-sidade Metodista de São Paulo para dar suporte aosalunos e professores, de forma complementar aosencontros do ensino presencial. Nele podem serencontradas orientações sobre datas, trabalhos uni-versitários, provas, materiais didáticos e outras ativi-dades previstas para o semestre. Por estar plenamenteintegrado aos demais sistemas de controles aca-dêmicos e administrativos da Instituição, o SIGA abreas portas para o acompanhamento de notas, faltas eoutros aspectos da relação com a Instituição, fa-cilitando o acesso a informações úteis.

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Tanto os professores como os alunos podem acessá-lo pelo Portal da Metodista.

ACESSO AO PORTAL E AO SIGA

O SIGA é um sistema que integra o Portal da Meto-dista, podendo ser acessado pela página principal –http://www.metodista.br. Ao entrar na home page daMetodista, o acesso ao Portal é visualizado na partesuperior direita da página, conforme mostra a figura.

Ao clicar no link de acesso, deve-se preencher osrespectivos campos com o nome de usuário nome de usuário nome de usuário nome de usuário nome de usuário e senha senha senha senha senhafornecidos pela secretaria da faculdade.

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Caso tenha sido esquecida a senha, há uma opçãoque pode ser utilizada, gerando automaticamente umanova, que é enviada para o e-mail do usuário.

A seguir, pretende-se destacar o porquê e as van-tagens de se usar o SIGA num curso de graduação, bemcomo os recursos que o sistema oferece aos alunos eprofessores.

PORQUE USAR O SIGA

O SIGA ajuda a otimizar o tempo do professor e doaluno, pois a partir do momento em que são intro-duzidos no sistema o plano de ensino, o plano de aulase outras informações sobre as disciplinas de um curso,torna-se mais fácil para os alunos acompanharem ocurso de casa, do trabalho ou de qualquer lugar comacesso à internet.

O SIGA, cujo conceito se aproxima de um LCMS(Sistemas Gerenciadores de Conteúdo e Aprendizagemna Web), também pode ser considerado um granderepositório de informações, um espaço no qual o pro-fessor pode disponibilizar seus materiais de aula, apos-tilas, tutoriais, apresentações em PowerPoint, páginasHTML e arquivos em qualquer outro formato. Para os

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alunos há uma economia significativa de tempo edinheiro, anteriormente gastos nas copiadoras.

O uso pleno do SIGA é um primeiro passo para ooferecimento da disciplina na modalidade semipresencial.Ao elaborar um roteiro para cada aula, os alunos têm apossibilidade de realizar as atividades propostas segundoseu próprio ritmo. Isso dá mais flexibilidade à aula e, aomesmo tempo, permite aos que por algum motivo per-deram a aula presencial, que a façam em sua própriacasa ou em outro espaço de sua preferência.

Para os alunos, a grande vantagem do SIGA é apossibilidade de economizar com as cópias. O sistemaoferece a opção de fazer download dos arquivos para oseu computador (apostilas, tutoriais, vídeos, apre-sentações em PowerPoint, etc.) e imprimir em sua casa,ou, ainda, ler e interagir na tela do computador.

A figura que a seguir ajuda a entender comofunciona a estrutura de navegação do sistema, suausabilidade e navegabilidade.

SIGA SIGA SIGA SIGA SIGA – visão do aluno visão do aluno visão do aluno visão do aluno visão do aluno

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SIGA – visão do professorSIGA – visão do professorSIGA – visão do professorSIGA – visão do professorSIGA – visão do professor

Na parte esquerda há uma estrutura de pastas,chamada área de MENU.

No centro e no lado direito há uma área de con-teúdo. Conforme a seleção da pasta no MENU, um novoconteúdo referente àquela pasta é exibido na ÁREA DECONTEÚDO.

A navegação é muito simples e pode ser feita deduas maneiras: clicando nas pastas da área de MENUou diretamente sob as disciplinas na ÁREA DE CON-TEÚDO. Ao clicar sobre cada disciplina, algumas opçõespertinentes àquela disciplina serão apresentadas emforma de abas clicáveis: Plano de Ensino, MateriaisDidáticos, Mensagens e Plano de Aulas.

Para os docentes, está disponível também umaopção chamada Alunos, que permite visualizar a foto decada aluno matriculado na disciplina, bem como utilizara relação apresentada para o controle de presença.

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Visão do aluno ao abrir uma disciplinaVisão do aluno ao abrir uma disciplinaVisão do aluno ao abrir uma disciplinaVisão do aluno ao abrir uma disciplinaVisão do aluno ao abrir uma disciplina

O PLANO DE ENSINO

O plano de ensino contém as informações geraissobre a disciplina. É o documento que todo professordeve disponibilizar aos seus alunos no primeiro dia deaula. A vantagem de se ter o cadastro dos planos deensino de todas as disciplinas no SIGA é a possibilidadede obter uma visão geral do Projeto Pedagógico esta-belecido pela Faculdade como diretriz para o curso.

O PLANO DE AULAS

O plano de aulas é o roteiro de cada aula a serministrada semanalmente. Este plano é apresentadopara cada turma/disciplina que o professor é res-ponsável. Pode ser comparado a um diário de classeno formato digital, com a vantagem de permitir adisponibilização das aulas e materiais didáticos pre-viamente aos alunos. É um ótimo recurso para manterregistrado o histórico de aulas e atividades propostas

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semanalmente, especialmente para aqueles que, poralgum motivo, não puderam comparecer em diasespecíficos. Ao final do semestre, tem-se uma visãogeral do que foi realmente apresentado durante operíodo, podendo-se fazer uma comparação com oconteúdo e o cronograma propostos originalmente. Estaferramenta de controle permite ao docente redimen-sionar o seu programa de aulas e melhor planejá-las,visando ao próximo semestre letivo. Para os alunos, épossível rever as aulas dos semestres anteriores eacessar novamente os materiais didáticos.

MATERIAIS DIDÁTICOS

O SIGA trata os materiais didáticos como arquivosdigitais, tais como: documentos em Word, PDF, Excel,HTML ou conjunto de arquivos compactados (ZIP). Cadaprofessor tem uma área própria para deixar os seusmateriais, chamada Banco de Materiais, independente seeles serão disponibilizados aos alunos ou não.

Há grande vantagem em disponibilizar os materiaisdidáticos para os alunos em formato digital, per-mitindo-lhes economizar tempo e dinheiro que seriamgastos nas copiadoras, proporcionando-lhes maisflexibilidade e agilidade.

A aula pode se tornar mais produtiva e participa-tiva, à medida que o professor disponibiliza previamenteaos alunos materiais de leitura e pesquisa, destacandoos pontos que serão aprofundados em sala de aula.

A figura a seguir mostra em detalhes a seção Ma-Ma-Ma-Ma-Ma-teriais Didáticos, teriais Didáticos, teriais Didáticos, teriais Didáticos, teriais Didáticos, informando a data em que foramvinculados pelo professor, uma breve descrição, otamanho do arquivo e a opção para o download.

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A outra forma de se ter acesso aos materiais di-dáticos é pelo Plano de Aulas, ou seja, um material podeestar vinculado a uma aula específica. Neste caso,somente quando o aluno abrir uma aula ele terá con-dições de acessar o material, conforme apresentado nafigura a seguir.

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MENSAGENS

Esta área é um ambiente de troca de mensagensentre o professor e os alunos. O professor tem a opçãode permitir, ou não, que os alunos lhe mandem men-sagens, bem como habilitar, ou não, o envio de men-sagens aos seus alunos.

Não existe a função de troca de mensagens entreos alunos, somente com o professor.

Caso o professor ministre a mesma disciplina paramais de uma turma, ele pode escolher e personalizar asmensagens, conforme a necessidade. Pode tambémenviar mensagens para grupos específicos de alunos,após tê-los criado no próprio sistema.

Qualquer informação relevante à disciplina/curso,como uma eventual troca de sala, atividade em labo-ratórios específicos, eventos de interesse geral, entreoutras, pode ser encaminhada pelo professor por meiodesta ferramenta de comunicação.

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FÓRUM

O fórum do SIGA é um espaço para troca de infor-mações acerca de um determinado assunto. Pode sercomparado a um mural de mensagens que todos podemver e colocar seus comentários, ou a uma lista/grupo dediscussão na web. A exemplo da ferramenta mensagens,o fórum é um recurso que permite interação assíncrona,ou seja, cada aluno pode, individualmente, interagir como professor e com os demais colegas de classe nomomento que tiver disponibilidade.

Para as disciplinas semipresenciais, o recurso dofórum pode ser utilizado também como forma de con-trole de presença e avaliação.

O professor deve ser o mediador do fórum, con-duzindo as discussões e os comentários postados pelosalunos de forma a realmente agregar valor ao tema daaula/curso. O professor pode excluir comentários oususpender a participação do aluno no fórum, caso julgarnecessário. O aluno suspenso pode ser habilitadoposteriormente.

Visão do Fórum

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Ao entrar no SIGA, se tiver novidades no fórum(após o professor ter criado um tema para discussão),a seguinte tela aparecerá para o aluno:

O SIGA tem esta forma de exibir o NOVO, aler-tando o aluno para uma novidade que deve ser obser-vada. O sistema permite que o aluno navegue dire-tamente pela novidade, encurtando os caminhos e ospercursos de aprendizagem.

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Os alunos podem usar este espaço de debate,postando os seus comentários, críticas e sugestõesrelacionados ao tema proposto pelo professor.

Cabe a cada professor estabelecer o prazo deexpiração do fórum. Após o término deste prazo, osalunos poderão apenas visualizar o que foi debatido, sema possibilidade de edição, exclusão ou nova participação.

CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS FUTURAS

De modo geral, uma análise mais acurada dosatuais ambientes virtuais de aprendizagem nos permitiriaafirmar que os diversos sistemas gerenciadores existenteshoje possuem recursos e características bem similares. Oque os diferencia é a interface gráfica, a forma deinteração com o ambiente, a forma e os recursos dedisponibilizar conteúdos e as ferramentas de geren-ciamento. Alguns ambientes apresentam poucas pos-sibilidades de colaboração e poucas ferramentas de inte-ração entre os participantes, muitas vezes desvinculadados conteúdos. Ainda outros gerenciadores estão foca-dos na apropriação e no reaproveitamento dos objetosde aprendizagem. Sobre estes sistemas, que consi-deramos mais complexos e comerciais, trabalha-se como conceito de conteúdos orientados a objetos. Ou seja,todos os conteúdos digitais produzidos vão sendo arma-zenados em um grande banco de objetos de apren-dizagem, passíveis de uma rápida reutilização. Issocontribui para os objetivos de ganhar escala produtivana produção distribuída dos conteúdos digitais e favo-recer uma comunicação transversal entre os conteúdosde disciplinas diversas (ROSENBERG, 2002).

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Por outro lado, surge o desafio e as seguintesquestões: como será a gestão destes conteúdos pro-duzidos em forma de objetos de aprendizagem? Osdireitos autorais serão de propriedade das IES ou dosdocentes? Qual a melhor forma para garantir a padro-nização dos conteúdos e adequação ao LMS?

Quanto às Instituições de Ensino (IES) não se podeafirmar qual o melhor LMS ou LCMS, se deve ser desen-volvido internamente ou adquirido fora. Cabe a cadaInstituição analisar o momento que está vivendo, acapacitação dos seus recursos humanos e as metasquanto à inserção das NTICs e da EAD nos cursosregulares de graduação, extensão e pós-graduação.

Quanto aos professores, estes podem começarcriando um site pessoal e fazendo uso das ferramentasde grupo existentes na web (yahoo grupos, grupos.com,e-groups, etc.). Desta forma, não estarão obrigatoria-mente “amarrados” aos bancos de dados das IES, comsua produção de conteúdos didáticos podendo serarmazenada e compartilhada com maior facilidade.

À medida que mais alunos têm acesso às novasfacilidades e vantagens do uso das NTICs, há umapressão natural junto aos demais professores para quebusquem capacitação e trabalhem também com estasferramentas.

Com planejamento, ética, condições técnicas ade-quadas e capacitação, todos nós, professores e alunos,podemos nos apropriar das NTICs e ampliar os nossosespaços físicos de atuação, seja como suporte às aulaspresenciais, disciplinas semipresenciais, dependênciason-line ou cursos a distância, quebrando barreiras,vencendo obstáculos e flexibilizando o ensino nosespaços universitários.

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Para finalizar esta reflexão, pode-se afirmar que,com as NTICs cada vez mais presentes, os ambientesvirtuais de aprendizagem se desenvolvendo e assumindocaracterísticas e modelos diferentes e professores ealunos sendo capacitados para o uso destas ferramentastecnológicas, os papéis precisam ser repensados, nãosomente o da equipe técnica (design instrucional, web

design, suporte, monitores, etc.) ou dos docentes (autorese tutores), mas também da secretaria, dos coordena-dores, diretores, departamento jurídico, financeiro, e atémesmo o da comunidade em que as IES estão inseridas.

Mas deixemos para um outro momento aprofundarestes questionamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALDWIN, Thomas F; MCVOY, Stevens; STENFIELD, Charles. ConvergenceIntegrating Media, Information e Communication. Sage Publications, 1996.KANE, Pamela. Explorando a Infovia. Rio de Janeiro: Editora Campu, 1995.MAIA, Carmem. Guia Brasileiro de educação a distância. São Paulo: EditoraEsfera, 2002.PETERS, Otto. Didática do Ensino a distância. Rio Grande do Sul: EditoraUnisinos, 2001.PORTER, Lynnette R. Creating the Virtual Classroom. Distance Learning withthe Internet. Wiley Computer Publishing, 1997.ROSENBERG, Marc J. e-Learning. São Paulo: Makron Books, 2002.

SITES CONSULTADOS

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